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Digimon - Decode Trinity

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Digimon - Decode Trinity Empty Digimon - Decode Trinity

Mensagem por Kyuketsuki Dom 04 Set 2016, 2:54 am

Nome da Fanfic: Digimon - Decode Trinity
Nome do(s) Autor(es): Kyuketsuki (Christian)
Gênero Principal : Aventura, romance, ação, realidade virtual, fantasia.
Em que foi foi baseada (Se houver): Foi inspirado em uma saga feita em um forum de RPG de digimon e na minha insistente ideia de querer inventar uma Witchelny, já que essa, até onde me lembro, não foi explorada.
Recomendação Etária: 14 (?)
Uma pequena Sinopse da História: O Digital World fora mantido próspero por uma enorme comunidade de tamers. O sonho de digimons e humanos vivendo juntos parecia finalmente possível, mas o renascimento de um inimigo tão antigo quanto o multiverso viera para estragar isso. No caminho dele estavam apenas três tamers, mas um deles fora exilado do Digital World. Esse inimigo ganhou tempo e desequilibrou a balança, agora ele leva vantagem numa guerra e tem 12 escolhidos poderosos trabalhando para os seus planos. O tamer exilado, contudo, não desistira, ele luta até hoje para retornar e quando o fizer, nada o poderá parar até que esse inimigo seja derrotado e o Digital World livre novamente.


[OPENING 01]


Arco I- O Dragão Escarlate


Spoiler:
Kyuketsuki
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Kazentai
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Mensagem por Kyuketsuki Dom 04 Set 2016, 5:46 am

A sensação de torpor começa a se esvair. Eu sinto a chance de me reerguer e contra-atacar. No meu campo de visão está uma moça, ela está caída sobre uma parede, seus braços cobertos por um suéter preto abraçam as pernas. Ela chora? Essa indagação e qualquer resposta possível para a mesma são o estopim de minha vontade. Me ergo, limpo o sangue de minha boca e, depois de um gemido de dor, contraio todos os meus músculos para me livrar da sensação dilacerante que cobre meu abdômen e minhas pernas.

Enrijecido eu puxo o aparelho vermelho sangue, ele é retangular e uma tela brilha ali, eu sei o que devo fazer. O aperto com força, rujo, me sinto quente e a neve ao meu redor se derrete. Esse sou eu, sou o eu de um ano atrás, sou o eu fortalecido por anos naquele maravilhoso mundo. Esse sou eu, o que eu me tornei, o que planejo continuar sendo daqui para frente, o eu que deseja abandonar a covardia.

Uma aura rubra me cobre e se move como fogo, pequenos quadrados transparentes serpenteiam ali dentro, eu ergo a minha mão, eu brado pela minha DigiSoul, eu aterrisso minha mão contra o sensor presente no aparelho.



[OPENING]



Capítulo 1 – Encontro em São Francisco




Um mapa estava disposto sobre uma mesa velha, uma luz tremeluzente e fraca vinha de uma lamparina que prendia uma das pontas do grande papel cor de sépia. Alfinetes demarcavam determinadas áreas, um livro de capa de couro escura segurava outra ponta, nele havia um estranho símbolo desenhado em rubro e abaixo disto estava um número dourado.

As janelas estavam quebradas e cobertas de tábuas que pareciam ter sido pregadas as pressas. As paredes eram altas e o teto era metálico e em arco. Eu havia colocado um mural suspenso num suporte de madeira, pregara várias fotos ali, de lugares, pessoas e... Monstros digitais. Meu sobretudo vermelho, a mim presenteado por... Por... Bem, eu não me lembro, contudo ele era vermelho escuro e representava o título a mim dado de Dragão Escarlate e agora ele estava dependurado no mural.

Eu buscava linha, tinha de ter deixado linha naquela mesinha por ali, abri a gaveta e revirei, uma agenda caiu, um lápis também. Nada de linha. Minha mão desceu até a segunda gaveta e ali eu pude encontrar um carretel de barbante branco, fui até o mural e desenrolei parte do fino barbante, prendi uma de suas pontas numa foto presente no topo. Era um lugar, mais especificamente na capital dos Estados Unidos, a outra ponta do barbante eu levei até uma imagem no centro do mural.

Era um homem velho, as olheiras demonstravam preocupação e eu podia jurar que já havia visto aqueles traços em algum lugar. O cabelo estava curto, porém parecia ser grosso, imagino que seja encaracolado quando grande. Havia barba por fazer, como eu, porém a minha é negra e um pouco falha enquanto a dele era plena, curta e grisalha. Cocei o meu nariz torto, olhei para as costas de minha mão, estavam mais morenas do que eu me lembrava. Ah, sim, foram os dias no deserto.

Suspirei, voltei a mesinha. Eu o havia encontrado, o velho da foto. Era um maldito Irlandês de quase dois metros de altura, o que me faz sentir desconfortável. Mais um Michael, parece ser um nome comum para eles. Esfreguei meus olhos, pois eles ardiam. Estiquei meus braços sobre a mesinha e me debrucei. Fora uma perda de tempo, o maldito Michael irlandês número 59.876 não valera de nada. Ergui meu queixo, olhei para o teto alto, as barras de ferro sustentando aquilo, as correntes enferrujadas caindo e os ganchos que haviam em suas pontas. Escutei o som da água batendo no cais.

Me levantei, agarrei minha capa e a vesti, retornei a mesinha, enrolei o mapa e coloquei num bolso interno. O livro eu também guardei comigo. Embaixo da mesa eu arranquei uma espécie de carabina desenvolvida no mundo digital, havia um regulador ali e eu o manuseei. Apontei para o mural, uma luz púrpura saiu da ponta da arma, em pouco tempo o mural estava todo em chamas, repeti o processo com a mesa. Depois corri até uma das janelas.

Eu olhei pelas frestas entre cada pedaço de madeira antes de regular novamente a arma, precisava me certificar de que não havia perigo próximo. Apontei contra a janela e num baque as tábuas se estilhaçaram. Saltei a janela e corri lado a lado com o gigantesco pacífico. Ao longe eu podia ver prédios, prédios solitários que a pouco foram dominados por aqueles contra quem eu deveria estar lutando. Uma nostalgia nojenta inundou o meu peito enquanto eu pensava nas possibilidades.

Eu tinha de arrumar um novo transporte, por isso me aventuraria no meio de São Francisco uma última vez. Esse dia estava particularmente frio, por isso desenrolei um cachecol bege para colocá-lo em meu pescoço, escondi a arma da melhor forma que eu poderia antes de rumar em direção à rua e aos prédios.



__________________________________________________________




Ali estava eu numa avenida qualquer, eu ousava andar normalmente pelas calçadas agora desertas. Eu também ousava imaginar o que seria caso eu nunca tivesse conhecido o Digital World, me pergunto se isso teria acontecido mesmo assim.
O chão estava todo branco e eu deixava meus rastros, neve fofa como algodão. Eu agradecia por ainda nevar, assim minhas pegadas logo seriam apagadas, embora também amaldiçoasse esse fato. Ora, o frio queimava o meu rosto junto de um vento. Apesar de bem agasalhado, eu nasci bem mais ao sul e apesar de eu não gostar tanto do calor, isso não significa ser resistente ao frio.

Um ruído tirou minha atenção, me distanciei da rua o mais rápido que pude. Num beco, eu me coloquei atrás de uma enorme lixeira, toquei a carabina por debaixo da capa. Estava pronto para puxar. Atentei-me, haviam passos sufocados pela neve e denunciados pelos corpos. Digo, uma vestimenta talvez? Ou seria um Digimon? Eu não estava em condições de enfrentar nenhum de nível adulto, sentia toda a minha DigiSoul se esvaindo a cada dia.
Me encolhi atrás da lixeira. O barulho se tornou mais intenso, era um chacoalhar incessante de guizos, espiei e pude distinguir um vulto púrpura passando pela rua. Me esgueirei pelo beco e na beirada do prédio tentei observar o que passara por ali. Uma garota montava uma enorme raposa, sua pelagem era roxa e nas pontas de cada uma de suas nove caudas e de seus pés convertia-se em fogo. Um laço branco com listras verdes se prendia ao pescoço da criatura e nas extremidades estavam os guizos dourados que lhe denunciaram.
A garota virava o rosto para todas as direções, uma toca guardava parte de uma brilhante cabeleira azul. Estranho era o que descrevia o seu cabelo. Uma blusa acolchoada branca era o que a protegia do frio no momento.

A raposa parou repentinamente, pareciam conversar entre si, foi quando percebi que seu focinho tremia e se movia até que elas tivessem se voltado a mim. Me escondi novamente atrás do prédio. Meu coração começou a surrar as paredes de meu tórax. Respirei fundo, o guizo seria o meu sinal. Ele balançou e eu corri pelo beco, usaria os inúmeros caminhos formados entre os prédios para despistar aquelas duas e depois reverter a situação a meu favor.

Não importava o quanto eu corresse, o som da voz daquela garota era sussurrado e os guizos me perseguiam. Subi então uma das saídas de emergência, abri uma janela torcendo para que aquele prédio também tivesse sido evacuado. Fechei a janela após me deparar com um quarto escuro, me agachei no parapeito.

Um vulto negro passou pela parede a minha frente, era uma sombra projetada pela luz do Sol. Elas haviam me farejado até ali ou haviam me visto? Puxei minha arma, regulei para disparos rápidos. Eu escutava o ranger da saída de emergência e sentia cada batida de meu coração, minha mão suava e tremia com a carabina em mãos. Então vozes.

- É cheiro de gente, gente como você. – Disse uma voz de mulher, mulher madura. Imaginei que fosse a raposa, obviamente uma Youkomon.

- Mas acaba aqui? – Uma voz mais delicada viera depois, fim da adolescência, talvez.
- Eu escutei essas coisas ringindo. – A voz de mulher novamente inundou meus ouvidos. – Seja lá quem for, deve ter entrado nessa janela.

- Ok, volte para a o digivice. Só se lembre de sair assim que eu precisar. Caso necessário, traga o Strikedramon com você. – Uma luz azul se projetou, ao se apagar veio um barulho. A menina de cabelos azuis tentava abrir a janela, ela tinha dificuldade, essa era a minha chance.

Me deitei e comecei a me arrastar, me escondi debaixo da cama, olhei em direção a janela, o reflexo me impedia de ver seu rosto. Procurei por uma porta, queria saber se não estava no campo de visão da janela. Regulei a carabina mais uma vez, um tiro fraco e silencioso saiu e rompeu a fechadura e a maçaneta. Me voltei para a janela, ela não parecia ter escutado, ela não havia parado de forçar a janela.

A porta havia se aberto sozinha para dentro do quarto. A janela finalmente se abriu, a garota moveu perna por perna sobre o parapeito e se jogou no chão. Meia calça preta, botas, saia. Ela caminhou lentamente até a porta, onde encontrou o trinco estourado. Eu podia escutar esse pensamento, eu obviamente fugi por ali. Ela tinha certeza disso, ela deu um passo naquela direção, mas hesitou.

Meu estômago se revirou, meu coração escalou minha garganta. Por que ela estava hesitando? Não me diga que estava numa comunicação telepática com algum parceiro Digimon. Ela de fato estava. Vi seus pés se virarem, ela foi até uma outra porta, estava aberta e dava para um armário. Depois sua perna começou a se aproximar da cama. Me preparei para rolar e imobilizá-la.

Ela agachou ali, passou a mão pela superfície da cama. Levantou. Ufa! Oh, não! Por que diabos ela se agacharia de novo? Uma de suas mãos tocava o chão, estava tão próxima. Eu teria mesmo de fazê-lo? Não, seja lá o que for que chamou sua atenção, já havia deixado de ser interessante. Ela foi até a porta e eu escutei o toc toc toc de suas botas contra o chão ecoando pelo corredor, deslizei e me apoiei na cama para me erguer.

Devagar eu passei pela janela novamente, estava fora, agora eu iria descer, iria embora procurar por um transporte. Eu precisava ir até a Europa novamente, talvez dessa vez eu encontrasse uma resposta sobre como voltar. Eu não estava curioso sobre a garota. Nem um pouco curioso. Por que eu estaria curioso quanto a ela? Só porque ela tem aquele cabelo cor de substância alcalina? Não. Não. Não.

Eu tinha de ir e eu iria. Comecei a descer pelas escadas da saída de emergência, foi quando um grito fizera-me entrar em alerta. Estava com a carabina em mãos, apontei para a janela. Nada. Silêncio absoluto, até que houve um BAAAAAAAAM estrondoso e tijolos foram ao ar junto de um vulto multicolorido. Roxo, cinza metálico, negro. Me abaixei, e vi duas criaturas se engalfinharem e se lançarem a outra parede rompendo-a.



Um enfeitava o prédio vizinho na altura do chão, um pouco de neve deslizara para lá. A garota apontou na janela, parecia tremer. Algo viera por detrás dela, eu instintivamente alertaria, não houve tempo. Uma outra criatura negra como o vazio atingira-a, se jogando contra o mesmo prédio vizinho, agora levando uma cratera ao andar de cima. A raposa saltara logo atrás, começou a rodopiar no ar até ser envolvida por fogo.

As chamas da Youkomon saíram no formato de um dragão, senti o enorme calor, seguido de um urro da criatura que havia atingido a garota. A Youkomon se lançara ao prédio e os guizos me diziam que ela estava correndo, e agora sendo jogada. Os gritos se intensificaram. Cheguei ao chão, regulei minha arma, corri pelo prédio, o interior todo devastado.

Um barulho no teto e duas criaturas caem, a mesma Youkomon e um dragão humanoide. O cabelo ruivo se eriçou e a máscara de metal que tapava seu rosto ressoou. Ele levantou o corpanzil roxo, mostrando uma ombreira de metal e uma barriga branca, onde se encontrava uma tatuagem vermelha. As calças verdes estavam um pouco danificadas e as garras dele estavam rígidas e por conta disso tremiam um pouco.

Ele rosnava como um lobo, seu corpo estava levemente curvado, se preparava para um bote. Youkomon já havia se recuperado e farejava.

- Strikedramon... Eles são muito fortes.

O outro respondeu com um rugido.

- Sim, eu sei. Temos de fazer algo, a Bell precisa de nós.

As duas criaturas negras de antes desceram do andar superior, tinham um corpo grande e aparentemente flexível, quatro olhos vermelhos, junto dos dentes afiados, lhes davam um aspecto terrível. As asas se fecharam e os membros compridos as lançaram contra os outros dois Digimon.

- Devidramon... – Eu disse a mim mesmo. Apontei a arma para o olho de um deles, disparei. Rapidamente mirei na cabeça do outro Devidramon também. Os dois urraram e se distraíram. Iriam se lançar em mim, mas o Strikedramon investiu contra eles, suas garras atravessaram um deles, o outro teve de ser apenas lançado em alguma direção. Aquele que ficara em suas garras rugia e sua boca brilhava em intenso vermelho. Contudo não houve chances de um golpe, ele se desmanchou em dados.

- Agora só falta um. – A Youkomon corria contra o Devidramon restante. Ele começara a absorver os dados da outra criatura antes que a raposa o atingisse, seu corpo começou a se expandir mais e mais, até brilhar e ser envolvido por uma esfera luminosa.

- Merda... – Bell, a moça dos cabelos azuis havia abandonado sua blusa acolchoada, aparentemente sentia frio estando apenas com o suéter. Ela estava do outro lado observando a metamorfose do seu oponente. Seu nariz pequeno e pálido estava morbidamente bonito com a fina fita de sangue se escorregara dali. – Merda, merda, merda, merda!

Bell dava passos para trás, até que caiu. Seus parceiros Digimon tremiam, os dois rosnavam. Meu coração voltou a se acelerar, meu estômago a queimar. Minhas pernas eram como espaguete, minha cabeça era mais densa que uma estrela de nêutrons. Eu tinha de fazer alguma coisa.

A luz se dissipou. Uma serpente púrpura enorme rompera grande parte daquele prédio, asas, garras e capacete de metal. Uma língua serpenteava entre os dentes daquela besta, seus olhos amarelos tinham uma fina pupila. Aquilo não parecia ter qualquer tipo de sentimento ou consciência.

- Que Gigadramon monstruoso é esse...? – Seus olhos se focaram na garota, seus Digimon então atacaram a o dragão ciborgue com tudo o que tinham. Nove fantasmas de fogo saíram das caudas da Youkomon, enquanto as garras em brasa de Strikedramon atingiam o rosto e o dorso de Gigadramon.



Os fantasmas geraram uma pequena explosão, após a fumaça sumir, Gigadramon voou contra os dois oponentes e sem nenhum esforço os lançou dali com suas garras. Eles caíram ao meu lado e o dragão púrpura se voltada novamente para Bell. Corri na direção dela antes que ele a pudesse alcançar, toquei em seu ombro e disse para que se apoiasse em mim. Atirei contra os olhos do monstro para nos dar tempo, ele gritou de dor e nós corremos pelos corredores.
Tudo por ali era branco e inexpressivo. Todos os corredores eram exatamente os mesmos, mas eu tinha de achar a saída. Estrondos nos seguiram e enfim um deles abriu caminho para fora do prédio. Fora o próprio Gigadramon que, por conta de um golpe de Strikedramon, havia atingido o prédio novamente. O parceiro de Bell dava o seu máximo para segurar o inimigo ali. Quando atingi a saída, porém, uma explosão me jogara na neve, meus sentidos se perderam.

Tudo era negro, depois vermelho e por fim branco. Meus olhos se abriram lacrimejando, meu corpo não respondia aos comandos. Vi Strikedramon arrastando-se, Youkomon se convertendo numa raposa menor, humanoide e de pelagem negra e depois repetir as ações do companheiro. Os dois tentavam se levantar, mas não poderiam vencer um Digimon daquele nível. Não poderiam.

Escutei o som baixo de uma voz e ele começou a aumentar gradativamente. Recuperei minha audição e segui a voz com os olhos. Bell estava sem a touca, os cabelos esvoaçavam, as mangas do suéter estavam rasgadas e revelavam escoriações pintando os braços pálidos de vermelho. Um estilhaço de vidro estava fincado na lateral de sua coxa.



- P-por favor... E-eu estava... – Ela tossiu, isso lhe causou uma dor terrível, foi o que sua expressão me contou. Eu precisava ajudá-la. – Eu estava te procurando... Lucas e Athena... Eles... Precisam de você... Christian, o Dragão Escarlate...

- Nos... Empreste...

- Sua força...

Uma chama se acendeu dentro de mim. Meus braços se moveram procurando pela minha arma. Não a encontrando eu puxei o meu sobretudo e tirei um aparelho retangular dele. Era vermelho sangue. Me apoiei em meus joelhos para me levantar, cambaleei um pouco para frente e depois para trás. Estendi o aparelho, ergui minha mão, eu estava em chamas, chamas completamente vermelhas. Vermelhas como as escamas de Ember, meu parceiro Guilmon.

- Mas eu não sou o parceiro de vocês...

- Apenas queira, e irá funcionar... – Disse Strikedramon. – Temos objetivos em comum...

- Sim. Temos. Strikedramon, se prepare. – Eu aterrissei minha mão direita no sensor do Digivice. – DIGISOUL FULL CHARGE!

Uma saraivada vermelha atingiu Strikedramon, seu corpo crescia sob minha DigiSoul, uma armadura negra passava a cobri-lo e asas vermelhas surgiam em suas costas. Ele se tornara um Cyberdramon e estava pronto para derrotar Gigadramon.

Gigatramon serpenteou no ar e tentou o atingir com suas garras metálicas, nesse momento Cyberdramon as segurou e girou, jogando-o para trás, agarrou a cauda do dragão e o bateu no chão de um lado para o outro e, rugindo saltou sobre ele.

- Erase Claw! – As lâminas que saíam próximas dos cotovelos de Cyberdramon brilharam em vermelho intenso. Ao cruzar os braços com força, duas ondas de calor foram lançadas dali e deterioraram Gigadramon assim que o tocaram.

- Conseguimos... Conseguimos... – Eu caí de joelhos. Eu ainda podia fazer aquilo. Aquele nem mesmo era meu parceiro e eu podia lhe fazer ganhar tanto poder. Eu vi uma poeira luminosa ser liberada de Cyberdramon, que regrediu a Strikedramon.

[Fim da OST]

- Está na hora de você descansar. – Bell apontou seu digivice, um aparelho retangular como o meu, porém azul. Strikedramon se dissipou na mesma poeira luminosa de antes e foi absorvido pelo aparelho. – Ok... Vamos lá...

Ela tentou se levantar, seu rosto se contorceu e um gemido de dor brotou do fundo de sua garganta. Corri até ela, ainda ignorando a dor por efeito de minha DigiSoul. Coloquei uma mão a sua frente para que ela não se levantasse. Abri meu sobretudo e procurei por algo nos bolsos internos, puxei alguns pedaços de gaze, um vidrinho de água oxigenada e esparadrapo.

- Acho que tenho um sinalizador por aqui...

- Ei, ei, ei! Sinalizador!?

- Sim, vou ter de cauterizar sua perna. – Finalmente encontrei a pistola vermelho vivo. – Se prepare, porque vai doer muito.

Delicadamente eu deslizei minha mão envolta do estilhaço de vidro para analisar a profundidade. “Sorte, isso poderia ter facilmente atingido a artéria circunflexa lateral do fêmur”, eu disse enquanto analisava.

- Você poderia parar de desejar a minha coxa... – Ela agarrou minha mão e a retirou. – Isso dói!

- Ok. Não queria chegar a esse ponto. – Vasculhei novamente os bolsos internos de minha capa. – Vamos, eu carrego de tudo por aqui. Devo ter um pouco disso sobrando. Achei.
Eu tinha um frasquinho transparente em mãos, com uma seringa e agulha eu retirei o conteúdo, coloquei a mão em seu pescoço e antes que ela pudesse protestar apliquei o conteúdo. Bell grunhiu e deu um tapa em minha mão.

- O que foi isso?

- Medicamento. Analgésico. Eu espero que tenha feito certo, mas precisava de um lugar com boa pressão sanguínea para isso. Agora... – E então puxei o estilhaço, ignorei os gritos e posicionei o sinalizador, o ascendi por algum tempo, a ferida parou de sangrar.

- Ei! Você já cauterizou, não é? Não precisa mais dessa água oxigenada.

- Sabe o quanto está errada? O ferimento se torna suscetível a infecções quando cauterizamos, eu preciso deixar isso bem limpo.
Após limpar o ferimento e fazer um curativo, ajudei-a a se levantar. Eu temia que ela houvesse fraturado algo, contudo Bell conseguia se mover bem. Andamos até a Blackrenamon ali caída.

- Tudo bem, Bell. – Ela disse. – Eu só preciso descansar um pouco. Mas você, você se feriu muito, eu nunca deveria ter voltado ao Digivice quando entramos naquele apartamento. Nunca.

- A culpa foi minha... Eu... – Ela fez uma careta. – Enfim. Acho que temos de ir. Nós chamamos muita atenção com essa luta. Olha o estrago que fizemos. Essa cidade está cheia desses Devidramon.

- Sim, e não só Devidramon. – Eu disse. – Mas para onde?

- Simples, para casa. Para o mundo digital, mudar as coisas. Só precisamos encontrar o Ember, o Apolo e o Lucas.

- O que? O Ember está aqui?
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Mensagem por Convidado Dom 04 Set 2016, 8:20 am

Achei interessante este primeiro capitulo da sua nova fanfic de Digimon Kyu . Por enquanto não sei bem como se encontra a situação no Digital World você não adiantou quase nada como quem seria o inimigo e não revelou como estão os acontecimentos além do fato de que aparentemente o mundo humano foi inteiramente conquistado por Digimon Malignos e os poucos Tamers que restavam resistindo tinham que viver fugindo perseguidos a todo momento e em todo lugar . Achei interessante a Bell e sua parceira a BlackRenamon que evolui para Youkomon e também achei interessante ela ter mais de um Digimon no caso Strikedramon . E o seu personagem o Christian o " Tamer do Dragão Rubro " me pareceu muito interessante . Ele parecia aquele tipo de personagem mega fodonico que detona os inimigos sem praticamente necessitar da ajuda de nenhum Digimon . E que coisa ... um " Digivice de cor Vermelho Sangue " ? Ninguém deu uma descrição tão absolutamente sinistra para o Digivice do " líder de oculos de aviador " em nenhuma fanfic de Digimon ...Um ponto que me agradou tremendamente foi que você pretende nessa fanfic detalhar a Dimensão Witchelny lar dos Digimon Misticos então eu acredito que podemos esperar para ver varios Digimon Magos diferentes como Wizardmon , Witchmon , Sorcerymon , FlaWizardmon , Wisemon , Mystimon , AncientWisemon e o lendario " Cavaleiro do Mundo da Magia " MedievalDukemon . Agrada-me muito você trabalhar com a Dimensão Witchelny pois pelo que eu me recorde nenhum escritor de fanfictions até hoje pensou em escrever uma fanfic explorando a Dimensão Witchelny o lar dos Digimon Magos e Feiticeiras então fico muito animado só com esta proposta . Imagino que o Digimon de Christian vá ser Ignel o Guilmon de novo correto ? Nesse caso posso imaginar quais deverão ser os Digimon dos outros Tamers nossos caros Ember, Apolo e Lucas. Só uma pergunta : Por que a fanfic se chama " Digimon - Decode Trinity " se na verdade são cinco personagens ? O Christian , a Bell , o Ember , o Apolo e o Lucas ? Ou na verdade não é bem assim ? Bem de qualquer modo conhecendo você dificilmente deverão haver Digimon Fã Mades nessa fanfic e é provavel que você utilize só Digimon realmente existentes . Ou pelo menos penso que sim ... posso estar errado e você decidir utilizar Digimon Fã Mades . Isso só você podera me responder . Enfim bom começo . Só peço por favor Kyu ... Não faça uma fanfiction que respingue sangue na tela do PC . Por favor . Por mim . Manere na violência e não faça membros sendo arrancados , cabeças sendo decapitadas , pessoas sendo empaladas e tripas voando . Você sabe que eu nunca gostei desse tipo de fanfiction . Tudo bem ter " violência " mas que seja " violência de Digimon " em que mesmo a mais brutal das mortes pode ser vista e assimilada até mesmo por crianças ok ? Enfim otimo capitulo aguardo mais !

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Mensagem por Kyuketsuki Dom 04 Set 2016, 11:50 am

Ah, Kaiser, minha antiga fanfic é também minha nova fanfic. Talvez eu tenha amadurecido a trama, mas caso se lembre daquela, já sabe que está errado quanto aos fanmade - Shinseidramon faz parte desta trama, afinal.
Eu sei que talvez eu tenha exagerado na faixa etária. A violência presente será geralmente de digimon contra digimon, tendo casos em que um humano irá se machucar, ou humanos brigarem e mesmo nestes casos não planejo nada realmente brutal. Nada de decapitações.
Como deve ter percebido pela sinopse, o Digital World estava num período em que comunidades de humanos e digimon se ergueram. Isso se trata também de algo que não cairia de uma hora para a outra, é algo grande. Isso é a dica: existem muitos outros escolhidos, dos mais variados tipos possíveis e a dimensão de Witchelny permite que eu traga uma boa variação no modo como esses escolhidos podem agir, lutar e evoluir.
Algo que posso lhe confirmar, e imagino que não exista nenhum problema em revelar esse detalhe, é que Ember é o Guilmon parceiro de Christian (bem, Christian porque isso veio de um RPG de forum, coisa da infância), Apolo é um Coronamon parceiro de Lucas (sim, aquele Lucas da fanfic unicamente de fanmades). Podemos ver então um núcleo de três tamers (agora chamados de três tamers lendários), estes são Christian (o Dragão Escarlate), Lucas e Athena. Bell invade esse núcleo a partir de agora, assim sendo pra começo quatro escolhidos em destaque. O grupo irá aumentar, se dividir, diminuir ao longo da trama.
Penso que Christian ficou, ao menos nesse capítulo, um pouco Stanford Pines demais ( acho que talvez não devesse ter assistido Gravity Falls de novo). Ao fim ele já seria algo assim, um amante da ciência que resolveu pesquisar sobre os digimons e encontrou algo impressionante, a dimensão de Witchelny e acabou por se tornar um dos pioneiros na utilização de magia, mas talvez ele deseje nunca ter tocado em certos Segredos. Ember, seu Guilmon, já se chamou Apollo (durante o tal RPG, mas como havia um Coronamon com esse nome, foi necessária uma mudança para se escrever a fanfic). O primeiro nome que usei foi Ignel, mas mudei de ideia por conta de isso nos aproximar demais de Fairy Tail. Então Ember, brasa. Ele não tem a mesma personalidade do Guilmon de digimon Tamers e há quem diga que ele representa a agressividade reprimida de Christian.
Lucas é o tipo calmo e tem algumas coisas em comum a Christian, apesar de ser aparentemente mais determinado e Apolo, bem, segundo o melhor amigo deste, Ember, ele é um exibido. Eu não sei perfeitamente como descrevê-los então deixemos a opinião de seu bom amigo. Ele também me parece compartilhar dessa determinação de Lucas. Athena é de longe a pessoa de visão mais calorosa do mundo e entrar numa briga é apenas um detalhe de ser assim. Acho que ela, por si só, consegue vencer o pessimismo ou seja lá o que for isso que os outros dois tem. Sua parceira é Hannah, uma Blackagumon, um pouco tímida e sem dúvidas tão esquentada quanto é Athena.
Bell é uma das personagens desenvolvidas propriamente para a fanfic, ela tem uma ligação um tanto forte com Christian, como se seus caminhos estivessem entrelaçados desde o seu surgimento. Christian, como cético irá negar isto, mesmo que a existência de Witchelny torne esse tipo de coisa possível e que a teoria do entrelaçamento quântico passe ideias como essas para utilizarmos em filmes de ficção científica. Mas Bell é um mistério, isso eu digo, ela e tudo que a cerca.
Existem outras personagens criadas propriamente para a fanfic, bem como outras personagens inspiradas nos jogadores do RPG de fórum.
Acho que essas apresentações suprem a falta de informações que deixei no início do tópico.
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Mensagem por Convidado Dom 04 Set 2016, 12:16 pm

Poxa Kyu sabia que eu nem tinha reparado que esta era uma nova versão daquela sua antiga trama . Juro que quase não percebi as similaridades . Mas realmente é muito legal saber que você utilizara aqueles personagens do RPG . Adoro o Ember ex-Ignel com sua personalidade tão explosiva quanto a de um Dragão Vermelho de D&D Dungeons & Dragons o RPG e sua relação de Tom e Jerry com Apolo o Coronamon . Realmente vai ser muito legal uma fanfic abordando os assuntos da magia Digimon que segundo é referido na parte que fala dos Digimon Magos do "Guia do Digimundo" trata-se de uma " sofisticada linguagem de programação digital que permite manipular os algoritimos do tecido que compõem a realidade " . Fico muito curioso para saber quem deverão ser os outros Tamers , quais seriam os seus parceiros e tudo mais . Fico bem mais aliviado de saber que não vai ser uma " dark fanfic " porque de uns tempos para cá parece que o único tipo de fanfiction que interessa aos leitores são as com historias escuras , sujas e deprimentes e não me conformo com isso . Também fico imensamente feliz em saber que você utilizara Digimon Fã Mades pois adoro fanfics com Digimon criados pelos fãs . Se me permite divergir da sua ideia e sugerir tenho uma linha evolutiva para a parceira Digimon de Athena mais coerente com a parceira de uma Tamer Guerreira segundo eu imaginei a companheira dela seria uma "Agamon" ("Agumon Fêmea") cuja linha evolutiva irei apresentar abaixo . Não se deixe enganar pela aparência " bonitinha " e " fofinha " . Qualquer menção do quanto ela parece "fofa" a faz ficar furiosa e combater com raiva e agressividade , qualquer comentario sarcastico sobre seu " lacinho cor de rosa na cabeça " a faz reduzir a tiras o infeliz se alquem " ousa " desmanchar seu lacinho ela engole vivo o figado do miseravel com batatas e qualquer demonstração de " machismo " , dos outros Digimon para com ela a fazem imediata e prontamente cobrir de porradas o imbecil que ousou " subestima-la só por ela ser fêmea " . Hannah seria uma combatente corajosa e destemida que estaria disposta a provar que mesmo sendo uma "Agumon Fêmea " que ela é tão digna de respeito quanto os " Agumon Machos " e igualmente dona de valor sua personalidade seria mais ou menos como a da Terk de " A Lenda de Tarzan "tipo para outras coisas ela é bastante alegre e brincalhona e também é bastante divertida e cheia de vida e adora brincadeiras principalmente de força nas quais ela é meio "moleca" e "brutona" mas quando alguém diz " Não briguem meninos ." ela prontamente corrige " Eu sou MENINA !" porque ela se orgulha muito de ser fêmea numa especie de Digimon predominantemente masculinos e tem um lado mais sensivel e feminino oculto sob sua superficie que ela só demonstra em ocasiões especiais ou para amigos muito queridos . Provavelmente você não ira aceitar a sujestão mas mesmo assim eu apresento com alegria a ideia para ser avaliada por você . Enfim desejo-lhe toda sorte do mundo na sua nova fanfic e que ela tenha sucesso sendo publicada do inicio até o fim . Grande Abraço .

Hannah a Agamon linha evolutiva:


Última edição por KaiserLeomon em Qua 07 Set 2016, 12:17 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Kyuketsuki Ter 06 Set 2016, 11:25 pm



Capítulo 2 - Não é o fim do mundo.



- Bem. Estão aqui, sim. – Foi o que ela me respondeu horas atrás. – Mas não estão na cidade. Estavam indo em direção a Los Angeles quando nos separamos. Parece que há algum tipo de refúgio por lá. – Isso havia quebrado minhas esperanças novamente, mas era uma opção mais fácil do que ir até a Europa e depois Ásia novamente em busca de fendas dimensionais. O que poderia dar errado agora?

- Ainda preciso de um transporte... – Nós caminhávamos pelos subúrbios. Haviam muitas casas ali e eu encontrei alguns carros, porém a maioria estava sem peças ou combustível, outros ainda pareciam ter sido destruídos durante algum ataque. – Ei, cuidado.

- Tudo bem... – Bell tropeçara, eu vi seu pescoço enrijecer, o rosto corar e os olhos girarem. Ela forçou os dentes e segurou um gemido. – Tudo bem...

- Que droga. Já está escurecendo.

- Acha seguro ficarmos nos subúrbios? Talvez pudéssemos passar a noite por aqui e... E depois... – Ela vasculhava por dentro de sua saia, o que me chamou atenção por um momento. Assim que seus olhos encontraram os meus eu me desviei, meu estômago parecia ter se congelado. – Depois talvez BlackRenamon tenha se recuperado. E então... Então ela poderá nos levar.

- Não acha que é uma distância um pouco grande? – Eu coçava atrás de minha cabeça, um hábito. Escutei um “Achei” baixo e um pouco animado. – São mais de seiscentos quilômetros. Demoraríamos muito, mesmo que a Youkomon possa ser rápida. Além do mais, são duas pessoas para se carregar, isso a deixaria cansada.

- Eu também posso chamar meu Gaomon.

- Ah... – Paramos em frente a uma casa de, aparentemente, três andares, como era a maioria ali. Ela tinha uma garagem fechada. – Ainda assim. Eles se cansariam e demoraríamos muito. Como é que o Lucas foi? Andando?

- Não sei. O Digimon dele pode voar se evoluir e parece ser rápido para correr... – Me arrisquei a olhar para trás dessa vez. Ela mexia em algum objeto que eu ainda não consegui distinguir, talvez por opção própria. – Acho que poderíamos alcança-los. – Ela levantou os seus olhos. Eram grandes e tinham a mesma cor de seu cabelo. Notei pela primeira vez em algum tempo que estávamos falando em inglês, eu havia ajustado o Digivice para isso, na verdade isso aconteceu a uns dois anos atrás. O sotaque dela era um pouco mais próximo do alemão, talvez.

- Vamos entrar nessa? – Ao movimentar a maçaneta, percebi que estava trancada. Provavelmente estaria. Bati a porta algumas vezes para descobrir se havia alguém, mais uma resposta esperada, não havia. Bell estava atrás e movimentava sua cabeça para ver entre meus ombros, um olhar curioso. O objeto de antes ainda estava em suas mãos, notei que era algum doce.

Coloquei minhas mãos por dentro de minha capa rubra, encontrei uma chave de fenda. Não me convenci de que isso funcionaria, comecei a pensar em outras alternativas. Um vento congelante surgira no topo da rua, com ele vieram alguns ruídos, notei uma janela aberta no segundo andar.

- Eu vou subir e descobrir se há alguma forma de abri de dentro.

- Não precisa abrir, eu vou...

- Subir comigo? – Apontei para sua perna direita, onde havia um rasgo em sua meia calça e uma enorme mancha roxa e vermelha inchada e coberta por curativos. Suas sobrancelhas desceram sobre os olhos e franziram. – O que é isso?

- Isso o que? – Ela moveu os ombros, levantou as mãos. Enfim percebeu meu olhar no objeto cilíndrico, era pequeno. Confirmei ser algum tipo de doce, estava numa embalagem dourada. – É um chocolate. Quer um? Eu devo ter mais algum.

- Por que você não o comeu ainda?

- Isso importa?

- Esquece. Vou subir.

Caminhei por toda a parte frontal da casa procurando por uma brecha, havia uma lixeira na lateral. Arrastei até ali e olhei para o parapeito da janela acima. Subi em cima da lixeira e agarrei a parte de baixo do parapeito, me puxei e pressionei meus pés contra a parede. Com cuidado movimentei minhas mãos, deslizando pouco a pouco pela madeira, até encontrar o topo do parapeito. Contrai meus músculos e ainda pressionando os meus pés contra a parede consegui subir. Me joguei sobre o parapeito e adentrei um quarto, a porta estava escancarada, algumas roupas jogadas por ali.

- Ei. Não demora muito, está ficando escuro. E cada vez mais frio.

Levantei-me, me locomovi através do quarto, analisei a cama que estava em bom estado e com um colchão. Procurei nas cômodas e numa escrivaninha alguma coisa que pudesse abrir a porta lá debaixo.

       Havia um espelho na porta, ele mostrava o reflexo de inúmeros pôsteres de bandas de rock. Vi meu próprio reflexo, eu havia mudado muito, a barba cobria meu rosto em fios espaçados, desordenados e um pouco enrolados, minhas olheiras eram fundas como precipícios, meu nariz – como esperado – era um pouco longo e torto, os cabelos desgrenhados. Meu rosto estava mais fino, magro, eu podia ver os ossos deixando minhas bochechas mais angulares.

        Meu corpo também estava mais magro, na verdade eu me via como um cabide sustentando minhas roupas. Contei um dia e meio sem botar nada na boca. Eu deveria ter aceitado o chocolate e vou pensar em pedir algum se Bell ainda tiver sobrando. Olhei diretamente para meus olhos, estavam amarelos. Imaginei que estariam, embora me forçasse a ser cético quanto a isso, fazia muito tempo que eu estava longe do mundo digital.

        Passando pela porta havia um pequeno corredor, uma porta aberta levava a um banheiro que fora abandonado limpo, a não ser por algumas manchinhas sobre a pia. Me obriguei a ignorar sua cor. Me obriguei a ignorar o box quebrado. Continuei, abri mais uma porta, outro quarto, cama quebrada e colchão todo rasgado. Havia um alçapão para ir ao terceiro andar, imaginei que havia um quarto no sótão, mas deixei para depois.

        Desci as escadas e encontrei uma parede cheia de ganchinhos, haviam algumas chaves penduradas. Talvez alguma sirva naquela porta, pensei. Peguei os chaveiros e corri em direção a porta, testei uma, duas, três, quatro. A quinta destrancou a porta. Uma sorte. Bell estava de braços cruzados e seus lábios se moviam em círculo, uma manchinha marrom no canto de sua boca denunciava que ela acabara de comer o chocolate. Ela entrou rápido e eu tranquei a porta novamente e guardei a chave comigo.

        - Olha. Parece ter comida. – Ela abrira a geladeira, ainda acendia. – Faz quanto tempo que a guerra chegou até aqui? Ainda tem energia elétrica.

        - Estranho. Tem alguma coisa aí?

        - Você não vai acreditar! Uma Pepsi fechada, umas maçãs, margarina, leite, uns pedaços de bolo... – Ela fechou a porta debaixo e abriu o freezer. – Olha só. Temos um pouco de peixe e bacon.

        - Realmente não dá para acreditar. Eu cogitaria dizer que há alguém aqui se não tivesse visto as roupas jogadas lá em cima. – Por detrás dela eu olhava para o freezer. – Se tivermos óleo e sal, terei minha refeição mais digna em meses.

        - Você realmente não parece muito bem. – Sua mão tocara em minhas costas e apertou, eu saltei e me virei. – Ei. Calma. É que... Bem, olha pra você. Parece um fantasma.

        - É que o apocalipse não é tão divertido fora das séries americanas.

        - Não é o apocalipse, Christian. – A luz de seus olhos se perturbara, estremecera. Seus olhos lacrimejaram? Talvez fosse sua esperança em luta com o meu pessimismo de sempre. – É apenas uma chance de nos provarmos, ok?

        - É apenas uma chance de eu cozinhar para alguém. – Abri os armários que seguiam os balcões, a pia e o fogão. Encontrei apenas um pouco de arroz, dentre outros vencidos, alho, óleo e sal.

        - Espero que você não seja muito ruim nisso.

        - Duvido fazer melhor. – Eu passei a mão no cabelo e levantei meu braço, fechei meus olhos numa pose. Era como se eu pudesse ver Apolo fazendo isso e Ember saltando em cima disso. Segurei meu riso, mas Bell deixou um sorriso fugir. – É. Eu sempre cozinhava no Digital World. Lucas me deve muito.

        - Imagino. – Bell continuou me olhando enquanto eu procurava por facas e depois que eu comecei a cortar o alho e o bater, depois jogar nas panelas que encontrei nos armários de cima junto de olho. Por mais um pouco da sorte infindável daquela noite havia gás e eu soube cortar o peixe.

        - Eu vou... Vasculhar. Encontrar umas roupas. Roupas limpas. – Ela finalmente saiu da cozinha. Eu relaxei enquanto eu cozinhava arroz e dourava o peixe. O cheiro estava bom. Eu tirei toda a minha atenção do resto do universo. Sinto que meus olhos eram castanhos escuro naquele momento.


         Bell havia encontrado a lareira da sala e arrastara o único colchão inteiro que havia até ali, o encaixou entre os sofás e jogou as almofadas e cobertores. Nós discutimos sobre acender a lareira ou não, porque isso poderia atrair algum Digimon hostil, por fim acendemos, estávamos congelando. A segunda discussão fora sobre dormirmos todos ali, decidimos que assim seria e seus digimons saíram de seu digivice para se deitarem pelo chão e sofás da sala.

         - É mais seguro estarmos todos juntos e aqui no andar debaixo. Será mais fácil para fugirmos ou nos defendermos.

         Foi com pesar que eu tomei um banho. A maior sorte da noite era com certeza o fato de ainda funcionar a energia elétrica. A água quente fez alguns machucados arderem, porém me aliviaram uma tensão acumulada durante dias. Vesti uma calça moletom escura e uma camiseta cinza após o banho, desci rápido até o conforto da lareira e nos juntamos para comer.

         - Vocês já foram até Washington? Digo, depois que isso tudo começou? – Bell acenou com a cabeça. – Sabe, mesmo que alguém tenha mandado tantos digimons para tomar algumas cidades, lá é como se o mundo ainda funcionasse. Eles estavam preparando algum contra-ataque e existem tamers aqui na Terra também. Os agentes do governo chegaram a requisitar minha presença, mas eu neguei. Não acho que veriam utilidade em mim depois que soubessem que fui separado de meus parceiros.

         - Eu duvido disso. Sabe, na batalha contra Gigadramon, você parecia saber o que fazer mesmo que não tivesse um Digimon junto de você.

         - Não. Eu não poderia vencê-lo. Só poderia se tivesse Ember ao meu lado, me enfraqueço quando não o tenho. – Olhei ao redor. Havia um Gaomon dormindo aos nossos pés, Bell estava deitada ao meu lado dando atenção ao que eu falava. A Blackrenamon se deitara no sofá detrás, o mesmo em que eu me apoiava para ficar sentado. Strikedramon por conta de seu tamanho ficara encostado numa parede qualquer, Bell fez questão de lhe cobrir quando dormiu.

         - É por isso que a energia funciona... – Ela disse. – Porque o mundo ainda funciona. Não é o apocalipse.

         - Não. – Eu sorri. – Não é o apocalipse.

         - Viu. Talvez seja uma distopia. E as distopias são mais divertidas quando ficam nos livros. – Ela desviou o olhar ao Gaomon. – Os seus olhos. Por que eles são amarelos?

         - Ah. Bem, é por causa de uma coisa que eu fiz. – Eu vaguei por minhas memórias, eu vi Megidramon e monstros que nunca mais gostaria de ver face a face comigo. Um desses monstros eu tenho certeza de que era eu mesmo.

         - E por que te chamam de Dragão Escarlate.

         - Por dois motivos, imagino. – E eu insisti em ver aquilo. Meu coração disparava a cada rugido de Megidramon, a cada golpe desferido por Apolo em sua última forma. Lucas gritava e eu era consumido. – Por uma coisa que fiz e por ser o escolhido de Ember. Ember é afinal de uma família tradicional, todas as gerações se tornaram membros da ordem dos Royal Knights. Porém talvez ele se entristeça por não ter sido escolhido como líder da ordem, como seu pai.

         - É que, sabe, é estranho. – Nossos olhos estavam em contato direto, trocando luzes. – Até suas pupilas, elas estão tão grandes...

         - Ah... Estão? Elas só... – Droga, pensei. Pisquei meus olhos e semicerrei. – Só estão dilatadas. Mas vou te mostrar uma coisa.

         Eu estendi uma de minhas mãos a sua frente, enrijeci meu braço e me concentrei ao máximo. Minhas veias saltavam e minha cabeça doía, tudo por conta da distância temporal e espacial entre mim e Ember. Depois de algum tempo eu consegui que uma pequena faísca surgisse da palma de minha mão e se transformasse numa pequena esfera de luz tremula e amarela, fogo.

         - Como você ainda consegue? Você está a tanto tempo fora do mundo digital... – A cor de seus olhos oscilava sob efeito da luz que vinha de minha mão. Eu então, sentindo-me no limite, apaguei a esfera flamejante.

         - Olhe nos meus olhos agora.

         - Meu deus! – Ela tocou em meu rosto com suas mãos gélidas e o puxou para mais perto. – Como é possível? É como uma... uma serpente!

         - Eu prefiro dragão. Tem mais efeito.

         - Você entende como isso é louco!?

         - Ah, eu me impressionava mais antes. – Senti minhas pupilas voltando ao normal aos poucos.

         - Mas se eles serem amarelos é um resultado do uso de sua magia, então não deveria ser possível reverter?

         - Isso depende bastante. Em algumas pessoas os efeitos não são temporários. – Ela franziu o cenho e discretamente tocou em seu cabelo, entendi o que isso significava. Ela era uma usuária. – É que simplesmente é mais seguro assim. Meus sentidos ficam mais aguçados. Mas eu posso voltar ao normal. E... Assim, olhe.

         - Castanhos. Tão escuros.

         - Acho melhor dormirmos. – Eu me levantei e apaguei as luzes, agora a única fonte de iluminação era a lareira. Bell tinha uma expressão um pouco melancólica quando voltei a me deitar, ela puxou um de meus braços e eu indaguei: - O que?

         - Não podemos conversar um pouco mais? Faz tempo que não converso com alguém... – Blackrenamon se revirou ali e ela arregalou os olhos. – Alguém da minha própria espécie.

         - E Lucas?

         - Eu não o conheço. Ele só me trouxe. Nem acho que ele deva gostar de mim, eu devo lhe parecer uma metida.

         - Então por que estava me procurando junto dele?

         - Porque eu queria te encontrar. Você não se lembra mesmo de mim? – Eu não conseguia compreender, me recostei ao sofá e ergui uma das sobrancelhas. – Sei que não. Você já deve ter encontrado tanta gente no mundo digital.

         - E por que queria me encontrar?

         - Porque... Porque eu estava numa luta contra as forças das trevas quando fui derrotada e então eu sonhei com quando cheguei ao mundo digital e... Talvez você seja uma esperança para nós.

         - Existem pessoas mais fortes que eu lutando. Vir me buscar pode ser uma perda de tempo.

         - Eu prefiro que não falemos sobre isso agora.

         - Ok, Bell. Me desculpe por não lembrar quem você é. Vamos nos conhecer de novo? – Ela concordou com um único balanço de cabeça. – Você por acaso é britânica?

         - Como sabe?

         - Sotaque.

         - Ah. Inconfundível.


A noite passou rápido. Não houve também nenhum ataque contra nós. Respirei fundo ao abrir os olhos vendo a luz adentrar de forma tão intensa pelas janelas. Enrubesci quando percebi que Bell dormira agarrando o meu braço. O tirei dali com cuidado. Depois saí dos colchões de vagar, porque Gaomon estava por cima de nós.

Eu vesti uma calça preta que encontrei no quarto pelo qual entrei na casa, uma camiseta preta, depois um suéter cinzento e meu sobretudo rubro. Enrolei o cachecol no pescoço e calcei botas pretas. Encontrei a passagem para a garagem, havia uma caminhonete ali – uma caminhonete antiga e vermelha - e um gerador. Ambos precisam de combustível.

Corri até as prateleiras buscando por qualquer sinal de combustível até parar inconformado com algo. Inconformado com o espaço que havia ali. Não deixaram a caminhonete atoa, saíram às pressas e fora mais vantajoso ir num único carro. A caminhonete podia estar em boas condições. Talvez tivesse combustível, eu só precisava testar e descobrir.

Continuei vasculhando, devia haver alguma chave. Procurando a chave encontrei combustível. Estava na carroceria, haviam dois galões grandes. Nada de chave.

- Ah. Tem de haver uma chave... Tem de haver...

- Não precisa. – Eu girei meu corpo e cai contra a caminhonete. – Calma. É só que eu sei fazer ligação direta. – Ela caminhou até a caminhonete e sinalizou para que eu saísse da frente, abriu a porta. Antes de entrar ela se virou e me estudou, levantou o dedo indicador. – E você não deve perguntar como eu sei fazer isto.

Ela se arrastou pelos bancos de couro e mexeu por alguns momentos abaixo do volante. De repente um ronco surgiu. A caminhonete estava ligada. Eu corri para abrir a passagem, a neve se escorregou para dentro da garagem.

- Os seus Digimon, estão com você?

- Sim.

- Então devemos ir.




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Mensagem por Convidado Qua 07 Set 2016, 7:41 am

Interessante este segundo capitulo da sua fanfic Kyu . Como você disse foi mais descritivo e com uma enfase menor na ação e mais em como Christian e Bell resolviam o problema de viajarem até Los Angeles para encontrar Lucas , Apolo e Ember . Uma coisa curiosa que eu achei foi que ninguém mencionou o Strikedramon que estava no Digivice não sei de quem que no episódio anterior fora o Digimon que derrotara Gigadramon após o Tamer do Dragão Rubro canalizar seu Digisoul fazendo-o evoluir para Cyberdramon salvando Christian e Bell . Ele nem apareceu nesse episódio todo e eu não me recordo dele ter sido destruido nem do Gaomon da Bell que não falou absolutamente nada este episódio todo .Curioso que as cidades estejam " abandonadas " sabe que isso me recorda aquelas historias de " Apocalipses Zumbis " só que ao invés de " Zumbis " seriam exercitos de centenas de milhares de Digimon Malignos como : Devimon , IceDevimon , LadyDevimon , NeoDevimon , Devidramon , Skullsatamon , Boggeymon , Phellesmon , Mephismon ,  Bakemon , Soulmon , Phantomon , Myotismon , LadyMyotismon , Goblimon , Ogremon , Shamanmon , Fugamon , SnowGoblimon , Hyogamon , MadLeomon , MachLeomon , Minotaurmon , SkullGreymon , BlackMetalGreymon , Deltamon , Mammothmon , Snimon , Okuwamon , Yanmamon , Tuskmon , Sangloupmon , Matadormon , DarkLizardmon ,SkullMeramon , Mechanorimon , Troopmon , Tankmon etc todos enchendo as ruas das cidades e devastando os pobres exercitos de humanos enquanto que os poucos Tamers presentes resistem bravamente com seus Digimon lutando contra chances impossiveis e minusculas de vitoria como os personagens de " Resident Evil " ? Achei que foi uma tremenda sorte Christian e Bell terem encontrado uma casa abandonada com comida e roupas para usarem e que tinha uma caminhonete com gasolina para eles fazerem a viagem até Los Angeles e Bell saber fazer a ligação direta da ignição . Porém não penso que dois latões de gasolina irão ser suficientes e que eles provavelmente terão que parar no caminho para reabastecer . Sobre a magia Digimon achei interessante o fato de que Christian necessita de Ember como condutor para usar suas magias . Enfim um bom capitulo aguardo mais .

PS : Kyu o que você achou da sugestão que eu dei para a Digimon Companheira de Athena ? Estava no spoiler escrito " HANNAH A AGUWOMON LINHA EVOLUTIVA: " ?


Última edição por KaiserLeomon em Qua 07 Set 2016, 2:39 pm, editado 6 vez(es)

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Mensagem por Convidado Qua 07 Set 2016, 12:16 pm

Se me permite divergir da sua ideia e sugerir tenho uma linha evolutiva para a parceira Digimon de Athena mais coerente com a parceira de uma Tamer Guerreira segundo eu imaginei a companheira dela seria uma "Aguwomon" ("Agumon Fêmea") cuja linha evolutiva irei apresentar abaixo . Não se deixe enganar pela aparência " bonitinha " e " fofinha " . Qualquer menção do quanto ela parece "fofa" a faz ficar furiosa e combater com raiva e agressividade , qualquer comentario sarcastico sobre seu " lacinho cor de rosa na cabeça " a faz reduzir a tiras o infeliz se alquem " ousa " desmanchar seu lacinho ela engole vivo o figado do miseravel com batatas e qualquer demonstração de " machismo " , dos outros Digimon para com ela a fazem imediata e prontamente cobrir de porradas o imbecil que ousou " subestima-la só por ela ser fêmea " . Hannah seria uma combatente corajosa e destemida que estaria disposta a provar que mesmo sendo uma "Agumon Fêmea " que ela é tão digna de respeito quanto os " Agumon Machos " e igualmente dona de valor sua personalidade seria mais ou menos como a da Terk de " A Lenda de Tarzan "tipo para outras coisas ela é bastante alegre e brincalhona e também é bastante divertida e cheia de vida e adora brincadeiras principalmente de força nas quais ela é meio "moleca" e "brutona" mas quando alguém diz " Não briguem meninos ." ela prontamente corrige " Eu sou MENINA !" porque ela se orgulha muito de ser fêmea numa especie de Digimon predominantemente masculinos e tem um lado mais sensivel e feminino oculto sob sua superficie que ela só demonstra em ocasiões especiais ou para amigos muito queridos . Provavelmente você não ira aceitar a sujestão mas mesmo assim eu apresento com alegria a ideia para ser avaliada por você . Grande Abraço .

Hannah a Aguwomon linha evolutiva:

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Mensagem por Kyuketsuki Qua 07 Set 2016, 1:38 pm

O Gaomon pertence a Bell, é um dos Digimon dela. Ela o cita durante o segundo episódio e assim como os outros dois Digimon de sua equipe, ele é retirado de seu Digivice para repousar na casa que encontraram. Tenho certeza de que havia descrito o Strikedramon encostado numa parede. Ele não pode se juntar aos outros no centro da sala por conta de seu tamanho.

E sobre os jogos de apocalipse zumbi, foi exatamente a comparação que o Dragão Escarlate fez, embora ele tenha dado ênfase em séries (como The Walking Dead e Z Nation por exemplo). Contudo eu acho que o que melhor se encaixa seria, mais do que Resident Evil, The Last of Us. Talvez eu dê um espaço para demonstrar a ação do governo quanto a isso. Outra de minhas bases para isso foi aquele filme de Digimon Savers.

Sobre a linha evolutiva de Hannah, usarei no início a linha clássica do Blackagumon. É claro que, durante o desenrolar da história, poderão ocorrer mudanças, bem como evoluções novas serem descobertas, assim como novos tipos e evolução. Deixar Hannah com a linha evolutiva comum é simplesmente porque assim era a Hannah original.
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Mensagem por Convidado Qua 07 Set 2016, 1:59 pm

Tudo bem Kyu eu compreendo esse seu ponto sobre a Hannah . Vai ser bem interessante ver quais linhas diferentes de evolução irão surgir para ela na historia .

Você fala do filme de Digimon Savers em que Argomon cobre a Terra com suas videiras que tragam os humanos para seu interior e que os fazem adormecer eternamente em que Agumon , Gaomon , e Lalamon tem que combate-lo sozinhos tendo como ajuda apenas uma entidade do Digital World ?

Eu acredito que eles ainda precisam curar o ferimento da perna da Bell pois ele pode se infeccionar e resultar em problemas seria legal se eles cruzassem com algum Tamer com um Digimon com poder de cura e este tratasse do ferimento da Bell .

OOpsss é verdade essa parte sobre Strikedramon falha minha .

Mas então quer dizer que os Tamers podem ter mais de um Digimon ? Interessante isso fica bem legal pois permite montar equipes de Digimon bem versateis .

Pergunta O Dragão Rubro vai ter algum outro Digimon além de Ember ? Afinal se os Tamers podem formar equipes seria legal se ele tivesse outros Digimon . Por exemplo eu adoraria caso o Tamer Dragão Rubro tivesse outros Digimon Dragões no grupo de Digimon líderado por Ember . Que você acha da ideia ?

E seria interessante poder ver as lutas entre os humanos contra os exercitos de Digimon Malignos se isso acontecesse realmente no mundo humano em alguma serie de Digimon os humanos teriam que se armar com armamento especialmente criado para enfrentar Digimon .

Enfim continue o otimo trabalho Kyu estarei acompanhando .

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Mensagem por Pégaso Sex 09 Set 2016, 3:52 pm

Caramba,e aqui estamos nós con um novo membro ou não,da Digimon Forever e uma nova fic. Pelo jeito tenho muito que ler,e sabe...isso é bom,por que siginifica que temos a ajuda de um novo membro pra manter esse forum que fosti tanto.Ativo

Enfim,assim que dê passarei aqui para conferir sua fic.
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Mensagem por Convidado Sex 09 Set 2016, 4:26 pm

O Kyu é um dos autores de fanfics mais classicos e mais competentes aqui do fórum Digimon Forever Pégaso . Ele já escrevia historias marcantes e memoraveis nos tempos em que os membros ainda se importavam com este fórum e ainda existia atividade aqui . Realmente é maravilhoso vê-lo escrever uma nova fanfiction porque ele realmente possui um talento imenso e verdadeiro para escrever fanfics não é como eu só um amador que nunca consegue terminar as fanfictions que escreve . Realmente espero que esta nova historia do Kyu seja bastante legal e repleta de referências .

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Mensagem por Kyuketsuki Dom 11 Set 2016, 10:40 pm

O Sol finalmente transmitia a sua luz novamente por entre as nuvens, aquilo era revigorante a uma daquelas sombras que o observavam brotar por entre as montanhas e pinheiros e refletir um caminho de ouro sobre as águas. Uma daquelas formas, uma baixinha, espreguiçou-se, seu bocejo transmitiu tal calor que a neve começara a se derreter em torno do estranho grupo. O outro deles emitiu um sorriso e os raios atingiram a sua testa lateralmente, ele parou de olhar para o mar, virou o rosto de lado olhando para trás, onde o Sol nascia. Algo refletiu aquilo, eram óculos de aviador feito de couro avermelhado.
- Sentiu também, Lucas? É o nascer do Sol!
- Simbolicamente!



Capítulo 3 – O homem que desafiou o Inverno – primeira parte.



A neve caía continuamente, com a exceção alguns raros intervalos. As nuvens continuavam a pintar o céu de cinza logo após o nascer do Sol, talvez o único momento do dia em que seria possível ver a estrela com nitidez. Foi imerso nesse clima solitário que o estranho rapaz adentrou a cidade pelo Norte e pisou sobre o pavimento cinza e branco, uma capa cor de palha envolvia seus ombros e o protegia do frio, embora o calor emitido pela criatura que o acompanhava tornasse aquilo, até certo ponto, desnecessário.

Ele levou a mão na cabeça e ajeitou os óculos de aviador que separavam seu rosto arredondado dos cabelos encaracolados e marrons. A criatura deu um passo e revelou o rosto de um filhote de leão num corpo bípede peludo e alaranjado, em sua testa uma tiara metálica era adornada com uma joia vermelha de onde uma faísca serpenteava. A mesma joia era vista em seus pulsos, com a diferença de que não havia fogo ali. A ponta de sua cauda derretia a neve e iluminava os seus olhos grandes e azuis, olhar determinado.

A dupla continuou caminhando pela rodovia dupla. À esquerda havia um desfiladeiro, onde inúmeros prédios tomavam conta do horizonte, já à direita estavam magníficas e luxuosas casas de praia, algumas com esportivos atravessando a parede de forma nada natural, como se fossem fundidos com a casa e outras com seus carros acidentados ou abandonados em estado quase perfeito – pois de qualquer forma estavam sujos e cobertos de neve.

- Não deveria estar frio assim. – Disse o garoto dos óculos de aviador.

- Como assim? Você não tinha dito que é inverno? Afinal, estamos no hemisfério Norte, Lucas.

- Mas mesmo assim, já visitamos Los Angeles antes, se lembra Apolo? – Retrucava Lucas – Estávamos aqui também em janeiro.

- O que quer dizer?

- Quero dizer que mesmo quando neva em Los Angeles, a neve é derretida bastante rápido. – Ele se agachou e apalpou os flocos de gelo, percebeu que havia uma espessa camada. – Precisamos encontrar o que está causando isto.

- E se ele estiver em São Francisco ou Palo Alto? Parece que toda a Califórnia está assim. – Apontou Apolo, o Coronamon. – Embora... Esse cheiro...

- Que cheiro? – Lucas voltara-se ao companheiro.



- Eu não sei dizer, mas... – E, interrompendo-o, uma flecha passou pelos pelos abundantes que cobriam sua cabeça e se enfiou na neve. O mais rápido que pôde, o Coronamon reagiu fazendo-se materializar uma bola de fogo a frente de sua testa, ele a guiou com as mãos e jogou na direção de que a flecha tinha vindo.

A bola de fogo atravessou o ar frio até um carro qualquer abandonado em meio a avenida. Seja lá o que for, seu alvo saltou do veículo antes desse se amassar e entrar em combustão sob a explosão causada pelo golpe. Duas flechas mais zumbiram, eram destinadas a Lucas, mas Apolo se jogou contra ele e os dois rolaram sobre a neve, esquivando-se do ataque.

- Escolheu errado, bastardo! – O leão correu na direção do carro e atravessou as chamas num salto, seu corpo se acendeu enquanto o agressor corria para trás e caía, tropeçando nos próprios passos – Petit Prominence!

- Não! – Ele era um humano, vestia um moletom azul céu e uma calça jeans surrada. Os olhos verdes se afinavam numa expressão de desespero e o cabelo dourado se jogava sobre sua testa. O estranho arco que usara caíra a alguns metros depois de seu tropeço e suas mãos não o alcançavam.

Num último momento o rapaz de azul rolou, o corpo em chamas se agachara no local onde ele deveria estar caso não tivesse agido. Se arrastando pelo chão, recuperou o arco, um todo prateado com algumas pedras azuis e entalhes em linhas retas. Por algum motivo ele não tinha nenhuma aljava, aparentemente não precisava, pois, quando puxou a corda e o arco se ajustou como uma máquina, uma flecha luminosa brotou do absoluto nada.

Ele soltou a corda e o tiro atravessara as chamas de Apolo numa explosão azul, uma nuvem de fumaça brotara daquele contato e dera tempo para que o estranho se levantasse e se afastasse um pouco mais. Contudo, por conta de seu choque ao ver a fumaça se dispersar, não percebeu a aproximação de Lucas que, com um gancho, o jogara novamente no chão.

Apolo, por sua vez estava parado com uma flecha partida dentro de seu punho, ele a fez virar cinzas e, determinado, avançou devagar em direção ao agressor. Lucas já o havia dominado nesse ínterim, suas mãos curiosas apalpavam e tentavam dobrar e desdobrar o arco de diferentes formas.

- Ei! Me devolva! É meu! – E sua voz perturbara o Digimon, que já não estava satisfeito com apenas jogar aquele idiota ao chão. Enraivecido ele chutou o humano e este ficou inconsciente em razão da força sobre-humana do pequeno.

[Fim da OST]

__________________________________________________________________

Christian e Bell haviam se encontrado em São Francisco e lutaram contra dois Devidramon. Fora uma sorte deles encontrar uma casa em que ainda havia comida, onde passaram a noite, no início da manhã eles partiram numa caminhonete vermelha, contando com dois tambores de combustível. Eles foram em direção a Los Angeles, buscando por Lucas, Apolo e Ember – o Guilmon parceiro de Christian.

No caminho eles enfrentaram problemas, um deles aconteceu ainda dentro de São Francisco. Uma matilha de Dobermon os perseguiu, forçando Bell a abandonar o volante para evoluir Gaomon, que os atrasou ao lançar um poderoso sopro em espiral na sua forma adulta, Gaogamon. Mesmo com sucesso em impedir que os cães digitais os alcançassem, Gaomon parecia ter o seu orgulho ferido de alguma forma, talvez fosse sua necessidade de proteger a parceira Bell e, consequentemente, de ser forte para fazê-lo.

Um segundo problema os havia encontrado naquele momento, estavam cerca de uma hora e meia de seus destinos quando o combustível acabou. O Dragão Escarlate fora o primeiro a descer da caminhonete, tentava avistar algum posto a frente, com insucesso retornou à caminhonete e relatou a Bell.

- Nós podemos montar em meus Digimons. É a única forma. – E caminhando sobre a rodovia ela tomara de algum lugar em suas roupas um aparelho azul de forma retangular e, apontando-o a frente entoou: - Reload!

Como se fosse consciente e entendesse as palavras da moça, o aparelho reagiu, sua tela brilhou e milhões de pontinhos luminosos se agruparam diante dela formando duas silhuetas distintas, uma raposa toda amarela de aproximadamente um metro e oitenta e um cachorro azul com a metade da altura. O último, Gaomon, juntara suas luvas de boxe e ficara cabisbaixo enquanto o rosto de Bell estava apontado para eles.

- Desculpe-me, Bell, mas acho que deveria chamar o Strikedramon ao invés de mim. Ele é muito mais forte que eu e eu falhei em vencer míseros Dobermon.

- Ei, qual é, nanico? – Ela se agachou de frente para ele e colocou os braços em cima de seus ombros. – Você fez o melhor que qualquer um de nós poderia fazer. Eu não seria nada sem você, ok?

Ela o envolveu com os braços e apertou, apertou e apertou. Ele olhava para o horizonte, um pouco encabulado deixou que seus braços a respondessem e a apertassem contra o seu corpo peludo. Ela parecia se sentir bem ali, Gaomon era muito macio, é o que Christian lia em seus olhos fechados, no sorriso sem jeito e nas bochechas arredondadas.

- Eu preciso de... De vocês dois. – Ela se recompôs, se colocou em pé e ajeitou as mechas azuis onduladas. – Precisamos chegar o mais rápido possível em Los Angeles, mas o combustível acabou. Conto com vocês!

Dito isso, voltou a levantar o Digivice na direção de seus parceiros, uma luz os envolveu então e trouxe Youkomon de volta. Já Gaomon se transformara num enorme cão esquimó, próximo de seu pescoço havia uma abundante e macia pelagem branca que descia entre suas pernas dianteiras com duas tranças amarradas por fitas douradas, nas pernas dianteiras estavam suas antigas luvas de boxe, agora furadas por três garras afiadíssimas, já as pernas traseiras estavam enroladas em faixas brancas. Do meio dos pelos que cobriam seu pescoço saíam duas fitas vermelhas em arco e terminavam em forma de garra após o seu rabo enrolado.

Youkomon se abaixara e Bell a escalou com cuidado para não feri-la com suas botas, Gaogamon se aproximara de Christian que utilizou as fitas vermelhas para conseguir subir e depois as usou como se fossem rédeas, apenas para que não caísse das costas daquele Digimon. Enfim, as duas feras começaram a correr, a capa do Dragão Escarlate levantara-se com o vento frio, o mesmo que fazia o seu rosto perder a sensibilidade.

O grupo saía para fora da estrada quando, olhando para o lado, Christian notou como o cabelo dela se movia. Ele serpenteava para trás, ondulava como fogo. As bochechas pálidas e a ponta de seu nariz ficaram vermelhas como um tomate, a boca pequena se abria para auxiliar o nariz em sua respiração e o preto de suas roupas lhe caía bem, um contraste. Naquele momento ele a achou bonita. Como ele poderia esquecer dela? Talvez Bell se enganasse ao contar seu passado, talvez o tivesse confundido com outra pessoa. Quando chegou ao mundo digital, tinha a certeza, era tudo, menos heroico.

Embora pensasse dessa forma, diria a ela que havia se lembrado, caso necessário, caso isso a agradasse.

__________________________________________________________________


Lucas andava de um lado para o outro, estava pensativo e sua mão posicionada ao queixo expressava isso perfeitamente. Haviam invadido uma daquelas casas de praia e descobriram que, pouco antes deles, haviam pessoas ali. Apolo jogara o garoto que os atacou no tapete da sala, depois foi procurar comida, deixando o cômodo silencioso. Lucas tinha explorado a casa antes de voltar ali.

Encontrara um bilhete, não sabia a quem era destinado, mas isso explicava bem a situação da cidade. Um Digimon desconhecido havia perpetuado o inverno e existia uma maneira óbvia de reverter aquela situação, derrota-lo. Mas Lucas não sabia onde o encontraria, também não sabia onde encontrar o grupo de resistência de que ouvira falar. Na verdade, estava sem tempo, tudo que ele queria era voltar ao Digital World e não poderia fazer isso sem ter reencontrado Christian e sem levar Bell junto dele.

Por que eu a trouxe? Por que deixei que ela se separasse de mim? Isso obviamente não dará certo, pensava. A comunicação com a garota parecia ser algo complicado, todas as vezes em que abrira a boca fora para contrariar Lucas e nenhuma só vez o agradeceu pela ajuda, mesmo que, na ocasião em que a salvou de ser engolida por um grupo de Devidramon, ela tenha acenado com a cabeça. Talvez fosse tímida. Aquilo foi o suficiente no momento e agora deixou de ser.

- ME DEVOLVAM!

- CALA ESSA BOCA! – O Coronamon veio repentinamente, quase instantâneo ao grito para cair sobre aquele que, mais cedo, os atacou.

- AH! – Ele agarrou a perna de Apolo e o jogou contra Lucas, virou uma cambalhota para trás e bateu a cabeça contra a parede. Grunhiu, se levantou rápido, mas logo retornaria ao chão com uma rasteira de Apolo.

- SEU ASNO! VAI TER DE NOS EXPLICAR DIREITINHO! – Com ele no chão, o Digimon leão agarrou sua cueca e a puxou. – EXPLIQUE ANTES QUE MINHA PACIÊNCIA ACABE!

- NUNCA VOU ME RENDER A VOCÊS! – Uma de suas pernas se dobrara inúmeras vezes até que seu calcanhar encontrasse o queixo de Apolo. Chutou uma vez, chutou duas vezes - a segunda foi mais semelhante a um empurrão contra a bochecha – e chutou uma terceira vez contra o peito do Digimon, o jogando contra a parede. – NUNCA IREI ME RENDER! EU VOU SEMPRE LUTAR PELA JUSTIÇA E PELA LIBERDADE, PORQUE É O MEU JEITO NINJA DE SER! DATTEBAYOOOOOO!

Gritando aquela frase ele serrou os punhos. Lucas observava aquilo expressando através do rosto uma vergonha alheia, ainda mais após aquela frase, pois ele odiava tudo que tivesse vindo de Naruto. Mantendo a expressão ele deu um soco contra o nariz do outro. Mais uma vez ele caía, suas duas pernas quicaram com o impacto.

- Isso me enoja. – Disse Apolo imitando a expressão de Lucas.

- Soul Eater? – Perguntou Lucas, recebeu um balanço de cabeça como resposta.

- PELA JUSTIÇA, CONTRA ESSES MARICAS DOS DOZE! PELA LIBERDADE, CONTRA ESSAS CRIAS MISERÁVEIS DOS DOZE!

- Dos Doze? – A expressão da dupla endurecera, Lucas chegou mais perto do outro e agarrando-o pela gola de seu moletom o jogou contra a parede. – Olha do que nos chama!

- Um alienado.

- Eu sou Lucas, um dos três tamers lendários! E você, quem é?

- Três tamers lendários? Agora que você diz, haviam mesmo esses três, não é? – Abobado ele fitava os olhos castanhos de Lucas. – Você é de Susanoo? Conheci um cara de lá uma vez. Ele se sacrificou para...

- O Lucas te fez uma pergunta! – Uma faísca passou por um tris da orelha do rapaz. Ele arregalou os olhos.

- DESCULPE SENHOR! SOU JEREMY! – E bateu uma continência. Apolo deixou escapulir mais um “Isso me enoja”.

- E Jeremy, o que aconteceu por aqui e como você conseguiu esse arco? Ele parece ter sido desenvolvido para lutar contra algum Digimon.

- Os militares. Eles estiveram aqui antes do cara de Susanoo vir. Ninguém sabe onde eles foram parar, mas eles deixaram esse arco e um monte de rifles de assalto, munição e suprimentos. Quando o cara de Susanoo chegou, nos ajudou a entrar no acampamento que os militares ergueram e nós tiramos tudo o que pudemos para o nosso grupo de resistência. Ele também limpou todas as linhas férreas e nós nos instalamos em um metrô e nos prédios próximos. Deu para acomodar todo mundo, porque a maior parte da cidade fugiu para a capital ou para o Leste. Dizem que são lugares mais seguros.

- Qual o nome dessa pessoa de Susanoo e onde ele está agora?

- Eu não faço ideia. Ele não quis dizer seu nome. Quando perguntei ele disse que veio do servidor de Susanoo. Na época eu não entendia muito bem o que era, mas não tardou para que outros escolhidos viessem e explicassem. – Ele deu uma pausa dramática, suspirou e completou: - Também não sei onde ele possa ter ido. Ele disse que enfrentaria o Digimon do inverno nas colinas e nunca mais voltou. Já fazem uns três meses.

- EMBER, NÃO! – O baque de Apolo sendo derrubado poderia ser escutado de toda a praia. Um réptil se debruçava sobre ele, os olhos amarelos giraram como se ele tivesse enjoado, isso antecedeu sua boca cheia de dentes afiados se abrir para soltar uma rajada amarelada e viscosa contra a cabeça de Apolo. –EMBEEEER!

O Coronamon se encandesceu de imediato e impulsionou o réptil para trás com os pés. O fogo que o cobria iluminou as escamas absurdamente vermelhas e brilhantes de Ember, pintara sua barriga branca de amarelo e fez com que fossem notáveis as tatuagens negras que lhe marcavam o corpo. As orelhas, semelhantes a asas de morcego, abaixaram-se. Sentado ele levou as grandes garras dianteiras a boca antes se soltar mais um jato, dessa vez quente e dourado, sobre os pés. Seus pés, que tinham duas unhas saindo de seus dedos e uma saindo logo acima do calcanhar, se retraíram ao toque do liquido, que se apagou ao deslizar pelo chão, deixando como rastro uma superfície pedregosa e um cheiro de queimado.

- Certeza de que não era de Asuka? – Perguntou o réptil.

- Não. Me lembro bem, ele disse Susanoo. – E levou a mão a boca. – VOCÊ É UM GUILMON, NÃO É?

- Ele é! Um Guilmon porco! – Apolo batia suas mãos pelo corpo, como se tentasse se limpar. O líquido pegajoso e amarelo, para a sua sorte, evaporou com o calor de seu corpo.

- Eu gosto de carne de porco! - Retrucou várias vezes, repetindo como um mantra.

- EI! Será que ele não era mesmo de Asuka! Sim! Isso! O cara era de Asuka. Ou... Algo parecido... - Jeremy hesitou, depois recomeçou. - Não, isso não se encaixa. Não resta dúvidas de que era de Susanoo... Ou de Asuka...

- Ele usava uma capa? – Interpelou Lucas tocando em seus óculos de aviador no tempo em que, atentando-se, Jeremy contorceu a boca. Provavelmente diria um sim, caso Lucas não tivesse continuado: - Digo, uma capa vermelha. Escura. Algo como as escamas de Ember.

- Ah. Não. Era uma capa branca.

- É. Não era ele. – Respondeu Ember. – Não consigo sentir o cheiro dele em você, ou nas suas roupas. Nem mesmo nessa cidade.

- E como poderia sentir? Já fazem meses...

- ESTOU SENTINDO! – Ember titubeou pela sala e foi de encontro a porta. Lucas, Jeremy e Apolo olharam para o corredor quando escutaram o estrondo. E a porta ia pelos ares!
- É por isso que eu o deixei dentro do Digivice.

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Mensagem por Kyuketsuki Dom 11 Set 2016, 10:52 pm

Bem, desculpem-me pelo double.

Pégaso, estou gastando um bom tempo no planejamento desta e ela já teve outras versões. Fracassou porque sim. Eu utilizo as fanfics para evoluir a minha escrita, espero que esteja tendo algum resultado, porque eu infelizmente nunca me convenço... Espero que goste.

E Kaiser, está exagerando um pouco. Todas as histórias em que participei parecem ter definhado. Sinto que a culpa é minha, nunca consegui terminar uma só fanfic (com exceção daquelas da antiga DF, de quando minha escrita era absurdamente horrível). Mas obrigado mesmo assim.
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Mensagem por Convidado Seg 12 Set 2016, 7:59 am

Que é isso Kyu você não tem que se sentir inferiorizado pelo fato de que não conseguiu concluir suas historias . Eu também não conclui as minhas porem ao contrario de você eu desisti de criar ou de tentar escrever . No máximo fiz algumas poucas miseras tentativas de mudar isso porem que nunca foram para frente . Já você mesmo " desistindo " das fanfics que lançava jamais deixou de postar fanfics e continua tentando mesmo com todas as probabilidades contrarias a você . Isso sim é perseverança . E você esta errado ao contrario da minha pessoa você tem um talento genuino como escritor . Basta comparar aquilo que eu escrevi com aquilo que você escreveu na fanfic antiga da Ultimate Alliance para ver que você tinha um talento e um estilo criativo muito superiores aos meus . Você é um excelente escritor um dos melhores deste fórum eu não diria isso caso não tivesse essa certeza nunca se deixe esmorecer por nada . Bem sobre o capitulo finalmente conhecemos Apolo o Coronamon e Lucas o Tamer com os oculos de aviador . Bem esquentadinho o Apolo viu ? Ele reage a tudo com raiva flamejante . Mas interessante ver Ember o Guilmon sair do Xros Loader e já aprontar confusão (é um Xros Loader não é ? ) . Pergunta qual modelos de Digivice você ira usar ? E você tinha razão ele não se parece nadinha com o Guilmon "inocente e bem comportado " de Digimon Tamers . Cubriu Apolo de baba amarela nojentinho ?! E ainda é sarcastico porque quando Apolo disse " Ele é um Guilmon porco !" ele retrucou " Eu gosto de carne de Porco !" .  E um Digimon do Gelo vir para o mundo humano e perpetuar o inverno em Los Angeles ? Quem será ? Yukidarumon , Sorcerymon , IceDevimon , Panjyamon , Panjyamon X , Zudomon , Korikakumon , Daipenmon , Vikemon , AncientMegatheriumon ou algum outro ? Quem sabe um Digimon " Dragão Branco " do gelo ?Voltando ao Dragão Rubro e Bell achei muito legal o Gaomon da Bell e seu jeito humilde . Me lembrou o meu personagem Gaomon daquele finado RPG que não era RPG do fórum . Ele parece ter uma imensa falta de confiança em si mesmo e pensar que o tempo todo esta falhando com sua Tamer mesmo tendo ajudado o Dragão Rubro e Bell a se safarem de uma matilha de Dobermons que os atacaram (e que alias lembra aquele famigerado ataque dos Dobermans Zumbis de Resident Evil ) . Mas como eu havia previsto faltou gasolina na caminhonete e os dois Tamers tiveram que ir montados em Gaogamon e Youkomon o resto do caminho . Kkkkkkkkkkkk Jeremy é um sarro ... o tempo todo citando frases de personagens de animes , chamando Lucas de "Senhor" e batendo continencia para ele. E interessante que o arco que ele usou seja uma arma usada pelos militares pois isso significa que eles tem sim armas apropriadas para enfrentar Digimon . Quem será o misterioso Tamer de capa branca que veio do Servidor de Susanoo para combater o Digimon do Gelo e que nunca mais voltou segundo Jeremy ? Agora é saber se o Dragão Rubro e Bell chegarão a tempo de enfrentarem o Digimon misterioso que esta perpetuando o inverno em Los Angeles . Enfim bom capitulo Kyu aguardo mais .


Última edição por KaiserLeomon em Dom 18 Set 2016, 5:30 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Convidado Sáb 17 Set 2016, 9:38 am

Kyu uma ideia para um dos futuros inimigos da sua fanfic . Este aqui o Final Boss de Digimon World : Next Order :

Spoiler:


Última edição por KaiserLeomon em Seg 19 Set 2016, 6:47 pm, editado 4 vez(es)

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Mensagem por Convidado Sáb 17 Set 2016, 10:48 am

Algumas sugestões a mais de Digimon que poderiam aparecer na sua fanfic . Primeiro uma Jogress Shinka entre ShineGreymon e MirageGaogamon chamada Zetamon:

Zetamon:

Depois um " Modo Change " de Zetamon chamado Zetamon Burst Mode :

Zetamon Burst Mode:

Uma Jogress Shinka entre VictoryGreymon e Z'dGarurumon chamada NeoOmegamon :

NeoOmegamon:

E finalmente uma evolução de MedievalDukemon chamada " MedievalDukemon Crimson Mode " :

MedievalDukemon Crimson Mode:

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Mensagem por Kyuketsuki Seg 19 Set 2016, 3:24 pm

Hey, Kaiser... Vamos com calma. A demora foi por falta de tempo, tive que estudar ao máximo essa última semana para o simulado geral de minha escola. Aliás tem PAS chegando e vestibular treineiro (adeus dinheiro). Dadas as explicações, Allah vamos nós.

Rufem os tambores para a pergunta sobre os digivices!
E...
Não, não são Xros Loaders. Posso ver sua expressão de choque... Na verdade os Digivices serão explicados mais tarde e não demorará.

E qual será o Digimon que vem causando acumulo de neve numa região como essa da California?
Seriam um desses?
HA! Não também. Esse cara é surpresa para o próximo capítulo.

Agora sobre o que Ember fez com Apolo, não foi exatamente culpa dele. O Digivice de Lucas não é o lugar dele, ele se sentiria incomodado até mesmo em ficar no Digivice do próprio tamer. O enjoo dele por ficar dentro do Digivice somado ao esforço feito para que saísse por conta própria são os motivos de ele ter vomitado. Já o "Eu gosto de carne de porco" foi mesmo uma ironia, embora fosse mesmo um de seus gostos.

O Gaomon eu quero trabalhar como um personagem que sempre tomará a causa mais nobre (mesmo que eu não concorde com isso), também o tipo que sempre se ponhará em risco pela sua tamer. Afinal, ele tem todas as razões do mundo para protegê-la, não é mesmo? Talvez você ainda não saiba, mas a resposta é sim.

Bell e Dragão Escarlate já chegaram a cidade, foi o que fez Ember sair correndo de dentro daquela casa. Assim como pode sentir o cheiro de coisas que estiveram ali a muito tempo, ele pode sentir cheiros conhecidos a quilômetros de distância e o único empecilho foi, provavelmente, o fato de antes ele estar preso no Digivice de Lucas. Assim que saiu, soube que seu tamer estava muito próximo.

O Jeremy poderá se tornar um personagem interessante no futuro, porém por enquanto, sempre que ele surgir será na necessidade de um alívio cômico. O problema é que eu não consigo tornar nada muito engraçado quando quero, espero que isso comece a vir com naturalidade depois, sempre que eu trouxer o personagem.

O tamer de capa branca vindo do servidor de Susanoo é assunto para outro momento. Afinal, não temos ideia de onde ele está, sabemos apenas que ele enfrentou o Digimon que no momento perpetua o inverno, se é que essa informação está correta. Depois disso ninguém mais o viu.
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Mensagem por Convidado Seg 19 Set 2016, 4:57 pm

Tudo bem Kyu eu compreendo perfeitamente o fato de você estar tendo que estudar meu sobrinho Guilherme esta também tendo que fazer o mesmo e o dinheiro quase não dá para as despesas . E aqueles ratos de Brasilia vivem nabadescamente com salarios pagos por nós as nossas custas . Mas bem vejamos suas respostas .

Poxa fiquei confuso agora porque o Lucas disse " reload " para liberar Apolo . Se não são Xros Loaders são por acaso algum modelo criado por você ?

E agora estou curioso se não é nenhum desses Digimon de Gelo que eu citei então qual seria o culpado ? Misterios .

Hahaha entendo mesmo assim deu pra ver pelo sarcasmo de Ember em vomitar em Apolo após sair do Digivice de Lucas que ele é meio que " sacana " . Não sei se este é um traço caracteristico da personalidade dele porém foi esta a impressão que ele deu .

Legal sobre o Gaomon eu vou gostar de ver um Digimon Herói e Heroico principalmente porque adoro Gaomon e ele sempre me pareceu um Digimon com uma capacidade infinita de se doar pelos amigos . Imagino-o se arriscando por Bell com todas as suas forças .

Ah então Ember tem " o faro de um Dragão Vermelho " podendo farejar coisas a quilometros de distancia ? Legal saber essa habilidade pode vir a ser bem util para os Tamers . Resta saber como vai ser o reencontro dele com o Dragão Rubro?

E fico imaginando se Jeremy se tornasse um Tamer também que tipo de Digimon teria ? Como os Digimon geralmente refletem ( mas nem sempre ) a personalidade de seu Tamer provavelmente o Digimon dele seria um " panaca digital " mas eu penso que não deve estar nos seus planos dar-lhe um Digimon correto ?

Interessante isso sobre o Tamer de Susanoo pois da margem a muitas teorias envolvendo sua pessoa vejamos o desenrolar da fanfic .

E o que achou dos Digimon acima Kyu ?

Enfim espero ancioso pelo próximo capitulo .

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Mensagem por Kyuketsuki Sáb 24 Set 2016, 1:31 am

Sobre as sugestões: tenho a maior parte dos Digimon já escolhidos ou criados. Não vai tardar para que um de meus fanmades apareça, aliás. O Zwart já era previsto.
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Mensagem por Convidado Sáb 24 Set 2016, 5:10 am

Bom saber disso Kyu estarei bastante curioso para ver quais outros Digimon Fã Mades você deverá utilizar nesta fanfiction .

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Mensagem por Kyuketsuki Sáb 08 Out 2016, 8:31 pm

Um estranho objeto orbitava a esfera azul em meio ao espaço. O calor se transmitia entropicamente para as paredes metálicas e ao longe um intenso brilho começava a se projetar sobre a esfera azul, passando em raios pela atmosfera e revelando finalmente a cor branca do objeto. Cilindros, círculos, cubos e retângulos lhe davam forma, um tipo de satélite, mas obviamente não produzido naquele tempo. A forma como cada linha reta ou curva se mesclava foi o que demonstrou isto.

O tempo passava mais rápido ali, é o que diziam. Os cálculos ainda abertos num estranho sistema operacional, o qual se projetava num ecrã flutuante sobre os controles do satélite, mostravam que os seis meses passados orbitando o planeta azul valeram por três segundos futuro a frente em relação ao mesmo.

Finalmente um alarme curto e baixo força o habitante a se mover, ele caminha por um largo corredor todo branco. Traja uma armadura totalmente adaptada ao seu corpo, sua brilhante cor de grafite se contrasta com a estação espacial. Poucos minutos antes de fazer seu costumeiro trajeto colocara a capsula onde repousou de volta a um espaço comprido e hexagonal presente na parede do dormitório, escovara os dentes e passara por uma câmara que – ao se fechar completamente – liberou jatos de água quente e substâncias objetivadas a higiene e purificação. Por último, se recostando numa parede, teve o corpo envolvido por um material líquido que aos poucos tomou forma e se solidificou em sua armadura.

Agora, encontrava-se numa abóbada transparente– os painéis de controle a sua frente, mesas forradas de papéis e irreconhecíveis aparelhos eletrônicos, armas que pareciam ter sido tiradas do universo de Star Trek. O colossal lado de fora, escuro e magnífico, o encarava cara a cara. Uma boa olhada no planeta azul, a Terra, um turbilhão de memórias violentas e finalmente sentiu-se pronto.

- Preparar traje móvel de combate. – Uma contagem regressiva surgiu ao seu comando. – Parceiro, faça o seu upload ao traje. Vamos descer.



Capítulo 4 – O Homem Que Desafiou o Inverno. Segunda parte.

Quando alcançaram o píer, após andarem a pé pelas ruas de Los Angeles, Bell, que se apoiara em boa parte do trajeto nos ombros de Christian, mal poderia se aguentar em pé. Se jogou num banco e ali ficou respirando fundo e tentando ocultar daqueles que lhe cercavam a dor que sentia em sua perna ferida. O Dragão Escarlate queria verificar inúmeras coisas, inclusive o ferimento da garota, por isso se concentrou. Um portal imaginário surgia em sua mente, ele visualizava uma substância cheia de cubos e códigos binários atravessar esse portal e se espalhar pelo seu corpo.

Ao terminar, sua expressão não poderia ser nenhuma senão aquela de surpresa. Ele tinha aumentado os seus sentidos, mas a mudança foi drástica. Se esforçou muito, contudo aquilo de que precisava lhe foi cedido de forma fácil, uma que a muito não provava. Isso só indicava a proximidade que estava de seu parceiro, Ember.

Como resultado de sua magia, o mundo agora era uma turbulenta tempestade. De olhos abertos seria uma tempestade de cores, de olhos fechados as sensações, os gostos, as vibrações, lhe traziam um mundo trêmulo, em chamas. Vendo dessa forma, uma parte específica estava incandescente, o ferimento de Bell. Embora parecesse estar melhor, era um fato que aquilo lhe causava certa febre.

- Bell. Talvez você precise aplicar... – Ele já tateava uma agulha e uma seringa nova por dentro de seu sobretudo. Parou então ao sentir uma aproximação repentina. O turbilhão lhe explodiria a cabeça se não tivesse cessado a magia. Aquilo que o atingiu continuava pressionando-o. Pesado e quente. – E... E... EMBER!

O infantil dragão vermelho e o rapaz moreno se entrelaçaram agora de joelhos, queixo em ombro, expressões de angústia, pensamentos e lembranças se transmitindo automaticamente. Conexão mente a mente. Não haviam palavras, o calor emanava numa monstruosa DigiSoul rubra que cobria a improvável dupla como um incêndio descontrolado. Até mesmo Bell fora afetada pelo contato dos dois, lagrimas rolaram pelas maçãs arredondadas e delicadas de seu rosto, toda a dor de sua perna se foi e a febre baixou quase que instantaneamente.

Lucas vinha logo atrás, corria junto de Apolo e um garoto desconhecido pelo primeiro grupo, Jeremy. O último de súbito parou boquiaberto, deixou seu arco recém-recuperado cair ao chão tilintando. Não podia acreditar naquilo que via e nem nos pensamentos que aquela força lhe inspirava, suas pulsações eram mais fortes.

Apolo olhava de sobrancelhas franzidas para Jeremy e Bell, depois para um Gaomon recostado em algum canto e numa BlackRenamon que não mais podia se ocultar. Todos eles se desmanchavam, todos eles eram influenciados. Lucas e Apolo abriam a exceção. Esperaram e esperaram. Sabiam que talvez fosse melhor intervir, mas não tiveram tempo, os dois se separaram, a labareda vermelha se dissipara.

Era o momento de mais um reencontro, um dolorido reencontro. Lucas e Christian frente a frente, pequenos, contudo colossais, era o que qualquer um descreveria ao comparar seus corpos com a crescente energia que emanava de cada um deles. Enfim um baque quebra o silêncio, o corpo do Dragão Escarlate rodopia levantando a capa. O punho de Lucas, ainda cerrado, retorna a lateral de seu corpo. Christian recupera-se e, fingindo uma posição de batalha, joga sua mão contra Lucas. Ele não teria tempo de se defender caso fosse realmente um golpe. A mão aterrissa no ombro do garoto.

- Ora, pois a culpa é realmente minha. – Disse o moreno, uma expressão inabalável, fortalecida pela sua união com Ember. O soco parecia nem ter lhe causado efeito.

- Não é algo para discutirmos agora, de qualquer forma. – Respondeu Lucas.

“Hey, Chris, está sentindo o cheiro, né não? “ era o que falava Ember dentro de sua mente. “Sei que estamos sem tempo, mas deveríamos cuidar disto antes de voltar ao Digital World”.

- Ah, agora que disse... Eu senti algo vindo de lá... – Aquilo deixou Bell e Jeremy confusos momentaneamente. Bell, para sua própria felicidade, soube responder rapidamente as questões levantadas por sua curiosidade. Christian completou: - Esse frio é incomum e... E tem um Digimon razoavelmente forte nas colinas.

- Sim. Nos contaram sobre ele, mas eu nem fui capaz de reconhecer... – Lucas andava de um lado para o outro. – Não é como de costume, entende?

- Eu ainda tenho dúvidas de que essa coisa seja realmente um Digimon. – Afirmou Apolo.

- Por que? – Bell invadiu o assunto naquele momento, olhos se voltaram a ela. Lucas por tê-la reconhecido e também por perceber que havia ignorado sua presença e Jeremy... Ele se recusava a parar de observar aqueles olhos grandes de cílios grossos, o rubor em suas bochechas ao perceber os olhares de todo o grupo em si, o queixinho fino, os lábios pequenos e rosados, as sardas fracas que enfeitavam a ponta de seu nariz. – Q-quero dizer... Por que tem dúvidas de que é um Digimon? Parece, parece perfeitamente comum para mim...

- Interessante. – O Dragão Escarlate coçava a parte detrás da cabeça mais uma vez, mexia no próprio cabelo. – Tenho quase certeza que é... Talvez a assinatura seja diferente por ser de Witchelny.

- O que te leva a acreditar que ele é de Witchelny? Witchelny foi destruída... – A menina argumentou de imediato. – É o que nos contaram...

- O que me leva a acreditar é o fato de as coisas não serem tão simples. Se presente, passado e futuro são coexistentes, é possível que Witchelny ainda exista para nós de alguma forma... Afinal... – Hesitou. Repensou. Não iria revelar aquilo aos desconhecidos. A curiosidade inundava o rosto de Bell. Lucas estava indiferente porque sabia do que aquilo tudo se tratava. Foi ele quem quebrou o silêncio que havia sido instaurado ao bater uma mão no ombro de Christian e dizer que tinham de ir rápido.

Bell ficou insatisfeita por não ter suas novas questões respondidas, mas se ficou feliz quando seu ferimento pôde ser amenizado com a magia do Dragão Escarlate ao invés de agulhas. Depois cedeu seus parceiros novamente para levar a todos até o especulado paradeiro daquele que perpetuava o Inverno.

Christian fora junto de Ember montado em Gaogamon, Lucas evoluíra Apolo para a fase adulta – o que significava o crescimento de uma volumosa juba atrás de uma joia escura de onde o fogo brotava. A joia seguia o contorno do rosto do leão, peças em vermelho, também com um círculo incandescente em seu centro, estavam nas laterais, em torno dessas estavam peças brancas, abaixo a mesma cor grafite e lustrosa de antes envolvia parte da juba e separava duas mechas – uma em cada lado da face. As pernas carregavam tornozeleiras e o corpo de leão era coberto por uma armadura vermelha. Duas asas da cor de seus pelos – um tom forte e alaranjado – saíam das laterais de seu corpo.

Era Firamon o seu nome. Lucas o montou e os dois começaram a correr orgulhosos, foram seguidos logo por Youkomon. Em cima da raposa demônio estava sua parceira, os cabelos azuis novamente movendo-se como fogo, segurava firme nos laços – tão firme que os nós de seus dedos ficavam brancos. Isso tinha uma razão, era com ela que Jeremy estava e ele aproveitara a ocasião para se segurar a ela, além de esticar seu suéter para trás e apertar sua barriga – algo que a deixava com vergonha, pensava estar demasiadamente mole, pensava estar engordando – o garoto não parava de espiar por cima do ombro. Parecia determinado a olhar fixamente para o seu rosto ou qualquer coisa mais que fosse possível.

- E-Ei! – Gritou, o som abafado pelo vento. – Está estragando! – E apontou para as linhas pretas do suéter perturbadas e esticadas por mãos grandes e amareladas.

Ele pareceu ignorar ou não escutar a reclamação. Ela fungou e continuaram. Christian os apodou, passou correndo por Lucas e fez o senso de competição deste apitar. Seguiram um passando o outro numa corrida não declarada, uma disputa silenciosa, em direção ao grande letreiro que, por estar no alto, era visível em boa parte da cidade. Ele dizia, como todos conhecem e sabem, mesmo os que nunca pisaram ali, “Hollywood”. Em outros tempos, todos estariam felizes por estar ali.



Quando aterrissou ali com aquela máquina, foi logo recebido por uma ventania. O visor mostrava um cenário branco e nas laterais dados e mais dados surgiam, a temperatura que começava a cair e cair, a velocidade do vento que em segundos atingiu cerca de cem quilômetros por hora. Ele sessou e a temperatura subiu, parou nos cinco graus negativos. O piloto respirou fundo antes de se comunicar com alguém ou algo. Falou baixinho.

Quando se distraiu, uma rajada ainda mais forte veio. Seus olhos não acreditavam no que via nos visores, quase duzentos quilômetros por hora e uma temperatura mortalmente baixa. O sistema fez os visores piscarem em vermelho enquanto um som irritante e repetitivo de alarme martelava seu sistema nervoso. Agarrou o banco e sentiu a máquina pender, de imediato pôs uma das mãos no controle, mas era tarde e aquilo tombou.

Acionou então o sistema de aquecimento, retirou todas as armas que emitiam calor e as colocou para funcionar. Ainda tinha chances de não ser obrigado a abandonar, tinha de livrar as juntas do traje móvel de combate do gelo. O calor teria de funcionar, teria de funcionar, mentalizou que funcionaria... Mas não funcionou. Uma nova rajada veio em sua direção, uma espiral que jogou a máquina, a fez rodopiar e se afundar em alguma colina.

O alarme continuava a soar quando ele arrancou um aparelhinho retangular roxo de algum lugar. Apertou uma sequência de botões e uma passagem se abriu atrás dele. Seu traje começou a se modificar, um capacete se construiu e cobriu sua cabeça. Correu o máximo que pôde, ao olhar para trás, viu a silhueta de um homem forte. Não, não poderia ser um homem, seu tamanho era impossível para um homem. Percebeu a distância.

Uma nova rajada surgiu, neve cobriu o traje de batalha. Felizmente, a criatura parecia não o ter notado, pois focou seu ataque contra a máquina, pouco do vento gelado veio em sua direção. Para sua infelicidade foi o bastante para lança-lo por uma colina.



O grupo enfim alcançara as colinas. Bell sentiu-se ótima quando Jeremy a largou para deslizar-se de cima de Youkomon. A Digimon, sabendo o que pensava a garota, decidiu fazer algo. Balançou uma de suas caudas e com isso acertou os pés do rapaz loiro, o fez ir de rosto contra a neve espessa que cobria toda a estrada. A garota simulou um pedido de desculpas, depois retorceu os lábios esperando que as palavras chegassem a sua língua, foi quando desistiu de se desculpar, embora tenha descido para o ajudar a levantar-se.

Você não precisava ajuda-lo. A neve é fofa, ele não se feriu.

Eu sei, mas você fez isto e eu sou responsável por você...

Não. Não é. Sou responsável pelas minhas atitudes.


O garoto só soube rir e levantar as mãos num sinal de “está tudo bem”. Segurou nos braços da garota quando estava sentado e se levantou olhando em seus olhos. Neste ínterim, Lucas desceu de Apolo no solo humedecido pela neve que derretia aos pés do parceiro. Christian, o Dragão Escarlate, espera resmungando algo com Ember. Bell virou o rosto na direção dos dois e, com uma leve sacudida, fez com que Jeremy soltasse suas mãos. Ela não gostava da sensação das mãos dele, não por serem ásperas, não por serem grandes, nem por serem quentes. Queria mãos quentes que não fossem as dele. Apenas não queria as mãos dele.

- Como você é... – Pensou em puxar as mãos de novo. Pensou em tocar aquele queixinho perfeito... Pensou e não concluiu, uma voz levemente grave com uma pitada de rouco invadiu suas orelhas, chamou-lhe a atenção, interrompeu seus pensamentos sobre a garota. Os bonitos e os impuros.

- Você fica aqui! – O rapaz moreno se aproximou, mexia no queixo onde a barba estava maior, onde pintava-lhe de preto apesar de ser tão espaçada, rala. Falou de modo imperativo, o que fez com que por um momento Jeremy se afastasse.

- Quem é você para me dizer o que fazer? – Ele sacou o arco de dentro de seu moletom. Lucas o havia devolvido mais cedo sob a condição de aquilo jamais, em hipótese alguma, ser novamente apontado a ele ou a Apolo. – Eu vim aqui e vou até o fim.

- Muito bonito. Um herói do romantismo! – Manteve-se firme o outro. – Um Digimon desse nível não é brincadeira. Se ele te pegar desprevenido, você já era! Esse arco não irá te salvar de um Perfeito ou um Mega. – Os olhos estavam castanhos, oscilaram na direção de Bell que viu a luz adentrar e mostrar todos os desenhos de sua íris. Aquela cor a acalmava. – Você fica, Jeremy. Bell também fica. – Mas aquilo a irritou mais do que qualquer coisa que o loiro a tivesse feito... Como podia ser tão idiota? Como podia ele pensar que poderia ordená-la? Os homens são todos iguais!

- Como é!?

- Não quero que se machuque ainda mais. Está sentindo a presença dele? Ele é perigoso.

- Eu tenho três parceiros. Podemos ser úteis! Você sabe que podemos!

O Dragão Escarlate teve um espasmo, tudo que pôde dizer foi “Ugh!” enquanto seus olhos se amarelavam e suas pupilas se esticavam e ficavam como o de uma serpente. Empurrou Bell e Jeremy no chão e puxou de seu sobretudo que começava a se erguer e balançar, com estranho barulho se propagando por conta do vento que o atingia, um aparelho retangular vermelho e escuro. Juntou-o ao peito e viu a figura de um homem leão surgindo em sua visão panorâmica, uma armadura vermelha cobria seu corpo, a longa juba acompanhava seus mais de cinco metros da altura e uma armação negra suspendia uma pequena estrela acima de sua cabeça. Era Apolo.



Vamos! Estou pronto!

Uma cortina branca o cobriu no momento em que escutou a voz de Ember. Bell se arrastou assustada procurando por ele, Jeremy se levantava empunhando o arco. Tocou dois dedos no centro do arco e puxou, uma luz quente e azul surgiu e se esticou, com o arco na horizontal ele procurou seu alvo, encontrou a sombra de um homem, um homem muito maior do que Apolo sonharia em ser. Soltou a flecha luminosa, essa foi em linha reta e aparentemente acertou a testa do monstro.

A explosão de luz revelou o ser que acabara de os atacar, no lugar de suas sobrancelhas tinha dois chifres retos que saíam pelas laterais da testa, um nariz grande e franzido, olhos brancos e zangados. Fios prateados surgiam de dentro do nariz e se juntavam a uma espessa barba, o cabelo recaía sobre os ombros. A pele azulada lhe dava um aspecto morto, os músculos extremamente grandes e definidos indicavam extrema força física. De uma corda dourada e amarrada vinha o tecido vermelho que caía sobre suas pernas.

- Aquele símbolo... – Bell parecia assustada. Referia-se aos quatro triângulos cruzados por um círculo que estavam nos dois robustos ombros do Digimon. – O Digital Hazard!

Finalmente Apolo ressurgiu da cortina branca. Lucas estava em seu ombro e ao lado vinha um cavaleiro medieval da mesma altura. Uma altiva capa rubra, enormes ombreiras arredondadas de mesma cor eram circuladas por uma estrutura dourada. O tronco era grande e coberto pela armadura prata, a barriga era extremamente fina, assim como eram os braços e as coxas cobertas de negro antes de adentrarem nas perneiras.

O cavaleiro girou no ar, um rapaz se equilibrou ao lado de seu elmo prateado. Os grandes olhos amarelos imersos na escuridão certificaram-se de que Bell e Jeremy estavam bem. A parte de cima do elmo era rubra e assemelhava-se ao rosto de um Guilmon, ela contornava-o e projetava as orelhas de morcego para trás. Brandiu a longa lança cônica e, absorvendo um raio que desceu das nuvens até ela, apontou para o oponente.

- Ymirmon, não é? – Moveu o braço para trás e a capa se balançou junto. Flutuava. – Não irei permitir que continue com seus crimes! Royal Saber!

A rajada de energia acertou o peito azulado de Ymirmon. Ele pendeu para trás, mas recuperou-se. Nesse momento Apolo atingia-lhe um soco contra a face que se virou e obrigou o corpo a seguir. As joias brilhantes de suas mãos começaram a se perturbar, estendeu-as e uma saraivada de flechas de fogo afugentou Ymirmon.

- ELISION... – As escrituras presentes no escudo circular começaram a se iluminar.

- BREATH OF FIRST GIANT! – Sua boca se abriu e uma espiral surgiu. A temperatura do ambiente despencava enquanto uma ventania avançava e abocanhava Ember, Christian, Apolo e Lucas. Quando cessou, a estrela que brilhava nas costas do Apollomon havia se extinguido e todos estavam caídos de bruços sobre a neve. Um pouco dos finos cristais brancos faziam uma pequena camada sobre suas roupas.

Se esforçaram para se levantar, Lucas ajeitou o óculos de aviador e ignorou as escoriações, o Dragão Escarlate apertou o Digivice em suas mãos. Ambos pisaram firmes.

- MISTLAND! – Gritou o gigante. Juntou as mãos na lateral do corpo, um fulgor azul-prateado as tomou e se atirou como uma lança ao movimentar os membros para frente. Aquilo atingiu o solo poucos metros diante dos quatro.

-O-o que!? – Gritou Lucas. Estruturas transparentes e azuladas formavam raízes – em padrões retos – sobre seus pés. Percebeu que o mesmo acontecia com Apolo, Ember e Christian. O gelo cresceu exponencialmente até ter todos dentro de um único cristal.

- Merda... – Bell se escondia atrás do cristal. Chamou por Gaogamon e Youkomon mentalmente e os dois se esgueiraram em sua direção. – Os dois... Distraiam aquela coisa... Eu e Strikedramon tentaremos quebrar o gelo.

- Eu vou com um de vocês! – Jeremy apertava um dos ombros ao mesmo que segurava firmemente em seu arco.

- Ok... – Bell escutou o suspiro de Youkomon, sentiu a sensação de desconforto que vinha da parceira. Mas ela tinha de entender que isso poderia ser necessário. – Vai com a Youkomon!
Ele subiu nas costas da raposa e, junto desta, disparou. Bell estendeu a mão direita, o Digivice azul encaixado em seu punho, brilhando entre seus dedos.

- Strikedramon! Reload! – Uma infinidade de pontinhos luminosos flutuaram em torno da garota, seus cabelos se ergueram com sua passagem, foram até alguns metros diante dela para tomar a forma de um homem dragão. Ele inclinou as costas levemente, mas mesmo assim continuava absurdamente alto em comparação a ela.

A fera balbuciou alguma coisa e Bell explicou-lhe a situação, depois de resmungar mais uma vez, correu até os cristais de gelo e com suas mãos em brasa começou a golpear. Ela, incapaz de se aproximar por conta dos imensuráveis ataques de Strikedramon, apenas respirou, parecia concentrar-se em algo, parecia começar a assimilar o ambiente que a envolvia.

[ Fim da OST]



- Eu sei o medo que sentem vocês. – Dizia aquele rapaz na frente de todos. Um casacão alvo cobria o corpo metálico e escuro de seu traje, este que se avermelhava sob a luz das luminárias. – Mas eu estive lá e vi com meus próprios olhos. Os planos dos agentes do governo falharam. A menos que nós façamos algo...

- E você não falhou também? – Um homem velho levantou-se. Seu dedo indicativo apontou, um pouco torto, para o rapaz. – Você vem e nos fala de uma arma que poderia derrotar um monstro daquele, mas você não o pôde derrotar mesmo que utilizasse aquilo.

- Ei. Eu topo. – Uma voz jovem. – Iremos até o acampamento. Conheço os túneis como ninguém. Quando os Digimon chegaram eu aprendi a usá-los para escapar. – O velho e o outro viraram suas cabeças na direção deste, os cabelos amarelos caindo sobre olhos verdes, um gorro azul sobre a cabeça, aquele gorro que estava costurado ao moletom e que compartilhava sua cor. – O que quero dizer é que será mais fácil utilizar as linhas de metrô e, se preciso, os esgotos, para chegar ao acampamento dos militares. O acampamento está numa área tomada por eles e, a menos que algum de nós tenha um parceiro Digimon capaz de evoluir, nunca chegaremos pela superfície...

- E também nunca poderão se defender sem essas armas... – Colocou as mãos nos bolsos de seu casaco branco.





- Não podemos nos amedrontar. – Jeremy puxou mais uma vez uma flecha de seu arco, atingiu um dos olhos do gigante, este urrou e bateu seus pés, a terra tremeu com o impacto e a neve que se acumulava nos pontos mais altos começou a deslizar. – É o que aquele cara nos ensinou. Ele me deu uma forma de lutar!

Uma onda de flechas azuis rompeu o ar, trespassou a neve que caía incessante, e se apagou no movimento de antebraço de Ymirmon. Suas palmas se juntaram num estrondo e uma massa de ar atingiu Youkomon, a raposa não pode resistir e tombou, o arco de Jeremy fugiu de suas mãos quando este caiu junto da Digimon. Gaogamon aproveitou o momento de distração do gigante para atingir seus pés, uma espiral de ar veio de sua garganta e fez as pernas do oponente se atrapalharem.

Ymirmon titubeou, antes de se endireitar foi atingido novamente, agora fora Youkomon. Um dragão de fogo envolveu as pernas do gigante, as apertou e explodiu. O calor derreteu uma boa porção de neve e fez com que o grande Digimon escorregasse e caísse, sua queda fez a terra se abalar mais uma vez. A fúria dele era iminente, suas mãos bateram contra o solo, um rugido ensurdecedor, forte o bastante para criar uma pequena fissura no cristal de gelo quase intransponível com que prendera Lucas, Christian, Apolo e Ember.

- Ali, Strikedramon! – Apontou Bell.

-HAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – Ele saltou, sua calça militar girou horizontalmente no ar, os aparatos de metal tilintaram quando seus pés ferais atingiram a fissura. Suas mãos rapidamente começaram a atingir o trincado, faíscas e fumaça.

- Engole essa, maldito! – Jeremy apontara seu arco para o alto, acabara de o recuperar, um raio azulado adentrou as nuvens. – Gaogamon! Agora!

Um brilho desceu das nuvens e atingiu a boca do gigante enfurecido, o fogo branco e a fumaça tamparam sua barba, sua cabeça pendeu para trás. Nesse ínterim, Gaogamon passava metros acima do corpo caído do oponente, sua boca de cão se abriu e revelou dentes assustadoramente afiados, seu tórax se expandiu e mais uma espiral de ar veio de sua garganta para devorar a cabeça de Ymirmon.

- UHU! – O rapaz serrou o punho.



- Sinto em dizer que sua comemoração é precoce. – Uma voz feminina e aveludada fez com que Jeremy estremecesse. Youkomon e Gaogamon pararam lado a lado atentos, Strikedramon cessou os socos e Bell virou os olhos na direção da voz. – Na verdade, Ymirmon está vivo e acordado e poderia mata-los. Infelizmente é por isso que vou aprisiona-lo novamente, isso tiraria toda a diversão de brincar com espécimes humanos, com espíritos persistentes. Não. Não é de meu feitio.

A figura de uma mulher caminhando tomou a penumbra, um corpo fino e sinuoso coberto por uma roupa apertada e branca, ombros nus, luvas negras que iam até seus antebraços, uma máscara cheia de costuras cobrindo parcialmente o rosto e cabelo negro como a noite. Os olhos brilhantes, monocromáticos, pareciam detectar cada pormenor daquele cenário.
Sua mão direita levantou-se lentamente, o braço se esticou na direção do gigante, este tentou levantar-se, contudo fora envolvido por estranhas sombras em forma de tentáculo, elas o puxaram em direção ao solo e o fizeram desaparecer.

- Agora... Deixe-me ver... Ah! Sim! – Seu dedo indicativo apontou Jeremy. Uma corrente de ar frio o cobriu junto de um tentáculo escuro que brotou do chão, logo ele tornou-se um cristal de gelo.

- Youkomon! Gaogamon! Strikedramon! – Comandou Bell. – Ataquem!

Youkomon foi a primeira a avançar contra a sinistra figura feminina, a última apenas a jogou ao chão com uma das mãos. O cão azul então desencadeou uma ventania em espiral, quando cessou a mulher esticou seu braço na direção deste. Sentindo o frio se aproximar, saltou e correu dali, apenas para ser atingido por uma sombra, a pancada o fez sair quicando. Partículas luminosas cobriam-no, quando se dispersaram, revelou-se a forma de Gaomon.

Strikedramon, que circulara todo o perímetro, a tentou acertar por trás num cruzado, a figura segurou seu braço e o torceu. Com uma cotovelada o fez se ajoelhar, pequenas linhas prateadas subiam por ele, se revelaram então como gelo, cresceram transformando-o num cristal de gelo disforme. O gelo também cresceu sobre Youkomon, pouco depois de uma sombra a pressionar e outra a chicotear até que regredisse a BlackRenamon.

Bell segurou um soluço de desespero antes de sair detrás dos cristais de gelo, seu estômago ardia, seu corpo tremia.

- Fiz minha escolha. – Uma sombra apareceu ao lado de Bell e delicadamente tocou seu rosto ao que um sorriso surgia no rosto da outra. A figura inclinou a cabeça em noventa graus. – Tão bonita. Seria tão triste se houvesse uma cicatriz em seu rosto...

- Q-quem é você?

- Ah... Isso é um segredo. Um segredo, madame. Um desses que você não consegue guardar. Como esse que você pensa guardar, não é mesmo Bellatriz Byrne? – Seu sorriso se alargou um pouco mais, os dentes de porcelana se revelaram. – Esses segredos alguém um dia descobrirá.

- Não me chame assim!

- Ora! Que audaciosa, Bellatriz! – A sombra se agitou com o movimento dos dedos da figura, serpenteou em torno de Bell para finalmente se entrelaçar em seu pescoço. As mãos pálidas da garota se apressaram a forçar a sombra, uma tentativa falha de se libertar.

- Você não congela. Por isso você é minha escolha. Eu não poderia te congelar como fiz com eles.

- Não... não toque em Bell! – Gaomon se ergueu sobre os braços e com um impulso estava de pé. Avançou na direção da mulher, mirou na máscara de retalhos que cobria seu rosto e saltou para que conseguisse alcançar. Um soco desferido, bloqueado pelo braço dela.

De volta ao chão continuou desferindo socos e chutes, movimentos complexos de boxe e muay thai, todos bloqueados. Se animou por ter conseguido fazer a mulher mudar de posição, continuaria tentando. Acertou enfim, ela o encarou nos olhos com um sorriso largo, sua barriga era dura como aço. Uma sombra laçou os pés de Gaomon e o lançou, outras surgiram para chicotear as suas costas.

- Ah! Até quem enfim você veio participar!

- Isso é tudo o que tem? – O menino-cão se levantou em meio as chibatadas, esperou todas as sombras o golpearem ao mesmo tempo para saltar. Seu corpo começou a girar de forma a tornar seus membros indistinguíveis. O giro puxou as sombras com força suficiente para destruí-las. – Rolling Upper!

Precipitou-se contra a mulher. Bell gritou seu nome, não queria que ele se machucasse ainda mais. Sentir-se-ia culpada por aquilo.

- Gao Rush! – Bradou. Uma nova sucessão de socos, rápidos o bastante para invadirem a guarda. Foi impelido desta vez por um chute frontal, rodopiou, seu queixo encontrou-se com o chão. Com o braço direito começou a se erguer, arrastou o braço esquerdo, tentou se impulsionar uma vez e falhou. – Eu posso fazer isso... o dia todo!

- Bravo! Bravo! – Ela batia palma, o som se misturava o das sombras que seguravam, laçavam, sacudiam e chicoteavam Gaomon. – Magnífico!

- Gaomon! Gaomon! Não!

- Achei que já tinha cuidado de você. Infelizmente, fazendo o seu joguinho de palavras, os segredos sempre retornam para nos atormentar, eles vêm à tona! Corriqueiro, o de sempre, de praxe. Irei te fazer desejar nunca ter voltado.

- O que? Essa voz? – Os olhos brilhantes se encolheram, a boca se retorceu, a expressão sádica desaparecia, talvez corresse de uma expressão mais forte. Um espasmo, medo, espanto. Os braços se anteciparam, moveram-se para trás antes das pernas, antes do resto do corpo, tropeçou, quase foi ao chão. As sombras se dissiparam. – Dragão Escarlate? M-mas! Não! Não! Não!

[Fim da OST]

Os cristais de gelo estouraram ao toque de uma descarga elétrica que desceu do conjunto de nuvens cinzentas. Apollomon ainda tinha seu corpo apagado, começou a reunir novamente suas forças, mas não porque ele e Lucas lutariam. Não iriam lutar, sabiam que aquela batalha já tinha novos donos. Aquela luta era para a própria, a personificação, ela propriamente dita, a justiça.

- Como pôde deixar isso passar? Seu próprio lacaio causou uma fissura no cristal, deixou que nossa DigiSoul se escapasse, deixou que Strikedramon a aumentasse. Era questão de tempo até conseguirmos isto. – Os pés de Christian se precipitavam um a um de forma lenta e uniforme, as mãos em brasa cor de sangue extinguiram a sombra que apertava o pescoço de Bell. Ela, um pouco atordoada e fraca, fitou-o nos olhos, sentiu uma vontade monstruosa de chorar. Segurou até o fim enquanto ele se enfurecia vendo a mancha vermelha e púrpura que cobria o pescoço ferido de Bell. – Eu sou Christian Louis Tristan, quase astrofísico e geneticista, sem dúvidas pesquisador. Sou o décimo terceiro membro do Concelho Digital. Um dos três Tamers Lendários. O mais forte usuário da magia digital, se desconsiderarmos o nobre rei de Asuka... E por falar nisso, líder de Asuka, o que me dá o direito de coordenar as forças militares, de julgar e executar.

- Eu sou Ember, filho de Thorn II, vigésimo nono de minha linhagem a se tornar Royal Knight. Se ainda não sabe, o dever da ordem Royal Knight é o de unir todos os Servidores Oficiais, garantir a ordem, o equilíbrio e a justiça, tenho direitos plenos de tomar a liderança de quaisquer servidores caso necessário, assim como de julgar e executar. Também somos responsáveis pelos Servidores Piratas. Eu, Ember, não poderia deixar essa situação passar. Você, Secret, é considerado criminoso em todos os servidores, o que inclui Servidores Piratas. Usurpou a soberania de cinco servidores, iniciou uma guerra, causou a morte de milhares de Digimon, assim como foi o responsável pela morte de alguns humanos. Parece não ter se satisfeito com isso, porque matou também muitos companheiros, Royal Knights, o que é considerado um crime extremo, hediondo. Violou a Torre Selada, pertencente a ordem e libertou criminosos perigosos para ajudarem em sua causa... Sua causa é libertar o Vírus G, um mal antigo, o que causou a destruição de Witchelny. – Uma pausa dramática. – Agora você tomou o controle de boa parte dos EUA, um país do mundo humano. Não bastasse isso, alterou o clima deste mundo, causou o sofrimento de milhares de pessoas... Causou o sofrimento de gente que nos ajudou. Eu poderia ficar o dia todo tentando lembrar de seus crimes, poderia passar semanas dizendo cada um deles. – Estendeu o braço ao lado do corpo, a lança começou a brilhar. – Você, Secret, é declarado culpado. Punição: execução.

- Que ingênuo, Ember... Que ingênuo! Você jamais poderia me derrotar sozinho! Jamais poderá me executar! – Gritou a mulher que intitulavam Secret.

- Que a justiça, cega, sem distinções, seja feita. – Disseram Christian, Lucas, Ember e Apolo em uníssono.

- Royal Saber! – O feixe de luz e eletricidade atingiu a mulher e num rastro de luz e calor a fez desaparecer. – Na tarde mais calma, na madrugada mais intensa, a ordem prevalecerá ante minha presença. Da lâmina vem o dom da paz para disseminar a luz que a justiça traz. Quem quer o mal tudo perde, ante o poder de um Royal Knight.

- Logo o Inverno acaba. – Disse Lucas.

- Logo a primavera chega. – Disse Apolo.




As nuvens negras aos poucos se dispersaram, ainda seria possível ver o pôr. Todos, com exceção de Christian e Ember, desceram as colinas com o auxílio de Apolo. Foram em direção ao píer. A condição daqueles que foram congelados por Secret era ruim, deles Blackrenamon foi a primeira a acordar, estavam numa casa de praia no momento.

Bell certificara-se de que Jeremy estava bem pouco antes deste acordar. Depois ficou ao lado de Gaomon, exausto e ferido, ali no sofá, de onde poderia olhar pela janela e ver o mar se movendo. Strikedramon não havia acordado, mas ela conhecia a força do parceiro. Sua preocupação então voava até Christian. Estava estranhamente afeiçoada a ele. Talvez lhe fosse um irmão, um pai demasiadamente jovem para ser, ou alguma outra coisa, mas é o que se lembrava sempre que percebia a ardência e a dor em seu pescoço.

Ele, ainda na colina, vasculhava. Ouvira de Ember o relato de Jeremy sobre um homem que os ajudou a se armar contra os Digimon, aquilo o deixou curioso. Deveria haver algum vestígio tanto dele quanto dos militares. Já havia desistido de sua busca quando, ao pisar numa superfície encoberta por neve, viu-se escorregar e quase cair. A neve se deslisou em massa, revelou uma máquina negra, não uma qualquer, um enorme robô.
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Digimon - Decode Trinity Empty Re: Digimon - Decode Trinity

Mensagem por Convidado Dom 09 Out 2016, 10:10 am

Olá Kyu eu realmente fiquei muito feliz com vir ao fórum e encontrar um novo episódio de sua fanfic . Poxa realmente você começou em grande estilo ! Uma estação espacial estilo " Torre da Vigilancia " da Liga da Justiça tripulada por um Tamer misterioso . E eis que finalmente é revelada a identidade do misterioso Digimon que provocava o Inverno em Los Angeles . " Ymirmon " ? Este ? Digimon - Decode Trinity 00986cea481ccf9817249597bfe06e64-d27pqwu

Juro que você me pegou completamente de surpresa com este Digimon primeiro porque ele é um dos heróis da popular fanfiction "Digimon Reboot" que já tem varias temporadas seguidas no seu site e sempre foi descrito como um Digimon tremendamente nobre e heroico , sem duvidas foi inesperado vê-lo como " vilão " segundo porque fiquei completamente surpreso nem o Dragão Rubro e Ember na sua forma de Dukemon nem Christian e Apolo na sua evolução de Apollomon não conseguiram escapar de serem todos aprisionados numa prisão de gelo por Ymirmon e acabou sobrando para Bell Gaogamon , Youkomon e Strikedramon a tarefa de combater a real inimiga a sinistra Secret que sem dificuldades derrotou os dois primeiros embora Gaogamon regredindo na sua forma nível Rookie de Gaomon tenha sido o que mais bravamente lutou não se rendendo em atacar Secret até finalmente ser derrubado .

E eis que Secret revelou o nome verdadeiro de Bell ...Bellatriz Byrne . Teria alguma coisa haver com o nome de John Byrne um dos mais populares artistas de quadrinhos dos anos 80 e 90 que infelizmente acabou entrando em esquecimento das editoras de quadrinhos nos ultimos anos não tendo publicado mais nada para os quadrinhos ?

Mas surpresa no final o esforço de Bell e seus Digimon valeu a pena e o Dragão Rubro foi libertado junto com seu parceiro e os dois não apenas se apresentaram formalmente dizendo quem são como quando desferiram aquele golpe final em Secret eles declamaram o " Juramento do Royal Knight " ( que eu achei demais . Juro que me lembrou Hal Jordan declamando o " Juramento do Lanterna Verde " ) as frases foram muito criativas Kyu : Na tarde mais calma, na madrugada mais intensa, a ordem prevalecerá ante minha presença. Da lâmina vem o dom da paz para disseminar a luz que a justiça traz. Quem quer o mal tudo perde, ante o poder de um Royal Knight. .

Cara eu fiquei maravilhado com essa parte . E no final uma surpresa com o encontro do traje de combate robô estilo mecha de Gundam do misterioso personagem do começo da historia enterrado na Neve quem será ?

Se me permite ousar sugerir o Digimon dele poderia ser :
Sugestão:
E já que falamos no renascimento da Dimensão Witchelny eu tenho uma sugestão para Digimon provenientes de lá
Digimon de Avalon:
 

Enfim otimo capitulo Kyu aguardo mais ansiosamente .

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Mensagem por Convidado Ter 11 Out 2016, 8:07 am

E se por acaso houver Digimon Sagrados na historia também tenho sugestões .

Sugestão para Digimon Sagrado da fanfic:


E já que falamos da Dimensão Witchelny me permite sugerir um outro tipo de usuario de poderes misticos que não " Magos " ou " Feiticeiros " ? O Clérigo .

Em jogos de RPG ou Role-playing game (em português: "jogo de interpretação de papéis" ou "jogo de representação"), o Clérigo é uma classe de personagens típica de cenários de fantasia medieval, dentre os quais se destacam os jogos Dungeons & Dragons, mais conhecido como D&D mas que também pode existir em outros cenários de campanha (mesmo aqueles ambientados no mundo atual ou mesmo em mundos futuristicos repletos de super tecnologia ) . Uma classe dá habilidades (ou perícias) exclusivas para o personagem de cada classe. No caso, um clérigo age como um agente divino dos deuses de seu mundo entre os mortais, controlando poderes divinos e infernais, dependendo a qual deus o clérigo é devoto. Em Dungeons & Dragons, existem diversas divindades, algumas boas e outras malignas. Tomando um exemplo simples pense em um padre , agora imagine que esse padre receba de Deus uma serie de poderes concedidos e possa também receber a habilidade de lançar magias divinas como se fossem os " milagres " executados pelos Santos , Apostolos e Martires da Igreja com a diferença de que essas magias divinas são poderes verdadeiros capazes de afetar verdadeiramente os mortais e outras criaturas do mundo ( mesmo as " sobrenaturais " como Espiritos , Elementais , Anjos , Demônios , Mortos-Vivos , Fadas etc ) e seriam conferidas a ele por Deus e seria " de Deus " que elas proveniriam para serem utilizadas pelo Clérigo após ele ter realizado as orações para Deus e ele poderia lançar por dia um numero de magias divinas igual a posição que ele tivesse na hierarquia da Igreja ( Exemplo : Leigo , Diácono , Padre , Bispo , Arcebispo , Cardeal , Papa ) sendo que todos os Clérigos possuem um Sumo Sacerdote que é o líder dos Clérigos de sua Divindade na Terra que é o Clérigo mais Poderoso daquela Divindade com acesso a todas as magias divinas e Poderes Concedidos e as mais poderosas reliquias e armas sagradas e o líder de todos os demais Clérigos de sua Divindade sendo a autoridade maxima de sua ordem abaixo apenas de seu Deus responsavel por transmitir a vontade dele para os demais Clérigos e garantir que estes transmitam entre as pessoas comuns os ensinamentos e desejos de sua Divindade ( novamente usando um Padre como exemplo no Caso o Sumo Sacerdote da Igreja Catolica líder dos Clérigos Padres Catolicos seria " O Papa " )

Um clérigo tem o poder de expulsar mortos-vivos,e esconjurar demônios de volta para o inferno da mesma maneira que pode os invocar e os controlar para realizar seus objetivos se ele por acaso for o clérigo de uma divindade maligna. Ele também possui o poder de curar ferimentos e ressuscitar os mortos facilmente apenas com sua fé, da mesma forma que pode causar ferimentos e doenças e provocar a morte final de qualquer ser com o mesmo método. Diferente de um feiticeiro ou um mago, um clérigo tem como fonte de poder sua fé. Como isso, irá se desgastar menos que outros personagens usuarios de magia, e como ao contrario dos usuarios de magia um clérigo pode usar armas e armaduras embuidas com poder por sua divindade como se fosse um " Guerreiro dono de Poderes Divinos " o tornam muito mais perigoso que um mago que não utiliza armas e cujo poder provem antes de tudo da sabedoria do que das habilidades de luta.

Clérigos estão presentes em diversos RPGs. Na maioria dos casos, os clérigos aparecem nos jogos como vilões ou heróis caso o clérigo seja um dos heróis principais personagens aventureiros de D&D. Em alguns jogos é possível derrotar um personagem clérigo diminuindo sua fé, dando a ele algum estado (ou status) negativo e o corrompendo. Ter um clérigo no grupo dá uma grande vantagem sobre o inimigo, além de economizar dinheiro comprando itens magicos e/ou poções.

Clérigos, na maioria das vezes, são o terror das forças malignas no mundo. Eles evocam o poder dos deuses do bem e empunham armas e vestem armaduras sagradas para combater as forças do mal em nome das divindades da justiça . Também podem trazer da morte outros personagens,mesmo que não tenha restado absolutamente nada do companheiro falecido clamando pela intercessão de seus deuses, do mesmo modo que pode os levar à mais horrivel das mortes, reduzindo seus inimigos a nada e condenando suas almas a uma eternidade de tormento infinito além de rogar maldições que reduzem a uma existência de miseria eterna. Seu poder baseia-se em fé e, portanto, utiliza da Magia Divina (Divine Magic no original) que é uma denominação para "poder divino", em RPGs. É aquela que não é arcana; que é concedida por "Deus", ou "deuses"; não pode ser compreendida por mortais, e é usada por imortais. As vezes são usadas por mortais por meio de "intervenção divina", como na história bíblica de Moisés. É a habilidade mais conhecida de um clérigo  . Clérigos costuman ter uma arma predileta de sua divindade que é imbuida por seu deus com seus poderes . Esta arma pode ser qualquer arma branca impactante , cortante , perfurante ou de arremeço como : maças , martelos de batalha , manguais , maças estrelas , marretas , clavas , machados , machados de batalha , espadas , espadas de duas mãos , katanas , claymores , cajados , tonfas , bastões bo , nunchakos , adagas sai , foices , cimitarras , masamunes , no-daichi , adagas de arremeço , lanças , magnatas , alabardas , boleadeiras , bumerangues , chicotes , arco e flechas , escudos , escudos grandes entre inumeros exemplos embora no caso ele não possa usar todas estas armas mas somente a arma favorita de sua divindade sendo proibido de usar outras armas que não esta . Além disso também existam casos de divindades pacificas e bondosas que proibem seus clerigos de usar armas ( novamente usando os Padres como exemplo você já ouviu por acaso alguém falar de Apostolos exterminando legiões de soldados romanos em nome de Deus que seria uma Divindade que prega o Amor ao Próximo , a Paz a Tolerancia e Compaixão  ? No caso Padres seriam proibidos de usar qualquer arma e principalmente de matarem - " Não Mataras " lembra ? - mas poderiam usar o Poder de Deus para apaziguar violência dirigida contra eles ) . Só lembrando rapidamente que um Clérigo não é nem um " Mago " nem um " Feiticeiro " ou um usuario de magia arcana . Ele é um " Servo Divino " e seus poderes concedidos e magias divinas provem inteiramente de seu Deus que é a real fonte de seus poderes e magias . Se seu Deus for por acaso " destruido " ou impossibilitado de lhe conferir seus poderes concedidos e magias divinas ou se de alguma forma ele tiver sua fé em sua Divindade abalada ou diminuida o Clérigo não tem poder nenhum .

No caso dos Digimon os Clérigos poderiam ser os servos divinos das Divindades Digitais do Bem e do Mal . Existe uma lista imensa de Deuses Digimon ( as 4 Bestas Sagradas , os 12 Olimpianos , os 7 Demon Lords , ZeedMilleniummon , Ogudumon , Fanglongmon , Yggdrasil , ENIAC , Atanasoft , os 3 Grandes Arcanjos, Shakamon , os 10 Ancient Digimon , Susanoomon , os 4 Dragões Sagrados , Bagramon , Anubismon entre inumeros exemplos . )

Um Clérigo de uma Divindade Digimon receberia uma seria de poderes concedidos bons ou maus conforme a Divindade que servisse e poderia lançar magias divinas conferidas a ele por sua divindade Digital Patrona do mesmo modo que um Mago da Dimensão Witchelny utiliza magia . Que acha dessa ideia Kyu ? Poderia ser usada na sua fanfic ?

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Mensagem por Kyuketsuki Ter 11 Out 2016, 7:48 pm

Ah... Por onde começar...
Ah, sim, claro. Este Ymirmon não tem nada a ver com o Ymirmon de que fala, acho que talvez tenha sido falha minha em descrever. Afinal é um risco que se corre ao fazer fanmades, principalmente quando se utiliza personagens de alguma mitologia para isto, alguém com certeza já o fez. Felizmente temos visões diferentes do primeiro gigante, eu não vejo os gigantes de gelo como nobres, ao contrario do autor desta outra fanfic (que eu sinceramente nunca ouvi falar, é em português?) que colocou Ymir como um herói.

Agora dizer que ele é vilão eu não digo. O Secret é a criatura mais ardilosa, ignóbil, suja, sádica que eu poderia criar. Se não bastasse isso, depois de ser derrotado pelo Dragão Escarlate num passado não muito distante, aqui está ele para brincar com vidas novamente. Vai saber o que ele pode ter feito com o Ymirmon para que este lutasse contra os tamers e Digimon.

Me pergunto se consegue deduzir uma das habilidades do Secret tanto pelo seu nome quanto pela cena em que ele (sim, é ele, apesar de aparecer em forma de mulher desta vez) diz o nome verdadeiro de Bell. De qualquer forma, é óbvia a necessidade de flashbacks, logo eu conto esse segredo.

Sobre o nome de Bell... Não. Byrne é um sobrenome irlandês. A Bell disse ser britânica, o que significa que ela não nasceu na Irlanda (embora pudesse ser a Irlanda do Norte caso ela dissesse ter nascido no Reino Unido), mas o sobrenome está ai para ligar a garota a Irlanda. Logo você descobre a razão do nome, Kaiser.

Percebeu todas as referências? Ao filme "Capitão América - O Primeiro Vingador" e "Capitão América - Guerra Civil". Gaomon realmente disse o bordão "Eu posso fazer isso o dia todo" enquanto levava uma surra. Tem grande espírito este Gaomon, caso os outros não tivessem se libertado no momento, tenho certeza de que se levantaria mais vezes, levantaria até o fim.

Ainda tem muito para se explicar sobre as posições oficiais dos personagens... Inclusive o Concelho Digital, criado propriamente para a fanfic. Adianto apenas sobre os RK, os membros podem ser substituídos. Eles funcionam como uma ordem de cavaleiros, apesar de acima deles estarem apenas o próprio Yggdrasil.

O juramento de Ember é bastante simples, na verdade. Substitui algumas poucas palavras no juramento original, pertencente ao Lanterna Verde. Na verdade acho que foi uma das paródias mais fracas que já fiz, visto que mantive a maior parte do texto original.

E quem disse que não existem clérigos aqui? Eles estão diretamente ligados ao intocável ser que dá nome a fanfic... Acho que estou falando demais, daqui a pouco revelo sobre a segunda fase. Isso deveria ser segredo.

O Raijinmon é a cereja do bolo. Eu estava em dúvida de que digimon usar para aquilo. Você me resolveu um problemão.

Elfos? Bem... Deixe para depois que encontrarmos o precioso. Digo, o anel.

Queenmagnadramon? Não sei mesmo, desculpe.
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