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Estas "des-aventuras" - Academia

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Estas "des-aventuras" - Academia Empty Estas "des-aventuras" - Academia

Mensagem por MidoriKyun Sáb 09 Abr 2016, 11:33 pm

Olá, pessoal! Demorou mais do que eu esperava, também por culpa de imprevistos, mas finalmente estou trazendo minha história pra vocês! Pra ser sincera, possuo dois projetos que pretendo postar, mas ambos ainda não estão completas e sempre fica aquela dúvida de qual postar e tal, mas resolvi vir com essa primeiro já que tem mais partes resolvidas. Vamos ver até onde chego! :3

Uma curiosidade que gostaria de saber de vocês para, quem sabe, projetos futuros: que tipos de digimons vocês gostariam ver mais nas histórias? Já faz um tempo que eu ando me perguntando isso e queria aproveitar o momento. Pra essa aqui já tenho praticamento todos pensados, mas quem sabe não rola uma aparição especial?

Enfim, o capítulo ficou maior do que o esperado, mas espero que aproveitem! Boa leitura!

Nome da Fanfic: Estas "Des-aventuras" - Academia
Nome do Autor: MidoriKyun;
Gênero Principal: Ação/Aventura, drama, romance, comédia (ou tentativas dê);
Em que foi baseada: Digimon
Recomendação Etária: PG-13. Pode sofrer alterações de acordo com o rumo da história. Avisarei devidamente no post do capítulo devido para não pegar ninguém desavisado;
Sinopse: Digimons e pessoas convivem lado a lado já há muitos anos, no que parece ser um mundo tranquilo, na medida do possível. Mas e se algo obscuro estiver oculto onde todos menos esperam?


Capítulo 01 - Preparativos

Sentada em uma mesa dentro de uma livraria, uma moça jovem apreciava seu frappuccino devagar. Havia também um bolo e um muffin salgado, que ela degustava tão devagar quanto bebia. Em seu colo, um livro não muito grosso, e percebia-se mais alguns em sua bolsa ligeiramente aberta. Não parecia muito concentrada em sua leitura, todavia, e soltou um suspiro cansado, deixando o livro de lado e se concentrando em comer, começando pelo muffin.

Deu uma rápida olhada pelo lugar, em especial na entrada. Estava claramente esperando alguém chegar, mas não havia nem sinal de quem poderia ser. A livraria estava bem vazia aquele horário, o que a fazia se sentir mais confortável.

Seus olhos pararam sobre uma televisão do local. Para não incomodar os clientes, o aparelho estava sem som, mas as imagens por vezes ainda chamavam a atenção. Passava um comercial que ela já conhecia muito bem. Mostrava uma dupla de jovens, um rapaz e uma garota, ambos andando por um campus de faculdade. O local era enorme, com muito verde. O casal, que se supunha ser estudantes, mostravam vários locais: salas com computadores de altíssima qualidade, salas de academia, jardins bonitos e aconchegantes, até um campo, mais parecido com uma floresta, onde mostrou digimons correndo com pessoas, e por último, um grande salão onde um Greymon e um Growmon digladiaram.

Antes que os dinossauros alcançassem um ao outro, um logo surgiu. Grande, vermelho e com letras características. "IDTA", International Digimon Tamer's Academia, uma instituição famosa no mundo todo por formar profissionais de diversas áreas, mas que tinham relação com o Digital World. Desde cientistas até exploradores, e já havia formado ótimos profissionais.

Certamente, uma instituição grande e de qualidade. Mas, por algum motivo, Sandra não gostava nada dela.

Uma mochila foi jogada na mesa, a assustando ao ponto de quase derrubar seu precioso muffin antes de se virar. Um capaz de cabelos arrepiados e claramente tingidos de rosa a encarava com um sorriso.

- Que susto, seu besta! - Ela reclamou irritada mordendo sua comida de forma exagerada - Está atrasado e quase me fez perder um muffin!

- Eu sei, eu sei! Desculpa! - Ele se apressou em dizer. Abriu sua mala e começou a procurar algo lá dentro - Minha mãe me pediu pra ajudar na loja. Não deu pra fugir. Aqui, como pedido de desculpas e em agradecimento.

Ele retirou uma embalagem azul clara com flores de cerejeira desenhadas, muito bem feita e arrumada para presente, com bombons e chás. Sandra não fez cerimônia para pega-los, com os olhos arregalados.

- Oh! É minha marca favorita! E meu chá favorito! Mas essas embalagens são especiais de primavera. Devem estar caras. Obrigada pelo presente, mas não precisava se preocupar tanto.

Apesar do que dizia, Sandra não conseguia diminuir o sorriso bobo no rosto, o que fez o rapaz rir enquanto tirava um livro e um caderno da mochila.

- Eu sei, mas eu queria te dar mesmo assim. Fui eu quem pediu ajuda pra estudar, e você aceitou de tão boa vontade mesmo precisando estudar também. E a minha mãe me deu um extra pela ajuda de hoje, então não se preocupe! Ah, é! Deixa eu pegar algo pra comer também, rapidinho!

Havia uma cafeteria dentro da livraria, onde vários clientes iam pegar alguma coisa. Por sorte, provavelmente graças ao horário de pouco movimento, o rapaz não demorou para voltar com a mesma combinação de itens que a garota. Não começaram a estudar de imediato, preferindo terminar de comer primeiro, para evitar a distração que a comida proporcionaria.

- Não sabia que a Kaa-chan precisava de ajuda hoje. Ela podia ter me chamado. Eu disse que qualquer coisa era só ligar! - Sandra falou assim que ele sentou na mesa.

- Sim, mas hoje é sua folga. Ela não quis incomodar. E eu estava livre mesmo.

- Hm... E como seus pais estão lidando com sua decisão? - Sandra o indagou. Limpou suas mãos de forma meticulosa antes de prender seus cabelos, curtinhos e castanhos, todo ondulado, em um rabo-de-cavalo baixo e pequeno.

- Já faz tempo que eu falo de entrar no IDTA, mas acho que só agora que eles perceberam que eu estava falando sério. Meu pai está pior que mulher na TPM. Ele anda uma pilha de nervos. Horas esbraveja como o diabo, outras ele chora de soluçar que nem criança, sem saber se me pede desculpas ou pra fazer eu mudar de ideia. - Deu uma mordida considerável em seu próprio muffin, ficando com a boca mais cheia do que ele mesmo previu, o obrigando a levar mais tempo em sua pausa do que o planejado.

Inicialmente ele parecia tentar mastigar logo para falar, mas suspirou devagar e cansado, diminuindo o ritmo. Sandra não o apressou de forma alguma, esperando pacientemente.

- É a primeira vez que vejo meu pai assim. É meio chocante, sabe? - Ele continuou, finalmente, ainda com um pouco de comida na boca - Estava tão acostumado a vê-lo como uma figura autoritária, e agora eu percebi como ele está velho e cansado. Ainda que entrar no IDTA seja meu sonho, agora eu me sinto um pouco mal por ficar longe assim. Tem a minha irmã pra cuidar deles, não estou preocupado com isso, e ela tem bem mais interesse que eu em tocar os negócios da família, mas... Fica um gosto amargo, sabe?

Ele suspirou mais uma vez, bebendo um longo gole de seu frappuccino. A garota não disse nada, ficou apenas observando, também bebendo devagar.

- Minha mãe já me surpreendeu. Ela me chamou pra conversar, e ficamos um tempão falando do assunto. Ela está meio triste, mas dando todo o apoio pra eu seguir em frente. Nos mangás e animes sempre colocam o pai como uma figura que compreende seus filhos homens, então fiquei bem chocado.

- Bem, isso é só mais uma prova de como essas histórias nem sempre condizem com a realidade. Você não devia levar essas histórias tão a sério. - Ela falou com calma, sem dar bronca nem nada. Queria falar menos, porque sentia que o amigo estava precisando desabafar.

Ele não respondeu de imediato. Ficou mexendo o canudo de seu frappuccino várias vezes, e só depois de comer um pedaço do bolo que prosseguiu.

- Sandra, foi mais ou menos assim que você se sentiu quando deixou sua família pra vir pra cá?

Provavelmente ele estava querendo perguntar aquilo já fazia algum tempo, mas só conseguiu coragem agora. Sandra já vivia no Japão há quatro anos e estava próxima de completar seu quinto. Era óbvio por suas feições e seu corpo que era estrangeira: mulata, com os cabelos bem ondulados, cachos bem marcados nas pontas, olhos verdes. Além disso, tinha seu corpo. Não era muito mais alta se comparada das japonesas, mas tinha cintura marcada e um quadril avantajado, o que chamava a atenção.

A situação dela não era parecida, nenhum pouco. Na verdade, ela quase sentiu um alívio quando sentou no avião. Havia deixado o Brasil para trás, e sua família também. Bem longe.

- É meio difícil de falar, mas... Bem, foi um pouco, sim. - Admitiu, por fim. Sua expressão tornou-se difícil de decifrar. Ela parecia triste, mas ao mesmo tempo aliviada e ressentida - As coisas ficaram complicadas em casa. Talvez um dia eu te conte. Mas pelo menos aceite um conselho: tenta não se afastar demais, tá?

- Sim, farei isso.

Os dois começaram a comer seus bolos, mas dessa vez o momento de silêncio não durou muito, sendo quebrado por Sandra tão logo ela engoliu seu pedaço.

- Não acho que estamos muito sérios não? Nem parece o Shouta que eu conheço. Vamos nos animar um pouco que esse clima está me deixando deprimida!

- Tem razão. Desculpe pelo climão, mas estava precisando desabafar um pouco.

- Não tem problema. Estamos aí pra isso.

Terminaram sua comida começaram a se preparar para os estudos. Sandra tirou alguns papéis impressos de sua mochila e deu alguns para Shouta, que leu intrigado.

- Espera, isso são as provas anteriores do IDTA? Como você conseguiu isso? - Estava visivelmente surpreso, os olhos escuros arregalados.

-Não são não. Eu pesquisei as questões que saíram nesses cinco anos pra ter uma base do que estudar. Infelizmente, não tem muitas que coincidam, mas pelo menos ajuda a ter uma noção. - Soltou um suspiro desanimado enquanto abria um de seus livros - Eu queria ir pra uma biblioteca, mas você não tem noção de quanto vestibulando tem por lá. Em todas as bibliotecas que eu vou! É inacreditável!

- Imagino. Estamos entrando na época dos vestibulares. Os jovens devem estar perdendo os cabelos com essa correria. - Shouta soltou uma risada espontânea, que Sandra devolveu com uma careta.

- Não fale como se você fosse um velho ou estivesse se excluindo desse grupo! Você vai prestar vestibular também, seu besta!

- Ah... É, né. Verdade. - riu meio sem graça - O tempo só trabalhando me tirou do ritmo.

- Pois volte ao ritmo, por favor.

- Mas porque temos que estudar pro IDTA? A maioria dos trabalhos deles são de campo e teremos nossos parceiros Digimon pra ajudar. E terão lutas também. Onde os estudos vão ajudar nessa parte? - Ele começou a reclamar quase sem respirar, parecendo quase indignado.

Eles já haviam tido aquela conversa antes. Várias vezes, pra dizer a verdade, mas Shouta insistia em voltar no assunto. Parecia aqueles alunos que estavam sempre reclamando das matérias na escola, que não usariam o conhecimento no futuro, que as questões que caiam nas provas eram absurdas. Enfim, Shouta já havia passado da idade de estudante, mas o espírito de reclamão parecia entranhado em sua alma.

- Tem muitos trabalhos de campo que, não necessariamente, esses conhecimentos serão usados, mas o IDTA tem muitas carreiras abrangentes que usam sim. Por exemplo os Arqueólogos de Dados. Eles precisam saber de forma aprofundada sobre programação avançada, causa e efeito do Real World ao Digital World e vice-versa entre outras coisas, para conseguirem quebrar as proteções dos solos e analisar os dados dos acontecimentos.

"Se quer um exemplo mais próximo da carreira que você quer seguir, um Explorador precisa saber de história, tanto do Real World como do Digital World, de geografia, fauna e flora entre outras coisas para saber se virar no Digital World de forma independente e ainda enviar as informações novas para a base. Isso sem falar de biologia marinha também, porque você precisa saber de todos os tipos de digimons que existem para saber lidar com eles caso precise."

- Ok, ok, já entendi! Sua nerd. - Ele fez um biquinho, emburrado.

- Não sou nerd, eu só estudei informações básicas da IDTA. Até porque, eu quero saber direito todas as opções que eles oferecem de cursos, mas tem alguns que dependem bastante do parceiro que você adquire. Então eu vou ter que esperar o dia do evento para poder pensar direito sobre isso. Meio frustrante, mas fazer o quê.

- Isso é verdade. Não dá pra saber que tipo de parceiros a gente pode conseguir. Isso só me deixa mais ansioso... Que tipo de parceiro você gostaria de ter, Sandra? E que tipo de Tamer você gostaria de ser?

- Sendo bem sincera, eu não sei. - Ela remexeu em seu caderno com a caneta , fazendo um rabisco. Não parecia pensativa sobre o assunto, só distraída - Eu acabei não pesquisando muito sobre os digimon de forma mais abrangente porque achei que isso não caia muito nos vestibulares, e sinceramente minha cabeça anda parecendo que vai explodir de tanta informação, então eu prefiro evitar o que não precisa... Mas, talvez um Gabumon ou um Patamon seria legal. Eles são bonitinhos e fáceis de lidar. E tem evoluções legais também.

- Verdade. Seria incrível ter um Garurumon ou Unimon e poder andar montado neles. Mas eu acho quer gostaria mais de ter um Agumon ou um Tentomon. A linha evolutiva do Greymon é uma das mais legais, e Kabuterimon começa a parecer uma fortaleza viva quando evoluir, com sua carapaça impenetrável. Deve ser fantástico tê-los como parceiros.

Era notável a empolgação de Shouta. Conforme ele falava, sua voz acabava aumentando um pouco demais, obrigando Sandra a fazer sinal para ele falar mais baixo. Ele chegou a se levantar duas vezes, quase derrubando a cadeira, e um sorriso enorme não deixava seu rosto. Um dos funcionários da cafeteria, uma Palmon muito simpática vestindo um avental, veio educadamente pedir para que Shouta falasse mais baixo, para não incomodar os outros clientes.

Só depois de perceber alguns olhares indiscretos sobre si que o rapaz começou a se controlar mais.

- Hm, mas queria saber. - Ele voltou a falar, agora mais baixo para que apenas Sandra ouvisse - Afinal, qual a diferença entre ser um Digidestined e um Tamer, além dos digivices, claro?

- Olha... É uma boa pergunta. Até onde eu sei, o D3 e o D-Arc tem funções muito parecidas. Ambos podem ser usados como canal para as emoções humanas e força de espírito serem transmitidas da pessoa para o digimon, permitindo que eles evoluam, podem localizar outros digivices pela área, tem relógio... - Conforme listava, ela levantava um dedo, fazendo a contagem. Tinha um quarto dedo erguido, mas depois de um tempo pensando, o abaixou - E é, acho que é isso. Não sei muito sobre eles também. Os digivices ainda são estudados, na verdade.

Shouta fez uma careta.

- Poxa, mas você não sabe de quase nada, Sandra! Que decepção. - Disse balançando a cabeça negativamente.

- Você só me pergunta o que eu não sei, seu palhaço! E pelo menos eu sei alguma coisa. Não vou zerar a prova escrita, o que é o pior quadro possível pra um candidato, como um certo alguém que me pediu ajuda para estudar e ainda tem a cara de pau de me criticar.

Shouta empalideceu de leve ao ser lembrado do fato que ele não sabia absolutamente nada da maioria dos assuntos que caiam no vestibular. Sensação essa que apenas se aprofundou ao dar mais uma olhada nas questões que Sandra havia conseguido pesquisar. Ele se curvou como um  guerreiro que pede piedade ao seu algoz.

- Peço humildemente por seu perdão, Santa Cassandra dos ensinamentos de vestibulares!

Apesar do tempo que levaram para, enfim, começar a estudar ter sido maior do que esperavam, depois dessa bronca eles tomaram vergonha na cara e começaram a se concentrar. Por sorte, partes como programação pesada não pareciam ter uma grande ênfase, mas sim coisas como a parte histórica, geografia, alguns fatos recentes, grandes cidades do Digital World que influenciavam no Real World, acordos de tecnologia, biologia e até alguns conhecimentos gerais sobre digimons e seus ambientes.

Não havia nenhum tipo de questão sobre digivices. Assim, Sandra não estava tão longe das áreas de conhecimento necessárias, embora ainda houvesse questões que ela nem imaginava a resposta, além de que precisava muito ampliar seu conhecimento sobre digimons (o que a fez ter vontade de chorar). Já Shouta sabia muito sobre eles, mas carecia de praticamente todo o resto, sabendo apenas algumas coisas aqui e ali de história (que não precisava de muito mais incentivo para chorar).

Pararam quando já estava escuro, e suas cabeças latejavam de tanta informação. Concordaram que o melhor seria encerrar por hoje e continuar outro dia. Recolheram suas coisas e saíram quase apressados, não muito ansiosos para ver seus livros tão cedo.

Ainda havia pessoas e digimons andando pelas ruas, embora o movimento estivesse pouco e tranquilo. A cidade era mais interiorana, então já estavam acostumados com a calmaria do lugar, mas hoje em particular parecia mais quieto. Provavelmente por causa dos vestibulares se aproximando, a maioria dos jovens havia optado por ficar em casa.

- E pensar que ainda vou ter que revisar um monte de coisa. Parece um pesadelo. - Shouta reclamou, sem ânimo nem para fazer alguma careta de desgosto.

- Se você tivesse estudado aos poucos nesse tempo, não precisaria ver tudo de uma vez. - Sandra deu um gole longe em seu chá, que comprou antes de deixarem a livraria - Ficar só curtindo nunca é uma boa ideia.

- Eu não fiquei só curtindo. Eu trabalhei bastante também. Estou juntando dinheiro pra comprar uma casinha ou um apartamento bom. - Ele pareceu um pouco chateado, mas era difícil diferenciar entre isso e o cansaço mental.

- Ah... Não sabia. Desculpa. - A garota pareceu desconcertada - Mas você já estava planejando prestar o vestibular da IDTA, não? Podia ter guardado um tempinho pra estudar, nem que fosse só um pouco.

- É... Isso é verdade. Céus, como me arrependo disso... Como você sabe tanta coisa das matérias?

- Eu estudo uma hora todos os dias desde que decidi entrar pra IDTA. Não é muito pra me deixar sobre carregada, mas absorvo bem o conteúdo.

Sandra parou de falar ao notar que Shouta parecia disposto a ir até a praça mais próxima e chorar de desgosto. Ela podia entender todo aquele desânimo, afinal, ele tinha apenas dois meses para dominar pelo menos a maior parte das matérias. Ela achava digna a preocupação dele de comprar uma casa, mas os planos de entrar para a IDTA eram bem mais antigos, então também achava que ele tinha que ter planejado essa parte com antecedência e, acima de tudo, dar prioridade já que era seu sonho.

Bebeu um pouco do seu chá, sentindo-se um pouco nervosa.

- Não desanime. Você só não pode zerar a prova escrita. Mesmo que a nota seja baixa, se não for zero em nenhuma das matérias você passa. Afinal, tem coisas que ele ensinam melhor na academia e o carro-chefe deles são os cursos práticos. - Manteve um tom animado, esperando que isso pudesse animá-lo um pouco, o que não foi bem o que aconteceu.

- Mas eu ouvi gente falando que se eu não tirar uma nota boa na prova escrita, algo ruim pode acontecer. - Shouta tinha uma expressão genuinamente preocupada no rosto, o que deixou Sandra curiosa para saber de quem e de onde ele ouviu isso.

- Até onde eu sei, os 20 primeiros colocados só garantem sua inscrição no ano que vem, sem precisar pagar de novo. E só.

O rapaz de cabelos tingidos pareceu petrificado por alguns segundos, até parando de andar.

- Só isso?

- É. Só isso.

- M-mas porquê? Então eu me preocupei a toa esse tempo todo?

A expressão de indignado dele fazia Sandra ter vontade de rir, mas se segurou firme, já que o amigo estava quase tendo um infarto a poucos segundos atrás.

- Bem, sim. Você estava se preocupando a toa, mas agora relaxe. Olha, tem um konbini ali. Eu te compro o doce que você quiser pra compensar. - Ainda que, de alguma forma, tivesse tido sucesso em segurar a risada, um sorriso enorme não saia de seu rosto.

No mesmo lado da rua que eles, havia uma loja, não muito grande, de conveniência. Havia algumas pessoas lá dentro, e nas paredes de vidro, tanto dentro como fora, alguns cartazes de produtos novos ou especiais de estação, estavam espalhados por ali. Shouta pediu o maior e mais açucarado doce que tinha: um sorvete de três bolas, todas de chocolate, com cobertura de chocolate e ainda palitos doce. Sandra acabou comprando um pudim para si.

Se sentaram na calçada para comer. Shouta resmungou inconformado até a metade do sorvete, e oh, ele demorava para comer a bendita metade. Mas o efeito do doce começou a fazer efeito e ele se acalmou. Sandra já tinha terminado seu pudim, jogado a embalagem no lixo, e só bebia seu chá, já quase frio.

- Mas então, porque o esquema de garantir a vaga? - Ele indagou, com uma expressão quase animada, voltando ao assunto.

- Ah, sim. É que nem todo mundo que faz o vestibular tem um parceiro digimon. A segunda parte do teste de admissão é para essas pessoas encontrarem um parceiro. É o único requisito deles. Mas nem sempre tem a sorte de isso acontecer, então eles garantem a vaga no ano que vem pra tentarem encontrar o digimon de novo.

- Ah, entendi! Como costuma ser essa parte do teste? - Agora Shouta quase terminava seu sorvete, e parecia ter voltado a ser o mesmo de antes. Ou quase. O dia de estudos ainda pesava.

- Não muda muito até onde eu sei. Eles encaminham os vestibulando para uma rede que eles criaram, ambientada em uma selva, onde eles tem o tempo de uma semana para chegar a um lugar.

- "Um lugar"? Mais específico que isso impossível, obrigado.

Sandra revirou os olhos.

- A "chegada" varia muito, babaca. Não dá nem pra chamar de "chegada", aliás. Não é uma corrida. Só precisa chegar onde eles indicarem. Eles não dão muitas dicas antes, e os vestibulandos são colocados em lugares aleatórios da rede. Há dicas espalhadas e até pode-se encontrar mapas mostrando o caminho, mas aí cada tem que achar. Ah, é. São formados grupos também, mas é sempre misturando que tem e que não tem um digimon.

- Basicamente não vamos poder fazer a segunda parte juntos. - Pareceu desanimado com aquela conclusão, que Sandra claramente compartilhava.

- É...

- Ah, que chato. A segunda parte parece muito divertida. É como um acampamento. Não poder fazer com um amigo é... Meh...

Sandra não disse nada. Apenas se focou em terminar seu chá, pois já estava ficando incomodada de ter que segurar a garrafa por tanto tempo. Quando terminou, Shouta jogou as embalagens no lixo, e voltaram a sua caminhada.

- Mas então, não é garantido que vamos conseguir um digimon na segunda fase.

- É.

- Como acontece, afinal? Com um Tamer não é difícil de imaginar: digimon e pessoa constroem um laço de amizade/confiança e blá e o D-Arc surge. - Enquanto falava, Shouta gesticulava de forma exagerada, parecendo mais que estava descrevendo uma explosão - Mas e um Digidestined?

- Da mesma forma que não se sabe muito sobre os digivices, não sabemos quase nada sobre os Digidestined. Arqueólogos e cientistas ainda estão pesquisando isso, mas é difícil achar pistas.

- Nunca havia parado pra pensar, mas isso é incrível. É algo que vivemos todos os dias, então nos esquecemos de que não sabemos nada e o quão fantástica e misteriosa pode ser a origem de um Digidestined.

Sandra apenas concordou, começando a se sentir um pouco cansada. Ela adorava caminhar e passar um tempo com Shouta, mas havia passado praticamente o dia todo explicando coisas pra ele enquanto estudavam, e as explicações continuavam. Ela queria parar de falar um pouco, mas seu amigo tingido não a dava uma folga.

Esperou ele perguntar mais alguma coisa, mas nada veio. Ainda que isso a deixasse satisfeita, foi no mínimo intrigante, já que Shouta não havia parado de falar e perguntar coisas até agora. Notou um ar de pensativo nele, o que não era lá muito comum. Sentiu-se desconfortável, por algum motivo, e teve a sensação que algo não ia bem.

- Sabe, Sandra, eu queria te perguntar. Quando você começou a ter interesse em entrar no IDTA? Nas primeiras vezes que a gente se viu, você não aprecia muito interessada.

Ela não conseguiu decifrar a expressão dele, e teve uma sensação ruim de como essa conversa ia caminhar.

- Bem, quando nos conhecemos fazia pouco tempo que eu estava no Japão. Meu foco não era fazer uma faculdade, mas trabalhar. Apesar de ter sobrado algum dinheiro, eu vim do Brasil com praticamente nada. Eu precisava focar em me acertar financeiramente e conseguir um apartamento meu. Se não mostrei interesse antes, era porque eu tinha mais com o que me preocupar.

Havia sido um tanto grossa em sua última frase, sabia disso, mas não se sentiu nenhum pouco inclinada a pedir desculpas. Já imaginava onde ele queria chegar, e isso não só a desagradava como a deixava irritada.

- Não dá nem pra comparar minha situação com antes. Eu saí do Brasil sem nenhum curso superior. Assim que terminei o colégio e me formei no curso de japonês, corri atrás de uma boa empreiteira pra vir pra cá. Agora eu sei que foi uma péssima decisão, então agora eu quero um curso superior. Eu levei um tempo pesquisando direito e as possibilidades amplas do IDTA são muito mais atraentes do que a maioria dos cursos e profissões por aí. - Soou mais seca do que ela mesmo esperava, chegando a ficar um pouco surpresa consigo mesma.

Mas aquilo estava a deixando irritada. Porque tinha que se justificar? Era um direito seu fazer o que quisesse de sua vida, sem que isso pudesse atingir a terceiros. Shouta era um grande amigo seu, mas ele não tinha o direito de se intrometer mais do que ela desse liberdade.

Ele, por sua vez, parecia olhar distraído para o céu, as mãos nos bolsos. Não a olhou em momento algum.

- Entendi. Então o caso do Ayumu não tem nenhuma influência... Certo?

- Se tem ou não, isso não é da sua conta! - Não conseguiu se conter e ergueu a voz, claramente irritada.

- Como assim "não é da minha conta"? Eu sou seu amigo. - Voltou, finalmente, a encará-la, e pareceu verdadeiramente sentido com o que ela dissera, mas isso não foi o suficiente para acalmá-la.

- Amigo ou não, isso não te dá o direito de se intrometer nesses assuntos. Eu sou sua amiga, mas nunca usei de insinuações descaradas pra te fazer falar sobre algo que você não gosta ou te deixa mal.

Shouta não respondeu, limitou-se a abaixar a cabeça.

- A estação é logo ali e minha casa fica pro outro lado. Vá pra casa e não me ligue. Até amanhã. - Sandra não deu tempo dele tentar responder nem nada, passando a caminhar apressada para a direção oposta a da estação de trem.

Se afastou rápido, mas pode ouvir o amigo soltando um xingamento de longe.


Finalmente no conforto de sua casa, depois de um banho longo e relaxante, Sandra sentia-se bem melhor e mais calma. Sua dor de cabeça havia passado e até parte da raiva de Shouta. Fazia pouco tempo que recebeu uma mensagem dele: "Desculpa", mas ainda não sentia vontade de desculpá-lo tão cedo. Respondeu apenas "Vou pensar no seu caso", e depois refletiria sobre o que iria pedir como pedido de desculpas.

Não costumava ser assim, do tipo que exigia algo em troca de seu perdão, mas Shouta havia pisado na única área que ninguém deveria. Ayumu. Ele devia saber como ela era sensível sobre esse assunto, mas momento ou outro ele soltava uma indireta extremamente desagradável. A verdade era que Sandra vinha se segurando de dizer alguma grosseria já fazia algum tempo. Aquela havia sido a gota d'água.

Fez um chá para se acalmar, pegou uma folha de papel, muito bem dobrada, e foi para o computador, acessando seu e-mail. Havia apenas um na caixa de entrada, a confirmação de pagamento do vestibular, de resto suas pastas pareciam vazias. Com exceção de uma.

"Ayumu", era o nome da pasta. Ela entrou. Havia várias mensagens. Leu algumas, não demorando para mergulhar em memórias, mas logo voltava a realidade. Não gostava de voar demais. Quanto mais alto ia, mas a queda machucava.

O último e-mail recebido era de três anos atrás. Pegou o papel cuidadosamente dobrado de antes. As dobras pareciam um pouco gastas, sinal de que já havia sido lido e relido muitas vezes. Era uma impressão de uma mensagem. A data de recebimento era pouco depois "daquele" acontecimento. O remetente era desconhecido.

Havia sido escrito em digimoji, a linguagem usada no Digital World. Uma de suas grandes utilidades era o fato de ser automaticamente criptografada. Ou seja, caso fosse mandado para alguém, era impossível que terceiros a recebessem. Era normal, e esperado, encontrá-la no Digital World, mas fora? Ou você era um estudioso da área, ou alguém queria se comunicar com você sem a menor possibilidade de ser detectado.

Graças a essa mensagem, Sandra passou a pesquisar digimoji como louca, o que a tornou praticamente fluente, só para ser capaz de entender o que ele dizia.

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"Delete isso"
"Está tudo bem"
"Não se preocupe"

...

Queria falar sobre isso com Shouta, mas não conseguia imaginar a reação dele, e temia que fosse muito além do que ela estava preparada. Por falta de coragem, acabava não dizendo nada, mas de certo modo, saber que ele havia desistido a deixava decepcionada. Desde que recebera a notícia, nunca se deu por satisfeita, crente que algo não estava certo.

Agora suspeitava que, na verdade, estivesse passando pelo período de negação, mas seu sexto sentido nunca deixou de acreditar que havia algo errado.

E então veio aquela mensagem, avivando suas esperanças como nunca. Shouta podia pensar o que ele quisesse, ela faria o que quisesse e o que precisasse.


Última edição por MidoriKyun em Dom 10 Abr 2016, 5:42 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Convidado Seg 11 Abr 2016, 9:31 am

Olá Midori fico bastante feliz que você tenha postado sua primeira fanfic no nosso fórum espero que ela faça muito sucesso entre os membros . Sobre a historia foi um começo interessante . Gostei de Sandra e de Shouta a dupla de " potenciais alunos" para o "IDTA" International Digimon Tamer's Academia ( não deveria ser " Academy " para coincidir com o nome em inglês ? ) . Adorei o jeito " Nerd " de Sandra e de como ela  zoava Shouta por isso . Também gostei de Shouta um "Emo" ( ou aparentemente foi essa a impressão que tive quando você disse que ele era "um rapaz de cabelos arrepiados e claramente tingidos de rosa =P" ) .

Mas pelo visto eles vão ser uma dupla estilo " Fox Mulder " e "Dana Scully" que pelo menos em principio não se bicam . Kkkkkkk quase rachei de rir com algumas das frases deles ( " - Peço humildemente por seu perdão, Santa Cassandra dos ensinamentos de vestibulares! " ) e achei legal que os dois estivessem cada qual por sua própria razão querendo entrar para o IDTA . Se Shouta se tornar um Tamer ou um Digiescolhido vai ser o primeiro Emo que eu vejo se tornar um . Por algum motivo simpatizei com ele e a sua alegria e entusiasmo sobre os Digimon .

Já Sandra me pareceu bastante segura de si dona de uma personalidade bastante firme . Se bem que ela também consegue ser bem " antipática " quando quer como quando foi perguntada sobre o misterioso " Ayumu " e ela deu uma tremenda cortada em Shouta . Cara precisava ser tão rude ?  Tudo bem que Shouta estava tocando num assunto desagradavel para ela mas se ela for simplesmente " explodir " com todos que tocam nesse assunto vai ser dificil ela conviver em sociedade com as outras pessoas .

Considero interessante a premissa envolvendo os monstros Digitais do IDTA e sua " supostamente pacifica " convivência com os humanos . Gostei de como Sandra e Shouta ficaram falando sobre os Digimon que gostariam de ter como um Gabumon e um Patamon no caso de Sandra e um Agumon e um Tentomon no caso de Shouta ( Shouta foi praticamente o primeiro personagem de fanfics que eu vi até hoje demonstrar interesse por Tentomon ) e fiquei muito feliz em ver o entusiasmo legitimo com que ele falava dos Digimon ao dizer que deveria ser o máximo cavalgar um Garurumon ou um Unimon e que a linha evolutiva do Greymon é uma das mais legais, e Kabuterimon começa a parecer uma fortaleza viva quando evoluir, com sua carapaça impenetrável e deveria ser fantastico tê-los como parceiros .

Mas será que é isso mesmo que acontece ou é o que " dão a impressão que acontece " ? Acho muito interessante uma historia onde as coisas da realidade são bastante diferentes daquelas que se aparentam aos olhos das pessoas e fiquei curioso que nesta época os Digiescolhidos/DigiDestined e Digivices tenham virado assunto de estudo arqueológico e se pesquise tudo acerca dos primeiros Digiescolhidos . Mas por que não falaram nada sobre os Digivices Clássicos de Digimon Adventures com os Brasões e suas Virtudes , os Digivices D-Scanners e os Digi-Espiritos , os Digivices IC e Burst com o Digisoul e os Xros Loaders com o DigiXros ? Ou nessa realidade só existem " Tamers " com D-Arcs e Digiescolhidos com Digivices Classicos ?

E estou curioso sobre o sentido da frase em escrita Digimon que Sandra tem naquela carta misteriosa " Relacionada a Ayumu ". Que significa : "Delete isso" , "Está tudo bem" e "Não se preocupe" ? Sandra deu a impressão de que na verdade quer entrar no IDTA por "outros motivos" e que ela estaria na verdade investigando algo de seu interesse particular . Gosto de tramas conspiratórias onde a verdade não é aquilo que aparenta e onde muito do que se pensa " ser a verdade " na realidade é uma ilusão feita para convenientemente ocultar dos olhos das pessoas aquilo que realmente sucede . Enfim foi um bom começo Midori gostei de sua fanfic e pode estar certo que eu a acompanharei . Sucesso com a fanfic =) .

PS : Sobre qual Digimon eu gostaria de ver acho que um Hyokomon , um Buraimon , um Butenmon , um Chronomon Holy Mode e um Chronomon Destroyer Mode . Também gostaria de ver um   Gotsumon , um  Golemon , um  Volcamon , e um PileVolcamon que acha destas sugestões Midori ?


Última edição por KaiserLeomon em Dom 24 Abr 2016, 5:53 pm, editado 7 vez(es)

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Mensagem por MidoriKyun Seg 11 Abr 2016, 6:37 pm

Olá, Kaiser! Fico feliz que você tenha gostado desse primeiro capítulo! Seu comentário ficou bem grande, mas vamos lá Very Happy

Achei engraçado que a Sandra acabou ficando meio nerd mesmo, embora não tenha sido intencional. Ela só pesquisou bastante as coisas do curso e pá. O Shouta não é emo, mas acho melhor não falar muito desses detalhes porque serão abordados mais pra frente. Sobre o nome em inglês, eu tirei um pouco a ideia do nome de "Boku no Hero Academia", meio fazendo uma brincadeira já que as propostas são um pouco parecidas.

Não conheço a dupla que você falou, sorry (risos), mas na verdade os dois são bem amigos e até bem próximos. Fiquei bem feliz que consegui fazer algumas partes engraçadas! Acho comédia difícil de fazer, mas parece que estou indo pelo caminho certo :3

Sobre a explosão da Sandra, foi citado que não era a primeira vez que o Shouta fazia uma insinuação desse tipo, e ela estava se segurando já fazia um tempo na verdade. Pensei em colocar outros momentos durante a conversa deles isso, pra ficar mais claro, mas quando escrevi saiu de forma tão espontânea e pareceu tão redondinho que fiquei com receio de mexer e estragar, então deixei assim mesmo.

Sobre os digivices não citados, é porque eles não existem, basicamente. Nesse primeiro capítulo, tentei mostrar de forma não muito pesada o universo da história, de forma geral pelo menos. Ainda vai ter uma informação outra pra acrescentar, mas não falarei demais (risos). Ah, sim. O digivice usado, além do D-Arc, é o D-3. Acabei esquecendo de editar isso na versão final, desculpe pelo erro. Depois eu arrumarei isso. Mas sim, os digivices que existem são apenas esses dois.

Sobre o resto da trama, não direi nada pra não estragar as surpresas Smile

Achei suas sugestões de digimons interessantes! Principalmente o Gotsumon, que é um que está aí desde adventures e ninguém parece se importar muito com ele, mesmo sendo um digimon com evoluções muito legais. Vou confessar que a menção dele está me fazendo repensar o digimon de alguém. Fica o mistério de quem Very Happy
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Mensagem por Convidado Ter 12 Abr 2016, 6:11 am

Grato pela resposta super atenciosa Midori estarei aguardando o próximo capitulo para saber mais sobre a sua historia . Sobre Gotsumon fico feliz que tenha gostado da sugestão . Eu também acho ele um Digimon muito legal com uma linha de evolução muito bacana . Sugeri PileVolcamon como seu nível Mega porque a maioria dos autores de fanfics usam AncientVolcamon e se esquecem completamente de PileVolcamon . Eu vi muito poucos escritores de fanfics usarem PileVolcamon como nível Mega de Gotsumon se por acaso usarem Volcamon como seu nível Ultimate / Perfect no lugar de Meteormon o que é meio injusto ao meu ver . Mas enfim sinta-se livre para usar qualquer uma das sugestões que lhe dei da maneira que quiser =) .

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Mensagem por Spirit Qua 20 Abr 2016, 11:43 am

Eita, como eu demorei pra ler esse capítulo! Sabecomé trabalho, fui lendo em partes, e ainda aproveitei pra ler todo hoje de novo só pra me orientar novamente.
Bem, começando com Sandra... Como é bom ver protagonistas que seguem o físico brasileiro comum, porque eu adoro que haja representatividade em fics, assim como em qualquer outro meio. Apesar de não ter ação, o capítulo em si ficou bom e bem explicativo sobre o universo, e eu em geral gosto muito de me situar no espaço em que as histórias estão se passando.
A ideia de mundos interligados, diferenças entre Tamers e Digidestined e mesmo o fato de haver uma universidade ligada ao DW são coisas novas e muito interessantes, espero ver mais desenvolvimento desta parte. Achei também muito bom como um quê de normalidade, com situações que se vê na vida real, apesar de se tratar tantas coisas extraordinárias.
Enfim, apesar de não termos muita noção dos mistérios, o capítulo ficou bem explicativo e claro, mal posso esperar pelo próximo.
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Mensagem por Convidado Qua 20 Abr 2016, 1:37 pm

Realmente Midori sua fanfic esta agradando bastante aos membros da Digimon Forever pela sua qualidade espero poder ver este mesmo nível nos próximos capitulos

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Mensagem por MidoriKyun Qua 20 Abr 2016, 11:40 pm

Spirit
Imaginei que você demoraria mais pra você responder por causa dessas questões, mas estava ansiosa para saber o que você achou do capítulo. Ficou meio grande mesmo, sem eu perceber (10 páginas, céloko).
Sobre a Sandra, já fazia um tempo que eu andava meio indignada que tem tanto ficwriter brasileiro, mas praticamente nenhum faz um personagem daqui e ainda com o físico mais comum. Por isso ando fazendo a maioria dos meus protagonistas seguindo essa base, mas depois de ler sua fic fiquei com vontade de fazer uma negra também (tôesperandomaiskarahein).

Sobre as lutas, por causa de como é o mundo pode ser que elas infelizmente demorem um pouco para aparecer, mas estou pensando em como resolver isso porque eu também quero escrever umas lutas (risos). Não tenho muita experiência escrevendo combates, mas quero aceitar o desafio pra melhorar.

Kaiser
Obrigada, Kaiser! O próximo capítulo não deve demorar muito para sair, mas as coisas andam meio corridas aqui e pode acontecer algum imprevisto, infelizmente. Espero conseguir continuar agradando vocês :3
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Mensagem por Convidado Qui 21 Abr 2016, 8:25 am

Tudo bem Midori não precisa ter pressa poste o capitulo de sua fanfic quando puder e tiver tempo livre para isso pois todos nós aqui compreendemos que você tem afazeres e compromissos fora da Digimon Forever . Para nós o importante é postar os capítulos .

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Mensagem por Spirit Qui 21 Abr 2016, 2:04 pm

Entendo como é cara, quando se escreve demais e tu nem sabe quando o capítulo vai acabar de tanta coisa pra escrever. xD
Mas ei, não precisa se apressar nas lutas, porque as lutas internas também são bem importantes no meu ponto de vista. Sobre representatividade de brasileiros em fics... Nossa, é tão bom ver alguém que concorda comigo!
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Mensagem por Convidado Qui 21 Abr 2016, 2:19 pm

Enfim não precisa se preocupar Midori pode postar os capítulos da sua fanfic quando desejar . Sobre as lutas sem problemas poste-as quando achar que é o momento certo para elas . Fanfics de Digimon são legais com lutas mas também tem muito mais coisas além de lutas como drama , buscas pessoais dos personagens , humor , investigação , intriga , romance entre outros assuntos .

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Mensagem por LucasMakuso Qui 21 Abr 2016, 7:29 pm

Yo, Midori. Dessa vez fui o último a comentar, estava sem tempo para ler e hoje consegui ler sua fanfic e a da Spirit e consequentemente vir comentar. >-<

Como sempre eu adoro episódios iniciais sem lutas, como a Spirit disse, conflitos internos são sempre ótimos. Aliás, com eles você pode aprender sobre os personagens da trama e gostar mais deles ainda. Gostei por você utilizar uma personagem brasileira, eu especialmente não consigo desenvolver personagens com origens no meu próprio país (já tentei inúmeras vezes, e já desisti de tanto tentar).

Não gostei da parte onde Sandra é ignorante com o seu amigo, só por que ele tocou no assunto. Não concordo com ela Razz, pois creio que amigos devem se ajudar até nos momentos mais difíceis, creio que talvez você pense como eu, mas você fez Sandra assim para não revelar um segredo que parece ser de suma importância (ou talvez nem tanto) para a trama logo no primeiro episódio.

Fiquei curioso para saber quais serão os Digimon deles e espero ansioso para o próximo episódio. o/
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Mensagem por MidoriKyun Sáb 23 Abr 2016, 7:37 pm

Kaiser
Obrigada pelo apoio! Vou continuar escrevendo no meu ritmo e me esforçar para entregar os capítulos com qualidade para vocês! Smile

Spirit
Sim, isso às vezes é um problema porque sempre dá aquele medinho de ficar grande demais e desanimar as pessoas de ler :'D
É o que está acontecendo com o segundo capítulo! Já estou quase em 10 páginas e ainda tem bastante coisa pra acontecer (gzuiz). Espero estar conseguindo escrever de forma fluída pra não ficar massando pra vocês lerem >:

Fico animada em saber que vocês não se importam tanto com lutas! Continuarei então sem ficar encucada com isso. Sobre personagens brasileiros, dá um hi5 aqui o/*\o //hi5

Lucas
Não precisa se preocupar com a demora em ler. Saber que você dedicou um tempo seu pra isso já me deixa super feliz!

Geralmente eu acabo começando minhas histórias de forma calma pra dar um tempo pro leitor entrar no mundo, e pareceu que geral gostou desse encaminhamento! Que bom! Realmente, é meio estranho usar um personagem de seu país de origem no começo. Quando eles são de fora, isso torna sua relação um pouco mais distante e você se sente mais livre pra trabalha-lo, já um brasileiro, todos o somos e o leitor pode achar estranho quando algo não parece bater. Mesmo com quem escreve, no começo é estranho, mas logo você acostuma.

Parece que foi geral o desagrado com a atitude da Sandra nesse começo, mas ela ainda tem muito o que caminhar com a história. Sei que é um geral que as pessoas pensam que o melhor é você confiar e se abrir com os amigos, mas... Bem, não vou falar muito já que isso também vai ser trabalhado na história mais pra frente xD

Sobre os digimons, o da Sandra vai aparecer logo no próximo capítulo, e acredito que ele vai render uma bela surpresa (risos)! O do Shouta, porém, ainda deve levar um tempinho, talvez o 3 ou 4.


Já falei isso, mas acho que vocês podem ter esquecido com a leitura e querendo comentar. Kaiser já deu sua opinião (mas está aberto a comentar de novo quando quiser), e eu gostaria de saber quais digimons vocês gostariam de ver mais nas histórias? Seja ele isolado ou seguindo uma linha evolutiva. Tenho mais alguns projetos em andamento e tenho essa curiosidade de saber de vocês. Mas também não se sintam obrigados a nada, ok? xD
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Mensagem por LucasMakuso Sáb 23 Abr 2016, 8:28 pm

Ah! Eu sabia que eu tinha esquecido de comentar alguma coisa, bem... Eu tenho dois Digimon que eu gostaria muito ver, um deles é o Dracmon, ele é um Digimon maléfico e adoraria ver ele. Um Dracmon só fez uma aparição em Xros Wars, mas nem foi lá tudo isso. E o outro é um Kudamon, ele apareceu em Savers, mas não fiquei tão satisfeito com o papel dele dentro dessa temporada.

As evoluções seriam:

Dracmon > Sangloupmon > Astamon > GrandDracumon
Kudamon > Reppamon > Tyilinmon > Sleipmon
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Mensagem por Pégaso Dom 24 Abr 2016, 3:35 pm

Finais,sua fic é bem interessante de se ler gosteinde ver uma historia onde os digimons são comuns e existe pesquisas e etc relacionada a eles,mais claro até num mundo como esse sempre tem alguem que não sabe se segue um rumo relacionado a isso ou não.
Afinal,como isso se tornou comum claro que deve ser meio chato sobre essa mensagem ai,bem..Parece ser algo preocupante ao mesmo tempo de dar medo e volta de de deletar,realmente primeira fic que vejo o protagonista querendo um Tetomon oque é algo legal,porque Kabuterimon HarturKabuterimon e o próprio Tetomon são bem legais.
se me permite gostaria de ver na sua fic,Shoutmon e OmegaShoutmon ou até mesmo Falcomon , Peckmon , Yatagaramon , Ravemon , Ravemon Burst Mode ou Valdurmon nas Evos deixo para você caso vá aceitar minha sugestão, emfim é isso aguardando o próximo EP.
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Mensagem por Convidado Dom 24 Abr 2016, 3:58 pm

Nota : Spirit se me permite dizer faltou você para dar uma sugestão de quais Digimon você gostaria de ver na fanfic da Midori ... Por que na próxima mensagem você não coloca os dois Digimon que você gostaria de ver e suas linhas de evolução ?

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Mensagem por MidoriKyun Qua 27 Abr 2016, 8:33 pm

Pégaso
Havia ficado um pouco insegura sobre um mundo onde os digimons são comuns, mas parece que foi tudo bem recebido. Que bom!

Apesar de não ser meu favorito, eu gosto muito do Tentomon e de outros digimons inseto, e acho que eles são pouco valorizados no fandom, o que é meio triste. Sobre as outras coisas prefiro não comentar pra não correr o risco de dize algum spoiler sem querer (risos).


Queria agradecer por estarem me dando suas sugestões de digimons. Estou considerando bem todas as possibilidades e até vendo se não faço umas aparições especiais, porque o que não falta é oportunidade aqui e ali.

Estou tendo alguns problemas para postar porque o capítulo ficou grande demais. Talvez eu seja obrigada a fazer um double post por causa disso. Cheguei a pensar em cortar uma parte, mas já tenho o terceiro todo planejado e isso estragaria meus planos. Espero pelo menos tê-lo deixado fluido. Já peço desculpas pelo inconveniente e por estar infringindo as regras da área >:


Capítulo 02 - Teste e quem será meu digimon?

Sandra já havia parado de esperar faz tempo e terminou o sorvete que, inicialmente, ela pretendia dar para Shouta. Estava sentada em uma mesinha, localizada na praça central da instituição que a prova estava sendo realizada, uma filial menor da IDTA que oferecia cursos de computação variados.

Ela e Shouta haviam combinado de se encontrar assim que acabassem para almoçar, mas Sandra desistiu assim que se passou uma hora. Não sabia dizer se era ela quem terminou rápido ou Shouta que estava demorando demais. Pensar que ela terminou muito rápido a deixava angustiada que pudesse ter sido precipitada em algumas questões, então preferia acreditar que Shouta quem estava demorando. Ajudava a deixá-la mais tranquila.

Imaginava que ele deveria estar sendo o mais cuidadoso possível antes de escolher a questão certa, o que podia não ser tão bom. Pensar demais nem sempre ajudava. Shouta costumava ter uma intuição melhor do que raciocínio, então esperava que a pressão não o fizesse ir pelo caminho errado.

Não queria deixá-lo desanimado demais, já que tinha certeza que sairia deprimido do prédio, então não falaria sobre isso e comeu só um pouco. Estava tão nervosa que se esqueceu completamente de levar algo para comer na sala (a prova tinha por volta de três horas mínimas de presença), e não tinha o costume de comer muito no café da manhã, o que não a ajudou em nada. Por sorte o que não faltava ali eram barraquinhas com comida.

Um casal muito simpático de Gekomons estava vendendo espetinhos variados de frutos do mar e não resistiu em pegar dois. Estavam tão gostosos que não resistiu e pegou mais um, além de um café especial vendido por uma BlackTailmon: Café com cubos de chocolate dentro. Ela também tinha outras gordices que pareciam deliciosas, mas resistiu bravamente. Aquela gatinha com certeza era criativa, e não era a toa que a barraquinha estava tão cheia. Foi um alívio ela vender copos para viagem. Shouta certamente choraria se tivesse que pegar a fila, e sabia que ele iria adorar aquele café.

Quando comeu seu último camarão no espeto, identificou a figura tão conhecida do amigo saindo do prédio (ele também era o único com cabelo rosa, então ele era praticamente um farol), cabisbaixo como ela imaginou. Ele demorou para chegar até a mesa, mas não se sentou. Ele apenas estendeu os braços para Sandra, com uma cara de piedade.

- Preciso de um consolo. - Foi tudo o que ele se limitou a dizer.

- Eu comprei café com chocolate pra você. - Disse erguendo o copo térmico para o amigo. Recebeu um choramingo em resposta, deixando-a surpresa de início.

- Eu quero o café, mas também quero um consolo. - Insistiu, mexendo seus braços no ar como se fosse uma criança.

- Ok, ok. Entendi. Venha cá, que a Santa Cassandra consoladora de vestibulandos vai acalmar seu espírito derrotado.

- ... Não fala isso...

Sandra soltou uma risadinha e colocou o copo na mesa antes de abraçar o amigo, que devolveu o gesto com não tanto ânimo como ele gostaria. Deitou a cabeça no ombro dela e ficou murmurando coisas que ela não conseguia entender. Não era algo que Shouta costumava fazer, mas havia sido o pagamento por ter passado dos limites no outro dia.

Sandra disse que queria saber algum ponto fraco ou algo que ele tivesse vergonha, e o rapaz então confessou que, na verdade, adora abraçar as pessoas. Ainda que o Japão tivesse mudado seus costumes com o passar dos anos e influência do ocidente, famílias mais tradicionais ainda tendiam a não abandonar esses costumes. E, por incrível que pareça, Shouta era de uma família tradicional, com uma longa história no ramo de tecidos e quimonos, por isso mesmo para ele aquilo não era algo tão normal para seu próprio desgosto, e se sentia envergonhado e inseguro com esse tipo de contato. Sandra era brasileira, onde esse tipo de proximidade é muito normal e corriqueira, então não se importava com o que os outros achavam ou se estavam olhando.

E ó, havia um número não tão pequeno de pessoas olhando-os de forma não tão discreta. Ela não precisava olhar para saber que Shouta devia estar vermelho como um pimentão. Só pra dar mais uma sacaneadinha de leve, Sandra exigiu que Shouta não fosse recatado com ela (até porque, ela mesmo sentia saudades de uns abraços), e o fazia abraçá-la ou o abraçava por conta própria. Ele não demorou para perceber a intenção dela, então acabava pedindo primeiro porque... Bem, tinha a sensação que dava menos brechas para Sandra sacaneá-lo. Acabou que Shouta começou a se acostumar, mas ainda sentia vergonha em lugares com mais pessoas. Como aquele campus cheio de gente.

Sandra fez um carinho em sua cabeça, e ele ficou em dúvida se era com a intenção genuína de consolá-lo.

- Então... Posso concluir que você foi mal na prova?

- Não sei. Sinceramente não quero saber agora. Não quero pensar em nada, na verdade. - Conseguiu ouvir ele dizer apesar da voz baixa.

- E que tal alguns frutos do mar saborosos?

Foi possível ouvir um sonoro ronco do estômago dele.

- Ok, acho que posso pensar em frutos do mar. E você disse que comprou café com chocolate, é isso mesmo?

- Sim. Com dose extra de chocolate, como você gosta.

- É. Frutos do mar e café com chocolate. Muito chocolate. Posso pensar nessas coisas.

Se havia algo que conseguia melhorar o ânimo daqueles dois, era comida. Por isso, não fizeram cerimônia em se servir. Tiveram sorte quando foram para a barraquinha dos Gekomons. A fila estava pequena na hora, mas bastou pararem no final dela para vir mais pessoas se enfileirando atrás deles. Não fizeram cerimônia quanto a quantidade também, saindo bem abastecidos. Infelizmente, quando foram para a BlackTailmon, praticamente tudo já havia acabado, com exceção de alguns doces que eles compraram sem pensar duas vezes.

Agora esperavam dar o horário da segunda fase, Sandra, como sempre, bebendo um chá, enquanto Shouta apreciava uma boa água fresca. Para evitar o nervosismo, eles evitavam ao máximo olhar as horas. Escolheram uma mesa onde não conseguiam ver nenhum dos relógios dali, e como celulares eram proibidos durante todo o processo, estes foram confiscados pelos responsáveis e guardados em um armarinho individual, entregando apenas as chaves para seus donos, então era uma preocupação a menos.

- Então daqui a pouco vamos ter que nos separar... - Shouta remexeu sua garrafa, já pela metade, não parecendo muito feliz com a ideia.

Sandra não parecia achar aquilo tão ruim, afinal eram só alguns dias, mas estava bem claro que seu amigo tingido estava meio chateado. Ele parecia não notar, mas era bem mais apegado aos amigos do que achava. Ou talvez tenha ficado depois do que aconteceu com Ayumu.

- Ora, vamos! Não é tão ruim assim. Pense que é uma oportunidade para conhecer mais pessoas. Claro, qualquer um de nós corre o risco de fazer dupla com um babaca, mas eu acho que sempre podemos aprender algo com alguém. Mesmo que seja o que não fazer.

A expressão dele suavizou, e até riu um pouco do que a amiga disse. Parecia estar superando aquilo, mas ainda um pouco relutante.

- É, verdade. Espero pelo menos fazer dupla com uma pessoa legal, ou que ela tenha um digimon legal.

- Vai depender muito da nossa sorte, mas acho que não custa nada ser otimista.

"Mas sem voar demais, que a queda vai doer." Preferiu não compartilhar seu pensamento para não correr o risco de estragar o humor de Shouta mais uma vez. O rapaz andava sensível, provavelmente graças ao estresse da prova e o clima familiar. Queria tomar cuidado para não dizer algo errado e desanimá-lo. De novo.

Um som agudo soou por todo o campus, parando tão rápido quando surgiu e repetindo o processo várias vezes. Todos precisavam cobrir os ouvidos, já que mesmo curto, era ensurdecedor. Olharam para cima e notaram que vinha de um pequeno grupo de Flymons que sobrevoavam sobre o  local. Usavam uma faixa, mostrando ser funcionários da IDTA. Sandra voltou a se sentir nervosa.

- Oh... Deu a hora. - Se sentiu meio idiota por dizer algo tão óbvio, e até esperou que Shouta fosse dizer algo, o que não aconteceu.

Curiosa, virou-se para o amigo, percebendo que ele havia empalidecido um pouco e tremia mais do que vara verde. Era difícil decifrar, fosse por seu rosto ou expressão corporal, se era de nervosismo ou ansiedade.

- Então é assim que uma gelatina se sente...

Sandra ergueu uma sobrancelhas.

- Gelatinas não sentem.

- Então um Numemo-

- Não, não! Nada de escatologia, por favor. Apenas vamos seguir para o local, sim?

Shouta respondeu de forma rápida e meio embaralhada, e enquanto caminhavam, Sandra notou que ele parecia ter se esquecido como se andava que nem gente. Concluiu que sim, ele estava nervoso. Muito. E era engraçado, mas como uma boa amiga fez o possível para não rir, o que não foi uma tarefa nada fácil.


Os vestibulandos estavam se reunindo nos fundos, em um praça grande e arborizada. Um palco fora montado ali e todos ficaram ao redor dele. Como havia vários locais para se realizar a prova, ainda que houvessem muitos interessados no curso, o local não estava exageradamente cheio, mas a dupla não conseguia ver muito bem quem estava lá em cima. Notaram que o teto bloqueava totalmente o sol, fazendo uma sombra enorme e escura.

Dois telões, posicionados ao lado do palco, foram ligados e transmitiam as imagens das pessoas ali em cima. Do lado direito havia uma mulher de cabelos loiros cacheados. Era alta e, mesmo usando roupas simples, uma calça clara e uma blusa preta, era notável sua figura esbelta. Ao seu lado se posicionava um digimon humanóide. Também tinha cabelos loiros, suas roupas o faziam parecer um nobre e usava uma longa capa.

Do lado esquerdo estava uma moça mais baixa, de cabelos negros cacheados. Usava uma jardineira rosa em conjunto com uma blusa branca. Assim como a outra, sua digimon estava ao seu lado. Um pégaso de pelos castanhos com armadura e asas douradas. Enquanto a loira permanecia séria, a outra tinha um sorriso caloroso nos lábios.

Sandra e Shouta as reconheceram imediatamente. Liz, a garota loira, era uma ex-modelo famosa que desistiu de sua carreira para se dedicar a ser uma Tamer. Não se sabia muito de sua vida em geral, já que era uma pessoa reservada, e o mistério provavelmente só atraía mais fãs. Já Bram, seu digimon, era famoso não apenas por seu ar vitoriano, mas sua boa aparência e, dizem, jeito de galã. Também não haviam muitas pessoas com um Vamdemon de parceiro, por isso eles se destacavam bastante. A garota se lembrava de ter visto em uma revista que Bram estava no topo dos "Digimons que uma garota mais quer como parceiro". Sempre achou essas votações  meio idiotas, mas precisava admitir que, ao vivo, ele era realmente bonito.

Já Maria, a moça de cabelos negros, havia dado várias entrevistas e até escreveu uma biografia. Era apenas uma garota do interior de Portugal que se apaixonou por digimons e cursou a IDTA e se tornou uma exploradora, mas sua dedicação não só fez subir de cargo incrivelmente rápido, como descobriu ruínas antigas ainda sendo estudadas e de importância arqueológica ainda a ser definida. Não precisava dizer que sua fama explodiu depois disse.

E havia seu parceiro, Arthur. Tal como Bram, um Pegasmon não era um digimon tão comum de se encontrar, e ainda que não fosse uma "beldade", Arthur era deslumbrante e conhecido principalmente por ser um cavalheiro. Sandra era sua fã. Achava-o lindo e chegava a perder o fôlego quando via fotos dele.Sua vontade de ter um Patamon de parceiro havia nascido graças a Arthur, e agora só aumentava. Queria ser otimista e acreditar que teria sorte. Não sabia nem o que faria se tivesse, na verdade. Desmaiar felicidade parecia uma boa opção.

Mas, por algum motivo, não estava com um bom pressentimento, nem otimista.

- Pessoal! Bom dia! Ou seria boa tarde? - Maria foi a primeira a se pronunciar, levantando a mão e acenando para as pessoas com o mesmo sorriso radiante de antes. Tinha um sotaque incrivelmente carregado - Todos devem estar cansados depois dessa prova, não? Mas deixe estar , que essa segunda parte será mais tranquila e vocês ainda poderão se divertir!

Exatamente como diziam, ela ainda usava palavras em sua língua materna. Sandra achava engraçado como os japonês ficavam sem reação diante daquelas palavras "bizarras". E como uma boa brasileira, achava graça das palavras portuguesas e aquele sotaque. Sua mãe era do interior, então algumas coisas não lhe eram estranhas, mas ainda não entendia 100%. Achava isso divertido.

- Pois! Provavelmente todos já tem noção das regras, mas vamos revê-las para ninguém chumbar por besteira, sim?

Nenhuma das moças fez questão de explicar o que raios significava "chumbar", e prosseguiram com as instruções como se não fosse nada. Liz tinha alguns papéis em mãos e deu uma rápida olhada neles antes de falar.

- Como sabem, todos serão levados para um local aleatório da rede especial da IDTA. Por causa da prova, acreditamos que o melhor por hoje seria dar o dia de folga para vocês descansarem. Por isso, não colocaremos nenhum dos itens especiais, não adianta procurar. - Diferente de Maria, Liz mantinha-se séria e objetiva. Era difícil de acreditar que as duas faziam parte do mesmo grupo - Vocês devem formar duplas, compostas por uma pessoa com um digimon e a outra sem, para se auxiliarem. Apenas caso falte ou sobre alguém que será permitido a formação de trios.

"A rede que vocês serão mandados é uma floresta em uma vale. Há uma pequena casa em uma das montanhas que rodeia o local. Esse ano, para passarem da segunda fase, é só chegar nessa casa no tempo de até 7 dias. O teste começa amanhã, às 7h30min da manhã e termina no domingo, à meia noite em ponto. Um dos objetivos aqui é ajudar quem não possui um digimon a encontrar o seu, mas não se foquem demais nisso. Lembrem-se de não quebrar as regras da IDTA, caso contrário sofrerão as consequências."

Sandra sentiu a espinha gelar com a forma que Liz havia dito aquilo. Ela pesquisou bastante e com cuidado para não se esquecer de nada que pudesse prejudicá-la ou, quem sabe, usar ao seu favor, então estava confiante que não faria nada de errado. Ainda assim, a praticamente ameaça de Liz a fez ficar com um pouco de medo. O pior é que o nervosismo estava a fazendo se esquecer da maioria das coisas que leu, pra não dizer tudo.

Pareceu um efeito geral. Sandra notou que um ar de tensão se formou com a esmagadora maioria dos participantes, exceto um rapaz loiro não muito longe do seu campo de visão. Por algum motivo, ele pareceu ainda mais confiante.

- Pois! Liz e eu somos instrutoras esse ano, mas também estamos vigiando qualquer um que faça algo errado. Por isso se comportem! - Ainda que Maria tivesse o mesmo sorriso de antes, isso não pareceu ajudar os vestibulandos a relaxarem - Pessoal, vocês tem até uma hora para formarem suas duplas e se registrarem com os Nanomons espalhados pelo campus. Eles também entregarão uma mochila para cada um com suprimentos. Boa sorte!

Os participantes deram uma dispersada, não demorando muito para irem se fragmentando em grupos cada vez menores. Sandra e Shouta ficaram parados ainda por um tempo, como se estivessem processando o que ouviram, mas principalmente para acalmar seus corações. Mesmo a garota, que já havia lido várias vezes as regras, precisou de um tempo para se recompor. Quem falou primeiro, para a surpresa dela, foi Shouta.

- Bem, acho que é isso. - Ele tentava parecer confiante, mas não estava sendo muito bem sucedido - Então, nos vemos daqui há sete dias?

- Podemos nos encontrar dentro da rede. Até onde lembro, não há nenhum problema nisso. - Esperou que isso ajudasse a animá-lo um pouco, e pareceu fazer efeito. O rapaz abriu um sorriso bem mais natural.

- Puxa! Não sabia! Legal! Então, vamos nos esforçar! Boa sorte.

Antes que ele tivesse chance se sair dali, Sandra o abraçou com força em um movimento rápido. Shouta levou um susto, e com certeza ficou vermelho, mas retribuiu o gesto.

- Boa sorte para você também, seu filhotinho.

- Ei! Como assim?!

Sem dar a chance dele protestar mais, a garota cutucou suas costelas, soltando uma risada da reação involuntária do rapaz e se apressou para procurar alguém para fazer dupla. Em uma espiada por cima dos ombros, viu uma garota de cabelos loiros, acompanhada de um Otamamon, se aproximando dele.


Já fazia um tempo que perdeu o amigo de vista, procurando alguém disponível, mas ver várias pessoas com o grupo formado e ninguém livre estava começando a deixá-la angustiada. A última coisa que Sandra queria era acabar precisando formar um trio com duas pessoas com digimon. Ok, esse era um quadro muito difícil de acontecer, , mas nossa cabeça sempre tende a ir pela pior hipótese. Sabia o quanto isso a deixaria nervosa e até insegura, afinal, se acabasse assim, poderiam preferir ignorar suas necessidades e apenas seguir para a montanha. Porém, um trio com apenas um digimon não parecia mais favorável. Tinha a impressão que isso atrasaria demais.

Tentou se concentrar em observar os arredores para não pensar nisso. Havia muitas pessoas com digimons que ela nunca viu antes, então usou isso ao seu favor para manter-se ocupada. Mas logo notava as duplas e a insegurança voltava. Praticamente todo mundo já parecia estar acertado, se registrado e pego as mochilas. Sandra precisou parar por um momento para se acalmar, respirando fundo várias vezes. Foi quando notou alguém sozinho.

Estava afastado do resto das pessoas, encostado em uma das árvores do local. Era um rapaz, e ela reconheceu o digimon ao seu lado como um Labramon. Com ânimos renovados, se apressou até os dois. O garoto não parecia estar prestando muita atenção nos outros, olhando para uma direção qualquer, então Sandra se controlou para ir mais devagar e não fazê-lo levar um susto.

- Com licença! - Falou antes de chegar perto demais, para alertá-lo se sua presença, com um sorriso simpático.

Quando ele virou para encará-la, Sandra congelou por alguns segundos e teve uma sincera vontade de dar um tapa no próprio rosto para ter certeza que não estava sonhando. Seja lá quem ele fosse, era bonito o suficiente para ela achar que era mentira. Tinha um porte sério, mas seu rosto de traços suaves contornava isso. Seus cabelos eram negros, bem lisos e um pouco longos, cobrindo seu olho direito e ainda caiam de leve sobre o esquerdo, dando-o um ar bem... Sensual. Sandra não era o tipo que caia por qualquer cara bonito por aí, mas aquele a deixou em choque e até nervosa. Esperava não estar ficando vermelha.

- "Oh, nossa! - Conseguiu se controlar para não dizer nada, mas em sua mente era livre para dar um pequeno surto. Não sabia como, mas conseguiu se recompor e continuou falando normalmente - Olá! Estou procurando alguém para formar dupla, mas parece que a maioria das pessoas já se resolveu. Você também não achou ninguém?

Acreditou ter soado suficientemente casual e tentou ser simpática, como sempre. Não achou ter dito nada de errado, mas o rapaz franziu as sobrancelhas, parecendo irritado.

- Tch. - Ouviu ele estalando a língua em irritação, ficando pasma.

Reviu o que acabou de dizer, e sabia que não disse nada que pudesse soar ofensivo ou algo assim. Por que ele parecia irritado? Não sabia como reagir diante daquilo, então acabou indo pela linha de raciocínio mais óbvio.

- Ahm... Desculpe, eu disse algo errado? Você já tem uma dupla então? - Era tudo o que vinha em sua mente, mas o rapaz não respondeu, apenas desviou o olhar, ainda irritado.

Ok, agora ela estava começando a ficar meio irritada. Sério, qual era o problema? O que havia dito? Pelo menos fale! Não custava nada! Provavelmente começou a fazer uma cara irritada também, e temendo o pior, o Labramon interviu.

- Ah, desculpe por isso! - Pela voz, fininha e fofa, Sandra notou que era uma menina. Ela se aproximou da garota com um olhar aflito - Por favor, não leve o Itsuki a mal. É que ele não é bom em lidar com garotas.

- Yuriko! - Ele falou pela primeira vez. Não ergueu muito a voz, mas o tom de repreensão era claro, porém a Labramon não pareceu se importar, provavelmente acostumada.

- Ora, vamos! Não tem problema nenhum dizer isso. Além disso, nós precisamos formar uma dupla, você sabe. Não podemos ficar recusando todo mundo!

Então ele já havia recebido propostas, mas recusou? Não era uma decisão muito sensata considerando a situação atual. Itsuki, como a Labramon o chamou, podia ter seus motivos, mas você precisa pesar as consequências. Ele parecia estar refletindo sobre isso, olhando para a digimon sem dizer nada. Sandra não sabia se devia, mas acabou falando.

- Olha, não sei sobre seus problemas, mas eu andei muito por aqui procurando gente e, acredite, acho que somos a única opção disponível um do outro agora. Se você quer passar da segunda fase, vai precisar ceder. - Não era bem assim que ela queria falar, mas as palavras não vieram direito em sua mente e saiu assim. Bem, achava que não tinha ido tão mal, pelo menos.

- Sim, ela tem razão! - A Labramon, Yuriko, concordou imediatamente. Foi possível notar que ela estava mais animada - Você estava tão determinado. Vai parar aqui por algo tão bobo?

Aquilo pareceu ser um estalo para ele. Sandra notou que ele pareceu segurar a barra da blusa com mais força antes de deixar a árvore. Caminhou até ela, ostentando o mesmo olhar sério de antes. Notou que ele era mais baixo do que parecia, e provavelmente ela mesma deveria ser mais alta, por alguns centímetros, não fosse os tênis que ele usava.

-Quero que fique bem claro que só estou fazendo isso por necessidade. Não chegue perto demais e não me toque. Só vou ajudar no necessário para passarmos dessa segunda fase, não espere que eu seja legal com você ou qualquer coisa assim. Não quero ser seu amigo nem nada do tipo, entendeu?

Ficou inicialmente chocada. Não conseguia acreditar que ele mandara isso logo de cara e, ainda por cima, de graça! Por Deus, ela não fez nada! Nem reparou em Yuriko quase surtando aflita ao lado dele, só sentiu o sangue ferver e subir a cabeça. Sandra teve uma vontade sincera de dar um tapa no rosto lindo daquele idiota, mas obviamente não o faria. Porém, ela não era do tipo que levava desaforo para casa e não se contentaria em simplesmente ficar quieta.

- Escuta aqui, "senhor cheio de pose". Não faço ideia de qual é o seu problema com mulher, mas primeiro: se você está me comparando a qualquer uma por aí, é melhor parar agora mesmo. Não é novidade que tem um monte de gente babaca espalhado pelo mundo, mas presumir que todo mundo é um babaca em potencial te torna ainda mais babaca. Segundo: estou tentando ser simpática e amigável e você vem me dar patada? Fique sabendo que eu vou devolver cada uma que você ousar pronunciar. Terceiro: faça o favor de entender a situação direito, sim? Não temos outra escolha se não aceitar que vamos precisar fazer dupla e, consequentemente, ficar juntos pelo próximos sete dias, muito provavelmente sozinhos excluindo nossos digimons, então o mínimo que podemos fazer é tentar manter uma relação boa e pacífica para que esses sete dias não sejam um pesadelo, pode ser? Não sei sua idade mas faça o favor de agir de acordo, e não como um moleque babaca.

Não havia percebido que estava falando sem tomar fôlego até sentir falta de ar e precisar parar para respirar. Ela ainda tinha vontade de falar mais coisa, mas o resto de seus pensamentos ainda estava revirado por causa da raiva e achou melhor não soltar qualquer coisa para não se arrepender depois.

Mas ao olhar as expressões quase em choque de Itsuki e Yuriko, julgou ter dito o suficiente e achou melhor parar por ali mesmo. Sentiu-se até satisfeita, e esperou para ver alguma reação. A Labramon foi a primeira a falar.

- Oh, nossa... Não sei de onde veio, mas eu gostei de você! - Um sorriso se alargou em sua carinha fofa, expondo seus dentinhos afiados.

Itsuki ficou surpreso com o que sua parceira dissera. Pareceu querer dizer algo, mas a cachorrinha não lhe deu chance.

- Acho que já sabe, mas meu nome é Yuriko. Foi o Itsuki quem escolheu. - Soltou um risinho feliz. Era notável que ela adorava seu nome. Notou que o rapaz desviou o olhar, cruzando os braços. Parecia uma criança emburrada - Ele é Itsuki Nohara, meu parceiro humano. Moça, qual o seu nome?

Sentindo que as coisas finalmente estavam caminhando de forma positiva, pelo menos um pouco, Sandra conseguiu sorrir de forma sincera. Se abaixou para cumprimentar a Labramon direito, segurando suas patinhas fofas.

- Meu nome é Cassandra Amoreira. É um nome um pouco grande, então podem me chamar só de Sandra que está ótimo! - Balançou as mãos enquanto segurava as patas dela, como um aperto de mãos - É um prazer, Yuriko! Você é uma graça! Já estou contente por tê-la no grupo. - Disse aquilo mais como um "teste", para ver como ele reagiria, mas não ouve resposta, então concluiu que a dupla estava formada.

Teve vontade de comentar sua surpresa ao saber que fora o rapaz quem escolheu aquele nome. Era normal um Tamer e um Digidestined darem nomes para seus parceiros, afinal era a melhor forma de diferenciá-los de outros digimons com a mesma designação. Mas "Yuriko" era um nome realmente bonito e fofo, e graças a má impressão que Itsuki havia passado, achava difícil imaginá-lo escolhendo-o.

Se levantou para cumprimentar o rapaz, que continuava na mesma pose de antes: braços cruzados e sem encará-la, em um ângulo que Sandra não conseguia ver seu rosto. Teve a impressão que era de propósito, mas depois do que acabara de falar, sentiu que desabafou e por isso não ficou irritada. E também havia Yuriko. Ainda estava com a cabeça um pouco quente. Achou que o melhor seria dar um tempo para os dois. Não tiveram o melhor começo, nem de longe.

- Tem um Nanomon aqui perto. Eu vou lá nos registrar, só preciso do seu número de inscrito.

- Ahm? Mas nós podemos ir juntos, não é melhor? - Yuriko protestou, parecendo um pouco insegura. A morena fez um carinho em sua cabeça.

- Aqui é um bom lugar para esperar até nos chamarem. Seria ruim se alguém aparecesse e pegasse. Além disso, quero comprar uma água. Vocês querem alguma coisa?

- Só água está ótimo. Pro Itsuki também, por favor.

Não precisou esperar muito pela reação do rapaz. Quando virou, ele já estava lhe estendendo um cartão contendo números e digimojis embaralhados de forma que os tornava praticamente impossíveis de ler. Pegou-o e se apressou até um Nanomon não muito longe, em cima de uma mesa com um laptop. Havia uma fila um pouco grande em sua frente.

Quando Sandra estava longe o suficiente para não ouvi-los, Yuriko soltou uma risada divertida e espontânea. Olhou para seu parceiro, que ainda se recusava a olhar para ela.

- Ela é bem impetuosa, não? Não estava esperando aquele tipo de reação, não é? Ficou muito chocado? Ou está morrendo de vergonha? Ou seria os dois? - Era óbvio que estava se divertindo com tudo aquilo. Mal era capaz de conter o sorriso em sua cara.

Itsuki demorou para, enfim, se virar e encarar sua parceira. Estava com as bochechas, o nariz e até as orelhas vermelhas, e a expressão um misto de confusão e irritação. Yuriko nem tentou segurar a risada.

- Pare de rir. Não tem graça! - Não ergueu a voz, e alguém que não o conhecesse provavelmente não teria notado a diferença de tom de quando falava normalmente, mas estava com sua parceira, e ela o conhecia muito bem - Quem ela pensa que é, pra falar desse jeito?!

- Você também não foi muito simpático. Ela tentou ser legal, mas você foi grosso.

- ... Ela não precisava ter respondido daquele jeito. - Bufou, ignorando o que a Labramon disse, mas sabia que ela tinha um ótimo ponto.

- Bem, talvez. Acho que ela poderia ter respondido de outro jeito, mas você também podia. - Itsuki gemeu diante de mais um ponto dela - No fundo, acho que os dois estão errados e os dois precisam pedir desculpas um pro outro. Mas conhecendo você, e pelo pouco que vi da Sandra, acho que vai levar um tempinho.

Dessa vez ele não respondeu. Parecia pensativo sobre o que Yuriko havia dito, mas não estava inclinado a ceder tão fácil. O pior era que, só de lembrar o que ela disse, sentia o rosto esquentar. Ele agia assim já há bastante tempo, mas era a primeira vez que alguém o enfrentava e, ainda, era a primeira vez sentia vergonha de sua atitude. Talvez porque nunca houvessem lhe dito que estava errado? Ah, que droga!

- Ei, Itsuki. - A digimon tinha um sorriso singelo em sua carinha, quase inocente - Por acaso você se apaixonou?

Ele ficou ainda mais vermelho em um instante, mas não reagiu mais que isso. Mexeu em sua franja, desviando o olhar da cachorrinha.

- N-não. É claro que não. Você sabe que eu não me apaixono a primeira vista! Não gosto disso!

- Que tal amor a primeira troca de insultos?

- Não!


Sandra voltou uns quinze minutos depois, com três águas e duas mochilas. Entregou uma para Itsuki junto com a água, devolvendo o cartão dele. Praticamente não conversaram mais, com exceção de dados momentos que Yuriko puxava assunto. Agora a garota já estava com a cabeça mais fria, e na verdade um pouco arrependida do que havia dito na hora da raiva. Queria pedir desculpas, talvez isso até ajudasse no clima, mas também queria que ele o fizesse. Afinal, foi Itsuki quem foi estúpido primeiro, e só foi grossa porque ele o fez. Por que tinha que pedir desculpas primeiro?

Mas sabia que pensar daquela forma era só uma desculpa para acabar não falando nada. E havia um certo receio de que isso desse uma brecha para ele ser estúpido de novo. Então acabou não dizendo nada. Suspeitava que também estivesse cansada da prova, ou melhor, que todos estivessem cansados e estressados, e isso provavelmente estava afetando sua forma de agir. Teriam o dia todo para se acalmar e, esperava, poder pedir desculpas adequadamente.

Os participantes foram chamados pouco depois para se reunirem próximos ao palco novamente. Não receberam novas instruções, apenas que seriam levados para a rede e lhe desejaram um bom descanso. Os telões brilharam, cada vez em uma intensidade maior. Por um momento cobriu todos ali presentes, com exceção das instrutoras, e no momento seguinte não havia mais ninguém ali.

Maria se espreguiçou com vontade e então se alongou.

- Pois! Agora está na hora de minha avaliação!

Liz notou o quanto sua companheira parecia ansiosa. O primeiro ano que elas cuidaram do evento não fora nada satisfatório, mas Maria havia dito que estava com um ótimo pressentimento dessa vez. Tomara que ela estivesse certa.
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Estas "des-aventuras" - Academia Empty Re: Estas "des-aventuras" - Academia

Mensagem por MidoriKyun Qua 27 Abr 2016, 8:37 pm

O clarão dos telões obrigou-os a cobrir os olhos. Em seguida, uma sensação vertiginosa de estar caindo de uma cachoeira sem fim fez suas cabeças rodarem até perderem os sentidos. Quando Sandra e Itsuki acordaram, estavam no meio de uma floresta. Olharam em volta tentando achar algo ou alguém, mas com exceção de Yuriko, estavam sozinhos.

Agora que finalmente estava ali, Sandra sentiu-se dominada por uma insegurança repentina. Antes, estava segura de que tudo ficaria certo e ela passaria, mas se vendo naquele lugar, no meio do nada, a fez ter noção de que já não tinha mais controle nenhum da situação. Não apenas isso, estava sozinha com um cara que nem conhecia. Esse detalhe nem havia passado por sua cabeça antes, considerando a correria de antes. Yuriko estava ali também, mas...

- Amoreira-san!

Sandra deu um pulo ao ouvir o rapaz a chamando. Estava tão compenetrada em seus pensamentos que nem havia notado a voz dele. Droga! Não era hora para ficar pensando essas coisas! Precisava parar de ficar viajando. Fez o melhor para se recompor.

- S-sim? Desculpe, estava distraída!

O japonês não pareceu aprovar aquilo e nem aceitar a desculpa, olhando-a com desaprovação, que Sandra retribuiu com um olhar irritado. Yuriko ficou em dúvida se ria ou os impedia de brigar, mas não precisou chegar a isso. Itsuki soltou um suspiro e apontou para a própria mochila.

- Vamos conferir os suprimentos antes de procurar um lugar para dormir. Assim vamos ter uma boa noção de como dividir nossos recursos. - Não foi possível identificar muita coisa de sua expressão. Ele só estava sério e sendo objetivo.

- É verdade. Boa ideia.

Ainda que o achasse meio babaca, Sandra não podia negar que ele tinha razão. Nem se lembraram de fazer isso antes, mas talvez fosse melhor conferir agora mesmo. Parecia o momento ideal para quebrar o clima.

Sentaram-se e começaram a retirar com cuidado todo o conteúdo das mochilas. Havia umas quatro mudas de roupas, o que foi um alívio de se constar, já que ficar sete dias usando a mesma roupa ninguém merece (imagine o cheiro!); um isqueiro; dois pacotes de fósforos; uma lanterna; e comida e água para, talvez, uns 5 dias de acordo com seus cálculos. Já que era o conteúdo individual de cada um, eles tinham tudo em dobro, mas também consideraram que tinham que dividir com Yuriko e, futuramente, com o digimon de Sandra.

- Parece que teremos problemas com comida. - O grupo havia ficado calado por um tempo ao constar aquilo, e Yuriko pareceu a única com coragem para verbalizar aquilo - Mas se racionarmos, pode ser que dê, não?

- Tenho minhas dúvidas. Se fosse só Amoreira-san e eu, talvez fosse possível, mas somos em três e, futuramente, quatro. Podemos tentar no começo, mas os últimos dias serão difíceis. - Itsuki parecia já conformado com a ideia, embora frustrado.

Sandra, porém, não estava completamente certa. Por que dar comida a menos? Se tinha algo que não faltava ao IDTA era recursos para pagar por aquilo. Não saía da sua cabeça que estavam deixando de pensar no mais óbvio, e como sempre, o óbvio é o mais difícil de se perceber, e isso estava a deixando frustrada. Deu uma espiada no japonês, e pode ver que ele estava intrigado também, mas por falta de pistas, nem falaram nada.

Recolheram suas coisas e decidiram explorar os arredores. Seu foco era encontrar algum lugar para dormir. Na última vez que olharam um relógio, era 16h da tarde ou algo assim. Podia-se dizer que ainda era cedo, mas não podiam se descuidar. Se fossem exigentes demais, podiam acabar só se perdendo e precisar dormir ao relento, o que não era uma boa ideia. Podia chover durante a noite, o que seria péssimo, e ainda haviam os digimons da área. Eles era de baixa periculosidade, e em geral pacíficos, mas nada garantia que a IDTA não iria mandar algo um pouco maior para desafiar os participantes.

Por isso, encontrar um lugar seguro para ficar era de prioridade máximo. Provavelmente teriam que achar outros lugares conforme fossem passando os dias, mas não queriam se preocupar com isso agora.

Um tempo de caminhada depois, ouviram o som de água. Apressaram o passo e logo encontraram um rio. Sua corrente era um pouco forte, mas sua margem parecia firme. Sandra fez um pequeno teste, mesmo a contra gosto de Itsuki, confirmando que não havia perigo em se aproximar.

Notou alguns peixes fugindo assim que viram sua sombra projetada na água. Isso deu um estalo. Olhou para as árvores e viu algumas frutas. Não estavam em todas as partes, mas era possível vê-las aqui e ali.

- Ah! Mas é claro! - Falou erguendo a voz sem querer, pegando a dupla desprevenida, que a olharam sem entender.

- O que é claro? - Itsuki perguntou, erguendo uma sobrancelha.

- Porque não nos deram comida para uma semana! Somos muito burros! - O rapaz não pareceu nada feliz com ela dizendo aquilo, ainda mais de forma tão espontânea. Sandra não se deu conta disso e nem deu brecha para ele dizer algo - Há peixes no rio e temos frutas nas árvores. Não precisamos nos preocupar tanto com comida, porque ela está por toda a parte aqui!

A resolução daquele pequeno problema inicial a animou bastante. Os outros dois pareceram surpresos ao constatar que era verdade. Itsuki chegou a se aproximar do rio para ver os peixes, que não faltavam em nada, e então olhou ao redor, notando as frutas.

- Tem razão. Isso é ótimo. - Apesar de parecer tentar continuar sério, estava bem claro que ele estava aliviado - Nesse caso, vamos guardar a comida que nos deram. Pode ser útil em uma situação de emergência, caso porventura acabemos não encontrando nada.

Inicialmente a garota não concordou muito, afinal parecia um quadro difícil de acontecer diante daquele ambiente tão abundante. Mas com uma reflexão rápida logo concluiu que, de fato, o melhor era ser precavido. Não conheciam o terreno, não faziam ideia do que podia aparecer na frente deles mais para frente.

- Sim, concordo. Cautela nunca é demais.

Concordaram em seguir o rio. Era difícil prever onde ele acabaria, mas parecia melhor do que andar a esmo. As árvores eram altas, dificultando a visão, então era impossível identificar morros ou outras coisas. Além disso, os galhos ficavam bem acima do que eles alcançavam. Talvez se usassem um ao outro de apoio conseguissem, mas a possibilidade nem passou por suas cabeças.

A única coisa que conseguiam ver eram as montanhas que rodeavam o vale, e nem isso podiam muito bem. Dependendo do ângulo que andavam, novamente, as árvores cobriam seu campo de visão. Sandra chegou a pensar se ir para uma delas não seria uma opção, mas logo desistiu da ideia. Dependendo de onde fosse a casa que precisavam chegar, isso poderia deixá-los mais longe de seu objetivo. Mais perto também, mas isso era uma questão de sorte, e achava que o melhor seria não arriscar.

Se concentraram ao olhar ao redor, tentando achar qualquer coisa que parecesse promissora. Não viram nada que pudesse ser de dica para um esconderijo, mas notaram as águas tomando mais força, as árvores ficando mais curvas e o céu começando a mudar de tonalidade, de azul para rosa e um pouco vermelho. Sandra costumava gostar do pôr do sol, mas agora aquilo a deixou preocupada. Estavam andando há bastante tempo e não achavam nada.

- Talvez seja melhor pararmos de seguir o rio. - Itsuki falou de repente, parando de andar. A garota parou também, por reflexo - Não está nos levando a lugar nenhum, e se continuar assim vai anoitecer sem pista de algum esconderijo.

Ele tinha razão, de novo. Nenhum dos dois queria correr o risco de ficarem desprotegidos, mas Sandra também estava preocupada com a comida. E não apenas isso, o rio era praticamente o único guia que eles tinham. Talvez fosse arriscado justamente deixá-lo.

- Olha, eu sei que não estamos indo muito bem, mas acho que vale a pena dar uma arriscada, pelo menos nesse primeiro dia. Estamos abastecido, mas é sempre bom ficar perto de água fresca. Além disso, nada garante que, se formos pela floresta, acharemos algo.

- Eu sei. - Ele a interrompeu, com um suspiro longo. Sandra detestava ser interrompida e ficou nervosa, mas preferiu ouvir o que ele tinha a dizer - Se continuarmos seguindo o rio, pelo menos teremos acesso garantido a água e aos peixes. Sei disso. Mas podemos não achar nada também se continuarmos. Não há nenhum sinal de que vá chover, mas estou preocupado caso apareça algum digimon agressivo.

Ambos tinham um ponto. Não havia como decidir aquilo de uma forma certa. Teriam que pesar e decidir pro si mesmos.

- Sim, isso é verdade. Mas será que eles fariam isso logo no primeiro dia? E ainda disseram que hoje seria nossa folga. Será que não podemos abaixar a guarda só um pouco? - Não via porque não dar crédito ao que Liz e Maria havia dito no campus, até porque não fazia sentido dar o dia de folga mais mandar um digimon para lutarem.

- Talvez elas tenham dito justamente para ficarmos de guarda baixa.

Aquilo não estava levando a lugar nenhum, e os dois perceberam isso. Se continuassem assim, acabaria anoitecendo e ainda estariam discutindo. Não era uma situação fácil, afinal ambos os lados tinham seus pontos positivos e negativos, mas ainda assim nada garantia que chegariam à algum lugar. E também, a verdade era que nenhum dos dois queriam voltar atrás em seu palpite, o que só piorava a situação.

Yuriko não sabia de Sandra, mas ela conhecia bem o suficiente seu parceiro para saber que era assim que ele pensava. Ficou aflita, sem saber o que fazer ou dizer. Ela concordava com Sandra, afinal ter acesso a água e comida era sempre bom, mas também concordava com Itsuki, que podia valer a pena arriscar olhar em volta. Basicamente, ela não ajudava muito.

Ainda estavam nesse impasse quando ouviram um barulho alto vindo do rio. Era o grito de alguém! Algo vinha com a corrente, se debatendo na água, lutando para ficar com a cabeça fora para respirar. A figura pequena passou rápido pelo trio, mas Sandra correu para alcançá-la novamente, sendo seguida por Yuriko e Itsuki, que soltou uma exclamação irritada.

Com algum esforço conseguiram ficar pouco atrás do pequeno. Era um Tokomon. Ele notou o grupo e agora gritava por ajuda para eles. Às vezes afundava com a força da água, o que fazia o coração da garota falhar uma batida, mas ele voltava a superfície com cada vez mais dificuldade.

- Precisamos fazer alguma coisa! - Ela disse com urgência, olhando de Itsuki para o digimon e vice-versa, angustiada e apressada.

- A correnteza está mais forte e o som mais alto. Deve ter uma cachoeira mais a frente. - Yuriko parecia igualmente aflita, e sua constatação definitivamente não havia ajudado em nada.

- Precisamos pensar em algum plano. Deve ter algo que possamos usar. - Itsuki parecia o único mais controlado ali. Quase chegou a diminuir o ritmo da corrida enquanto pensava e olhava ao redor em busca de algo que parecesse útil.

- Não temos tempo para um plano! Precisamos fazer algo agora, se não, ou ele morre pra cachoeira ou afogado! - Em contrapartida, Sandra era a mais exaltada, chegando a erguer a voz mais do que o necessário.

O rosto do rapaz se contorceu de raiva.

- Eu sei! Mas não podemos agir de forma imprudente! Se não-

O Tokomon foi puxado mais uma vez para dentro da água, e não subiu. Algumas bolhas subiram a superfície. Os três quase pararam de correr, atônitos. Mais bolhas subiram, e o pequeno finalmente emergiu, ofegante e cansado, quase não conseguindo mais se debater, o que já não era fácil considerando suas patinhas.

- Ah! Não posso simplesmente ficar sem fazer nada!

Sandra parou, jogou sua mochila no chão, tirou seus tênis e meias e pulou na água, nadando com velocidade até o Tokomon. Yuriko gritou apavorada. Itsuki ficou pasmo, quase chocado, mas não tinha tempo pra isso e logo voltou a si.

- Não! Sua idiota! Você é maluca?! - Gritou - Agora vamos ter que tirar vocês dois daí!

A garota ignorou os dois, concentrando-se em chegar até o pequeno. Por sorte, havia feito muitos anos de natação no Brasil, então sabia nadar com velocidade, mas não praticava desde que fora para o Japão, então estava obviamente enferrujada. Conseguiu pegar o Tokomon, segurando-o com firmeza perto de si e fora da água para que pudesse respirar e descansar.

- Amoreira-san! A cachoeira!

Não tinha uma boa visão por causa da água, mas não precisava ser um gênio para entender o que ele queria dizer. Sandra sentiu as forças de seu corpo sumirem por um instante. Sua mente ficou em branco diante da ideia do perigo iminente. Quase chegou a esquecer como nadar, e até os gritos de Yuriko e Itsuki não pareciam chegar aos seus ouvidos, sendo cada vez mais superados pelo som das águas.

Chegou a se perguntar se acabaria daquele jeito, sem ter tido a oportunidade de investigar ou mesmo fazer metades das coisas que queria em vida, mas...

- Cassandra!!

Uma voz desconhecida soou perto, seguida pelo som de algo, ou alguém, pulando na água. Itsuki teve tempo de gritar "mais um não!" antes de notar o que quer que fosse nadando rapidamente até a garota. Aquilo a alcançou com folga antes de chegarem perto da queda d'água. Nem foi preciso ele pedir para ela se segurar, bastou chegar perto que o primeiro reflexo de Sandra foi agarrar, o que pareceu, espinhos dorsais.

Sentindo a firmeza do agarrão, seu salvador nadou, tão rápido quanto fez para alcançar a garota, para a margem que estava a outra dupla. Itsuki ajudou-a a sair da água enquanto Yuriko ajudava o outro, que na verdade não precisou, subindo naturalmente para a segurança da terra firme.

- Sandra, tudo bem? - Yuriko foi a primeira a perguntar, preocupada, com suas patinhas no peito, como se para controlar o coração acelerado.

Apesar de cansada, conseguiu alargar um sorriso.

- Estou bem, sim. Não se preocupe. Foi até refrescante. - Esperou que aquilo ajudasse a amenizar o clima, o que não aconteceu.

- Bem nada! Você é louca por acaso?! - Itsuki esbravejou, erguendo a voz. Isso assustou a cachorrinha, mostrando que isso não era normal - O que estava pensando? É maluquice! Você podia ter se machucado gravemente! Isso foi precipitado e irresponsável!

Dessa vez, acabou abaixando a cabeça diante das palavras dele. Ele tinha razão em tudo. Havia sido muito perigoso, e se não fosse seu salvador, as coisas poderiam ter acabado na pior. Mas...

- Eu sei disso. Sei que foi perigoso. Sabia disso quando pulei no rio, só não tinha a noção total da gravidade. Mas se eu não tivesse pulado, o que teria acontecido ao Tokomon? Ele podia ter se afogado primeiro. Ou pior, poderíamos ter ficado pensando em um plano até agora, e vê-lo despencar na cachoeira. - Estava cansada demais para se levantar, mas ostentou da melhor forma que pode seu olhar, não hesitando - Eu sei que fui precipitada e até irresponsável, mas não suporto a ideia de pensar demais e acabar não fazendo nada.

Itsuki ficou genuinamente surpreso ao ouvir aquilo. Ele nunca parou para pensar daquele ponto de vista, e a aquela ideia o atingiu como um tapa na cara. Sentiu-se um pouco envergonhado, mas também não recuou.

- Só agir e não pensar também não é, nem de longe, a melhor opção. Você podia ter se machucado se não tivesse sido salva!

E novamente, cada um tinha seu ponto. Cada um com seus lados, os deixando em um impasse mais uma vez. Ou quase.

- Mas nenhuma das duas coisas parece certo.

Assustados, viraram para  a voz desconhecida. Era o digimon que acabara de salvar Sandra, um Gizamon. Ele olhava os dois de forma pensativa.

- Pensar demais não é bom porque você pode acabar não fazendo nada. Mas agir sem pensar também não é bom, porque pode acontecer algo ruim sem você pensar. Não tem como fazer as duas coisas ao mesmo tempo? - Ele indagou, inocentemente.

Os dois humanos pareceram chocados com aquela constatação na verdade simples, mas que seus gênios e também o orgulho não os permitia admitir. Os dois se olharam, envergonhados. Agora estavam se sentindo idiotas por ficarem discordando o tempo todo e não quererem ceder em nenhum momento. Definitivamente não era uma atitude madura e muito menos sensata, ainda mais na situação em que estavam. Ainda assim, não pediram desculpas, agora envergonhados demais por perceberem o quanto estavam sendo infantis.

Querendo disfarçar, mas também aproveitando que havia se esquecido completamente de seu salvador e do pequeno Tokomon, voltou-se para os dois. O menor já havia retomado o fôlego e parecia bem, embora estivesse claro por sua carinha que estava exausto. Já o Gizamon tinha um grande sorriso em sua cara anfíbia. Sandra não conteve uma risada leve e aliviada.

- Que bom que você está bem, Tokomon!

- Sim! Muito obrigado, moça! - Ele tinha um sorriso meigo e animado, balançando seu rabinho e suas anteninhas. Era tão fofinho! Ela quis abraçá-lo, mas se segurou. Seu sorriso ficou sem jeito.

- Bem, na verdade eu acabei precisando de resgate também. Muito obrigada por ter nos salvado, Gizamon.

Não achou que o sapo pudesse parecer mais feliz, mas ele realmente pareceu. Seus olhos azuis até brilharam.

- Claro! A qualquer momento por você, Cassandra! - Ele se aproximou sem fazer cerimônia, colocando suas patas sobre as pernas da garota, querendo ficar mais perto.

A reação automática dela foi se afastar de leve, mas deixou ele se aproximar, chegando até a segurar suas patinhas. Aquilo a pegou de surpresa, mas o que realmente a surpreendeu foi...

- Espera. Como você sabe meu nome?

A reação de surpresa foi geral quando se deram conta disso. Estavam todos tão exaltados que esse detalhe havia passado despercebido. Era verdade. Antes de pular na água, ele também havia gritado por ela. O Gizamon riu contente.

- É que eu estava te esperando! Eu nasci não faz muito tempo, mas sempre soube que estava te esperando, Cassandra! - Ele falava como se fosse a coisa mais natural do mundo, com aquele grande sorriso na cara.

- Me esperando? - Não apenas a garota, mas todos pareceram confusos por um momento, até os olhos de Itsuki brilharem com o entendimento.

- Por acaso, então você é o parceiro da Amoreira-san?

A constatação deixou-a quase em choque. Por um momento, estava pensando que seu digimon deveria ser o Tokomon, e por isso ele surgiu diante deles daquela forma. Uma luz fraca surgiu entre sua mão e a pata do Gizamon. Sentiu um peso nela, e quando a puxou, a luz já sumindo, um D-3 preto e amarelo havia se materializado. Até alguns instantes, estava com esperanças, mas o Digivice não mentia. Ela havia encontrado seu parceiro, e estava muito longe de ser o que ela esperada.

Com a aparição do aparelho, o anfíbio pareceu ainda mais contente, como se fosse a confirmação que ele estava esperando. Pulou no colo de Sandra, esfregando sua cabeça na bochecha dela, tomando cuidado com seus espinhos para não machucá-la sem querer.

A garota não soube como reagir. Na verdade ela estava se sentindo frustrada. Não havia tido um dia nada fácil: acordou em cima da hora, tomou um café da manhã que nem deu pro cheiro, precisou fazer a prova morrendo de fome, Shouta demorou pra sair e isso atrasou seu almoço, teve um péssimo começo com sua dupla da segunda fase, eles discordaram o caminho todo e agora estava toda molhada e cansada. Parecia que o surgimento daquele Tokomon era só para iludi-la, fazendo ter esperanças de que seu pequeno sonho de ter, talvez, um Pegasmon de parceiro teria uma chance de acontecer. Mas não. Seu parceiro era um sapo amarelo, com pelos laranjas e espinhos dorsais enormes.

Aquilo havia sido como um soco no estômago, e a desanimou de verdade, mas sabia que o Gizamon não tinha culpa nenhuma. Pelo contrário, ele veio correndo para salvá-la, e ainda estava tão feliz por tê-la encontrado... Não tinha coragem nenhum de ousar fazer algo que pudesse magoá-lo.

O abraçou de leve, um pouco incerta. Não esperava que os pelos dele fossem tão macios, mesmo molhados, o que foi uma sensação boa. Ele imitou o gesto, nunca parando de sorrir.

- Você é tão quentinha!

- Falando em calor... - Yuriko interrompeu, acanhada - Já está ficando escuro. Não é melhor montar um acampamento?

Não tinham se dado conta, mas era verdade. Ainda havia um pouco de luz do sol, mas não demoraria para sumir entre as montanhas. Itsuki estalou a língua, irritado.

- Perdemos muito tempo aqui! Precisamos sair e achar um lugar para dormir! - Se apressou em dizer, tentando instigar a garota a se levantar, não obtendo muito sucesso.

- Não podemos acampar aqui? - Diante da careta dele, ela continuou - Desculpe, eu sei que pode ser perigoso, mas estou morta de cansaço.

- M-morta? Você se machucou, Cassandra? - Gizamon quase pulou, alarmado, mas Yuriko deu alguns tapinhas em seu ombro.

- É só forma de falar. - Explicou pacientemente.

Sandra esperou que Itsuki fosse falar sobre ela ter pulado no rio sem pensar, o que não aconteceu. Acabou o encarando, estranhando e curiosa. Viu ele mexer na franja, sem graça. O sol já havia praticamente sumido, mais ela podia jurar que ele estava vermelho.

- Se vocês precisam de um lugar para dormir, eu conheço um! - O Tokomon anunciou alegre, subiu pelas costas de Gizamon, para ficar em uma altura melhor para falar com a garota ainda sentada.

Mesmo cansada, ela imediatamente ficou de pé, levantando seu digimon junto com considerável facilidade, considerando seu tamanho.

- Oh! Como você é forte, Cassandra! - Ele estava genuinamente surpreso e parecia ter gostado de estar no colo dela.

- Você pode nos levar lá então, por favor?! - Ela pediu, recobrando seu ânimo.

- É claro! É o mínimo que posso fazer para agradecer vocês!

Eles então seguiram o pequeno, pegando a mochila, tênis e meias de Sandra no caminho. Precisaram voltar uma parte do caminho que fizeram, o que a princípio fez voltar o desânimo do trio inicial. Sandra até soltou o Gizamon, não aguentando carregá-lo mais

Por sorte, o lugar não era muito longe. Entraram um pouco na mata, precisando afastar algumas folhas. Algumas árvores começavam a ter raízes maiores, que saíam da terra e pareciam formar caminhos sem rumo. Gizamon pareceu gostar daquilo, e pulou sobre algumas delas, mas ao perceber qualquer afastamento excessivo, voltava apressado para o lado de Sandra.

Ela talvez achasse aquilo bonitinho, mas estava começando a sentir o corpo pedir por uma boa noite de sono e nada mais, fazendo-a apenas ignorar e seguir em frente.

- É aqui!

O Tokomon parou frente a uma árvore. Era pouco maior que as outras, com a parte inferior mais grossa e suas raízes mais espessas e longas, erguendo seu tronco acima do chão e circulando quase por todos os lados, como se fossem paredes. A única "entrada" era  a parte da frente que o pequeno apontava.

- É um pouco pequeno, mas é confortável!

Ao se aproximarem para olhar, puderam ver que ele dizia a verdade. Precisariam se espremer um pouco para caberem todos ali. Bom, pelo menos isso os manteria aquecidos, e notaram que isso provavelmente seria bom, pois estava começando a esfriar. Sandra esfregou os braços, sentindo o frio agravado graças a suas roupas molhadas. Itsuki percebeu.

- Yuriko e eu vamos pegar lenha para fazer uma fogueira. Aproveite e se troque antes que fique doente.

Não deu tempo dela respondê-lo, já saindo com a Labramon o acompanhando. Notou quando, mais a frente, ele ascendeu a lanterna, e julgou uma distância segura para se trocar. Era ótimo que a IDTA fosse atenciosa, tendo mochilas separadas para garotos e garotas, contendo até roupas íntimas extras. Havia calça e short, blusa de manga curta e longa, todas em azul claro. Sandra preferiu as peças longas para se aquecer logo, se trocando apressada para não correr o risco de ser pega por Itsuki sem querer.

- Cassandra! - Gizamon a chamou, observando-a curioso.

- Pode me chamar de Sandra. - Falou sem muita emoção, só querendo dormir, sentimento este não compartilhado pelo digimon.

- Sandra?! Tá! Entendi! Sandra! Hehe! - Ele realmente não fazia a menor questão de esconder que estava feliz - Sandra, porque o Itsuki chamou aquela Labramon de Yuriko?

- É que existem muitos digimons do mesmo tipo. Seria confuso continuar chamando pelo nome normal, então damos apelidos quando conseguimos um parceiro. Bem, também acho que cria mais intimidade.

- Oh! Não sabia!! Então, você vai me dar um apelido também? - Os olhos dele brilharam de empolgação.

Era verdade. Precisava pensar em um nome para ele. Até tinha um em mente, mas era o que estava esperando dar para o Tokomon ou Patamon que tinha esperanças de conseguir como parceiro. Até cogitou dar o mesmo para o Gizamon, mas estava cansada e frustrada demais para querer decidir alguma coisa.

- Amanhã eu penso em algum. Assim do nada é difícil lembrar de um bom. - Mentiu, não ligando muito pra isso, pelo menos por enquanto.

- Tá! Eu vou esperar ansioso!

Ele estava tão feliz em tê-la como parceira que Sandra provavelmente se sentiria culpada por tratá-lo com tanto descaso, mesmo se esforçando para não magoá-lo. E estava precisando de muita força de vontade pra isso. Não estava nem ligando se a árvore era apertada. Ela provavelmente iria capotar.

Itsuki e Yuriko voltaram pouco depois,não apenas com galhos para a fogueira, mas também algumas frutas. Reconheceu uma que se parecia com um cacho de bananas, mas não conhecia a outra, similar a uma maçã verde, só que maior. Quem a reconheceu foi o rapaz, dizendo ser uma Maçã de Carne. Sandra quase fez uma piada, mas não estava com vontade. Parecia que, quando assadas, elas ficavam com gosto de diversos tipos de carnes. Não fazia ideia de como isso era possível, mas estava começando a gostar do Digital World.

Acenderam o fogo e colocaram as maçãs para assar. Acabaram não falando nada durante esse tempo, sendo mais é bombardeados por perguntas do Gizamon sobre um monte de coisas, sobre eles, sobre o mundo humano, etc. Ele não parava nem de boca cheia, mas Sandra deu uma bronca, e ele imediatamente passou a mastigar bem e engolir antes de falar.

Forraram o chão de dentro da árvore com algumas folhas, fazendo umas duas camadas, cobrindo toda a terra. Os digimons, Yuriko e Gizamon, foram os primeiros a entrar, assim os humanos conseguiriam se ajeitar melhor. O Tokomon deitou junto com a Labramon, ficando bem quentinho graças aos pelos macios dela. Sandra e Itsuki conseguiam entrar, embora suas pernas acabassem se enroscando um pouco, o que deixava o rapaz particularmente constrangido, e eles precisavam deitar sobre seus digimons para, enfim, ficarem em uma posição confortável.

O Gizamon acabou dormindo rápido, superando as expectativas, assim como Yuriko. Embora estivesse cansada, Sandra não dormiu de imediato, a contragosto, porque lembrou que ainda precisava fazer algo.

Itsuki estava deitado sobre Yuriko, de olhos fechados, então não era possível saber se estava mesmo dormindo sou só tentando. Preferiu arriscar, e cutucou o ombro dele, que reagiu imediatamente, abrindo os olhos e a encarando, embora de forma preguiçosa.

- O que foi? - Perguntou sonolento.

Ele ficou o dia inteiro tão sério, que vê-lo assim agora era até engraçado. Engraçado e fofo, mas Sandra não estava com vontade de rir.

- Só queria conversar. É rápido, prometo. Acredite, não vejo a hora de pregar o olho. - Aquilo estava tão na cara que nem precisava falar.

Eles se sentaram para conversar melhor. A fogueira ainda estava acesa, perto da entrada mas a uma distância segura, então podiam ver claramente o rosto um do outro. Os olhos de Sandra lutavam para ficarem abertos, mas ela teimava com bravura em encará-lo.

- Eu só... - Hesitou, sem jeito, mas tomou coragem- Só queria pedir desculpas por hoje. Pelo dia todo, sabe? Eu não dormi bem por causa da ansiedade da prova, e ainda a fiz sem ter comido praticamente nada, e ainda atrasei para almoçar, então estava estressada de manhã. Mas eu sei que, se quisesse, eu podia ter me segurado e te respondido diferente àquela hora, na praça.

Pegou uma das mexas de seu cabelo, quase secas, e começou a enrolar a ponta, definindo mais o formato do cacho. Estava envergonhada demais para notar que Itsuki reparou nisso e observou o gesto por um momento.

- E também depois que viemos pra cá. Fiquei insistindo só no que eu queria, e mesmo entendendo seu lado eu insistia só por teimosia e por ter ficado irritada com a conversa na praça. Em vez de tentar dialogar direito eu só fiquei na defensiva... Desculpe.

Ele não respondeu logo, revisando entre encará-la e rápidas olhadas na mão enrolando o cacho. Só notou que estava fazendo isso involuntariamente quando Sandra, suspeitando um pouco, parou com o gesto. Virou para uma direção qualquer por um instante, parecendo tomar fôlego (ou seria coragem?) para falar.

- A verdade é que... - Também hesitou por um momento, encabulado - Eu também preciso te pedir desculpas. Você tentou ser amigável, e eu respondi de forma desproporcionalmente grosseira. Não precisava fazer aquilo. Talvez eu tenha merecido ouvir aquelas palavras.

Parou de falar por um momento. Sandra notou que ele estava ficando mais vermelho, o que não era difícil considerando a pele pálida.

- E também sobre o resto do dia. Como você disse, também entendia seu lado, mas estava irritado e não queria ceder... Bem como disse. Me desculpe.

Enquanto falava, desviava o olhar cada vez mais, ao ponto de terminar sem saber como ela estava. Não sabia o que esperar depois disso, mas definitivamente não era uma risada. Baixinha, mas ele podia ouvir bem. Sandra tinha um sorriso divertido nos lábios.

- Somos dois bobos orgulhosos e teimosos. - Constatou. Ainda achava aquilo engraçado, mas estava sem força até pra isso. Nem sabia como soltara a última -  Precisamos mudar isso ou não vamos sair do lugar.

- Sim, tem razão. - Ele hesitou mais uma vez, respirando fundo, deixando-a curiosa sobre o que seria. Pensou que já haviam se resolvido - Bem, isso tudo começou por minha culpa. Então, sinta-se livre para pedir algo para compensar. Por favor, não faça cerimônia.

Sandra quase disse que não precisava, mas o "não faça cerimônia" a deu tantas ideias que não conseguiria resistir. E já sabia o que queria.

- Se é assim, então vou te pedir duas coisas. - Disse erguendo dois dedos. Itsuki a olhou sério, prestando atenção - Primeiro, pare de me chamar de Amoreira-san. Sei que é costume aqui, mas soa estranho, e eu realmente gosto do meu nome e do meu apelido. Então me chame de Sandra.

Notou a hesitação nele, o que foi bonitinho, e depois de um momento que pareceu de profunda reflexão, ele soltou:

- A-acho uma exigência justa... Sandra... -san.

É, já era um começo. No Japão, só se chama alguém pelo primeiro nome quando se tem certa intimidade. Não era o caso dos dois, mas era essa a graça que Sandra via nisso. Seria melhor sem um honorífico, mas estava de bom tamanho.

- Agora o segundo. Não chegamos nem a nos cumprimentar direito quando nos apresentamos, então eu quero algo adequado. - Itsuki ficou claramente aliviado ao ver que era algo menos vergonhoso, ou pelo menos era o que ele achava - Mas eu quero que seja como na minha terra natal, o Brasil.

Itsuki imediatamente deu uma travada, pego de surpresa, mas acabou relaxando logo.

- Entendi. Então seria com um aperto de mão, certo?

Chegou a estender a mão, mas Sandra negou, não segurando o sorriso divertido.

- Não. Nós nos cumprimentamos com um abraço. - E completou estendendo ambos os braços na direção do rapaz.

Aquilo era mentira, embora não totalmente. Não era estranho abraçar quando se cumprimenta alguém, mas certamente não se faria isso com alguém que acaba de conhecer. Mas Sandra não queria desperdiçar aquela oportunidade. Não só porque era divertido, mas não imaginava qualquer outra oportunidade que teria para ser abraçava por um cara tão bonito. E não faria mal a ninguém, certo?

Levou alguns segundos para ele processar o pedido. Olhou para os braços dela e então seu rosto foi dominado por um tom rubro intenso.

- M-mas isso... - Tentou protestar, mas ela o olhou com um biquinho.

- Ora, vamos. Não custa nada e nem machuca. É só um abraço.

Apesar de arrependido de ter dito "não faça cerimônia", agora não podia voltar a trás, afinal, ele mesmo se propôs a isso. Estava pensando desde o jantar, mas achava que realmente estava devendo algo para ela depois de tudo. Sandra teve coragem de se desculpar primeiro, e só agora estava tendo noção de que não era tão fácil quanto parecia.

Olhou para ela, com os braços estendidos, esperando pacientemente. Ou quase. Dava pra ver seus olhos fecharem e ela até cambalear um pouco, mas se esforçando para manter-se erguida. Não entendia qual o propósito daquilo, mas tinha que admitir que ela era determinada (ou apenas muito teimosa).

Hesitou, e muito. Não estava nada habituado a esse tipo de proximidade e, na verdade, não sabia o que fazer. Mas não precisou pensar muito. Bastou chegar perto o suficiente para Sandra abraçá-lo, envolvendo seu pescoço com firmeza. Itsuki quase pulou de onde estava e imediatamente travou. Yuriko se remexeu de leve, fazendo-o sentir um frio na barriga. Não queria que a cachorrinha o visse agora.

Não reagiu, ficando parado como uma estátua. Sandra não fez questão de se mover. Na verdade, ficar assim estava a fazendo cochilar de leve, chegando a tombar a cabeça, por vezes no ombro de Itsuki, que levava um susto sempre que acontecia. Não sabia que tipo de reação estava esperando, mas o rapaz nem a afastada. Talvez estivesse chocado demais para isso.

Julgou que já havia sido o suficiente, e também não aguentava mais ficar acordada. Então se afastou dele ela mesma, desejando uma boa noite de fora breve para um Itsuki vermelho como a cara de um tengu. Nem reparou se ele se deitou ou não.

Deitou sobre o Gizamon novamente. O sentimento de leve decepção que esquecera há pouco voltou, embora já estivesse mais acostumada com a ideia. Ainda assim, dormiu com um gosto amargo na boca, mesmo se sentindo mal por não conseguir valorizá-lo.


- Yuriko, o nome da Labramon, é escrito em hiragana (ゆりこ). "Yuri" quer dizer "lírio", enquanto "ko" é "criança";

- Para quem talvez não saiba: isso é um tengu;

- Só pela curiosidade, caso alguém queira saber como é o D-3 da Sandra:
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Mensagem por Convidado Qui 28 Abr 2016, 9:32 am

Olá Midori antes de tudo fico extremamente feliz que você tenha publicado o segundo capitulo da sua fanfic . Não se preocupe quanto ao fato de ter tido que dividi-la em duas partes isso é perfeitamente admissível com capítulos muito grandes . Sobre o capitulo eu achei legal a prova para escolher seu parceiro Digimon . Achei interessante as duas instrutoras e seus Digimon .

Fico imaginando quem em sã consciência iria querer ser a parceira de um Digimon Lorde Vampiro igual Bram o Vamdemon / Myotismon de Liz a ex-modelo instrutora do IDTA . Mas ai eu me recordo dos filmes de Drácula e de como as mulheres se derretiam todas pelo " nobre das trevas " e o consideravam " charmoso " e até mesmo " sexy " e me recordo que muitas pessoas consideram Vampiros um tipo de criaturas extremamente sensuais e galantes . Esta ai " Entrevista com o Vampiro " . " A Rainha dos Condenados " , " Drácula de Bram Stoker " ( olha ai a fonte do nome do Digimon ) que não me deixam mentir .

Eu só espero que no nível Mega ele não seja um " Digimon Cruz-Credo " como VenomMyotismon ou BelialVamdemon se for para darem um Mega para ele por favor que seja um mega majestoso .

Já Maria e Arthur seu Pegasumon me pareceram muito legais . Também adoro Pegasusmon é um dos Meus Digimon favoritos . E oras pois uma Portuguesa ? Já estava na hora de um Tamer ou Digiescolhido assim nas fanfics . Eu me recordo da nossa adorada Rayana_Wolfer que mora em Coimbra Portugal que é um membro clássico de todas as encarnações da Digimon Forever e uma das pessoas mais inteligentes que eu conheci então fico feliz com isso .Se fosse para eu dar uma evolução para ele seria algo como este Digimon :

Unicoramon

Estas "des-aventuras" - Academia Efraim_teh_unicoramon_by_merlen

http://www.deviantart.com/art/Efraim-teh-Unicoramon-45549699

Porém acredito que você já deve ter bem planejada a linha de evolução desses dois então não se importe com minhas sugestões Midori pois sei que com certeza você fara muito melhor .

Mas confesso que fiquei preocupado quando uma das duas disparou : " Lembrem-se de não quebrar as regras da IDTA, caso contrário sofrerão as consequências." Que tipo de professores faz " ameaças " aos alunos ? Sobre o episódio achei como sempre Sandra e Shouta muito legais . Midori tem uma coisa que não sei se você reparou mas a dieta básica dos japoneses é bem diferente da nossa . Eles comem coisas como o " Takoyaki " o " croquete de polvo " feito com polvo , maionese , farinha de trigo , maizena , Hondashi  (é um tempero para peixe que se compra na parte de comida oriental do mercado) Alga verde , ovos e molho shoyo.

A culinária do Japão é tratada como arte, seja pela forma de misturar os ingredientes, seja pela apresentação dos pratos. Desde 2013, a culinária tradicional japonesa passou a ser considerada Patrimônio Cultural Intangível da Humanidade pela UNESCO . Na base da gastronomia está o arroz, alimento consumido desde o café da manhã até ao jantar. Para comerem, utilizam os chamados hashis e têm como pratos principais as sopas ou pastas de soja, hortaliças, picles, peixes e carne. Apesar do número limitado, a variedade de pratos é grande.

De influência externa, entraram o pão, o fast-food, o hambúrguer, o frango frito e o curry ao estilo japonês, populares entre os jovens. Como hábito, antes de cada refeição é costume dizer itadakimassu, que significa pedir licença para comer e um agradecimento a quem preparou.Entre os doces destacam-se os designs, feitos também de arroz e feijão. Os doces típicos são chamados wa-gashi e os ocidentais yo-gashi.

Nos wa-gashi, é muito comum ver ingredientes como farinha de arroz, feijão-azuqui e açúcar. A manteiga e o leite são raramente usados. Já em relação as bebidas japonesas a mais conhecida internacionalmente é o saquê, feito do arroz, que tem 17% de teor alcoólico, e o Yakult, leite fermentado, muito consumido em todo mundo. Em geral, os japoneses bebem chá verde após as refeições, bebem café preparado ao estilo norte-americano, e consomem cerveja nacional como a Suntory e a Sapporo. Recentemente surgiu o shochu , preparado de álcool e água. No verão, a bebida mais popular é a mugicha, feita de água fria e cevada. Vinho e uísque são importados .

Você não veria coisas no Japão como barraquinhas vendendo doces como " chocolate " ou " sorvetes " seria mais provável que encontrasse doces como bolinhos de feijão-azuqui pois predominantemente os doces são do tipo wa-gashi , já doces como chocolates , bombons , balas , bolos , pudins são considerados doces yo-gashis e tem lugares específicos para serem vendidos no Japão. Mas não tem isso de barraquinhas vendendo doces ocidentais . Os tipos mais comuns de wa-gashis são :

Anmitsu: cubos gelatinosos gelados (kanten) com frutas

Amanattō: feijão azuki cozido ou outros feijões com açúcar, e seco - amanattō e nattō não estão relacionados, embora os nomes sejam parecidos

Botamochi: uma bola de arroz doce recheada com anko (ou an, feijão azuki grosso)

Daifuku: termo geral para mochi (arroz doce moído) recheado com anko

Dango: um pequeno, pegajoso e doce mochi, geralmente espetado em um palito

Dorayaki: uma panqueca redonda e doce de castella recheada com anko

Hanabiramochi: um mochi vermelho e branco, doce, recheado com anko e uma tira de gobo (bardana) cristalizado

Ikinari dango: um pão cozido no vapor com um pedaço de batata-doce e anko no meio, é um confeito local de Kumamoto.

Imagawayaki (ou kaitenyaki): um disco de massa recheado com anko

Kusa mochi: um mochi "verde", doce, infudido com Artemísia japonesa (yomogi), com um recheio de anko

Kuzumochi:são bolos mochi feitos de Kuzuko. É tradicionalmente servido fresco, coberto com Kuromitsu e kinako.

Kuri kinton: uma mistura adocicada de castanhas cozidas e amassadas

Manjū: bolos cozidos no vapor com recheio de anko

Mochi: um bolinho feito de arroz glutinoso

Monaka: dulas bolas doces de arroz crocantes com recheio de anko

Shiruko (ou zenzai): uma sobremesa quente feita de anko em uma forma líquida, de sopa, com pequenos mochis flutuando

Rakugan: um bolo doce, muito sólido e pequeno que é feito de farinha de arroz e mizuame

Sakuramochi: um bolinho de arroz recheado com anko e embrulhado em uma folha de cerejeira

Taiyaki: como um kaitenyaki, uma massa assada com recheio de anko em forma de peixe

Uirō: um bolo no vapor feito de farinha de arroz e açúcar, semelhante ao mochi

Warabimochi: tradicionalmente feito de warabi e servido com kinako e kuromitsu

Yatsuhashi: fatias finas de gyūhi (mochi doce), disponível em diferentes sabores, como canela, e às vezes dobrado em um triângulo em volta de uma bola de anko vermelho

Yōkan: um dos wagashis mais antigos, um bloco sólido de anko, endurecido com agar açúcar adicional

Akumaki: um dos confeitos da província de Kagoshima

Resumindo eu duvido que Sandra e Shouta gostassem da grande maioria dos doces que os japoneses geralmente consomem . Mas deixa para lá eu gosto de ver em sua fanfic barraquinhas de doces com Digimon simpáticos vendendo-os para o povo . Voltando ao episódio . Gostei de ter descoberto do nome completo de Sandra " Cassandra Amoreira " mas a principio não gostei nada do antipático do Itsuke porém adorei e achei muito fofinha Yuriko a Labramon . Cara a Sandra disse para ele aquilo que ele pediu e não pediu para ouvir sobre humildade .

Achei legal a chegada no Digital World mas logo vi que a coisa não ia prestar quando Sandra e Itsuke começaram a discutir por tudo e nenhum dos dois queria ceder em sua opinião . E que susto que eu tive quando Sandra pulou na água do Rio para salvar o pequeno Tokomon e quase caiu da cachoeira .

E surpresa ! O Parceiro Digimon de Sandra é um Gizamon que pulou no rio para salvar ela . Ela sonhou tanto com um parceiro garboso e seu Digimon acabou sendo um sapo amarelo peludo . Claro que existe aquele conto de fadas do Sapo que apôs receber um beijo de amor de sua princesa se transforma num " Belo Príncipe ". Se bem que se você por acaso for utilizar na sua fanfic Digimon Fã Mades eu encontrei no deviantart  uma linha de evolução de Gizamon até bem poderosa :

Nível Rookie: Gizamon

Estas "des-aventuras" - Academia Gizamon_zpsngcqoa16

Nível Champion: Cyclonemon

Estas "des-aventuras" - Academia Cyclonemon_zpsicubak4s

Nível Ultimate: Goliathmon

Estas "des-aventuras" - Academia Goliathmon_zps09hcnbox

Nível Mega: GranGizamon

Estas "des-aventuras" - Academia GranGizamon_zpsmnr7tb7i

Todos juntos :

Estas "des-aventuras" - Academia Gizamon_digivolution_line_by_idranoberon-d7rzhlr

http://idranoberon.deviantart.com/art/Digimon-pack-2-480580222

http://idranoberon.deviantart.com/

Mas provavelmente você já deve ter a linha de evolução de Gizamon toda planejada então deixa quieto você provavelmente pensou em ideias bem mais impressionantes . E gostei do final com Sandra e Itsuke se entendendo e se abraçando . Embora o japonês não gostasse e estivesse nitidamente constrangido Sandra precisava daquele conforto . Realmente um bom capitulo Midori aguardo mais .


Última edição por KaiserLeomon em Qui 28 Abr 2016, 1:03 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por MidoriKyun Qui 28 Abr 2016, 12:55 pm

Lucas
Desculpe não ter te respondido antes! Tinha terminado o capítulo e na ansiedade de postar acabei esquecendo! >:

Queria comentar que gostei de suas sugestões, e são digimons que eu também gosto muito. Não vi Xros inteiro, porque não gostei da série, então não posso dizer nada sobre Dracmon, mas Kudamon de fato foi uma decepção em Savers. Não posso garantir nada nesse projeto, pelo menos por enquanto, mas quem sabe em um dos meus futuros eu não os dê destaque?

Kaiser
Como sempre, você é o leitor mais assíduo das fanfics, hein! Obrigada por estar sempre acompanhando a minha, Kaiser :3

Que bom que não tem problema fazer double post nesses casos. Suspeito que isso vai acontecer com certa frequência, já que praticamente não presto atenção no quanto já escrevi e só vou indo.

Imaginei que pegaria alguém de surpresa com o Bram! Afinal, Vamdemon sempre foi colocado como vilão nas histórias, mas eu não gosto quando as pessoas são definidas como "boas" ou "ruins", pois acho que cada um pode escolher o que fazer em sua vida. Eu já tinha em mente que queria colocá-lo na história com uma parceira mulher, e na hora nem lembrei disso sobre os vampiros. Que bom que acabou encaixando tudo certinho. E fiquei feliz que você foi tipo:

Estas "des-aventuras" - Academia 7hogps

Foi exatamente o que fiz! Que bom que pegaram a referência! Smile
Já tenho um mega em mente para ele, mas não sei dizer se ele é "majestoso" e nem se terei a oportunidade de mostrá-lo, então vamos esperar pra ver!

A Liz e a Maria não são professoras, só monitoras mesmo. Espero que elas tenham mais chances de aparecerem para conhecê-las melhor, mas vamos ver como as coisas vão caminhar.

Pegasmon também é um dos meus favoritos e sempre quis usá-lo em uma história. Infelizmente ele não terá tanto destaque, mas gostaria de fazer algo assim em outro projeto. Sempre quis ver gente de outros países nas fics de digimon. Ou melhor, em fanfics em geral, pois na maioria que leio, só vejo fazendo japoneses e isso me incomoda muito. Por isso estou tentando fazer diferente e colocando gente de várias nacionalidades. Queria muito por uma portuguesa, pois adoro o sotaque deles. Não lembro muitas palavras deles, mas vou ter que pesquisar para a Maria, o que não será nada ruim.

Eu conheço sim a dieta dos japoneses. Não sou especialista, claro, mas vejo muito conteúdo de gente que mora lá e fala sobre seu dia-a-dia. Parece que você estranhou as barriquinhas, mas eles fazem sim, só que apenas em datas comemorativas, como festivais. Não dá pra dizer que um vestibular é algo comemorativo, eu sei, mas estava tentando colocar algo mais pros digimons e inseri-los melhor no mundo. Já foi mostrado nas séries, principalmente em Adventure e Adventure 02, que os monstrinhos estão ligados mais as tradições americanas (um detalhe do porque eles usam dólares), então pensei em trabalhar um pouco isso, colocando-os vendendo essas coisinhas. Note que não há nenhum humano vendendo comida ali.

Não entendi porque a Sandra nem o Shouta gostariam dos doces. Gosto é gosto ué. Shouta é japonês, então isso faz parte da rotina dele, e a Sandra mora lá faz quase 5 anos. Nenhum dos dois acha as coisas estranhas e mesmo a garota já está costumada. Além disso, não tem só doces japoneses lá.

Estava querendo colocar o nome completo da Sandra só pela curiosidade, mas fiquei feliz que gostou. O Itsuki realmente não passou uma boa impressão nesse começo. Não foi fácil fazer isso, mas que bom que consegui! A Yuriko é realmente uma gracinha! É um pouco difícil fazer isso sem soar repetitiva, mas parece que está indo Smile

Eu queria que a parte da Sandra e do Itsuki discutindo tivesse ficado um pouco mais dinâmica e parecesse que estava causando mais problemas, mas parece que ficou satisfatório, pelo menos! Também queria que a cena do Tokomon e da Sandra pulando na água ficasse com uma sensação maior de perigo. Fico contente que parece ter afetado quem leu, mas ainda quero melhorar isso na minha escrita.

E BAM! Haha, sabia que pegaria as pessoas desprevenidas com o parceiro da Sandra. Inicialmente, havia pensando em um Agumon (Black), mas não é um digimon tão difícil de se encontrar nas histórias e eu queria aproveitar criaturinhas pouco exploradas. Nunca vi um Gizamon antes, e foi meu maior insentivo para usá-lo. Foi uma surpresa que eu acabei me apegando a ele no final, haha! Achei legal sua sugestão de evoluções, mas eu não pretendo usar nenhum fakemon nas minhas histórias justamente pra aproveitar os canon que ninguém parece ligar muito.

Não acho que minhas ideias sejam impressionantes, mas acredito que a linha do Gizamon vai surpreender também. Pode ser que desagrade e cause estranheza, porque pensei em algo diferente (ou talvez nem tanto, haha), mas quis me arriscar e aproveitar as possibilidades que os monstrinhos tem.

O final também não me agradou tanto quanto gostaria, mas não achei de todo o mal. Queria ter me aprofundado mais no que os dois sentiram com o abraço, mas achei que estaria me estendendo demais então acabei cortando. Faz tanto tempo que não escrevo que estou bem enferrujada, mas estou voltando a melhorar graças a essa história. Espero continuar progredindo e conseguindo fazer um trabalho pelo menos satisfatório para vocês!
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Mensagem por Convidado Qui 28 Abr 2016, 1:09 pm

Tudo bem Midori fico feliz em saber disso agora estou ainda mais curioso para ver os episódios futuros para saber o que planeja . Sobre os doces não é nada pessoal ... é apenas que eu não gosto dos doces japoneses. Prefiro mil vezes um chocolate que qualquer coisa feita de feijão açucarado , moshi e tal .

Esta certo para mim Shouta e Sandra não verem nada de estranho nos doces e na comida japonesa mas eu particularmente odiaria ter que comer uma mesa lotada de sushi de baiacu igual Mauricio de Souza uma vez teve que fazer quando em visita ao Japão ao seu Amigo Osamu Tesuka a fim de discutir o projeto da historia unindo a Turma da Mônica com os personagens de Tesuka ( Kimba o Leão Branco , a Princesa Safiri , Astro Boy etc ) Tesuka pegou Mauricio completamente desprevenido ao comprar uma barca de sushi como "presente" para ele e para não faltar com respeito com Mestre Tezuka que estava tão feliz em ver de novo Mauricio que nem ao menos esperou para perguntar para o criador da Turma da Mônica se ele gostava de sushi Mauricio foi literalmente obrigado a engolir cada um dos peixes porque a interprete lhe disse que um Senhor tão respeitado e reverenciado pelos japoneses igual Tesuka pagar com seu dinheiro e comprar uma barca de sushi para um amigo estrangeiro era uma imensa demonstração de afeto dele para com esta pessoa e essa pessoa simplesmente " dizer não " e recusar o seu presente seria de uma falta de respeito descomunal para com Tesuka-Sama .

Até hoje Mauricio fala que foi uma experiencia desagradável ter que comer aquele baiacu cru todo , molho shoyo e raiz forte impossivelmente ardida e fazer o máximo possível para fingir que ele estava gostando e não contorcer a cara de nojo tudo para agradar Tesuka-Sensei . Ele diz que só fez por respeito a Osamu Tesuka que era como um irmão para ele mas que ele não desejaria para ninguém ter que estar numa situação parecida com a que ele viveu com a famigerada barca de sushi de baiacu . Uma coisa é não ver problemas nem nada estranho com um tipo especifico de comida estrangeira outra coisa bem diferente é você ser apreciador dessa comida .

Ah e pensei que você soube-se ... A " Moeda Oficial " do Digital World não é " o Dolar " é " O Bit " como já foi mostrado nos games de Digimon World . Nos animes eles mudaram para " Dolar " para não causar estranheza porém não é o " Dolar " também a moeda oficial dos Digimon mas sim " O Bit " . Pode olhar nos videogames para conferir. Um Americano cheio de dinheiro teria tantos problemas com a moeda quanto os Digiescolhidos de Adventures e 02 tiveram...  


Olha eu vou ser bem sincero com você . Eu teria adorado caso o Digimon de Sandra fosse um Black Agumon pois isso poderia permitir que surgisse futuramente na fanfic um dos Digimon que eu mais gosto o nobre e trágico BlackWarGreymon .Simplesmente adoro esse Digimon que é um dos personagens mais maravilhosos das séries de Digimon que eu idolatro desde Digimon 02 . Mas tudo bem se ele não pode ser o Digimon de Sandra . Ao menos faça uma aparição especial dele na fanfic Midori ...Sobre a linha de evolução de Gizamon eu dei uma olhada lá no Wikimon e só para o nível Champion ela já é bastante extensa :

Archelomon
Black Growmon
Coelamon
Cyclomon
Dark Tyranomon
Deltamon
Devidramon
Devimon
Dobermon
Drimogemon (Jogressed with Gomamon)
Ebidramon
Flymon
Gargomon
Gekomon
Gesomon
Hanumon
Ice Devimon
J Mojyamon
Kuwagamon
Kyubimon
Mantaraymon
Mantaraymon X-Antibody
Meramon
Ogremon
Ranamon
Raremon
Seadramon
Shadramon
Shellmon
Snimon
Turuiemon
Tuskmon
Wendimon (Jogressed with Tsukaimon)

Fazendo minhas "teorias conspiratórias" eu penso que os Digimon mais óbvios de você usar são : Cyclomon , Deltamon , Raremon , Shellmon e apenas " talvez " Tuskmon embora eu não acredite muito que você irá usar este ultimo . Isso limita os prováveis níveis Mega de Gizamon a uma lista de Digimon . Porém vamos ver quem sabe você não acabe me surpreendendo com uma evolução inesperada ?   Então dependendo da linha que você escolher pode ser um Digimon que nunca foi usado .

Enfim ótimo capitulo e sucesso com a fanfic .

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Mensagem por MidoriKyun Qui 28 Abr 2016, 7:52 pm

Kaiser
Sobre os doces, tinham de todos os tipos, não apenas exclusivamente japoneses. No Japão também existe comida ocidental normalmente. Aproveitando, de curiosidade, o doce favorito da Sandra é mochi recheado. Ela não gosta muito dele puro, mas se tiver recheio, qualquer um que seja, ela adora. O top 3 dela é: mochi com recheio de sorvete, mochi com recheio de azuchi e com chá verde. Já o Shouta gosta de chocolate mesmo.

Haha, o caso no Maurício é meio particular. Sushi e esses pratos crus são caros e servidos mais em ocasiões especiais e/ou em restaurantes especializados. Não seria, nem de longe, o tipo de comida servida em festivais ou, como no caso desse capítulo, em barraquinhas pós vestibular. Shouta não é muito chegado nesse tipo de comida, mas a Sandra adora (na verdade não tem muitas comidas que ela não goste), mas não havia nada assim lá. O que tinha era mais parecido com comida de festivais mesmo, como patinha de lula frita, asinhas de frango, senbei com ovo, esse tipo de coisa.

Não entendi nada como pessoal, só queria deixar a situação clara pra não causar nenhuma confusão xD

Sobre o dinheiro no digital world, eu nunca joguei nenhum dos jogos então não sei como são, embora atualmente esteja acompanhando um canal no youtube jogando digital sleuth. Embora tenha pensado em colocar uma coisa ou outra esse jogo (como golpes secundários variados), estou me baseando quase exclusivamente nos animes. Em Adventure, não faz muito tempo que vi o episódio que o Garurumon evolui, e o Veggiemon fala claramente "dólares", embora para a história eu estivesse pensando em outro dinheiro pro digital world, então já valeu pela dica!

Sobre o Agumon Black, também me doeu ter de tirá-lo justamente pelo mesmo motivo. Eu sempre fico na dúvida de dizer qual meu digimon favorito, porque são muitos e todos tem seu charme, mas compartilho com você que o campeão é o BlackWarGreymon. Chuto que seja um dos melhores personagens de todas as franquias. Mas acredito que a linha do Gizamon não vai deixar de surpreender e agradar!

Estou mesmo usando as listas da Wikimon para planejar as dos digimons que aparecem nas minhas histórias! Lá parece bem completo e está constantemente sendo atualizada, por isso a uso com bastante frequencia. Foi difícil achar uma linhas que me agradasse para o que eu queria, mas acho que ficou bem satisfatória. Então já está aí uma dica para olhar e formar suas teorias xD

Achei interessantes essas linhas do Gizamon, não havia me deparado com elas ainda, mas só pra ser má (HIHIHEHEHAHAHA!), darei uma dica: a segunda chegou perto, mas não muito.

Tenho vontade de usar Milleniummon. Acho-o um digimon interessante de ser usado, mas vamos vendo :3

Obrigada por estar sempre comentando! Adoro esse tipo de contato e discussão com as pessoas. Obrigada pelo apoio e continue comentando pra fazer uma autora feliz \( ๑・ ∀ ・๑ ) /
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Mensagem por Spirit Qui 28 Abr 2016, 10:54 pm

Olha a faisquinha atrasada chegando!
Sorry, mesmo, pela demora em o seu capítulo, eu confesso que o li todo hoje na fila pra estreia de Civil War. xD Bem, então vamos começar...
Pra começar, eu gostei mais do Shouta nessa vez, porque ele ficou mais bem explicado, mostrando a sua personalidade com mais cuidado. Também gostei muito de como as coisas são organizadas, e mesmo das coisas simples, como os digimon trabalhando em volta do prédio. Adorei também as primeiras duplas mostradas e ao ver Bram, primeiro digo que EU ENTENDI A REFERÊNCIA, e depois digo que adoro quando usam digimon “malignos” como parceiros, dá um novo ar a eles.
Quanto ao Itsuki... Ah, eu realmente não fui com a cara dele, mas acho que com desenvolvimento, o veremos melhor e porque suas atitudes são tão ríspidas. Não sei, talvez é cisma com homem bonito demais! Yukiro, no entanto, me fascinou bastante, sinto que vou adorar essa personagem, até porque é uma fêmea e mal posso esperar pelas evoluções dela (imaginei Plutomon fêmea, sinto muito, mas amei a ideia).
Mas a minha parte favorita, claro, foi a da floresta e a forma como eles ficaram perdidos, e suas dificuldades. Em especial porque eu passei por aqueles testes de sobrevivência onde tu fica largado na mata pra se virar dois dias, então senti bem os problemas deles e como foram encarados.
Nossa, fiquei com tanta pena do Gizamon, mas coitada também da Sandra, momento super THUG LIFE quando ela soube que não teria o seu Patamon. Isso chega a me lembrar um rpg de digimon onde o mestre sorteava os parceiros na sorte e depois suas personalidade, e tu ainda tinha que aprender a lidar... De qualquer forma, ele parece ser um ótimo personagem e aguardo pra ver o desenvolvimento do teste, além de querer rever o Shouta, é claro!
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Mensagem por Convidado Sex 29 Abr 2016, 6:39 am

Tudo bem Midori eu compreendi estou realmente muito curioso para saber qual deverá ser a linha de evolução de Gizamon e se o " sapo se transformara num Príncipe " ?

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Mensagem por MidoriKyun Sex 29 Abr 2016, 1:09 pm

Spirit
Não precisa se preocupar em demorar pra ler! Sei que todos tem seus afazeres fora da internet e você ainda trabalha. O que importa é ver, cedo ou tarde, seu comentário aqui! Que bom que minha história serviu de passatempo nesse momento da fila xD

Também gosto de colocar digimon antes considerados "maus" como mocinhos. Não é estranho ver gente taxando um personagem como exclusivamente ruim e acho isso um saco, já que ser bom ou mau é mais uma questão de escolha da cada um. Claro que existem coisas que são ruins, invariavelmente, mas não é o caso de pessoas ou, como na fic, digimons.

Itsuki passou a primeira impressão que eu queria! Mas não se preocupe, que logo ele deve mostrar seu outro lado. Yuriko, por outro lado, parece estar fazendo sucesso. Compreensível, afinal ela é uma fofa! Não sabia que você já tinha passado por esses testes! Que legal! Nunca passei por isso, mas espero estar conseguindo fazer direito.

Ninguém esperava o Gizamon, haha! Foi um tapa na cara da Sandra, mas não vai demorar pra ela começar a curti-lo.

Não sabia que tinha um RPG de digimon! Puxa, queria muito poder jogar um assim. Participei de um fórum que tentou, mas foi um fracasso >: #bolada

Enfim, espero que curta o próximo capítulo e vamos ver se o Shouta volta logo :3

Kaiser
Obrigada, Kaiser! E aguarde surpresas Very Happy
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Mensagem por Spirit Sex 29 Abr 2016, 8:21 pm

Haha, no worries, posso demorar, mas eu ainda paro pra ler boas fics. Aliás, se quiser alguma dica sobre esses testes de sobrevivência, sempre pode perguntar, a gente aprende todo tipo de coisa lá.
O rpg que eu mencionei agora tá em hiato, mas se retornar ou fizerem outro, eu posso te chamar. Aprendi a gostar do Dorumon e Dokunemon assim!
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