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Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.

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Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.  Empty Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.

Mensagem por Gokuwmon Ter 03 Set 2013, 2:21 pm

Capitulo 1: Blitzkrieg.


Foi difícil fazer meu pai aceitar a faculdade veterinária, mas após conversar com Shu e Gomamon eu percebi que o que quero é ser um médico para os Digimons e acredito que esse seja o primeiro passo, eu quero protege-los e cuidar deles.

2 de abril de 2007, é exatamente 7:45 da manhã no relógio de Tokyo, precisamente entre na fronteira de Minato com Meguro. Um jovem corre dentre as pessoas desesperadamente. Longos cabelos azulados, olhos negros e óculos. Vestindo um paletó preto sobre uma camisa branca abotoada e calça social azul além de sua maleta preta, um homem bem vestido para algo importante. Sua pressa o faz tropeçar em quase todos os degraus no caminho, mas ele não liga pro quão patético aparenta ser, ele precisa pegar o próximo trem. Chegando à estação de metrô, ele sobe as escadas e tira do bolso a passagem colocando-a corretamente e em velocidade ele continua correndo até conseguir entrar no trem no ultimo segundo.
- É... Achei que não ia conseguir. – Sussurra o jovem.
- Jou-Kun, como sempre perdendo o horário e correndo pra não perder o trem. – Fala uma garota que o reconhece.
- Essa voz... Mimi-Chan!  Achei que ainda estava nos USA. – Diz Jou, surpreso com a garota.
Ela tem longos cabelos castanhos e olhos da mesma cor, uma pele sedosa e bem cuidada, veste a farda escolar negra com detalhes em branco. O sorriso dela é refrescante, sua aparência delicada é magnética para o Jou que fica com o rosto corado ao ficar perto dela.
- Mas eu mandei um e-mail a todos dizendo que voltaria a morar em Tokyo, tem mais de um mês que voltei, apesar desse vai e vem entre Tokyo e New York por causa de meus pais.
- Verdade, me desculpe. Tenho uma aula importante hoje na faculdade e se perdê-la eu vou ser reprovado na matéria.
- Do jeito que se esforça eu acho que você chega a tempo e é o primeiro a entrar na sala. – Comenta Mimi, com um sorriso delicado.
- Eu não acho que sou o melhor da turma, existem muitas pessoas talentosas no ramo da veterinária. – Diz Jou, se ajeitando e encarando a garota nos olhos.
- Mas nem uma delas tem o mesmo interesse nos Digimons quanto você, definitivamente você vai ser importante. – Fala Mimi, animada.
- A propósito Mimi, teu primo que nasceu no Brasil virá pra Tokyo em breve, não? – Indaga Jou.
- Ah, aquele desagradável viciado em futebol chega hoje. – Resmunga Mimi, claramente irritada.
- Por que você não gosta dele? – Pergunta Jou.
- Ele utiliza o Digimon dele quase como um empregado, é um absurdo ele fazê-lo evoluir e subir nas costas dele somente para ir pra escola. – Responde Mimi.
Jou fita um olhar suspeito sobre Mimi e a encara por um longo tempo.
Se Palmon tivesse uma evolução que permitisse mobilidade, aposto que faria a mesma coisa.
- Jou-Kun, algum problema? – Encara Mimi.
- Não, não, nem um. – Responde nervoso.

O trem para na estação e Mimi desce rapidamente do vagão com um sorriso e acenando para seu amigo e assim se despedem.

Ela está linda, absurdamente linda, como todo esse tempo eu não notei como ela é bela? Falando nisso, eu nunca me dei muito bem com garotas e além do mais, eu acho que não faço o tipo dela.

Jou se deprecia em seus pensamentos, ele nunca foi uma pessoa com uma forte autoconfiança, mas nunca desistiu de nada que quisesse desde que fosse sincero. O perfume da Mimi adentrou na mente de Jou e ele o gravou. Naquele segundo uma semente foi plantada no coração do jovem.
Descendo do trem, Mimi caminha pela estação até a escola. Com passos nervosos, meio duros, ela anda pensando no Jou e em todas as mudanças que houve nesses 9 anos que viveu longe do Japão.

Tudo mudou muito aqui, já não sei mais a diferença básica entre Tokyo e New York. Todos são tão parecidos agora. Há as diferenças culturais, mas o comportamento em geral. Bom, tudo isso é besteira. O Jou-Kun está cada dia mais maduro, claro, ele é um adulto agora, está na faculdade, mas a forma que ele me olhou... Eu senti como se ele me enxergasse como uma mulher. Eu já namorei alguns garotos em New York, mas alguém conhecido como ele e temos uma história de amizade juntos apesar da falta de contato todo esse tempo. Eu não sei se me daria bem com ele, somos tão diferentes, e também nem sei se ele teria tempo para mim ou meus caprichos. Mas ele fica tão sexy vestido daquele jeito. Eu certamente me deixaria apaixonar-me por ele...

- Espere... No que estou pensando? – Indaga Mimi balançando seu rosto de um lado ao outro. Sua face está fortemente corada, parecendo um pimentão vermelho.
Ela fica paralisada com seus próprios pensamentos e chama a atenção de uma garota que usa a mesma farda que ela e se aproxima de Mimi.
- Ei, você está bem? – Pergunta a garota.
Cabelos negros e longos que estão soltos, usando óculos na armação preta com brilhantes olhos negros por detrás da lente, uma voz feminina e bem melódica. Sua aparência é comum, mas é uma bela garota.
- Ah, sim, eu estou bem. Meu nome é Mimi Tachikawa, prazer.  – Responde Mimi, com um sorriso e em seguida voltando a caminhar junto à garota.
- Ah, me chamo Shigure Ookazaki. Tachikawa-san, você é nova por aqui? Nunca havia te visto pelas redondezas.  – Indaga Shigure.
- Eu estou voltando de New York, vivi por lá durante 9 anos. – Responde Mimi.
- E como é New York comparado a aqui? – Pergunta Shigure.
- Honestamente... São cidades bem parecidas. – Responde Mimi.
O relógio marca 8:10 da matina e o céu azul está perfeito, sem nem uma nuvem no céu, e a temperatura gira a agradáveis 19 graus célsius.  Chegando a escola elas entram rapidamente e trocam seus sapatos pelas sapatilhas.
- Bom, vou entregar a papelada do colégio. Até mais tarde. – Fala Mimi, subindo as escadas.
Shigure sobe as escadas e vai direto pra sua sala, a 3-1. Ela entra e cumprimenta seus colegas e em seguida se senta na cadeira ao lado de um garoto ruivo, olhos negros, uma pele branca e olhar comum, ele está digitando em seu Notebook sem parar.
- Bom dia, Koushirou-Kun. – Cumprimenta Shigure, com o rosto um pouco corado.
- Olá Shigure-san, bom dia. – Responde Koushirou. – Eu analisei os dados que o Tentomon me mandou do Digital World e parece que a popularização da Internet está influenciando o outro mundo. – Fala Koushirou, entregando os dados a Shigure usando seu Notebook.
- Em que sentido? – Indaga Shigure.
- O Digital World está se expandindo e se tornando cada vez mais complexo. O que antes foi um distúrbio causado pelas forças das trevas no passado está se tornando algo natural hoje. O tempo no Digital World está cada vez mais rápido em relação ao nosso mundo e isso pode ser um problema grave. – Responde Koushirou.
- Isso pode significar que o Digital World está se separando desse mundo, certo? – Pergunta Shigure.
- Na pior das hipóteses, sim, mas nada está claro ainda. O que ainda soa estranho, segundo o Tentomon os dias e noites lá duram as mesmas 24 horas daqui. – Responde Koushirou.
- Será que é como se estivéssemos em um ônibus que viaja a 100 KM/H e quando vamos ao Digital World embarcamos em outro ônibus que viaja a 400 KM/H? – Indaga Shigure novamente.
- Espero eu que seja apenas isso. – Responde Koushirou, cabisbaixo.
Neste exato segundo o professor entra na sala e coloca seus pertences sobre a mesa.
- Olá, bom dia. Nesta a partir de hoje teremos uma nova aluna. Entre por favor. – Fala o Professor, dando boas vindas à nova aluna, Mimi Tachikawa.
- Bom dia a todos, é um prazer conhece-los, meu nome é Mimi Tachikawa e eu morei em New York durante 9 anos e estou de volta ao Japão. – Fala Mimi, sorrindo.
- A garota de mais cedo... – Sussurra Shigure.
Koushirou está impressionado com a presença de Mimi naquela sala. Está boquiaberto com tal coincidência e chama a atenção de todos na sala.
- Mi... Mimi-Chan? – Indaga Koushirou, surpreso.
- Oh, Koushirou-Chan, que excelente coincidência estarmos na mesma sala. Quanto tempo. – Fala Mimi, se aproximando de seu amigo e o abraçando deixando todos na sala surpresos.
- Tachikawa-San, tenha modos, por favor. – Esbraveja o professor, nervoso.
O abraço de Mimi deixou o seu amigo totalmente envergonhado e muitos na sala impressionados, não é do costume dos japoneses o contato físico de um jeito tão espontâneo, mas com a globalização isso vem se tornando mais comum de se ver em público. Para os mais velhos isso é um ultraje aos bons costumes, para os mais novos isso é apenas vergonhoso ou apenas incomum.
- O que houve? – Pergunta Mimi, impressionada com a reação da Classe.
- Tachikawa-San, por favor, dirija-se ao seu lugar atrás da Ookazaki-San. – Fala o professor, enfurecido.
Mimi senta-se no lugar determinado e o professor dá início às aulas do dia. A atitude de Mimi deixou Shigure confusa e um pouco desanimada, ela sente que pode perder espaço com a chegada da Mimi, alguém que por sua vez viveu as aventuras no Digital World com Koushirou.

Shigure é apaixonada por essas histórias e junto ao Koushirou sua imaginação foi alimentada e ela está com o objetivo de fazer isso com o Koushirou. Shigure é uma típica garota japonesa, apaixonada por esportes e histórias emocionantes, é um pouco mais tímida que o normal e sofre com sua inexperiência. Na visão dela, Koushirou é um herói e quer ficar ao lado dele, mas ela apenas guarda seus próprios sentimentos para si.

O fim das aulas da manhã chega e o intervalo é dado. A tarde chega e o relógio marca 12:00 em ponto. Koushirou e Mimi estão juntos o tempo inteiro conversando sem parar e perto deles, seguindo-os está Shigure, quase como uma sombra. Em um dos pátios da escola eles se sentam a sombra de uma árvore e param para o almoço.
- Que saco, eu esqueci o suco. – Resmunga Koushirou, levantando-se. – Eu volto já, está na hora de encarar aquela fila terrível.
O silêncio predomina entre as duas garotas que estão ali sentadas e é notado após alguns segundos o clima é gélido, solitário e a passividade das duas é notada a metros de distância, como se fossem completas estranhas umas com as outras.
- Shigure-san... Você gosta do Koushirou-Kun, né? – Pergunta Mimi, olhando para cima.
A pergunta choca a jovem e a deixa envergonhada, para Shigure esse era um segredo trancafiado no fundo do seu coração.
- Está tão óbvio assim? – Sussurra Shigure.
- Está óbvio pra todos, talvez, menos pro Koushirou-Kun. – Responde Mimi, com um sorriso.
- Bom... Você o abraçou, então presumo que tenham um relacionamento... – Fala Shigure, cabisbaixa.
- Definitivamente não temos nada além de uma bela amizade. – Interrompe Mimi. – O Koushirou pode até se atrair por mim, afinal de contas ele é um garoto e eu sou uma garota, mas eu tenho certeza que nunca conseguiríamos se quer trocar olhares significativos para um romance. E mesmo que isso fosse possível, eu não acho que daríamos certos, ele não aguentaria meus caprichos e provavelmente eu não teria paciência pra lidar com ele. – Diz Mimi, com um semblante leve.
- Você... É bastante experiente com os garotos, né? – Indaga Shigure, com um olhar suspeito.
- Ah, sim, já namorei dois americanos enquanto vivia em New York. – Responde Mimi, chocando a garota. - Aqui no Japão a maioria é tão reclusa e cheia de “não me toque”, os meninos são tímidos e quase nunca demonstram seus verdadeiros sentimentos e as garotas estão sempre a mercê do machismo da sociedade japonesa e essa falta de demonstração de sentimentos é algo que não posso suportar. – Fala Mimi.
- Mas existem exceções né, alguém do grupo dos escolhidos... Que você goste. – Diz Shigure olhando para baixo, totalmente envergonhada.
- Eu acho que não, de todos nós, só a Miyako-Chan e o Ken-Kun mantêm um namoro saudável em relação entre os escolhidos. Eu achei que o Koushirou-Kun tivesse dito tudo isso. – Responde Mimi.
- Ele nunca me falou muito sobre como se relacionavam, o Koushirou-San sempre me falava sobre os inimigos e curiosidades do Digital World, mas eu sempre tive curiosidade de conhecer um pouco mais sobre vocês. – Fala Shigure, que é interrompida por um toque de celular.

O celular que toca é o de Mimi e contém uma mensagem
Mimi-Chan, onde você está? Ç_Ç
Após ler a mensagem um sorriso se desenha em sua face...
Perto da cantina na zona oeste do colégio. ^_^
Em seguida responde ela responde rapidamente...
Estou indo imediatamente. o_o
Outra mensagem chega e é respondida com velocidade
Ok!  
- Acho que você vai conhecer a mais safada de todas as garotas que conheci aqui no Japão daqui a pouco. – Diz Mimi, com um sorriso suspeito deixando Shigure apreensiva.

Mimi-Chan!

Esse grito chama a atenção de todos. É uma garota que usa toda sua força para chamar a atenção de sua amiga. Longos cabelos na escandalosa cor roxa, óculos redondos, uma pele branca um pouco queimada pelo sol, pouca maquiagem e ela corre com toda a sua força em direção a Mimi, puxando o seu namorado, um belo garoto de cabelos azuis bem escuros que escorrem pela face, profundos olhos azuis escuros e uma feição tímida.
Eles se aproximam de Mimi e Shigure rapidamente, a garota perde o fôlego e é amparada por seu namorado.
- Miyako-Chan, pra quê correr tanto? – Indaga o garoto.
- Mas é... A Mimi-Chan... – Fala a garota, ofegante.
- Shigure-San, estes são Ken Ichijouji e sua namorada, Inoue Miyako. – Diz Mimi, apresentando o casal.
- Ah, eu sei quem é você, ti vi conversando com o Koushirou-Kun algumas vezes no ano passado. – Fala Shigure, com seus olhos sobre Miyako.
- É um prazer conhece-la, Shigure-San. – Fala Ken, cumprimentando a garota formalmente.
Neste momento Koushirou volta com uma feição cansada, mas vitoriosa, ele conseguiu o que procurava.
- Está cada vez pior... De onde vem o sucesso desses sucos além do sabor? – Indaga Koushirou, se aproximando. – Olá Ken-Kun, Miyako-Chan, como vão? – Fala Koushirou, cumprimentando seus amigos.
- Melhores do que nunca! – Responde Miyako, entusiasmada.
- Ken Ichijouji... Você não é o garoto que recusou a oferta do time de futebol profissional daqui de perto? – Questiona Shigure.
- Ah, sim. – Responde Ken, com um sorriso desconcertado. – Eu não tenho certeza se quero ser um jogador de futebol, acho que tem coisas em que devo me sair bem melhor.
- Mas você é considerado um dos melhores que já houve no Japão no juvenil, até foi eleito o melhor jogador do ano passado. – Fala Shigure.
- Eu não me acho tão bom assim. – Refuta Ken, rapidamente. – O familiar da Tachikawa-San que é um gênio do esporte.

O sinal ressoa a boa altura dando significado que é o fim do intervalo.  O tempo que eles têm para compartilhar juntos e se encontrarem é muito pouco e isso decepciona os jovens que ali se encontram. Para eles que viveram inúmeras dificuldades e enfrentaram situações de vida e morte, esses momentos são muito valorosos.

- É uma pena que o intervalo terminou, vamos, Miyako. – Fala Ken, pegando a mão de sua namorada e saindo do local.
- Mas... Eu quero conversar com a Mimi-Chan.  – Resmunga tristonha a garota.
- Até mais pessoal. – Diz Ken, acenando.
A voz de Ken ecoa no ouvido de seus amigos que possuem um leve sorriso em face. O Sol de meio-dia é um pouco insuportável, mas eles queriam permanecer um pouco mais ali. Koushirou, Mimi e Shigure começam a caminhar em direção a sala, Koushirou anda um pouco mais afrente enquanto Shigure e Mimi caminham juntas.
- Tachikawa-San, você disse que eu ia conhecer a garota mais safada que já conheceu no Japão, essa garota é a Miyako-San? – Pergunta Shigure.
- Sim. – Responde Mimi rapidamente.
- Ela não me parece uma garota... Pervertida. – Sussurra Shigure, se aproximando de Mimi.
- Quando eu te contar o que ela fez para conquistar o Ken você vai entender. – Diz Mimi, com um sorriso suspeito.
Mal sabem que o Koushirou ouve perfeitamente a conversa das duas garotas com uma expressão nada animada.
Essas duas... Estou vendo que a Mimi vai falar da vida pessoal de todo mundo com ela. Todos nesse mundo querem saber sobre nós, quem nós somos e o que fazemos, a Shigure é privilegiada ao saber quase tudo. Ela é realmente de confiança e entende o principal, somos pessoas normais.
Os 3 jovens finalmente chegam a sala de aula já encontram com o professor ajeitando suas coisas para dar início as aulas.
Ok garotos, vamos à aula de Geografia.
A tarde passa num piscar de olhos e às 3 da tarde se apontam no relógio sobre o quadro na sala. Koushirou olha perdido pela janela a Rainbow Bridge que lhe trás muitas lembranças. Em seguida, Koushirou se levanta pega seus pertences e sai da sala sendo acompanhado por Mimi e Shigure.
- Vamos até a Sala de computação. – Diz Koushirou, de forma fria e precisa.
Os passos firmes e andar correto, Koushirou demonstra toda a sua preocupação sobre o que está acontecendo e puxa seu telefone.
- Mimi-Chan, por favor, ligue para a Miyako-Chan, eu ligarei para o Daisuke. Peça para que todos compareçam a sala de computação imediatamente. – Fala Koushirou.
- Koushirou-Kun, você descobriu o problema? – Pergunta Mimi, preocupada.
- Não, mas algo me veio à cabeça agora e eu preciso de todos os escolhidos possíveis presentes. – Responde Koushirou. – Eu já mandei mensagem para Sora-Chan, Taichi-Kun, Yamato-Kun, Jou-Kun e o Iori-Kun.  
Koushirou, Mimi e Shigure são os primeiros a chegar à sala de computação da escola que está vazia. Segundos depois, Ken, Daisuke, Takeru, Hikari e Miyako comparecem.

Takeru Takaishi é um belo garoto com uma aura mestiça e por isso possui cabelos dourados que chegam até seus ombros, e claros olhos azuis, sua expressão é quase sempre determinada.

Daisuke Motomiya é um típico garoto japonês, com seus olhos castanhos e cabelos enrolados de mesma cor, ele possui uma expressão bem amigável.

Hikari Yagami possui cabelos castanhos que vão até o ombro e olhos também castanhos, mas em um tom que chegam a ser avermelhados, possui no seu pescoço uma câmera digital como fiel companheira.

- Yo, eu me chamo Daisuke. – Fala Daisuke, cumprimentando Shigure. – Esses são Takeda e Hikari, presumo que já conheça o Ken que me falou de você, Shigure-San. – Fala Daisuke com um sorriso suspeito.
- Quem aqui é Takeda? – Indaga Takeru, irritado.
- Ah, perdão, perdão. – Responde Daisuke, com uma gargalhada. – Esse é o Takeru.
- Pessoal... – Fala Koushirou, chamando a atenção de todos. – Eu cruzei as informações daqui do mundo humano com as de Gennai e Tentomon. E eu presumo que o Digital World esteja se expandindo e acelerando o seu tempo em relação a nós e por culpa do nosso mundo. – Fala Koushirou.
- O nosso mundo influencia tanto o Digital World? – Questiona Hikari.
- Sim, Hikari, basicamente, existe uma ponte que liga o Digital World e o nosso mundo e ela é praticamente acessada pela internet. Pelo que Gennai me contou, tudo que há na internet ajuda a moldar o Digital World.
- Isso significa que quanto mais pessoas acessam a internet e despejam informações, mais o Digital World o absorve? – Pergunta Takeru.
- Não apenas isso, Takeru, mas ajuda também a mudar a relação entre o espaço-tempo entre os dois mundos, o equilíbrio está sendo destruído, mas segundo Gennai isso é comum e ele se restaura com o tempo. O problema é que as cicatrizes das Dark Towers de 5 anos atrás ainda existem, é possível que a programação principal do Digital World esteja corrompida.
- O que isso significa no fim, Koushirou-Kun? – Indaga Ken.
- Sinceramente, eu não sei, mas o que me preocupa é que é possível que o Digital World ou se destrua por sobrecarga ou a ponte se destrua e assim ele se torne inacessível para nós. – Responde Koushirou.
- Devemos nos preparar para o Pior. – Fala Takeru.
- Eu concordo. – Diz Koushirou.
O Digital World é um lugar de extrema importância para esses jovens. O que viveram lá é tão importante para a construção deles como pessoas e os Digimons que conheceram lá são extraordinários, somente a possibilidade do Digital World se separar do mundo humano, ou até mesmo isso acarretar em sua destruição os deixam aflitos, proteger os dois mundos a todo o custo é uma unanimidade entre eles.
- Hikari-Chan, que tal eu ir à sua casa e assim estudarmos juntos? – Pergunta Daisuke, em um tom suspeito.
- Por mim tudo bem. – Responde Hikari, com um sorriso que excita o garoto que comemora. – Takeru-Kun, Ken-Kun, querem vir também? – Indaga Hikari, e a reação de Daisuke se torna fria, como se tivessem jogado um balde de água fria sobre sua cabeça.
- Ok, vamos todos nós para a casa da Hikari-Chan. – Fala Miyako, animada.
- Miyako, você não tem afazeres para hoje também? – Questiona Ken.
- Por sorte, hoje não. – Responde Miyako, abraçando o seu conjugue.
Apenas os veteranos ficam na sala de computação. Um clima pesado está naquele lugar, como se a gravidade tivesse triplicado. O olhar de Mimi é de uma decepção extrema e a expressão de Koushirou é de total apreensão, e dentre eles Shigure não sabe o que dizer.
- O que devemos fazer Koushirou-Kun? – Indaga Mimi, com o seu punho cerrado.
- Eu não sei Mimi. – Responde Koushirou.
- Está mentindo. – Fala Mimi, irritada.
- Adoraria ter alguma certeza agora. – Diz Koushirou, cabisbaixo.
Ao ouvir isso, Mimi se levanta pega seus pertences e sai da sala em seguida. Ela está triste e desolada, pois a possibilidade do Digital World ser destruído é existente.

Mas que droga!  O Digital World pode ser destruído e por nossa culpa? Quero que os nossos amigos fiquem em segurança, mas como vamos fazer isso? Se o Koushirou-Kun não tiver uma resposta logo pode ser tarde de mais para salvar o Digital World. Espero que a sorte esteja do nosso lado.

Shigure e Koushirou saem da sala juntos com um semblante sério. Shigure não sabe o que falar para Koushirou, pois sente como se não pudesse compreender a totalidade da situação. Ela quer dizer algo, principalmente para confortar Koushirou, por isso tenta escolher as palavras do melhor jeito possível.
- Uma vez você me disse que era melhor todos os escolhidos ficarem juntos. Agora eu entendo o por que. – Diz Shigure, levemente nervosa.
- Em momentos como esse se estivermos separados fica muito difícil agir. A Mimi me disse que voltou de New York pra cá apenas por esse motivo. Do outro lado, Sora, Taichi, Yamato e Jou estão juntos e ainda moram aqui em Tokyo. Dessa vez poderemos agir do melhor jeito possível. – Fala Koushirou, animado.
Eles caminham até a entrada da escola. Dirigem-se aos seus armários e trocam suas sapatilhas por seus tênis comuns e atravessam a porta da escola em direção ao portão de saída. Ao cruzarem o portão de saída, Shigure olha de um lado ao outro e não nota a presença de Mimi em lugar algum.
- Parece que a Tachikawa-San já foi para casa.  – Diz Shigure.
- Como sempre ela não consegue entender muito bem os fatos. – Rezinga Koushirou, que caminha em direção a sua casa. – Bom, eu vou indo pra casa descansar um pouco e ir para Setagaya visitar um amigo, até amanhã Shigure-Chan.
Shigure acena como resposta e segue na direção contrária a Koushirou.

Eu quero saber como posso ajuda-los em tudo isso. Eu nunca vi o Koushirou-Kun com uma expressão tão tensa e séria. Como eu posso auxiliar ele e ajudá-lo a salvar o Digital World? Talvez eu devesse convidá-lo a minha casa e assim podíamos pensar em algo junto.

Vagando em seus pensamentos, Shigure se vê como vítima de sua falta de conhecimento e assim não pode ajudar seu amigo. Somado a isso estão os sentimentos de Shigure por Koushirou que ficaram congelados durante 2 anos, mas ao conhecer um pouco mais sobre ele, ela ficou um pouco mais interessada e cativada pelo ruivo.

O Relógio marca 5:30 PM. O por do sol em Odaiba é fantástico, a cor vermelha se contrasta com o azul e define a bela paisagem no céu enquanto em terra o vai vem das pessoas é absurdo, o barulho das buzinas e motores dos carros formam uma insuportável sinfonia, é o início da hora do Rush em Tokyo. Caminhando juntos, Takeru, Hikari, Daisuke, Ken e Miyako vão até a casa dos Yagami para estudar e pensar numa solução de como salvar o Digital World. Nas mãos de Miyako estão algumas guloseimas para o momento, mas eles não conseguem sorrir.
Eles enfim chegam a casa dos Yagami e ao abrir a porta, todos entram, colocam seus sapatos no armário e educadamente todos entram. É o mesmo apartamento durante esses 22 anos. O mesmo grande corredor com vista parcial da sala de estar e 2 portas bem nas paredes no meio do corredor, os moveis foram trocados e modernizados. A colocação ainda é a mesma, mas com algumas mudanças. Onde era o escritório de Susumu se tornou o quarto de Hikari e por isso duas instantes de livros estão na sala de estar.  Ao entrarem na sala de estar se deparam com os berros de Taichi.
Taichi é um garoto com um cabelo bem cheio, liso e longo, muito bagunçado, ele usa uma faixa na cabeça que deixa o cabelo espetado e desarrumado, brilhantes olhos castanhos.
- Como assim o Milan empatou de novo na Serie A? – Grita Taichi contra a TV.
Taichi acabara de chegar da faculdade e como sempre, apenas seus sapatos estão no lugar certo, ele está sem camisa e apenas com a calça.
- De novo ele e esse Milan? – Indaga Takeru.
- Enquanto aquele brasileiro estiver jogando daquele jeito ele continuará sendo um torcedor fanático. – Responde Hikari.
- Me pergunto como o Milan vai ganhar a Champions League se continuar jogando desse jeito na Série A. – Fala Daisuke.
- Daisuke-Kun, infelizmente o Milan não tem time o suficiente pra ganhar tudo nessa temporada, além da perca de pontos por causa dos escândalos. – Diz Ken.
Taichi olha para o lado e vê seus amigos e com um sorriso convidativo ele acena para entrarem.
- Venham logo, Daisuke-Kun, Ken-Kun! – Exclama Daisuke.
Daisuke e Ken caminham até Taichi e se sentam ao lado dele para ver os lances do jogo e são seguidos por Hikari, Takeru e Miyako.
- Algo estará muito errado se o Kaká não for eleito o melhor do mundo nesse ano. - Comenta Ken.
Após o termino do retrospecto do embate entre Milan e Roma, o semblante de Taichi muda de irritado para sério e frustrado.
- Pessoal aquele E-mail do Koushirou-Kun... – Fala Taichi, vislumbrando o chão. – É possível que seja culpa de verdade da humanidade tudo isso que está acontecendo?
- Nada ainda está confirmado por ninguém irmão, mas você sabe com o Koushirou-Kun é, ele nunca nos alerta por nada. – Responde Hikari.
- Então vamos confiar no Koushirou-Kun e nos outros. Eles certamente vão achar uma solução. – Fala Taichi, se acalmando.
- Pessoal vamos logo estudar por que pra vocês do primeiro ano não vai ser fácil. – Diz Miyako, empurrando Hikari e Takeru para o quarto.
- Vocês são tão dedicados, eu só peguei em um livro quando entrei no ensino médio depois de uma semana. – Fala Taichi, rindo.
- E quase foi reprovado. – Retruca Hikari, enquanto é empurrada.
Daisuke e Ken se levantam, acompanham os outros e entram no quarto de Hikari. É um quarto com cores que contrastam entre o rosa e branco, a cama com uma coberta rosa e corpo branco. Uma bancada com um computador também com esse contraste. O que chama mais atenção é um quadro de fotos que mostram vários momentos felizes e marcantes que tiveram no Digital World principalmente. Daisuke olha para um dos quadros e nota uma foto.
- Esse dia foi de mais. – Diz Daisuke, pegando uma foto especifica.
- Não toque nas coisas dos outros sem permissão. – Reclama Takeru.
- Não vejo problema nisso, Takeru-Kun. – Fala Hikari, com um sorriso o que faz Daisuke sorrir, animado.
- Imperialdramon Paladin Mode realmente foi fantástico naquela batalha. – Diz Ken.
- É, mas eu não entendo por que Omegamon não foi capaz de lutar contra ele de igual para igual apesar do equilíbrio no início da luta. – Fala Takeru.
- Talvez seja o fato dele ser uma união de muitos Digimons, mesmo que Omegamon atacasse o dano era pouco. A Omega Blade tem a capacidade de reiniciar os dados, quando Imperialdramon usou contra Armagemon os Kuramons se desuniram, depois foi apenas abrir o portal para o Digital World e assim ele foi para o seu lugar. – Explica Ken.
- Caso o Digital World esteja realmente em perigo por culpa da humanidade, será que poderemos salvá-lo? – Pergunta Hikari.
- Claro que poderemos, mas se esquentarmos a cabeça com isso vamos acabar não fazendo nada direto. Vamos estudar e assim que descobrirem algo irão nos avisar imediatamente. – Responde Daisuke.
A frase otimista de Daisuke deixa todos animados e mais calmos. Hikari liga o seu computador e em seguidas todos sentam no chão em círculo.

Taichi vai até a geladeira e pega uma cerveja em lata, depois vai até a varanda admirar a paisagem de Odaiba. Não é costume de o Taichi beber cerveja em pleno dia de semana, ele só bebe socialmente ou aos fins de semana, se ele está bebendo fora dessas condições, significa que não está conseguindo lidar com toda a pressão sobre ele. Seus pensamentos estão mergulhados numa tentativa de encontrar uma solução para o possível problema entre o mundo humano e o Digital World. O relógio marca 18 horas, 6 minutos e 6 segundos quando uma grande luz aparece sobre a solitária ilha de Odaiba e após ela baixar uma esfera luminosa aparece sobre o ar e isso impressiona Taichi.
- Mas que dro... – Fala Taichi, sendo interrompido pelo seu celular.
Taichi pega o seu celular e há uma mensagem de Koushirou nele.

Uma quebra dimensional vinda está acontecendo exatamente neste momento, por favor, quem puder se dirija imediatamente a ilha artificial Odaiba.

Os jovens que estavam no quarto saem imediatamente dele e se dirigem a varanda. Ken e Hikari vão até o computador na sala de estar e o liga.
- Digital Gate, Open! – Exclama Ken.
Em sua frente aparecem seus parceiros Digimons, Hawkmon, Patamon, Agumon, Tailmon, Wormmon, e V-Mon.
- Pessoal, é muito bom ver todos vocês de novo. – Fala Patamon. – Mas temos um problema grave agora.
- Yamato-Kun e Iori-Kun estão esperando por nós com Gabumon e Armadimon no terraço do prédio. – Fala Agumon. – Qinglongmon nos cedeu sua energia de seu Digicore e assim todos nós podemos atingir a fase máxima que conseguíamos antes.
As crianças pegam seus Digivices e seguem para fora varanda junto aos seus Digimons, nesse momento os Digimons pulam para fora e evoluem.


Agumon Warp Shinka... WarGreymon.

Tailmon Chou Shinka... Angewomon.

Angemon Chou Shinka… HolyAngemon.

XV-Mon, Stingmon Jogress Shinka… Paildramon. Paildramon Kyuukyoku Shinka… Imperialdramon.

Hawkmon Shinka… Aquilamon.


Todos sobem em seus parceiros e vão para Odaiba, naquele momento eles se encontram com Yamato e Iori que estão com seus Digimons em forma máxima, MetalGarurumon e Ankylomon respectivamente. Iori Hida é um garoto de tamanho normal, pele branca e olhos verdes. Ele está usando a farda da escola chugakko de Odaiba, o clássico terno verde. Yamato Ishida é o irmão mais velho de Takeru Takaishi e assim como o irmão possui olhos azuis e cabelos loiros devido à descendência francesa.  
- Sora-San está em Saitama e se dirige para cá junto a Garudamon, Jou-Kun estava em casa na hora e deve chegar aqui em 10 minutos, Koushirou-Kun chega aqui em 8 minutos, Mimi-Chan vem em 5 minutos e seu primo saiu de Narita tem 20 minutos e deve chegar em 5 também. – Fala Iori.
Ao chegarem na ilha artificial de Odaiba os jovens param perto da luz que diminui e dela sai um ser sombrio. Vestindo uma roupa vermelha com detalhes em verde e branco, e um claro pentagrama verde desenhado sobre sua testa, o colar em seu pescoço, as mão pálidas com longas unhas vermelhas e as asas diabólicas com garras, ele é um velho conhecido das crianças.
- Demon! – Exclama Daisuke.
Neste momento Imperialdramon muda de forma para o Fighter Mode e convoca o seu canhão.
- Vamos todos de uma vez! – Grita Ken.
Imperialdramon usa o Giga Death, WarGreymon usa Gaia Force, MetalGarurumon utiliza o Cocytus Breath, Angewomon dispara o Holy Arrow e Aquilamon ataca com o Blaster Laser.
Uma imensa explosão acontece em Odaiba e isso chama a atenção de todos nos arredores, a cidade para e todos começam a assistir a batalha. Após o fogo apaziguar o manto de Demon se queima e ele se torna maior, segundos depois a sua aparência verdadeira é revelada. Cabelos negros, olhos azuis bem claros, chifres grandes, em sua testa há uma pedra azul, pelo vermelho e em seu ombro esquerdo está desenhado um pentagrama.
- Achei que tivessem ficado mais forte, escolhidos. – Fala Demon, aterrorizando as crianças.
HolyAngemon para em sua frente e executa sua técnica Heaven’s Gate que começa a puxar Demon pouco a pouco. Então Ankylomon pula sobre as costas de Demon e ataca com sua técnica Megaton Press jogando o seu corpo sobre Demon que é empurrado e jogado dentro do portal de HolyAngemon.
- Conseguimos! – Grita Takeru.
- Mais patético do que antes! – Exclama a voz de Demon.
Demon aparece no mesmo lugar saindo do portal a centímetros de HolyAngemon e o atravessa com duas mãos , em seguida com um grito diabólico ele rasga HolyAngemon no meio que desaparece no ar.
- HolyAngemon... – Sussurra Takeru, em lágrimas.
Aquilamon vai para cima e usa sua técnica Glide Horn e com um movimento da mão direita ele ataca Aquilamon que cai no mar. Miyako corre na direção de Aquilamon e pula no mar sendo seguida por Ken.
- Vamos fazer a Jogress, WarGrey... – Diz MetalGarurumon, sendo interrompido pelo ataque de Demon.
Demon atravessa o corpo de MetalGarurumon com seu braço direito da cabeça ao rabo do lobo metálico e neste segundo MetalGarurumon é morto.
- MetalGarurumon! – Exclama WarGreymon, que ataca com o Gaia Tornado.
O Gaia Tornado atinge Demon em cheio na barriga, mas o mesmo não se move, então Demon pega WarGreymon pelos braços e o suspende quebrando sua armadura por causa da pressão do aperto.
- Muito, muito fraco! – Exclama Demon, executando sua técnica, Flame Inferno, queimando WarGreymon.
- Não vou permitir isso! – Grita Angewomon, atacando com um soco.
O soco atinge Demon que salta WarGreymon. Demon encara Angewomon que continua o atacando com socos e chutes que não o afeta.
- Você é tão linda... – Fala Demon.
Demon segura o braço direito de Angewomon com a mão esquerda e então atravessa sua barriga com sua mão direita a matando. Neste segundo Ankylomon ataca pulando sobre Demon, então Demon fica sobre Ankylomon e coloca seu pé sobre suas costas e em uma velocidade tremenda desce ao chão, quando atinge o chão a poeira sobe e momentos depois apenas uma cratera é vista sem Ankylomon.
- Eu estive agindo e observando vocês humanos e seus parceiros Digimons durante esses 5 anos! – Exclama Demon.
Imperialdramon voa em direção a Demon e o ataca com um chute, Demon contra ataca com o cotovelo e nesse segundo a armadura na perna de Imperialdramon é estraçalhada, em seguida Demon soca o peito de Imperialdramon quebrando sua armadura.
- Pare! – Exclama WarGreymon, avançando velozmente contra Demon que com uma joelhada no peito quebra a armadura de WarGreymon.
- Sem interrupções agora. – Fala Demon, pegando a cabeça de WarGreymon e executando sua técnica Flame Inferno que queima WarGreymon.
O grito de WarGreymon é insuportável para os jovens que estão desesperados e desolados e sem reação. WarGreymon explode e some como os outros.
No chão, Imperialdramon some apenas Wormmon e V-Mon podem ser vistos.
- Agora que me livrei do incomodo, posso pegar as crianças. – Fala Demon.
Demon pula sobre Taichi e sua irmã e os segura, depois faz o mesmo com Daisuke, Takeru e Yamato. Quando ele vai para cima de Iori que começa a correr, V-Mon pula sobre Demon que o morde e atravessa o corpo do pequeno dinossauro azul com os dentes. Quando a mão de Demon está perto do corpo de Iori um pássaro com asas vermelhas e verdes e um corpo colorido que se divide em verde-claro e em suas costas está um humano pega Iori e Wormmon com a boca rapidamente e salta para longe dali.
- Sortudo, meu tempo acabou. – Fala Demon.

Uma luz envolve Demon e ele desaparece no ar. Segundos depois, Jou e seu parceiro Ikkakumon chegam à ilha com Miyako, Ken e Hawkmon em suas costas. O cenário é pavoroso, aquela área está muito avariada, como se um forte terremoto tivesse acabado de acontecer. O pássaro que resgatou Iori e Wormmon está na parte de baixo da Rainbow Bridge para onde Ikkakumon se move. O jovem em nas costas do pássaro desce, ele tem uma pele parda, cabelos lisos e um olhar ocidental, veste uma camisa de um time de futebol e calça jeans com um tênis.
- Mas que diabos aconteceram aqui? – Indaga aquele jovem, assustado. – Eu nunca vi um Digimon tão forte quanto aquele demônio.
Segundos depois Mimi e sua parceira Lilymon chegam ao local.
- Gabriel-Kun, Jou-Kun! – Exclama Mimi, desesperada.
- O que houve com os outros? – Indaga Jou.
- Foram... Todos Mortos! – Exclama Iori, que está com os olhos arregalados tem um surto seguido de desmaio.
Aquela frase de Iori deixa todos ali chocados.
- Aquele Digimon simplesmente massacrou todos que o atacaram de uma forma extremamente violenta e cruel. – Fala Gabriel. – Infelizmente eu e Diatrymon não conseguimos chegar a tempo, mas mesmo que tivéssemos chegado... Não acho que faríamos diferença.
Neste momento, Sora Takenouchi e Koushirou chegam com seus parceiros Garudamon e AtlurKabuterimon respectivamente.
- Que desastre... – Fala Koushirou.
- Demon... Atacou-nos. – Diz Ken em lágrimas.
- Ele capturou Taichi e os outros, nossos parceiros foram todos dizimados. – Sussurra Miyako, com lágrimas descendo sobre seus olhos.
- Em 2 minutos ele acabou com todos nós... – Fala Wormmon, com dificuldades. – A força dele faz BelialVamdemon parecer um nada.
O celular de Koushirou toca naquele momento toca e ao tocar nele há uma nova mensagem vinda de Gennai.

O que está acontecendo no Digital World não é culpa dos humanos diretamente. O mar negro de Dagomon que apareceu anos atrás está finalmente terminando de se unir ao Digital World usando a rede de computadores da Terra. Parece que prender Demon lá acabou causando isso, uma área negra está se formando na Net Ocean do Digital World e lá há relatos que uma grande criatura marinha cor de rosa esteja a protegendo e a maioria que tentou se aproximar foi brutalmente assassinada, os sobreviventes disseram que ele falou uma seguinte frase “Os 7 grandes Maous concertarão o Digital World.”

- Um novo inimigo apareceu... – Fala Koushirou. – O mar de Dagomon está quase totalmente unido com o Digital World e Demon estava preso lá. Parece que ele faz parte dos 7 Grandes Maous.
- Achamos a resposta, mas foi tarde de mais para agirmos... – Diz Ken.
Sirenes podem ser ouvidas a se aproximar, então os jovens saem dali rapidamente.

O mar negro de Dagomon é uma dimensão alternativa entre o Digital World e o mundo humano, mas influenciada totalmente pelo Digital World. Pode-se ver uma longa praia com um farol lá, sua aura é totalmente cinza e sem vida. Naquela praia dá para se ver Demon e as crianças desmaiadas jogadas sobre elas.
- Meu amigo, Leviamon! – Grita Demon. – Eu consegui concluir meu objetivo com eficácia e destruí Imperialdramon e Omegamon!
Naquele segundo um jacaré de proporções titânicas e com duas caudas sai do mar e aparece na frente de Demon.
- Espero que nossos soldados sejam o suficiente para acabar com as crianças restantes. – Diz Leviamon.
- Desde que você conseguiu evoluir de Dagomon para Leviamon a esperança se abriu para mim e que o Digital World finalmente estava perto mais uma vez. – Fala Demon.
- Certamente, meu amigo. – Fala Leviamon. – Eu sou 150 vezes mais poderoso agora do quê como Dagomon e agradeço a você por esse poder. Essas crianças, o que fará com elas?
- Acho que elas são inúteis, então às darei para Lilithmon brincar com elas. – Responde Demon.

7 poderosos seres aparecem, cada um deles é muito superior a muitos outros inimigos juntos. Para os escolhidos do passado e do presente, e em todo o mundo eles são impossíveis de ser derrotados no momento. Para os jovens no Japão que sentiram na pele o poder de Demon, o terror apareceu, o inimigo agora é além das trevas, a partir de agora não é uma luta de bem contra o mal e sim de uma guerra.


Última edição por Gokuwmon em Sex 27 Jun 2014, 9:25 pm, editado 3 vez(es)
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Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.  Empty Re: Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.

Mensagem por Lawliet Qui 19 Set 2013, 3:37 pm

Sério, essa fic tem tudo para ser a melhor fanfic do fórum. Continue, por favor. E foi mal pelo comentário curto, ultimamente não tenho tido tempo pra entrar no fórum e ler com calma os tópicos.

Espero pelo próximo capítulo.
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Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.  Empty Re: Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.

Mensagem por Gokuwmon Sex 20 Set 2013, 3:18 pm

Lawliet escreveu:Sério, essa fic tem tudo para ser a melhor fanfic do fórum. Continue, por favor. E foi mal pelo comentário curto, ultimamente não tenho tido tempo pra entrar no fórum e ler com calma os tópicos.

Espero pelo próximo capítulo.
Valeu pelo elogio. Eu vou continuar o quanto puder, mas é uma fanfic longa e não é uma fanfic fácil de escrever, eu tenho que ficar toda hora vendo os episódios específicos e lendo a história de alguns CD-Dramas pra pegar a referência certa, além de acontecimentos da época. 

É complicado escrever essa fanfic por que soltar os fatos pra prender a curiosidade dos leitores sem comprometer a surpresa é difícil, por isso tem duas vertentes que tento trabalhar ao mesmo tempo, já que quando eu precisar ser lento no desenvolver da história eu posso desenvolver os personagens e seus relacionamentos mantendo perfeitamente a linha ação-fato-consequência. 

E ainda tem o fato de que toda vez que um Digimon novo sai, talvez eu precise mudar a história, como no caso do Bacchusmon que é uma ponte perfeita pro que quero fazer e como ele foi lançado essa semana eu vou precisar mudar algumas coisas que já tinha planejado, então eu tenho que deixar a história maleável pra não haver contradição ou acabar perdendo o time com algo oficial que é lançado na franquia. Como eu disse, quero ser o mais fiel possível, mas terei que fazer algumas mudanças bestas ali e acolá.
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Mensagem por Gokuwmon Seg 23 Set 2013, 2:42 pm

Capítulo 2: Sob o domínio do medo.

Com uma força nunca antes vista e executada de forma eficiente e brutal, Demon derrotou os escolhidos com extrema facilidade. Os jovens que lutaram e seus parceiros estão chocados com o que houve e tentam se reencontrar após verem seus amigos sumirem da face da Terra. A noite quente e de céu limpo em Tokyo soa como um réquiem para os jovens que enfrentaram o demônio. Ikkakkumon e Diatrymon fizeram o favor de fugir sem serem percebidos pelas autoridades ou pessoas. Eles se esconderam em baixo da Rainbow Bridge e lá desceram seus companheiros.
- Pessoal... – Diz Koushirou pegando seu Notebook na sua bolsa. – É melhor que voltem ao Digital World e se recuperem. Gennai e os outros já estão preparados para recebê-los.
- Diatrymon, vá com todos eles e se enturme, quando eu arrumar tudo por aqui eu te trago de volta. – Fala Gabriel.
Neste momento, Koushirou coloca seu computador afrente de Gabriel que mira o Digivice dele em direção ao mesmo, um Digivice branco e dourado.
Digital Gate, Open!
 - Agora vamos levar Iori-Kun ao hospital e contatar a família dele. – Diz Sora.

Sora Takenouchi é uma bela garota que nasceu e foi criada nos arredores de Hikarigaoka e então se mudou para Odaiba. Possui olhos castanhos e um cabelo de cor parecida num tom quase alaranjado, tem um estilo um pouco masculino com tênis, calça jeans e uma blusa preta. Os garotos sobem rapidamente as escadas para chegar à parte superior da Rainbow Bridge, enquanto Mimi está no celular chamando uma ambulância e Gabriel carrega o jovem Iori.
A ambulância rapidamente chega à ponte e colocam o Iori dentro dela.
Um dos paramédicos sai da ambulância e caminha rapidamente em direção a Gabriel.
- O que houve com esse garoto? – Pergunta o paramédico.
- Ele estava na ilha central de Odaiba quando aconteceu esse aquele incidente. – Responde Gabriel. – Parece que ele não se machucou, mas entrou em choque com o que viu.
- Que terrível coincidência... – Lamenta o Paramédico. – Alguém pode acompanhar o garoto até o hospital?
- Eu e Ken iremos acompanhar o Iori-Kun, qualquer coisa nós entraremos em contato. – Fala Miyako, que junto a Ken sobe na ambulância.
A ambulância se vai à alta velocidade em um som estridente do giro do motor. Os carros passam sem parar naquela ponte e aqueles jovens são os únicos parados ali. Koushirou, irritado, chuta o guard rail entre o caminho de pedestre e a pista.
- Eu não consigo entender como Imperialdramon, WarGreymon e MetalGarurumon foram derrotados tão facilmente. – Resmunga Koushirou, irritado.
- E o que há de especial nesses 3 Digimons? – Pergunta Gabriel.
- Eles são do nível Kyuukyokutai. – Responde Sora.
- Kyuukyokutai?! Então existe um nível acima do Kanzentai? – Fala Gabriel, impressionado.
- Paildramon, Agumon e Gabumon são os únicos do mundo que conseguiram atingir esse nível dentre os parceiros dos escolhidos. – Diz Koushirou. – Demon realmente sabia o que estava fazendo e matou a todos...
As lágrimas no rosto de Koushirou é um reflexo da tristeza que todos sentem naquele momento.
- Eu entendo como se sente. – Fala Gabriel. – Mas precisamos encontrar um jeito de reagir.
- Jeito de reagir?! – Grita Koushirou, enfurecido. – Não sabemos de nada sobre Demon, os 7 grandes Maous ou seus objetivos. Nem conseguimos mais usar o Kanzentai sem a ajuda das Holy Beasts, não há reação que possamos ter sem Taichi, Yamato e Daisuke.
- Vocês...  São os parceiros dos Digimons mais poderosos que já pisaram na terra e falam desse jeito? – Pergunta Gabriel, claramente irritado.
- E você? – Retruca Koushirou. – Você sabe o que é ver seus amigos serem mortos e raptados por um inimigo que massacrou o que tinha de melhor?
- Sim. – Responde Gabriel. – O desastre de São Paulo em maio de 2005 não foi um ataque terrorista como devem saber, mas sim o inimigo que enfrentávamos um terrível Digimon chamado Astamon. Nós éramos 10 escolhidos no Brasil e eu vi 8 deles incluindo seus parceiros serem assassinados. Eu vi a minha falecida namorada tomar um tiro e ter um buraco aberto no seu peito, eu senti o sangue dela escorrer pelo meu corpo. Assim como você eu chorei e esbravejei, mas quando vi aquele demônio correr atrás de mim e me atacar eu e Diatrymon só pensamos em sobreviver e fazer tudo isso acabar de uma vez, eu não tive tempo de lamentar, nem se quer por um segundo naquele momento. Nós pedimos socorro ao mundo todo, incluindo a vocês e ninguém conseguiu chegar a tempo.
A história de Gabriel deixa todos ainda mais tristes e miseráveis, mas eles se acalmam e respiram um pouco. Uma dor para anestesiar outra dor.
- Foi por isso que eu e meu pai fomos a São Paulo em 2005 vermos os nossos familiares, quando chegamos lá eles já tinham vencido Astamon. – Fala Mimi, com um olhar desviado. – Eu fiquei tão chocada quando vi aquela parte de São Paulo que não tive coragem de contar a vocês.
- Justamente no dia em que os portais fecharam e nos deixaram trancados no Digital World durante uma semana. – Sussurra Sora com lágrimas nos olhos.
- 250 mil pessoas morreram daquele primeiro de Maio até o dia 7. – Diz Gabriel. – Primeiro de Maio já era um dia triste, agora é um dia pior ainda. O meu amigo foi o outro sobrevivente que conseguiu derrotar Astamon
- Este seu amigo, onde ele está agora? – Pergunta Koushirou.
- Ele já é adulto, tem 21 anos de idade. Está trabalhando e vivendo a vida dele. Ele viria comigo se pudesse. – Responde Gabriel. – E também não podemos deixar o Brasil sozinho agora.
Os jovens estão menos tensos nesse momento, pensando nos motivos e numa solução para sanar os problemas. Como vamos contar aos familiares de nossos amigos? Como vamos encarar seus conjugues e outros amigos que os adoram?

No Digital World, os Digimons estão numa casa clássica do Japão. Junto a eles está Gennai, um homem adulto de boa aparência, que na verdade é um programa de computador que auxilia todos os escolhidos no Japão. Eles estão reunidos em volta de uma mesa na sala de estar, nessa sala há várias instantes com inúmeros livros, um computador e uma televisão moderna. Naquela sala estão Gennai, Piyomon, Tentomon e Gomamon em perfeitas condições enquanto Hawkmon e Wormmon estão machucados e sendo cuidados por Palmon.
- Wormmon, você que o enfrentou duas vezes, o que pode nos dizer de Demon? – Pergunta Piyomon.
- Ele tem um poder semelhante ao de Armagemon. – Responde Wormmon com dificuldades. – Seus ataques são estupidamente velozes e ele tem força suficiente pra destruir o Chrome Digizoid com apenas um soco ou um aperto.
Neste momento um pinguim azul com uma barriga branca e garras vermelhas, de aparência amigável entra na sala de estar e se senta ao lado dos outros Digimons.
- Penmon, seja bem vindo. – Cumprimenta Gomamon.
- Obrigado, pessoal. – Fala Penmon, com um sorriso.
- Turma, o nosso inimigo possui um poder absurdo. – Fala Gennai. – Para enfrentar ele de igual pra igual é necessário um poder semelhante ao de Omegamon.
- Semelhante ao de Omegamon? – Pergunta Gomamon abismado. – Não conseguimos sequer chegar ao Kanzentai sem auxilio das Holy Beasts, para chegarmos ao nível de Omegamon sem ajuda é algo que me parece impossível.
- Omegamon? Quem é esse? – Pergunta Penmon.
Um holograma aparece sobre a mesa mostrando imagens do cavaleiro santo em ação e impressiona a Penmon.
- Incrível, quanto poder esse cara tem. – Diz Penmon, abismado.
- Omegamon é um dos Digimons mais poderosos que já pisaram no Digital World que se tem registro. – Fala Gennai. – Sua força bruta está fora de compreensão e somente 2 Digimons se igualaram a seu poder até hoje, Imperialdramon e Armagemon.  Ambos agora mortos. Demon é um Digimon que está neste mesmo nível.
- Se ele aparecer aqui no Digital World pode ser o fim. – Fala Palmon.
- Ele consegue chegar ao mundo humano e permanecer por pouquíssimo tempo. – Fala Hawkmon. – Se ele aparecer aqui vai ser quando o Oceano negro se integrar totalmente ao Digital World.
- O Firewall do Digital World já está ativado sobre a área de transição, infelizmente não podemos impedir o surgimento dela aqui. – Diz Gennai.
- Droga, se ao menos pudéssemos alcançar o Kyuukyokutai! – Exclama Hawkmon.
- Há um modo, o modo que todo Digimon tem para evoluir, treinando. – Fala Penmon.
- Podemos levar anos treinando... Será que teremos tempo o suficiente? – Pergunta Hawkmon.
- Não importa quanto tempo temos já que a possibilidade de enfrentar ele a qualquer momento é muito alta. – Diz Wormmon.
- Nós somos guerreiros e a esperança desses dois mundos está sobre nossas costas mais uma vez. – Fala Gomamon, cabisbaixo.
- Gennai, o que você tem a dizer sobre os 7 Grandes Maou? – Pergunta Tentomon.
- Segundo a sabedoria de Qinglongmon, os 7 Grandes Maou são os 7 Digimons mais poderosos desse tipo existente, ele não sabe ao certo quem são, mas me confirma que Demon é um deles por que o nível de poder dele é muito parecido com os das Holy Beasts, talvez até maior. Os 7 Grandes Maous são lendas de seres que vivem presos na Dark Area. – Fala Gennai.
- Gennai, 9 anos atrás antes de enfrentarmos Apocalymon você nos disse que um Digimon quebrou o Firewall do Digital World, Certo? – Pergunta Tentomon.
- Exatamente... – Responde Gennai.
- A Dark Area do Digital World possui uma grande vigilância do Firewall e dos Anubismon que jugam a vida dos Digimons. – Fala Tentomon. – Será que o Digimon que quebrou o Firewall e passou foi justamente o Demon? – Pergunta Tentomon.
A pergunta de Tentomon soou como uma pista para todos os outros naquela sala em um instante.
- É possível, mas dessa época a única coisa que sei é o primeiro nome de quatro dos primeiros escolhidos. – Fala Gennai. – Os nomes são Ayrton, Alain, Nigel e Nelson. Se os encontrarmos poderemos ter mais informações.
- Isso não ajuda muito. – Fala Penmon. – Tudo que podemos fazer é esperar o próximo movimento deles enquanto não temos mais dados.
- Enquanto não pudermos impedir a união das duas dimensões é o que resta. – Fala Gennai.
Um ar pesado nasce naquela sala e os Digimons junto a Gennai olham apreensivos para um vazio sem fim. São eles que estão sempre afrente do campo de batalha, atacando e defendendo. Apesar de eles terem nascido para a luta, se acostumaram à vida pacífica e por isso tem medo de morrerem em batalha como seus amigos. A lei da vida dos Digimons se tornou algo complexo.

O relógio marca 8 horas da noite em ponto. No hospital, Miyako e Ken estão sentados na sala de espera olhando para o chão. As pessoas passam para lá e para cá sem notar aqueles jovens desolados. Um senhor de idade entra pela porta, vestindo uma roupa tradicional japonesa para treinos de Kendô. Ele se aproxima de Ken e Miyako e os cumprimenta.
- Chikara-San, como vai? – Fala Ken, formalmente.
- Bem, bem. – Responde Chikara. – Mas o Iori já despertou?
- Ainda não Chikara-San. O médico nos disse apenas que ele teve um colapso nervoso e deve ficar bem e sem sequelas, ele está apenas descansando agora. – Responde Miyako.
Chikara Hida é o avô paterno de Iori e sempre foi o porto seguro daquele menino que crescera sem o Pai. Ele sabe do difícil trabalho que o Iori tem e assim ele ajuda o garoto a lidar com toda a pressão. Chikara senta-se ao lado de Miyako e coloca a mão sobre o ombro da garota.
- Iori está bem, então por que estão assim crianças? – Pergunta Chikara.
- O motivo de Iori está assim... – Fala Ken, apertando as mãos sobre os joelhos. – É por causa de um inimigo que voltou.
- Vocês foram derrotados e humilhados certo? – Questiona Chikara.
- Alguns amigos não chegaram a tempo... – Responde Miyako, fechando os olhos com força.  – E dos que enfrentaram Demon, fomos os únicos que conseguimos escapar.
A resposta de Miyako deixa o senhor um pouco abismado, mas ele logo se acalma.
- Enfrentando perigos como esses, uma hora ou outra isso podia acontecer. – Fala Chikara.
- Nós sempre esperávamos por algo assim... – Sussurra Ken.
- Agora, o que vocês planejam fazer? – Indaga Chikara.
- Não sabemos ainda. Nem conhecemos a situação de nossos parceiros e da forma como os outros foram mortos... – Fala Miyako, com lágrimas descendo por sua face.
- Vocês são apenas jovens comuns, não são guerreiros por mais que já tenham lutado inúmeras vezes. – Diz Chikara. – Sempre tiveram sorte de escapar todos juntos da morte em vários momentos. É um trabalho difícil e que só vocês podem fazer e é por isso que tem a nós, seus familiares para ajuda-los e apoiá-los.
- Obrigado, Chikara-San. – Fala Ken. – Mas não sabemos como vamos derrotar um inimigo tão forte.  
- Ora essa então tente ser tão forte ou até mais que os inimigos. – Diz Chikara, um pouco irritado. – Se vocês precisam de força, então procurem por ela.
- Pode ter certeza que vamos tentar. – Fala Miyako, um pouco mais animada. – Mas não sei como vou encarar os pais da Hikari e do Takeru e muito menos lidar com a senhora Motomiya.
- Deixe os pais dos seus amigos comigo. – Fala Chikara. – Eu explicarei tudo a eles.

O relógio marca 20:30. Ken e Miyako levantam-se e saem do hospital de mãos dadas e vão caminhando em direção à estação de trem.  Os passos são desajeitados, sincronizados e lentos. Eles estão claramente abatidos por causa de tudo que houve nas ultimas 2 horas. O céu é claro, mas as estrelas não podem ser vistas, pois a cidade roubou o seu brilho, apenas se pode notar algumas nuvens perdidas em meio à escuridão.
- Miyako, você quer passar a noite na minha casa? – Pergunta Ken, com um sorriso que é devolvido por Miyako.
- Somente você pode me consolar nessa hora... – Responde Miyako. – Quando Aquilamon foi atingido pelo soco de Demon eu não pensei duas vezes e fui ajuda-lo e você estava logo atrás de mim.
- Eu sempre tenho em mente o fato de que você nada muito mal. – Fala Ken. – Wormmon sobreviveu sem danos sérios e pelo que vi Hawkmon está bem também, acho que não precisamos nos preocupar com seus machucados.
- Ele capturou os nossos amigos e matou os parceiros Digimons deles... – Sussurra Miyako. – Honestamente, eu sinto que vamos morrer se o enfrentarmos de novo.
- Dessa vez não podemos nos segurar. – Diz Ken, com uma postura mais séria. – Não parece ser uma batalha entre luz e trevas. 
- Como assim não nos segurar? – Pergunta Miyako.
- Pelo que Gennai disse, a partir de agora será uma guerra Miyako. Se tivermos uma chance nós devemos matar Demon. – Responde Ken, friamente.
- Eu concordo, mas como nossos Digimons vão se portar diante disso? – Indaga Miyako.
- Wormmon e eu estivemos sempre prontos para esse momento e acho que Hawkmon e você devem pensar o mesmo. – Responde Ken novamente.
O casal finalmente chega à estação de metrô. Eles colocam os tickets do metrô na catraca e passam por ela, então sobem as escadas e esperam pelo trem. Durante isso Ken puxa seu celular e liga para casa sendo atendido por sua mãe.

Olá Ken, tudo Bem?
- Sim, só estou ligando pra avisar que a Miyako está indo dormir aí em casa comigo.
Num dia de semana? Você não a engravidou não?!
- De jeito nenhum, tomamos muito cuidado com isso!
O grito de Ken chama a atenção das pessoas ali em volta.
Tem haver com a destruição na ilha artificial em Odaiba?
- Exatamente.
Ok, vocês devem vir direto de Odaiba, então imagino que ela não pegará mudas de roupa, o que vai fazer sobre isso?
- O de sempre, mãe, pegue alguma camisa minha bem larga e tudo vai ficar certo.
Espero que vocês estejam realmente bem, bye.

- Como sempre, ela está um pouco paranoica. – Resmunga Ken, que faz Miyako sorrir e deixando-a um pouco envergonhada. É comum a atitude paranoica da senhora Ichijouji já que é um casal que tem um pouco mais de 2 anos juntos
O trem para área de Shibuya finalmente passa e os jovens entram e sentam-se juntinhos.
- Eu me pergunto como será o dia de amanhã... – Sussurra Miyako, caindo no sono sobre o ombro de Ken que sorri.
Ken e Miyako passaram a namorar em 2005 quando ela se declarou de uma forma bem promiscua ao belo jovem em pleno dia dos namorados. Desde então eles desenvolveram um relacionamento muito forte e destacado dentre seus amigos. Quando souberam, Hawkmon e Wormmon ficaram felizes e desejaram boa sorte ao casal, e consolaram o Ken que por sua vez teria que conviver com uma “louca”. Com o tempo se acertaram e estão em um ponto muito avançado em seu relacionamento.
Em uma região residencial de Meguro está Gabriel, Mimi e Jou caminhando pelas ruas bem iluminadas. Todos estão cabisbaixos e apreensivos sobre o que acabou de ocorrer.
- Eu não sabia que você está morando aqui perto, Mimi-Chan. – Fala Jou, com um sorriso.
- Eu escolhi essa área por que o aluguel é bem barato e fica perto do CT dos Marinos. – Fala Mimi.
- Gabriel-San, por que você escolheu jogar no Japão? – Pergunta Jou.
- Ela me chamou. – Responde Gabriel, apontando para Mimi.
- Sair do conforto e das chances do Brasil pra jogar aqui apenas por isso? – Indaga Jou, estranhando a decisão do jovem.
- Eu adoro a Mimi, é uma parente querida e também vocês estão precisando de reforço por aqui. – Responde Gabriel, sorrindo.
- Notei que seu japonês é fluente. – Fala Jou.
- Ah, meu pai me ensinou desde quando eu era um moleque. Eu tenho um japonês perfeito. – Diz Gabriel, sorrindo como um menino.
- Gabriel, por que você não fala a verdade do motivo de ter vindo para o Japão? – Pergunta Mimi, com um sorriso suspeito.
- Bom, os motivos são muitos... Aqui o salário é bom e vou jogar num time de primeira divisão nacional em breve e assim ir pra Europa o mais rápido possível em um grande centro, a educação é ótima e... Eu adoro as garotas japonesas. – Responde Gabriel, com um sorriso safado no rosto.
Jou se aproxima da Mimi e fala em seu ouvido
Todos os garotos do Brasil são tão saidinhos assim?
Mimi responde com um sorriso confirmando.
Para Gabriel, o sorriso de Mimi aparenta ser diferente do que costuma quando ela fala com o Jou e ele entende na hora que ela sente algo especial pelo aspirante da medicina. Eles param em frente a um apartamento comum naquela área residencial e se despedem de Jou.
- Pessoal, eu fico por aqui. – Diz Jou. – Mais uma vez foi um prazer te conhecer, Gabriel-San. Boa noite.
Jou sobe as escadas apressado e entra em seu apartamento, enquanto isso Gabriel e Mimi caminham lado a lado.
- Você se comporta diferente quando está com ele. – Comenta Gabriel, com um ar despreocupado.
As palavras de Gabriel fazem Mimi ter um arrepio da cabeça aos pés e em seguida ela fica vermelha.
- Eu não acho nada disso! – Exclama Mimi, claramente nervosa.
- Eu não estou insinuando nada, mas certamente houve algo no passado entre vocês. – Diz Gabriel, encarando a garota que passa a olhar para o chão.
- Depois da derrota de VenomVamdemon 9 anos atrás... – Fala Mimi. – Eu e os meus amigos começamos a enfrentar os Dark Masters e durante a luta contra Pinocchimon decidimos nos separar. Eu e o Jou fomos pra um lado, Yamato para outro e o resto seguiu em direção a Pinocchimon com Taichi e os outros. Enquanto caminhávamos fomos abordados por Pinocchimon que nos desafiou. Naquela época eu estava absurdamente triste por causa da morte de Digimons que havíamos conhecido durante nossas aventuras e por isso estava muito assustada de que se Palmon o enfrentasse ela poderia ser morta, mas o Jou e Gomamon não hesitaram nem por um segundo e lutaram contra Pinocchimon mesmo sendo derrotados no momento seguinte. Então um inimigo que retornou dos mortos, MetalEtemon, enfrentou Pinocchimon numa batalha cômica e assim fugimos com a ajuda de Ogremon e SaberLeomon. Naquele momento em que eu estava imponente o Jou lutou para proteger a todos e só assim eu entendi que numa batalha não importa o momento ou o que sentimos, não podemos hesitar nem por um segundo.
- Vocês são mesmo muito sortudos... Naquela época nem escolhidos éramos. – Fala, Gabriel um pouco cabisbaixo.
- Sim, foi um dos momentos mais assustadores que vivi, mais mesmo que o 11de setembro.  – Diz Mimi.
- É verdade, você estava no 11 de Setembro quando ocorreu. – Fala Gabriel. – Mas por que diabos você correu em direção ao World Trade Center?
- Eu achei que era um ataque de um Digimon e fui para lá conferir, mas ao chegar lá eu percebi que não se tratava disso e por sorte conheci os escolhidos dos USA. – Diz Mimi ,um pouco cabisbaixa.
Gabriel apenas observa a sua prima e sente uma tristeza em sua aura e o silêncio mantem um clima desconfortável no ar.
- Amanhã eu quero que você me apresente umas amigas suas bem bonitas. – Fala Gabriel deixando Mimi nervosa.
- O colégio começou ontem e faz muito tempo que estou nos USA, os únicos amigos que tenho aqui são os outros escolhidos. – Diz Mimi.
- Então espero que o meu futebol seja o suficiente para conquistar algumas garotas. – Fala Gabriel, com um sorriso safado.
- Você é bem bonito e extremamente talentoso além de já ser um campeão mundial. – Diz Mimi. – Além disso, é possível que os meios de comunicação venham lhe ver amanhã, esteja preparado.
- É verdade... – Fala Gabriel, sorrindo. – Mas eu não estou preocupado agora com isso... O que aconteceu agora a pouco.
- Não se martirize tanto, nós vamos dar um jeito, vamos acreditar em Penmon, Palmon e nos outros. – Fala Mimi sorrindo.
Gabriel e Mimi finalmente chegam ao prédio. É um prédio comum, mas de bom nível. Eles pegam o elevador e chegam ao oitavo andar onde ao chegarem à porta do apartamento de Mimi há cinco malas.
- Eles são realmente eficientes. Ainda bem que não precisei carregar tudo pra cá. – Diz Gabriel, sorrindo.
Gabriel e Mimi pegam todas as malas e entram no apartamento. É um bom apartamento com 2 quartos, banheiro, cozinha e sala de estar. Bem aconchegante e simples. Há de se notar a predominância do rosa nessa casa. Como no forro do sofá e na toalha de mesa.
- Ah... Estou tão cansada. – Resmunga Mimi, bocejando.
- Então vá tomar um banho e eu vou arrumar as minhas coisas, temos aula amanhã então não demore. – Diz Gabriel, num tom estranhamente sério.
- Ser sério não combina contigo. – Diz Mimi, com um sorriso provocativo. – Espere por mim e eu vou fazer o nosso jantar.

Jou Kido está em seu simples apartamento de um cômodo, o suficiente para um estudante universitário. Ele acabou de tomar uma boa ducha e está vestindo roupas leves. Jou se senta no chão com uma tigela de Lamen e liga a TV.
A partir das 6 horas e alguns minutos dessa noite um clarão apareceu sobre a ilha artificial de Odaiba e dela apareceu um monstro. Minutos depois outros monstros apareceram e então eles começaram a lutar, vejam um vídeo amador do momento.
O vídeo mostra exatamente o momento em que Demon ataca MetalGarurumon e brutalmente o assassina. A imagem deixa Jou chocado e o garfo puro cai de sua mão atingindo o chão.
 Ele destruiu MetalGarurumon em um único golpe, mas que droga é isso? Não é atoa que o Koushirou se exaltou tanto na ponte.
Neste momento o celular de Jou toca e é Sora o ligando.
- Jou-Kun, sua TV está ligada na Fuji? – Questiona Sora, com um tom desesperado.
- Sim... – Responde Jou. ainda impressionado. – Como vamos lutar contra isso?
- Precisamos de tempo e de um milagre. – Responde Sora.
- Além de tudo, precisamos tomar alguma atitude agora. – Fala Jou.
- E eu nem tive tempo de... – Diz Sora, com uma voz triste, como se estivesse em lágrimas. – De me desculpar com o Yamato.
- Não se preocupe segundo o que o Koushirou disse nossos amigos não foram assassinados e sim levados. – Fala Jou.
- É verdade, mas é tão doloroso tudo isso ter acontecido depois de uma briga... Está tudo tão bagunçado em minha cabeça.  – Diz Sora.
- Eu vou repetir apenas mais uma vez. – Responde Jou. – Não se preocupe vocês vão dar certo. Como a Miyako e o Ken.
- Sim. – Fala Sora, com uma voz mais alegre. – Vou desligar agora, bye Jou-Kun.
- Até mais. – Diz Jou, desligando encerrando a ligação. – Essas garotas, e em pensar que elas acabariam enroladas em romances entre os escolhidos.
Jou então desliga a TV e pega o seu livro de Medicina veterinária voltando-se ao estudo. Jou é o mais velho do grupo com 19 anos e a 5 meses de fazer 20 e ele como sempre se sente responsável por todos os outros. Ele está aflito e com medo, mas tenta encarar tudo do jeito mais tranquilo possível para ajudar todos os outros se necessário.
O dia 2 vai embora e então o sol nasce novamente. Belo e majestoso ele aparece no céu em uma agradável temperatura. Jou está em sua cama dormindo de uma forma desengonçada e de boca aberta, pode-se notar a baba descendo por sua boca. O jovem então desperta e o relógio marca 6:50 em ponto.
- Estranho... – Sussurra Jou. – Pela primeira vez eu acordei cedo.
Jou entra no chuveiro e toma um banho simples. Enxuga-se e passa o antitranspirante e veste uma camisa polo na cor azul marinho, calça jeans e seus tênis All-Star preto.
Ele pega a sua pasta e a abre conferindo os livros. Tudo certo. O relógio marca 7:15 da manhã e ele sai pela porta de seu apartamento. Desce as escadas rapidamente e ao colocar os pés na rua se depara com Gabriel e Mimi. Gabriel está fazendo pontinhos de cabeça com a bola.
- Olá, Mimi-Chan, Gabriel-San. – Fala Jou, cumprimentando seus amigos.
- Olá Jou-Kun. – Responde Mimi.
- Mas que diabos ele tá fazendo? – Pergunta Jou, estranhando Gabriel. – Ele pode se machucar desse jeito.
- Não se preocupe Jou, eu faço isso como pré-aquecimento para futebol mais tarde. – Fala Gabriel, com um sorriso.
- Só espero que não se machuque. – Diz Jou, com um tom preocupado.
- Eu também. – Fala Gabriel.
Os 3 jovens chegam na estação e entram no metrô. Lá o Gabriel finalmente para de bater bola e se segura no poste.
 - O E-Mail do Koushirou-Kun. – Diz Mimi. – Se for isso mesmo que lemos o que vamos fazer?
- Não acho que tenhamos escolha. – Responde Jou. – Teremos que lutar.
- A propósito, a Shigure me ligou umas 9:45 da noite dizendo que não conseguia falar com o Koushirou, o que será que ele estava fazendo? – Questiona Mimi.
- Ele estava estressado e triste ontem. – Responde Gabriel. – Na certa ele foi dormir e tentar relaxar um pouco. Quando chegarmos à escola, perguntarei a ele.
O silêncio se instala entre os 3 jovens, Gabriel está ao lado de Jou que por sua vez está de frente para Mimi a encarando. O rosto de Jou está bem corado enquanto a Mimi apenas olha de um lado ao outro já que está extremamente preocupada com tudo o que houve. Gabriel olha para os dois e fica em silêncio.
Esse cara sente algo por ela e da forma que olha pra ela, quanto desejo. Jou, você é uma das pessoas mais legais que já conheci a primeira vista, então vou te ajudar caso você realmente goste da Mimi.
O trem faz um movimento brusco e um passageiro empurra Mimi para o lado. Por instinto Jou segura Mimi indo para cima de Gabriel que por sua vez a segura.
- Você está bem, Mimi? – Pergunta Jou um pouco aflito.
- Sim. – Responde Mimi com um sorriso.
- É a parada de vocês não? – Indaga Jou.
- Verdade, vamos Mimi. – Responde Gabriel, saindo do trem.
- Gabriel, me espere! – Exclama Mimi, correndo em direção a ele.
Nesse segundo Mimi se vira para Jou e acena pra ele se despedindo. Mais uma vez Mimi entrou na cabeça dele e deixou tudo bagunçado.
Droga... Estou me apaixonando por ela.
Mimi alcança o seu primo que volta aos pontinhos de cabeça na bola. Ela está acanhada, com um olhar brilhante e profundo.
Eu tenho certeza absoluta, estou 100% certa de que o Jou no mínimo se sente atraído por mim!
- Gabriel, o que acha do Jou? – Pergunta Mimi, que junta as duas mãos e balança delicadamente.
- Até agora, somos diferentes em tudo, mas nossos valores são bem parecidos. – Responde Gabriel surpreendendo Mimi.
- Eu não entendi nada. – Fala Mimi.
- Como eu posso dizer... – Diz Gabriel. – Ele é uma das pessoas mais legais que já conheci levando em conta a primeira impressão, inteligente, honesto, gentil e atencioso.
- Você parece uma garota o descrevendo. – Fala Mimi, num tom provocativo.
- Se eu fosse uma garota o descrevendo acho que eu estaria falando sobre o cabelo dele. – Retruca Gabriel.
Verdade.  
Gabriel e Mimi entram pelo portão da escola junto a muitos colegas. O relógio marca 8 horas e a primeira aula está prestes a começar. Ao chegarem aos armários, ambos trocam seus tênis pelas sapatilhas.
- Sério mesmo que eu tenho que usar isso? – Questiona Gabriel, cabisbaixo.
- Regras da escola. – Responde Mimi, com um sorriso. – A recepção fica no primeiro andar à direita, leve lá seus documentos e em seguida você vem pra sala. Nossa sala fica no quarto andar logo a esquerda da escada.
- Ok, ok, obrigado. – Fala Gabriel animado.
Gabriel sobe as escadas correndo e quase se batendo em outras pessoas. Mimi sobe delicadamente degrau por degrau em uma velocidade considerável. Ao chegar à sala, Mimi se depara com o mesmo barulho de sempre vindo das conversas.
- Bom dia, Tachikawa-San. – Cumprimenta uma garota.
- Bom dia. – Responde com um sorriso.

Mimi é realmente linda, uma garota tão bela que parece uma ídolo pop japonesa. Pernas longas com a meia calça preta que a faz parecer sexy, uma maquiagem na medida e acima de tudo uma expressão um pouco inocente, um pouco confiante, um pouco perdida e por fim um pouco determinada então sempre atraí muitos olhares. Ela se dirige até sua cadeira e cumprimenta seus amigos, Shigure e Koushirou.
- Koushirou-Kun, eu liguei para você ontem e sua mãe atendeu dizendo que havia ido dormir. Ela me perguntou num tom preocupado se eu sabia o que houve. – Diz Shigure, um pouco apreensiva.
Koushirou olha o horizonte através de sua janela. Ele está claramente perdido em seus pensamentos, mergulhado no caos da situação atual.
- Koushi... – Fala Shigure sendo interrompida por Mimi que coloca sua mão esquerda sobre o ombro da garota.
- Depois eu lhe conto o que houve. – Sussurra Mimi, em um tom angustiado.
A professora de educação física entra na sala. Ela é bela, possui cabelos curtos e pretos, olhos castanhos bem escuros e um tamanho médio de 1,65m. Ela entra na sala andando como um robô, ela está vermelha e suando bastante.
- Nana-Sensei, o que houve? – Pergunta um aluno, surpreso.
Toda a sala se volta para a professora que está com as mãos sobre a mesa.
- Eu vim apresentar o novo aluno da Sala 3-1. – Fala Nana gaguejando. – Pode entrar.
Neste segundo Gabriel entra na sala de uma forma calma e tranquila.
O que há com esse estrangeiro?
Os comentários ressoam na sala. Então Gabriel pega um piloto sobre a mesa, coloca seu nome em caracteres ocidentais e então se volta para seus colegas de sala.
- Bom dia a todos, meu nome é Gabriel Oliveira e eu sou um mestiço com um pai japonês e mãe brasileira. É um prazer conhecer a todos. – Diz Gabriel, com um sorriso.
- Ele escreveu o nome dele de forma ocidental. – Comenta Shigure.
Um aluno surpreso se levanta espantado apontando para o jovem Gabriel.
- Você é o mesmo Gabriel da seleção brasileira de futebol? – Pergunta o jovem abismado.
- Exatamente. – Responde Gabriel sorrindo.
Um nipo-brasileiro que joga futebol na melhor seleção do mundo?
- Ei, Shinji, por que a surpresa? – Pergunta outro aluno.
- Gabriel Oliveira é um campeão mundial de futebol júnior pelo Brasil no ano de 2003, ele é o mais jovem jogador a participar de uma final e o mais jovem jogador da história a marcar um gol em uma final. É considerado já atualmente um dos melhores meio-campistas do mundo. – Responde Shinji surpreso.
A sala inteira fica sem saber o que falar para o jovem Gabriel, todos ainda estão boquiabertos com a presença de uma grande sensação do esporte mundial.
- Eu vou sentar atrás daquele ruivo Sensei, algum problema? – Pergunta Gabriel.
- Fique a vontade. – Responde a professora nervosa.
Ele escolheu ficar logo do lado da Tachikawa-San, será que ele vai dar logo em cima dela no seu primeiro dia?
- Como você pediu Mimi, fiz de tudo pra ficar do seu lado. – Fala Gabriel, indo em direção a Mimi.
Gabriel se senta ao lado da garota com uma postura correta e firme e ao se ajeitar em sua cadeira ele sorri para Mimi que devolve. Neste momento a sala inteira vai para cima dos dois.
Qual a relação de vocês dois?
Ele beija bem, Tachikawa-San?
No Brasil são comuns essas abordagens diretas?
Ao ouvir essas perguntas Gabriel coloca a mão sobre a face e demonstra estar claramente irritado.
Maldita mania de usar apenas o Oliveira.
- Se acalme pessoal! – Grita Nana controlando a sala.
- Mas professora, isso é muito estranho. – Retruca uma aluna.
- Me perdoe pessoal. – Diz Gabriel, se levantando. – Eu devia ter falado a vocês, como eu disse, meu pai é japonês, então meu nome completo é Gabriel Oliveira Tachikawa. A Mimi é a minha prima de primeiro grau.
Os outros alunos da sala voltam a fazer perguntas que não fazem muito sentido para ele e senta-se novamente aborrecido.
- O que eu faço agora? – Indaga Nana, cabisbaixa.
Neste momento o professor de Japonês, um homem de meia idade e aparência muito séria, usando um terno marrom e gravata vermelha, tem em torno de 1,80 de altura. Cabelos negros bem curtos, olhos castanhos claros e uma pinta negra perto da boca.
- Por favor, Tanaka-Sensei. – Fala Nana, saindo da sala.
- Olá jovens fervorosos, já que estão tão animados, que tal um teste surpresa? – Pergunta Tanaka, que após proferir tais palavras faz com que a sala inteira se aquiete e fique em silêncio total.
O dia se passa e o meio do dia vem. Gabriel, Koushirou, Shigure e Mimi vão para parte de trás da escola onde ficam as quadras esportivas e atrás deles estão muitos curiosos.
- Gabriel-San, você já vai entrar no time do colégio? – Pergunta Shigure.
- Claro, está no meu contrato jogar o campeonato nacional escolar do Japão nesse ano. – Responde Gabriel muito animado.
- Por que você não disse antes que era um astro? – Indaga Koushirou.
- Bom, eu não sou nenhum popstar – Responde Gabriel. – E sim um esportista.
- A propósito pessoal. – Fala Koushirou. – Depois das aulas eu quero falar com vocês sobre aquele assunto.
- Você encontrou alguma informação sobre os 7 Grandes Maous? – Questiona Mimi, um pouco preocupada.
- Apenas sobre Demon e os escolhidos de 16 anos atrás. – Responde Koushirou.
- 16 anos atrás? – Indaga Gabriel.
- Sim, os primeiros escolhidos da história. – Responde Koushirou.
- Pessoal, eu vou atrás do meu almoço. – Diz Koushirou, sorrindo timidamente. – Mais tarde eu me encontro com vocês, até.
- Koushirou-Kun, espere por mim. – Fala Shigure, acompanhando o jovem ruivo.
Apenas Mimi e Gabriel continuam caminhando juntos em direção as quadras esportivas. Ao chegar bem próximo ao campo de futebol eles veem Ken e Miyako juntos.
- Gabriel-Kun, Mimi-Chan, por aqui! – Grita Miyako, chamando a atenção dos dois.
Gabriel nota que uma bola está nos pés de Ken e corre em direção a ele com um sorriso igual ao de um garoto.
- Ken, chuta! – Grita Gabriel.
Ken atende ao pedido do jovem e a bola para na cabeça do mesmo. Gabriel a domina e a manda de volta para Ken que a mata no peito e continua nesse jogo sem deixar a bola cair no chão.
- Miyako-Chan, o que vocês resolveram? – Pergunta Mimi, um pouco apreensiva.
- Nós vamos lutar claro. – Responde Miyako.
As duas se sentam em um banco bem perto, pegam suas marmitas e dali e observam a paisagem. Vários clubes estão em atividades nesse momento, as aulas da tarde estão vagas devido ao que aconteceu nas proximidades do colégio.
- Gabriel-Kun... – Fala Ken colocando a bola no chão. Ele está um pouco ofegante. – O que você vai fazer em relação aos 7 Grandes Maous?
- Eu vou enfrenta-los. – Responde Gabriel. sem nem uma hesitação. – Eu não sei como eu e Diatrymon vamos nos sair e se todos eles são como o Demon, então nós precisaremos ficar umas 10000 vezes mais fortes.
- Você é tão otimista... – Diz Ken, com um sorriso.
- Enquanto estivermos respirando nós temos que fazer alguma coisa, né? – Questiona Gabriel. voltando-se pros alunos em volta.
Ken pega a bola e junto a Gabriel e caminham em direção as garotas.
- Talvez o que o Koushirou-Kun queira falar conosco seja sobre a nossa força atualmente. – Fala Ken.
- Pelo que ele disse da ultima vez na Rainbow Bridge, todos nós estamos na mesma situação. Ninguém aqui tem parceiros que possam avançar até o Kanzentai quando quiser. – Diz Gabriel, colocando a mão no queixo com um ar pensativo.
- O único escolhido no mundo com um parceiro que avança até esse nível é o seu amigo, né? – Pergunta Ken.
- Sim, mas o Ayrton não tem como vir, ele está disputando a Stock Car esse ano na categoria principal e por uma boa equipe além sua filha deve nascer no próximo mês. – Responde Gabriel.
- Ele é piloto? – Indaga Ken, um pouco impressionado.
- Naturalmente. Ele me disse que não é nem um gênio, mas que da pra ser competitivo sempre. – Responde Gabriel sorrindo. – Nós dois éramos os únicos escolhidos que eram esportistas. Quando eu me tornei um tinha apenas 10 anos de idade e o Ayrton era o mais velho de todos nós com 14, ele era realmente uma grande inspiração pra mim como um escolhido e como um esportista.
Ao chegar perto de Mimi e Miyako, eles se sentam e decidem almoçarem naquele momento. Para aqueles jovens esses momentos de paz são tesouros a serem explorados. A experiência deles deixa clara que no momento em que começarem a lutar contra os 7 Grandes Maous dificilmente poderão parar.
O relógio marca uma da tarde e neste momento Ken vai até sua sala de aula quando é abordado por uma colega de classe. Cabelos castanhos e curtos, olhos castanhos, lábios bem vermelhos por causa do batom, uma maquiagem média. Uma garota que sempre quer manter sua beleza no máximo.
- Ichijouji-San... – Fala a Jovem.
- Diga Chouzuki-San. – Diz Ken.
- O que houve com a Yagami-San, Takaishi-San e Motomiya-San? – Indaga a garota com um semblante despreocupado.
A expressão de Ken se torna pesada e fria.
- Serei sincero, eu quero saber também. – Responde Ken friamente.

Ken pega as suas coisas em sua mesa e sai da sala. O olhar frio e repelente deixa a garota preocupada e curiosa sobre o que houve. Ao sair da sala, Ken se encontra com Miyako e se dirigem para a sala do clube de informática.
Na sala de informática estão apenas Koushirou e Shigure sentados em frente a um dos inúmeros computadores.
- Koushirou-Kun, o que houve ontem? – Pergunta Shigure, com uma voz receosa.
- Nós descobrimos a resposta. – Responde Koushirou, desviando o olhar.
A voz de Koushirou, angustiada, demonstra toda a dor dele naquele momento e isso deixa Shigure preocupada além de que a machuca como se alguém conseguisse acertar um soco bem no seu coração.
Miyako, Mimi, Ken e Gabriel chegam à sala e se juntam a Koushirou.
- Koushirou-Kun, alguma novidade? – Questiona Mimi.
- Sim. – Responde Koushirou. – Os nossos parceiros no Digital World junto a Gennai possuem uma teoria sobre o passado do Digital World e os primeiros escolhidos.
- O que Gennai disse é que foi quebrado o Firewall do Digital World, não? – Indaga Mimi.
- Exatamente e o mal que o passou fez com que fosse necessário se chamar 5 escolhidos. – Responde Koushirou. – Segundo Gennai, 4 deles tem como primeiros nome Ayrton, Alain, Nigel e Nelson e o ano de 1991. As próprias palavras do Gennai disse que foi causada por uma quebra dimensional, para isso precisamos saber exatamente o que houve no passado.
- As trevas que passaram através do Firewall... – Diz Mimi pensativa.
- Não está claro ainda. – Fala Ken. – É possível que quem tenha causado a quebra do Firewall não seja o próprio Demon ou um dos 7 Daimaous.
- Depois disso o Firewall foi reforçado e está em volta da área negra na Net Ocean. – Diz Koushirou. – Teremos tempo para agir devidamente.
- Então teremos tempo para nos tornar mais forte. – Fala Gabriel animado.
- Nossos parceiros já começaram a treinar no Digital World no intuito de conseguirem evoluir. Para Tentomon, Palmon, Gomamon e Piyomon não demorarão tanto, pois já atingiram várias vezes o Kanzentai, mas eu não sei como Hawkmon, Wormmon e Penmon vão lidar com isso. – Diz Koushirou.
- Penmon? – Indaga Miyako.
- É o meu parceiro no nível Seichouki. – Responde Gabriel.
- Nós temos uma esperança então. – Fala Mimi sorridente.
- Nosso objetivo é encontrar os primeiros escolhidos, mas pelos nomes eles certamente não são Japoneses então eu já mandei um e-mail para todos os outros escolhidos que conhecemos e eles já estão nos ajudando. – Diz Koushirou.
- O ataque de Demon matou os parceiros Digimons de nossos amigos e eles foram levados. – Fala Mimi. – Foi o que aconteceu ontem na ilha artificial de Odaiba, Shigure-Chan.
As palavras de Mimi deixam a garota chocada e ela olha para todos com um semblante triste e lágrimas nos olhos.
- Não se preocupe. – Fala Gabriel, colocando as mãos sobre os ombros da garota. – Nós vamos fazer tudo dar certo.
Com as informações de Gennai eles conseguiram tempo para se preparar contra os 7 Grandes Maous.


Tokyo não para nem um segundo mesmo com o que houve no dia de ontem. O céu azul e o clima agradável se perpetuam na capital do Japão. Na ilha artificial de Odaiba onde houve o ataque está uma empreiteira demolindo alguns prédios condenados e removendo os escombros. Dentre aqueles homens e mulheres fardados se movendo sem parar se destaca uma mulher totalmente atípica para aquele lugar. Olhos azuis bem claros, cabelos dourados que vão até o ombro, uma blusa branca simples, calça jeans e tênis all-star, ela tem um crachá em seu peito e seu nome aparece, Clarice Andretti. Um homem, japonês, alto com uns 40 anos vestido como um dos trabalhadores vai em direção a ela.
- Senhorita Clarice, infelizmente não há nada do que pediu para nos procurar aqui. – Fala o homem.
- Entendo, obrigado pelo esforço. – Diz Clarice com um sorriso.
No minuto seguinte Clarice pega o seu celular e disca um número rápido.
- Senhor Ki-moon, infelizmente os Digimons escaparam de nossas mãos de novo. – Diz Clarice. – Mas temos uma testemunha com o nome de Iori Hida, estamos o localizando e assim que o encontrarmos ele entraremos em contato.
Neste segundo Clarice desliga o telefone e vai até um carro grande que a espera.

As autoridades começaram a se mover mais uma vez, 1998 teve uma semana bizarra e perigosa, 2002 foi um ano terrível para o mundo por causa dos Digimons. 2005 foi um ano extremamente hostil e triste principalmente para os Brasileiros e agora em 2007 mais um ataque. A ONU e a OTAN se preparam para retaliar qualquer movimento. Esses monstros que vem sem aviso, matam e destrói nunca foram tolerados, mas agora as autoridades tem uma pista de como agir.


Última edição por Gokuwmon em Sex 27 Jun 2014, 10:01 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Gokuwmon Sex 27 Set 2013, 2:39 am

Capítulo 3: O lobo mal. 
A quantidade de prédios em uma cidade como Tokyo é realmente absurda e isso não é uma novidade para ninguém. Dentre suas sombras estão escondidas coisas obscuras sobre quase tudo no mundo. Nos esgotos da cidade de Tokyo estão escondidos os servos do demônio. Eles aguardam a hora certa para aparecerem sob o Sol e atacarem. O úmido esgoto tem ligação com as linhas de trem de Tokyo que por sua vez ligam a cidade inteira. Nas linhas do metrô de Tokyo existem vários corredores e salas dentro do circuito e são usadas como pontos de acesso para a manutenção durante a madrugada. Numa dessas salas estão 3 Digimons distintos. Um é lobo vermelho com um rosto fino, dentes triangulares afiadíssimos e unhas roxas, em suas pernas possuí uma espécie de correntes pretas, também é possível ver uma mulher vestida como uma bruxa dos contos de fada, sua roupa é dotada de vermelho, ela é loira e possui afiados olhos azuis e suas mãos são gigantes, o terceiro é um humanoide robótico dotado de um preto fosco, com um focinho grande, vestido como um soldado da SWAT norte-americana.
O soldado meche em um Notebook conectado por um cabo na parede.
- Demon-Sama atacou os escolhidos na ilha artificial de Odaiba, então presumo que eles estejam em uma área por perto. – Fala o Soldado.
É uma voz fria e calculista, abafada pela máscara que envolve seu rosto.
- Sealsdramon, você disse que a possibilidade deles estar em um lugar chamado Colégio durante esse horário é muito alta, não deveríamos ir para lá? – Pergunta a mulher.
A voz dessa mulher é extremamente melódica e humana, ela fala num tom convincente e sedutor.
- Witchmon, essa é uma excelente sugestão, mas Demon-Sama pediu para que agíssemos com cuidado e sem sermos vistos. – Responde Sealsdramon.
- Então este é um trabalho para mim. – Fala o lobo rubro, com uma voz rouca e feroz parecida com a de um cão rosnando.
- Fangmon vê se não falha. – Diz Witchmon, com as mãos na cintura em um tom apreensivo. – Você adora chamar a atenção, além de ser um maníaco.
- Eu não falharei, pois é por Demon-Sama. – Retruca Fangmon, saindo pela porta em direção ao metrô.
- Sealsdramon, por que você escolheu ser subordinado de Demon? – Indaga Witchmon.
- Eu sou um soldado apenas. – Responde Sealsdramon. – Eu fui criado e treinado para servir aos 7 Grandes Maous.
- Então a D-Brigade inteira serve aos 7 Grandes Maous? Eu não sabia que nossos senhores já possuíam tanta influência sobre o Digital World. – Fala Witchmon, surpresa.
- Witchmon, por que você se tornou serva dos 7 Grandes Maous? – Questiona Sealsdramon.
- O Digital World foi um mundo selvagem por muito tempo. – Responde Witchmon. – Pessoalmente eu nunca gostei de batalhas sem motivos e a proposta que o Barbamon-Sama me deu foi o que eu queria ouvir, um novo Digital World.
O semblante leve e alegre de Witchmon é admirado por Sealsdramon. Ele percebe nela que ela acredita sem dúvida alguma sobre os objetivos dos 7 Grandes Maous em concertar o Digital World. Por causa disso, Sealsdramon, que é um Digimon frio e obediente sente que pode confiar em Witchmon que é emotiva e egoísta.
Fangmon finalmente sai do Metrô pela linha de trem e está pela área de Odaiba. Ele se move rapidamente sobre os prédios já que não quer ser notado. Ele está sobre o maior prédio da região e olha a área inteira para ir ao lugar certo.
- Se aquela é a ilha onde Demon-Sama derrotou os escolhidos, então a escola deve ficar perto daqui. – Sussurra Fangmon.
Ele olha pra um ponto fixo e decide se mover a um prédio em especifico.
O relógio marca 13:30 do dia 3 de abril de 2007. Apesar das aulas do turno da tarde dos colégios nos arredores de Odaiba terem sido canceladas. Muitos alunos preferem ficar para adiantar as atividades dos clubes. Como o ano já começou, os campeonatos desportivos escolares estão próximos e esses são os clubes de maior movimentação agora.
Na escola, os escolhidos ainda continuam com seus afazeres em seus clubes. Ken e Gabriel estão no clube de futebol. Koushirou é o líder do clube de informática junto a Shigure, Mimi e Miyako decidiram ir para o clube de culinária já que as duas são excelentes em cozinhar. Miyako especialmente não é uma garota que faz parte de um único clube, ela auxilia muitos já que é uma pessoa com várias habilidades.

Vestidos com seus uniformes de educação física, Ken e Gabriel vão para o campo aterrado atrás da escola, usado apenas para o futebol. Os testes para novos membros vão começar e Gabriel participará deles como um aluno comum. Pegando a camisa 5, Gabriel abre um sorriso de felicidade e se move para o campo.
- Número 5, mais inspirador impossível. – Fala Gabriel, extremamente animado.
O técnico é também o professor de Japonês, Tanaka Hiroshi e o treino físico é supervisionado pela professora de Educação física, Nana Hirose.
- Jovens, venham até aqui! – Grita Tanaka. – Os times se dividirão em A e B, o Time A será de 1 a 11 e o Time B de 12 a 22. Conversem entre si e definam a estratégia.
Os times se reúnem em dois círculos e começam a conversar a estratégia.
- Ichijouji-Kun, o que você pode me falar daquele brasileiro? – Pergunta Tanaka.
- Ele só faz 18 anos no fim do ano, professor. – Responde Ken. – Ele foi contratado pelo Yokohama F.Marinos, mas é possível que ele vá para o Real Madrid logo no fim da sua primeira temporada no profissional se o seu desempenho for péssimo, caso seja excelente, deve sair na primeira janela de transferência.
As palavras de Ken deixam o professor abismado. Gabriel é um jogador absurdamente talentoso e que naquele momento era esperado que o Time A simplesmente destruísse o Time B.
A partida tem início, são dois tempos de 15 minutos. O Time A ganha no cara e coroa e toca a bola para trás, ao mesmo tempo os laterais sobem em alta velocidade junto ao centroavante.
Mas que diabos eles estão fazendo?
As bolas param nos pés de Gabriel que agradece ao toque com um sorriso. Ele avança do campo de defesa até metade do campo de ataque quando cruza a Bola para o lado direito e ela é recebida pelo lateral que subiu.
Que passe perfeito!
O lateral em um passe de primeira toca para o centroavante que empurra a bola para dentro do gol.
Tanaka, Ken e Nana estão sérios e impressionados com o desempenho do Time A, um gol com 20 segundos de jogo.
- Ele é 10 vezes melhor que eu. – Diz Ken com um sorriso.
- Em que sentido? – Pergunta Nana.
- Ele em 2 minutos conversando com o time conseguiu fazer com que todos entendessem o que ele queria e eles atenderam com perfeição. – Responde Ken.
- Então quer dizer que ele é um monstro? – Questiona Tanaka.
- Exatamente. – Responde Ken. – O motivo de o Real Madrid querer ele o mais rápido possível é por que provavelmente já está no mesmo nível de Zidane.
- Aqueles laterais e o centroavante conseguem entender ele perfeitamente. O goleiro não trabalha e o resto do time está perdido. – Fala Tanaka.
- É um golpe de sorte, o time inteiro do ano passado era quase todos de Veteranos e eles se foram, mas no segundo teste já achamos os substitutos. – Diz Nana, sorridente.
A partida termina com 3 a 1 para o Time A. Apesar do desempenho sem muita exigência, o time liderado por Gabriel venceu de uma forma dominante e fácil. Os professores estão observando as estatísticas do jogo para dar o veredito.
- Time A, jogadores 2, 4, 5 e 11, Time B jogadores 1,3,4 e 7 foram selecionados. – Diz Tanaka. – Obrigado a todos por terem participado.
- Gabriel-San você foi bem econômico. – Fala Ken.
- Você acha? – Pergunta Gabriel ofegante? – Não pude avançar sem ficar ligado na defesa por que os zagueiros e os meias eram postes.
- Está sendo bem cruel. – Diz Ken, sem graça.
- Mas eles realmente não gostam de jogar futebol. – Retruca Gabriel. – Deixaram tudo nas minhas costas no meio de campo. Por sorte os laterais e o centroavante são taticamente eficientes.
- Você já tem alguma coisa em mente? – Questiona Tanaka.
- Pelo que vi... – Responde Gabriel. – Os zagueiros e o goleiro do Time B são ótimos, eles conseguiam prever meu passe, o atacante camisa 7 se comporta de um jeito incrível numa transição perfeita entre o ataque e a defesa. Para time ficar perfeito precisamos de bons meias ofensivos e mais um atacante para a lateral. Desse jeito podemos jogar facilmente mudando a formação de 3-5-2 pra, 4-4-2 ou 4-3-3, mas pelas características do time, o 4-5-1 é o ideal como base.
- Incrível, mesmo com pouca idade já tem o mesmo nível de um profissional. – Fala Tanaka impressionado.

O relógio marca 2:30 da tarde e os jogadores do time de futebol do colégio saem do chuveiro já vestidos e prontos para se retirarem. Ken liga para Miyako ansioso. Ele quer aproveitar esse dia livre para passear um pouco com sua namorada.
Ken, o treino já terminou?
- Sim, só quero saber onde está agora.
Na minha sala.
- Eu vou para aí agora, sabe onde a Mimi-San está?
Está no clube de informática ajudando Koushirou e Shigure.
- É só isso, até.
Ken desliga o telefone e começa a caminhar. No corredor ele é esperado por Gabriel. Juntos vão em direção ao clube de informática no quarto andar.
- Vejo que já tem planos para essa tarde. – Fala Gabriel, com um sorriso suspeito.
- Sua perspicácia me assusta. – Resmunga Ken.
- Sempre fica óbvio quando se gosta de verdade. – Fala Gabriel, sorrindo. – Acho que até um cego percebe o clima romântico e sério entre vocês dois, parecem até recém-casados.
- Você acha? – Indaga Ken, animado.
- Com toda a certeza e você parece adorar isso. – Responde Gabriel, bagunçando o cabelo de Ken.
Neste momento se ouve um barulho estridente de janelas se quebrando e grito de pessoas ecoando pelo térreo da escola. Ken e Gabriel correm para ver o que está acontecendo e veem vários alunos correndo em direção a eles e os ultrapassando.
- O que você acha? – Pergunta Ken.
- Que ele veio terminar o serviço. – Responde Gabriel, nervoso.
Alguns segundos depois Miyako aparece correndo em direção ao Ken e para em frente a ele e Gabriel.
- É um Digimon. Fangmon! – Exclama Miyako.
- Os nossos parceiros, onde estão? – Questiona Gabriel sério.
- Não estive perto de algum computador, precisamos ir logo à sala de informática e trazê-los para cá. – Responde Miyako.
Eles vão para o cruzamento de corredores e se deparam com o lobo diabólico, Fangmon. Rosnando como um touro prestes a atacar, sua expiração expele uma fumaça assustadora e ele encara Miyako, Ken e Gabriel.
- Eu sinto o cheiro de Digimons impregnado em vocês. – Diz Fangmon, com uma gargalhada.
- Mimi e Koushirou não podem abrir o portal para o Digital World por que não possuem um Digivice D-3 não é? – Questiona Gabriel. – Eu vou atrasar ele, corram!
- Droga! – Responde Ken, correndo em direção as escadas puxando Miyako. – Boa sorte, Gabriel!
Gabriel coloca a sua bola no chão e começa a fazer pontinhos.
- Tão confiante. – Fala Fangmon pulando sobre Gabriel.
- Idem. – Responde Gabriel chutando a bola no olho de Fangmon.
O chute de Gabriel acerta o Digimon em cheio e ele fica coçando o seu olho que arde. A bola ricocheteia de volta e Gabriel a pega e sobe as escadas rapidamente.
- Esses humanos são mesmos astutos. – Diz Fangmon, avançando em direção ao jovem.
Gabriel avança e chega ao primeiro andar, em seguida ele vai até o segundo andar quando nota que a escada para o terceiro ela está abarrotada de gente desesperada para sair.
- Mas que droga. – Fala Gabriel, olhando para a direita e para a esquerda quando vê Miyako e Ken acuados.
- O que estão fazendo?! – Grita Gabriel.
Algumas pessoas voltam às escadas rapidamente e correm em direções distintas. Os passos rápidos podem ser ouvidos. Fangmon está perto.
- Eu vou te matar, escolhido! – Exclama Fangmon, pulando sobre Gabriel que corre em direção a Miyako e Ken.
Fangmon acaba atingindo a parede e fica um pouco atordoado. As pessoas em volta se apertam e se afasta.
- Livrem a merda da passagem para o terceiro andar agora! – Grita Gabriel.
As pessoas o ouvem e começam a se esconder nas salas daquela área. Fangmon se levanta e começa a se mover em direção a Gabriel trocando olhares ameaçadores. Gabriel volta a dominar a sua bola de futebol preparando-se para atacar.
- Ken! – Grita Gabriel, fazendo com que o seu amigo puxe sua namorada e comecem a correr contra Fangmon.
- Será um fim rápido. – Fala Fangmon pulando, mas sendo atingido no queixo pela bola que Gabriel acaba de chutar.
- Miyako, pelo lado! – Exclama Ken, fazendo a sua namorada passar pelo lado do lobo.
A bola ricocheteia forte para Ken que a domina com o peito. Gabriel corre atrás de Miyako. Fangmon começa a se recuperar.
- Pelo menos voc... – Fala Fangmon, sendo interrompido por outra bolada em seu olho.
Ken ultrapassa Fangmon e sobe as escadas rapidamente. Gabriel e Miyako chegam ao quarto andar onde os alunos do clube de informática estão.
- Koushirou, o portal! – Grita Miyako.
- Já está preparado, mas ninguém responde. – Fala Koushirou, aflito.

No Digital World é um belo dia de céu azul com um sol escaldante sobre a cabeça de todos. O canto dos pássaros ecoa por toda a casa. Os Digimons estão treinando na parte de fora da casa em um ambiente silencioso e calmo. Eles fazem uma espécie de exercício físico anormal para humanos. Gennai supervisiona a todos com um olhar autoritário.
- Cara, eu estou acabado. – Fala Penmon. caindo no chão de bruços.
- Certo pessoal, pausa para o descanso. – Diz Gennai, parando o treino.
Todos caem no chão acabados. É um treino duro para os Digimons somado ao stress causado pelo calor.
- Eu preciso de água. – Sussurra, Penmon entrando na casa.
Penmon vai até a cozinha e bebe toda a garrafa de água ali. Ele suspira e olha em direção a sala onde vê uma luz verde piscando.
- O que está havendo? – Indaga Penmon, correndo em direção à sala.
Penmon chega a sala e vê que a tela do computador está piscando sem parar, ao encará-la ele vê Koushirou, Miyako e Gabriel desesperados.
- Finalmente! – Exclama Miyako. – O que estava fazendo seu maldito?
- O maldito aqui estava treinando. – Responde Penmon, com um tom irônico.
Neste momento Ken entra na sala e fecha a porta a trancando. Em seguida ele começa a colocar cadeiras e mesas em frente à porta. Os outros alunos se acuam no canto da sala. Eles tremem de medo e mal sabem o que está havendo nesse momento.
O que está acontecendo?
Será um ataque terrorista?
- Não importa agora, apenas venha! – Grita Gabriel, pegando seu Digivice. – Digital Gate, Open!
Neste momento Fangmon aparece atrás da porta e com um rugido tudo vai aos ares, ele está com caminho livre para destruir os escolhidos.
Penmon aparece na frente dos escolhidos claramente irritado.
Digimons? São mesmo Digimons?
- Que porra vocês estão fazendo?! – Indaga Penmon. irritado.
- Apenas pule pela Janela! – Responde Gabriel carregando Penmon e o jogando pela Janela. – Ei, lobo cor de rosa com cara de cadela e jeito de menina, venha me pegar. – Fala Gabriel, num tom provocativo.
- Com prazer! – Responde Fangmon, correndo em direção a Gabriel.
Gabriel corre e pula a janela sendo seguido por Fangmon. No chão, Penmon olha tudo com seriedade.
Ele poderia ter falado normalmente.
Neste momento Gabriel aponta seu Digivice para Penmon que salta. A luz da evolução emana e envolve o pinguim azul.


Penmon Shinka... Diatrymon!

Diatrymon alcança seu parceiro que agarra o seu pescoço. Em seguida, Diatrymon gira no ar e chuta Fangmon que cai de costas se arrastando violentamente pelo chão.
- Belo voleio. – Fala Gabriel, sorrindo.
- Um pequeno descuido e quase todos vocês são mortos. – Diz Diatrymon.
- Era de se esperar que eles fossem atacar agora. Esses 7 Grandes Maous são realmente lordes na guerra. – Fala Gabriel.
Diatrymon pousa no chão e Gabriel deixa as suas costas. O combate vai começar. 
Diatrymon avança rapidamente em direção a Fangmon que se levanta e pula sobre o pássaro preparando-se para atacar com suas garras.
- Não sou tão idiota. – Fala Diatrymon, pulando para trás.
Fangmon ao tocar o chão salta novamente em direção a Diatrymon.
- Muito lento! – Grita Fangmon.
Fangmon ataca com suas garras de forma cruzada, mas Diatrymon levanta sua pata esquerda e para o golpe.
- Droga... – Sussurra Diatrymon, sendo empurrado para trás por causa da força.
Diatrymon e Fangmon se encaram. Eles estão pensando em como fazer o próximo movimento e assim poder atingir o inimigo.
- Não tenho escolha. – Diz Diatrymon, avançando contra Fangmon.
Ao se aproximar, Diatrymon ataca usando o bico, Fangmon salta se esquivando do ataque de Diatrymon com um sorriso boçal.
- Você é tão inexperiente. – Fala Fangmon, provocando.
Neste segundo Diatrymon salta e em um segundo aparece a centímetros de Fangmon. Diatrymon ataca com sua perna, mas Fangmon usa o Dark Coffin, lançando uma rajada de energia negra em Diatrymon que colide ferozmente contra o chão levantando fumaça. Fangmon pousa e continua atacando.
- Morra, Morra, Morra! – Grita Fangmon, disparando inúmeras vezes seu ataque.
Neste momento Mimi, Ken, Koushirou e Miyako chegam perto de Gabriel que está nervoso e apreensivo.
- Por que Diatrymon simplesmente não voa? – Pergunta Mimi.
- As asas dele são pequenas de mais. – Responde Gabriel. – Ele possui pernas extremamente fortes e por isso consegue executar longos saltos.
A fumaça abaixa e não se vê sinais de Diatrymon no buraco aberto ao chão.
- É a vez de vocês crianças! – Exclama Fangmon, correndo em direção aos escolhidos.
- Não tão rápido! – Grita Diatrymon, surpreendendo Fangmon o chutando.
Fangmon é atingido em cheio pelo ataque de Diatrymon que recua.
- Você é realmente persistente, mesmo eu tendo vantagem por causa do atributo. – Diz Fangmon, surpreso.
Fangmon volta a disparar o Dark Coffin contra Diatrymon que desvia dos disparos se aproximando de Fangmon. Ao chegar perto, Fangmon ataca Diatrymon com suas garras e o lança para longe deixando o pássaro deitado no chão.
- Mas que droga. – Fala Gabriel, olhando de um lado a outro até que vê uma bola de futebol jogada no canto. Ele pega a bola de futebol e corre de volta onde estava. – Pessoal, se escondam, eu tenho uma ideia.
- Devemos mesmo confiar nele? – Pergunta Koushirou.
- Sim, conseguimos escapar graças à habilidade que temos no futebol. – Responde Ken.
- Vença logo, Gabriel! – Grita Mimi, correndo junto aos outros. - Nenhum outro Digimon apareceu na sala, não podemos trazê-los 
Gabriel fica de costas a poucos metros de Diatrymon e volta a dominar a bola com pontinhos enquanto encara Fangmon.
- Dessa vez eu não vou cair nessa! – Exclama Fangmon, correndo em direção a Gabriel.
Gabriel chuta a bola em direção Fangmon que desvia saltando. Neste momento Gabriel sorrir e não treme.
- Você perdeu. – Fala Gabriel.
Diatrymon levanta-se e ataca usando o Mega Dash Impact jogando seu corpo contra Fangmon que é atingido em cheio e cai na rua atrás dos muros.
- Diatrymon, acabe logo com isso. – Diz Gabriel, sorrindo.
Em um salto Diatrymon alcança Fangmon que está se recuperando.
- Desgraçado... – Sussurra Fangmon, sendo atingido por um chute na face e é jogado para trás atingindo várias vezes o asfalto com força.
Diatrymon salta novamente sobre Fangmon e o empurra com suas patas o arrastando pelo asfalto. As pessoas por perto começam a correr desesperadas fugindo do local. Em seguida, Diatrymon chuta Fangmon na barriga e o lança ao ar. Nesse segundo, Diatrymon salta novamente em direção a Fangmon e mira sua boca contra seu inimigo.
- É o fim! – Grita Diatrymon, executando sua técnica, Destruction Roar. Com esse rugido Fangmon tem seu corpo estraçalhado e some no ar.
Diatrymon volta rapidamente para escola, precisamente onde Gabriel está. Gabriel não diz nada, apenas sorri e aponta para trás da escola, correndo para onde ele apontou e volta a ser Penmon. Neste momento os outros escolhidos estão esperando por eles e Koushirou está com seu Notebook aberto e preparado.
Digital Gate. Open!
Penmon é sugado pela luz e volta ao Digital World. Fangmon foi vencido em poucos minutos. É assustadora a astúcia dos 7 Grandes Maous, mas os escolhidos, apesar da desvantagem, eles conseguiram derrotar ao menos um dos servos. A partir de agora será bem difícil ter um momento de paz.

Uma multidão de 20 pessoas envolve Gabriel o enchendo de elogios e agradecimentos. Nesse momento, Tanaka e Nana aparecem apreensivos e abordam o jovem.
- Você é idiota?  - Pergunta Nana, raivosa. – Isso foi perigoso, você poderia ter morrido.
- Eu teria morrido se eu não tivesse feito nada. – Responde Gabriel com um olhar desviado.
- Isso pode ser verdade. – Fala Tanaka. – Mas lembre-se que a sorte nem sempre está do seu lado.
- Eu sei. – Diz Gabriel, com uma voz triste.
- Não é a primeira vez que enfrenta um Digimon, não é? – Questiona Tanaka.
- Não. – Responde Gabriel ainda tristonho.
- Entendo. – Diz Tanaka. – Turma, pegue suas coisas e vão embora agora. Em breve as autoridades chegarão por aqui.
A frase de Tanaka afugenta os alunos que saem da escola em grande parte. Outros entram na escola para pegar seus pertences nas salas. Os outros escolhidos se aproximam de Gabriel o cumprimentando, mas ele não está feliz. Os escolhidos andam e entram no prédio da escola.
- Precisamos arranjar um jeito de nos defendermos. – Fala Koushirou.
- E os Digimons precisam treinar para alcançar os Maous. – Diz Shigure.
- É verdade. – Fala Mimi. – Mas ficamos praticamente indefesos se eles não estão por perto.
- Precisamos avisar a Jou e Sora sobre o que aconteceu. – Diz Miyako.
- Eu vou por aqui, espero vocês na saída. – Fala Ken, se separando do grupo.
Ao subir o lance de escadas que vai ao terceiro andar, Miyako também se separa dos outros e vai até sua sala.
Mimi, Gabriel, Koushirou e Shigure estão pensativos sobre o que aconteceu. Um ataque em plena luz do dia, apesar de tudo que já aconteceu, era inesperado por eles. Precisam saber como agir contra os soldados dos 7 Grandes Maous.
Os únicos alunos presentes do terceiro ano são justamente Koushirou, Gabriel, Mimi e Shigure. Ao chegarem no portão do colégio eles se encontram com Miyako e Ken que estão juntos. Eles começam a andar e atravessam o portão da escola. Andando pelo passeio eles veem carros de bombeiros e viaturas passando por eles e entrando na escola.
- Eu irei falar com Gennai e arrumaremos um jeito de nos proteger sem afetar o treino de nossos amigos. – Diz Koushirou.
- Com o que houve hoje eles devem estar muito preocupados conosco. – Fala Miyako, cabisbaixa.
- Nós vamos dar um jeito. – Diz Gabriel.
- É definitivamente vamos dar um jeito. – Fala Ken animado, sendo abraçado por Miyako.
Os jovens chegam a estação de trem de Odaiba e sobem a escadas.
– Pessoal, eu e o Ken vamos para Akihabara. – Diz Miyako animada. – Alguém quer algo de lá?
- Preciso de um Notebook. – Diz Gabriel. – Eu quero que me veja o melhor possível.
- Não vamos levar tanto dinheiro. – Resmunga Ken.
- Apenas me digam o preço e uma loja. – Fala Gabriel sorrindo. – Meu salário deve cair na minha conta amanhã.
- Quanto você ganhará por mês, Gabriel-Kun? – Questiona Shigure.
- Em torno de um milhão e meio de Ienes. – Responde Gabriel sorrindo deixando todos boquiabertos.
- Ken, você devia ser jogador profissional também. – Fala Miyako, deixando o garoto nervoso.
- Mas a proposta que eu recebi do Sanfrecce me faria morar em Hiroshima imediatamente. – Diz Ken, decepcionado. – Eu não quero sair de perto de Tokyo, ainda mais agora.
- Vamos tentar fazer um excelente campeonato esse ano e assim você pode tentar algo no Tokyo F.C. – Fala Gabriel, animado.
- Não é má ideia. – Diz Ken, pensativo.
Um trem para na estação. Miyako e Ken adentram nele e se despede de seus amigos.
- Mimi-Chan... – Fala Shigure, com uma voz tímida. – Eu quero falar com você por uns instantes a sós.
- Claro. – Diz Mimi, acompanhando a garota.
- Do que será que elas estão falando? – Pergunta Koushirou.
- Provavelmente de coisas de garotas. – Responde Gabriel.
Mimi e Shigure estão a poucos metros dos garotos. Shigure está muito envergonhada e treme um pouco.
- Mi... Mimi-Chan. – Fala Shigure, gaguejando. – Eu preciso de ajuda.
- Sobre o Koushirou? – Pergunta Mimi, sorrindo.
- Mais ou menos. – Responde Shigure. – Eu quero saber como me vestir e essas coisas.
A resposta de Shigure faz com que Mimi exponha um sorriso maligno.
- Eu vou te ajudar a ficar tão linda e sexy que o Koushirou vai se apaixonar por você em 2 segundos. – Diz Mimi, determinada.
- Isso é assustador. – Resmunga Shigure. – Mas é o que eu quero.
- Venha para minha casa agora e vamos começar. – Diz Mimi.
As garotas voltam a ficar perto de Gabriel e Koushirou. Enquanto Mimi está animada, Shigure demonstra estar bastante envergonhada. Outro trem vem e este segue para área oeste de Tokyo. Os jovens entram no trem e se sentam. 

O relógio marca 4 da tarde em ponto. O Sol está mais fraco e o entardecer é belo. Na área de Bunkyo, precisamente na grande universidade de Tokyo. Jou está sentado em um dos bancos na área de fora da universidade, descansando.
- Mas que dia de cão. – Resmunga Jou, suspirando.
- Jou-Kun. – Fala Sora se aproximando.
- Olá Sora-Chan, como está? – Questiona Jou, com um sorriso.
- Um pouco melhor, mas ainda abatida por causa de ontem e pelo o que aconteceu agora com nossos amigos. – Responde Sora, sentando-se ao lado de Jou.
- É para nós já está difícil, muito difícil. – Fala Jou.
- Jou-Kun, eu gostaria de conversar, que tal irmos num café aqui perto? – Pergunta Sora, sorridente.
- Por mim tudo bem. – Responde Jou, se levantando.
Sora e Jou caminham para fora do campus da universidade. Atravessam a avenida e andam mais um pouco até chegarem num café. Eles entram e sentam-se numa mesa distante bem no canto. Uma garçonete se aproxima e aborda aos jovens.
- Qual o pedido de vocês? – Pergunta a Garçonete.
- Um cappuccino médio. – Responde Jou.
- Apenas um suco de laranja. – Fala Sora.
A garçonete vai embora e os jovens ficam a sós.
- Jou-Kun, eu quero conversar um pouco com você sobre o Yamato. – Diz Sora, um pouco nervosa.
- Estou ouvindo. – Responde Jou, com um sorriso.
- Você deve saber que nos últimos tempos eu e ele estávamos brigando muito... – Fala Sora, de cabeça baixa. – Como vocês eram próximos, o que ele dizia?
- “Uma louca.” – Responde Jou, sorrindo surpreendendo a garota e deixando-a irritada.
- Como assim louca? – Pergunta Sora, em voz alta.
- Exatamente isso. – Responde Jou. – Ele me dizia que seu ciúme o deixava louco e que você parecia uma maluca quando tinha um ataque.
 - Mas... Ele sempre vivia rodeado de garotas. – Fala Sora, jogando sua cabeça contra a mesa.
- Bom, ele é um cara bonito e atraente, além de ser bem popular na universidade. É normal que outras pessoas se sintam atraídas por ele. – Diz Jou.
A garçonete chega com o pedido e interrompe os jovens e sai rapidamente.
- Mesmo assim... – Fala Sora, levantando-se. – Ele sempre ria para todas e era sempre simpático como se estivesse flertando com elas.
- Acredito que é pedir de mais que ele rejeite a todo mundo só para te agradar. – Diz Jou, num tom ríspido. – Acho que essa a maldição de namorar um cara como ele.
Jou leva a boca o cappuccino e depois o coloca na mesa novamente. Sora apenas encara o seu copo o segurando firmemente com as duas mãos.
- Você está certo. – Fala Sora, sorrindo. – A propósito Jou, você está namorando não é, dificilmente temos contato com você ultimamente.
- Não mesmo Sora-Chan. Apenas mais ocupado com os estudos. – Responde Jou.
- Sério? – Pergunta Sora, impressionada. – Jou-Kun, mentir é feio.
- Eu não estou mentindo. – Retruca Jou. – Eu me declarei várias vezes do jeito que podia e sempre fui rejeitado.
Sora encara Jou de uma forma estranha. Ela fita seus olhos com força sobre o jovem que fica nervoso.
- Não consigo acreditar em você de jeito nenhum. – Resmunga Sora. – Mas tem uma garota que te interessa agora?
Neste momento Jou fica com o seu rosto corado e leva a boca o seu copo e responde de uma forma impossível de se entender.
- Eu não entendi. – Fala Sora, deixando Jou nervoso.
- Eu disse que... – Diz Jou, nervoso. – Mimi-Chan.
Neste segundo Sora olha para cima e coloca a mão no queixo imaginando como seria o relacionamento dos dois. Depois de exatos 2 minutos ela para de imaginar e fica com o rosto vermelho como o de um pimentão.
- No que estava pensando? – Indaga Jou, nervoso.
- Que você tem um excelente gosto para mulheres. – Responde Sora. – Acho que você e a Mimi-Chan formariam um casal excelente.
- Por que você acha isso? – Questiona Jou.
- É só o que eu acho, mas vocês dois realmente tem tudo haver. – Responde Sora, com um sorriso.
Sora vira o seu copo na boca e bebe o suco todo de uma vez e em seguida abre sua bolsa pegando o dinheiro e a fecha novamente.
- Vamos embora, temos que falar com o Gennai logo. – Fala Sora, sorrindo.
Jou e Sora se levantam, pagam a conta e saem do café. Sora olha um pouco admirada para Jou esboçando um leve sorriso em sua face.
Um garoto como o Jou sem ninguém até hoje. Enquanto eu vivo reclamando dos meus problemas pra ele, pedindo concelhos e tudo mais enquanto ele encara seus próprios desafios e sentimentos. É injusto que isso aconteça com ele o tempo todo, então por isso que espero que a Mimi-Chan tenha sentimentos recíprocos por ele. Até por que, vendo de forma fria, eles dois combinam perfeitamente.

No Digital World, na casa do Gennai. Os Digimons estão reunidos discutindo um plano para retalhar os ataques dos 7 Grandes Maous. Penmon está com algumas faixas no seu corpo e tem um semblante sério.
- Pessoal. – Fala Gennai. – Se os escolhidos morrerem simplesmente ficará impossível agir contra os 7 Grandes Maous.
- Humanos não deviam ser tão frágeis. – Diz Gomamon. – Nós devemos proteger os nossos amigos.
- Alguém tem alguma sugestão? – Pergunta Palmon.
- Eu tenho. – Responde Penmon. – Você, Gomamon, Tentomon e Piyomon vão para o mundo humano. Não deve faltar nada para que vocês possam desenvolver a capacidade de evoluir ao Kanzentai sem ajuda nenhuma. Nós vamos continuar por aqui treinando e quando estivermos prontos vamos nos juntar a vocês. Qualquer coisa nos contate e iremos ajudá-los, obviamente.
- É uma excelente ideia, Penmon. – Fala Piyomon.
- Está decidido. Mandarei agora um E-Mail para os escolhidos. – Fala Gennai.
O E-Mail é enviado. O relógio marca 7 horas da noite e o céu escuro já envolveu Tokyo totalmente. Em seu quarto, Koushirou estuda quando é interrompido pelo E-Mail de Gennai. Ao lê-lo, ele pega seu celular liga pra Miyako.
- Miyako-Chan, está em casa?
Sim, eu já li o E-Mail e já trouxe os nossos amigos do Digital World.
- Excelente, chego a sua casa em alguns minutos.
Koushirou está vestido com roupas comuns. Uma blusa azul e uma bermuda preta. Ele pega seu tênis e o calça rapidamente.
- Mãe, eu vou sair e voltarei antes do jantar. – Fala o Garoto, em voz alta.
- Senhor Tentomon virá com você? – Pergunta Yoshie.
- Sim. – Responde o Garoto.
Koushirou sai de casa e anda até a casa de Miyako que é a alguns quarteirões. Ele sobe o elevador e bate a porta, sendo atendido por Ken.
- Olá de novo, Koushirou-Kun. – Fala Ken.
- Koushirou-Han, tudo bem com você? – Pergunta Tentomon, animado.
- Sim, apesar do que houve hoje estamos todos bem. – Responde Koushirou. – Pessoal, vamos logo.
Koushirou, Tentomon, Palmon, Piyomon e Gomamon se dirigem a varanda. Lá, Tentomon alça voou e fica por perto, neste momento Koushirou aponta seu Digivice e Tentomon é envolvido pela luz.
Tentomon Shinka... Kabuterimon.
Koushirou sobe nas costas de seu parceiro e em seguida Kabuterimon carrega seus amigos em seus braços.
- Vamos deixa-los logo com os outros. – Fala Kabuterimon. – Até mais pessoal.
Kabuterimon voa rapidamente por Tokyo enquanto Ken e Miyako acenam despedindo-se.

Ninguém sabe qual será o próximo movimento dos 7 Grandes Maous, mas é possível que eles e seus soldados ataquem a qualquer momento. Por culpa disso a apreensão entre os jovens e seus parceiros Digimons estão precavidos com a tese de que eles aparecerão a qualquer momento. Se for preciso eles lutarão sem hesitar, nem por um momento sequer. 


Última edição por Gokuwmon em Sáb 28 Jun 2014, 9:03 pm, editado 3 vez(es)
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Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.  Empty Re: Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.

Mensagem por Mickey Ter 08 Out 2013, 11:20 pm

Parabéns! Você escreve muito bem! E tem ótimas ideias incluídas em sua história.
E infelizmente o gênero da fanfic não me atrai... mas empenhei em acompanhar esses episódios já postados...

Pena que no primeiro episódio foi feita uma chacina com alguns personagens de uma forma um tanto quanto estranha...
Mas gostei do foco inicial em Mimi... hehehe! Gosto dessa personagem em Digimon Adventure.
Bom! Desejo criatividade na montagem de sua história!
E bom... tente não matar todo mundo! xD~~

Mesmo atrasado não posso esquecer da tradição... SEJA BEM VINDO AOS CONTOS DE TK!
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Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.  Empty Re: Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.

Mensagem por Gokuwmon Qui 10 Out 2013, 2:09 am

Mickey escreveu:Parabéns! Você escreve muito bem! E tem ótimas ideias incluídas em sua história.
E infelizmente o gênero da fanfic não me atrai... mas empenhei em acompanhar esses episódios já postados...

Pena que no primeiro episódio foi feita uma chacina com alguns personagens de uma forma um tanto quanto estranha...
Mas gostei do foco inicial em Mimi... hehehe! Gosto dessa personagem em Digimon Adventure.
Bom! Desejo criatividade na montagem de sua história!
E bom... tente não matar todo mundo! xD~~

Mesmo atrasado não posso esquecer da tradição... SEJA BEM VINDO AOS CONTOS DE TK!
Meu maior problema com Digimon, com exceção de Tamers é ele ter sido feito com moldes de um Shonen e ter um protagonismo um tanto quanto... descarado. Os personagens são bem mais velhos agora, então vou ter que abordar outros temas com eles. O mais difícil é tentar traduzir os moldes da cultura Japonesa, principalmente de Tokyo a série, eu ando lendo alguns documentários e conversando com alguns amigos que vivem por lá pra ter uma pequena ideia pra não criar um ambiente diferente do que realmente é, então o próximo capítulo vai demorar um pouco, já que esse mês tem o Enem e 3 corridas da Formula 1.
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Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.  Empty Re: Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.

Mensagem por Gokuwmon Qua 13 Nov 2013, 2:01 am

Demorou muito, bateu uma preguiça em alguns momentos, mas está aí... Se é que alguém tem paciência de lê. Perdão sobre os inúmeros erros gramaticais, eu costumo escrever a noite e quando o sono vem... 


Capítulo 4: Desejos.




O relógio marca 9 horas da noite em ponto e o ressoar do frio adentra nas janelas daquele apartamento no sul do bairro de Meguro. É um prédio de uma aparência excelente e bem refinado. É um apartamento espaçoso para o padrão de Tokyo, mas possui apenas um quarto com uma cama, guarda roupa e um criado mudo, um banheiro, a sala tem uma mesa de centro e 2 sofás além da TV em diagonal para os sofás formando um triangulo, há um muro onde se pode ver a cozinha. Na sala de estar está a Clarice Andretti, uma bela garota americana com 22 anos de idade. Ela está vestindo uma camisa branca pequena e por isso seu decote é visível e um short curto na cor azul. A TV está ligada enquanto passa o Telejornal, está sentada no sofá com suas pernas cruzadas e um Notebook está sobre elas. Ela olha as fotos e vídeos da batalha entre Diatrymon e Fangmon que ocorreu mais cedo.
- Mas que saco. – Resmunga Clarice. – Eu sou apenas uma especialista de informática, esses monstros são tão violentos e fortes... Acho que deveriam mandar o Rambo ao invés de mim.
Clarice move o mouse vendo mais fotos quando uma lhe chama atenção. É o momento após a batalha quando Diatrymon foge para o colégio. De relance ela vê o garoto pardo apontando para trás do colégio, onde o monstro desapareceu depois de um clarão.
- Que cara bonitinho. – Fala Clarice animada. – Pelo corpo e altura deve ser um desportista e pela cara... Em que país alguém pode nascer com esse formato no rosto? Deve ser latino-americano, apesar do cabelo liso. 
Clarice digita rapidamente no teclado e procura por pistas na internet, até que chega a um site de esportes e vê uma imagem de um garoto pardo que lembra muito o da foto agora vista.
- É eu estou certa. – Fala Clarice aproximando seu rosto da tela comparando a foto dos garotos. – É ele mesmo, e realmente, ele é bem bonito. Quem diria que eu acharia isso justamente no site da ESPN inglesa.
O maior prodígio de todos os tempos, Gabriel Oliveira assina pré-contrato com o Yokohama F.Marinos. Ele será apresentado neste fim de semana, mas só atuará na J-League no próximo ano devido a sua idade, enquanto isso jogará o campeonato nacional escolar do Japão.
- Do jeito que falam aqui o vendem como o Lewis Hamilton. – Diz Clarice Impressionada. – Mas pelos resultados dele, tá mais para Pelé.
Clarice digita rapidamente em seu computador o nome do jovem ali descrito e acessa uma página mostrando o perfil e história do jogador.
- Deixe-me ver... – Fala Clarice se ajeitando. – Gabriel Oliveira Tachikawa, 31 de outubro de 1989, 17 anos, 182cm, 72kg, Cidade de São Paulo, Brasil...
Clarice continua lendo o perfil do jovem até chegar a uma parte que lhe chama a atenção.
Gabriel é um dos sobreviventes do ataque terrorista que aconteceu na semana entre primeiro e sete de maio de 2005. Ele sobreviveu ao ataque junto a seu amigo, o piloto Ayrton Coimbra. Segundo testemunhos é dito que ele lutou contra os terroristas e foi responsável pela queda do grupo, mas nada foi provado.
- Ninguém é idiota para acreditar que aquilo foi um ataque terrorista. – Resmunga Clarice. – Todo mundo já sabe sobre os Digimons, nem sei pra que esse dramalhão todo.
Clarice delicadamente fecha o notebook e o deixa em cima do sofá. Ela se levanta e vai até a geladeira onde pega uma cerveja em lata e senta-se em um dos bancos e suspira.
- Aonde esse cara vai tem Digimon no meio. Eu nem sequer sei lutar alguma arte marcial ou usar alguma arma de fogo e tenho que me meter com um cara tão perigoso. Realmente, eu sinto que sou uma peça descartável para ONU.
Clarice pega o seu celular e começa a digitar um número rapidamente, após instantes ela é atendida.
- Senhor Ki-moon, o brasileiro chamado Gabriel Oliveira Tachikawa tem haver com os Digimons. – Fala Clarice. – Eu preciso me infiltrar no colégio onde ele estuda de uma forma que eu possa ficar próxima a ele.
Excelente Agente Andretti, eu farei o possível para isso.
A ligação cai e ela deixa o celular em cima da mesa. Então ela desce do banco e volta ao sofá onde se joga e fica deitada assistindo TV.
- Eu queria conhecer um cara legal agora... – Resmunga Clarice. – Ando precisando de um carinho e atenção. Devia ter feito como algumas das minhas amigas do colegial ter transado com metade do time de alguma coisa e ter ficado grávida depois do Baile de formatura, seria bem menos complicado. Mas não, eu decidi estudar e me formar em Harvard... Agora eu posso morrer a qualquer minuto e virgem. Nem sei pra que diabos eu fui ouvir o meu avô e tentar desenvolver tudo em que sou boa ao máximo e simplesmente vencer.Os olhos ficam marejados e se fecham assim a jovem Andretti cai no sono. 

O canto da cidade ecoa e o relógio marca 6:29 da manhã. Clarice desperta em seu sofá e a TV está ligada. Ela levanta-se devagar e boceja então se alonga ali mesmo e vai até a geladeira, ela pega o leite e coloca em cima da mesa e observa o seu celular. Ao abri-lo nota uma mensagem.
O melhor jeito de fazer isso é sendo uma estudante. Espero que goste de voltar aos dias de colegial. Sua farda deve chegar ao seu prédio 6:30 da manhã. Tudo já foi ajeitado pelo governo, basta apenas ir e se enturmar com o alvo. Outro agente será responsável por Hida Iori.
A campainha toca. Meio minuto depois ela abre a porta, vê um grande pacote e o pega. Ela demonstra alguma ansiedade no olhar. O brilho é diferente, como se fosse de uma garota que estivesse esperançosa em relação ao que pode acontecer. Ao abrir o pacote ela se depara com uma caixa e abrindo a caixa ela vê uma mala e vários livros além de um caderno e outros itens do material escolar, além disso, há a farda do colégio.
- Essa farda é tão bonitinha. – Fala Clarice com um sorriso. – Só que meu corpo é bem avantajado pra ela.
Clarice vai até o banheiro e toma um banho. Ao sair ela se arruma e após estar vestida se olha no espelho.
- Acho que vou chamar muita atenção.
Clarice sai de casa, tranca seu apartamento e vai até o elevador e aperta para o terraço. Ao chegar à portaria, ela é abordada pelo porteiro.
- A senhorita poderia se identificar? – Pergunta o porteiro.
- Sou eu, a Andretti.
- Pode dizer por que está vestida de colegial?
- Trabalho. – Responde Clarice, sorrindo.
O céu está parcialmente nublado, mas não ameaça chover, é um bom dia de temperatura perfeita. O relógio marca 6:50 da manhã. Clarice anda até a estação do metrô ali perto e o pega adentra. Ela está em pé na parte do meio, atrás dela está sentada uma senhora de idade.

Jou, Mimi e Gabriel estão andando juntos. Gabriel, como sempre, está brincando com a bola parecendo uma criança. Um pouco mais afrente Mimi e Jou conversam em um clima totalmente diferente.
- Jou-Kun ontem eu tentei uma receita de torta Brasileira pra comemorar a chegada desse indivíduo aí atrás e ele disse que estava ruim. – Resmunga Mimi brava. – É mesmo um mal agradecido.
- Se acalme Mimi-Chan, não precisa ficar nervosa por algo assim. – Fala Jou, sorrindo sem graça.
- Mas a torta ficou realmente ruim. – Diz Gabriel. – Parece até que você colocou sal ao invés de açúcar.
Após falar isso, Mimi tenta pular sobre Gabriel, mas é agarrada por trás pelo jovem Jou.
- Eu vou arrancar sua língua venenosa agora, seu mequetrefe! – Grita Mimi.
- Mimi-Chan, vamos logo, se não vamos perder o Trem. – Fala Jou, fazendo com que a garota se acalme com um sorriso.
Os jovens chegam até a estação e esperam o trem que não deve demorar. Neste momento, Mimi está com o rosto bem vermelho, como um pimentão. Neste segundo ela abre sua mala e tira uma marmita. Então ela vai em direção a Jou.
- Kido-San... – Fala Mimi nervosa. – Eu guardei um pedaço da torta de limão que fiz ontem para você. Como reclamou que às vezes não tem tempo de almoçar, eu espero que isso possa lhe... Satisfazer.
Jou fica totalmente envergonhado com a atitude de Mimi. Ele levanta sua mão direita e pega ao chegar perto da marmita os dedos deles se tocam e ficam ainda mais envergonhados.
- Muito obrigado, Mimi-Chan. – Fala Jou pegando a Marmita e guardando em sua bolsa.
- De nada. – Responde Mimi desviando o olhar.
Que a descrição do Gabriel esteja errada! Que a descrição do Gabriel esteja errada!
- Vê se come perto da área de medicina, você pode se envenenar. – Fala Gabriel num tom irônico deixando Mimi mais irritada.
- O que você disse seu miserável?! – Esbraveja Mimi sendo mais uma vez acalmada pelo Jou.
O trem chega à estação e os jovens preparam-se para entrar em fila. Gabriel está afrente de Mimi que tem Jou por trás.
Eu terei a minha vingança!
Mimi levanta seu pé e chuta a bunda de seu primo o empurrando para dentro do trem. Gabriel é jogado violentamente pra dentro do vagão e acaba interlaçando seus braços sobre uma garota, loira, com mais ou menos um metro e setenta e cinco de altura, olhos azuis um pouco escuros como o alto mar. Eles estão com seus rostos próximos a menos de 5 centímetros.
Meu deus, eu vim para o céu?
A garota fica um pouco envergonhada, mas não diz nada, apenas força Gabriel para trás. Segundos depois Gabriel se levanta e se agarra no corrimão sobre sua cabeça.
- Me perdoe por isso, foi a minha prima idiota que me empurrou. – Fala Gabriel, encarando Clarice com um olhar brilhante. – Meu nome é Gabriel Oliveira e vejo que você usa a mesma farda da nossa escola.
- Meu nome é Clarice Andretti. – Responde Clarice, envergonhada.
Que olhos brilhantes, que lábios sedutores, que perfume, que corpo. Droga, por que o alvo é justamente um cara tão lindo?
Mimi e Jou olham tudo com uma expressão suspeita, nesse segundo eles trocam olhares no qual confirmam que tem o mesmo pensamento.
- Em quantas semanas você acha que eles vão namorar? – Sussurra Jou. – Eu dou duas semanas.
- Olha... – Responde Mimi, sorrindo. –  Se depender do Gabriel, acho que até o fim da tarde, eles já devem estar juntos.
A resposta de Mimi deixa Jou espantado, para ele é surpreendente que esses dois, apesar de estrangeiros, ele não imagina que uma relação possa começar tão rapidamente.
- Bom, deixe-me apresentar esses dois. – Fala Gabriel. – Essa é minha prima idiota, Mimi Tachikawa e o seu “friend” Jou Kido.
- É um prazer conhece-los. – Diz Clarice.
- O único idiota que tem aqui é você. – Resmunga Mimi.
- Eu acho que não. – Retruca Gabriel, encarando sua prima.
O trem para no centro de Minato, precisamente, perto de Odaiba. Naquele momento, Clarice, Gabriel e Mimi descem do trem e se despedem de Jou que está com seus pensamentos, como sempre naquele momento, ligados em Mimi.
Não tenho pra onde correr, eu sinto que já me apaixonei.

Mimi, Gabriel e Clarice andam até o colégio. Clarice está um pouco atrás deles os observando discutir sobre besteiras.
Eles são mesmo pacatos. Nem parecem que são envolvidos com Digimons. A Mimi parece ser uma garota bem fofa e inocente, apesar da atração óbvia pelo Jou que por sua vez ainda não percebeu, é estranho ela sempre desvia seus olhos pra ele nem que seja por um instante. Eu tenho certeza que o Gabriel é envolvido com os Digimons, mas e quanto a esses dois? O pior de tudo isso, por que um cara tão bom e que me conquistaria fácil tem que estar envolvido nisso? Deus, por favor, uma vez na vida, sorte no amor!
Eles caminham os 500 metros finais e adentram na escola, na qual tem alguns jornalistas na frente conversando com o Diretor, um homem de uns 50 e poucos anos, olhos negros, calvo e cabelos brancos dominando sua cabeça, ele usa óculos e terno. A entrada é difícil, mas os estudantes passam sobre o cerco. Gabriel, Clarice e Mimi observam junto a outros alunos os repórteres.  
Diretor Uchida, o que tem a dizer sobre os ataques de Digimons ontem?
- Tudo não deve ter passado de uma brincadeira muito bem feita de alguns alunos, não existem Digimons.
Sobre o aluno transferido, Gabriel Oliveira, qual a sua expectativa sobre o campeonato escolar desse ano? Sente que é justo ter um jogador brasileiro que já pode ser um jogador da elite nas maiores ligas do mundo?
- O quê?


- Por que diabos o assunto mudou pra mim do nada? – Indaga Gabriel, irritado.
- É o preço da fama. – Responde Clarice, sorrindo.
- Seu sobrenome é Andretti, então você deve ser assediada também. – Retruca Gabriel.
- Nunca fui, vivi uma vida bem normal. – Fala Clarice.
- O que tem de mais no sobrenome Andretti? – Pergunta Mimi.
- Nada de mais. – Responde Clarice, envergonhada fazendo com que Gabriel estranhe a atitude.
Os 3 jovens entram na escola, colocam suas sapatilhas e sobem as escadas.
- Eu vou entregar o papel da minha matricula a secretaria. – Fala Clarice. – Espero que possamos ficar na mesma sala.
Clarice se despede de Gabriel e Mimi. Ela anda até a recepção um pouco apreensiva.
- Espero que o pessoal da ONU tenha me deixado na mesma sala que o Gabriel. – Sussurra Clarice.
Enquanto isso Gabriel e Mimi continuam discutindo enquanto andam devagar.
- Gabriel, não fale aquilo pro Jou-Kun e ponto final. – Diz Mimi, irritada.
- Mimi, você ainda não entendeu? – Indaga Gabriel, parando de andar e encarando sua prima.
- O que eu não entendi? – Resmunga Mimi, voltando-se para seu primo
- Você diz que fez para mim, mas na verdade você fez aquela torta pensando no Jou, não é? – Questiona Gabriel, deixando sua prima extremamente envergonhada.
- Não mesmo! – Grita Mimi.
- Pare de mentir pra si mesma. – Retruca Gabriel. – Eu já percebi que você está louquinha pelo veterinário.
- Eu não gosto do Jou desse jeito. – Fala Mimi, irritada.
- Você gosta sim. – Sussurra Gabriel, sorrindo. – Nessa madrugada eu ouvi você falando “Jou, por favor, vamos mais uma vez?”.
Após essa frase Mimi fica paralisada de tanta vergonha, como se tivessem-na congelado.
- Não fique desse jeito, isso é normal. – Fala Gabriel, sorrindo. – Mas não precisa mentir pra si mesma, você o quer e você devia lutar por isso com mais honestidade.
- Verdade. – Sussurra Mimi, nervosa e fazendo biquinho. – Mas enquanto você? Eu tenho certeza de que você vai dar em cima da Andretti-San.
- Naturalmente. – Responde Gabriel.
Os jovens voltam a andar, agora bem mais calmos.
- Mimi, posso lhe dizer uma coisa que vai fazer seu dia ser maravilhoso? – Indaga Gabriel.
- Claro! – Responde Mimi, energética.
Gabriel pensa um pouco e sorri.
- Nah, melhor não. – Fala Gabriel, decepcionando sua prima.
- Conta! – Esperneia a garota.
- De jeito nenhum. – Retruca Gabriel.
Ele deve ter percebido algo. Mas independente do que eu sinta. Eu não quero o Jou desse jeito.Acima de tudo se for pra ocorrer algo vai ser muito ruim se acabarmos. Que reviravolta terrível. 
Ambos chegam à sala de aula e entram com um sorriso no rosto. Eles cumprimentam seus colegas e vão até seus lugares. Ao chegarem a suas cadeiras eles olham Koushirou digitar em seu computador. Sério, tendo em suas costas Shigure que está sentada sobre sua mesa o observando.
- Bom dia Gabriel-Kun, Mimi-Chan, como estão? – Cumprimenta Koushirou, desviando seu olhar do computador e sorrindo.
- Bom dia. – Fala Shigure, sorrindo.
- Bom dia, bom dia. – Diz Gabriel.
- Conosco está tudo bem. – Fala Mimi. – Koushirou, alguma informação nova sobre os 7 Grandes Maous?
- Nada que seja direto. – Responde Koushirou, desanimado. – Isso deve demorar muito por enquanto.
- Vamos tentar manter a calma. – Diz Shigure, descendo da mesa e indo ao chão delicadamente.
- É muito difícil controlar a ansiedade nesse momento. – Fala Gabriel, encarando Shigure. Seu rosto fica um pouco corado.
Gabriel fica encarando Shigure por alguns segundos. Ela mudou o seu penteado e está um pouco mais chamativa. Mimi percebe isso e vai de encontro ao seu primo.
- Gabriel. – Sussurra Mimi. – Não fale nada.
- Por quê? – Retruca o jovem, irritado. – Ela tá uma gracinha, eu quero elogiá-la.
- Não importa o quão puras sejam suas intenções. – Sussurra Mimi. – O Koushirou tem que perceber sozinho pra magia dar certo.
- Eu não acho que o Koushirou seja de dar atenção a isso. – Diz Gabriel, decepcionado. – Ele não é muito apegado à aparência, é só ver como ele é simples.
- Não importa de novo. – Retruca Mimi, irritada. – Se você fizer isso só vai deixa-la mais tímida. E mais uma coisa, nem pense em tentar algo com ela.
- Já te disse, meu alvo é a Clarice. – Fala Gabriel, sorrindo de forma suspeita. – Não tenho por que dar em cima de outra garota se já quero uma.
- Excelente. – Diz Mimi, sorrindo, aprovando a as palavras de seu primo.
- Mas se tivermos um bom clima, eu vou em frente. – Sussurra Gabriel, com um sorriso suspeito.
A expressão de Mimi muda para apreensiva, como se tivesse escutado um aviso para ter cuidado com a fera.


Neste momento o professor de Matemática, Uchyo Homura entra na sala. Seus passos são altos, como se estivesse pisando em algo que queira destruir. Seu olhar penetrante é fitado de uma forma calculada para que cada estudante sinta como se ele estivesse olhando dentro de seus olhos. Depois dele entra Clarice, ela está com uma feição bem acanhada, como se fosse realmente o seu primeiro dia em uma nova escola. Ela anda com passos curtos e elegantes, para ao lado do professor e encara seus colegas de sala.
- Bom dia a todos. – Fala Homura. – Vou apresentar a vocês a nova aluna transferida.
- Hello Folks! My name is Clarice Andretti, nice to meet you. – Diz Clarice, animada.
- Andretti-San, por favor, em japonês. – Fala o Homura.
- Ok. – Responde Clarice. – Bom dia a todos, meu nome é Clarice Andretti e vim dos USA, é um prazer.
Sussurros ressoam pela sala comentando sobre a garota. Sua aparência ocidental chama a atenção. Gabriel acena para ela e fala bem alto.
- Clarice, senta aqui!
Clarice sorri e anda até o jovem. Mais uma vez a sala começa a fofocar sobre Gabriel e sua possível relação com a novata.
- Ok, vamos começar a aula. – Diz Homura, pegando um giz.

O tempo passa e o horário do almoço chega. Clarice se junta a Koushirou, Shigure, Mimi e Gabriel. Ela chama atenção por causa da sua aparência ocidental e seu corpo um pouco anormal para uma estudante, ela lembra uma modelo. Eles caminham até as quadras desportivas.
- Clarice, como você conseguiu vaga aqui? – Indaga Shigure, nervosa. – Essa é uma das escolas mais disputadas de Tokyo.
- Eu fiz um teste de admissão como todos. – Responde Clarice. – Mas só agora cheguei de Charlotte.
- Charlotte, aquela cidade onde ficam as equipes da Nascar? – Questiona Gabriel, sorrindo.
- Sim, sim! – Responde Clarice, animada. – Você acompanha a Nascar?
- Mais ou menos, mas tenho um amigo que é piloto profissional e acompanha a categoria. – Responde Gabriel. – Eu assisto algumas corridas quando dá, mas sempre pego no sono.
- Eu morei boa parte da minha vida perto da Penske e sempre ia ao autódromo, então aprendi a gostar de carros. – Fala Clarice sorrindo. – Pra falar a verdade eu sempre fui interessada em esportes.
- Diz que gosta de futebol, diz. – Sussurra Gabriel, nervoso.
- Sim, gosto bastante de soccer. – Fala Clarice.
- Soccer? O que é isso? – Indaga Gabriel.
- Soccer, aquele jogo em que joga 11 contra 11 e tentam marcar gols. – Responde Clarice.
- Isso é futebol. – Resmunga Gabriel.
- Soccer. – Retruca Clarice, nervosa. – Football é um dos melhores esportes já criados.
- Ah... Você fala do Football americano. Desculpe. – Diz Gabriel, sorrindo.
- Sem problemas, pra vocês brasileiros deve ser estranho. – Fala Clarice.
Shigure e Mimi trocam olhares significativos. Shigure se aproxima e cochicha no ouvido de sua amiga.
- Deveríamos nos afastar, certo?
Mimi acena concordando.
Que coincidência esses dois se darem tão bem.
- Shigure-Chan. – Fala Koushirou, chamando a atenção de sua amiga.
- Sim? – Pergunta Shigure, levemente acanhada.
- Você adora esporte, então por que não tá conversando com eles? – Questiona Koushirou, em voz baixa.
- Você não consegue sentir Koushirou-Kun? – Responde Shigure, sorrindo.
- Sentir o quê? – Indaga o ruivo.
- O clima romântico entre eles. – Responde Shigure, vermelha como se estivesse acabado de voltar de um dia inteiro na praia. – Não tem como eu me intrometer.
- Koushirou-Kun, você realmente não tem sensibilidade alguma pra romance. – Resmunga Mimi, irritada.
- Vamos mudar o caminho. – Fala Koushirou. – Lembrei agora que tenho que falar com vocês sobre aquele assunto.
- Pessoal. – Fala Mimi, interrompendo Clarice e Gabriel. – Vamos ali resolver um problema, nos encontramos na área de trás do prédio principal?
- Ok. – Responde Gabriel. – Clarice, vamos por aqui.
O olhar de Clarice se torna diferente. Ela fita seus olhos sobre Mimi, Shigure e Koushirou que logo dão as costas e seguem por outro caminho. Neste momento Gabriel pega a sua mão e a puxa.
Eles definitivamente sabem sobre o Digital World.
Koushirou, Mimi e Shigure seguem por outro caminho e param num corredor vazio.
- Não são informações diretas, e não é nada animador o que li hoje quando acordei. – Fala Koushirou sorrindo.
- O que houve então? – Indaga Mimi, animada.
- Todos os outros escolhidos do mundo estão nos ajudando e patrulhando o Digital World como podem. – Responde Koushirou. – Yuri-San da Rússia aproveitou tudo e fez um mapeamento do Digital World. Gennai não conseguiu fazer algo assim devido à mudança que vem ocorrendo. Ele tem o mesmo tamanho do nosso mundo. O que acontece é que ele está se expandindo além do Digital World.
- Como assim? – Questiona Shigure, surpresa.
- É como se o Digital World se tornasse um planeta e além dele existe um universo que se expande a cada segundo, como o nosso. – Responde Koushirou.
- Quer dizer que o Digital World é uma dimensão diferente criada a partir da nossa? – Pergunta Shigure.
- Eu não sei dizer. Pode ser que sim ou pode ser que o Digital World exista antes do nosso mundo. – Responde Koushirou. – Segundo o Sebastian-San da Alemanha é possível que a essência do Digital World esteja no nosso mundo e que de fato ele seja daquele jeito por causa da nossa influência. Então quer dizer que como o nosso mundo é feito a partir de átomos e moléculas o mundo Digital seja ordenado a partir de Dados de computadores em geral, o byte.
- Então é como se o Digital World fosse um filho do nosso mundo, certo? – Indaga Mimi.
- Exatamente. – Responde Koushirou. – O fato é que suas localidades são baseadas em elementos do mundo da computação e elas são equivalentes a localidades de nosso mundo.
- O Japão equivale a que lugar? – Pergunta Mimi, sorridente.
- Onde tudo começou, File Island. – Responde Koushirou. – O Continente Server equivale a Eurásia. O Continente Folder equivale à África e a América equivale ao Continente Directory. A Oceania equivale ao continente WWW. E as semelhanças param por aí. A Groenlândia é chamada de Forest of Gods. E a Antártida é exatamente o ponto onde a área negra está se formando. Diferente do nosso mundo eles não dividem os oceanos e chama tudo de apenas um nome, Net Ocean.
- Mas nós podemos abrir os portais onde quisermos, então é só abrir um portal que equivalha à Argentina. – Diz Mimi, nervosa.
- Os portais não funcionam mais dessa maneira. – Retruca Koushirou, desanimado. – Tanto que quando o Ken “dominou” o Digital World era uma distância parecida daqui até o norte da Sibéria. Abrir um portal hoje só pode ser em um raio de mil quilômetros já que o Digital World está perto do equilíbrio apesar de tudo. Mesmo se abrirmos um portal ao extremo sul nós teríamos que andar o equivalente até a Antártida do mesmo jeito.
- Se a área negra está se formando onde é exatamente a Antártida, quer dizer que os outros escolhidos sequestrados por Demon estejam lá. – Fala Shigure, cabisbaixa.
- Esse é exatamente o ponto ruim de tudo isso. – Diz Koushirou. – A nossa maior pista é a que está mais longe de nós e de quebra estamos sendo atacados. O Jody-San da África do Sul está observando a área atentamente. Ele disse que cada dia mais a área negra ganha forma de continente. É como se a terra estivesse surgindo das águas.
- Apesar das novidades ainda estamos de mãos atadas. – Resmunga Mimi. – Eu vou comer alguma coisa, que tal irmos todos juntos?

Nada está acontecendo. A ansiedade por algum fato novo é difícil de lidar por mais que tentem se distrair. Existe um total atual de 110 escolhidos em atividade espalhados no mundo inteiro, destes 110 apenas 81 podem lutar. Por causa do que houve em 1998 o Japão possuía a maioria dos escolhidos antes do ataque de Demon, totalizavam 16. Após Demon atacar apenas 6 em condições de lutar, já que o parceiro de Hida Iori foi morto. Por causa da vida pacífica os parceiros de Takashi, Noriko, Hiroshi e Keiko não irão para o front, não são Digimons com experiência em batalha, mas estarão prontos. Restaram apenas Mimi Tachikawa, Jou Kido, Sora Takenouchi, Koushirou Izumi, Ken Ichijouji e Inoue Miyako do Japão para encarar a possível Guerra que está por vir. O reforço de Gabriel Oliveira é bem vindo, uma coincidência comemorável.

Longe daquele colégio com vista para a Rainbow Bridge. Numa faculdade ao norte está Jou Kido. Um céu ensolarado e azul com muitas nuvens, mas sem ameaça de chuva. Sentado em um banco de madeira lendo um livro sobre informática. Uma aparência sóbria e concentrada. Em suas mãos está uma lata de café a qual leva a boca a cada 30 segundos. Neste momento, com passos barulhentos a sua amiga Sora se aproxima. Ela está radiante, esboçando um sorriso e andando com passos que fazem seu vestido florido balançarem calmamente como se estivessem dançando com a brisa que vai de encontro a jovem. Ele vira o seu rosto esboçando um leve sorriso e a cumprimenta.
- Olá, Sora-Chan, como vai?
- Muito bem, obrigado. – Responde Sora, sorrindo, em seguida ela se senta ao lado de seu amigo. – Você não consegue relaxar nem mesmo por um segundo.
- Você leu o e-mail que o Koushirou-kun nos mandou mais cedo, certo? – Questiona Jou, com um tom ríspido. Fazendo com que Sora fique um pouco irritada.
- Claro que li. – Resmunga Sora. – Mas o que isso tem haver com você estar sempre estudando?
- Nós iremos para mais uma batalha e contra um inimigo que nos derrotou facilmente. – Responde Jou, num tom calmo e claro. – Eu tenho que dar o meu melhor por todos nós. Sei que tudo isso vai exigir muito de todos.
- Sei muito bem disso. – Replica Sora, nervosa. – Mas você não relaxa nem um pouco. Pense Jou-Kun, você pode não estar bem quando realmente precisarmos de você. Você precisa curtir um pouco mais a vida... Aposto que nunca teve sequer coragem de se declarar pra uma garota.
As palavras de Sora deixam Jou nervoso e tímido.
- Eu me declarei sim! – Grita Jou, chamando a atenção de algumas pessoas que estavam em volta. - Eu te disse isso ontem. 
- Então por que nunca conseguiu nada? – Questiona Sora, com seu olhar fixo sobre os olhos de Jou.
- Falta de sorte. – Responde Jou, cabisbaixo.
- Falta de sorte não é desculpa. – Diz Sora, nervosa. – Veja o Yamato, ele me conquistou no primeiro ano do ensino médio.
- Eu não sou o Yamato. – Fala Jou. – Como eu disse é apenas falta de sorte. Eu escolhi garotas que desprezavam o meu jeito nerd, só isso. E também depois de tudo que tem acontecido eu acho que sua frase teria mais sentido se você usasse o Ken e a Miyako como exemplos.
Não tem como eu discutir com esse cara. Ele sempre consegue falar algo convincente.
- Mesmo assim não fuja do assunto. – Resmunga Sora. – Eu estou realmente preocupada com você.
- Colocando toda essa pressão em cima de mim é que não vai adiantar nada. – Retruca Jou, encarando seu livro.
Sora fica sem reação após as palavras de Jou e suspira alegando sua derrota.
- Apenas me responda Sora. – Fala Jou, fechando o livro e encarando sua amiga. – Eu me visto mal? Tá certo que não sou tão belo quanto o Yamato, mas há algo errado com minha cara?
- Sobre sua cara só o fato de você está quase sempre com a aparência de cansado. No resto não vejo problema algum. – Responde Sora.
- Então podemos concluir que sou apenas um cara sem sorte. – Diz Jou, com um sorriso confiante.
- Eu não consigo aceitar isso já que você não tenta. – Retruca Sora.
- Então quer dizer que se eu for um galinha devo conseguir algo? – Pergunta Jou.
- Mais ou menos. – Responde Sora, sorrindo envergonhada.
- Perdão, isso não combina comigo. – Fala Jou, sorrindo. – Eu prefiro ser paciente e esperar a minha chance de ouro.
Ele está tentando do jeito dele, mas eu espero que ele consiga aproveitar um pouco mais da sua vida. É injusto um bom homem como ele solitário, nem parece que tem amigos.
Jou abre sua mochila e retira uma vasilha que aparenta ser uma marmita.
- Toda essa discussão me deu fome. Quer um pouco de torta, Sora-Chan? – Indaga Jou.
- Ah sim. Obrigada. – Responde Sora pegando uma fatia e levando a boca. – Nossa isso tá muito bom.
- Mimi-Chan me deu quando me encontrei com ela na rua. – Diz Jou levando um pedaço a boca. – Ela acertou em cheio, adoro torta de limão.
Parece que todos estão tentando se ajudar.

No Digital World, em sua casa. Gennai lê um livro atenciosamente. 
"A Dark Area é o nome dado para onde os dados de Digimons destruídos no Digital World vão. Originalmente era tido como uma dimensão diferente, mas ultimamente é colocada como uma localidade invisível no Digital World. Todo Digimon morto vai para a Dark Area e lá é julgado pelos inúmeros Anubismon que decidem se ficarão presos lá até certo momento ou se renascerão."

"Reza a lenda que quando um Deus Maligno que tinha o poder de distorcer o espaço-tempo surgiu ele criou um buraco nessa barreira. Mas nunca foi dito quando e onde isso aconteceu. Segundo registros do Digital World o poder desse Deus afetou o Firewall várias vezes, mas com gravidade em 1994 e outra em 1991. No mesmo milésimo de segundo, mas em datas completamente diferentes. Em 1994 Apocalymon e seu exercito foi-se lançado ao Digital World. Um tirano que queria evoluir acima de tudo. Destruir o mundo e o reconstruir a sua imagem. Apocalymon não apareceu até sua derrota nos meados de agosto de 1998, ele agia influenciando os seus 4 Dark Masters. Na primeira batalha os Dark Masters foram vencidos pelas Holy Beasts. Mas os Dark Masters voltaram e conseguiram inibir as Holy Beasts de agir usando mais uma vez um programa chamado TEMPEST. Quando isso aconteceu as Holy Beasts decidiram usar mais uma vez o poder dos humanos para assim derrotar os Dark Masters e baseado num humano criou um programa que seria a interação entre os Humanos e o Digital World. Usando Digitamas que descendem de antigas lendas do Digital World eles resolveram chamar 8 crianças do Japão.

Em 1991 um mal surgiu do mesmo jeito. Um ser diabólico chamado Demon. Ele trouxe consigo uma inspiração maligna e conseguiu de maneira desconhecida criar um programa chamado TEMPEST. Por causa da execução desse programa na Mugen Mountain de File Island, o desequilíbrio entre as dimensões surgiu e 5 humanos vieram para o Digital World. Uma coincidência que salvou o Digital World num passado distante. Apenas se sabe o sobre nome de 4 deles e eles são, Senna, Prost, Mansell e Piquet.
- Se pudéssemos encontrar esses humanos teríamos uma pista de como derrotar Demon e os outros. – Fala Gennai.
Neste momento Wormmon se aproxima devagar.
- Não existem muitos Digimons interessados em nos ajudar a simplificar tudo. – Fala Wormmon.
- As Holy Beasts não podem se mover de qualquer jeito. O TEMPEST pode simplesmente ser ativado e dessa vez ser uma catástrofe ainda maior. – Diz Gennai.
- O Firewall não irá dar conta quando os 7 estiverem prontos para agir. – Fala Hawkmon, que está observando o céu enquanto está sentado no telhado.
- Eles querem ter a sua chance. – Resmunga Penmon, se aproximando. – Estão fazendo tudo do jeito errado.
- É apenas um conflito de opiniões, mas os 7 Grandes Maous não entendem que eles irão destruir o Digital World e o Mundo Humano agindo desse jeito. – Diz Gennai. - Por isso devemos pará-los a todo custo. Para que os gêmeos continuem a existir.

No mundo humano, sobre um arranha-céu estão Witchmon e Sealsdramon parados, observando o colégio onde os escolhidos estudam. A face de Witchmon demonstra tristeza, pois eles acabaram de confirmar a morte de seu parceiro Fangmon.
- Faz mais de um dia, não é? – Pergunta Witchmon, com um tom tristonho.
- Exatamente. – Responde Sealsdramon. – Os cálculos não foram ruins, nossos oponentes que foram formidáveis.
- Eu sei e é por isso que irei atacar apenas um deles. O cérebro do time. O ruivo. – Fala Witchmon.
- A sua mágica de espionagem é perfeita pra nossa missão. – Diz Sealsdramon. – Mas não vá sozinha, esses humanos e seus parceiros Digimons são mais fortes do que nós.
- Eu tenho duvidas disso Sealsdramon. Digimons que precisam de humanos para evoluir são uma lástima a meu ver. – Retruca Witchmon, sorrindo.
- Eu concordo com este pensamento. O mesmo que os nossos senhores têm. – Fala Sealsdramon.
- Irei agir à noite e você faça de tudo pra destruir Diatrymon. Afinal de contas ele é descende de um Digimon Lendário. – Fala Witchmon, sorrindo graciosamente.
- Aquela garota cativou o coração de Gabriel. Então não será difícil atraí-lo. – Diz Sealsdramon.
- Sealsdramon, me prometa cautela, ok? – Fala Witchmon.
- Sim. Nós vamos sair vivos e completar nossa missão com sucesso. – Confirma Sealsdramon.

O tempo passa e o fim da tarde chega. Os jovens escolhidos saem do colégio e vão andando calmamente pelas ruas de Tokyo. O céu vermelho toma conta da cidade e o pôr do Sol é como uma fotografia.
- Pessoal, eu vou por aqui. Tenham cuidado e boa noite. – Diz Koushirou.
Koushirou anda e pega um ônibus para chegar logo em casa. Seu olhar preocupado e apreensivo sempre domina suas expressões. Ele não consegue relaxar nem um pouco. Após 10 minutos Koushirou desce do ônibus e caminha. Se aproximando de um parque ele olha para o balanço e vê uma mulher que tem uns 35 anos e está tristonha, encara o chão, as compras que acabara por fazer estão largadas. Logo ele a reconhece, Yuuko Yagami. Koushirou a encara por alguns segundos e ela levanta o rosto reconhecendo o jovem e acena para ele com um sorriso forçado.
- Oi Koushirou-Kun. – Diz Yuuko, acenando.
Koushirou devolve a gentileza com um sorriso e então caminha até ela e senta-se no balanço ao lado.
- O Chikara-San nos contou tudo. – Fala Yuuko.
- Nós não vamos descansar até trazer todos de volta. – Diz Koushirou.
Koushirou olha para a face de Yuuko e percebe as lágrimas caindo sobre a longa saia que veste. Sua expressão muda e ele se sente miserável e impotente.
- Não se forcem tanto. – Sussurra Yuuko. – Vocês são tão jovens e tem que desafiar tantos perigos e dessa vez não tiveram a sorte de sair ilesos.
Koushirou aperta seus dentes e uma angústia toma conta de seu peito. Um sentimento frio, tão frio que chega a queimar. Então ele se levanta e dá 4 passos para frente.
- Me perdoe. – Fala Koushirou que começa a correr.
Ele corre ultrapassando as pessoas e se esbarrando em coisas. Não conseguindo encarar Yuuko, Koushirou demonstra todo o mártir que carrega consigo. Ser um Escolhido sempre foi perigoso, mas aqueles jovens nunca se viram como soldados, sempre como amigos. Dessa vez não existe uma preocupação que os fazem pensar "Eles estão bem?", e sim uma prece para que eles estejam bem. 


Última edição por Gokuwmon em Sáb 28 Jun 2014, 9:44 pm, editado 4 vez(es)
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Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.  Empty Re: Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.

Mensagem por Gokuwmon Sex 27 Dez 2013, 11:40 pm

Pessoal, só quero dizer que não parei de escrever. Eu voltei a me dedicar ao DMO e isso vem me tomado tempo. Não falta muito para eu atingir meus objetivos atuais dentro do jogo. Estou também assistindo Digimon Adventure mais uma vez para não cometer erros.  

Se quiserem saber de alguma curiosidade desses capítulos já feitos, personagens ou qualquer outra coisa postem aqui.
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Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.  Empty Re: Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.

Mensagem por Gokuwmon Seg 13 Jan 2014, 1:17 am

Capítulo 5: Pressão, Opressão e Impressão.


São 7 horas da noite do dia 4 de abril de 2007. Em um prédio residencial da área de Odaiba mora a família Izumi. Koushirou está trancafiado em seu quarto escondido debaixo do lençol em sua cama. É um quarto com apenas mudanças essenciais feitas nos últimos 10 anos. Há uma televisão pendurada na parede e um vídeo game de ultima geração abaixo dela, sustentado por um Rack. No chão há algumas roupas espalhadas e alguns equipamentos eletrônicos sem utilidade. Koushirou costuma ser bem organizado, mas com os acontecimentos dos últimos dias isso acabou sendo deixado de lado. Depois de ter visto a angustia da senhora Yagami ele passou a se amargurar ainda mais, afundando na tristeza.
Eu não consegui encará-la. Sinto-me culpado pelo que aconteceu. Se eu tivesse prestado atenção antes talvez pudéssemos ter lutado todos juntos e assim ter tido uma chance contra Demon. Agora eu tenho que descobrir algum jeito de resgatar nossos amigos. A expressão da senhora Yagami me faz pensar em como os familiares dos nossos amigos estão sofrendo e muitos deles tinham medo de que isso acontecesse. Como vamos resgatar os nossos amigos? Quais são os nossos inimigos exatamente? Qual é o objetivo dos 7 grandes Maous? Como podemos ficar mais fortes e estarmos em pé de igualdade com eles? Como vamos sobreviver à próxima luta?
3 batidas são dadas na porta do quarto de Koushirou seguidamente. É a sua mãe, Yoshie Izumi, que está preocupada e vai até ele.
- Koushirou, o jantar está servido. Venha comer logo.
A voz abafada de Yoshie é escutada com clareza pelo jovem que permanece imóvel. Ele não diz nem uma palavra e isso à deixa nervosa. Ela anda pelo corredor e chega à sala da estar onde Tentomon, o inseto gigante parceiro do jovem Koushirou e Masami Izumi, pai de Koushirou, eles estão sentados assistindo TV. Yoshie senta-se ao lado de seu marido que preocupado a aconchega dentre seus braços.
- Nunca vi o Koushirou tão para baixo. – Fala Yoshie.
- Tentomon-Kun, por que você acha que o Koushirou está desse jeito? – Questiona Masami, preocupado.
- Por causa do que houve dois dias atrás. – Responde Tentomon.
- Como assim? – Pergunta Yoshie, surpresa.
- Ele não contou a vocês? – Responde Tentomon, em um tom sério. – Um novo inimigo apareceu e... Ele destruiu a maioria dos nossos amigos e raptou seus parceiros humanos.
Yoshie e Masami congelam após as palavras de Tentomon. Nos dois últimos dias Koushirou apresentou uma alteração em seu comportamento. Para Masami ele estava apenas atolado com os afazeres escolares, mesmo sendo início do ano letivo.
- Por que ele não nos disse? – Indaga Masami, irritado. – Ele nunca nos escondeu nada sobre os Digimons depois do que houve em 1998.
- Talvez ele esteja tão chocado a ponto de não conseguir falar sobre isso com vocês. – Retruca Tentomon. – Algo deve ter acontecido na volta e isso o deixou pior. Deixe-o comigo, eu vou animá-lo de um jeito ou de outro.
- Eu espero que sim. – Diz Yoshie.
Eles se levantam vão à mesa de jantar. Após 30 minutos Tentomon bate na porta do quarto.
- Koushirou-han, eu posso entrar?
- Sim... A porta está aberta.
Tentomon abre a porta e entra naquele quarto escuro. Ao entrar, Tentomon liga a luz e bate asas indo até a janela e a abre. A brisa da noite entra no quarto e o ar frio adentra o lençol onde Koushirou está escondido fazendo com que o mesmo se levante.
- Tentomon, fecha a janela, por favor. – Resmunga Koushirou, com uma feição cansada.
- Koushirou-han, pode me dizer o que houve mais cedo para que tenha lhe abatido desse jeito? – Questiona Tentomon, se aproximando.
A expressão de Koushirou se tornou tristonha e ele lançou seu olhar ao chão.
- Eu me encontrei com a mãe do Taichi-Kun e Hikari-Chan quando voltava do colégio... – Responde Koushirou, lembrando-se claramente da imagem de Yuuko Yagami.
- Vejo que você se culpa muito sobre o que houve. – Fala Tentomon. – Mas saiba que aquele tipo de movimentação não é comum. Não daria para ter percebido antes de acontecer. Mesmo que eles tenham usado Dark Towers para se mover. Demon não é apenas um ser maligno. Koushirou-han, as coisas são mais complexas agora.
- Como assim mais complexas? – Indaga Koushirou, tendo sua curiosidade atiçada.
- Antes o objetivo de nossos inimigos eram apenas o de se tornar ditadores tiranos. Impor a visão de mundo deles a todos. Foi assim em relação à Devimon, Etemon e Vamdemon ou eram seres loucos como no caso de Diablomon, até mesmo uma vingança como era o objetivo de Apocalymon. Segundo Gennai, o objetivo dos 7 Grandes Maous é de Salvar o Digital World.
- Salvar? Então eles deveriam ser aliados, não? – Pergunta Koushirou.
- Não estou dentro dos detalhes, mas Qinglongmon nos disse que por mais “correto” que parecesse o objetivo deles não é algo que deveríamos deixar acontecer.
- Um conflito de ideais que explodiu. O que exatamente fez despertar a ira dos 7 grandes Maous? – Indaga Koushirou, se levantando e sentando na cama. – Desse jeito não vamos chegar a lugar nenhum.
Koushirou levanta-se da cama e vai até o seu computador. Ele manda uma mensagem para Gennai perguntando sobre o passado mais longínquo do Digital World. Qualquer fragmento que possa descrever os inimigos.

Muito distante da casa de Koushirou. Precisamente no Digital World dentro da Dark Area. É uma cidade iluminada por uma lua vermelha com inúmeros Digimons rindo e embebedando-se, caindo na calçada. É uma área com ruas estreitas e um casarão de 3 andares e em sua faixada existe uma placa onde está  escrito “Capote.” Dentro desse casarão muitos Digimons bebem e conversam. Existe um palco grande e circular no meio do salão. Na extremidade contrária da porta se vê escadas que levam ao primeiro andar. Subindo-as está um Digimon que é uma caveira em cor vermelha e usa uma calça de couro na cor negra, sua cabeça possui a cor negra na parte de cima e possui grandes asas negras. Ele anda 10 passos pelo requintado corredor a sua frente, ignorando os corredores dos lados. Ao chegar no fim do corredor ele bate em uma porta. Uma melódica voz feminina o convida a entrar.
É um luxuoso quarto. Com uma grande cama no meio onde está sentada uma mulher de corpo belíssimo e sexy. Em sua cabeça estão chifres e belos cabelos negros ornamentados, na sua testa uma tatuagem que lembra um morcego. Em suas costas se veem as asas negras. Usando um vestido roxo e negro com detalhes dourados. Ela fuma o seu cachimbo elegantemente enquanto lê um livro. Ao lado dela está duas serventes parecidíssimas, de longos cabelos prateados e braços desformes, em que o esquerdo é muito maior e largo em relação ao direito. Seios grandes apertados e uma roupa rasgada em uma das pernas junto a botas de salto alto.
- SkullSatamon, o que deseja me falar? – Pergunta a dama que está sentada na cama.
SkullSatamon treme ao ser penetrado pelos olhos azuis daquela mulher e delicadamente coloca o pé esquerdo para trás.  
- Lilithmon-Sama. Devo lhe informar que Demon-Sama lhe enviou presentes, ele disse que deixaria com o Barbamon-Sama devido à fragilidade do mesmo.
Um sorriso aparece na face de Lilithmon que levanta em um salto e fica cara a cara com SkullSatamon que se assusta.
- Mesmo, Mesmo? Que excelente notícia, o Demon-Chan nunca me decepciona. – Fala Lilithmon animada, acariciando o rosto de  SkullSatamon e o beija na testa, fazendo com que o demônio se sinta nas nuvens.
- LadyDevimons, tornem este soldado feliz. – Diz Lilithmon. – Quando terminarem limpe este quarto. Não esperem por mim.
Lilithmon desce as escadas rapidamente chamando a atenção de todos. Ela anda rapidamente dentre as mesas e muitos se levantam a seguindo. Um Digimon aparece em frente a porta. Ele é um lobisomem negro, usa calça jeans verde, BlackWereGarurumon.
- Lilithmon-Sama, por favor, aceite este presente... – Fala BlackWereGarurumon que tem seu corpo atravessado pelo braço direito de Lilithmon, uma garra dourada e monstruosa.
- Não me atrapalhe. – Diz Lilithmon.
BlackWereGarurumon desaparece como se fosse poeira e ao sair de seu palácio Capote Ela abre voou em direção a um castelo numa colina ao norte.
Ao chegar à porta. 2 Grandes Digimons com um grande olho na cabeça, 3 garras em cada braço. Sendo um prateado e outro negro encaram Lilithmon. Lilithmon sorri e grita.
- Barbamon-Chan, eu estou aqui!
As portas se abrem e os Digimons apenas deixam a dama passar sem nenhuma resistência.
É um grande palácio dourado. Muito ouro e pedras preciosas em todos os lugares. O tapete abaixo dos pés de Lilithmon é da seda de mais alta qualidade do Digital World. Todas as maçanetas de todas as portas são de ouro 24 quilates. A madeira dos móveis tem o melhor corte. O corredor é longo, 100 metros e depois mais 30 degraus até chegar ao salão principal do castelo de Barbamon. As portas se abrem para a Deusa das Trevas que caminha em passos rápidos e elegantes. Seus olhos negros brilham em ansiedade. Ela salta e abraça Barbamon. Um Digimon ornamentado em Diamantes e ouro, com um grande nariz e uma longa barba, olhos vermelhos. Em cada um de seus dedos existe um anel de pedra preciosíssima.
- Barba-Chan, se o Demon-Chan te mandou antes o presente, significa que é de um valor incrível. – Fala Lilithmon, sentando-se sobre as pernas de Barbamon.
- Não importa o quão atraído eu me sinta por você, Lilithmon, eu posso me controlar. – Responde Barbamon friamente, fazendo com que Lilithmon se decepcione. Ela incha as bochechas e faz um biquinho.
- Que saco, você e o Luce-Chan nunca se derretem por mim. – Resmunga Lilithmon. – Vou deixar você um mês sem minhas LadyDevimons e Kinkakumons. Duvido você resistir a mim.
Barbamon se levanta e Lilithmon fica sobre as costas dele. Ele começa a caminhar para uma porta a esquerda e ao abri-la se vê uma longa escadaria.
- Acha mesmo que eu não posso encontrar garotas sem sua ajuda? – Pergunta Barbamon em um tom irônico, fazendo com que a feição de Lilithmon se torne receosa.
Melhor não brincar com o Barba-Chan, vai que ele decide ficar com meus presentes? Apesar de agirmos separadamente e o Luce-Chan ser o mais forte, é o Barba-Chan que nos lidera em tudo. Acho que é por causa dele que faz sentido o título dos 7 grandes Maous que carregamos até hoje.

- Está tão calada Lilithmon, o que houve? – Questiona Barbamon.
- Nada de mais, só estava pensando sobre os 7 Grandes Maous. – Responde Lilithmon com um sorriso tímido.
- E no que estava pensando exatamente sobre nós? – Indaga Barbamon.
- Em como você nos lidera. – Responde Lilithmon.
- E sobre o Lucemon, certo? – Pergunta Barbamon.
- Também. Ele é o mais forte, mas ele quase nunca o questiona e nem fica no caminho do Leviamon, por mais que fisicamente e na estrutura de dados seja igual, o Leviamon de agora é diferente do de antes. Esse me manda uns frutos do mar deliciosos, o outro ficava tentando roubar meus presentes.
- Mas Lucemon é simples de se derrotar. Dá um espelho pra ele que a luta acaba. – Fala Barbamon, depois da uma gargalhada. – O Leviamon de agora é um Digimon bastante gentil com você, mas comigo, ele me fez enjoar da expressão “Eu quero um desse também”.
- É, acho que disso não dá pra discordar. Falando nos nossos amigos, cadê o Beelzebumon? – Questiona Lilithmon. – Nunca mais ele me mandou os vídeos dele me mostrando o quão forte é e quanto mais ele tá ficando.
- Não estou sabendo também. Deve estar tentando convencer o GranDracmon para treiná-lo.
Chegando ao fim da longa escadaria se vê um salão gigante. Existem inúmeros tesouros e objetos nessa sala com mais de 20 quilômetros de área. Levitando no ar, Barbamon e Lilithmon passam rapidamente pela sala dos tesouros. Um grande Digimon acorrentado com asas pequenas, chifres e um relógio no meio chama a atenção de Lilithmon.
- Belphe-Chan vai despertar quando? – Questiona Lilithmon.
- Não falta muito, tenho cuidado dele esse tempo todo. Devem faltar uns 6 a 8 meses no tempo do mundo humano pra ele despertar. – Responde Barbamon.
Chegando ao fim da sala eles olham para o chão e veem os escolhidos sequestrados por Demon. Os humanos ainda estão adormecidos devido a uma magia de Demon.
- Vejo que você analisou os dados dele. Espero que não tenha feito nem uma experiência maluca. – Resmunga Lilithmon.
- Os humanos são aqueles que podem nos impedir. Eu apenas preciso da estrutura de dados deles. E acredite se quiser Lilithmon, eles são incrivelmente parecidos com você. Principalmente aquela ali. – Fala Barbamon, apontando para Hikari.
- Parecidos em que sentido? – Pergunta Lilithmon, descendo das costas de Barbamon.
- Na estrutura física. Na forma do corpo, no comportamento e reações. Você e essa humana que detém a qualidade da Luz dos escolhidos do Japão são incrivelmente parecidas. Obviamente seus dados são maiores, você possui suas técnicas e um Digicore além de todos os outros detalhes que lhe diferenciam de um humano normal, mas essencialmente é a mesma estrutura. 
- Isso me lembra da guerra que houve séculos atrás e que o Luce-Chan perdeu. – Fala Lilithmon, colocando suas mãos sobre a cintura.
- Ainda é um mistério de onde vem a influencia dos Digimons e o nosso formato. – Diz Barbamon. – Mas eu não me surpreenderia se no fim fossemos incrivelmente parecidos com os Humanos até nesses detalhes. Algo que pode até explicar a origem dos Digimons e do Digital World em si.
Dois Digimons parecidos com os guardas do portão principal do palácio de Barbamon aparecem na frente de Barbamon.
- Deathmons, carreguem os presentes de Lilithmon. – Ordena Barbamon. – Não cometam nenhum erro, de jeito nenhum, me entenderam?
Os Deathmons carregam os humanos cuidadosamente e abrem voou em direção à entrada. Barbamon observa de longe Belphemon que adormece pacificamente. Um sentimento estranho o toma e essa angustia o faz pensar nos inúmeros questionamentos de Lilithmon, a mais nova dos 7 Grandes Maous em idade, sendo Lucemon o mais velho, seguido de perto por Barbamon. Barbamon, diferente Lucemon, sempre foi um Digimon dedicado ao conhecimento e a sabedoria, o que considera o tesouro máximo. Então Barbamon começa a proferir as seguintes palavras.
O desejo dos 7 Grandes Maous é o de concertar o Digital World e livrá-lo de sua maldição. O desejo dos 7 Grandes Maous é o de proteger o Digital World e fazer com que sua existência seja perpetua. Sem medir esforços e ignorando qualquer obstáculo. Faremos de tudo para que este mundo continue intacto.

São 20:27 no relógio de Tokyo neste momento. Koushirou está em seu computador pesquisando sobre os 7 Grandes Maous, mas não encontra pistas.
- Que saco, Demon é apenas um nome em inglês e o único detalhe em seu corpo é aquele pentagrama. Eles são 7... Existe algum panteão com 7 demônios? – Indaga Koushirou.
Neste momento há uma queda súbita de energia em Odaiba e rapidamente se estabelece. Isso deixa Koushirou apreensivo. Ele se levanta e olha pela janela. Sem perceber nada de anormal suspira aliviado.
- Espero que não tenha queimado nada.
Uma explosão acontece e novamente a energia cai, mas sem voltar.
- Koushirou-Kun! – Grita Yoshie. – Sabe o que está havendo?
- Não! – Responde Koushirou.
Tentomon vai até a janela e fica observando atentamente o breu em sua frente. Apenas os faróis dos automóveis iluminam as ruas.
- Tentomon... – Fala Koushirou, impressionado com o comportamento de Tentomon.
- Eu tenho certeza Koushirou-Han, isso é obra de um Digimon. – Diz Tentomon.
- Entendo, então vamos procurar. – Fala Koushirou.
Koushirou tem conhecimento total de seu quarto como a palma de sua mão. Ele abre a gaveta e pega uma lanterna e a liga. Com a lanterna ele localiza seu celular e o Digivice. Pega o seu Notebook e dirige-se até a janela.

Tentomon Shinka... Kabuterimon.

Koushirou sobe sobre o pescoço de Kabuterimon e começa a digitar em seu Notebook. O telefone toca e ele é interrompido por uma ligação de Shigure.
- Está tudo bem aí? – Pergunta Shigure, preocupada. – Acabei de ver no jornal agora que houve uma explosão e a energia foi cortada.
- Ah, tudo bem por aqui, não se preocupe. – Responde Koushirou.
Por estar voando nas costas de Kabuterimon, Shigure não ouve bem o que Koushirou disse.
- O que você disse?
- Eu disse que está tudo bem! – Grita Koushirou.
- Não precisa falar tão alto. – Esbraveja Shigure.
- Desculpe... – Fala Koushirou. – Agora tenho que desligar, até.
A ligação é cortada de forma seca por Koushirou. Shigure sente que algo está errado, um pressentimento que toma sua mente, por isso decide ligar para Mimi e assim apaziguar seu coração.
- Mimi-San? O Koushirou-Kun está estranho. Acabei de ligar para ele, mas parece está em uma espécie de helicóptero, não ouvi muito bem.
- Então será mesmo um ataque? – Indaga Mimi. – Não se preocupe, ele deve estar observando a área junto a Kabuterimon.
Neste momento uma voz ecoa da sala de estar do apartamento de Mimi, seu primo grita chamando-a.
Mimi parece que Odaiba está sendo atacada.
Ao chegar à sala e observar pela TV que a região de Odaiba não tem energia. O celular é quase solto de sua mão já que ela coloca menos pressão entre os dedos para segurá-lo. Mimi fica nervosa.
- Realmente, o Koushirou está fazendo algo perigoso? – Pergunta Shigure.
A voz de Shigure ecoa e Mimi demora exatamente 5 segundos para perceber a sua amiga do outro lado do telefone.
- Sim, mas não se preocupe, ele vai ajeitar tudo logo. – Responde Mimi, desligando o telefone em seguida.
- Devemos ir para lá? – Pergunta Gabriel, levantando-se do sofá.
- Sim. – Responde Mimi.
Mimi coloca o seu casaco e balança Palmon que dorme em sua cama.
- Palmon, estamos sendo atacados. – Fala Mimi, graciosamente.
Palmon desperta lentamente e se levanta. Depois de 5 segundos ela salta da cama e junto a Gabriel que carrega seu Notebook saem de casa. Eles entram no elevador, estão sozinhos encarando a porta, ansiosos para que ele abra. Mimi não para de bater o pé enquanto Gabriel digita no seu Notebook.  
- Será um problema passar pelo engarrafamento na área. – Diz Gabriel, nervoso.
- Sora-Chan está no campus da Universidade até agora junto ao Jou. Não devem fazer ideia do que está acontecendo. – Fala Mimi.
- Então significa que nós, Ken e Miyako somos os únicos que estão se encaminhando para Odaiba? – Indaga Gabriel.
- Se eles souberem... – Responde Mimi.
Neste segundo Mimi e Gabriel trocam olhares significativos e pegam seus celulares ligando para seus amigos.
Na casa de Ken. Ele e sua namorada assistem a um filme no DVD. O celular de ambos toca ao mesmo tempo e eles atendem.
Estamos sendo atacados, venham pra Odaiba imediatamente.
A frase de Mimi e Gabriel choca o casal do outro lado da linha. Ken range os dentes e ao perceber o seu estado, Miyako graciosamente sorri para seu conjugue numa tentativa de acalmá-lo.
- Mimi-Chan, não tem como Hawkmon, Wormmon e Penmon lutarem agora. Estão acabados devido ao treinamento de expansão. – Responde Miyako, apreensiva. – Gennai nos disse que só poderão se mover em 2 dias terrestre.
- Então só a Mimi poderá lutar ao lado do Koushirou agora? – Questiona Gabriel, irritado.
- É o que parece. – Responde Ken. – Mesmo assim nós vamos ver o que podemos fazer.
- É melhor que fiquem em casa e entrem em contato com Gennai e Koushirou. – Fala Gabriel. – Precisamos de informações para enfrentar o inimigo a frente.
Miyako e Ken correm para o quarto do jovem que se senta no seu computador e começa a conversar com Gennai.
- Gennai, Koushirou-Kun está em uma situação delicada e precisamos ajuda-lo já que está às cegas. – Fala Ken.
- Me deem um minuto. – Diz Gennai, digitando em seu computador. – Aqui, essa é a área de Tokyo que está sem energia elétrica.
- É a área de Odaiba... Um raio de 15 quilômetros... – Sussurra Ken.
Miyako pega o controle remoto e coloca a televisão na Fuji TV.
Todos os trens e barcos para a área de Odaiba estão temporariamente fora de operação. É recomendado que não tentem se aproximar da área até segunda ordem. Pelas ruas grandes congestionamentos nas principais vias.
Miyako pega seu Celular e liga para Gabriel que atende rapidamente. Gabriel, Mimi e Palmon estão na rua correndo em direção à linha de metrô.
- Alô? – Indaga Gabriel.
- Gabriel-San, os metrôs e barcos estão parados, e toda a área de Odaiba está sem energia. O Koushirou está sozinho. – Fala Miyako.
- Se formos a pé mesmo correndo sem parar vai demorar uns 20 minutos para chegarmos a Odaiba. – Diz Mimi. – Palmon, me perdoe, mas vamos ter que exigir muito de você.
- Já estava esperando por isso. – Fala Palmon, sorrindo.

Palmon Shinka... Togemon.

Palmon se transforma em um grande cacto com luvas de boxes. Ela carrega Gabriel e Mimi em suas mãos e começa a correr.
- Mesmo nessa velocidade ainda vamos demorar muito. – Diz Gabriel.
- Espero que cheguemos a tempo.
No prédio mais alto de Odaiba, na sua parte mais alta está Kabuterimon. Ele observa área junto a Koushirou.
- Isso é terrível. – Fala Koushirou, colocando headphones. – Kabuterimon, eu instalei um programa em você para que possamos nos comunicar pelo meu computador. Tente se comunicar comigo por telepatia.
- Ok. – Diz Kabuterimon, telepaticamente. Koushirou ouve a voz de Kabuterimon perfeitamente pelos fones. 
Neste segundo uma grande rajada de vento atinge Kabuterimon o jogando para fora do teto. Koushirou despenca das costas de seu parceiro e cai rapidamente em direção ao solo. O grito de Koushirou é desesperador e Kabuterimon voa em sua direção com todas as suas forças e aos poucos o alcança.
- Mas que droga! – Grita Kabuterimon.
A 5 metros do chão Kabuterimon alcança Koushirou e o agarra em seus braços, rapidamente muda a direção do seu voou para o céu e assusta a todos no chão.
Koushirou está ofegante e respira profundamente. Extremamente assustado já que essa é a primeira vez que esteve tão perto da morte em sua vida.
- Koushirou-han, eu consigo vê-la. – Diz Kabuterimon.
Koushirou não responde, ainda está em choque. Kabuterimon continua a gritar o seu nome, sem resultado ele para e voa para um parque perto dali e deixa o seu parceiro em segurança.
- Koushirou, recupere-se logo. – Fala Kabuterimon.
Kabuterimon volta a voar e vai em direção ao inimigo que o atacou. Ele é recebido por mais uma rajada de vento, mas ao se fechar totalmente, como se fosse uma esfera consegue resistir ao golpe e encara o inimigo. Uma bela garota de olhos azuis, vestida como uma bruxa ocidental, suas roupas são dotadas de vermelho e ela está sentada em sua vassoura.
- Witchmon... Ainda bem que não é alguém preocupante. – Diz Kabuterimon, aliviado.
- Por que está me subestimando seu maldito?  - Esbraveja Witchmon.
- Depois de Demon ter nos atacado, achei que o nosso inimigo pudesse ser um Kanzentai ou até mesmo um Kyuukyokutai. – Responde Kabuterimon.
- Kanzentai ou Kyuukyokutai não significa muita coisa! – Resmunga Witchmon, irritada.
- Você sabe que significa sim. – Fala Kabuterimon. – Claro, há exceções, mas não acho que seja uma delas.
- Desgraçado! – Grita Witchmon, atacando com sua técnica Aquary Pressure, jogando contra Kabuterimon uma poderosa rajada de água.
Kabuterimon desvia do ataque de Witchmon indo para sua direita e contra ataca usando o Mega Blaster. Witchmon usa sua técnica Baluluna Gale contra Kabuterimon que pousa em um prédio e se segura, resistindo ao ataque de forma eficaz, por causa do Baluluna Gale, Witchmon é lançada pra cima e desvia do Mega Blaster. O Aquary Pressure atinge um prédio e destrói sua fachada parcialmente.
- Isso foi perigoso. – Diz Kabuterimon.
Kabuterimon avança contra Witchmon e a ataca com inúmeros socos. Ela desvia de alguns, mas é acertada por um soco do braço inferior esquerdo de Kabuterimon. Ela se distancia do inseto gigante azul e range seus dentes.
Esse cara tá brincando comigo e possui muita força física. Será que Sealsdramon estava certo?
Kabuterimon volta a avançar contra Witchmon. Ao chegar perto da garota ele ataca com um soco, mas Witchmon desvia e em sua barriga usa um Baluluna Gale. O ataque atinge em cheio Kabuterimon que é lançado para cima.
- É a minha chance. – Sussurra Witchmon, confiante.
Witchmon voa rapidamente em direção a Kabuterimon que está atordoado e ao chegar perto dele usa o Aquary Pressure em curta distancia. A força do golpe é tanta que arremessa Kabuterimon com muita força em direção a um prédio perto e o atinge, causando rachaduras e destruindo janelas
- Essa doeu e muito... – Fala Kabuterimon.
Kabuterimon se levanta e ao olhar para cima vê mais um Aquary Pressure chegando. Ele salta para cima e usa o prédio como impulso para rápida aceleração. Alcançando-a rapidamente ele soca Witchmon que é jogada contra o terraço de um prédio causando considerável destruição.
- Do que esse cara é feito? – Indaga Witchmon. – Ele é muito forte pra um Kabuterimon.

Durante a batalha nos céus de Odaiba, o telefone de Koushirou toca durante 3 minutos até que ele finalmente desperta e o atende. É sua amiga Shigure.
- Koushirou-Kun, eu estou vendo pela TV e parece que Kabuterimon está enfrentando uma bruxa. – Diz Shigure. – Está tudo bem com você?
- Sim... Sim. – Responde Koushirou, em voz baixa e receosa.
- Eu não sei o que houve, mas você precisa ajudar Kabuterimon. – Fala Shigure.
- Ok, Ok. – Responde Koushirou, cabisbaixo.
- Eu vou desligar boa sorte... – Fala Shigure, receosa e preocupada com o ruivo.
Do outro lado da linha Shigure está remoendo toda essa batalha. A voz de Koushirou demonstra medo e insegurança. Neste momento, mais uma vez ela não pode fazer nada para ajudar Koushirou e isso à amargura muito.
Witchmon se recupera e pega sua vassoura no chão. Kabuterimon aproveitou para descansar também e observar a ação de sua inimiga. Com uma rápida olhada ao horizonte Witchmon localiza Kabuterimon e voa em sua direção. Ao perceber a aproximação de Witchmon, Kabuterimon pausa o seu descanso e começa a voar na direção da garota em alta velocidade. Enquanto abre voou, Kabuterimon certifica-se de estar acima de Witchmon.
- Que idiota. – Fala Witchmon, usando o Aquary Pressure contra Kabuterimon.
Kabuterimon não desvia e usa o seu chifre em um rasante contra Witchmon. Ele voa de encontro à garota atravessando toda a água lançada contra ele. Alcançando Witchmon, Kabuterimon a atinge com força usando sua técnica Beet Horn e a joga novamente contra um prédio. Kabuterimon se aproxima e usa seus braços superiores para segurar os braços de Witchmon.
- O que pretende fazer, Kabuterimon? – Indaga Witchmon, tendo dificuldades a falar.
Witchmon está seriamente ferida, seu corpo está sangrando bastante, principalmente nos braços e nas pernas.
- Qual é o objetivo dos 7 Grandes Maous? – Pergunta Kabuterimon.
- Não sabe? Salvar o Digital World. – Responde Witchmon, sorrindo. – Lixos como vocês que se apegaram aos humanos e perderam o amor pela própria terra. São Digimons como vocês que são as escórias. Agora... Morra!
Ao gritar sua ultima frase, Kabuterimon começa a atacar com incontáveis socos rápidos usando seus braços inferiores. O grito de Witchmon pode ser ouvido por todo aquele quarteirão.
- Você... Está... Feliz... Kabuterimon? – Questiona Witchmon gaguejando. – Batendo numa dama... Desse jeito... Você é mesmo um homem... Ruim.
- Apenas diga o que os 7 Grandes Maous querem fazer. – Fala Kabuterimon.
- Jamais... – Responde Witchmon. – Se você me largar aqui eu vou me recuperar... E juro a você que me vingarei.
- Então tenho que me certificar que você não irá voltar. – Fala Kabuterimon, usando sua técnica Mega Blaster a queima roupa, matando Witchmon.
Kabuterimon chega ao parque onde deixou Koushirou que o recebe com um semblante muito melhor. Ele volta a ser Tentomon. São visíveis algumas feridas sobre o corpo do inseto, mas ele se sente bem.
- Foi uma vitória difícil, Tentomon. – Fala Koushirou.
- Me perdoe Koushirou-han, não consegui arrancar informações dela.
- Não tem nenhum problema.
Depois de 4 minutos Togemon, Mimi e Gabriel chegam ao parque onde Koushirou e Tentomon estão.
- Está tudo bem, Koushirou-Kun? – Pergunta Mimi, preocupada.
- Sim, sim. Estou melhor agora. – Responde Koushirou.
- Ela não me disse nada sobre os Maous... – Fala Tentomon. – Mas me disse uma frase que me deixou preocupado.
- E qual seria Tentomon? – Questiona Palmon.
- “Lixos como vocês que se apegaram aos humanos e perderam o amor pela própria terra. São Digimons como vocês que é a escória!”.
- Será que o objetivo dos Maous é justamente nos destruir? – Pergunta Gabriel.
- Pelo que ela disse, sim, mas acho que tem algo por trás disso tudo. – Responde Tentomon.
- Uma razão para odiar os Humanos. – Fala Palmon.

Depois daquela rápida reunião Koushirou, Mimi e Gabriel foram para suas casas. A área de Odaiba ficou sem energia durante 2 horas. Os cabos de distribuição foram cortados nas proximidades de Tokyo e demoraram bastante para serem trocados. Não houve problemas graves, por sorte, apenas atrasos. O relógio marca 22:30, Koushirou e seus amigos estão reunidos num programa de chat chamado MSN.
- Por sorte não foi uma oponente difícil. – Digita Koushirou.
- Eu vi apenas alguns detalhes na TV, fiquei bastante assustada no começo. – Shigure.
- Koushirou-San, como os cabos foram cortados a 450KM de Odaiba eu presumo que Witchmon esteja acompanhada por pelo menos mais um Digimon. – Ken.
- Isso é verdade, mas como vamos prever as ações de nossos inimigos desse jeito? – Gabriel. – Se fosse um inimigo mais forte não teríamos como agir.
- Precisamos que nossos parceiros evoluam logo para o Kanzentai, mas será que vai ser o suficiente? – Jou.
- Tudo o que temos agora é a certeza que nós somos os alvos dos 7 Grandes Maous, mas seus objetivos ainda são obscuros. – Sora.
- Segundo Gennai o número de escolhidos parou de crescer desde que o Digital World entrou em colapso novamente. – Koushirou.
- Isso significa alguma coisa? – Gabriel.
- É apenas uma peça solta de um quebra-cabeça que se destaca. – Jou – Tudo o que sabemos é de 7 poderosos inimigos e que um deles é Demon. O segundo ponto é que Demon lutou contra os escolhidos de 1991 e foi derrotado. O terceiro ponto é que eles têm como alvos a nós, escolhidos. O quarto ponto é que eles desejam salvar o Digital World.
- Gennai nos disse que as mudanças de equilíbrio do Digital World atualmente também tem parte culpa do nosso mundo e da expansão da rede de computadores da Terra. – Koushirou.
- Então podemos presumir que o alvo dos Maous não seja apenas a nós escolhidos, mas sim a toda a humanidade. – Ken.
- Não faz muito sentido já que é a transição do Mar Negro de Dagomon que está sobrecarregando o Digital World. – Koushirou.
- Por sorte já temos uma linha de pensamento lógica. Acho que devemos investir nela. – Jou.
- Devemos presumir que somos o alvo dos 7 Grandes Maous? – Sora.
- Sim. - Jou

A Organização das Nações Unidas, junto ao Pentágono, CIA, Interpol e 4 faculdades no mundo, o MIT nos EUA, Cambridge na Inglaterra, Universidade de Tokyo no Japão e o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique fizeram uma força tarefa para definir quem são e o que são os Digimons, descobrir quem eram as crianças que apareceram no céu em agosto de 1998 logo após a grande destruição que houve em Odaiba no mesmo dia, a movimentação durante os últimos dias de 2002 com várias aparições de Digimons em vários lugares do mundo, a batalha contra Armagemon em Tokyo no ano de 2003 e por fim o atentado terrorista que houve em São Paulo em maio de 2005.
Por causa dos últimos acontecimentos em Tokyo, no Japão. O conselho de Segurança da ONU resolveu se reunir em sua sede na cidade de New York. Uma reunião de emergência onde apenas o Secretário Geral da ONU, o sul-coreano Ba Ki-Moon e os membros permanente apareceram. Apenas 5 Países fazem parte permanentemente do Conselho de Segurança da ONU, os EUA é representado por Susan Rice, a Rússia é representada por Vitaly Churkin, a França é representada por Gérard Araud, a Grã-Bretanha pelo Sir Mark Lyall Grant e a China é representada pelo senhor Li Baodong. Eles estão sentados numa mesa redonda, bem vestidos e com uma expressão séria.
- Moon, precisamos fazer alguma coisa agora. – Fala Gérard, preocupado.
- O que houve em Tokyo mais uma vez não pode ser relevado de novo. Esses Digimons estão fazendo do nosso mundo uma arena. – Diz Susan, irritada.
- Acalmem-se. – Fala Ba. – Não temos ideia exatamente do que estamos lidando, qualquer culpa jogada ao Japão é puro achismo.
- A Agente Andretti conseguiu avançar? – Pergunta Mark.
- Sim. – Responde Ba. – O relatório dela mostra que há algo sobre as crianças que vivem em Tokyo, mas ao mesmo tempo aparenta ser algo muito maior do que vemos.
- Todas as informações colocadas nos bancos de dados das Universidades que nos apoia foram apagadas assim que anotadas. Estamos às escuras novamente. – Diz Vitaly.
- Temos que fazer algo logo, não se sabe quando os Digimons e suas batalhas serão de uma escala mundial de destruição. – Fala Li, apreensivo.
- Então colocaremos como uma aparição de Digimon algo de emergência nível Um. – Diz Vitaly, ajeitando-se na cadeira.
- Vitaly, isso é exagero. – Retruca Gérard.
- Exagero? – Indaga Vitaly, em um tom irônico. – Lembra-se de Odaiba em 1998 como ficou depois daquela batalha contra um demônio gigante?
- Sim, mas... – Responde Gérard, sem argumentos.
- Eu vi aquelas criaturas se enfrentarem do palácio do governo Russo. Elas fazem as nossas armas parecerem brinquedos de crianças. – Diz Vitaly.
- Então se uma guerra acontecer neste mundo... Todos nós corremos riscos de morrer. – Fala Li, levando a sua mão sobre o rosto.
- Então vamos votar sobre a sugestão de Vitaly. – Fala Ba.
Todos são unanimes e dizem a palavra “Aceito”. Os representantes saem da sala e deixam o senhor Ki-Moon sentado vislumbrando o horizonte da sala.

Está estampado na cara de qualquer um deles. Se eles descobrirem uma forma de controlar os Digimons, eles irão usar isso como novas armas. Não há escolha, é necessário manipular as informações. Mas como vou fazer isso e esconder esses dados? Espero que o relatório informal da Clarice esteja certo, de que os humanos que possuem algo haver com os Digimons sejam boas pessoas. 


Última edição por Gokuwmon em Sáb 28 Jun 2014, 10:26 pm, editado 2 vez(es)
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Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.  Empty Re: Digimon Adventure 03 - As Daylight Dies.

Mensagem por Gokuwmon Qua 07 maio 2014, 4:32 am

Não sei se alguém ainda acompanha, eu demorei. Algumas coisas aconteceram, eu fui fazer outras coisas também, mas o principal motivo foi pesquisa. Muita coisa sobre Digimon e Adventure não estão tão claras, então fui me informar. Bom, está aí. 

Capítulo 6: Um dia de chuva. 

11 de Abril de 2007. É uma quarta feira chuvosa em Tokyo. Uma cidade sem nenhum brilho, desolada devido ao céu cinza sem vida. A população da megalópole japonesa está assustada devido a ultima semana. Algumas pessoas que puderam se mudar fizeram isso sem pensar duas vezes. Devido aos últimos acontecimentos a área de Odaiba, antes vítima de uma bolha imobiliária tem os preços das residências em sua área em queda. As escolas em volta perderam em torno de 20% de seus alunos. São 7:32 da manhã. Mimi e seu primo, Gabriel andam cada um em sua faixa da mesma calçada, cada um debaixo de seu guarda-chuva. O fato de eles poderem andar lado a lado é um milagre, nesse momento existiriam duas filas, uma para cada lado. Eles olham atentamente o movimento das pessoas e continuam a caminhar. Aquele clima um pouco frio é agradável, apesar dos contratempos que a chuva sempre causa. Os jovens escolhidos chegam a sua escola. Eles entram no prédio principal e colocam seus guarda-chuvas nos cestos destinados. Trocam seus tênis pelas sapatilhas e sobem as escadas, ao chegar ao topo, Mimi para de caminhar, com um olhar tristonho ela olha de lado a outro a escola. 
- A escola parece mais vazia que o normal. – Fala Mimi, cabisbaixa, olhando a escada que dá acesso ao primeiro andar de cima para baixo.
- Deve ser por que é um dia de chuva. No Brasil é comum os alunos faltarem em dias como esses. – Diz Gabriel, sorridente, voltando a caminhar junto a Mimi.
- Vocês brasileiros são mesmo uns irresponsáveis. – Resmunga Mimi, colocando suas mãos sobre a cintura. 
- Só um pouco. – Responde Gabriel. – As notícias que vi mais cedo junto ao que o Jou-Kun nos falou, é realmente preocupante. E a Clarice parece que não vem também.
- Verdade, ela sempre esteve no mesmo trem que estávamos desde que se transferiu. – Diz Mimi, voltando seus olhos para seu primo.
Mimi olha para a mão de seu primo e vê outra sacola, ela não tinha reparado até dado momento.
- O que você está trazendo nessa sacola? – Indaga Mimi, inclinando-se levemente em direção à sacola.
- Uma bola para futsal. – Responde Gabriel. – Aqui fazemos muitos treinos no campo do colégio que é de bairro, mas os membros do clube não tem nenhuma ginga, então vou ajuda-los com isso. 
Mimi volta a uma postura ereta e encara seu primo. 
- O que é Ginga? – Pergunta Mimi.
- Como eu posso dizer, é como molejo. – Responde Gabriel, sorridente.
- O que é molejo? – Questiona Mimi, irritada.
- Não tem como eu colocar isso em japonês, perdão. – Responde Gabriel. 
A forma de Gabriel falar está um pouco diferente, com um sotaque mais cadenciado. Mimi percebe que ele está finalmente se soltando e demonstrando melhor a sua personalidade. 

Apesar do pai japonês, Gabriel nasceu e foi criado no Brasil e só saiu do país para jogos de futebol com a seleção brasileira ou o seu ex-clube, o Santos F.C. Ele só aprendeu japonês devido à curiosidade, já que o português de seu pai tinha muito do sotaque nipônico. Mas Gabriel quase nunca havia falado japonês fora de um curso, além de que foi muito influenciado por sua mãe. Sua pele mais escura e os olhos são incomuns nos japoneses, não importa como se olhe para ele e sua descendência, a primeira vista ele é um estrangeiro no Japão, mesmo que o país fora o Japão que carregue mais japoneses seja o Brasil. Devido a esse fato o pai de Gabriel, Kotarou Tachikawa escolheu trabalhar no Brasil representando uma multinacional de eletrônicos do Japão. Quando decidiu se mudar para o Japão e jogar pelo Yokohama F.C Marinos ele foi brutalmente questionado pela mídia, até perguntaram se ele estava deixando a seleção brasileira para jogar pelo Japão. “De jeito algum, eu sou brasileiro e irei jogar pelo Brasil até o fim da minha carreira, mas existe algo que devo fazer no Japão agora e isso é tudo.” O empresário dele e o Santos F.C. ficaram irritados com essa decisão, um jogador do peso de Gabriel é incontável, mas por causa de seu talento só um desastre destruiria sua carreira como futebolista. Ele tem confiança em seu Futebol e por isso sente que se nada acontecer ele poderá ir a qualquer momento para a Europa, sem pressa para ganhar à gloriosa UEFA Champions League ou ser o melhor jogador de uma liga importante.
Para Mimi, um desportista como o seu primo de um talento raro se sacrificando por todos é algo valoroso. Ele poderia ter ido para a Europa e se juntar aos escolhidos do velho continente, mas ele preferiu ir ao Japão, pois lá era o epicentro do possível desastre. A sua vinda foi comemorada já que ele chegou num momento bem conveniente. 

Mimi e Gabriel chegam à sala de aula. O clima gelado torna tudo sutilmente deprimente por causa do céu nublado no fundo. Os encontros das grossas gotas de chuva com a janela formam uma sinfonia fúnebre, se qualquer um deles pensasse em seus 5 amigos sequestrados e tantos outros mortos, estariam propensos a chorar com esse ambiente. 
Sentados em suas cadeiras estão Koushirou, Clarice e Shigure, conversando como sempre. Koushirou está concentrado no seu Notebook, apesar de estar participando da conversa, Shigure está sentada de costas para a janela, olhando para Clarice que está com um semblante pesado. Cada um deles carrega uma expressão desanimada.
- Aah.., Que chato... – Resmunga Clarice, voltando sua face para a janela. – Eu realmente queria ver os times de Soccer e Baseball em ação hoje. 
- Sobre o Baseball eu não sei. – Fala Gabriel, se aproximando. – Mas hoje vamos fazer algo interessante no time de Futebol. 
- Gabriel, bom dia. – Diz Clarice, sorrindo.
- Bom dia. – Responde Gabriel, seguido por sua prima. – Eu achei que não viria hoje, Clarice.
- Como estava chovendo eu decidi vir mais cedo para evitar qualquer transtorno.
- Gabriel-Kun, o que pretende? – Pergunta Shigure, curiosa ao perceber aquela sacola na mão dele.
- O que mais? Futsal. – Responde Gabriel, animado, retirando a bola de dentro da sacola. 
- Futsal? – Indaga Shinji, em voz alta.
- Sim. – Responde Gabriel, se levantando e pegando a bola. – Futebol de Salão. 
O português de Gabriel ressoa estranho para a sala. Ele começa a domar aquela bola graciosamente.
- Onde todos os gigantes do futebol brasileiro começaram e se refinaram. 
Todos na sala voltam seus olhos para Gabriel que demonstra sua técnica. Ao olhar de relance para sua direita, ele nota Clarice vislumbrando o horizonte cinza, a face da garota demonstra que ela está longe de todos, mergulhando em seus pensamentos.
Chuva... Foi num dia desses que eu fui traída pelo Al. Talvez tenha sido bom, já que ele só era um garoto confuso. Mas ele ainda deve estar com aquela vadia Canadense enquanto eu estou sozinha agora e em uma situação ruim. Droga, não sou James Bond ou algo do gênero, eu só sou uma especialista em informática da ONU, por que eu tenho que fazer tudo isso? E esse é realmente o melhor jeito? No fim, nós deveríamos estar tentando ajudá-los, não espioná-los. Além disso, todos eles são bons garotos e o Gabriel é realmente uma pessoa com quem eu gostaria de... Ter ao meu lado pra sempre... Mas que merda eu estou pensando? Eu nem o conheço direito. Tá certo, eu tenho uma queda por ele, mas eu e meu jeito romântico não temos solução. Eu me pergunto se eles souberem da verdade... Eles vão me odiar. 
Clarice é uma garota que mergulha de cabeça em tudo que faz. Dedicada e apaixonada, ela sempre levou essa frase consigo “Você precisa de grande paixão, porque tudo que fazemos com grande paixão, você faz bem.” Seu avô sempre lhe falou frases de antigos desportistas, e essa foi a que mais lhe marcou. Com um talento nato para o mundo digital, Clarice sempre foi taxada de nerd, apesar de ser uma garota muito bonita. Com um gênio forte sempre manteve sua pose até que fosse provada que estava errada. Por causa de seu jeito apaixonado, nunca levou muito jeito com garotos, sempre foi muito desajeitada para assuntos do coração. Seu único namorado até hoje foi Alfonse Jones, que lhe traiu depois de 4 meses de namoro. Uma romântica clássica, totalmente antiquada para os tempos atuais, mas ela sempre amou isso. 

- Clarice, tem algo lhe preocupando? – Pergunta Gabriel, enquanto brinca com a bola.
- Nada de mais, só o passado. – Responde Clarice. 
Gabriel não diz mais nenhuma palavra, apenas para de bater bola e se senta sobre a mesa de Clarice. 
- Clarice, nada de ficar triste. – Resmunga Gabriel, encarando a garota que volta sua face para ele, emburrada.
- Eu não estou triste.
Gabriel encara Clarice por alguns segundos, eles olham bem afundo nos olhos um do outro. Gabriel fica claramente envergonhado, reparando em cada detalhe da face de Clarice. O batom rosa discreto, o rosto levemente maquiado, quase puro, cílios longos e simétricos, ele mergulha nos olhos claros daquela garota, um azul tão claro que olhados sem atenção podem ser confundidos com o cinza, durante aqueles 8 segundos Gabriel estava hipnotizado.
- Algum problema? – Indaga Clarice, com um discreto sorriso estampado em sua face.
- N-não... – Responde Gabriel, gaguejando. 
Ela é absurdamente linda, alguém assim não pode existir. 
Mimi e Shigure observam os dois atentamente e percebem o que houve naquele momento. Shigure se levanta e vai para o lado de Mimi.
- Mimi-Chan... Você disse que eles ficariam junto logo, mas eles estão tão tímidos. – Cochicha Shigure.  
- Eles se encantaram um com o outro. – Fala Mimi. – Clarice, assim como você, é apaixonada por esportes e o Gabriel é uma promessa quase cumprida do Futebol. Acho que é a primeira vez que o Gabriel se apaixona de verdade, enquanto a Clarice certamente tem mais experiência com esse tipo de relacionamento.
- O Gabriel-Kun é um jogador de Futebol famoso, então ele já deve ter ficado com várias garotas. – Diz Shigure.
- Quando eu perguntei sobre a vida sexual dele no Brasil, ele disse que era bem ativa. – Fala Mimi, deixando Shigure um pouco nervosa. – Só que ele não é o tipo de cara que gosta de ficar sozinho, pra falar a verdade, acho que o Gabriel é bem grudento. 
- E a Clarice-Chan é diferente do que você imaginava. – Diz Shigure, sorrindo.
- Sim, uma garota muito cuidadosa e romântica. O celular rosa, o crucifixo por debaixo da camisa, o jeito tímido de se aproximar do Gabriel e falar com ele. Ela não vai para cima com tudo, ela vai tentar atraí-lo e enlouquecer ele até que ele venha com tudo.  – Responde Mimi. – Agora e você Shigure, o que vai fazer em relação ao Koushirou?
- Ele é lerdo. – Responde Shigure. – Já estou ficando impaciente a ponto de perder o controle, então acho que vou ter que atacar. Só que como farei isso sem parecer uma vadia? 
- Vamos encontrar um jeito. – Responde Mimi, sorrindo. – O Koushirou não é um cara fácil de ler, eu não sei se ele realmente gosta de você. 
- E você Mimi-Chan, em quem você está interessada? – Questiona Shigure, com um sorriso suspeito. 
- Bom, acho que por ninguém agora. – Responde Mimi, com um olhar vazio lançado ao horizonte.
- Você e a Clarice-Chan são bem populares no colégio, talvez tenha algum garoto legal interessado em você. – Fala Clarice. 
- É, talvez, vamos esperar e ver o que acontece. – Diz Mimi.
O professor entra na sala e os alunos se ajeitam em suas cadeiras. O relógio marca 8 da manhã e a aula começa. 

A Dark Area é o maior continente do Digital World. Antes era invisível, como se fosse uma dimensão separada do mundo, mas com o surgimento do Mar Negro de Dagomon a Dark Area entra no Digital World. A Dark Area possui inúmeras áreas e uma cidade principal conhecida como Canaã. A cidade é dividida em 9 Distritos que possuem 8 castelos, sendo 7 dos Grandes Maous e 1 de GranDracumon. O primeiro distrito é chamado de Vale dos Ventos, onde reside Lilithmon no Palácio de Capote. O Segundo distrito é o Lago da Lama, tem este nome por ter no grande centro um grande lago e no meio está o Castelo de Hagith, onde reside o nômade Beelzebumon. Ao norte está a Colina das Rochas
, o distrito de maior elevação geográfica de Canaã, na parte mais alta está o Castelo de Fortuna, onde habita Barbamon. Mais ao sul fica o segundo distrito mais alto de Canaã, o Cemitério de Fogo, que tem esse nome por ser perto de um vulcão e por ser o distrito mais violento da cidade, o Palácio de Fegor é inabitado, já que Belphemon não reside atualmente nele. O Mar Negro é o mais novo distrito, quando surgiu, toda a área que era conhecida como Mar Morto foi deletada do Digital World e o Mar Negro tomou o seu lugar, é habitado pelos Digimons aquáticos, esta é a principal fronteira de Canaã, nas suas profundezas está o Palácio de Jó, onde reside Leviamon. Nos céus está uma terra que levita, apesar de não estar em contato com Canaã, mas sobre ela, é considerado um distrito, neste lugar vive criaturas aladas e anjos caídos, no seu centro está o Palácio de Judecca, onde reside Lucemon. O oitavo distrito é o mais distante de Canaã, separado por um grande deserto congelado, esse Distrito não possui casas ou algo do gênero, apenas o Palácio de Gelo onde reside GranDracumon. O 9 e maior distrito de Canaã e o maior de todos, Dite, onde todos os outros tipos costumam se encontrar, é cortado por um rio que acaba no Lago de Lama, Dite é um distrito do tamanho da Megalópole Tóquio. Canaã possui um tamanho total equivalente a 3 Tóquios e suas cidades satélites que formam a megalópole. 
Dentro do seu palácio, Lilithmon está em sua cama, recostada na cabeceira com suas pernas cruzadas. Ela conversa com suas criadas, todas LadyDevimons. Em suas mãos um livro fechado o qual acabara de ler.
- Os humanos que eu trouxe são de total prioridade. – Fala Lilithmon, séria. – Os tratem com muito carinho dê a eles liberdade, mas nunca os percam de vista. 
- Lilithmon-Sama, pode me responder por que devemos manter vivos os escolhidos se eles são inimigos? – Questiona uma das LadyDevimons. 
- Os laços. – Responde Lilithmon. – Os laços entre humanos e Digimons sempre criaram milagres. Foi assim que Demon foi derrotado há 16 anos, foi assim que o Apocalymon perdeu 9 anos atrás e o mesmo para o Vamdemon 5 anos atrás. Digimons que tiveram a sorte de escapar da Dark Area e não conseguiram concluir seus objetivos. 
“Entender esse poder é de vital importância.”
Uma voz melódica, máscula e grave ecoa pelo quarto. Os passos que se aproximam são altos e firmes. O Digimon abre a porta, olhos azuis claríssimos, cabelos loiros escorridos pela face, um rosto desenhado por um artista grego, um corpo musculoso e perfeito, sua roupa é predomina a cor negra e branca, com detalhes dourados. Esse é o mais poderosos dos 7 grandes Maous, Lucemon.
- Ora, se não é Luce-Chan. – Fala Lilithmon, sorrindo.
- Boa noite. – Fala Lucemon. 
As LadyDevimons em volta ficam espantadas por causa da presença do anjo caído. Lucemon é conhecido por sua gentileza, temperamento morno e sua força, é um Digimon calmo e muito sereno. É considerado por muitos o ser mais poderoso na Dark Area.
- Eu me certificarei de fazê-los se sentir tão bem a ponto de não quererem voltar para casa. – Diz Lilithmon, sorrindo. 
- Será excelente conseguir isso. – Fala Lucemon. – O que Barbamon disse é verdade? Que os Digimons humanos são de fato... Humanos? 
- Eu não parei ainda para observá-los Luce-Chan, não é como se um humano fosse exatamente um Digimon com silhueta humana, mas no geral, o comportamento, os desejos e a forma de pensar... É como se fossemos cópias dos humanos. – Responde Lilithmon 
- Como eu imaginei, então significa que o Digital World é baseado no mundo humano. – Diz Lucemon. – Por isso que bestas como um Spinomon e seres conscientes como eu e você somos tão diferentes no comportamento. 
- A única coisa igual em todo o Digimon é o Digicore. Foi isso que Barbamon me afirmou. – Fala Lilithmon. 
Uma LadyDevimon do lado de Lucemon o observa atentamente, ela nem sequer pisca enquanto observa a face angelical dele. Ele volta seus olhos para a servente que fica corada com a proximidade da face dele com a dela, ela se sente invadida pelos olhos azuis do rei. Então, Lucemon levanta sua mão direita sobre a face da LadyDevimon e a beija nos lábios por longos 5 segundos. Em seguida, ele sai pela porta acenando. 

No andar abaixo, está o quarto onde os escolhidos foram colocados. 5 camas, uma do lado da outra, todas com um estilo ocidental, do século XVI. Deitado em cada uma delas está cada um dos escolhidos raptados por Demon. Do lado direito do quarto estão Taichi e Yamato, no meio está Hikari e do seu lado esquerdo, Takeru e Daisuke em ordem. 
Os olhos abrem vagarosamente, estão mareados. Tudo que se pode ter noção é do lustre que ilumina aquele quarto. 2 minutos se passam e é possível ver o quarto. Taichi desperta. Ele está impressionado. Suas vestes mudaram, ele está num quarto em que as paredes foram pintadas em verde claro, ao olhar para o lado ele percebe os seus amigos, todos adormecidos. De repente, uma forte dor de cabeça. As lembranças voltaram. Agumon está morto. Ao seu lado, um criado-mudo e o seu Digivice sobre ele. Ele pega o Digivice cinza e aperta os botões. Sem Resposta. Ele se levanta e vai ao outro lado do quarto onde há uma janela para a rua. Lá vê uma cidade vasta que cobre além da linha do horizonte. A iluminação é uma mistura de ataques especiais e luzes artificiais de lâmpadas. O céu não tem estrelas e a lua é cheia numa cor vermelha. É assustador. Canaã é uma terra quase sem lei, onde só os mais fortes sobrevivem e por isso os 7 grandes Maous imperam nela.
Onde eu estou? Esse é o Digital World? Esse mundo escuro e estranho. Esse quarto e meus amigos... O que aconteceu depois que fomos derrotados por Demon?

Um ranger ecoa pelo quarto, alguém abriu a porta. Taichi rapidamente volta-se para ela. É uma LadyDevimon que observa o garoto. 
- Um dos humanos acordou. – Disse LadyDevimon.
Taichi se assusta um pouco, mas ao ver a LadyDevimon a resposta é dada.
“Estou no Digital World.”
- Por favor, aguarde um momento, eu chamarei a Lilithmon-Sama. – Fala LadyDevimon, retirando-se.
Taichi corre para o espaço dentre as camas de Yamato e Hikari, ele balança os dois, chamando pelo nome de cada um. Yamato desperta seguido por Hikari, que devagar senta sobre a cama.
- Taichi, onde estamos? – Pergunta Yamato, bocejando.
- Não sei exatamente, mas no Digital World. – Sussurra Taichi.
- Irmão, por que está sussurrando? – Indaga Hikari, coçando os olhos.
- Por que uma LadyDevimon entrou no quarto. Se é uma LadyDevimon, então não deve ser gente boa esse tal de Lilithmon-Sama. – Responde Taichi. 
- Mas o que está havendo? – Resmunga Daisuke, despertando. 
- Daisuke, pegue seu Digivice e vamos tentar dar o fora daqui. – Diz Taichi.
Hikari e Yamato despertam Takeru e todos pegam os seus Digivices. Estão vestidos com camisolas ocidentais, grandes e com babado, todas na cor bege. 
Os passos altos que se ouvem dá o sinal de que vários Digimons estão se aproximando. A porta é aberta pelo lado de fora. Lilithmon observa os jovens enquanto fuma seu cachimbo. 
- Boa Noite, jovens humanos, eu sou a anfitriã de vocês, Lilithmon. – Diz Lilithmon, sorrindo. 
A reação dos jovens é de temor, eles não sabem quem é aquela bela mulher com chifres e asas negras. A memória recente de Demon faz com que eles tremam. Todos eles vão para o outro lado da porta, pressionando-se contra o grande guarda-roupa atrás deles, com medo.
- O que estamos fazendo aqui? Onde está Demon? – Questiona Yamato.
- Acalme-se jovem, eu vou saciar as dúvidas de vocês agora. – Responde Lilithmon. – Depois que vocês foram derrotados pelo Demon-Chan no mundo Humano, Demon voltou para a dimensão do Mar negro de Dagomon, onde estava preso. Acontece que o Mar Negro nesse instante já estava a ponto de se tornar parte do Digital World, pois bem, semana passada a união foi completa e o Mar Negro de Dagomon se tornou um distrito da capital da Dark Area, Canaã. 
- Qual a sua relação com Demon? – Indaga Daisuke, irritado.
- Ele é um aliado... Não, aliado é muito pouco, um amigo. – Responde Lilithmon.
- O que vocês querem conosco? – Pergunta Hikari. 
- Queremos entender um pouco mais a nós, Digimons. – Responde Lilithmon, se aproximando, fazendo com que os jovens se pressionem mais contra o guarda-roupa, fazendo suas portas rangerem.
- E nós somos a resposta? – Questiona Takeru.
- Não exatamente, para isso qualquer humano servia. Seus parceiros Digimons foram mortos para não nos impedir de salvar este mundo. – Questiona Lilithmon. 
- Salvar o Digital World? – Indaga Taichi. – Acho que pela sua aparência está mais para querer destruir ou dominar o mundo.
- Que menino insolente e preconceituoso. – Resmunga Lilithmon. – A partir de agora vocês são meus hospedes aqui, no palácio de Capote. O que quiserem peçam aos meus servos. O Jantar será servido em uma hora, espero por vocês, por que não aproveitam e tomam um banho?
Lilithmon sai do quarto e apenas uma LadyDevimon fica para servi-los.
- A entrada do banheiro é ao lado do guarda roupa. Sintam-se a vontade. – Diz LadyDevimon. 
Alguns minutos se passam, eles estavam digerindo o primeiro contato com a Deusa das Trevas. Então eles decidem entrarem no banheiro e veem 5 cabines, cada uma com um chuveiro. Do outro lado há outras 5 cabines, cada uma com um toilette. E afrente dos chuveiros 5 pias com um grande espelho na parede, a cor branca e cinza domina esse local.
- Nossa, é incrível. – Fala Taichi. 
- Se eles são os inimigos, por que são tão convidativos? – Questiona Yamato.
- Parece que de algum modo somos necessários para eles. – Responde Takeru.
- Então acho que seria uma boa tomarmos um banho. – Fala Daisuke, animado, tirando sua camisola, ficando apenas com sua roupa intima a mostra.
- Eu vou esperar lá fora. – Fala Hikari, envergonhada. Saindo rapidamente do banheiro e fechando a porta.
Os outros garotos encaram Daisuke que está sem graça com o que houve. 
Hikari senta-se na cama em que estava dormindo. Seu rosto está vermelho e ela segura bem forte seus joelhos. A imagem de Daisuke despido não sai de sua cabeça. 
Daisuke, aquele idiota... 
- Por que está tão nervosa? – Indaga LadyDevimon.
- Eu... Eu não acho correto para uma garota tomar banho em volta de rapazes. – Responde Hikari, acanhada. 
Bom, a Miyako-Chan provavelmente não se importaria, mas eu... Ainda mais depois que o Daisuke disse que os sentimentos dele só ficaram mais fortes desde 2003. 
Os gritos e risada dos garotos é alto a ponto de Hikari e a LadyDevimon ali presente ouvirem claramente o que eles falam.
Daisuke, você é tão pequeno, acho que qualquer mulher te rejeitaria.
Se eu sou pequeno, então o Takeru é uma mulher sem seios.
Verdade... Pobre Takeru. Mas pelo menos o Takeru é mestiço, já você...
Tamanho não é documento, Daisuke-kun. 
Por que está tão irritado? Sua confiança fica abalada se tocamos nesse assunto?
Cale-se! 
O rosto de Hikari está vermelho como os seus lábios. E mais uma vez ela chama a atenção da LadyDevimon.
- Garota, você está bem? – Pergunta a LadyDevimon, se aproximando.
- Sim, eu estou bem... – Responde Hikari, nervosa. 
Pobre Takeru... Que desperdício, queria que a Miyako-Chan tivesse aqui pra tirar minhas dúvidas... Espere, por que estou deixando me levar por esse assunto também? Não importa o que a Miyako-Chan diga, não quero ouvir isso, eu não quero pensar sobre isso...
Neste momento a voz de Miyako ecoa na cabeça de Hikari dizendo a frase “Você precisa ser mais honesta consigo mesma.”. 
Eu fui... Derrotada.

5 minutos se passaram e o ranger da fechadura ressoa no ar. Hikari volta-se para a porta e vê Daisuke saindo do banheiro, deixando a toalha cobrindo apenas as pernas, em seguida vem Taichi, Yamato e por ultimo Takeru. Hikari fica estarrecida com o que vê, ela nunca ficou tão próxima de um garoto. Sempre foi distante do sexo oposto, mesmo com Daisuke já tendo se declarado para ela. Ao contrário de Miyako que foi correspondida facilmente por Ken e possui um relacionamento muito avançado com o mesmo, a Hikari não entendia bem os sentimentos de sua amiga pelo Ichijouji, por isso ela sentiu que nunca havia se apaixonado, o que é incomum em comparação as suas amigas. 
Hikari levanta da cama de forma bruta.
- Eu vou esperar lá fora. – Fala Hikari, saindo do quarto. 
Aquilo impressiona um pouco os garotos que logo percebem o que houve.
Desculpe Hikari, esquecemos completamente. 
Hikari bate a porta e se recosta nela. Ela olha para o lado esquerdo e vê uma janela, neste momento ela se toca que não está em um lugar seguro, e sim num local desconhecido, dançando na mão do inimigo.
Como eles podem ficar tão calmos em momentos como esse? É incrível como podem recuperar a serenidade depois de estar cara a cara com o inimigo. Rirem e se comportarem desse jeito. Eu realmente invejo a força mental deles. 

Dentro do quarto os garotos se despem e abrem o guarda roupa. 
- Ei, LadyDevimon, de quem é a roupa de quem aqui? – Pergunta Daisuke, despreocupado, ficando de frente para o Digimon.
- As roupas estão na mesma ordem das camas que estavam dormindo, da esquerda para direita, claro. – Responde LadyDevimon.
Os outros garotos ficam um pouco aborrecidos com a atitude de Daisuke.
- Daisuke, se não fosse você eu acharia que está tentando nos levar pra um suicídio coletivo. – Resmunga Taichi.
- Mas vocês também tiraram a toalha. – Fala Daisuke.
A fala de Daisuke faz com que os outros garotos rapidamente peguem a toalha e se vistam naquele momento, eles estão envergonhados. 
- Qual é pessoal, ela é apenas um Digimon. – Diz Daisuke, rindo.
- Digimon ou não, ela é uma “Lady”Devimon, uma mulher. – Responde Taichi, irritado.
- Ei, LadyDevimon, você se importa com isso? – Questiona Daisuke. 
- Não. Vocês humanos não são tão impressionante. – Responde LadyDevimon, com um tom frio. – Eu já estou acostumada. 
- Não se sente envergonhada ou algo do tipo? – Pergunta Takeru.
- Não... Todas as LadyDevimons que servem a Lilithmon-Sama nesse palácio são prostitutas, inclusive eu. – Responde LadyDevimon, assustando os garotos.
- O que ela quis dizer em ser prostituta? – Indaga Daisuke. 
- Pessoal... Desde quando Digimons sabem algo sobre... sexo ou algo do gênero? – Sussurra Taichi.
- Sei lá. – Responde Yamato.
- Digimons não são seres assexuados? Afinal de contas, eles renascem na cidade do início em um Digitama. – Fala Takeru, nervoso.
- Eu não estou a fim de perguntar isso a ela, alguém se candidata? – Questiona Taichi, assustando seus amigos.
- Não tem jeito, vamos nos vestir logo e ceder o quarto a Hikari-Chan. – Fala Daisuke, despindo-se novamente e pegando a sua roupa no guarda roupa.
- Você é totalmente sem vergonha. – Diz Takeru, irritado. 
- “Pobre” Takeru-Kun, tem algum problema com isso? – Indaga Daisuke, em um tom provocativo.
- Você quer brigar, não quer? – Responde Takeru, enraivado.
- Takeru, eu não apostaria em você, afinal de contas, você parou com o basquete... – Diz Yamato. – E começou a frequentar a biblioteca e clubes de literatura.
- E o Daisuke-Kun continua no time do futebol... A diferença física é clara. – Fala Taichi. 
- Irmão, Taichi-Kun... Vocês vão me trair? – Pergunta Takeru, desesperado.
- Não é traição, não deixaríamos vocês brigar, se é que brigariam de fato. Mas encare os fatos, o Daisuke-Kun, é maior, mais atlético e mais forte que você, apesar de continuar sendo um idiota. – Responde Taichi.
- Isso está começando a ficar irritante. – Resmunga Daisuke. 
Os garotos finalmente terminam de se arrumar. Eles avisam a Hikari que abre a porta. Ela não consegue olhar nos olhos dos garotos, envergonhada, ela entra no quarto com tudo e fecha a porta. 
- Você realmente não sabe se portar na frente dos garotos. – Fala LadyDevimon, com um discreto sorriso no rosto.
Hikari entra no banheiro e se despe, para assim tomar um banho.
Não é a primeira vez que as crianças se veem numa situação difícil. Mas é a primeira vez que eles não têm os seus parceiros Digimons ao seu lado. Eles não se sentem frágeis, a frase de Lilithmon mostrou que eles não seriam mal tratados apesar de serem inimigos. 
Os garotos caminham e logo se deparam com um SkullSatamon que trabalha como mordomo na casa, eles estão todos vestindo uma roupa parecida, um terno preto com um blazer também preto e uma fina gravata preta. Eles andam por um corredor transversal e finalmente chegam a sala de jantar onde se sentam na presença de Lilithmon.
- Tão elegantes. – Fala Lilithmon, com os seus olhos brilhantes. – Acho que realmente acertei na escolha de roupas. 
- É meio desconfortável andar com toda essa roupa. – Resmunga Daisuke. 
- Se é ruim, então pode tirar, sinta-se a vontade. – Diz Lilithmon sorrindo, deixando todos os garotos assustados.
- Deixa pra lá, estamos bem assim. – Retruca Daisuke. 
Todos os garotos sentam-se a mesa. Lilithmon está na cabeceira. Do lado esquerdo dela sentam-se Yamato e Takeru, do outro lado estão Taichi e Daisuke. Daisuke em especial fica encantado com a beleza de Lilithmon. Os olhos azuis claros, os lábios com um sombrio batom roxo, a forte maquiagem sobre os olhos e o grande decote deixado a vista, mas ao mesmo tempo não podia ignorar a tatuagem na testa que lembra um morcego, a mão direita que aparenta ser revestida por uma armadura dourada, os chifres na cabeça da Lilithmon e suas asas negras.
- Onde está a garota? – Indaga Lilithmon. 
- Ela ainda está se arrumando. – Responde Taichi, sorrindo.
- Isso é bom, garotas devem demorar quando se arrumam. – Fala Lilithmon. – Quando ela se juntar a nós, colocaremos a mesa. 
5 minutos se passaram. Foram gelados e sem assunto. Lilithmon apenas fuma seu cachimbo. O aroma adocicado que o cachimbo exala fica no ar. Uma aura pesada está ali. Para os garotos a Lilithmon é assustadora. A imagem de Lilithmon pra eles é de uma Digimon maligna e sem nenhum escrúpulo para conseguir o que quer, mas que faz o máximo possível pra esconder essa imagem diabólica usando simpatia como véu. 
Depois desse tempo, Hikari aparece, usando um vestido roxo que vai até o joelho, ele é simples, possui alças e fica bem no corpo da garota, com uma leve maquiagem sobre sua face. Ela entra com passos vagarosos e tenta esconder sua presença. 
- Está linda. – Diz Lilithmon, levantando-se. 
- O... Obrigada. – Agradece Hikari, gaguejando. 
Lilithmon vai até a garota. A diferença de altura e corpo entre as duas é notável, Lilithmon possui em torno de 2 metros de altura enquanto Hikari apenas 165cm. 
Lilithmon se curva e sorri para a garota. O doce hálito do cigarro que Lilithmon fumava é sentido por Hikari.
- Venha, vamos comer. – Fala Lilithmon, estendendo sua mão para a garota. 
Hikari estende sua mão de forma tímida, demonstrando o seu medo. Lilithmon a segura gentilmente e a puxa.
A beleza dessa garota é nostálgica para mim, iluminada, humilde e hipnotizante. Os garotos são difíceis, apesar da aparente calma deles, estão atentos a tudo e preparados pra fazer qualquer coisa. Essa garota, Hikari, ela é tão frágil e ao mesmo tempo tão poderosa, é um tipo de poder que eu realmente tenho inveja.
Lilithmon puxa Hikari até a cabeceira da mesa, então ela vira-se para o Taichi com um sorriso.
- Você poderia sentar-se ali? – Pergunta Lilithmon, apontando para a cadeira ao lado de Daisuke. 
- Cla-Claro. – Responde Taichi, levantando-se rapidamente e sentando-se na outra cadeira.
- Sabe Hikari, esses garotos não conseguem nem pensar num assunto para entreter uma mulher, eles nem devem ter namorada, certo? – Questiona Lilithmon, provocando os garotos. 
Hikari apenas esboça um sorriso como resposta enquanto os garotos se mordem de raiva. 
- Antes de vocês me sequestrarem eu ia fazer as pazes com a minha. – Resmunga Yamato.
- E eu ia preparar uma viagem com a minha. – Fala Taichi, irritado.
- Oh, então desculpem o Demon-Chan. Ele sempre faz tudo desse jeito, bruto e rápido. É tão charmoso. – Responde Lilithmon, com um sorriso discreto. 
- Agora me diga Hikari-Chan, que tipo de homem você gosta? – Indaga Lilithmon, chamando a atenção de todos. 
- Bom... Não sei. – Responde Hikari, timidamente.
- Ah, você prefere garotas, né? – Questiona Lilithmon, com um sorriso tímido e suspeito.
- Não... – Responde Hikari, de forma fria.
- Então você é um robô? – Pergunta Lilithmon, um pouco ansiosa.
- Não. – Responde Hikari, um pouco irritada. – Eu só não me apaixonei. 
- Nunca teve interesse em ninguém? – Indaga Lilithmon. 
- Bom, já me interessei por um garoto da minha sala ano passado, mas... Nada de mais. – Responde Hikari. 
Os ouvidos de Takeru e Daisuke estão atentos, já que ambos sempre estiveram na mesma sala com a Hikari desde a quinta série. Lilithmon percebe ao olhar para os olhos deles de relance. 
- Esse garoto está entre nós? – Questiona Lilithmon, devagar. Deixando Takeru e Daisuke ansiosos, chamando a atenção de Taichi e Yamato. 
O rosto de Hikari fica avermelhado, ela está claramente nervosa e se prende para não responder. 
- Se não quiser responder, não responda. – Fala Lilithmon, sorrindo. 
Maldita. 
Neste momento vários SkullSatamons e algumas LadyDevimons chegam ao local com pratos, bandejas e tigelas em mãos. O clima que ficou mais leve devido a atitude de Lilithmon fica ainda mais tranquilo pelo excelente cheiro no ar.
- Finalmente a comida chegou. – Diz Lilithmon. – Eu pedi para prepararem esse banquete especialmente para vocês. 
A mesa é posta e os pratos são servidos, há de tudo e mais um pouco da culinária ocidental, como se fosse um jantar do rei de Portugal no século XVI. 
- Sem cerimonia, sintam-se a vontade. – Fala Lilithmon. 
Eles começam a se alimentar. A mesa farta com ótima comida. Eles comem sem se questionarem, naqueles minutos na companhia de Lilithmon eles se esqueceram de tudo por um momento.  
Após o termino do jantar, Lilithmon levanta-se enquanto passa o guardanapo levemente sobre sua boca. 
- Foi um jantar muito divertido, eu agradeço a presença de vocês. – Diz Lilithmon, alegre. – Se precisarem de alguma coisa podem pedir a qualquer criado meu que lhes atenderão caso não estejam ocupados, agora eu irei trabalhar um pouco, com licença. 
Lilithmon deixa a sala. A mesa é retirada pelos servos. Os jovens se dirigem ao quarto onde estavam. Daisuke, Takeru e Hikari estão afrente, conversando com um semblante leve enquanto Yamato e Taichi estão com um olhar sério. 
- Nós fomos descuidados. – Sussurra Taichi.
- Acho que ela já conseguiu seduzir os nossos irmãos e o Daisuke. – Fala Yamato.
- Será que cairemos nas garras dela também? – Questiona Taichi, voltando seu rosto para Yamato. 
- Eu não sei Taichi. – Responde Yamato, temeroso. – Ela é forte, forte de mais e em todos os sentidos. 

Em Tokyo o relógio marca 12:17 do horário local. Um clima abafado faz com que as pessoas contrastem vestes de um dia de frio ou de um dia de sol debaixo de seus guarda-chuvas. 
Em Odaiba, na casa dos Hida, está Chikara e seu neto Iori em uma conversa séria. Eles estão no quarto do jovem. Paredes brancas, perfeitamente limpas contrastam com o carpete azul-marinho sobre o pé dos dois, que usam meias. Uma cama com lençol azul cobrindo o colchão. Do lado da cabeceira da cama uma escrivaninha em mogno com um Notebook sobre ela. Alguns CDs e livretos completam os objetos sobre a mesma, tem uma janela média atrás da escrivaninha, uma cortina azul marinho, a janela está fechada assim como a cortina. Do outro lado um pequeno rack com uma TV de 21 polegadas, ligada e sem som enquanto passa o noticiário. O guarda roupa está fechado, não há sinais de bagunça ou nada desarrumado. Iori está sentado em sua cama enquanto seu avô está sentado de frente para seu neto sobre uma cadeira acolchoada afrente da escrivaninha. Chikara está preocupado com o seu neto, apenas uma semana se passou e apesar de uma situação melhor, Iori não está completamente recuperado do trauma. Ele gritou em todas as noites, tendo pesadelos terríveis, acordando sempre ensopado de suor e ofegante. A base de calmantes ele consegue dormir, mas nunca mais que 4 horas por dia. Por isso parou de frequentar a escola e a treinar Kendô, ordens médicas. Iori está vestindo apenas uma camisa branca e um short preto enquanto seu avô está de calça bege e usa um moletom azul, acompanhado por um cachecol. A expressão do jovem Iori é horrível, olhos fundos e cansados, com uma borda preta em volta dos olhos, seu cabelo está desarrumado. Chikara está com uma face apreensiva enquanto encara seu neto, ele sabe que Iori está fazendo o possível para enfrentar aquela situação. 
- Iori-Kun, seus amigos me disseram que vieram te visitar ontem, por que não os atendeu? – Indaga Chikara, encarando seu neto. 
- Eu tentei... – Responde Iori, calmamente. – Mas eu não consegui mover muito bem as minhas pernas e acabei caindo.
- Eles disseram que voltarão assim que possível. – Fala Chikara. – Então tente descansar o máximo que puder. 
- Eu sei... – Sussurra Iori. – Eu preciso mostrar que estou bem, pelas mensagens deles, estão todos em grande perigo, pelo menos não ser um empecilho. 
O noticiário começa a falar dos últimos acontecimentos em Odaiba, neste momento Chikara pega o controle remoto sobre a escrivaninha e retira televisão do mudo. 
Cerca de 100 famílias deixaram a região de Odaiba, em Tokyo durante essa semana. Depois da reaparição de monstros nessa área a Força Nacional de Defesa resolveu montar um escritório na região. Economicamente a área vem perdendo força e antes, uma atração turística, vem ficado vazia nos fins de semana. 
A campainha toca, o seu som se mistura com o som da colisão das gotas de chuva com a janela. 
- Eu irei atender. – Fala Chikara, levantando-se.
Com passos calmos, Chikara vai até a porta e ao abri-la se depara com um homem alto, estrangeiro, olhos castanhos, de cabelos castanhos escuros e encaracolados. Ele veste uma camiseta cinza e sobre ela uma camisa social preta aberta, calça jeans e sapatos marrons num tom claro. Ele encara Chikara com um sorriso aberto no rosto.
- Boa tarde, meu nome é Denis Ricciardo. – Fala Denis. 
- E o que você quer? – Pergunta Chikara, encarando o homem com seriedade.
- Eu sou um agente da ONU e gostaria de fazer algumas perguntas ao Iori Hida. – Responde Denis, sorrindo. 
Neste momento Chikara puxa de seu bolso as indicações médicas de Iori.
- Como você pode ler meu neto não pode ser incomodado por enquanto. – Fala Chikara, tomando o papel grosseiramente das mãos de Denis. 
Denis puxa um cartão de seu bolso e entrega a Chikara.
- Por favor, assim que possível entre em contato. É vital para nós falarmos com ele sobre o que houve na semana passada. – Fala Denis, com o seu sorriso aberto. – Com licença. 
Denis sai apressado, resmungando sobre o clima de Tokyo. Chikara fecha a porta e volta-se para dentro de casa, onde vê Iori espiando tudo pela porta meio aberta do quarto. Iori abre a porta totalmente e demonstra certo temor em sua face.
- Eu tenho que avisar a eles. 
Denis pega o elevador. Ele olha tudo de forma minimalista. Suas mãos estão nos bolsos e ele está sozinho. A porta se abre no térreo. Neste momento ele puxa seu celular e digita um número rapidamente. 
- Alô? Clarice? – Indaga Denis. – Eu não tive muito sucesso aqui, mas já percebi que eles irão se proteger de todo o jeito. Estamos no caminho certo.
Do outro lado da linha, Clarice está recostada no canto, perto de uma maquina de bebidas. Ninguém a sua volta e por isso se sente segura para falar com Denis. 
- Eu não posso dizer nada, ainda estou progredindo. – Responde Clarice, desanimada. – Eles ainda não me deram uma brecha para descobrir algo. Eu preciso estar presente num momento em que eles estejam com os Digimons. Fora isso eu vou hackear a rede da escola e tentar algo na troca de mensagem. 
- Ótimo, que tal nos encontrarmos hoje à noite e sairmos pra beber?  - Pergunta Denis, com uma voz suspeita.
- Você não vai me levar pra cama. – Responde Clarice, fria, como uma nevasca.
- Essa sua voz não combina com esse mormaço. – Diz Denis. 
O som agudo do telefone indica que Clarice terminou a ligação do outro lado da linha. 
Koushirou está sentado numa mesa,  mexendo em seu computador com Shigure ao seu lado. As pessoas vêm e vão a sua volta. Algumas olham curiosas, mas só veem palavras ocidentais de relance. Ele está discutindo com os outros escolhidos ao redor do mundo todo sobre o que está havendo. Neste momento o seu celular vibra e é uma mensagem de Iori.
As autoridades estão em nossos encalços, tenha cuidado e avise logo aos outros.
Após ler a mensagem de Iori, Koushirou fica pálido, sua expressão é de terror e chama a atenção de Shigure.
- O que houve Koushirou-Kun? – Indaga Shigure, levemente aflita. 
- Mande uma mensagem para a Mimi e depois para a Miyako... – Responde Koushirou, atordoado. – Diga que as autoridades estão nos alcançando. 
Koushirou digita rapidamente uma mensagem em seu celular.
Quem especificamente? 
A resposta vem em seguida.
Segundo o meu avô, a ONU. 
A resposta de Iori deixa Koushirou ainda mais nervoso. Ele digita as novidades para seus amigos do outro lado da tela. 
-Schumacher-San, Deneuve-San, eu vou precisar de vocês pra tentar descobrir o que a ONU quer.
-Koushirou, apenas Sebastian, por favor. Eu já estou providenciando isso. Tente segurar as pontas por aí, boa sorte. Vê se não é encontrado por eles, ok? 
-Eu irei perguntar ao meu tio sobre a ONU, já que ele é o melhor amigo do Gérard Araud. Ele sabe sobre nossa situação e nos apoia.
- Catherine-San pode nos salvar... – Fala Koushirou, aliviado.
- Por que? – Pergunta Clarice, enciumada. 
- Ela é neta de um senador da França que é amigo de um cara chamado Gérard Araud. – Responde Koushirou. – Espero que esse Araud seja importante na ONU e meio bobo de falar pra nós o que precisamos saber.

O clima fica um pouco pesado entre Koushirou e Shigure. As autoridades sempre foram enganadas por Gennai e seus amigos, mas desta vez parece que não conseguirão proteger a existência do Digital World e dos Digimons. Os escolhidos estão apreensivos, a notícia se espalha dentre eles. Um passo em falso e eles estarão expostos. Se isso acontecer, ter uma vida normal será algo impossível.
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