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Digimon Truth

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Digimon Truth - Página 2 Empty Re: Digimon Truth

Mensagem por Dragon Seg 28 Nov 2011, 5:18 pm

@Wolf, tadinho Wolf, ele estava confuso com os sentimentos ç-ç Precisava de um tempo pra se encontrar hauhauahuah Eu fiquei rindo sozinho enquanto escrevia essa cena da Samantha cara, você nem imagina xDD Vamos ver se esse capítulo tem mais algumas reviravoltas hauhauahuah

@Mickey, Obrigado Mickey xD achei que seria interessante fugir desses pontos básicos e deixar a narrativa mais apimentada hauhauha A Rosemon fez sucesso xDD Muita gente falou sobre ela. E vamos ver se sua imaginação se confirma nesse capítulo o/

@Esdras, não lembro de você ter lido alguma fic minha huahauhauh Na época que eu comecei você já tinha pendurado as chuteiras xDD Essa piada foi de tão mau gosto que eu ri HAUHAUAHAUHAUHA É, acho que ela está acostumada a se abrir xDDD Acho que só o Draco não teve um desenvolvimento da história até agora, talvez seja por isso o.o Quando chegar a esse capítulo vai ver que eu segui o conselho de botar pra quebrar xDD E lembra de apagar o histórico do navegador xD

@Leo, eu estou levando a relação deles aos poucos para condizer com a condição psicólogia de Angel. Como eu estava conversando com a Ray, os medos dela são medos comuns da maioria das pessoas em especial mulheres. Não precisa ter um monstro dentro de si para ter medo de ser abandonada xD Samantha e Rosemon realmente foram o foco do capítulo hauhauhauha roubaram todos os holofotes. E digamos que nessa fic o Examon está alçando voos maiores xD

@Marcy, acho que a caracterização dela ajudou um pouco xDD E contrastou com a Rosemon claro huahauhauha Vamos ver se sua bola de cristal está afiada mesmo agora \õ/


Pra vocês se localizarem melhor, esse capítulo começa no exato momento do término do outro ^^ E ele ficou gigante huahahauah é o maior até agora. E por isso fiquei com preguiça de reler para achar os erros xD A Maf teve uma participação muito importante, já que foi ela que escolheu os nomes dos personagens que aparecem nesse capítulo, estou quase colocando ela como co-autora.




Capítulo 5 – God Save the Queen, God Bless America and God help us all

-E então, o que nós fazemos agora? - Perguntou Draco de dentro do digivice.
-Agora meu amigo, nós temos uma promessa para cumprir. - Dante deu um sorriso quase malicioso. - Vamos mostrar para o mundo do que nós somos capazes.
-hahaha é assim que se fala! - Draco parecia não se conter de empolgação. - Vamos botar pra quebrar e passar por cima de qualquer um que fique em nosso caminho!
-Sabe Draco, se isso aqui fosse um filme ou um anime... - Disse Dante colocando o capacete e dando partida na moto. - Seria o momento perfeito para começar a tocar Highway to Hell.

Ele acelerou tanto a moto que ela empinou, deixando um rastro de pneu queimado para trás, e rapidamente se misturando com a paisagem noturna. Naquele momento Dante sentiu um súbito sentimento de liberdade enquanto o vento frio da noite fazia suas roupas tremularem. “Peguem-me se puderem, malditos!”


–//////--


De repente tudo parecia vazio e o silêncio da noite era sólido e esmagador como uma rocha colocada sobre os ombros de Angel. A garota não pode se conter quando as lágrimas começaram a escapar de seus olhos e escorrer pelo seu rosto. Ela queria enxugá-las, mas tinha medo de tirar as mãos do volante. Seria engraçado morrer num acidente automobilístico depois de tudo que ela já havia passado.
Não havia nem dez minutos que eles tinham se afastado mas Angel já sentia falta dos comentários sarcásticos de Dante e da bagunça de Draco. “Que idiota emotiva eu sou!” Pensou ela, dando um sorriso em meio as lágrimas. Ela começou a perceber um ronco forte, alto, se aproximando em alta velocidade. Ronco este que Angel reconheceu instintivamente, e olhou para o lado a tempo de ver a tão conhecida motocicleta ficar lado a lado com o carro que ela estava dirigindo. O motoqueiro apontou na direção da garota e então colocou a mão fechada sobre o peito, logo após acelerou a motocicleta e se distanciou facilmente do carro.

-Te encontro lá. - Sussurrou a garota. Os dois agora estavam separados, mas unidos por um mesmo objetivo.


–//////--


Agora era tudo ou nada, Dante estava apostando a própria vida nesse plano portanto era bom que não falhasse. Enquanto Angel seguiria discretamente por uma rota alternativa, Dante iria causar quanta confusão fosse possível e chamar o máximo de atenção que conseguisse. Era basicamente uma reedição do plano que ele usou para fugir da base subterrânea, mas agora em larga escala.

Dante descartou o plano original de passar por pequenas cidades e se dirigiu diretamente para os centros urbanos de maior movimento, voando como um míssil por eles. Em pouco tempo ele começou a notar pequenas movimentações pelas cidades, pessoas reparando nele e observando atentamente enquanto ele cruzava ruas e esquinas.

O plano deu certo e como abelhas enfurecidas os membros da organização passaram a segui-lo. Ao passar por uma autoestrada, Dante foi cercado por quatro carros, cada um de um lado de sua motocicleta. Eles pretendiam desacelerar aos poucos, para forçá-lo a parar e dizer onde Angel estava se escondendo.

-Draco, tá na hora do pau! - Disse ele levantando o digivice. O enorme dragão vermelho se materializou no ar.
-Estive esperando por isso! - Respondeu Draco, transbordando excitação. O réptil alado se colocou na frente do carro que bloqueava a passagem de Dante, segurou no para-choque do veículo e o arremessou por cima do motoqueiro. O carro girou no ar passando a poucos centímetros da cabeça do rapaz e caiu em cima do carro que vinha logo atrás, tirando os dois da perseguição.

O jovem motoqueiro acelerou, saindo do meio dos outros dois carros e então Draco golpeou a lateral de um deles com toda a força de sua cauda, fazendo com que o veículo fosse a toda velocidade em direção ao outro. Os dois carros se chocaram com força, e o carro que recebeu todo o impacto se descontrolou, bateu na mureta de proteção e caiu fora da rodovia.
O último veículo havia se recuperado da pancada e tentava se aproximar da moto por trás, para fazer com que Dante caísse dela. Draco lançou uma pequena bola de fogo no chão, que fez com que os pneus do automóvel derretessem e este perdesse o controle.
O digimon voltou a sua forma de Dracomon e pousou no banco do carona de Dante.

-Você quase acertou a minha cabeça com aquele carro seu retardado! - Esbravejou o motoqueiro, sem conseguir parecer muito sério.
-Eu confio nos seus reflexos! - Respondeu Draco, enquanto olhava para o estrago atrás de si. - Estranho eles não terem mandando nenhum digimon para nos enfrentar.
-Isso é por que eles não querem assustar as pessoas com monstros assassinos! Nós somos os alvos dos Cavaleiros Reais, eles confiam cegamente nesses caras.
-E isso é bom?
-É o que nós vamos descobrir! - Respondeu Dante soltando uma gargalhada e acelerando ainda mais. - Olhe lá, é o bloqueio que eles fizeram! Use aquele ataque supersônico do Wingdramon para abrir o caminho.
-Roger! - Draco se transformou num dragão azul com grandes asas e uma lança presa a suas costas. O réptil acelerou assustadoramente rápido deixando rapidamente a moto que estava em alta velocidade para trás. - Wing Blast!

Draco passou voando pelo bloqueio composto por alguns carros e alguns trilhos colocados na estrada para furar os pneus da motocicleta. A velocidade com que ele voava era tão grande que criou uma onda de choque que arrastou junto com ela os elementos do bloqueio, permitindo assim que Dante passasse no meio dos escombros.

-Strike! - Gritou o rapaz levantando um braço para o alto.
-Ei, eu preciso voltar para o Digivice? Está tão bom o clima aqui fora.
-Sei lá... Acho que agora isso não faz diferença...


–//////--


Devagar se vai ao longe, era esse o lema da Angel nesse momento. Enfrentando todos os contratempos de uma novata na direção ela atravessava o Alabama como uma tartaruga destemida. Aqui e ali ela escutava notícias sobre grandes engavetamentos e acidentes de grande porte em autoestradas, tendo assim certeza de que Dante estava agindo.
Ela também viu um jornal relatando o “Misterioso caso dos aliens da Louisiana” e o nascimento de uma nova lenda urbana, “A mulher com uma flor na cabeça”. Mas todos eram pequenos jornais sensacionalistas buscando um pouco de atenção, qualquer luz dos holofotes que os casos isolados de digimons podiam receber da grande mídia parecia censurado e abafado pelo poder do governo. Angel imaginava como eles faziam para que todas as pessoas que presenciavam tais fatos continuassem caladas, mas preferiu não perder muito tempo com isso afinal tinha muita estrada pela frente.


–//////--


A cena se repetiu algumas vezes, mudando poucos elementos. Um caminhão bloqueado as duas pistas da estrada que foi partido ao meio pela lança de Draco, ou motoqueiros que tentavam impedir Dante de continuar mas que eram facilmente derrubados com um soco bem colocado ou um pequeno empurrão de um certo lagarto voador.
A situação da organização era difícil, mesmo eles estando atrás de um único homem. Eles não podiam contar com a ajuda de autoridades locais na captura por que para isso teria que esclarecer quem era o fugitivo e por que ele estava sendo procurado.
Nem poderiam provocar uma grande confusão envolvendo digimons e outros agentes, por que não teriam como abafar o caso posteriormente. Se matassem Dante, nunca saberiam onde Angel estava escondida, e com certeza não conseguiriam derrotar Draco sem usar uma legião de outros digimons.
O único recurso que possuíam era mandar onda após onda de agentes motorizados para tentar parar ou pelo menos atrasar a fuga do rapaz. Eles nunca imaginaram que um agente seria capaz de fugir das instalações, quanto mais estender a fuga por todo país. Não havia protocolo para lidar com esse tipo de situação e era por isso que Dante tinha a vantagem.

O cenário começou a mudar quando ele atravessou uma cidade do área mais habitada da Geórgia. Desta vez não havia centenas de veículos, não havia perseguição, era quase como se estivessem desistindo. Depois de certo tempo Dante percebeu que estava sendo seguido de longe por uma moto de corrida customizada vermelha, mas a motocicleta não se aproximava, apenas mantinha uma distância constante. A espinha de Dante gelou quando ele entendeu do que se tratava.

-Quer que eu ataque? - Perguntou Draco.
-Não... era por isso que estávamos esperando. - Eles saíram das estradas principais e se dirigiram por uma antiga estrada de terra batida quase deserta. Depois que os sinais de civilização não podiam ser mais vistos, a moto misteriosa repentinamente acelerou até ficar poucos metros atrás de Dante e Draco. O rapaz pode ver pelo retrovisor quando o desconhecido levantou um digivice amarelo, que materializou um grande ser meio homem meio dragão que usava armadura branca e tinha asas roxas. De súbito, uma grande aura que parecia ser feita de fogo branco envolveu o digimon e logo após se disparou contra os fugitivos. - Draco agora!!

Draco automaticamente se transformou em Examon e saiu voando com Dante nos braços, pouco antes da moto ser consumida pela estranha aura com formato de dragão e cair inutilizada no chão. Draco voou para o meio das árvores e pousou numa grande clareira. O motoqueiro desconhecido chegou logo após, seguido de perto pelo digimon que era seu parceiro. Ele estacionou a moto e retirou o capacete, revelando ser um homem de cabelos castanhos e traços tipicamente britânicos.

-Cara, eu amava aquela moto! - Gritou Dante.
-Você deve ser louco não é garoto? - disse o homem balançando os cabelos castanhos que caíam sobre a face. - Tem ideia do caos que está provocando?
-Olha, eu não sei como são as coisas lá na Inglaterra, mas aqui é um país livre.
-Não me provoque, por que eu não vou exitar em mandar Dynasmon acabar com você.
-Esquentado e com um Dynasmon, você deve ser o Bryan não é?
-Quem eu sou não importa pra você. O que importa é que a sua aventura termina aqui e agora. Vai Dynasmon! - O cavaleiro dragão avançou contra Dante, mas foi interceptado por Draco. Os dois digimons agarram um os punhos do outro com ferocidade enquanto se encaravam.
-Não tão rápido branca de neve, você vai ter de passar por mim primeiro.
-É o que eu estava pretendendo fazer. Dragon's Roar! – Uma grande rajada de energia foi disparada das duas esferas vermelhas nas mãos de Dynasmon, pegando Draco desprevenido e sem ter como reagir. Após ser atingido em cheio o dragão vermelho conseguiu se soltar.
-Então é assim que você quer fazer não é? Eu vou abrir uma peneira nessas suas asas de dragão metrossexual! Avalon's Gate! – Draco materializou sua lança e começou a fazer disparos consecutivos. Com impressionante velocidade, Dynasmon esquivava dos ataques sem nenhum ferimento.
-Olha quem fala! Você tem mais enfeites que uma odalisca! - Dynasmon parou perto de Draco e se preparou para usar novamente seu Dragon's Roar, mas Draco acertou um forte golpe com a sua lança no peito do digimon, que o mandou voando de encontro as árvores.
-Dante, não importa o quanto você lute, você nunca ira vencer! Acha mesmo que um único homem consegue derrotar sozinho todas as organizações de controle a digimons do mundo?
-Ah, meu plano não é derrotar, é só me tornar invisível mesmo.
-E dá pra ver que vai dar certo não é mesmo? Afinal ninguém percebeu a bagunça que você está fazendo. - Os digimons continuavam a lutar enquanto Dante e Bryan conversavam. Os tiros disparados pela grande lança de Draco faziam o solo tremer, enquanto o Breath of Wyvern de Dynasmon passava zunindo por cima da cabeça dos dois humanos.
-Você nunca entenderia Bryan. Eu tenho uma razão para lutar. - Respondeu Dante, calmamente.
-Ah, então tudo é por causa daquela garota? - Disse Bryan com um sorriso irônico. - Não se preocupe, logo não vai mais ter razão nenhuma.
-Como assim?
-Noah, nosso rastreador estava seguindo vocês desde antes de se separarem. A essa altura sua namorada já deve estar acorrentada e a caminho do quartel general mais próximo.


–//////--


Longe dali, em algum lugar do estado do Alabama o cenário era completamente diferente. Um caminhão havia bloqueado a estrada e impedido um utilitário de seguir viagem. Haviam algumas pessoas caídas no chão, aparentemente desmaiadas, e algumas outras escondidas atrás do caminhão, todas usando um mesmo uniforme cinza.

O chão estava salpicado de fogo e com sinais de explosões por todo lado, e algumas árvores estavam em chamas. Uma garota permanecia de pé, com o rosto sério, enquanto um imenso dragão vermelho com corpo de serpente pairava sobre sua cabeça.
Alguns metros a diante, um homem alto e de cabelos escuros também de pé com um semblante perplexo, parecia estar sendo protegido por um cavaleiro de armadura cor de rosa, que carregava um escudo amarelo. O escudo era enfeitado com uma cruz rosada e tinha uma esfera azul no centro. O cavaleiro estava em posição de guarda, protegendo seu parceiro com o escudo.
-Crusademon, tome cuidado, esse não é um digimon normal. - Disse o homem. - Ele fez com que todos aqueles agentes caíssem inconscientes apenas com um rugido.
-Seu meu amo. - Respondeu Crusademon. - Eu o derrotarei, pela honra dos cavaleiros reais. Urgent Fear!

O cavaleiro rosado investiu contra Megidramon usando seu escudo como arma. Uma pequena ponta do escudo se projetou para frente como um gatilho e Crusademon parecia que ia usá-lo para acertar Megidramon.
O dragão parou o ataque com suas grandes garras, segurando firmemente na ponta do escudo. A poderosa onda de choque disparada pelo impacto não fez com que ele recuasse. Crusademon parecia estar fazendo força para prosseguir com o ataque. Megidramon apertava cada vez mais o escudo, até que provocou uma rachadura nele e Crusademon tentou recuar, mas estava preso pelas garras de Megidramon. As garras do outro braço do digimon dragão foram envoltas em uma chama cintilante, e ele acertou um poderoso golpe no peito de Crusademon que o arremessou para longe.

-Crusademon! - Gritou Noah, assustado com o ataque que seu digimon acabara de receber.
-Eu estou bem amo... - Respondeu Crusademon, se levantando com certa dificuldade. Angel permanecia séria, sem mover um único músculo.
-Se você está esperando Megidramon se afastar para me atacar diretamente, vai ficar desapontado. - Finalmente ela disse, com confiança. - E aqueles medrosos atrás do caminhão também não vão conseguir fazer nada. Eu já fui capturada assim uma vez, não caio na mesma armadilha de novo.
-Você parece bem confiante senhorita. - Disse Noah, cordialmente.
-Apenas tenho um motivo pelo qual lutar.
-Vamos ver quem de nós tem o motivo mais forte então. - Crusademon mais uma vez investiu contra Megidramon, e foi recebido com uma rajada de fogo poderosa.


–//////--


-Vocês subestimam Angel, só por que ela parece frágil. Não sabem do que ela é capaz. - Disse Dante. Draco atacava Dynasmon com uma sequência rápida de estocadas com a lança, que o digimon inimigo esquivava rapidamente. Dynasmon segurou a lança de Draco e o arremessou contra o solo. Pouco antes de atingir o chão, Draco abriu suas poderosas asas e provocou uma forte rajada de poeira. Ele voou em alta velocidade de volta na direção de Dynasmon, que o atacou com suas garras. As garras de Dynasmon acertaram a lança de Draco fazendo um ruído metálico.
-Não sei quem está subestimando quem aqui garoto. Nós somos os cavaleiros reais! Vocês não podem com a gente!
-Então você vai se surpreender com o que Angel pode fazer... Com o que NÓS podemos fazer. Nós iremos ser livres, nem que eu tenha que provocar uma revolução no mundo inteiro para isso.
-Livres?!? - Bryan deu uma risada debochada, achando graça da colocação de Dante. - Você não sabe mesmo o seu lugar no mundo não é mesmo? Liberdade não é um conceito que se aplique a nós, pessoas ligadas a esses monstros.
-Pode ser, se nós lutarmos por isso!
-O lugar de aberrações como aquela garota é num laboratório, servindo como material de testes e sendo dissecada. - Bryan parecia apresentar repulsa por Angel na voz. - Aberrações como ela não merecem nem mesmo ser enterradas depois que a vida miserável que elas tem acabe. Ela nunca deveria ter nem nascido!
-Não fale de Angel como se ela fosse um objeto!
-Não fale você dela como se ela fosse um ser humano, por que ela está longe disso! Todos nós estamos! - As palavras daquele homem provocaram um ódio intenso em Dante. Ele sentia repulsa pela voz dele. Dante nunca tinha conhecido alguém tão frio e tão baixo. A onda quente de ira inundou todo o corpo do rapaz, e ele tirou o digivice do bolso, o segurando com força na altura do rosto.
-Você parece não gostar nem um pouco do seu digimon. - Uma aura azul começava a emanar do corpo de Dante. Começou fraca, mas logo reluzia num azul sublime, como se envolvesse todo o corpo do rapaz. Aos poucos a aura começou a ser direcionada para o digivice, e a pequena tela do aparelho começou a brilhar. - Então eu vou te livrar da sua maldição. Draco, acabe com isso AGORA!

Como se fosse um raio, Draco apareceu atrás de Dynasmon que não percebeu a presença do digimon. Dynasmon foi atravessado no peito pela lança de Draco, que começou a subir cada vez mais alto no céu com o digimon dragão preso a ponta de sua lança, até que sumiram da vista dos dois humanos.
Quando reapareceram, Draco estava indo a toda velocidade em direção ao solo enquanto disparava freneticamente toda a munição que possuía dentro de sua imensa lança. Os dois desciam como um meteoro e os tiros de Draco atravessavam Dynasmon impiedosamente.

-Pendragon's Execution!! – Ecoou o grito do digimon dragão. Bryan observou perplexo enquanto os dois digimons batiam no solo com um impacto tão grande que fez a terra tremer e provocou uma imensa nuvem de poeira que cobriu completamente sua visão. Ele não pode perceber quando Dante cruzou a cortina de poeira e acertou um potente soco bem no nariz do britânico, que o atirou ao chão com o rosto coberto de sangue.
-Nunca.... Mais... Fale... Sobre... A Angel! - Dante tinha se ajoelhado sobre o corpo caído de Bryan e intercalava um grito cheio de ira e ódio com um poderoso soco na cara do pobre coitado que havia despertado sua ira.

O rapaz deixou sei adversário com o rosto recém-deformado caído no chão inconsciente e se afastou. Draco voltou trazendo na mão um pequeno ovo, presumidamente pertencente a Dynasmon. Dante flexionava os dedos, que haviam ficado doloridos após os socos que ele havia dado.

-Você tem razão. - Disse Draco com a voz ofegante. - Eu não consigo fazer isso duas vezes num dia.
-Nem eu. - Respondeu Dante também ofegante. - Acho que toda minha energia foi embora só nesse ataque. Imagina a quantidade de jornais que irão noticiar o “Terremoto da Geórgia”.
-Seria um bom nome se eu fosse um lutador de luta livre. - Draco tentou rir, mas estava cansado demais pra isso. - E aquele dorminhoco ali?
-Pela quantidade de vezes que eu soquei ele, só amanhã ele acorda. - Dante deu um sorriso com o canto dos lábios, satisfeito por ter descarregado sua raiva no homem.
-Não se preocupe, Bryan é resistente. - A voz desconhecida colocou Dante e Draco automaticamente em estado de alerta. Do meio das árvores surgiu um rapaz alto, loiro, de olhos azuis e expressão calma. Ele vestia roupas casuais e parecia tranquilo de estar ali. O tom de sua voz era respeitoso e ele tinha um forte sotaque britânico. - Prazer, eu sou Andrew. Finalmente estou conhecendo o famoso Dante, e o infame Draco.
-Eu vou acabar com esse palhaço agora! - Bradou Draco atirando para longe o ovo de Dynasmon e apontando a lança para Andrew.
-Não tão rápido grandão, eu sei como me defender. - Andrew tirou um digivice branco do bolso da calça. Do digivice saiu um imponente digimon de armadura branca que vestia capa vermelha. Um braço dele era laranja e a mão parecia ser a cabeça de um dragão, e o outro braço era azul e parecia ser a cabeça de um lobo. Uma espada saia da “boca” do dragão e estava apontada para Draco da mesma forma que ele ameaçava Andrew. - Esse é meu parceiro, Lancelot.

A visão do cavaleiro tomou Dante de súbito. Lancelot tinha a fama de ser o mais forte digimon parceiro que se tem notícia, nascido da fusão plena de dois outros digimons. Lancelot era imponente, poderoso e grandioso, apesar disso Draco não parecia intimidado.

-Parece que estamos num Impasse Mexicano aqui. - Comentou o lagarto. Lancelot permaneceu calado.
-Vocês lutam bem Dante, e também Draco. Eu estive observando sua luta com Bryan. Você parece ser alguém bem determinado e com um idealismo bem forte. Admiro isso. - Andrew permanecia calmo e cordial como sempre.
-Obrigado Sir Andrew, é uma honra ouvir isso de um dos poucos homens que realmente receberam o título de cavaleiro concedido pela rainha.
-Títulos são apenas palavras Dante, não podem fazer muito além de enfeitar seu nome. Mas você parece conhecer muito sobre nós, os cavaleiros reais.
-Eu fiz meu dever de casa. - Disse ele com um sorriso. - Sabia que um dia ou outro nos encontraríamos.
-Bem, você parece ser um homem inteligente e que não volta atrás em suas escolhas. Que tal um pequeno duelo?
-E o que exatamente eu ganharia com isso? - Dante estava desconfiado da atitude de Andrew.
-Noah já cercou Angel e impediu que ela continuasse a viajar. Eu estou aqui com você. Bem, se você ganhar, vocês poderão seguir em frente e nós nunca nos encontramos. Se você perder, os dois serão levados como prisioneiros.
-Hmm... Parece sensato. Acha que aguenta mais um round parceiro? - Ele olhava para Draco, que continuava a apontar sua lança para Andrew.
-Nós temos uma promessa para cumprir. - Respondeu Draco. Lancelot saiu da posição de guarda, e os dois digimons subiram ao céu acima das cabeças dos dois humanos. Quando os digimons se colocaram de costas um para o outro, uma luz piscou na cabeça de Dante: Nem sequer passava pela cabeça de Andrew a ideia de perder, ele tinha certeza que ia vencer. Uma tensão tão poderosa se instalou no ar que era possível tocá-la, enquanto os dois digimons permaneciam de costas uma para o outro. A perfeição do primeiro movimento seria crucial.
-Ambrosius! – Draco rompeu o silêncio investindo contra Lancelot em velocidade.
-Grey Sword! – O cavaleiro branco reagiu imediatamente com a espada que saía de sua mão. A lança e a espada colidiram provocando uma onda de choque que fez o topo das árvores balançarem.

Lancelot apontou seu outro braço, o que tinha o formato da cabeça de um lobo, na direção de Draco, e dele saiu um grande canhão. Pouco antes do canhão disparar uma ameaçadora rajada de energia Draco deu um backflip por cima da cabeça de Lancelot e se posicionou atrás dele.

Lancelot tentou acertar um golpe com a espada na altura do pescoço de Draco, mas o dragão saltou para trás e interceptou com a lança. Os dois combatentes começaram então a trocar uma rápida sequência de golpes com a espada e a lança, intercalados por tiros de canhão e pelos disparos que a grande lança Ambrosius era capaz de fazer. Nenhum dos dois cedia nem um centímetro enquanto os estrondos da batalha ecoavam.

-Você não pretende nos deixar ir não é mesmo Andrew? - Perguntou Dante, com seriedade.
-Apenas não creio que seu digimon possa derrotar Lancelot. - Respondeu Andrew, mantendo a compostura.
-Você mais do que ninguém deveria entender por que eu estou fazendo isso.
-O que quer dizer Dante?
-A história sobre Lancelot, é verdade não é?
-Se é verdade ou não, isso não te interessa. - Agora Andrew apresentava frieza.
-O Metal Garurumon que está fundido com o seu War Greymon pertence a sua esposa Helena, você só continua lutando por ela não é mesmo?!? - Andrew agora contraía os punhos com força e tinha as sobrancelhas franzidas. - Você sabe o que é lutar por amor a alguém!
-Não pense que você sabe pelo que eu estou passando, não mesmo. - O homem britânico tentava manter a calma. - Se você sabe tanto sobre nós, sabe que Helena está em coma e não tem chance de acordar. Eu luto para honrar a memória dela.
-E eu luto para poder viver ao lado de Angel, não é tão diferente assim! O que nós estamos fazendo aqui não tem sentido, nós estamos do mesmo lado Andrew, não somos inimigos! Nós queremos as mesmas coisas!
-O mundo não é tão simples assim Dante. Antes de tudo acontecer... Antes que Helena entrasse em coma permanente por causa de um atentado da Digital Hazard eu pensava como você, em viver com liberdade. Mas meus sonhos de liberdade morreram junto com a esperança de ver minha Helena de pé novamente.
-Nós ainda podemos conseguir Andrew, juntos! Veja tudo o que eu sozinho consegui! Imagine aquilo que nós, unidos, podemos realizar! Podemos até mesmo acabar com a Digital Hazard, coisa que a organização tem medo de fazer! - Lancelot disparou um ataque certeiro com seu canhão, mas as asas de Draco se colocaram como um escudo na frente do digimon. O estrondo soou como um forte trovão. Draco estava ofegante, e suas asas soltavam fumaça e fumegavam após o ataque. A situação fez com que o dragão investisse com ainda mais vontade e mais força contra Lancelot, que foi pego de surpresa pela ferocidade dos ataques de Draco. O cavaleiro estava tendo dificultades para manter sua posição.
-Liberdade é um conceito que foi roubado de nós Dante, no dia em que nascemos.
-Não seja covarde! - O grito de Dante ecoou por toda floresta. Os digimons pararam momentaneamente seu embate e passaram a olhar para o rapaz. - Chega de ser um cão do governo! Chega de viver por baixo de mentiras e mais mentiras! Eu disso isso para o seu amigo e vou repetir quantas vezes forem necessárias, eu vou ser livre nem que eu tenha que mudar o mundo inteiro para isso! Eu vou dar a Angel a vida que ela nunca pôde ter!
-Se você a ama tanto... Vamos ver se vai poder protegê-la. - Andrew agora tinha o rosto sombrio, como se Dante tivesse levado a memória dele lembranças que há muito tempo ele guardava. Seu corpo começou a emanar uma aura branca, da mesma forma que Dante tinha feito contra Bryan. A aura de Andrew era tão intensa que fazia suas roupas tremularem. Ele segurou ao digivice branco na altura do rosto. - Estou vendo que vou ter que mudar seu pensamento a força rapaz.
-Vai ter de se esforçar muito para isso. - A aura brilhante azul envolvia mais uma vez o corpo de Dante. Ele não sabia se conseguiria resistir por muito tempo, mas agora era tudo ou nada.

Subitamente os dois digimons pareciam ter suas forças renovadas, apesar de Draco ainda ofegar levemente. Lancelot balançou a espada no ar e uma onda de energia no formato de uma lâmina foi em direção a Draco. O digimon dragão se lançou a toda velocidade aos céus, enquanto a lâmina passava direto por ele e derrubava algumas árvores a alguns metros do local onde os dois humanos estavam. Draco havia mais uma vez sumido no azul do céu.

-DRACOOO!!! - Dante gritou com toda força dos pulmões, como que ordenando o momento certo para o ataque.
-Pendragon's Glory!! – Draco descia em alta velocidade logo acima de Lancelot como um foguete indo em direção ao solo. A lança do digimon disparava uma sequência de raios de energia que vista de longe parecia ser uma imensa chuva de meteoros.
-LANCELOT!! - Da mesma forma que Dante, Andrew parecia dar o sinal que seu digimon precisava para agir.
-Omega in Force! – O digimon cavaleiro começou a se mover tão rápido que provocava uma ilusão de ótica, como se houvessem vários dele no campo de batalha. Todas as réplicas deslizavam por entre a chuva estrelas cadente provocada por Draco e atiravam de volta no digimon dragão com seu canhão.

Os dois digimons continuaram trocando ataques furiosamente, até que Draco se aproximou de Lancelot. As réplicas fizeram um movimento tão rápido que foi praticamente imperceptível, mas as asas do dragão haviam sido cortadas fora, e agora ele estava em queda livre.
Draco bateu no chão como uma rocha a poucos metros de Dante e Andrew. A grande cauda do digimon dragão se movimentou com a força do impacto e atingiu Dante, que foi jogado de costas contra uma árvore. Ambos estavam no chão agora, digimon e humano.

O rapaz escutou os passos de Andrew se aproximando. Ele queria reagir, mas se sentia sem forças para levantar. Parecia que ele tinha sido drenado, e agora estava machucado. Andrew ficou em pé bem ao lado de Dante.

-Eles lutaram bem. - Soou a voz de Lancelot. - Não sei qual seria o resultado se eles estivessem com cem por cento da força.
-Eu me vejo mais novo nele Lancelot. Toda essa vontade e idealismo.
-Iremos leva-los como prisioneiros?
-Não, o mundo ira se encarregar de quebrar esse idealismo. Ou não... Quem sabe ele realmente possa provocar uma revolução mundial. Dante, eu sei como você se sente, e irei te dar a chance de proteger Angel. Não a desperdice. - Foram as últimas palavras que Dante ouviu, antes de ficar inconsciente.

Andrew se afastou e recolheu Lancelot, Draco havia ficado inconsciente e voltado a forma de Dracomon. O rapaz loiro pegou um celular do bolso e discou rapidamente um número.

-Noah, você está com a garota aí?
-Sim. - Respondeu a voz de Noah em meio a ruidos e barulhos.
-Deixe-a ir Noah, nós não temos nada haver com esses dois.
-Com todo respeito Andrew, eu acho mais fácil ELA nos deixar ir embora.
-Como assim Noah?!?


–//////--


Megidramon segurou Crusademon pelos armamentos amarelos que se prendiam as cosas do digimon, o rodopiou no ar e o atirou na direção de Noah. O digimon rosado bate com as costas no chão, quicou, voou por cima de Noah e se colocou em pé de novo. Ele era determinado, voltou a ofensiva logo após se recuperar. Mas a paciência de Megidramon parecia ter acabado, o digimon dragão segurou a cabeça de Crusademon com as grandes garras. Crusademon tentou se soltar, realizando golpes com o escudo amarelo, mas o efeito era quase nulo. Quanto mais o cavaleiro rosado tetava se soltar atacando Megidramon de todas as formas possíveis, mais megidramon apertava a cabeça do indefeso digimon.

-Recolha Crusademon, se quiser usar ele em outra batalha. - Disse Angel com seriedade. - Megidramon não vai parar até esmagar a cabeça dele. E você sabe, eu não tenho controle sobre ele.
-Tudo bem tudo bem. - Noah desligou o celular e estendeu o digivice roxo para seu digimon. - Eu nunca enfrentei um adversário tão demoníaco como esse seu digimon.
-É o que dizem, Garota Demônio – Disse Angel apontando para o próprio rosto. Crusademon desapareceu no ar, mas Noah permanecia pasmo com a cena. - O que te fez mudar de opinião?
-Parece que o seu amigo derrotou um de meus companheiros e só Deus sabe o que ele fez com o outro. Só sei que eu recebi ordens do nosso chefe para deixar você ir. Só não sei como vou fazer para esses agentes calarem a boca sobre isso.
-Quer dizer, esses que fugiram de medo a meia hora atrás? - Disse Angel com um sorrisinho apontando para o caminhão. - Acho que não vai ter muito trabalho além de colocar os belos adormecidos dentro do caminhão.
-Você não é uma pessoa perigosa não é mesmo? Por que estão dando tanta enfase na sua captura? - Perguntou Noah.
-Acho que é meu charme.


–//////--


Dante acordou recostado a uma árvore com Draco ao seu lado. As costelas doíam, ele parecia ter quebrado uma ou duas. Na verdade todo corpo doía. O corpo de Bryan no chão havia sumido, e não havia o menor sinal de Andrew ou Lancelot. O rapaz se lembrou então das palavras de Andrew.

Dante se levantou com alguma dificuldade. O peso da jaqueta de couro deixava sua respiração pesada então ele a tirou e deixou jogada no chão. Ao longe viu a moto de Bryan, no mesmo lugar que ele tinha deixado. Se aproximou com alguma dificuldade dela, imaginando por que ela estaria ali. Tinha um bilhete colado ao assento, onde estava escrito “Não gosto de motos, fique com essa para você -Andrew”

-Aquele loiro do sotaque esquesito, era um cara legal no final das contas. - Dante tentou rir, mas a dor lembrou das suas costelas. - Draco, está acordado?
-Mais ou menos... - Respondeu o dragãozinho.
-Temos estrada pela frente. - Dante recolheu o dragão e se pôs à estrada novamente.

Seu corpo doía a cada curva, e quando gotas de chuva começaram a bater sobre a pele dos braços do rapaz parecia que navalhas estavam sendo jogadas contra ele. Dante sentia que nem ele nem Draco poderiam levantar um único dedo para lutar contra mais alguém, então ele viajou o tempo todo por estradas semi-desertas, de terra batida. A chuva as tornavam estradas lamacentas, onde a moto poderia facilmente capotar. Agora Dante estava quase chegando a seu destino.

Ele subiu a estrada inclinada que levava até a pequena cabana no meio do nada e parou a moto perto da varanda. Não havia nenhum sinal de Angel... Era de se esperar de alguém que nunca havia pegado num volante.
Ele atravessou espaço que separava a cabana de um moinho, a chuva fria caindo sobre o corpo. A sensação era boa, apesar de todos os ferimentos. Um raio cortou o céu iluminando todo local. Duas silhuetas observavam ao longe.

-Não não não não! Agora não – Ele pensou em desespero enquanto as duas silhuetas se aproximavam. Eram dois homens, um negro e um asiático, vestindo roupas completamente pretas e iguais. - O que vocês querem aqui?
-Nós queremos exterminar uma parte importante da infestação que assola nossa mundo. - Disse o homem negro.
-Digital Hazard... Então vocês são urubus que pegam carniça dos outros.
-Nós somos oportunistas Dante. Tem muito tempo que nós estamos te vigiando, esperando o momento certo. O momento chegou. - Disse ele, com um sorriso maldoso.
-Eu não vou deixar! - Coredramon saiu de dentro do digivice rosnando. O dragão azul parecia machucado e estava sem uma das asas. - Desculpe Dante, é o máximo que eu consigo nesse estado.
-Eu sei que você se esforçou muito parceiro. - Disse Dante colocando a mão em seu digimon.
-Nós viemos preparado para você. Foi difícil, mas conseguimos esses dois parar usarmos como armas. - Os dois homens de preto levantaram dois dispositivos que pareciam digivices, mas eram muito diferentes do digivice de Dante. - Saiam de suas prisões, suas bestas desmioladas.

Um digimon parecido com um lobisomen, mas possuindo braços metálicos e aparentemente um óculos de sol foi materializado ao lado de um monte de ossos que tinha a forma de um mamute.
Draco tentou lutar contra eles, mas estava fraco e lento. O lobisomem imobilizou o dragão passando os braços robóticos ao redo dos ombros de Draco. O esqueleto de mamute começou a acertar o corpo do dragão com a tromba. Draco gritava de dor, enquanto Dante via seu parceiro sendo torturado. Ele pensou em atacar os dois homens, mas mal podia andar quanto mais lutar. Aquele era o final.

-Diga boa noite rapaz. - O homem negro apontou uma pistola para Dante. - Entre nós, não existe coisa parecida com honra.


–//////--


O carro de Angel deslizava e derrapava na lama, e ela dirigia ainda mais devagar e com mais cuidado. “Direita, direita, esquerda, direita de novo e siga reto” repetia ela mentalmente. Angel estava animada por finalmente se encontrar com Draco e Dante. Haviam poucos dias que eles se separaram, mas pareciam meses. Um raio seguido de um trovão a assustou, fazendo ela dar um pulo.

Angel já podia ver a parte de trás da cabana ao longe, começou a andar um pouco mais rápido para chegar lá. De repente mais dois barulhos, os trovões pareciam estar fortes naquela noite.
Quando ela ficou de frente para o terreno ao redor da cabana não conseguiu acreditar no que estava vendo. Draco estava sendo espancado, dois homens de preto em pé na frente de Dante, e o rapaz caia aos poucos.

Angel freiou com força, o carro espalhou lama por todo lado. Desesperada ela abriu a porta, arrancou o cinto e correu na direção de Dante que estava caído no chão. O sangue se espalhava ao redor dele. Tudo tinha acabado ali, naquele instante.

Continua?

Peço humildemente agora um minuto de silêncio pelo personagem extremamente importante que infelizmente faleceu.
Spoiler:

Notas do autor: Pendragon's Execution foi um ataque criado por mim combinando dois ataques já existentes de Examon (Avalon's Gate e Draconic Impact) quem tiver curiosidade de ver o perfil dele na Wikimon ou na Digimon Wiki vai ver que o ataque tem elementos dos dois "pais" xD E deixo aqui meu protesto: Por que diabos o ataque Dragon's ROAR do Dynasmon é lançado pelas MÃOS???

É isso aí galerë, comentem o/
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Mensagem por Collector Ter 29 Nov 2011, 11:55 am

Você postou o cinco antes de eu ter lido o quatro D= E nem comento a homenagem. A única coisa que eu comento é que eu ri do Draco chamando o Dynasmon de branca de neve. Várias associações passaram em minha cabeça =p

O capítulo 5 deixou as coisas mais interessantes. Bryan perdeu o jogo ridiculamente fácil, mas Andrew se mostrou bem mais durão. E achei interessante a história da esposa dele ter ficado em coma e seu digimon ter se fundido ao do pobre coitado.

E agora? Será que Dante morreu e deixou Angel sozinha no mundo? =O Veremos quando postar o/ Continue escrevendo!
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Mensagem por Wolf Dom 04 Dez 2011, 8:43 am

=O
......
................
........................
Man,you're so evil i.i

otimo episodio, dobro do tamanho normal quase,mas otimo ( maldito,e bem na minha semana de provas!) Tinha varios erros de digitação,nada q atrapalhe a leitura,mas quando até eu reparo é tenso

E nem comento a homenagem. A única coisa que eu comento é que eu ri do Draco chamando o Dynasmon de branca de neve. Várias associações passaram em minha cabeça =p
²

Muito ansioso pelo proximo episodio,mas nada a declarar ( seu monstro!)
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Mensagem por Gatsu*~ Dom 04 Dez 2011, 8:55 am

Pronto, li o três... E continuo gostando bastante da tua escrita =P

Bom, vi que a Angel tá com os quatro pneus arriados pelo Dante, que por sua vez ainda não demonstrou ereções explíci... Digo, interesse muito explícito na garota além de tê-la como bibelô... Mas, como um garoto e uma garota solteiros e descompromissados com a vida não podem ficar muito tempo sozinhos juntos porque senão acabam brincando de médico, logo deve pintar uma cenas de sexo selvag... Digo again, umas cenas de romance com flores e bombons de chocolate e ambos namorando de mãos dadas num sofá sendo vistos por papai&mamãe (essa última parte te lembra alguma coisa perversa? Se sim, saiba que foi intencional! Hohoho!). Pena que o Draco não pode dar uns pegas também no digimon da mina (e seria bizarro ver isso acontecendo o.o).

Eis que temos uns misterinhos... Os pais do Dante foram mesmo pras calapembas? O que houve no povoado faceiro do Draco, que digimon o estava destruindo? Por que aqueles digimons 'inseptos' (Chaves mode on lol) vieram se pegar no mundo real? Conseguirá Goku vencer uma batalha tão difícil? Seiya se levantará pela bilhonésima vez frente a este bilhonésimo deus?

Nham, lerei quando der tempo pra saber as respostas! Escreva, escreva, escreva, nunca pare de escrever ^^

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Mensagem por Marcy Qua 07 Dez 2011, 8:48 am

Dante morreu?! Não acredito! Minha bola de cristal não previu isso!

No mais, ótima escrita. Encontrei algumas palavras erradas, mas estou com preguiça de encontrá-las: mas me lembro que tu escrevestes "Seu meu amo" ao invés de "Sim meu amo", e também "esquesito"em vez de "esquisito".

E agora? O que Angel vai fazer?!
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Mensagem por Mickey Qui 08 Dez 2011, 9:18 am

Um minuto de silêncio concedido... sentiremos sua falta...

A história foi incrível Dragon! Do começo ao fim! A Luta do Dante e do Draco contra o Dynasmon... o surgimento de Andrew e Lancelot... a história sobre eles que Dante pesquisou...

Sem falar a parte engraçada do Andrew sendo surpreendido com a afirmação de Noah "Com todo o respeito...".

A resolução desta fuga agora mostra que por hora os melhores da Digital Hazard não vão interfirir, por enquanto,... mas surgem novos inimigos. Incrível!

Continue com a história Dragon! Ta Show! Parabéns!
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Digimon Truth - Página 2 Empty Re: Digimon Truth

Mensagem por Leonardo Polli Dom 18 Dez 2011, 1:30 am

E a fuga de Dante e Angel continuou, com uma estrada cheia de inimigos e suspense. Pensei que os protagonistas tardariam a encontrar algum Cavaleiro Real, mas logo tivemos a presença dos três nesse capítulo. Bryan com o Dynasmon se foram rapidamente e não deram muito trabalho, ao contrário de Andrew e Lancelot, o Omegamon. Achei interessante essa reviravolta do Cavaleiro Real ter deixado Draco e Dante vivos, para continuar com sua missão de proteger Angel. Sobre o Cavaleiro Real Noah e seu Crusadermon, puts, não são páreo mesmo para Angel e seu Megidramon.

No fim das contas, Angel e Dante conseguiram chegar na cabana, mas os homens da Digital Hazard acabaram com a vida do motoqueiro... ou não. Mas, creio que ele voltará, porque não tem como ter um outro protagonista mais louco e galã que nem ele, kkk. E que dó da moto de Dante, foi pro limbo =/ Bom que ele ficou com a vermelha do Cavaleiro Real, mas acho que não será a mesma coisa... No aguardo do próximo!
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Mensagem por Dragon Ter 03 Jan 2012, 2:14 pm

Não vou responder aos comentários por que tipo assim, estou morrendo de preguiça. Mas agradeço a paciência de todos que estão esperando por esse capítulo desde o ano passado xD

Aí vai /o/

Capítulo 6 – For all the wrong reasons


Angel permaneceu parada, ajoelhada sobre o sangue de Dante que se misturava a água e a lama. O tempo parecia passar em câmera lenta enquanto o chão sumia ao redor da garota e ela caia para sempre num abismo infinito.
Os homens de preto estavam falando algo, matraqueando. Angel não podia distinguir as palavras, mas a voz deles a irritava. Eles pareciam distantes, como se estivessem a quilômetros de distância. Ela não conseguia mais ouvir os gritos de dor de Draco, sendo espancado por dois outros digimons. Já não sentia mais a chuva batendo no seu rosto.
Os braços da garota cruzados sobre os próprios ombros, como se ela tentasse segurar os últimos pedaços de si que não haviam sido destruídos. Tudo, tudo que os dois juntos haviam vivido escapava por entre os dedos dela. As lágrimas queriam brotar, mas ela tentava se segurar e impedir que a sua mente entrasse em colapso.

De repente um sentimento quente percorreu todo seu corpo. Como uma descarga de adrenalina que deixou todo seu corpo mole, mas ela sentiu algo mais ali. Uma presença, uma voz, o sussurro do demônio trazendo a tentação aos seus ouvidos. Os homens de preto já não podiam ser ouvidos. Ela se sentia sozinha no vazio com aquele monstro que fechava suas garras ao redor de sua sanidade. Ela tentou resistir, mas fraquejou. Tentou fugir, mas a besta era mais rápida que ela.
Não, ela não queria fugir... ela não queria resistir. Angel então se entregou ao monstro dentro dela, sem se importar com as consequências. Não foi um duelo mental, foi quase uma constatação. Ela só queria acabar com aquilo.

A garota parecia estar desmoronando sobre si mesma. Os dois homens se aproximaram calmamente, rindo da situação. Os dois digimons haviam soltado Draco, que se transformou no pequeno Dracomon e caiu desmaiado no chão, agora rondavam como feras assassinas querendo a próxima vitima. Eles tinham cumprido o objetivo, era hora de voltar para casa com os despojos da batalha.

-Levanta garota! - Disse rispidamente o homem negro. Angel não reagiu. - Não temos a noite toda!
-Acha melhor sedá-la chefe? - Perguntou o asiático.
-É melhor. Não sabemos quando ela pode ter um acesso de loucura. - Uma luz vermelha começou a emanar do corpo de Angel. Começou fraca, como numa vela quase se apagando, mas foi ganhando intensidade rapidamente. A luz começou a se soltar do corpo da garota como se fossem particulas sólidas e se ajuntar logo acima do corpo dela. Os dois homens estavam paralisados. - Rápido, injete agora!
-Ah nós chegamos muito longe para perder aqui. - O asiático sacou uma seringa e rapidamente tentou injetar no pescoço de Angel. A mão da garota agarrou com força o pulso do subordinado. - Argh! Ela vai quebrar meu pulso!

A respiração dela agora era pesada, descompassada. A luz vermelha acima da cabeça dela explodiu num clarão e dele emergiu o poderoso dragão demoníaco. O pobre rapaz asiático tentava se soltar, mas Angel o segurava com força sobrenatural.
Megidramon deu um forte rugido que jogou o homem negro para trás, o asiático também foi jogado assim que Angel o soltou.

O dragão parecia ainda mais enfurecido, sua boca irradiava uma chama vermelha e seus olhos estavam vidrados de ira. Com as imponentes asas abertas, ele parecia multiplicar várias vezes o seu tamanho.
Angel se levantou lentamente, os dois digimons inimigos em posição defensiva ao redor dela. A menina possuída se colocou de pé, com as costas arqueadas e o cabelo molhado jogado sobre o rosto, ainda olhando para baixo. O ronco de Megidramon que parecia vir do fundo do peito do dragão se misturava ao barulho da chuva e dos trovões.

-Ataquem seus vermes inúteis! - Ordenou o homem negro com arrogância aos dois digimons. O asiático parecia em choque, segurando o pulso machucado. O lobisomem com braços robóticos avançou contra Megidramon, que o acertou com sua cauda de cobra e o mandou para longe na escuridão.

O monstro alado se virou lentamente para o esqueleto de mamute que parecia paralisado como um pequeno rato frente a frente com um leão. As garras de Megidramon foram envolvidas em uma chama incandescente e ele atacou com ferocidade o digimon, o esmagando instantaneamente. O digimon dragão então pegou o pequeno ovo deixado no lugar, levando pedaços de terra junto. Megidramon esmagou o digiovo até que esse explodisse em dados e deixasse de existir. Mas a fúria do lagarto demoníaco ainda não havia sido aplacada.

-Mach Gaogamon, onde está você seu pedaço inútil de merda! Venha acabar com essa besta! - Ordenou o homem negro, perdendo a compostura. O lobo voou do meio da escuridão tentando acertar um poderoso soco em seu adversário, mas o soco foi parado pelas garras de Megidramon, provocando um forte estrondo. Angel ainda não havia mexido um músculo.

Megidramon agarrou a mão de Mach Gaogamon e puxou com tanta força que arrancou fora o braço do lobo. O digimon nem teve tempo de sentir dor, pois começou a ser espancado impiedosamente com o próprio braço. Depois de uma sessão de brutalidade, Megidramon usou as lâminas nas laterais de seus braços para decepar a cabeça do digimon lobisomem, que se desfez em dados antes de tocar o chão.

-DESAPAREÇA SEU MONSTRO!! - Finalmente o asiático teve uma reação. Ele pegou uma arma com a mão que não estava machucada e começou a atirar contra o digimon assassino. As balas amassavam contra o peito do dragão como se fossem tiros de confete, Megidramon parecia não estar nem tomando conhecimento do fato. Ele se aproximou lentamente do homem que disparava com mais voracidade. A arma que ele estava usando então emperrou, desesperado o homem tentou recarregar. - AAAAAAAAAAAH!

Megidramon acertou um soco com toda força que possuía, mandando o homem como um torpedo em direção ao horizonte e deixando apenas o sangue escorrendo em suas garras. Ele então deslizou vagarosamente, serpenteando na direção do último inimigo que faltava ser destruído. O homem negro nunca havia experimentado um horror tão grande em sua vida, estava indefeso na frente da criatura. Encontraria ali o seu fim.

-O-O QUE É VO-VOCÊ?!? - Gritou ele em meio ao medo. Angel o olhou com frieza e desprezo, com um sorriso quase psicótico no rosto.
-Eu? Sou um monstro sem coração. - Respondeu ela friamente. Megidramon lançou suas chamas na direção do homem que começou a ser carbonizado vivo enquanto gritava de dor e desespero. Ele o acertou com a cauda, transformando o homem num meteoro flamejante voando pelo céu.

Como que saindo de um transe, Angel voltou a si no meio do caos que tinha provocado. Megidramon tinha desaparecido, agora só o insistente barulho da chuva permanecia no ar. Angel caiu mais uma vez de joelhos espirrando água e barro para os lados. As lágrimas agora desciam pelo seu rosto se misturando com a chuva e os cabelos pregados na face. Ela apertou os punhos contra os joelhos, suas emoções prestes a transbordar.

-DANTE! NÃO MORRA! - Gritou ela finalmente, olhando para o rosto imóvel do rapaz. - VOCÊ FOI A ÚNICA COISA BOA QUE ACONTECEU PARA MIM EM TODOS ESSES ANOS, NÃO OUSE MORRER AGORA SEU MALDITO! VOCÊ NÃO PODE MORRER POR QUE EU... EU TE AMO! EU TE AMO DANTE! VOCÊ ME ENSINOU DE NOVO O QUE É VIVER, E AGORA EU NÃO POSSO VIVER SEM VOCÊ!

Em meio ao choro e ao turbilhão de emoções, Angel sentiu um toque leve no seu peito. Uma mão havia acabado de se repousar ali.

-Eu... consigo sen..tir algo ba...tendo aqui. - Disse Dante com dificuldade, sua voz fraca. - Você não é... um mons..tro. É um anjo...minha Angel.
-DANTE! - A garota agarrou a mão do rapaz e chorou inconsolavelmente. - Pare de falar e de se esforçar seu idiota! Temos que procurar um médico! Aah como eu vou conseguir isso no meio do nada!
-Eu não vou deixar que ele morra aqui! - O pequeno dragão verde se levantava com dificuldade, se apoiando nos braços. Ele brilhou e se transformou em Coredramon. - Nós vamos voando.
-Mas Draco vo...
-AGORA ANGEL! NÃO TEMOS TEMPO! - O réptil fraquejou e caiu apoiado nos joelhos. Draco se levantou novamente e tomou Dante nos braços com todo cuidado que um lagarto de três metros podia ter. - Suba nas minhas costas!

Angel hesitou, mas subiu. Ela não conseguia organizar os pensamentos ainda, tudo tinha acontecido muito rápido. Draco decolou e se pôs a voar o mais rápido que podia em seu atual estado.

–//////--

-Eu vou deixar vocês a alguns metros do hospital. Você vai pegar o telefone no bolso de Dante e ligar para a emergência. Por favor Angel, invente uma história convincente! E dane-se se alguém vai me ver ou não! – Esbravejou o dragão. Draco voou sobrevoando uma cidade pequena nos arredores de Miami, e pousou no cruzamento entre duas ruas. Ele reverteu de forma, mas não voltou a ser Dracomon. Ele se tornou uma pequena bola azul, sem braços ou pernas. Angel presumiu que fosse Petitmon, enquanto a pequena bolinha com olhos desmaiava de cansaço e exaustão. Angel procurou o celular de Dante, enquanto lia os nomes que estavam escritos na placa de sinalização. Seus dedos estavam trêmulos, ela teve dificuldade para digitar os números. Uma voz respondeu do outro lado da linha.
-Socorro! Um rapaz baleado! Assalto! - A voz de Angel também estava trêmula e assustada. - Rua 236 cruzamento com a avenida principal!

A ambulância chegou em pouco tempo e parou perto dos dois jovens.

-Localizem e estanque o sangramento! - Ordenou uma enfermeira que saia da cabine.
-Preciso de um colar cervical aqui! - Um enfermeiro tinha saído da parte de trás e já tinha começado os atendimentos. Dante foi imobilizado e rapidamente colocado dentro da ambulância.

–//////--

Na branca e luminosa sala de espera do hospital, Angel estava sentada de frente para o balcão de atendimento. Com as mãos juntas e os pés cruzados, ela esperava uma noticia qualquer que pudesse amenizar sua angústia. A balconista atendia ligações e manuseava papéis, aquele não parecia ser um hospital muito movimentado.
Angel estava sozinha na recepção, aguardando infinitamente. Cada segundo parecia demorar horas. Um homem alto de máscara e luvas cirúrgicas, avental e touca se aproximou calmamente enquanto retirava a máscara.

-É você que está com o rapaz baleado? - Perguntou o médico.
-Sim doutor, eu mesma.
-Qual seu grau de parentesco com ele? Irmã? Prima?
-Nenhum doutor.
-Namorados?
-Amigos.
-Entendo. Não é da minha conta de qualquer forma. A cirurgia foi complicada, ele recebeu um tiro no abdômen e um segundo tiro passou de raspão na lateral do crânio na altura da sobrancelha. Ele tem muita sorte de estar vivo, se o atendimento tivesse demorado mais alguns segundos o sangramento teria sido fatal. É um pena que nossa pequena cidadezinha esteja tão violenta, é o segundo caso de roubo seguido de tentativa de assassinato essa semana.
-E agora como ele está?
-Nós retiramos a bala que tinha se alojado no abdômen e os fragmentos que estavam logo acima da orelha direita e foi necessária uma transfusão devido a perda de sangue. O estado dele é delicado, mas é estável. Ele está entubado, só podemos esperar agora.

–//////--

Cinco dias de espera interminável se passaram. Dante não teve nenhuma complicação de seu quadro médico, então foi mandado para um quarto individual, mas estava sendo mantido constantemente sedado. Os dias para Angel eram longos e monótonos, a maior parte deles passado ao lado da cama de Dante esperando alguma reação. Pela televisão ela viu noticias sobre os misteriosos corpos encontrados no meio do nada a uma distância de quase um quilômetro um do outro, um com a parte dianteira totalmente esmagada e o outro carbonizado. Tudo tinha acontecido logo agora que estavam tão perto de seu objetivo... Mas pessoas não são como brinquedos que se tira e coloca peças conforme elas vão estragando, era necessário ter paciência e fé.
Dessa vez Angel não sentia culpa ou remorso pelas mortes que provocara. “Eles mereceram” repetia para si mesma. Era a sentença deles por ter tentado tirar a vida de Dante.

-Angel – Disse Draco de dentro do digivice. - nós vamos conseguir.
-Eu sei que vamos amigo.
-Deixa eu te contar uma história. Eu morava no mundo digital antes de vir para esse mundo e encontrar com Dante.
-É, eu sei, ele me falou uma vez.
-Mas ele não falou que eu tinha um irmão não é?
-Não...
-Pois é, eu tinha um irmão gêmeo. Nós morávamos num pequeno vilarejo que é apenas habitado por digimons pequenos e alguns poucos adultos, um lugar para ficar até crescer e poder se aventurar por aí. Nós eramos inseparáveis, fazíamos tudo juntos. Mas um dia, um digimon extremamente poderoso que estava provocando destruição por todo mundo digital chegou a nossa pequena aldeia... Não preciso dizer o que aconteceu. Meu irmão morreu nesse dia.
-Que triste Draco, eu não posso nem imaginar como você deve ter se sentido.
-Sem problema, eu carrego uma parte dele comigo. Quer dizer, literalmente. Antes de ele morrer, meu irmão me deu o digicore dele, que é o núcleo de um digimon. “Deixe que eu veja o mundo através dos seus olhos” Foram as últimas palavras dele... Eu sempre sinto que ele está comigo toda vez que evoluo para Examon. Mas enfim, não é isso que eu quero dizer. O que eu quero dizer é, eu nasci num lugar muito diferente daqui. Lá eu tinha amigos, família... No meio daquele caos eu vi uma estranha porta que parecia levar a um lugar muito diferente, onde nada daquilo estava acontecendo... Era o portal que os pais de Dante tinham aberto. Ele tem sido minha família desde então.
-Parece que vocês estavam destinados e se encontrar. - Disse Angel com um sorriso.
-Talvez... Mas no começo foi tudo muito difícil. Aquele lugar estranho com gente estranha, eu estava assustado. Mas Dante fez uma promessa pra mim “Um dia Petitmon, nós vamos juntos para o seu mundo, e vamos derrotar esse malvado que atacou sua casa!” - Disse Draco imitando o tom de voz de Dante, mas fazendo parecer infantil e inocente. - Até hoje procuramos uma forma de fazer isso, apesar de não ter muito êxito. Mas eu tenho certeza Angel, Dante não vai morrer enquanto ele não cumprir nossa promessa!
-Bem, ele me fez uma promessa também... É melhor esse idiota não morrer, ou vai deixar muitas dívidas para trás.

–//////--

Quatro dias após, enquanto voltava da cafeteria do hospital, Angel viu que um homem estranho estava ao lado da cama de Dante. O homem tinha traços hispânicos e se vestia com roupas casuais. Seu cabelo era raspado e não parecia ter barba. Ele olhava para Dante parecendo estar envolto em pensamentos.

-Quem é você? O que você quer aqui? - Perguntou Angel enquanto entrava rapidamente no quarto.
-Calma calma señorita! Sou amigo!
-Como posso saber se isso é verdade?
-Eu não encostei um dedo nele até agora não é mesmo? Yo soy Miguel, mucho gusto – Disse Miguel estendendo a mão para cumprimentar Angel. A garota ignorou o gesto do rapaz, que recolheu timidamente a mão – Sou o agente de viagem que ia ajudar nas suas férias.
-Férias? … - Um pequeno estalo ocorreu na cabeça de Angel.
-É ele mesmo Angel, nós e Miguel nos conhecemos há certo tempo. - Disse Draco, do digivice.
-Será que poderíamos ir para um local mais reservado para discutir nosso itinerário? - Miguel deu uma piscadela enquanto dizia essa frase. Os dois seguiram até o pequeno estacionamento do lado de fora do prédio. - Madrecita! Que aconteceu aqui? Não, melhor eu não saber, demorou muito tempo para achar vocês.
-Como diabos você nos achou, por falar nisso?
-Vocês não estavam en el ponto de encontro, que aliás estava bem destruído. Depois de procurar em cada necrotério dos arredores de Miami, comecei a olhar nos hospitais. Palpite de sorte.
-Mas como você pode ver, não estamos em condições de fugir agora.
-Ah chica, mas terão que fugir! O cerco está se fechando, seus dois admiradores secretos estão quase achando esse lugar. Você e Dante precisam sair daqui e ir para um lugar seguro.
-Já é incrível que a gente tenha chegado até aqui, quanto mais fugir!
-Não se preocupe, o papi aqui já cuidou de tudo. Esteja preparada para sair daqui amanhã de madrugada.
-Olhe, eu não vou fazer nada que coloque o Dante em perigo.
-Não se preocupe, vocês estão sobre cuidados de profissionais agora. Agora preciso ir. Foi um prazer señorita, nos vemos amanhã! - Miguel foi embora tão repentinamente quanto havia aparecido. Aquele homem por algum motivo tinha muita confiança em si mesmo.

Como no combinado, às 2 da manhã da madrugada seguinte o plano foi posto em prática. Miguel entrou vestido de enfermeiro, com mais duas mulheres disfarçadas, fingindo estar encaminhando Dante par um hospital em Miami. Eles levaram a maca até a entrada de ambulâncias, onde uma ambulância roubada os esperava. Angel deu a volta pelos fundos e entrou também. Dentro da ambulância ela se sentiu segura, apesar de não fazer a mínima ideia de para onde estavam indo. Pelas pequenas janelas nas portas ela pode perceber que eles não estavam indo em direção a Miami, mas sim se dirigindo por rotas pouco usadas, uma cena que já era rotina na vida de Angel.
A ambulância parou, e Angel pode ver que eles estavam no meio do nada. Mas de repente o carro andou, e começou a ir para baixo. Eles estavam descendo uma espécie de rampa que levava para o fundo do solo.

Quando a ambulância parou, Angel saiu rapidamente para tentar entender o que diabos estava acontecendo. Eles estavam no que parecia ser uma garagem subterrânea onde vários outros veículos, provavelmente roubados, também estavam estacionados. Carros da policia, do corpo de bombeiros, da cruz vermelha e até mesmo do exército da salvação.
Aos poucos várias pessoas começaram a se aglomerar ao redor da ambulância, o que de certa forma assustou Angel. Mas o que realmente a assustou é que repentinamente vários digimons pequenos começaram a se mostrar espontaneamente. Lagartos, pássaros, cachorros, peixes, verdes, azuis, vermelhos, todo tipo de digimon andando livremente como se estivessem em casa.

-Señor Draco, pode sair agora! - Disse Miguel, saindo da ambulância. A pequena bolinha saltou para fora e se misturou no meio dos outros digimons. - Señorita Angel, bem vinda a Resistência!
-Resistência?!? Como assim?!? Dá pra me explicar o que está acontecendo aqui?
-Depois! Agora precisamos abrir caminho para o ferido! - Os humanos e digimons formaram um corredor para que a maca de Dante pudesse passar, como se fosse o retorno de um herói de guerra. A mente de Angel estava dando um nó.

–//////--

-Señorita Angel, eu disse que agora vocês estavam nas mãos de profissionais! - Disse Miguel sorrindo largamente, agora vestindo roupas normais. Os dois estavam no que parecia ser um refeitório. - Não se preocupe com Dante, ele vai ficar bem. A unidade médica daqui não é boa o suficiente para cuidar de um ferimento a bala, mas com certeza podemos manter ele estável até se recuperar. Tome, pegue um café. Brasileño, muito bom!
-Primeiro, onde diabos eu estou. Segundo, o que caralhos é a “Resistência”? Terceiro, por Deus, isso não parece ser uma ocupação de um coiote!
-Isto aqui é uma antiga base militar anti radiação nuclear, construída na época da guerra fria por causa do medo da guerra atômica. As pessoas importantes de Miami seriam trazidas para cá caso a União Soviética lançasse um ataque contra os EUA. Mas você sabe, na União Soviética as bombas se escondem de VOCÊ! - Miguel esperou alguma reação a sua piada, que não aconteceu. - Ok, não teve graça. Com o fim da guerra fria essa base foi completamente abandonada, até que nós a achamos. A Resistência é uma questão político-ideológica. Se existem situação, no caso as organizações espalhadas pelo mundo, e oposição representada pela Digital Hazard, deve haver alguém que se oponha as duas. Anarquia quem sabe? Nosso objetivo é mostrar o mundo a verdade sobre os digimons señorita Angel. Tornar digimons livres, reconhecidos por todos, o que por consequência traria liberdade aos humanos que estão ligados a eles. Nosso objetivo é mudar o mundo! Hahaha
-Não parece algo meio ambicioso demais? Quer dizer, eu e Dante lutamos contra essa gente, não parece ser muito fácil derrotá-los.
-Mas veja o que vocês sozinhos conseguiram! Quer dizer, quase sozinhos não é mesmo? - Disse Miguel com um sorriso sacana.
-Como assim quase sozinhos?
-Acho que se encontraram com Samantha não é mesmo? Nossa melhor espiã dentro da organização americana!
-Quer dizer, a loira metida?!? - Angel estava em choque. - Aquela arrogante trabalha pra vocês?!?
-Ah não fale assim da señora Samantha, ela é uma boa mulher! Quando ouviu que a organização estava chegando perto de vocês nada a impediu de ir ajudar. E aquele médico amigo do Dante – Miguel dava a entender que fazia uma vaga idéia de quem fosse, queria que Angel completasse a frase.
-Gustavo?
-Isso, Gustavo! Sem as informações que ele passa de dentro da base da organização, nunca poderíamos ter chegado até aqui. Outro bom espião. Nós temos homens e mulheres infiltrados nas organizações de todo mundo, inclusive dentro da Digital Hazard. Infelizmente não conseguimos interceptar os planos deles para vocês dois antes que fosse tarde demais, perdoe-me señorita Angel.
-Está tudo bem agora... Mas Dante sabe que ele estava cercado de espiões desde o início?
-Não não, estava esperando o momento certo para contar a ele sobre a Resistência. Não podia colocar em risco nossos planos. Respondendo sua última pergunta, Dante disse que eu trabalho com imigração ilegal, mas não disse que tipo de imigrantes. Aqui nessa base, pessoas de todos los continentes encontram um refúgio. Essas paredes reforçadas contra radiação impedem que qualquer equipamento possa rastrear os digimons aqui em baixo. Estamos seguros.
-Mas o que quer dizer com “esperar o momento certo”? O que exatamente você está planejando?
-Veja bem señorita Angel, desde o inicio eu tinha intenção de colocar Dante no esquema. Mas eu precisava de una oportunidade em que tudo ficasse claro. E agora, vocês dois são vistos como heróis por essa gente, como pessoas que realmente lutaram contra a opressão. Se puderem nos ajudar, sua ajuda será muy buena!
-Então vamos mudar o mundo. - Disse uma voz conhecida na porta. Quando Angel se virou para olhar viu Dante em pé na porta do refeitório, escorado nos beirais para não cair. Ele estava vestindo uma calça de moletom preta, tinha faixas enroladas no abdômen e na cabeça e parecia cansado. Mas mesmo assim, soou determinado.
-Dante! - Gritou Angel, numa mistura de alegria e preocupação.
-Ai caramba señor Miguel! Perdón perdón! Senõr Dante acordou do nada, eu não pude manter ele na cama! - Exclamou um pequeno digimon azul que entrou por baixo do braço escorado de Dante, parecendo amedrontado.
-Sem problemas Pablito. Dante gosta de acordar cedo! - Respondeu Miguel, sorrindo ao ver o amigo de pé. - Este és Pablito, meu Veemon. Diga olá para señorita Angel, Pablito.
-Mucho gusto señorita. - Disse o digimon estendendo a mão para Angel. A garota mal podia acreditar na surrealidade da cena que estava vivendo.
-Dante, sente conosco e nos conte como você conseguiu sobreviver. Sua amiga aqui não parece saber muchos detalhes. – Disse Miguel apontando uma cadeira para Dante. O rapaz se sentou com um pouco de dificuldade, colocando a mão na lateral do corpo. O pequeno digimon azul o ajudou e permaneceu ao seu lado.
-Bem, aqueles malditos sabiam de algum jeito que nós íamos para aquele ponto de encontro. Talvez eles tenham feito cálculos de física quântica para prevê o futuro ou algo assim. Quando eu vi que o homem negro ia disparar, tentei dar uma de Matrix e desviar... É, idiota eu sei. – Disse Dante com um sorriso besta.
-Você quase morreu, não fique fazendo piadas. – Retrucou Angel com seriedade.
-Enfim, eu tentei sair da mira. Obviamente não consegui. No exato momento que ele disparar contra a minha cabeça, caiu um raio. Eu já estava em movimento, e acho que o clarão fez ele perder a mira. Depois disso escutei Angel chegar... E tudo passa a ser borrões e pedaços de memórias... Ai – Dante levou a mão ao ferimento da cabeça, com dor. – Angel, como você escapou?
-Eu não fiz nada, foi o Megidramon. – Disse ela com um sorriso sem graça. – Foi tudo muito rápido, eu estava um pouco... chateada.
-O importante é que você está bem. – Respondeu Dante com um sorriso. – Eu poderia te dar um abraço, mas você está do meu lado machucado.
-Já que está tão bem disposto, vou pedir às enfermeiras que mostrem o seu quarto Dante, e aproveitar para te dar alguns analgésicos. Trate de descansar, depois nós conversaremos sobre nossos planos. Señorita Angel, esta outra enfermeira irá te mostrar o seu quarto. - Angel seguiu atordoada o caminho que a mulher lhe indicou. Ela não podia acreditar no surrealismo e na aleatoriedade de tudo que estava vivendo naquele momento. Parecia que ela estava no meio de uma fanfic.

–//////--

Angel caminhou na direção do quarto de Dante. Apenas depois de ser deixada sozinha no seu quarto é que a ficha foi cair: Ela tinha feito uma declaração de amor desesperada há uma semana atrás. O que ele ia pensar dela agora? Será que ele pensaria que ela era uma mulher fácil, se atirando nos braços dele? Será que eles partilhavam o mesmo sentimento? Ele sequer se lembraria? Agora era a hora da verdade e encarar o rapaz recém despertado. Ela chegou na porta do quarto e chamou.

-Dante?
-Pode entrar Angel. - Ela sentiu um arrepio quando ele disse seu nome. Lembrou-se imediatamente do que ele havia falado naquele dia, na chuva. Angel abriu a porta, para entrar no quarto de tamanho moderado, com poucos móveis e uma segunda porta que devia ser um banheiro. Dante estava sentado na cama nos mesmos trajes que tinha aparecido na porta do refeitório, com um sorriso convidativo no rosto.
-Como está se sentindo? - Disse Angel, se aproximando e sentando ao lado dele na cama.
-Como se tivesse levado um tiro. - Ele tentou rir, mas levou a mão na lateral do corpo. - Nota mental: Contar piadas é uma péssima ideia.
-Pare de me tentar fazer rir, já me fez chorar o suficiente estes dias.
-Ah, me desculpe Angel... Tudo isso foi tão rápido e estranho eu não sabia que eles estavam me esperando... Nem sei como conseguiram.
-Esta bem, é que eu fiquei tão... preocupada. - As lágrimas começavam a brotar.
-Ei, não chore. Está tudo bem agora. - Disse o rapaz, secando gentilmente as lágrimas dos olhos de Angel, e então segurando a mão da garota entre as suas. - Eu me lembro do que você disse.
-Ah Dante não quero que pense que... - O rapaz colocou o indicador sobre os lábios de Angel, para que ela parasse de falar.
-Está tudo bem, por que eu te amo muito também. - O olhar de Dante penetrava fundo nos olhos de Angel, parecendo enxergar até o interior de sua alma. Ele gentilmente puxou a garota para perto de si, e se aproximou cuidadosamente. Antes que ela pudesse perceber, seus lábios estavam ligados em um beijo apaixonado, Dante segurava delicadamente o queixo da moça.

Naquele momento o mundo deixou de existir para Angel. Tudo que ela queria era aproveitar a sensação de seus lábios se encontrando com os de Dante, o calor do corpo dele fluindo diretamente para o dela. As barreiras haviam sido rompidas uma a uma até chegar este momento, em que ela pôde se entregar ao amor que sentia por ele. O coração de Angel batia forte, a pulsação acelerava, e o beijo se intensificava.
Quando Dante pousou a mão livre sobre a cintura da moça, ela recuou instintivamente.

-Me desculpa, é que eu... - Angel tentou se explicar, mas foi interrompida.
-Tudo bem, eu não teria condição de ir muito mais além mesmo. - Respondeu Dante antes que ela pudesse terminar a frase, fazendo uma arma com as mãos e disparando dois tiros imaginários contra si mesmo. - Nada vai nos separar agora Angel.

E ali começou outro beijo.

Continua

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Mensagem por Wolf Qua 04 Jan 2012, 12:25 pm

u.U
Proxima vez q vcquase me matar do coração vc vai ter uma covnersinah com o megidramon e.e..


Mas o episodio foi bom, mais uma reviravolta no enredo,mas essa nem tão chocante assim, afinal até faz um pouco de sentido...mas dane-se a resistencia! O casal principal da fic fico junto \o/
E nãot eve q levar a temporada inteira para isso acontecer q nem em todos os animes o.o
Agora estou ancioso rpa saber oq vai dar errado no proximo capitulo...pq SEMPRE da algo errado D=
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Mensagem por Mickey Sex 06 Jan 2012, 11:21 am

Oh nozes...
Megidramon aparece e pode ter certeza... Cabeças vão voar...

Muito show este episódio Dragon! Mostrou um personagem muito legal o Miguel... Hauahau um Vmon com sotaque mexicano ficou ROX!!!

Então tudo era uma armação... Quem diria... Dante e Angel não estavam sozinhos... Hehehe o bom deles não saberem disso é que foram com tudo dependendo só deles!

Agora... Oh my god!!! Essa do DANTE estilo MATRIX e do RAIO foi demais... É muita sorte!

Bom, é isso aew! Aguardando os próximos Dragon!
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Mensagem por Leonardo Polli Qui 12 Jan 2012, 4:39 am

Dante não morreu, como esperado. Lógico, como ficaríamos sem nosso protagonista galã? \o Então, há algo maior por trás dos heróis - a Resistência. Seria mais interessante se Dante, Draco e Angel permanecessem sós nessa jornada, mas uma ajuda desse nível e quantidade é algo muito bem-vindo caso queiram tirar a Digital Hazard da sua cola.

E poxa, Draco tinha um irmão... então, só é possível a evolução para Examon pois ele tem o digiCore do seu irmão? Interessante. Gostei do jeito de Miguel e de seu Veemon, eles falam de um modo divertido xD Agora nos resta saber se a Digital Hazard vai parar um pouco essa caçada, ou vai entrar mais fundo nisso.
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Mensagem por Collector Qui 12 Jan 2012, 8:14 pm

O mais chocante de tudo foi descobrir que o Draco tinha um irmão gêmeo o.o Será que ele vai voltar à vida e tentar tomar o lugar do digimon do Dante se fazendo passar por ele? /A Usurpadora feelings

Era meio óbvio que o Dante sobreviveria para poder enfim pegar a Angel. A história da resistência não chegou a ser muito chocante e foi até meio anti-climax. Concordo com o Leo sobre ser mais interessante eles sozinhos contra uma organização inteira os seguindo

E vai ser interessante ver o que a Digimon Hazard vai fazer daqui pra frente, já que até agora eles não tem conseguido muito o que queriam. A história continua legal, continue escrevendo =D
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Mensagem por Dragon Sáb 18 Fev 2012, 7:54 am

Quero pedir desculpas a todos pela demora ^^' Eu passei por um processo de mudança em minha vida. Mudei de cidade, comecei a faculdade... Precisei de um tempo para me adaptar a nova rotina. Só acho que esse tempo demorou demais hauahahauh Bem, aí está. Acho que é o maior que escrevi até agora, enjoy o/



Capítulo 7 – Mr Anderson


Dante e Miguel caminhavam pelos corredores do esconderijo secreto após o apagar das luzes. Apenas algumas luzes no teto davam uma fraca iluminação, suficiente para alguém que quisesse andar pelos corredores à noite, mas que deixava tudo com o clima sombrio de um filme de suspense. Os dois discutiam os rumos que o mundo tomaria de agora em diante, o momento chave estava chegando.

-Então quer dizer que a Digital Hazard planeja uma espécie de atentado terrorista em Nova York? – Perguntou Dante puxando uma cadeira e se sentando perto de Miguel.
-Si señor, mas ainda não sabemos o que esses pendejos estão pensando.
-Todos os ataques hostis acontecem nessa cidade, é impressionante. Aliens, terroristas, seres dimensionais, acho que eles vão pra lá passar férias e causam o caos no processo.
-Bem, se quer provocar um evento que ganhe proporções mundiais. – Disse Miguel ainda rindo das comparações de Dante. – Este és el local perfeito para isso. Mas claro, nós vamos contra-atacar.
-Como exatamente?
-No dia em que estes cabróns planejam agir, nós vamos agir antes. É uma pequena peripécia que tengo planejado por meses. Primeiro vamos começar a soltar na internet todo tipo de informação sobre digimons, sobre a DH e sobre as organizações que temos armazenado por anos. Uma vez na rede, essa información no poderá más ser silenciada. – Miguel fez uma pequena pausa com um sorriso de satisfação. – Em uma hora determinada, nossos agentes com digimons espalhados por todo globo vão começar a sair das sombras e fazer aparições públicas. Mi amigo, agora entra a parte más ambiciosa: Vamos invadir los sistemas locais de televisão e enviar imagens na tela produzidas por nós, ao vivo, de cada grande centro urbano onde conseguirmos posicionar um hombre. Tudo isso de forma coordenada.
-Isso é bem... Ambicioso. Mas não se apoiaria em uma base muito fraca? – Perguntou Dante desconfiado.
-Amigo, teremos la populación ao nosso lado! Se conseguirmos fazer com que el povo simpatize com nossa causa, la fuerza más poderosa do mundo estará ao nosso favor. Governos, espiões, agentes secretos, nem a MIB poderá silenciar la populación del mundo inteiro. Nuestra intención não é mostrar quanto conhecimento temos ou quanto sabemos, si mostrar para la populación a informação que não querem que eles saibam.
-Uma espécie de Revolução Francesa em escala global...
-Exato! E se ainda sim eles quiserem nos dar algum regalo, eu, você e a señorita Angel vamos estar lá para mostrar nuestra hospitalidade.
-Agora sim você falou minha língua hahaha – Dante parecia se divertir com o plano de seu amigo. – E quando exatamente isso vai acontecer?
-Dentro de três meses, no exato dia em que eles planejam fazer o atentado. Consegue ficar inteiro até lá?
-É tempo suficiente. Mas por que arriscar tanto e agir exatamente no mesmo dia? Não poderíamos fazer isso sei lá... Semana que vem?
-Ah, só para trollar eles um pouco. Além disso, teremos um convidado especial em nuestra festa.
-Quem seria essa pessoa tão importante?
-La Señora Eva Dumont. Ela é el caso mais antigo que se tem registrado de um humano ligado a um Digimon. Señora será nuestra porta-voz nessa causa. Mas ela está mantida sob custódia de las autoridades canadenses. Esses três meses serão necessários para orquestrar uma fuga. Nosotros seremos los guarda-costas dela após isto e a levaremos a Nova York.
-Adoro seu jeito de pensar. Ok então, a operação “Pílula Vermelha” começa em três meses.
-Haha gostei do nome!

–//////--

Era uma típica noite fria canadense, onde o vento vindo do norte soprava sobre as copas das árvores fazendo com que elas se balançassem num balé sincronizado.
Nesse cenário, uma figura cruzava velozmente as estradas, rompendo a sinfonia do barulho do vento com o ronco de uma moto de corrida. A moto preta era pilotada por alguém vestindo um macacão de couro preto, que usava um capacete preto que cobria completamente o seu rosto.
A moto seguiu em velocidade até encontrar um posto policial escondido entre as árvores, de onde um oficial já acenava ordenando que ele parasse. A moto desacelerou e parou a poucos metros do policial.

-Vou ter que pedir que o senhor dê meia volta, apenas pessoal autorizado a partir desse ponto. – Disse o oficial. O ser da moto tirou o capacete num gesto espalhafatoso, revelando longos cabelos ruivos. Logo após abriu o zíper que estava fechado até o pescoço revelando um decote matador, e penetrou até na alma do policial com vibrantes olhos azuis. O pobre homem ficou automaticamente desconcertado.
-Mas nem se eu pedir com jeitinho? – Disse ela apoiando o capacete no corpo da moto.
-Ah-eh bem hmm... Se no caso você tiver uma autorização, pode seguir em frente.
-Eu não tenho nenhuma autorização, mas se você quiser me dar uma – Disse a moça dando uma piscada na direção do policial. – Sou apenas uma viajante que não é desse país viajando por estradas que não conhece. Pensei que poderia usar essa estrada para chegar à cidade mais próxima.
-Er.. Não senhora, sem autorização não pode passar. – Disse o homem ficando corado.
-Não tem nada que eu possa fazer para você me deixar passar? – Disse ela inclinando o corpo para frente, tornando o decote mais visível. O oficial da policia sentiu um arrepio percorrendo todo seu corpo. Não era todo dia que algo assim acontecia.
-Não senhora, infelizmente não.
-Então será que você pelo menos poderia me informar como chegar na cidade mais próxima?
-Claro, venha comigo. – O homem caminhou em direção ao posto policial, seguido pela sedutora mulher de macacão de couro. Após entrarem, ele apontou uma cadeira para que ela pudesse se sentar, o que ela fez cruzando as pernas de forma sensual. Nesse instante, outro oficial entrou no recinto.
-O que está acontecendo aqui?
-A moça está perdida, precisa de informação. – Disse o primeiro policial.
-Entendo... Melhor olhar no mapa então. – Disse o segundo policial, estudando as formas da convidada. A mulher sorriu e acenou para ele.
-Hmm.. Se ela voltar pela estrada e pegar o primeiro desvio a esquerda então vai poder... – Enquanto os dois oficiais estudavam o mapa, envolvidos por pensamentos pecaminosos com a convidada sentada a poucos metros, não perceberam quando um quarto individuo entrou na sala. O homem vestido com o que parecia ser uma roupa camuflada para andar na floresta a noite se esgueirou vagarosamente por detrás dos dois policiais.
-Bye bye – Disse ele injetando uma seringa no pescoço de cada um deles. Os dois caíram apagados instantaneamente. – Vamos lá, já neutralizei todos os outros guardas daqui.
-Tudo bem então, nós temos vinte minutos até o horário onde eles trocam de turno. Vamos esconder os policiais na floresta para dar a impressão que eles já voltaram para a penitenciária quando os guardas chegarem para a troca de turno. Se nós chegarmos lá a tempo, vão achar que nós somos os guardas que vieram do posto e nos deixarão entrar sem problemas. Os documentos falsos e os disfarces estão prontos?
-Fiz o melhor que pude – disse ele retirando a touca e mostrando ser um jovem asiático. – Aparentemente tem um subgrupo de registro de pessoal que não é usado há muitos anos. Qualquer numero de identificação que caia nesse registro não vai encontrar conflitos.
-Esse é meu asiático preferido. Eu vou usar um quepe e uma peruca para esconder o cabelo, mas não posso esconder a voz. Qualquer pergunta que fizerem, você responde. – Disse a moça se levantando e indo em direção aos desacordados.
-Eu sabia que minhas aulas de teatro iam servir para alguma coisa.
-Vamos nos trocar agora. – A ruiva começou a puxar o zíper de seu macacão, que ia até a virilha, revelando não estar usando nada por baixo.
-Oi oi Marina-san, vamos fazer isso aqui mesmo? – Perguntou o asiático com o rosto vermelho.
-Nós não temos tempo para procurar um provador Daisuke. Vai me dizer que você nunca viu um corpo feminino desprovido de vestimentas. Na internet não vale.
-Cala a boa. – Retrucou Daisuke, envergonhado. Os dois vestiram roupas roubadas dos guardas desacordados, Marina usou um colete a prova de balas para disfarçar as curvas de seu corpo.

Os dois seguiram pela estrada em direção à penitenciária. Pouco tempo depois eles passaram por um carro igual ao que eles haviam roubado, como Marina havia premeditado, tudo correndo dentro do plano. Em pouco tempo eles chegaram até uma grade metálica alta e extensa, com arame farpado eletrificado no topo. Uma pequena cabine como se fosse um pedágio estava posicionada ao lado da parte que parecia ser móvel, o policial lá dentro parecia entediado. O carro parou logo ao lado.

-Coronel Marston solicitando liberação de entrada soldado. Viemos para a transferência de prisioneiro. – Disse Daisuke, com voz firme. Marina continuou olhando para frente.
-Não fui informado de nenhuma transferência. – Respondeu o soldado da cabine.
-Ordens superiores soldado.
-Segurança nacional? – Daisuke apenas fez um gesto apontando para cima. – Interpol?
-Um pouco mais acima.
-Senhor, me perdoe senhor. Entrada liberada. – Perdendo a compostura, o soldado levantou a cancela e abriu o portão automático.

Os dois foram recebidos na entrada da penitenciária por dois soldados portando armas de grande porte. Os dois tinham sido encarregados de escolta-los pelas instalações, até que o diretor se apresentasse.
A prisão era um local melancólico e depressivo como se espera que um lugar destes seja. Corredores escuros, cheios de celas onde pessoas eram isoladas do mundo. Alguns gemidos podiam ser ouvidos, como se os presos estivessem se contorcendo em remorsos por seus próprios crimes. Alguns olhavam curiosos para os visitantes, outros nem mesmo se preocupavam em demonstrar reação. Era um cenário desolador, onde nenhum ser humano estaria por vontade própria. Marina se perguntava como uma senhora de idade tinha parado em um lugar assim.
Após caminhar por alguns minutos, os quatro pararam em frente a uma porta reforçada com uma pequena abertura onde pouca ou nenhuma luz entrava.

-O diretor pediu que aguardassem a chegada dele aqui. – Disse um dos soldados.
-Pois vá e diga ao seu diretor que é uma extrema falta de educação deixar um superior esperando.
-Senhor...
-Agora. – Disse Daisuke, em tom sério. Quando os dois homens começaram a se retirar, Daisuke voltou a falar. – Antes, abra a cela. Quero ver a prisioneira enquanto o incompetente do seu diretor não se apresenta.
-Mas Senhor...
-Vai questionar ordens de um superior, soldado? – O soldado relutante abriu a porta da cela, e se distanciou na companhia do outro. Dentro do espaço apertado, onde apenas tinha espaço para uma cama, um vaso sanitário e uma cadeira caindo aos pedaços, uma senhora aguardava pacientemente. Ela estava sentada na cadeira, com as pernas juntas e as mãos cruzadas sobre o colo. Um pequeno gato branco, que tinha um anel dourado na cauda e as pontas das orelhas azuis, dormia tranquilamente sobre suas pernas. A senhora usava um vestido cinza desbotado, tinha uma aparência serena, cabelos brancos presos no alto da cabeça e olhava curiosa para as pessoas na porta.

-Senhora, viemos libertá-la. – Disse Marina falando pela primeira vez desde que tinha colocado a roupa de oficial.
-Temos que tirá-la daqui antes que a força de segurança volte. – Complementou Daisuke.
-Eu sabia que este dia chegaria. Obrigado por se lembrarem desta velha senhora. – A mulher se levantou com cuidado para não acordar seu gato, e continuou carregando-o enquanto caminhava pelos corredores. Alguns presos olhavam surpresos a figura de uma mulher como aquela, e carregando um gato, andando por uma prisão federal. Eles voltaram pelo mesmo caminho que tinham feito, com Daisuke expressando toda sua habilidade teatral enquanto exibia seus documentos forjados.

Eles já estavam do lado de fora, dentro do veículo roubado quando a sirene tocou. O barulho agudo ecoou por toda floresta como um grito desesperado, enquanto Daisuke acelerava o carro ao máximo e disparava pela estrada antes que qualquer oficial pudesse ter alguma reação.
Três veículos passaram a segui-los de perto, tentando acertar a lateral do carro para fazê-lo rodopiar e perder a velocidade.
Mas Daisuke jogou o carro em direção à floresta, se movimentando entre as árvores e perdendo rapidamente seus perseguidores de vista. Eles seguiram até um ponto determinado onde em uma clareira um caminhão baú esperava para socorrê-los. Os três fugitivos entraram com carro e tudo dentro do compartimento de carga do caminhão, que era revestido com espelhos para dar a impressão de vazio, assim como nos truques de mágica onde um objeto some misteriosamente dentro de uma caixa.

-Dante vai pirar quando souber que conseguimos facilmente resgatar a senhora. – Disse Marina retirando o quepe e a peruca. – Soube que ele explodiu uma base militar inteira só para sair de lá com a Angel.
-Senhora, meu nome é Daisuke e a animada aqui se chama Marina. Nós somos amigos.

–//////--

Num quarto sem janelas, uma garota dormia profundamente. O corpo nu apenas coberto por um lençol branco, a pele clara levemente arrepiada pela temperatura do ar-condicionado, os cabelos bagunçados espalhados sobre um travesseiro onde uma segunda pessoa parecia ter se deitado até pouco tempo atrás.
A garota deixou a claridade do quarto pouco a pouco iluminar sua visão enquanto ela abria vagarosamente os olhos. Ao passar a mão pela cama, percebeu apenas um espaço vazio.
Ela se sentou na cama, esfregando os olhos sonolenta, observando o quarto vazio. A pequena mesa de refeição para dois, o sofá, a televisão, ele não estava em lugar nenhum. Teria sido tudo um sonho?
A garota se levantou, revelando seu belo corpo nu sob a luz branca. Ela abriu o armário e se cobriu com um roupão. Um banho ia ajudar a por a cabeça no lugar. Enquanto ela se dirigia para o banheiro, a porta de metal do quarto se abriu, revelando o que para ela era uma visão dos deuses. O olhar profundo, o sorriso bobo, o ar de menino que acabou de aprontar. Nem as bandagens enroladas ao redor da cintura dele podiam tirar sua beleza. Ele carregava uma bandeja de prata cheia de diferentes tipos de comida. Ele caminhou como se estivesse flutuando no ar e colocou a bandeja sobre a mesa, e fez um gesto como se fosse um garçom de um restaurante francês.

-Está servida, mademoiselle?
-Seu idiota, achei que você tinha me deixado sozinha aqui! – Disse ela correndo e se lançando nos braços dele com um pequeno salto. Seus rostos estavam a centímetros um do outro, ambos sorriam de forma radiante.
-Eu queria te fazer uma surpresa depois da nossa primeira noite juntos. Queria... Sei lá, fazer você ficar feliz depois de acordar.
-Dante, você me aceitou e me amou, não tem como eu ser mais feliz.
-Mas talvez você possa ME deixar um pouco mais feliz... – Dante rodeou a mesa e pegou da bandeja de prata uma pequena caixinha preta, escondida no meio de alguns recipientes de comida. Ele voltou a ficar frente a frente com Angel, segurou uma mão dela e se ajoelhou. O rosto de Angel começou a ficar corado, pequenas lágrimas brotaram nos cantos de seus olhos. – Amanhã nós vamos mudar o mundo. E eu sinceramente não sei como as coisas vão correr de agora em diante, por isso eu não ia me perdoar se eu perdesse essa chance.
-Idiota, não fale como se nós fossemos morrer! – A voz de Angel já estava embargada.
-Angel, quer se casar comigo? – Dante abriu a caixa, revelando um anel de ouro branco com um diamante incrustrado.
-É claro que eu quero! – Angel disse quase gritando, puxando Dante pelos ombros, e o beijando de forma intensa. – Onde você conseguiu esse anel?
-Eu tive três meses para descobrir como conseguir um. Ei, ajuda a tirar essas bandagens agora? Não aguento mais ficar com isso enrolado no corpo.
-Tem certeza que já pode tirar?
-Qual é, já tem três meses, eu vou sobreviver. – Angel desenrolou o curativo como se Dante fosse feito de vidro e se quebraria com um movimento brusco. Depois que todos os panos já tinham sido retirados, apenas podia se ver a cicatriz rosa em relevo no local onde a bala havia entrado. A garota passou os dedos por cima da cicatriz, as lembranças do dia em que ela havia sido feita fluindo em sua mente. – Eu achei que fosse te perder nesse dia.
-Mas eu estou aqui não é? Nós estamos aqui. – Dante puxou Angel para junto de si. Aos poucos os dois se aproximaram da cama e se recostaram mais uma vez, envolvidos em um beijo apaixonado. A mão do rapaz fez todo o contorno da perna de Angel, passando pela sua coxa, até parar sobre a sua cintura. – Angel...
-Que foi? – Disse ela de olhos fechados.
-A comida vai esfriar.
-A comida pode esperar.

–//////--

Os preparativos foram tomados. A resistência montou um caminhão com o compartimento de carga revestido por material isolante, para que os digimons pudessem viajar sem serem detectados. Na cabine, Miguel estava ao volante com Dante ao seu lado. Eva e Angel estavam nos assentos traseiros. Desta forma, os quatro seguiram para Nova York, a capital do mundo.
Angel nunca tinha visto de perto um centro urbano tão grande, com tantas pessoas reunidas sempre parecendo apressadas para algum compromisso. O grupo passou por arranha-céus, prédios comerciais, até chegar em Times Square. O carro foi estacionado a poucos metros do cruzamento principal, no local onde os taxistas geralmente esperam com seus carros.

-Qual é o plano com a Times Square? – Perguntou Angel.
-No momento certo, iremos tomar o controle simultâneo de todos os telões. Nuestros hombres que já estão na cidade devem estar cuidando disto neste exato momento. A imagem e a voz de la Señora Eva ira ganhar todas as telas daqui.
-É um prazer poder ajudar. – Disse a senhora, em tom suave.
-A esta altura a parte online do plano já deve ter tido inicio, e a informação deve estar se espalhando pelo mundo. Cada país ira receber as informações em sua própria língua... Só precisamos ter paciência agora. – Disse Dante. A ação seria cronometrada ao redor do mundo, ocorrendo simultaneamente em todos os pontos possíveis. Os minutos se arrastavam parecendo horas, a tensão no ar podia se cortar com uma faca. Aqueles quatro estavam a minutos do evento mais importante de suas vidas.

De repente, um estrondo que fez as janelas do carro balançarem. Os quatro revolucionários se entreolharam, assustados. Dante saiu rapidamente para ver o que acontecia, conseguiu enxergar somente um mar de gente correndo em todas as direções. O que tinha acontecido?

-Dante! – Gritou Angel.
-Fiquem no carro! – Respondem ele. Dante subiu na carroceria para poder enxergar melhor. Percebeu que todas as pessoas estavam se afastando de um ponto em comum: O centro da Times Square. Lá, algo como um fio preto de dezenas de metros de altura pairava no ar. O fio aos poucos começou a aumentar sua largura. Dante já havia visto aquilo, era um portal para o mundo digital. – Draco, está vendo isso?
-Sim! – Disse o dragão saindo do digivice e aparecendo ao lado de Dante na carroceria. – Mas o que pode passar por um portal tão grande assim?
-Não sei amigo, e tenho medo de descobrir. – Dante pulou do lado da porta em que Angel estava. – A Digital Hazard agiu. De alguma forma eles abriram um portal digital gigante bem no meio da Times Square. Eu vou impedi-los!
-Iremos com você! – disse Miguel, começando a abrir a porta.
-Não, vocês tem que ficar a proteger a senhora Eva!
-Você não vai me convencer a ficar aqui! – Disse Angel saindo do carro. – Eu não vou te deixar sozinho de novo!
-Mas Angel...
-Mas Angel nada! Quem quase morreu foi você, não tem direito de querer mandar em mim!
-Vão, eu protejo la señora Eva! – Disse Miguel, com urgência na voz.
-Boa sorte meninos! – Disse Eva, enquanto Dante e Angel já se afastavam.

Os dois corriam no fluxo contrário da multidão, que tentava se afastar, Draco voava por cima da cabeça deles. O portal já tinha se aberto o suficiente para um carro passar por ele e continuava a se expandir. Angel segurou firmemente a mão de Dante enquanto corria, o anel de brilhante reluzindo em seu dedo. Quando os dois chegaram bem ao centro da Times Square, a população já havia se dispersado, eram apenas eles e o portal gigante. Angel sentiu que havia algo estranho dentro dela. Megidramon estava inquieto.

-Dante, eu tenho um mau pressentimento sobre isso...
-Não precisa falar Angel, eu e Draco estamos tendo maus pressentimentos para uma sessão inteira no psicólogo.
-Dante... está vindo. – Quando o portal atingiu uma enorme extensão, Draco se colocou em posição de batalha. Seus músculos haviam se contraído, as presas estavam à mostra. Um rugido ecoava da garganta do dragãozinho. Então, do vazio negro que parecia ser o interior do portal, surgiu um par de olhos vermelhos. Dois braços enormes, com grandes garras se apoiaram no chão, enquanto metade do corpo do ser se projetou para fora, revelando uma estrutura que emitia uma luz amarela presa as suas costas, com o que pareciam ser dois canhões enormes. – Millenniummon!
-Milen o que? – Perguntou Angel, assustada com o enorme Digimon.
-Millenniummon. O Digimon que destruiu a vila onde Draco morava e matou o irmão dele. – disse Dante, sério. – Quem diria que nos encontraríamos aqui não é mesmo?
-Eu vou fazer você pagar por tudo que você fez! – Disse Draco rapidamente se transformando em Examon e investindo contra Millenniummon.
-Não seria melhor procurar os responsáveis por isso? – Perguntou Angel.
-Seria exatamente o que eles querem. Angel, nesse momento, só nós podemos impedir que esse monstro acabe com centenas, talvez milhares de vida. Eu nunca achei que diria isso para você, mas é hora de lutar.
-Entendido. – Respondeu Angel, Megidramon rapidamente se materializou sobre a sua cabeça.

Os dois dragões iniciaram uma batalha feroz contra a besta que tentava se libertar do portal. Draco e Megidramon voavam ao redor de Millenniummon disparando ataques, que tentava acertá-los com um segundo par de braços que não estava apoiado no chão. Draco acertou um poderoso golpe com a lança no rosto de Millenniummon que o fez recuar gritando na direção do dragão.
O monstro começou a formar uma esfera negra em sua boa, que foi lançada na direção de Draco. O dragão desviou, mas a esfera acertou o chão poucos metros ao lado de Dante a Angel. Mas a esfera não explodiu, ela parecia ser maciça, feita de matéria.

-Cuidado com isso! – Draco gritou. Megidramon voou rapidamente e tirou os dois humanos de perto da esfera, que explodiu após outro grito de Millenniummon. Draco começou a realizar disparos com sua lança enquanto Millenniummon tentava acertá-lo

Megidramon lançou um poderoso jato de chamas incandescentes na direção do inimigo. Millenniummon parecia ficar mais furioso e mais forte, os ataques pareciam fazer menos efeito.


–//////--


Ao longe Miguel viu as luzes da batalha. Os dois dragões voavam e atacavam simultaneamente um ponto único dentro do buraco negro. Ele tinha que chegar mais perto e ver o que estava acontecendo.

-Pablito, tome conta da señora Eva. Eu vou tentar ajudar.

Miguel viu quando um helicóptero sobrevoou a área em direção ao buraco negro. Aquilo estava prestes a ganhar proporções épicas.

–//////--


O helicóptero passou a plainar sobre o local da batalha. Em segundos, imagens ao vivo direto da
Times Square entraram no ar para todos os lares americanos, ao mesmo tempo em que eram exibidas nos telões.

-Aqui é Melina Blair da CNN ao vivo direto da Times Square onde um evento cinematográfico está tomando lugar. Três monstros estão se enfrentando numa batalha sangrenta neste que há poucos instantes era um dos locais mais populosos do mundo. Não se sabe o envolvimento dos dois jovens que permanecem na cena. – Disse a repórter enquanto a câmera focalizava Dante e Angel. – Não se sabe a origem de tais criaturas ou por que eles escolherem esse local para o confronto. As autoridades locais ficaram congestionadas nos últimos minutos com inúmeras ligações desesperadas, mas não sabem que atitudes tomar diante das circunstâncias.

A câmera focalizou quando o dragão com uma lança no braço acertou um golpe certeiro bem no queixo do monstro que estava no buraco negro. Este que por sua vez, mirou os grandes canhões em suas costas a disparou contra o helicóptero.
O piloto tentou desviar, mas o ataque acertou a cauda da aeronave, que começou a rodopiar em direção ao solo. Draco voou na direção da aeronave , tentando fazer com que ele pousasse em segurança.


–//////--


Miguel chegou ao campo de batalha pouco depois que o helicóptero tinha começado a transmitir as noticias. Todos os telões da Times Square agora transmitiam ao vivo a luta que eles vivenciavam.
Ao longe, Miguel viu uma figura conhecida. Escondido atrás de um carro, era o câmera que ia trabalhar com eles.

-Ei, você está aqui hombre! Cadê os outros muchachos?
-Todos eles fugiram de medo Miguel!
-E por que você continuou?
-Por que eu não tenho forças para correr! – Respondeu o rapaz desesperado.
-Amigo, você vai ser muito importante ahora!
-Como assim?
-Eu preciso que você estabeleça la conexión que nós íamos fazer nesse exato instante!
-Mas eu não tenho certeza se...
-VAMOS HAMILTON, IMAGENS NA TELA, AHORA!
-Sim senhor! – O rapaz espalhou os equipamentos pelo chão e começou a digitar em um pequeno computador. O suor escorria da testa do jovem, enquanto Miguel observava os ataques que lançavam clarões de luz da troca intensa de golpes. Após alguns minutos, o rapaz ajeitou a câmera e disse que estava ligada. Os telões agora transmitiam a figura de um homem hispânico, com uma camisa colorida amarrotada. Ao fundo, a violenta batalha.
-Digimons são reais! – Gritou Miguel, quando uma rajada de energia atingiu o helicóptero. A câmera focalizou Draco salvando o helicóptero do impacto com o solo. – Digimons são reais! Neste momento existem digimons por todo globo sendo oprimidos junto com seus parceiros humanos! E estes aqui estão arriscando as vidas deles para tentar salvar a de vocês! Sim, existem digimons selvagens que podem tentar nos fazer mal, mas a grande maioria deles são nossos amigos, nossos companheiros, nossos irmãos! Abram seus olhos para essa realidade, não se deixem enganar!

Um movimento rápido, um forte urro de dor. A câmera focalizou quando um braço saindo de dentro do buraco negro agarrou Draco em pleno ar, e começou a esmagar o dragão com força bruta. Draco gritava cada vez mais enquanto a conexão aos poucos era perdida.

-A verdade... Digimons... reais! – Foi a última coisa que o telespectador que estava assistindo aquela cena conseguiu ouvir, em meio a estrondos e gritos, logo antes de a tela escureceu e a seguinte mensagem ser exibida “Fora do ar por problemas técnicos”.

Continua...


Alguém aí disse cliffhanger?
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Mensagem por Mickey Sáb 25 Fev 2012, 8:48 pm

Huahauahau sei como é... vou começar essa semana também... Tomara que a adaptação não seja difícil para nenhum de nós!

Agora o episódio... NOSSA!

Dragon! Ficou muito bom! Do começo ao fim... O decote de Marina tirou até a minha atenção xD

Agora muito show esse episódios... até senti uma leve diferença aos anteriores! Como a cena "picante" de Dante e Angel...

Detalhe legal esse pedido de casamento do Dante... Ficou uma impressão de "O Fim está chegando."

Muito Bom mesmo! E Esse desfecho de guerra devastadora ficou ainda mais bolada...

Aguardando e esperando ansioso a continuação!
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Mensagem por Dragon Ter 06 Mar 2012, 6:04 pm

Aqui estou eu mais uma vez no tópico mais importante do fórum \õ/

Mickey \õ/ Obrigado por estar sempre acompanhando e comentando xD espero que goste do capítulo

Não precisam se preocupar em me corrigir, eu sei que meios de comunicação, exército e equipes de reportagem não são/trabalham desse jeito. É tudo pelo bem da história xD Aí está, enjoy!


Capítulo 8 – Why so British?

O monstro com múltiplos braços esmagava Draco como se este fosse um brinquedo de apertar. Os urros de dos do dragão ecoavam pelas ruas vazias como um filme de terror assustador.
Megidramon permanecia em posição de defesa perto dos humanos, que observavam a cena horrorizados.

-Draco!! – Gritou o humano. Ele tentou ir na direção de seu Digimon, mas Angel segurou em seu braço o impedindo.
-Daan.. aan.. teeee!! – O dragão berrou. – Praaaa tráááás!

Dante se sentiu fraco naquele momento. Sua vontade era correr loucamente para ajudar seu parceiro, destruir Millenniummon com as próprias mãos. Draco encontraria o seu fim nas mãos do Digimon que ele jurou destruir?


–//////--


Ao redor do mundo o caos se espalhava de forma generalizada. Por toda Europa, Ásia, África e América telefones da policia e de redações de jornais locais foram congestionados com relatos de estranhas criaturas. Alguns relatavam ter a forma de mamíferos, outros de dinossauros, plantas, peixes, até o cúmulo de monstros que tinham a forma de objetos inanimados, como revolveres, peças de lego e estrelas.

No youtube pipocavam aos montes vídeos com nomes estranhos, codificados, cheios de números. “E626L15T2” “E690L23T5”, ao clicar em tais vídeos os internautas viam pequenos monstros aparentemente indefesos sendo submetidos a todo tipo de teste e exame. Alguns eram fortes demais, como a sequência que mostrava um ser que aparentava ser uma raposa amarela sendo dissecada ainda viva, provocando náuseas e fazendo com que muitos usuários deixassem de assistir.

Relatórios extensos, narrando detalhadamente grandes operações engrenadas para lidar com grandes monstros em áreas restritas, testes em humanos e até casos de tortura física e psicológica. Documentos secretos de governos, agências, pessoas que agiam nas sombras, que agora estavam sendo lidos por pessoas do mundo inteiro de forma que negar a existência de tais coisas seria impossível.

A histeria coletiva ao redor dos chamados “Digimons” crescia na mesma medida que a curiosidade das pessoas. Aliens? Monstros assassinos? Criados pelo homem? De outra dimensão? Armas de guerra? O que seriam aquelas coisas?

De repente as atenções de todo o mundo se voltaram para os veículos de comunicação de massas. Canais de televisão, estações de rádio, sites da internet foram invadidos de forma simultânea e perfeitamente coordenada. Os porta vozes da revolução então começavam seu discurso de paz para aqueles que se dispusessem a ouvir. Em inglês, português, chinês, japonês, espanhol, francês, italiano, alemão, todas as vozes se uniam em uma só mensagem: “Digimons são reais”.


–//////--


As tevês dos EUA agora acompanhavam a luta de um lagarto vermelho para se livrar de um abraço mortal. A equipe de reportagem que estava no helicóptero saiu da aeronave danificada e transmitia ao vivo para todo o país as imagens de Draco sendo esmagado. A repórter permanecia muda diante da cena. Outras equipes de reportagem não tinham coragem de se aproximar, tentavam pegar cenas da luta de longe, eventualmente filmando algo. Aquela brava equipe que tinha sido alvo de Millenniummon era o único meio de informação dos cidadãos dos EUA naquele exato instante.

Draco então se sentiu sem forças. Sentiu que ia perder para a pressão colossal que estava sentindo sobre seus membros. Nada que ele fizesse seria capaz de livrá-lo naquele momento. A câmera focalizou em close quando um raio de energia no formato de uma lâmina decepou o braço de Millenniummon que estava segurando o Draco e seguiu ferozmente até se chocar contra alguns dos telões da Times Square. O gigantesco Digimon inimigo gritava de dor enquanto sangue escorria do local onde seu braço esteve preso até poucos instantes atrás. Draco estava livre, e a câmera teve tempo de filmar enquanto o grande cavaleiro branco chegava ao campo de batalha.

-Lan- celot? – Disse Draco, surpreso e machucado, provavelmente tinha alguns ossos quebrados.
-Não se dê por vencido ainda, temos uma batalha dura pela frente. – O Digimon branco tinha um ar imponente e sublime. Seu parceiro, Andrew, correu pela rua até encontrar Dante e Angel.
-Andrew?!? O que faz aqui? – Perguntou Dante, surpreso.
-O meu trabalho, caçando terroristas. Infelizmente, não pude chegar a tempo, como podem ver.
-Você conhece o loiro amor? – Perguntou Angel.
-Ele é o líder dos Cavaleiros Reais. – Respondeu Dante.
-Eu devia te matar sabia! – Disse Angel, ríspida.
-Deixe para me matar depois que dermos um jeito nesse cara. Vidas estão em jogo. Mas por que o outro dragão não ajudou o parceiro de Dante?
-Megidramon protege Angel acima de tudo... – Respondeu o rapaz. – É uma longa história.
-Tudo bem, teremos tempo para longas histórias. Agora vamos lá, Lancelot! – O Digimon partiu para o ataque com sua afiada espada, pronto para decepar mais alguns braços de Millenniummon.
-Draco, você não vai ser o cabeça dura que eu conheço se não se levantar e voltar para a luta!
-Nem que todos os ossos do meu corpo estivessem quebrados! – O dragão pegou sua lança caída no chão e partiu para o ataque.
-Megidramon!... Chuta a bunda desse miserável! – O dragão deu um pequeno grunhido e voltou para a ofensiva.

A linha de defesa agora era composta por três digimons, mas Millenniummon ainda tinha um braço para cada um. Os três humanos correram para procurar abrigo quando o Digimon lançou mais uma vez a esfera de energia maciça de sua boca, se escondendo atrás de carros que permaneciam intactos. Megidramon revidou dando um poderoso soco na cara de Millenniummon enquanto ele estava distraído, fazendo o Digimon perder o equilíbrio.

Lancelot atirou com seu canhão acertando o peito de Millenniummon, que revidou com seus canhões duplos. Os digimons desviaram, mas o disparo seguiu na direção de um prédio onde os últimos corajosos assistiam de camarote a luta. Draco fez um disparo com sua lança que acertou os projéteis, os fazendo explodir poucos antes de atingirem o prédio.

-É perigoso demais continuar lutando com ele aqui. – Disse Andrew. – Pessoas podem morrer se esses ataques descoordenados dele acertarem algum dos prédios ao redor.
-O que você pensa fazer então? – Perguntou Angel. – Não é como se pudéssemos simplesmente pegar ele no colo e levar para outro lugar.

-Omega inForce! – Lancelot se moveu rapidamente com o que pareciam ser vários clones seus. Cada um dos clones acertou Millenniummon repetidamente com golpes de espada. Dezenas de cortes se formaram na pele do Digimon, que urrava de modo ensurdecedor enquanto seu sangue fazia uma poça no chão de asfalto. Millenniummon agora parecia ainda mais irritado. Ele pouco a pouco começou a sair do portal, indo em direção aos seus três inimigos. O portal ia fechando aos poucos enquanto o enorme Digimon cruzava a barreira para o mundo real. Agora o assustador Digimon estava completamente no mundo humano, cada um de seus passos fazia o chão tremer enquanto ele tentava acertar Lancelot, Draco e Megidramon.

–//////--


As cenas transmitidas ao vivo da Times Square começaram a ganhar o mundo através dos canais de televisão, a medida que as emissoras recuperavam o sinal que havia sido roubado pelos revolucionários. A mensagem que deveria ser passada já estava circulando o mundo, não havia mais nada que pudesse ser feito. Agora o mundo todo acompanhava ao vivo a luta. Pessoas de todas as partes do mundo suaram frio quando os disparos de Millenniummon se dirigiram para o prédio, e quando Draco salvou aquelas pessoas, os espectadores passaram a perceber quem estava do lado deles.

-Gambatte Ryuu-san! – Crianças numa escola do Japão vibravam e gritavam palavras de incentivo a cada movimento de Draco.

-C’mon guys. You can’t give up. – Pessoas na Inglaterra assistiam caladas e apreensivas, murmurando comentários entre uma ação e outra.

-Vamo lá caralho! Não deixem esse chupacabra super crescido botar medo em vocês – No Brasil, torcidas organizadas se formavam para assistir a luta pela internet.

- Lotta, lucertole maledetti! Non mollare! – Os italianos se envolveram profundamente na batalha, gritando, praguejando e fazendo gestos em direção a suas TV’s.

O mundo inteiro estava unido em torno de uma única causa. Muitas pessoas se mostravam preocupadas a respeito dos três jovens que pareciam estar envolvidos na batalha ajudando os digimons. As autoridades tinham medo de se envolver e encontrar problemas com o governo americano. As forças armadas norte americanas sugeriram um bombardeio da Times Square, que foi negado diante do risco de inúmeras mortes. A solução seria pequenos batalhões se dirigirem por terra até o local.

Mas no momento, o destino dependida de Dante, Angel e Andrew.

–//////--


-Eu vou embora daqui! – Gritou Hamilton, tremendo.
-Ainda não hombre!
-Sem chance, não tem nada que eu possa fazer! Eu tenho amor pela minha vida! – O jovem rapaz disparou pela rua correndo na direção oposta da batalha, largando tudo que tinha consigo para trás.

Miguel teve que sair rapidamente de onde ele estava quando Millenniummon arremessou um carro em sua direção. Talvez Hamilton estivesse certo e fosse hora de procurar abrigo. Não havia mesmo muita coisa que ele pudesse fazer agora, sua parte já estava cumprida. Miguel resolveu voltar para o carro e ver como Eva e Pablito estavam.


–//////--

Do carro, Eva observava enquanto as luzes da batalha se tornavam mais intensas. Ela não podia mais ficar sentada ali sem fazer nada.

-Bem, acho que uma velha senhora não pode deixar todo o trabalho para os jovens não é mesmo? – disse ela se levantando e saindo do carro com seu pequeno gato nos braços.
-Mas señora, usted não deve ir até lá. És perigoso! – O pequeno V-mon mexicano estava agitado e inquieto, não gostava de ficar longe de seu parceiro.
-Vamos lá pequenino, não adianta nada ficar aqui. – Eva passou a mão na cabeça do Digimon azul com um sorriso gentil, e começou a andar na direção da batalha. Algum tempo depois ela se encontrou com Miguel, que voltava correndo o mais rápido que podia.
-Señora Eva, por favor, fique longe. Correrás risco de vida indo até lá! –Disse Miguel, tentando convencer a mulher.
-Eu sou uma velha senhora, já vivi o suficiente. – Respondeu Eva, ainda com um sorriso gentil. A mulher voltou a caminhar, e Miguel resolveu segui-la. Pablito logo os alcançou e os seguiu.


–//////--


A batalha seguia feroz. Os três digimons atacavam por todos os lados, enquanto Millenniummon revidava com toda força que tinha. Pouco a pouco eles empurraram o inimigo para o centro do cruzamento, onde poderiam se movimentar livremente sem correr o risco de colocar a vida de humanos em perigo. Ao redor deles o cenário estava cada vez mais destruído. O asfalto estava derretido e contorcido pelo calor e violência das explosões, o sangue de Millenniummon fazia um rastro pelo caminho do Digimon. Carros destruídos, postes arrancados, crateras abertas no chão. Os três humanos estavam abrigados atrás de um ônibus de turismo onde estariam seguros.

-Eu não queria ter que apelar para isso... Lancelot, use aquele ataque! – Ordenou Andrew.
-“Aquele ataque”? – Perguntou Dante.
-O ataque mais poderoso dele. Não gosto de usa-lo pelos efeitos que pode provocar, mas essa situação não pode se estender mais.

Lancelot voou e parou de frente para Millenniummon, o encarando. O cavaleiro branco ergueu sua espada para o céu em um gesto sublime, e pouco a pouco as inscrições da lâmina começaram a brilhar.

-Saiam da frente! – Gritou Lancelot para os outros dois digimons. – All...

Algo estranho aconteceu. Subitamente todo o corpo de Lancelot começou a brilhar. O Digimon parecia estar diminuindo de tamanho. Quando o brilho se dissipou, ele tinha se transformado em um dragão humanoide laranja usando armaduras pesadas e duas armas nos braços com grandes garras. Ao lado dele um pequeno Digimon que tinha a aparência de um cachorro, mas parecia estar usando um casaco de pele branco com listras azuis. O pequeno cachorro começou a cair, inerte. Antes de tocar o solo ele se desfez em dados, restando apenas o pequeno digitama no lugar.

-War...Greymon? – Andrew disse em uma voz fraca, pouco antes de cair de joelhos no chão. Lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto em um choro contido, mas que parecia rasgar seu peito. Ele sabia que, em algum lugar da Inglaterra, sua esposa havia dado seu último suspiro.
-O-Oh que aconteceu? – Perguntou Angel, perdida.
-O Metal Garurumon que estava fundido com o War Greymon dele... Era da esposa dele.
-Isso quer dizer que... Oh meu Deus... Oh Andrew... – Angel correu e abraçou o homem loiro que parecia estar desabando bem em frente aos seus olhos. Andrew então começou a chorar amargamente com o rosto enterrado no ombro de Angel.

Mas Millenniummon não estava comovido pela cena. O Digimon apontou seus canhões e acertou em cheio Lancelot, que não teve tempo de reagir. O guerreiro dragão foi de encontro ao solo com muitas peças de sua armadura destroçadas e fumaça saindo de seu corpo.
Millenniummon partiu para cima do Digimon caído, impiedosamente. Ele tentou agarrá-lo com suas mãos poderosas. Pouco antes de alcança-lo, Draco se colocou no caminho de Millenniummon. Ele perfurou a mão do Digimon com sua grande lança se colocando entre ele e Lancelot

-Não tão rápido! – O dragão vermelho segurava a lança com todas as suas forças lutando contra a pressão descomunal que Millenniummon estava fazendo do outro lado. O Digimon maligno então arrancou a lança das mãos de Draco usando outro de seus braços, e esmagou a arma enquanto a retirava de sua mão. Millenniummon então lançou a esfera de energia maciça que saia de sua boca na direção de Draco e Lancelot, que explodiu machucando severamente os dois digimons. – AAAARGH!
-DRACO! – Dante só pode ficar observando enquanto os dois digimons caiam no chão. Millenniummon parecia ter perdido o interesse neles e agora avançava na direção dos humanos. Andrew não reagia e Angel tentava ajuda-lo de alguma forma. A única defesa agora era Megidramon, que permanecia feroz entre os humanos e o Digimon maligno.

Megidramon rugiu de forma ensurdecedora, mas isso não abalou Millenniummon. O Digimon apontou seus canhões na direção do dragão e consequentemente na direção dos humanos. O dragão-serpente vermelho abriu suas asas como se tentasse formar um escudo com elas, estava pronto para receber o ataque.

Então algo misterioso aconteceu. Millenniummon parou de se mexer como se estivesse sendo impedido por uma força superior, consequentemente parando o ataque. O Digimon grunhia e rosnava, mas não conseguia sair do lugar. O campo de batalha pouco a pouco começou a ser inundado por uma chuva de luzes que parecia pequenos flocos de neve que reluziam e brilhavam. Algo parecido com uma aurora boreal se formou por cima do local, e era de lá que a “chuva” estava vindo. Seja lá o que fosse, aquilo estava travando completamente os movimentos de Millenniummon.

Os humanos então viram uma cena esplêndida. Se aproximando do campo de batalha, um lindo anjo com longos cabelos loiros, trajando uma armadura verde e portando uma grande lança. Caminhando junto com o anjo, estavam Eva, Miguel e Pablito.

-O-o que está acontecendo aqui? – Perguntou Dante, atônito.
-Não se preocupe meu rapaz. – Disse Eva, gentilmente. – Considere esse o meu voto de confiança de que juntos podemos construir um mundo melhor.
-Ela é um Digimon? – Disse Dante apontando para o anjo.
-Eu e Tailmon tivemos muito tempo juntas para melhorar nossas técnicas. Mas vocês precisam derrotar esse monstro agora, não sei por quanto tempo a técnica vai durar.
-Amigo, que grande fiesta ustedes estão dando aqui!
-Põe festa nisso amigo. Andrew, vamos lá. Eu sei que o que você está passando agora é uma dor insuportável. Eu não imagino o que faria se eu perdesse a Angel. Mas seu parceiro precisa de você mais do que nunca. Lancelot confia em você com a própria vida, não desperdice essa confiança.
-Você tem razão Dante... Lancelot está vivo, e está aqui. Ele precisa de mim.
-Tudo bem então, vamos acabar com isso de uma vez por todas! – Disse Dante pegando do bolso seu digivice preto e dourado. – Andrew, Angel!
-Vamos lá! – Andrew também pegou seu digivice, branco e dourado.
-Sim, vamos!

Com Millenniummon parado, os helicópteros de reportagem agora exibiam vários ângulos do campo de batalha. As autoridades se aproximavam por solo e chegariam a qualquer minuto com rifles, fuzis, morteiros, bazucas, e todo tipo de armamento pesado.

Dante e Andrew realizaram juntos a técnica que tinham utilizado um contra o outro. Suas auras intensas brilhavam ao redor de seus corpos fazendo suas roupas tremularem, enviando energia para seus digivices. Pessoas de todo mundo vibraram quando os dois dragões se ergueram da cratera onde tinham sido enterrados por escombros. Machucados, feridos, mas renovados, Draco e Lancelot voaram com novo ânimo em direção a Millenniummon, como duas fênix ressurgindo das cinzas.

Megidramon juntou suas mãos como se fossem um martelo e deu um golpe tão poderoso na cabeça de Millenniummon que mandou uma onda de choque até onde os humanos estavam. A terra tremeu quando o enorme corpo de Millenniummon foi de encontro ao solo.

Lancelot, posicionado acima do inimigo, formou uma gigantesca esfera laranja de energia sobre sua cabeça. O guerreiro dragão lançou a esfera na direção do inimigo. O ataque era tão grande que englobou todo o corpo de Millenniummon no que parecia ser uma esfera de pura energia condensada.

-Depois de tudo o que você causou, o mundo humano vai ser o seu túmulo. – Draco formou em sua mão uma lança de pura energia azul, que parecia ser feita inteiramente da aura que saia do corpo de Dante. – Volte para o buraco de onde você nunca deveria ter saído!

O dragão vermelho lançou seu ataque. A lança azul de energia cortou o espaço entre os dois digimons com velocidade assustadora, até ir de encontro ao ataque lançado por Lancelot. A colisão dos dois ataques provocou uma grande explosão, que quebrou os vidros de carros e janelas próximas à área de combate com a onda de choque. Megidramon protegeu os humanos de receber o impacto.

Quando a nuvem de poeira baixou, lá estava o corpo de Millenniummon. Destroçado, apenas uma leve semelhança a aquilo que ele já tinha sido. Mas estranhamente, ele não havia virado um ovo.
Os dados de Millenniummon pareciam estar tentando se reorganizar, como se ele estivesse tentando obter uma nova forma.

-Ophanimon. – Disse Eva, em tom de seriedade. A Digimon anjo criou um cristal com coloração roxa em suas mãos. O cristal flutuou até onde o corpo de Millenniummon estava, e sugou todos os dados do Digimon, os aprisionando.
-Acabou... – Disse Angel, caindo de joelhos, com o corpo e a mente exaustos. – Eu não quero passar por isso de novo.
-Está tudo bem agora. – Dante se abaixou, abraçou e beijou sua noiva.

Megidramon desapareceu no ar como sempre fez. Os outros dois digimons dragões pousaram perto de seus parceiros. Draco voltou a ser Dracomon, e Lancelot passou a ser um pequeno tiranossauro amarelo com grandes olhos verdes, do mesmo tamanho de Draco.

-E-eu preciso ir embora. Tenho... Coisas a resolver. – Disse Andrew, um tanto perdido.
-Amigo, você não precisa estar sozinho. Pode contar comigo para qualquer coisa. – Dante se levantou e estendeu a mão para Andrew.
-Eu sei mas... Eu preciso ir. – Andrew apertou a mão de seu mais novo amigo.
-Entendo sua situação...
-Mas preste atenção Dante, essa é a sua chance. Hora de mudar o mundo. – Andrew recolheu Lancelot e o digitama de Metal Garurumon para o seu digivice e partiu, deixando os outros humanos e seus digimons. Ophanimon voltou a ser Tailmon e se repousou nos ombros de Eva, enrolando sua cauda no pescoço da humana.

Pouco tempo depois que Andrew sumiu de vista, novos convidados chegaram a área da festa. O batalhão fortemente armado encontrou apenas uma área destruída, quatro humanos e três digimons inofensivos. O local então foi inundado com centenas de microfones, câmeras e repórteres de todas as emissoras de Tevê da América do Norte.

-Senhores, eu sei que tem muitas perguntas e que querem informações sobre o que aconteceu aqui hoje. Peço humildemente que escutem o que esta senhora tem a falar, acredito que muitas de suas dúvidas serão respondidas. – Disse Dante, passando os holofotes para Eva. A mulher foi cercada por dezenas de câmeras e microfones. Outros repórteres tentavam falar com Dante, Miguel e Angel. Outros tentavam entrevistar Draco. Eva então começou seu discurso.
-Meu nome é Eva Dumont, e eu sou uma sobrevivente.


Continua...

É isso aí galera, até a próxima xD
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Digimon Truth - Página 2 Empty Re: Digimon Truth

Mensagem por Mickey Ter 13 Mar 2012, 10:43 pm

OH MY GOD!!!

Ficou ÓTIMO Dragon... e Putz... por onde começo...

Bom! A cena apocalíptica foi do mal...
Eu pensei que o Draco ia se dar mal...
Então apareceu o Lancelot... Hehehe nem acreditei!

E no meio da luta você faz isso?!
Ele sabia que, em algum lugar da Inglaterra, sua esposa havia dado seu último suspiro.
CACETADA! Pensei que seria o fim...
Fiquei triste pela situação do Andrew...

Bom, então a luta prossegue e um "Anjo" vem do céu...
"É o fim do mundo." deve ter pensado uma pessoa qualquer nesse lugar...

Hauahau mas tudo acabou bem... bom... nem tudo...

Confesso que não gostei da cena do "ser que aparentava ser uma raposa amarela"...
Mas é porque não gosto mesmo...
Fora isso o restante achei até comum e próximo ao que você normalmente já postou nos anteriores!

Enfim, de todo o modo a montagem do episódio foi ótima!
Teve até a aparição do V-mon Mexicano! Hauahau!
E agora?! O que ainda pode acontecer?
-Meu nome é Eva Dumont, e eu sou uma sobrevivente.
Teremos uma revelação nos próximos?

Bom é isso aew Dragon e estou aguardando os próximos!


Edit:
-Vamo lá caralho! Não deixem esse chupacabra super crescido botar medo em vocês – No Brasil, torcidas organizadas se formavam para assistir a luta pela internet.
Rsrsrsrs esses são os brasileiros que eu conheço!
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Digimon Truth - Página 2 Empty Re: Digimon Truth

Mensagem por Dragon Dom 01 Abr 2012, 12:37 pm

Bem, eu vou ser bem sincero e direto. Eu não gostei desse capítulo. Achei ele chato, ruim pra ler e curto. MAS, ele é necessário, e como a Maf gostou eu recebi autorização mental para postar. Se ao fim da leitura vocês sentirem o mesmo que eu, podem criticar a valer, não vou levar a mal e usarei como combustível para escrever o próximo \õ/

Antes de mais nada quero dizer que eu sei que um julgamento não funciona dessa forma. Mas um julgamento real é chato e monótono, quis dar dinamismo a cena (Não sei se funcionou).

E obrigado Mickey pelos comentários xD Aguardo vossa opinião sobre este capítulo que vos apresento

Capítulo 9 – The Last Enemy That Shall Be Destroyed

Naquele instante, as atenções do mundo estavam voltadas para aquela senhora de aparência humilde e comum, que de forma alguma parecia ser uma pessoa com uma história a contar. Câmeras, microfones, olhos e ouvidos prestavam atenção em suas palavras, enquanto a mulher discursava com clareza e lucidez.

-Eu estou muito feliz, por que de alguma forma posso contribuir com uma pequena ajuda neste dia, que irá entrar para a história como uma das maiores manifestações para a liberdade que já ocorreram no mundo. A muitos e muitos anos atrás, um fenômeno ocorreu por todo planeta. Junto com uma nova geração de homens e mulheres que tinham um futuro brilhante pela frente, nasceram essas magníficas criaturas que todos pudemos ver em ação no dia de hoje. Nascemos unidos de uma forma que ainda hoje é incompreensível para a mente humana, irmãos de alma e espirito, iguais na diferença, mas acima de tudo livres.

Mas esta liberdade nos foi roubada. Fomos tirados de nossas casas, do amor de nossas famílias, para sermos tratados como sub-humanos, objetos de testes, meios de pesquisa, armas. Muitos nunca mais viram suas famílias, seus pais e irmãos, passando o resto de seus dias trancafiados, escravos em pleno novo mundo. Eu sou a última sobrevivente dessa geração, e me sinto no dever de compartilhar essa história com todos que puderem me ouvir. Mas ainda hoje isso acontece...

Ainda hoje, nós somos tratados como a escória da sociedade. E esses incríveis seres, tão inteligentes quanto muitos de nós jamais conseguirão ser, que também amam, sorriem, se entristecem e buscam significado para suas vidas, são tratados como marginais, irracionais, selvagens. Afinal o que nos difere deles? O fato de usarmos roupas coloridas, delegarmos autoridades, ou falarmos palavras bonitas nos torna mais importantes ou merecedores?

Não sou uma estudiosa, nem uma filósofa, muito menos uma intelectual. Sou apenas uma senhora que já passou por muitas situações, que carrega um sonho dentro de si. O sonho de que um dia, humanos e digimons possam coexistir pacificamente, livros do ódio, escravidão e preconceito. Tudo que precisamos para que isto se torne realidade é dar o primeiro passo.


–//////--


Pouco a pouco, os ventos da mudança foram soprados sobre o mundo. Os digimons e seus companheiros humanos agora queriam alçar novos voos, alcançar novos horizontes, experimentar a liberdade que por muito tempo lhes foi privada.
No novo mundo que estava nascendo, onde o conhecimento sobre as criaturas digitais corria livre como qualquer outra informação, não havia atitude que as autoridades competentes pudessem tomar que não soasse como censura, retaliação, privação de direitos, ou que não tivesse ares de ditadura. A venda tinha sido tirada dos olhos do mundo, não havia mais como ser colocada.

O interesse das pessoas “comuns” pelos digimons crescia a cada dia. É claro, as atitudes eram diferenciadas em muitas partes do mundo. Na Europa, rapidamente surgiram argumentos conciliadores, pregando a igualdade de direitos e a tolerância. Os EUA começavam a encarar os digimons como um novo ramo de mercado. No Brasil, os monstros digitais rapidamente viraram enredo de escola de samba, letra de funk, uma espécie de moda que se espalhou por toda nação.
Em países do oriente médio, entretanto, o quadro foi contrário. Rapidamente surgiram relatos de crimes de ódio, racismo (se é que se pode dar esse nome), boatos de que governos queriam usar os seres digitais como armas.

Autoridades religiosas se levantaram para proclamar que digimons também eram criaturas vivas, criadas por Deus, Javé, Alá, Buda, ou qual seja o supremo senhor criador de todas as coisas e designer do universo. No Japão não tardaram a começar as pesquisas, desta vez mais amistosas e menos invasivas, sobre a estrutura biológica dos digimons, sua composição molecular, assim como sua posição na cadeia alimentar e evolutiva por mais irônico que isso pareça.

Por todo mundo as organizações, antes secretas, foram expostas ao público. Receberam nomes e foram encaixadas no governo, trabalhando agora sobre a legislação de cada país. A resistência se dissolveu sozinha como era de se esperar agora que não tinham mais o que “resistir”, cada integrante querendo voltar para suas casas, reencontrar suas famílias e reconstruir suas vidas. Já a Digital Hazard foi envolta em um profundo e temeroso silêncio, se tornando um assunto tabu que poucos queriam comentar. Alguns até mesmo os encaravam como uma associação fictícia como os Illuminati, outros como se fossem a KGB.

Dante, Angel, Eva e todos os outros que tinham se envolvido naquela que entrou para a história como A Batalha da Times Square se tornaram os rostos dessa revolução e rapidamente ascenderam ao posto de celebridades. Dante agora era considerado um herói americano, Eva era uma pacifista conhecida, Draco era o símbolo de todos os digimons espalhados pelo mundo e Angel um símbolo de coragem e ousadia. As coisas estavam muito diferentes antes, do dia em que Dante explodiu as portas de um complexo militar e fugiu de lá com sua noiva. Agora todas as pessoas sabiam ondem eles estavam, mas eles não precisavam se preocupar com isso.

A organização americana a qual Dante pertencia recebeu o nome de DEEP, sigla para Digital Expansive Exploration Police, e foi incorporada ao FBI. Nesta manobra, as autoridades insatisfeitas com o comportamento do rapaz acharam um meio de autua-lo por deserção e abandono de posto em exercício da atividade. Posteriormente outras acusações foram acrescentadas, como sequestro e tentativa de assassinato, e o processo passou a seguir em segredo de justiça. Dante e Angel acharam que seria melhor adiar a cerimônia até que o caso se resolvesse, e passaram a morar juntos em uma das casas que o rapaz já havia comprado por debaixo dos panos alguns anos atrás, antes de conhecê-la. Agora eram uma família feliz, formada por um casal e dois digimons.

Seis meses depois, a ONU aprovou o Estatuto dos Seres Digitais, reconhecendo digimons como membros da sociedade tendo direitos e deveres como qualquer outra pessoa do mundo, além de leis contra crimes de ódio, exploração ilegal e descriminação contra monstros digitais. Pouco tempo depois, Draco foi o primeiro digimon a ser reconhecido como cidadão americano, inclusive ganhando uma certidão de nascimento e uma medalha de honra ao mérito. Era um admirável mundo novo.

–//////--


Dezenas de pessoas se aglomeravam nas escadarias da Corte Superior de Nova York, esperando que chegasse a hora do evento mais esperado dos últimos meses. Pessoas carregavam placas onde se lia “Liberte o Herói” e “Prendam os reais bandidos!”. Câmeras de televisão, repórteres, fotógrafos, todos estavam posicionados esperando que os convidados de honra chegassem.

Depois de certo tempo de espera, um carro se aproximou da aglomeração. Um Mercedes preto, com vidros escuros, se aproximou lentamente até parar perto de todas aquelas pessoas. A porta do banco de passageiros se abriu, saindo dela um homem com cabelos novamente ruivos trajando um terno preto e óculos escuros. Ele tomava pela mão uma mulher de cabelos escuros, trajando um vestido também preto e usando óculos escuros.

Enquanto os dois se dirigiam para as escadarias, pessoas começaram a gritar palavras de incentivo enquanto repórteres metralhavam flashs com toda força. Dante tinha dispensado os possíveis seguranças, dizendo que o melhor segurança que ele tinha ele estava carregando no bolso. O casal passou tranquilo entre a multidão, apesar de não dar nenhuma declaração. Se dirigiram à sala do tribunal, e tomaram seus lugares.

Aquele era o dia em que Dante seria julgado pelas acusações feitas pela DEEP, depois do processo se arrastar por meses sobre sigilo. O governador havia exigido que a audiência final fosse pública, pois os cidadãos tinham o direito de saber o andamento de todos os processos jurídicos do país. Isto claro havia sido uma manobra politica, um homem sábio conseguindo votos ao se associar à imagem do mais novo herói do momento.

O julgamento demorou horas, acusação e defesa se degladiando. Os promotores tentavam pintar a imagem de um criminoso frio e calculista, que tinha todos os passos planejados desde o início. Os advogados se seguravam na alegação de autodefesa, dizendo que Dante havia arriscado tudo para salvar a vida de uma jovem indefesa que seria cobaia nos mais cruéis experimentos, além da falta de provas sobre qualquer suposto crime que este cometera. Nesta confusão, Angel se tornou uma vítima, não tendo nenhuma acusação pesando sobre seus ombros, servindo apenas como testemunha ocular dos fatos.

-Promotoria – Disse o Juiz com voz de autoridade. O juiz era um homem negro, corpulento, de cabelos brancos e expressão séria. – Repita as acusações do réu.
-Sim meritíssimo. – Disse o homem magro, careca e esguio, trajando paletó acinzentado. – O réu é acusado de deserção, sequestro e tentativa de assassinato.
-Protesto meritíssimo! – Exclamou uma mulher loira, aparentemente na casa de seus 40 anos. – Primeiramente, não se pode desertar de uma organização que não existe! Devo lembrar que na época onde isto supostamente aconteceu, a organização DEEP não tinha registros, não tinha nome e não tinha filiação com nenhuma outra entidade americana, portanto não existia. O argumento do sequestro é uma calúnia, dado que este homem que está aqui perante a vocês salvou a vida dessa mulher. Além do mais, não existem quaisquer provas de nenhuma suposta tentativa de assassinato, ora, é a organização DEEP que vem atentando contra a vida do meu cliente. Isto, de certo, é uma tentativa infantil de difamação.
-Promotor, o réu está sendo acusado de desertar uma organização que não existe, sequestrar uma mulher para salvar a vida dela e de se defender de atentados contra sua vida? Senhor promotor, o réu está sendo acusado de ser um herói? – Disse o Juiz, em um tom calmo.
-Excelência, é claro que colocando nestes termos pode parecer um pouco... – O promotor foi interrompido por três fortes batidas realizadas pelo martelo de madeira do Juiz.
-O réu Dante Alighieri é declarado inocente de todas as acusações, caso encerrado! – Decretou o Juiz. Angel se jogou sobre seu noivo, o abraçando e beijando, não se contendo de alegria.

Do lado de fora, as pessoas aguardavam pacientemente o resultado do julgamento. A maioria permanecia sentada nas escadarias do prédio, imóveis, esperando o veredito. Dante e Angel saíram do prédio de mãos dadas, com uma expressão séria no rosto. Silêncio total se fez quando todas as atenções foram voltadas para eles.

-AEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!! – Gritou Dante com toda a força de seus pulmões levantando as duas mãos para o alto. A multidão reagiu instantaneamente gritando em coro, pulando de alegria, jogando chapéus e placas para o alto e por fim batendo palmas, ovacionando a vitória do rapaz. Angel sorria timidamente, não sabia como se portar diante do entusiasmo do noivo. Resolveu apenas partilhar da alegria, quando ele a agarrou pela cintura e a rodopiou no alto. Draco completou a festa saindo de seu digivice para o delírio dos presentes. Era a vitória do herói carismático.

–//////--


Três meses depois, uma mulher de vestido branco adentrava as portas de uma grande catedral. Ela tinha seus cabelos negros presos atrás da cabeça e carregava um buquê de rosas brancas. Seu longo vestido branco estendia uma cauda por quase um metro, e seu rosto irradiava alegria em um lindo sorriso. Entre os muitos convidados, estavam nos bancos o médico Gustavo, Samantha, o revolucionário Miguel, a pacifista Eva, os três integrantes dos Cavaleiros Reais, além de algumas outras pessoas que ambos haviam conhecido na resistência. Todos orgulhosamente sentados junto a seus parceiros digimons. Para evitar conflitos na escolha dos padrinhos, Dante encontrou a solução perfeita: Todos os padrinhos seriam digimons. Assim, Draco estava ao seu lado no altar, trajando um terno feito sob medida para seu corpo pequeno.

Ao ver a imagem de Dante em pé ali, a esperando, Angel não pode conter as lágrimas. Por muito tempo Dante havia sido sua única alegria, e agora ele estava proporcionando o momento mais bonito e alegre da vida dela.

-Estou estragando a maquiagem. – Comentou ela quando Dante veio recebe-la no meio do caminho.
-Você é linda de qualquer jeito.
-Ótimo, agora estou borrada e corada. Obrigada, Dante – Pensou. O pastor ministrou a cerimônia sem nenhum empecilho, e logo chegou a hora dos votos matrimoniais. A palavra foi passada ao noivo.
-Angel... Dizem que as mais belas rosas desabrocham nos locais mais inusitados. Eu não sei nada sobre isso, mas tenho certeza de que anjos se revelam nas situações mais adversas. O dia em que nós nos conhecemos, eu vi uma luz diferente em você. Senti como se eu pudesse escutar o seu coração, e no mesmo instante quis agarrar e proteger aquela figura que na época parecia tão frágil. Naquele dia eu não imaginei que ia te amar tanto assim... Mas hoje posso dizer que você é o meu anjo. – As lágrimas escorriam pelo rosto de Angel e de muitos dos convidados. Dante achou ter escutado Draco fungar, mas não sabia se digimons podiam chorar.
-Dante, confesso que fiquei acordada a noite toda pensando em algo para dizer... E ainda assim acho que não consegui. Você me ensinou que eu podia ser alegre novamente, que eu podia sorrir e que eu podia amar. Você me ensinou a confiar em você, e quando se confia em alguém, não é por um instante ou por um momento, é para a vida toda. – Os dois agora tinham lágrimas no rosto, e estamparam um radiante sorriso durante o restante da cerimônia.
-Eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva! – Disse o pastor, e ali ocorreu mais um beijo apaixonado.

–//////--

E assim o tempo passou. Dante foi eleito o Homem do Ano pela Time e recebeu o título honorário de Major dos fuzileiros americanos. Por seus esforços em tornar a convivência homem-digimon mais harmoniosos possíveis, Eva ganhou o Nobel da paz. Dante e Angel receberam convites para o Oscar, Grammy, e qualquer outro evento que podia usar um pouco da popularidade do casal para se promover.

Cinco anos se passaram e o mundo se transformou rapidamente. Digimons agora tinham carteira de trabalho, direito a voto em muitos países e estavam se integrando cada vez mais na sociedade. Era comum ver digimons grandes e fortes carregando containers pesados em portos, digimons de forma canina trabalhando na polícia. Na Europa foi criada a Liga de Futebol Digital, onde um Shoutmon chamado Fabiano Reinaldo alcançou sucesso com suas habilidades, chegando a incrível marca de 87 gols na temporada. Não era raro também ver digimons de aparência delicada e meiga apresentando programas infantis, e até mesmo banda músicas cujos integrantes eram monstros digitais.

Dante abriu várias empresas, usando sua influência para colocar pessoas importantes nos cargos superiores enquanto ele, Angel, Draco e às vezes até mesmo Megidramon aproveitavam a vida. Eles não mais se envolviam em batalhas intensas ou colocavam suas integridades físicas em risco.

–//////--

A luz radiante da manhã entrava pela janela enquanto as cortinas tremulavam ao sabor do vento. O barulho da brisa batendo nas folhas das árvores havia embalado os sonhos de Dante por algum tempo, mas agora a luz começava a incomodar. A família Alighieri estava passando uma temporada na casa de campo, encrustada numa encosta montanhosa e escondida entre as árvores da floresta. Os únicos barulhos que Dante podia ouvir além do vento e do canto de pássaros eram os passos macios de sua esposa andando pelo quarto. Draco devia estar por aí correndo atrás de esquilos, talvez fosse uma boa hora para se levantar.

Ele se levantou e se espreguiçou, fazendo força para abrir os olhos. Encontrou sua esposa apenas de toalha, com os cabelos úmidos, sentada ao pé da cama se penteando.

-Acordou, bela adormecida? – Disse Angel.
-Agora que a princesa encantada veio me acordar.
-Você estava tão fofo dormindo que eu não quis te acordar.
-Esse diálogo está invertido não? – Brincou Dante, se arrastando na cama para se aproximar de Angel.
-Você está parecendo um bicho preguiça se arrastando desse jeito.
-Eu sai do sono, mas o sono não saiu de mim. – Disse ele abraçando Angel por trás e a envolvendo em seus braços, recostando o queixo no ombro dela.
-Você acredita que a Playboy fez outra proposta para eu fazer fotos nua para a revista?
-Estou vendo que os executivos dessa revista vão sofrer um acidente com um dragão assassino.
-O meu ou o seu? – Disse Angel, dando uma risada.
-Mas por enquanto, vamos fazer algo mais interessante. – Dante desprendeu a toalha, deixando Angel completamente nua. Ele começou a beijar o pescoço de sua esposa enquanto acariciava seu corpo com as mãos. E nesse momento a campainha tocou.
-Mas que ótimo momento para a campainha tocar. – Disse Angel enquanto se levantava e começava a se vestir.
-Essa casa tem campainha? Por que diabos uma casa de campo tem campainha? – Reclamou Dante, se dirigindo para a porta.
-Para de reclamar e atende a porta, vamos ter tempo pra isso mais tarde. – Dante se dirigiu para a porta da frente resmungando, e a abriu com um puxão. Para sua surpresa, do outro lado estava Samantha.
-Vejo que ainda está na sua lua de mel estendida. – Disse a mulher.
-Apenas aproveitando o lado bom da vida. – Respondeu Dante. Angel foi em direção a porta e quando viu Samantha lá se sentiu aliviada por ter se vestido.
-Mas eu vou ser bem direta. Eu não vim até aqui para te fazer uma visita.
-Não me diga que está trabalhando no correio agora?
-Dante, eu preciso dos seus serviços.
-Que, isso virou um filme dos vingadores?
-Estou falando sério Dante. Não apenas da sua ajuda, mas como da ajuda de Angel também.
-E sobre o que exatamente estamos falando? – Perguntou Angel.
-Sobre a Digital Hazard. Precisamos de sua ajuda para acabar com ela de uma vez por todas. - O estômago de Angel se revirou quando as cenas da Batalha da Times Square voltaram a tona na sua mente. Seria inocência achar que eles haviam simplesmente evaporado no ar, mas Angel foi pega de surpresa depois de todos esses anos.
-Bem, acho que é hora de terminar o que começamos.

Continua...

E é isso aí galera. Não percam o emocionante último capítulo de Digimon Truth com o desfecho dessa história, não vão se arrepender!
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Digimon Truth - Página 2 Empty Re: Digimon Truth

Mensagem por Mickey Qui 05 Abr 2012, 10:07 pm

Hauahaua eu havia lido a metade na DZ e só agora terminei... Esse foi o menor episódio da Truth...

Acho que é pelo motivo que encaminha a história para o final... Bom... o que dizer...

Final até aqui... ÓTIMO!

Hehehe Dante sendo acusado de ser um herói... E isso é crime Rsrsrsrs... Boa essa! A Advogada não teve o menor trabalho!

E enfim, o casamento e a lua de mel dos Pombinhos...

HAHAHAHAH! Essa da Playboy foi de doer... pensa?! Eles não sabem o que os aguarda para fazerem essas propostas...

Bom, então é isso... ótimo prologo para o fim... E agora estou aguardando o Emocionante e ultimo episódio! xD

Até mais Dragon!
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Digimon Truth - Página 2 Empty Re: Digimon Truth

Mensagem por Dragon Seg 21 maio 2012, 2:10 pm

É isso aí galera, depois de um longo período venho aqui apresentar o último capítulo da minha fanfic. Agradeço a todos que me acompanharam até hoje, e apenas desejo que se divirtam com o desfecho da história xD Aqui está, 13 páginas de pura fanfic \õ/


Capitulo Final – O fim é uma questão de ponto de vista

Dante e Angel tinham mais uma vez sido arrastados para o meio do turbilhão do qual eles lutaram para escapar. Angel pensava no tamanho da ironia que era eles terem sido procurados exatamente no lugar onde eles tinham ido para se esconder um pouco do mundo. Mas acima de tudo, a moça imaginava por que ela tinha que ir junto em mais uma alucinante aventura.
Isso incomodava Angel. Desde o começo, ela não havia pedido por nada disso. Ela de forma alguma queria ter passado por todas as experiências que viveu durante anos de sua vida, então por que parecia que o destino continuava a arrastando para campos de guerra, situações perigosas, e outras coisas que nenhum humano se envolveria por vontade própria?

Uma frota de carros aguardava o casal na frente de casa. Carros blindados, de vidros escuros, acompanhados por batedores e seguranças. Dante não queria usar aqueles veículos, mas Samantha disse que era procedimento padrão.

-Vingadores, unidos! – Pensou Dante enquanto entrava num Hummer limusine, providenciado para proporcionar privacidade ao casal. Angel entrou logo atrás, seguida de Draco. Nenhum deles fazia a mínima ideia de para onde iriam ser levados.
-Dante, eu estou preocupada... – Disse Angel, se aconchegando no peito do marido.
-O que está te perturbando?
-Não sei... Depois de tanto tempo, eles virem nos procurar... Tenho medo que nós não estejamos no melhor de nossas formas para participar de uma operação militar, ou o que seja que eles estão planejando.
-Qual é, está dizendo que eu não sei mais fazer minha mágica? – Disse Draco, fuçando nos botões de um pequeno painel que serviam para se comunicar com o motorista, abrir os vidros, entre outras coisas.
-Cuidado com isso Draco, não sei se isso foi projetado para dedos de dragão. Angel, eu ainda não cheguei à meia idade para engordar e ficar careca, ainda sou um soldado.
-Eu sei mas... Tenho medo que o tempo tenha nos amolecido.
-Duvido muito que o seu animal de estimação tenha amolecido. Da última vez que vi ele conseguia derrubar umas árvores perto da casa apenas voando entre delas.
-Megidramon ainda tem o aperto de mão mais forte que eu experimentei – Respondeu Draco.
-Agora, se você está falando sobre aguentar a pressão de uma batalha... Eu vou estar com você o tempo todo, não tem motivo para se preocupar.
-Eu estou preocupada com você! Não quero ser uma viúva com menos de trinta anos!
-Fica tranquila, você vai ter que nos aturar até se enjoar de olhar para nossas caras feias. – Disse Draco, se divertindo enquanto ligava e desligava o sistema de iluminação do carro, fazendo sua própria festa rave móvel.
-Me prometa que não importa em que tipo de situação maluca a gente se meta, você não vai fazer nada estúpido.
-Que isso Angel, você me conhece.
-É exatamente por isso que eu tenho medo. – Dante deu um sorriso e estendeu a mão apontando para o painel cheio de botões. Draco apertou o botão que acionava o intercomunicador para falar com o motorista e o carona. Samantha sentava ao lado do motorista como uma sentinela incansável.
-Nós podemos saber exatamente para onde estamos indo? Não acho que tenho as roupas adequadas para uma visita surpresa às Bahamas.
-Nós temos uma reunião com um homem ocupado, em Washington.


–//////--


O comboio seguiu de volta para a cidade, despertando a atenção dos moradores da pequena cidade turística. Após passarem pelos arredores, seguiram para uma pista de pouso particular, onde um pequeno avião os aguardava para leva-los à capital do país. Dante dormiu a maior parte do trajeto, deixando para Angel o trabalho de cuidar da criança em corpo de lagarto. Após algumas horas de viagem o avião pousou no aeroporto Ronald Reagan de Washington, o mesmo que recebe o Air Force One e outros veículos aéreos importantes.

O comboio então seguiu para o pentágono, centro de defesa e segurança dos Estados Unidos.

-Quer dizer, esse local não é tão seguro assim, afinal já jogaram um avião em cima dele. – filosofava Dante.
-Mas será que realmente foi um avião? – Questionou Draco.
-Ainda com aquela ideia absurda de que eram pteranomons? – Disse Dante fazendo careta.
-E por que não? Eles não tinham nada a perder na época tinham?
-Você me faz imaginar um homem barbudo surfando em cima de um Digimon metálico todo o caminho do Afeganistão até aqui.
-Vocês parecem dois maníacos da conspiração, daqui a pouco vão dizer que o Ronald Macdonald era um Digimon também. – Comentou Angel.
-Sempre achei aquele cara esquisito... – Respondeu Draco, como se ele estivesse realmente cogitando a hipótese.
-Estamos chegando, comportem-se – Disse a voz feminina no intercomunicador.
-Vamos tentar não te fazer vergonha Tia Sammy – Disse Dante tentando imitar uma voz infantil.
-Eu mato todos vocês com um cortador de unha. – Respondeu Samantha.

O carro seguiu para a entrada do estacionamento subterrâneo do grande prédio que possuía o formato de um diamante. A segurança era restrita, exigindo que cada pessoa que fosse passar pelo portão se identificasse o que atrasava o processo.
Após passarem pela segurança, os carros seguiram para um enorme pátio subterrâneo onde outros carros do mesmo porte já estavam estacionados. Dezenas de câmeras de segurança seguiam cada movimento dos recém chegados, e guardas uniformizados cobriam cada centímetro quadrado.
Para ter acesso aos elevadores, o processo de identificação precisava ser retomado, dessa vez de forma mais rápida devido a menor quantidade de pessoas acompanhando os visitantes.

-Eu sei que esse é um lugar extremamente seguro e restrito, mas tudo isso não parece um pouco demais? Quer dizer, tenho que mostrar minha identidade a cada 5 passos. – Disse Angel, enquanto todos estavam no elevador.
-É necessário, a pessoa mais importante do planeta está nesse prédio. – Respondeu Samantha.
-Assim você me deixa corado. – Comentou Dante.
-Obviamente não você, estamos falando do Presidente dos EUA.

O grupo caminhou pelos corredores brancos e bem iluminados, de carpete vermelho e luxuosas luminárias no teto, até chegar a uma porta dupla de madeira maciça.
Dois seguranças se apressaram à frente, cada um deles segurando um lado da porta e os abrindo em sincronia.
As portas revelaram uma grande sala de conferências com bandeiras dos estados unidos espalhadas, um telão para exibição de conteúdo importante e uma grande mesa onde estavam sentadas figuras conhecidas e muitos rostos novos. Miguel, Andrew, alguns antigos membros da organização americana agora conhecida como DEEP, membros do conselho de segurança norte americano, entre outros, se posicionavam metodicamente ao redor da mesa que a essa altura mais parecia a távola redonda. Dentre esses um homem de terno, cabelos grisalhos e expressão serena mas confiante, se levantou para cumprimentar os recém chegados.

-Senhor Presidente – Disse Dante estendendo a mão para cumprimenta-lo
-Vamos, esqueça as formalidades rapaz, pode me chamar de Greg. Estamos entre amigos aqui não é? Eu nunca fui um político de verdade, apesar de terem tentado me transformar em um.
-É um prazer conhece-lo Se... Greg. – Disse Angel.
-Oras, o prazer é meu em conhecer pessoalmente pessoas tão ilustres! Vamos, sentem-se, temos muito o que conversar. – Era estranho estar naquela sala com tantas pessoas e escutar aquelas exatas palavras. O casal se posicionou em seus lugares, Draco escutaria tudo de dentro do Digivice.
-Senhores, esta é uma reunião crucial não apenas para a segurança da América, como também do mundo todo. Nesse momento, membros da organização terrorista Digital Hazard estão trabalhando em um atentado não apenas contra os cidadãos dos estados unidos, mas contra todas as pessoas espalhadas pelo planeta. É nosso dever como protetores da paz intervir para que esse cenário tenha o melhor desfecho possível. – Disse um homem gordo e careca com várias insígnias militares no peito, presumidamente o secretário de defesa. – Passo agora a palavra à Coronel Samantha Thompson, atual cabeça da instituição de defesa digital DEEP.
-Senhores, senhoras. – Disse Samantha, se levantando. – A organização terrorista Digital Hazard colocou em prática talvez o esquema mais desumano e cruel de sua história. Através de processos traumáticos, eles buscam transformar humanos e digimons em armas assassinas. Campos de concentração foram montados, tão avançados que fazem inveja nos mais pretenciosos nazistas, apenas por esse propósito. Nossos informantes indicam que eles planejam liberar esses humanos e digimons com mentes destruídas ao redor do globo, provocando o caos e o medo da população.
-Temos que agir imediatamente. – Disse o Presidente Gregory. Samantha circulava a sala enquanto falava, o telão exibia imagens do campo de concentração e das instalações. Humanos e digimons sendo torturados, cenas que não se viam desde a segunda guerra mundial. Era a crueldade humana florescendo novamente. – A humanidade caminha para a paz ao lado dos digimons. Até mesmo no oriente médio recebemos diariamente noticias de cessar fogo e acordos de paz. Para que um dia possamos viver no mundo em que sonhamos, temos que impedir que esses monstros ajam, ou senão será tarde demais.
-Me pergunto o que estes pendejos têm na cabeça. Estes hombres são os únicos que não procuram la paz, pero querem seguir el caminho contrário! – Disse Miguel, visivelmente abalado.
-São pessoas cegas pelo preconceito, pela irracionalidade e principalmente pelo medo. – Respondeu Andrew calmamente. – A parte irônica é eles manipularem os digimons enquanto tentam fazer com que a população sinta o mesmo que eles.
-Me pergunto quantas vidas humanas e de digimons se perderam nesses campos de concentração. – Disse a secretária de estado, em tom triste.
-Vamos nos esforçar para que mais nenhuma se perca, Senhora. – Respondeu Dante, prontamente.
-Nosso plano é simples, e nosso objetivo mais simples ainda. Precisando exterminar essas abominações, salvando o máximo de vidas que for possível. Por isso organizaremos uma ação conjunta do exército, fuzileiros, marinha e aeronáutica, a maior mobilização das formas armadas americanas desde a invasão à Normandia. – Disse Samantha, retomando seu discurso. – Com o apoio do nosso secretário de defesa, claro.
-Conte comigo Coronel. – Respondeu o homem gordo e careca.
-Espere um minuto, eu não entendo bem onde eu, Dante e Miguel nos encaixamos, nós não fazemos parte das forças armadas. – Interveio Angel. – E até onde eu me lembro, Andrew também não é um soldado americano.
-Os soldados atacarão os pontos estratégicos, os campos de concentração, as instalações e laboratórios. Mas restará o coração de toda a organização, o ponto central de toda Digital Hazard. Para esse trabalho iremos precisar de um time de agentes eficientes, corajosos, poderosos, furtivos e mortais. Os melhores dos melhores que o mundo tem a oferecer. Nossos quatro convidados especiais formarão o Time 4D’s, enquanto eu darei suporte estratégico.
-Então somos mesmo os vingadores no final das contas. – Comentou Dante, em voz baixa. Angel deu uma risada contida.
-Essa será uma missão bem complicada. – Completou Samantha.
-Não é melhor enviar soldados de verdade para uma missão tão importante? Sinto pela segurança de civis que se envolvam em algo tão arriscado. – Interferiu a secretária de estado.
-Depois do que eu já vi esses garotos fazerem, eu tenho pena é dos terroristas! – Disse o Presidente Gregory, com uma risada estrondosa, sendo acompanhado pela maioria dos presentes. Depois que o tom de seriedade voltou, a reunião continuou por algumas horas. Foram traçados os detalhes, as locações, e os horários onde cada esquadrão iria agir. Tudo deveria acontecer de forma cronometrada, como um relógio, para que o inimigo não tivesse tempo de reação.
-Senhor Presidente, senhores ministros, demais presentes, peço agora que me deem um tempo a sós com o Time 4D’s. Temos que acertar alguns detalhes menores com eles, nos encontraremos mais tarde. – O pelotão de homens e mulheres importantes saiu calmamente, comentando os pontos mais interessantes de tudo aquilo que haviam acabado de discutir.
-Existem certas coisas que não precisam ser do conhecimento de todos não é mesmo? – Disse Andrew, assim que o último deles saiu.
-Sim. A verdade é que vocês vão encarar um cenário bem diferente na central deles.
-E onde exatamente é este local? – Questionou Miguel.
-Chernobyl.
-Mas não é aquele lugar do acidente nuclear? – Disse Angel.
-É o que querem que nós pensemos. – Interfiriu Dante. – Na verdade lá existia um laboratório que pesquisava como transformar o calor gerado por digimons com poderes de fogo em energia. Não preciso dizer que deu errado.
-Vivendo e aprendendo. – Completou Angel.
-O objetivo deles nesse lugar é algo muito mais asqueroso e ambicioso. Eles querem forçar em um humano o mesmo fenômeno que aconteceu com você Angel. Eles querem criar um exército igual a você. – Disse Samantha, em tom sério. Aquelas palavras entraram em looping infinito dentro da mente de Angel, enquanto ela recordava todo o sofrimento pelo qual tinha passado. A moça imaginou a si mesma, presa a uma mesa de metal, cercada por cientistas malucos e sendo dissecada como um sapo de laboratório. Alguém estava sofrendo tudo aquilo que ela temeu durante a vida.
-Madrecita de Dios! – Soou o voz de Pablito, de dentro do recém adquirido digivice de Miguel.
-Eu... Eu... Não consigo imaginar a quantidade de sofrimento e tortura que essas pessoas podem estar enfrentando... – Disse Angel, em choque.
-É por isso que eu te chamei para essa missão, você entende melhor do que ninguém o sofrimento daquelas pessoas. Você sabe que na noite em que Dante te resgatou, você tinha sido sequestrada pela Digital Hazard. Desde aquela noite a obsessão deles por você cresceu cada vez mais, até chegar nesse ponto. Você parece ser o ponto máximo dos objetivos deles.
-Quer dizer... Eu sou a melhor forma de mostrar o perigo dos digimons para a sociedade?
-Você é humana amor, como qualquer um de nós. – Dante cortou a conversa antes que ela fosse longe demais.
-Cada um de vocês tem uma habilidade necessária para essa operação dar certo. – Samantha mudou drasticamente o rumo da conversa, para não colocar Angel ainda mais sobre stress mental. – Miguel é a raposa mais furtiva que esse país já viu.
-Não me elogie assim, Señorita.
-Dante tem o poder de fogo para dizimar as defesas deles. Andrew tem a efetividade tática que nenhum de vocês tem, e eu tenho a disciplina militar para manter vocês na linha.
-E onde eu me encaixo nesse esquema? – Disse Angel.
-Você é nossa arma secreta. Eles não vão arriscar te machucar, e Megidramon entrará com a força bruta.
-Então eu sou o Homem de Ferro, o Andrew é o Capitão América, Angel é o Hulk, Sammy é o Gavião Arqueiro e o Miguel é a Viúva Negra.
-Ei, por que yo soy la Viúva Negra?
-Por que eu não quero vocês tarando a minha mulher vestindo calça de couro apertadinha.
-Ok, vamos retornar a seriedade. Nós vamos atacar de forma direta, pela porta da frente. Dante e Andrew começarão atacando as forças de defesa principal e chamando o máximo de atenção possível para si. Enquanto vocês manobram as forças inimigas até ficarmos numa situação favorável, Miguel se infiltrará no prédio principal libertando todos os prisioneiros e eu darei suporte a Angel enquanto ela destrói tudo aquilo que sobrar das instalações. Quando terminarmos, a Digital Hazard será varrida do mapa.
-Parece com o nosso plano de revolução – Disse Angel após se recompor.
-Sim, mas desta vez não teremos os holofotes. – Corrigiu Andrew.
-A operação de vocês correrá em sigilo. Não queremos alarmar a população, eles apenas irão ficar sabendo sobre a vitória final contra a Digital Hazard. Os demais detalhes serão ajustados posteriormente, estão dispensados por agora.

–//////--

O governo providenciou acomodações para todos os convidados, reservando um prédio inteiro e esquematizando um sistema de segurança digno de uma reunião da ONU. Draco recebeu um quarto individual como todos os outros digimons envolvidos no processo, Dante e Angel ganharam uma suíte de luxo.

Tarde da noite, a moça estava sentada em um sofá de couro dentro de sua suíte, trajando apenas sua roupa íntima que usava para dormir. Sua cabeça estava apoiada sobre sua mão direita, com o cotovelo firmado sobre o encosto do sofá. Um abajur não muito potente iluminava o rosto preocupado de Angel, enquanto ela escutava os passos de seu marido vindo detrás de si.

-Não consegue dormir? – Disse ele se sentando ao seu lado e a envolvendo em seus braços.
-Apenas pensando um pouco. – Respondeu ela.
-Pensando sobre o que?
-Que a garota demônio conseguiu chegar bem longe não é mesmo?
-Imagino a cara daqueles cientistas quando te veem na TV, e lembram que queriam te usar como rato de laboratório.
-Que bom que o rato vermelho motoqueiro impediu eles não é? – Disse ela, acariciando o rosto do marido.
-Eu te conheço melhor que isso Angel, sei que tem algo mais perturbando seu sono.
-Amor... eu tenho medo do que nós vamos encontrar lá.
-Fala sobre os experimentos para tentar fazer um pseudo clone seu?
-É. O ser humano é muito cruel. Eu já experimentei muito dessa crueldade, mas hoje eu estou aqui. Aquelas pessoas... Elas não tiveram um Dante para salva-las.
-As pessoas não precisam de um Dante, Angel. Elas apenas precisam de esperança para viver mais um dia. É isso que vamos dar a elas. Não foi isso que você sentiu daquela vez? Que tudo poderia ser diferente, a partir daquele instante? Agora você está do outro lado desse confronto, não perca seu foco.
-Você tem razão. Só imagino se vamos conseguir tocar o coração daquelas pessoas.
-Você deveria se preocupar em tocar a cara das pessoas que estão cometendo essa barbaridade. Bem, não tocar, mas você entendeu.
-Entendi. – Disse ela com uma risada. – Mas isso tudo não parece um deja vu? Toda essa história de “batalha de nossas vidas”. Me pergunto quantas outras “batalhas definitivas” vamos enfrentar.
-Mais nenhuma. Estou pensando em me aposentar após essa missão.
-E aí vamos poder ficar velhos e enrugados juntos?
-Parece um bom plano pra mim. E isso que você está vestindo?
-Qual o problema? Foi você que me deu.
-Nossa, eu tenho bom gosto. – Angel gargalhou alto e beijou seu marido.

–//////--

O pano de fundo tinha sido armado para a operação final. Uma série de exercícios de guerra agendada para locais estratégicos da Europa Oriental, alegando ser uma oportunidade para colocar soldados em treinamento sob o frio rigoroso das partes altas do velho continente.
O plano de ação do Time 4D’s foi repassado algumas vezes até que todos pudessem memorizar suas funções. Cada um dos cinco membros da operação recebeu uniformes pretos com colete a prova de balas, protetores para os joelhos e cotovelos, uma versão negra do uniforme dos fuzileiros, deixando claro qual era o objetivo do grupo.
As tropas receberam ordem de partida e seguiram aos seus destinos. Os membros da equipe 4D’s iriam viajar num grande avião Hercules que faria escala na Hungria para fingir uma pausa para carregamento de donativos e remédios para missões de paz, as usuais mentiras militares. Tudo corria de acordo com o plano.

Na noite fria de uma sombria região da Ucrânia, o vento balançava as árvores enquanto um pequeno e rápido avião cruzava os céus corajosamente. A bordo dele dois homens vestidos de preto se concentrando para dar mais um grande passo, talvez grande demais para qualquer outra pessoa.

-Como se sente amigo? – Perguntou Dante a Andrew.
-Preparado, tranquilo.
-Não estou dizendo sobre agora, mas no geral.
-É estranho... Enquanto ela estava lá parecia ainda existir uma esperança, algo em que eu podia me segurar. Agora... eu apenas tento ocupar a minha mente.
-Vamos ter muita coisa para nos ocupar hoje.
-Com certeza. Ela iria querer que fosse assim.
-Senhores, estamos nos aproximando do ponto de descida. – Disse uma espécie de comissário de bordo militar, que se aproximou dos dois homens. – Recapitulando rapidamente, vocês irão saltar sobre a instalação e começar um bombardeio aéreo em toda a área para atrair as forças de defesa deles para fora. Não preciso dizer que não será nada bonito.
-Tudo certo. E onde estão nossos paraquedas? - Questionou Andrew.
-Quem disse que vocês vão usar paraquedas?
-Do jeito que eu gosto! – Exclamou Dante, excessivamente entusiasmado. Os dois soldados se posicionaram frente a porta, esperando pelo sinal. Dante parecia perdido em pensamentos.
-O que está na sua cabeça agora amigo? – Perguntou Andrew.
-Apenas me lembrando que eu prometi a alguém não fazer nada idiota. Parece que vou quebrar essa promessa mais cedo do que eu imeginava. – A porta foi aberta e os dois pularam de encontro ao vácuo. Seus corpos flutuavam no ar, suas roupas tremiam com a pressão do vento. Os dois seguiam em queda livre, rumo ao solo, e a única forma de sair dessa era algo óbvio.

Sincronizado como se tivessem ensaiado, os dois sacaram seus digivices. Um dragão verde e um dinossauro amarelo se materializaram, também em queda livre. Os dois digimons então adquiriram um brilho intenso, se transformando em Examon e Wargreymon. Draco e Lancelot seguraram seus parceiros, e começaram bombardear o solo abaixo deles com tudo o que tinham.

As forças de defesa da Digital Hazard não sabiam como reagir, os ataques caiam como uma chuva de destruição por toda parte acertando o prédio, a área ao redor, os soldados e tudo mais.
Os dois dragões continuaram descendo em alta velocidade disparando com toda força. Ao chegar a poucos metros do chão a dupla de répteis voadores interrompeu a descida causando uma onda de choque no chão. As asas de Draco produziram uma grande nuvem de poeira quando se abriram para aparar o vento, deixando os inimigos cegos e desorientados. Os ataques seguiam impiedosamente, atacando os adversários indefesos. Eram dois rolos compressores passando por cima dos alvos.

-Base central requisitando tropas de apoio, estamos sobre fogo inimigo. - Era a mensagem enviada pelo centro de inteligência e comunicação da instalação. Todas as forças destinada a proteção da base e dos cientistas já estavam lutando contra Dante e Andrew, e mesmo assim não pareciam ser suficientes.
-Impossível, todas as tropas de apoio já foram mobilizadas para outras localidades, fogo inimigo registrado em trinta outros pontos importantes. - E todas as outras unidades enviaram a mesma resposta. A DEEP estava caindo como um martelo de concreto sobre todas as instalações da Digital Hazard.

Duas sombras passaram rapidamente pela confusão como fantasmas e se dirigiram para o prédio antigo que saltava na floresta. A contrusção em si era apenas uma fachada, a real instalação era subterrânea, o exemplo perfeito de como uma prisão deve ser.
As duas intrusas se dirigiram para a porta de um elevador.

-O que está te perturbando Angel, você parece meio desconcentrada. - Perguntou Samantha.
-Só estou pensando que existem instalações subterrâneas demais na minha vida. É como se deus tivesse um prazer sádico em me mandar pra debaixo da terra.
-Deixe de besteira e abra a porta do elevador. - Megidramon se materializou e arrancou a porta do elevador com as garras. Os cabos de aço estavam se mexendo, alguém estava vindo na direção das duas mulheres. - Rosemon
-Roses Rapier! – A digimon dominatrix cortou os cabos de aço com seus espinhos em forma de espada. O elevador despencou até se espatifar no chão, com um estrondo violento.
-Vamos lá! - Ordenou Samantha enquanto se segurava em sua digimon e as duas juntas desciam pelo fosso do elevador. Angel e Megidramon foram logo depois. - Não se esqueça, nossos alvos principais são o laboratório central e o centro de inteligência. Sem isso, eles não poderão contra-atacar.
-Ok!

Das sombras da floresta, uma quinta pessoa observava pacientemente, esperando o momento certo para agir ao lado de seu digimon.

-Como siempre, não nos deixam participar de las partes más divertidas. - Comentou Miguel, com seu digimon. - Vámonos Pablito!
-Espero que los outros se lembrem que los reféns tem que ficar vivos. - Disse o pequeno digimon, antes de evoluir para Aero V-dramon. Miguel subiu nas costas de seu digimon e como um raio se infiltrou no local, seguindo direto para as celas de prisioneiros.

Do lado de fora, três tiranossauros investiam contra Draco, um vermelho um laranja e um azul. Os três atacaram ao mesmo tempo, Draco se defendeu com a lança. Os três dinossauros morderam a lança de Draco e tentaram arrancá-la.
Enquanto Draco lutava com eles, um ataque fulminante de Lancelot mandou os três voando, causando um estrondo ao atingir o chão.
Os soldados tentaram atacar os dois humanos, mas os digimons estavam atentos e protegeram seus parceiros. As balas disparadas pelas armas humanas valiam menos do que nada contra a armadura e couraça dos dois digimons, que revidaram com seus golpes de fogo, fazendo os soldados correrem desesperados.

Miguel e Pablito alcançaram rapidamente a ala dos prisioneiros, passando por cima de qualquer inimigo que se colocasse no caminho deles. Ao chegar em seus destino, os prisioneiros ficaram assustados com o digimon de Miguel. Provavelmente estavam traumatizados, sendo ameaçados todos os dias pelos cientistas. Miguel viu naquelas pessoas o medo e o desespero que a Digital Hazard queriam impor sobre todo o mundo, era uma situação de dar pena.

-Yo soy amigo!
-Яка боротьба влади Гоку?
-Це більше дев'яти тисяч!
-давайте уявимо, що це череп
-Madrecita como voy fazer ahora... - Utilizando a linguagem mundial dos gestos, Miguel mandava os prisioneiros se afastarem enquanto Pablito abria as celas na base da força bruta. Os prisioneiros aparentemente reconhecerem Miguel como um messias mexicano e passaram a segui-lo sem muito esforço. O homem e seu digimon começaram então a fazer o caminho de volta acompanhados de dezenas de homens e mulheres que a tempos não viam a luz do dia. Os soldados inimigos tentavam a todo custo impedir que eles prosseguissem, mas logo aprendiam que não eram páreo para o ataque azul que saia da boca de Pablito. O dragão azul socava qualquer digimon que se colocasse entre eles e a saída, estava determinado a não deixar nada impedir que eles completassem a missão. Os digimons de nível adulto e poucos de nível perfeito adestrados pela Digital Hazard não eram suficientes para conter a força de Pablito.

Angel e Samantha já haviam incendiado o centro de inteligência deixando a Digital Hazard completamente às cegas. Bombardeios aéreos destruiram as torres de comunicação, toda estrutura da base inimiga estava colapsando. Faltava apenas o ataque ao laboratório principal, onde cobaias humanas eram forçadamente ligadas a digimons. Uma vez que aquele local estivesse destruido, a Digital Hazard não conseguiria se erguer novamente.

As duas mulheres adentraram pelas portas de ferro para dentro da grande sala branca, com luzes ofuscantes, instrumentos metálicos espalhados por todos os lados, e corpos ensacados jaziam abandonados. Para sua surpresa, apenas um único cientista restava no local, todos os outros já haviam fugido. Quando se virou e viu as duas mulheres e seus digimons entrando na sala, o cientista pareceu se revigorar, começando a trabalhar ainda mais rápido nos equipamentos. Ao lado dele o que parecia ser uma grande cápsula de selamento, feita de metal, com altura suficiente para um homem ser colocado facilmente dentro dela.

-Ah vocês vão ver! Assim que eu terminar meu trabalho vocês vão sentir a ira dos digimons! - Disse o homem enquanto trabalhava rapidamente, com um acentuado sotaque russo.
-Ele... Está delirando? - Perguntou Angel em voz baixa.
-Você, garota maldita! Se não fosse você! Ah... como eu queria ter colocado minhas mãos em você antes, e ter te aberto como o rato de laboratório que você é! - Disse ele, sem parar de trabalhar.
-Do que você está falando? - Interveio Samantha.
-Por que você não veio a nós no momento certo, minha organização não pode mostrar ao mundo a verdadeira ameaça dos digimons! Todo trabalho de minha vida no lixo! - O homem parecia alterado, extremamente nervoso. Suas mãos tremiam, ele começava a ter dificuldade em se concentrar. Ele então parou, se virando para as duas enviadas da destruição. - Mas agora isso não é necessário! Eu, com minhas próprias mãos, criei um híbrido muito mais poderoso! Eu transformei um humano num digimon! Eu não preciso mais de você, sua imunda!

Um cordão de fúria começava a se enrolar ao redor do corpo de Angel. Aquele homem a havia ofendido profundamente, atacando justamente em seu calcanhar de Aquiles. Ele merecia ser punido, e era disso que Megidramon iria tratar em alguns instantes.

-Calma Angel. Algo me diz que nós precisamos desse homem vivo. - Disse Samantha, colocando a mão no ombro da companheira.
-Eu não tenho medo da sua serpente infernal! Eu criei um ser muito mais poderoso, um ser perfeito! - Nesse momento, um grande pedaço de metal foi arrancado e arremessado da cápsula. Um vulto voou dela indo em direção ao homem desesperado. O vulto agarrou a cabeça do cientista e torceu seu pescoço, que após um estalo caiu morto no chão.

O vulto era um homem que parecia se aproximar dos trinta, que tinha uma expressão vazia e ao mesmo tempo agonizante. Ele estava maltradado, com cicatrizes espalhadas pelo corpo, grandes olheiras, barba mal feita e cabelo desgrenhado. Vestia calça e camisa bejes que pareciam estar sujas e desbotadas, e parecia ter um número de identificação marcado a ferro quente no pescoço. Quando ele viu Angel, olhou diretamente nos olhos dela com um sorriso macabro.

-Então é você! É a você que eu devo agradecer. - Disse ele com uma voz presa, respirando fundo, soltando o ar em bufadas violentas. Angel permanecia estática. - É você que eu tenho que agradecer por transformar minha vida num inferno!
-Eu não tenho... - Tentou dizer a moça.
-Cada dia da minha vida, cada miserável dia em que estive preso nesse lugar maldito! Foi tudo para que eu me tornasse igual a você! Você não sabe as coisas pelas quais eu tive que passar! - Os olhos do homem expressavam pura ira e desgosto, o olhar de alguém que não tinha tido uma chance na vida.
-Nós estamos destruindo esse lugar. Você pode ir embora conosco agora. - Argumentou Samantha.
-COMO SE ISSO FOSSE ME SATISFAZER! - As pernas do homem começaram a crescer e tomar uma forma grotesca. Pouco a pouco essa forma foi se transformando em um digimon, e o homem permanecia ligado a ele da cintura para baixo, posicionado bem no topo da cabeça do monstro. Eles não conseguiriam sair dali facilmente.

–//////--

Do lado de fora, Andrew e Dante já haviam exterminado quase todas as tropas inimigas. Miguel encaminhava os últimos prisioneiros para um comboio militar que os escoltaria para um acampamento de refugiados. Tudo corria de acordo com o plano, faltava apenas Angel e Samantha saírem para enterrarem o local em entulhos e esquecimento. E era essa parte que preocupava Dante.

-Elas estão demorando muito. - Disse Dante, enquanto golpeava um soldado que havia ficado sem balas e tinha partido para o ataque físico.
-Elas são fortes Dante. - Respondeu Andrew, coordenando os ataques dos dois digimons dragões.
-Eu consigo sentir que algo deu errado. Está tudo calmo demais, tranquilo demais.
-Talvez tudo esteja ocorrendo bem.
-Nunca ocorre.

Nesse momento um raio de energia roxa surgiu do chão, explodindo tudo em volta e deixando uma enorme cratera no solo. Megidramon surgiu voando do buraco carregando Angel e Samantha, sendo seguido por Rosemon logo após.

-Se afastem! - Gritou Angel enquanto seu próprio digimon se afastava.
-Eu não disse. - Disse Dante sendo agarrado por Draco, enquanto ele voava para longe da cratera. Lancelot protegeu seu parceiro, bem a tempo de ver um enorme par de pernas pretas e roxas com grandes garras vermelhas emergirem do buraco e se apoiarem no solo. Nos “joelhos” da criatura existiam espadas cravadas, com alguns simbolos que flutuavam ao redor. As pernas serviram de sustentação para erguer do buraco um ser com um corpo aparentemente aracnídeo, que possuia sete pernas iguais as duas primeiras. O corpo era preto, coberto pelo que parecia ser um par de asas vermelhas que faziam um círculo ao redor do corpo principal. Na parte de baixo da criatura haviam o que pareciam ser sete olhos e uma grande boca cheia de dentes afiados. Algo que parecia ser um corpo humanóide sem braços crescia na parte de cima da criatura, e bem na testa desse corpo humanóide um corpo humano ligado pela cintura ao digimon exibia um olhar insano e psicótico.
-Mas que mierda é esta?!? - Exclamou Miguel, retornando de carona com seu digimon.
-É o que a digital hazard tanto se esforçou para criar! - Respondeu Angel. - Uma “réplica” minha!
-E o que fazemos com isso? - Perguntou Dante.
-Derrotamos ele, antes que ele nos derrote. - Respondeu Andrew. Os digimons deixaram os humanos no chão, afastados do inimigo, e partiram para o ataque. A estranha criatura era maior do que todos os cinco digimons presentes, mas apesar disso atacava com grande velocidade. Seus ataques velozes com seus braços enormes acertaram Draco, mandando o digimon voando de encontro ao chão.
-Evolua Pablito, não subestime seu adversário! - Ordenou Miguel. O digimon azul evoluiu para sua forma final, um cavaleiro dragão azul de asas roxas que se movimentava numa velocidade impressionante. - Essa coisa no és páreo para a velocidade del Ulforce V-Dramon

Lancelot atacou com sua maciça esfera de energia na direção do inimigo que cambaleou, mas se reergueu e se lançou numa investida feroz contra o dragão amarelo. Rosemon usou seu chicote de espinhos para laçar duas pernas da criatura, impedindo seu ataque, enquanto Lancelot investiu contra o “corpo” humanóide do ser. O inimigo arremessou Rosemon para longe mas não conseguiu evitar o ataque de Lancelot que acertou em cheio seu corpo. Por ética, os digimons tentavam não atacar o corpo humano preso ao digimon, por mais que a ideia parecesse tentadora.

Draco disparava contra o chão abaixo da criatura, tentando fazer ela perder o equilíbrio e se tornar um alvo, mas o digimon revidava com raios de energia roxa que saiam de sua boca, obrigando o dragão vermelho a desviar. Megidramon começou a socar com toda força o corpo da criatura, que revidou com suas grandes garras vermelhas. O dragão serpente conseguiu segurar as garras evitando o ataque, mas estava sendo pressionado contra o solo, e outros dois braços estavam prontos para atacá-lo. Pablito disparou um raio poderoso em forma de V de seu peito, que tirou o inimigo de cima do seu parceiro.

-Nós estamos nos saindo... Bem? - Perguntou Angel, tentando avaliar a luta como um todo.
-Olhe de novo – Respondeu Samantha – Apesar de nossos ataques, ele não está nem um pouco machucado.
-E o que você pretende fazer?
-Aquilo que todos nós estamos tentados a fazer desde o início – Respondeu Andrew – Atacar o humano.
-Mas isso não parece certo... - Interveio Angel.
-Nós já fizemos muitas coisas que não eram certas hoje – Respondeu Dante – Essa é uma questão de sobrevivência.
-Muito bem, concentrem seus ataques no corpo humano – Ordenou Samantha – Cuidado com os braços, não fiquem muito tempo dentro do alcance deles.

Pressentindo o perigo, a criatura se armou como uma aranha pronta para dar o bote, levantando as patas dianteiras e deixando a sua boca cheia de dentes à mostra. Os cinco digimons desviavam de inúmeros ataques enquanto avançavam contra o inimigo, que permanecia firme.

Pablito foi o primeiro que alcançou o alvo, tentando acertar o humano com a espada de luz que saia de seu pulso. O monstro deu um salto para trás numa velocidade incompatível com seu tamanho, disparando um ataque contra Pablito logo em seguida, que por pouco não conseguiu desviar. Lancelot investiu logo em seguida com suas armas em forma de garras, mas o ser estranho foi mais rápido acertando o dragão amarelo com suas patas enquanto Lancelot ainda se aproximava. O digimon se defendeu usando seu escudo, mas o inimigo não parava o ataque, golpeando repetidamente o digimon que já estava no chão, usando seu escudo para se defender o máximo que podia.

Megidramon avançou em velocidade tentando acertar por trás, mas foi acertado por um poderoso soco de uma das patas traseira do inimigo, sendo mandado ao chão. Draco e Rosemon atacaram juntos, mas a monstruosa criatura agarrou os dois digimons no ar e os esmagou um contra o outro. O braços extras eram uma enorme vantagem, e o fluxo do jogo estava começando a mudar.

-Está na hora de mudar a estratégia – Disse Draco, enquanto se recompunha.
-Como assim? - Perguntou Rosemon, caída alguns metros longe dele.
-Ele espera que a gente ataque o humano, está pronto para se defender nessa situação. Vamos atacar onde ele menos espera.
-E onde seria esse lugar? - Perguntou Lancelot, ofegante.
-Bem, vamos calar essa boca grande dele – Os outros digimons fizeram um movimento de cabeça concordando – Pablito, você é o mais rápido, contamos com você.

Os digimons passaram a seguir uma nova formação de ataque, organizada de improviso por Draco. Rosemon e Lancelot entravam e saiam da área de alcance do inimigo, chamando atenção e disparando ataques contra ele, forçando-o a se defender. Na primeira oportunidade que tiveram, Draco e Megidramon agarraram duas pernas do monstro cada um, erguendo a criatura no ar pelas quatro pernas imobilizadas.
Pablito avançou rapidamente atacando a boca da criatura com seu raio de energia disparado do V dourado em seu peito. O ataque explodiu dentro da grande boca escancarada machucando o inimigo pela primeira vez, então Draco e Megidramon o arremessaram contra o solo.

Os cinco digimon observavam enquanto aquele ser estranho se levantava de uma forma desengonçada, como se tivesse perdido o controle dos membros. Fumaça era expelida do corpo dele, e uma nuvem de poeira pairava ao redor da criatura.
Os digimon não tiveram reação quando o ser se ergueu rapidamente e lançou um violento ataque sonoro, que deixou todos atordoados. O ataque se assemelhava a um grito desesperado e angustiado, mas era tão alto e tão agudo que era impossível permanecer de pé. Mesmo os poucos humanos restantes no lugar estavam sendo afetados, e se contorciam tentando tapar os ouvidos com as mãos.

-OS HUMANOS! - O grito de Draco em meio aquele barulho parecia apenas um sussurro distante, mas os digimon entenderam o recado. Cada um dos cinco lutadores voou rapidamente para proteger seu parceiro humano.

O ataque inimigo foi impiedoso, o potente raio de energia roxa acertou todos os digimons. Os humanos foram jogandos para trás com a força do impacto, atordoados e desnorteados, como se estivessem presos em um redemoinho.

Dante juntou suas forças para se levantar. Os membros doiam, era difícil ficar em pé. Ele não conseguiu escutar nada, apenas um forte zumbido que parecia estar dentro de sua cabeça. Sua visão embaçada aos poucos começava a encontrar o foco. Tentando se localizar, o rapaz se deparou com um cenário desolador.

Seu digimon estava parado de frente para ele, ajoelhado, com sangue escorrendo de seu corpo vermelho. Suas imponentes asas que serviam como defesa tinham sido destroçadas pelo poder do ataque, Draco parecia desacordado. Ao seu lado, o outro dragão vermelho permanecia em pé, mesmo estando fumegando como uma árvore em chamas e com um braço a menos. Megidramon era orgulhoso, não se deixaria derrotar tão facilmente. No chão, Angel se contorcia e gritava de dor, apesar de Dante não conseguir escutar os gritos da esposa. Megidramon nunca tinha recebido machucados tão sérios, como Angel estava ligada diretamente a ele devia ser insuportável a sensação e a dor por ela experimentadas.

Dante correu na direção de sua esposa, para ajuda-la. Sua audição voltava aos poucos, os gritos dela agora eram um eco distante. Quando chegou ao local onde ela estava, percebeu a gravidade do que tinha acontecido ali. Lancelot estava de costas para Andrew, segurando em suas mãos os restos do que um dia haviam sido seu Brave Shield. A armadura do digimon caia em pedaços no chão levantando nuvens de poeira. Andrew tentava se levantar, sangrando, fraquejando.

Alguns metros deles, Samantha estava desacordada no chão. Ao lado dela, um pequeno ovo rosado parecia estar prestes a desaparecer. Longe deles, Dante viu outro ovo, desta vez azul. Ao lado do ovo, o corpo morto de Miguel. O corpo do mexicano havia sido atravessado pelo ataque do inimigo, e agora estava caído numa poça de sangue. Ele escutou ao longe o barulho de Andrew desmaiando, seguido de Lancelot.

-MIGUEEEEL!!! - Gritou Dante, com todo fôlego que restava em seus pulmões. Draco se recuperou e partiu numa última investida feroz contra o monstro que havia matado três de seus companheiros. Mas a velocidade do dragão machucado não foi páreo para seu oponente, que o acertou com suas grandes garras vermelhas e mandou o digimon desacordado em direção ao chão.

Dante começou a sentir sua cabeça leve, seus sentidos perdendo a força aos poucos. Enquanto sua visão ia se escurecendo, ele voltou o olhar para sua esposa, que começava a se levantar. Ele queria lutar mais, ele queria ser o último homem de pé. Mas o seu corpo não mais o respondia. Dante foi de encontro ao chão, desmaiado.

Angel se levantou apenas para ficar horrorizada com a destruição ao seu redor. A moça não conseguia nem mesmo chorar, tamanho o impacto que a cena tinha causado nela. Um grito ficou preso em sua garganta quando ela viu o corpo morto de Miguel, e um estranho sentimento de compaixão cortou seu corpo ao ver o estado de seu digimon.
Megidramon, que Angel sempre encarou como uma cruz que ela era forçada a carregar, como o seu castigo supremo, era o último a permanecer de pé. Sem um braço, ferido, sangrando, o digimon permanecia firme em seu propósito de proteger Angel. Ela havia experimentado a dor alucinante que ele suportava para defende-la.
E era isso que ele sempre havia feito, desde sua primeira aparição. Antes de Dante aparecer em sua vida, antes dela mesma aprender a se defender, o dragão-serpente cuidava dela, mesmo sendo de uma forma bruta e não convencional.
Megidramon não era a soma dos sentimentos ruins de Angel que criou vida, mas sim o instinto de sobrevivência e autodefesa da moça em sua forma mais primitiva. Uma risada alta, estrondosa, cortou os céus daquela noite sombria. Ela vinha ao mesmo tendo da grande boca do inimigo e da boca do humano, ambos falando em uníssono.

-O último homem de pé, uma mulher tão frágil! - Disse ele, com mais um risada estrondosa.
-Você... fala? - Perguntou Angel, atordoada.
-Claro! Eu apenas estava muito ocupado acabando com a raça miserável de vocês para falar alguma coisa – Respondeu ele – Mas agora que os outros vermes inúteis foram eliminados, que tal a gente ter uma conversa de mãe para filho? HAHAHAHA
-Q-quem é você? - Angel teve calafrios pensando na ideia daquela coisa ser filho dela.
-Eu esperava que você pudesse me ajudar a responder essa pergunta! Os cientistas me chamavam de Ogudomon, mas para você, quem sou eu? - Naquele instante, Angel viu ela mesma naquela criatura. Ele era aquilo que ela poderia ter sido se não tivesse tido as oportunidades certas, se tivesse feito as escolhas erradas.
-Eu tenho pena de você – Respondeu ela.
-Pena de mim? Logo você, a mulher que estava lá fora aproveitando o melhor que a vida tem a oferecer enquanto a gente estava aqui mofando nesse ninho de ratos?!? Você é o motivo da gente estar aqui, você é o motivo de eu ter me tornado o que sou! Se você tivesse morrido! Ah como eu queria poder ter te matado antes, com minhas próprias mãos!
-Eu entendo o que você sente, eu já senti o mesmo...
-Você não entende nada! Você estava muito ocupada trepando com o seu principe encantando para saber o que eu passei!
-Eu entendo a sua raiva! Sua frustração! A dor de ser arrastado para um mundo do qual você não queria fazer parte! A dor de não ter escolha, a não ser essa vida!
-Então por que eu estou aqui nesse cu de mundo e você está na vida boa?!?
-Eu não sei ok! Talvez se eu não tivesse tido as oportunidas que tive, as experiências que moldaram meu caráter, hoje eu fosse como você! E talvez se você tivesse vivido tudo que eu vivi, nossas posições estariam invertidas aqui hoje! Eu simplesmente não sei por que as coisas aconteceram dessa forma... Mas não precisa ser assim! Você não precisa ser um assassino. Nós estamos construindo um mundo novo, um mundo onde até aberrações como eu e você podem ter uma vida. Talvez essa seja a oportunidade que você precisa, de fazer a escolha certa! - O ser começou a encolher de tamanho, se desfazer da mesma forma que tinha aparecido antes. Em pouco tempo restava apenas o homem, frente a frente com Angel, olhando profundamente nos olhos da garota. Ela pôde sentir naquele olhar toda a amargura, frustração e rancor que aquele homem carregava. Eles eram completos opostos.
-COMO SE EU PRECISASSE DA SUA COMPAIXÃO! - O braço do homem se transformou no braço preto com garras vermelhas da criatura, e ele se preparou para atacar Angel. A garota fechou os olhos, esperando o golpe final.

Um barulho de lâmina atravessando o vento, o som de um corte, sangue jorrando por toda parte. Usando o braço que ainda estava inteiro, Megidramon decaptou o homem antes que ele pudesse ferir Angel, dando um fim àquela luta. A moça escondeu o rosto enquanto as lágrimas escorriam, ela não queria ver aquela cena. “Acabou” pensou ela, enquanto se ajoelhava ao lado do marido desacordado. Aquela batalha na verdade não tinha trazido nada de bom, apenas dor e morte. E para Miguel, aquela havia sido realmente a última batalha.

Dias depois, Angel disse em entrevista ao The New York Times tudo que havia acontecido naquela fátidica noite, nos mais sinceros detalhes. Ela sentia que era dever dela deixar o povo saber tudo sobre aquele lugar grotesco e sobre o homem que ela encontrou lá, que não foi classificado por ela como um louco ou um assassino, apenas como uma vítima.

Dante, Angel, Draco, Andrew, Lancelot e Samantha compareceram ao enterro de Miguel. O mexicano foi enterrado com honras militares e condecorado como herói de guerra, não que isso valesse pelo sacrifício dele. Era apenas o mínimo que se poderia fazer. O preço maior havia sido pago por ele, o homem que era apenas um amante da liberdade.
A morte de Miguel permaneceu na cabeça de Dante por muito tempo. Ele tinha ido para aquele lugar disposto a colocar sua própria vida na linha de frente, mas não tinha pensando que todos os outros estavam fazendo o mesmo. Dante só esperava que, aonde quer que estivesse, Miguel encontrasse a paz pela qual ele lutou.

–//////--

Em um escritório com paredes tomadas por estantes repletas de livros, sob uma grande mesa de madeira, uma mulher de cabelos negros estava concentrada em seu trabalho, digitando em seu computador. Ela não percebeu quando um homem entrou na sala sem fazer barulho, e se posicionou atrás dela. O homem se abaixou e a abraçou.

-Ainda não terminou isso amor? - Perguntou ele com a testa apoiada sob o ombro dela.
-Terminei agora. - Disse ela enquanto escrevia a palavra “Fim” no editor de texto.
-Ficou boa a história?
-É a nossa história Dante, não tem como não ficar boa.
-Espero que você tenha me retradado como o herói carismático que sou.
-Claro, meu motoqueiro rebelde e sensual – Disse ela com um sorriso, se virando para beijá-lo. - O título vai ser “Crônicas Digitais: O herói improvável e a besta incansável”.
-Então vai ser uma série de livros? - Perguntou ele.
-Hmm... estou pensando nisso.
-Então é melhor começarmos a viver a continuação – Disse Dante colocando as mãos ao redor da barriga de sua esposa, que estava grande e redonda – Nós cinco.

–//////--

Epílogo:

Era um dia iluminado numa floresta muito, muito distante, muito além do que qualquer homem já tinha pensado em ir. Estranhas criaturas corriam por todos os lados, lançando bolhas rosadas em todas as direções, que não pareciam fazer mais do que cócegas umas nas outras. As pequenas criaturas correram e se afastaram quando um portal se abriu bem no meio de uma clareira. De dentro do portal, voou um dragão esverdeado, com chifres vermelhos e barriga branca. Logo atrás dele, saiu um homem vestindo uma roupa de astronauta.

-Houston, temos um problema! - Escutaram pelo rádio vários homens reunidos numa grande sala cheia de computadores, um centro de comando muito longe de onde o homem estava.
-Informe o problema Major. - Disse um dos homens reúnidos ao redor dos computadores, falando em um microfone.
-Nenhum, é que eu sempre sonhei em dizer isso – Respondeu o homem do outro lado da linha.
-Sem gracinhas Major, prossiga com a sua missão.
-Roger. As leituras indicam que o ar é respirável, e que a atmosfera é propicia aos humanos.
-Sinais de perigo?
-Negativo, pouso concluído em área pacifica.
-Entendido, prossiga com os protocolos.

O homem então retirou o capacete, revelando o rosto de alguém que já estava na meia idade, com os primeiros cabelos brancos começando a aparecer. O dragão voava alegremente sobre as árvores, que balançavam suavemente na direção do vento. O homem estava deslumbrado com o que via, a visão mais espetacular que ele já tinha presenciado em toda sua vida. Um mundo novo, repleto de vida e de beleza. Ele havia rompido a última barreira que restava a sua frente.

-Conseguimos amigo – Disse o homem para si mesmo – Chegamos na sua casa.

20 de Agosto de 20XX
Dante Alighieri se torna o primeiro homem a colocar os pés no solo do Mundo Digital


Fim

É isso aí galera, foram OITO MESES de trabalho para finalizar essa fanfic (puta merda!) mas posso dizer que valeu a pena. Ao longo desse tempo passei a ter um carinho muito grande por essa história e pelos personagens. Tenho consciência que algumas partes poderiam ter sido melhor trabalhadas, mas eu estou satisfeito com o trabalho que realizei. Conseguiu passar para o papel tudo aquilo que imaginei na primeira vez que comecei a imaginar essa fanfic, numa distante madrugada de Setembro do ano passado, e por isso estou feliz por ter feito uma história que pelo menos corresponde às minhas expectativas. Com certeza é a melhor história que eu já escrevi, e vou me lembrar dela por muito tempo. Bem, pelo menos até o dia em que eu escrever uma história melhor.

Quero agradecer também a Mafinha do meu kokoro, a Ray-chan e o Merz que me acompanharam desde o início, dando dicas e apoio. Muito obrigado amigos, a gente se vê na minha próxima fanfic xD
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Mensagem por Mickey Ter 22 maio 2012, 10:45 am

Meus Parabéns Dragon!

É dificil não chorar em final... Dentre todas as pessoas desse fórum...

Dragon você é a unica que eu não esperava de forma alguma me fazer chorar com uma fanfic...

Para esse trabalho iremos precisar de um time de agentes eficientes, corajosos, poderosos, furtivos e mortais. Os melhores dos melhores que o mundo tem a oferecer.
Digno de um filme! Não é mesmo? Achei perfeita a comparação do Dante sobre quem é quem...
Bom eu ia falar mais... porem acho que seria injusto de minha parte mostrar todos os pontos legais desse final.

Portanto só comentando mesmo que foi muito divertido e engraçado no começo...
Quando chegou na hora da ação foi tenso, ficou dramático e terminou em sacrifícios...
E quando chegou no final... A missão cumprida, novos horizontes e mais uma piadinha do Carismático Dante.

E aqui fica minha homenagem ao meu herói nessa história... e faço isso com lágrimas nos olhos...


Você apareceu na história e se tornou o meu personagem favorito...
Sentirei sua falta. Descanse em paz e obrigado Miguel.


Madrecita! - Miguel em DigimonTruth


É isso! Após enxugar as lágrimas... e Sorrir com a última piadinha da história e a promessa cumprida...

Meus Parabéns! Sua Fanfic encerra com Chave de Ouro.

Eu fico feliz por ter acompanhando ela do seu começo ao final. Obrigado pela Leitura!
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