[Análise]Kingdom Hearts

Eis a minha segunda análise de séries de jogos!

Quando surgiram os primeiros boatos de que a Square Enix (Square Soft, na época) iria fazer uma parceria com a Disney para formar um RPG misturando os mundos de Final Fantasy com os do camundongo Mickey, ninguém acreditou. E assim que saíram os primeiros trailer, não havia outros comentários entre os gamers a não ser: "isso aí vai ser uma porcaria!", "será um joguinho para crianças!".

Quando enfim saiu Kingdom Hearts, em 2002, as surpresas foram muitas: o jogo se tornou um dos melhores avaliados pelas maiores e mais reconhecidas revistas de games no mundo, tais como Famitsu, Edge e EGM. Logo, a série caiu na graça dos jogadores, sendo vendidos mais de 14 milhões de cópias em todo o planeta e jogado por pessoas de todas as idades.

O sucesso do primeiro jogo foi tão estrondoso que o diretor, Tetsuya Nomura (que é designer de vários personagens de Final Fantasy), resolveu criar várias sequências, transformando Kingdom Hearts em uma série de grande sucesso. A série é recheada de mistério com uma pitada de humor, e já saiu até mangá e livros de romances de Kingdom Hearts. Fiz uma análise indicando os principais pontos de cada título, como pode ver a seguir.

NOTA: Aqui eu não citarei muito sobre as Final Mix, versões "definitivas" de cada jogo. Atualmente há 3 FM: Kingdom Hearts Final Mix, Kingdom Hearts Final Mix + e Kingdom Hearts Birth by Sleep Final Mix. As FM contém, em geral, cenas inéditas, mas desafios e mais lugares para explorar, porém a história não é alterada.


Era uma vez,um garoto chamado Sora que vive com seus amigos, Kairi e Riku, nas calmas Destiny Islands. Em uma noite de tempestade, enquanto os três amigos navegavam, porém, tudo muda: eles são atacados por criaturas chamadas Heartless (os "sem corações", monstros do jogo. São na verdade pessoas que perdem seus corações para a escuridão, e tem como único objetivo vagarem por aí em busca de novos corações), Sora recebe uma estranha arma chamada Keyblade e o trio se separa em um naufrágio.

Enquanto isso, no Disney Castle, o King Mickey desaparece, mas deixa um recado para Donald e Goofy buscarem a "chave". Essa "chave" na verdade é a Keyblade de Sora, uma arma capaz de abrir e selar todas as portas (melhor explicando, as portas dos mundos). Donald e Goofy encontram Sora e se aliam a ele para procurarem junto o rei e os amigos de Sora. Enquanto isso, Maleficient, a bruxa de A Bela Adormecida, quer reunir as "Princess of Hearts" para conseguir abrir Kingdom Hearts - uma fonte de poder e conhecimento.

A história é meio complexa, mas muito cativante e emocionante. O jogador viaja por vários mundos que são inspirados em mundos da Disney, tais como Wonderland (Alice no País das Maravilhas), Halloween Town (O Estranho Mundo de Jack), Neverland (de Peter Pan), entre vários outros, sem falar que é possível encontrar vários personagens de Final Fantasy, como Tidus, Leon, Cid, Yuffy, Cloud e até Aerith.

Os gráficos são muito bons, e a trilha sonora é ainda melhor. Os comandos são simples, fáceis de aprender e memorizar. Porém Kingdom Hearts é um bocadinho difícil; então, não se assuste se levar muitos game overs! A única falha deste jogo é a câmara - que é difícil de se controlar em alguns momentos. E sem falar que aquelas fases do Gummi Ship que o jogador é obrigado a jogar durante as viagens entre os mundos é um saco!


Continuação direta de Kingdom Hearts; a história se passa em Castle Oblivion, encontrado por Sora, Donald e Goofy no final do primeiro jogo. Inclusive, o cartucho deste jogo possui um chip especial para reproduzir, com gráficos de Playstation 2, as cutscenes deste final logo no início do jogo.

Castle Oblivion é um castelo que faz as pessoas perderem suas memórias quando vagueiam por seus corredores. A cada andar que Sora e seus amigos vão, visitam um mundo diferente (que na verdade não passam de lembranças do garoto), e à medida que eles avançam, acabam esquecendo algumas coisas. Porém, surgem lembranças novas também. Outro ponto interessante é que tudo neste castelo é controlado por cartas - os ataques, as ações, os andares - e é preciso utilizá-las sabiamente. Neste jogo, o jogador pode também controlar Riku, e sua história acontece quase paralelamente com a de Sora.

Os inimigos deste jogo, além dos Heartless e do chefe final do primeiro KH, é também um pequeno grupo de pessoas que se vestem de preto, citados no jogo apenas como "The Organization". E também há a presença de uma nova personagem, que talvez possa ser a chave para alguns acontecimentos deste jogo.

Os gráficos podem desapontar alguns, mas são de longe uns dos melhores apresentados para Game Boy Advance. A trilha sonora é boa, e as batalhas foram bem elaboradas.


Continuação de Chain of Memories, Kingdom Hearts II é visto como o melhor já lançado na série. Com uma história envolvente, se tornou também um dos melhores jogos lançados para Playstation 2. Possui gráficos até melhores que seu atecessor, a trilha sonora está ainda melhor e o controle mais simples. A dificuldade foi um pouco ajustada, mas ainda é difícil em algumas partes (como por exemplo quando o jogador batalha com Sephirot).

A história começa não com Sora, mas com um garoto chamado Roxas, que é uma das peças chaves para todo o jogo. Passando algumas horas de jogo e de vários acontecimentos, o jogador volta a controlar Sora, que já está com uma aparência mais madura e ganha roupas novas. Seu objetivo agora é encontrar seu amigo Riku.

No entanto, aparecem novos inimigos: os Nobodies e um grupo que se vestem de preto chamado Organization XIII. Além de tudo, Sora precisa também decifrar os enigmas dessa estranha organização.

Ah, lembra do Gummi Ship do primeiro jogo? Pois é, arrumaram aquele negócio aqui: agora as fases estão mais interessantes e desafiadoras, e o jogador pode ainda criar sua própria nave; mas caso não tenha paciência, pode ainda utilizar os modelos pré-montados que são obtidos com o tempo.


O remake de Chain of Memories foi lançado juntamente com Kingdom Hearts II Final Mix+ no Japão como "Disc 2". Se o jogador terminasse de jogá-lo primeiro, obtinha alguns bônus ao jogar FM+. No entanto, no Ocidente ele foi vendido separadamente de Kingdom Hearts II Final Mix+.

Os gráficos são simples e são até mesmo menos caprichados que KHII, porém o visual é competente e muito colorido. A trilha sonora é a mesma do primeiro jogo, mas não deixa de ser um problema.

Se as cartas da versão original complicava a jogabilidade e deixava alguns pontos confusos, neste remake elas estão ainda melhores, e o seu uso mais fácil.


Jogo lançado exclusivamente para celulares do Japão. A história ocorre após Kingdom Hearts II. Possui uma jogabilidade muito simples, com batalhas e muitas missões.

Surge neste jogo um novo "elemento": o Datascape. Cada mundo há uma versão "virtual" de si, e que caso não estejem em harmonia, podem abalar ambas as realidades. A história começa em Disney Castle, quando Jiminy Criket encontra em seu jornal uma frase que não escreveu: "We must return to free them from their torment" (Nós precisamos voltar para salvá-los de seus tormentos.. Intrigado, ele busca ajuda de King Mickey, e ambos descobrem que há um bug destruindo o Datascape dos mundos, então pedem ajuda de uma pessoa que vive no Datascape: Sora, em sua versão codificada. Seu objetivo é destruir os bugs que apareceram em cada mundo nessa dimensão virtual.


Para explicar um pouco melhor sobre Roxas, o personagem que é jogável no começo de KHII e citado inúmeras vezes no decorrer deste jogo, a história de 358/2 Days acontece entre Chain of Memories e KHII. Se passa totalmente em volta dele, detalhando o seu elo com Sora e a Organization XIII.

Roxas é o novo membro da Organization XIII; meio receoso no começo, ele precisa aprender muito dentro da organização. Como possui uma Keyblade, é objetivo dele derrotar o máximo de Heartless possível em todos os mundos e coletar corações para a Organization XIII. Mas então surge uma nova personagem; uma figura feminina chamada Xion que também entra na Organization.

O jogo funciona como um sistema de missões: a cada dia, Roxas precisa executar uma missão em um mundo diferente, e é recompensado se fizer um bom trabalho. E depois de concluir algumas missões, surgem acontecimentos para deixar a história ainda mais emocionante. Para um NDS, 358/2 Days até têm gráficos bons, e a trilha sonora, como era de se esperar da série, é muito boa. Uma pequena falha é que, ironicamente, enquanto os outros jogos são um pouco difíceis, 358/2 Days é muito fácil; e também não há a possibilidade de cortar os tutoriais que aparecem durante as 2 primeiras horas do jogo, que são um saco para quem já jogou algum título da série antes.

O que marcou esse título foi o modo Multiplayer, onde os jogadores podem escolher entre os membros da Organization XIII e realizarem missões em grupo. Há até uma edição especial e personalizada de Nintendo DS deste jogo.


A história acontece 10 anos antes do primeiro KH, quando Sora e seus amigos ainda eram meros pupilos. No entanto, aqui aparecem três personagens principais: Terra, Aqua e Ven, guerreiros aprendizes da arte da Keyblade, e que estão em busca de Master Xehanort. Assim como todos os jogos da série, os personagens viajam por mundos da Disney. A mecânica se assemelha um pouco à de Chain of Memories: o jogador poderá controlar três personagens separadamente. Os inimigos aqui são os Unversed.

Há muitos elementos chaves neste jogo que ajudam o jogador a entender melhor a série. A dificuldade é a digna da série, e os comandos respondem muito bem.

Originalmente, BBS era para ser lançado para Playstation 2, porém foi para o PSP devido às muitos pedidos dos fãs que possuem o portátil da Sony. Sem falar que também há uma edição especial e personalizada do PSP deste jogo também.

Há ainda um modo multiplayer a la Mario Party: com tabuleiro e minigame.


Remake de Kingdom Hearts Coded. Os gráficos são ainda melhores que 358/2 Days, mas peca na duração: é um jogo curto. Diferente da versão original, Re: Coded foi lançado no mundo todo.

Os diálogos são meio que imagens estáticas que se movem em slides, o que desagradou muitos fãs. Apesar de ser o jogo que recebeu a menor nota das revistas de games da série, não deixa de ser um bom jogo. Há ainda um video secreto que revela muitas coisas sobre o próximo título da série.

Uma pequena atração deste jogo é um modo de interação com amigos via Wi-Fi, com mini-games utilizando avatares super kawaii personalizados.


Sora, Riku e Kairi cresceram, e seus visuais ficaram diferentes. Agora eles têm como objetivo realizar o test da Mark of Mastery (que é explicado em Kingdom Hearts Birth by Sleep), citado no final secreto de Re:Coded. Até onde os trailers mostraram, os gráficos são muito bons, parece ser um jogo "veloz" e aparecerão mundos de O Corcunda de Notre-Dame, Pinnochio, Os Três Mosqueteiros e Tron - O Legado, além de estar confirmada a aparição de personagens do jogo The World Ends With You. Os novos inimigos serão os Dream Eaters que podem também serem recrutados, e Sora e Riku viajam pelos mundos através dos sonhos.

Até onde deu para ver nos trailers, parece que muitos personagens dos títulos anteriores que aparentemente não apareceriam mais, surgem neste novo jogo: Organização XIII, Vanitas (de BBS), Xion (de 358/2 Days) e vários outros, talvez como flashbacks, talvez como reais. Uma nova forma de Xehanort aparecerá além das outras duas já existentes (que são os chefes finais de KH e KHII).


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Bom, eu tenho os títulos KH, KHII, KHre:CoM, KHIIFinalMix+, KH358/2Days e KHre:Coded. Ah, sem falar que estou pensando em comprar um 3DS só para jogar KH:DDD. É uma série interessante, o tipo ideal de RPG: envolvente e cheio de enigmas. Com quase 10 anos de história, é uma série que sempre surpeende os jogadores a cada título lançado, e mesmo depois de todo esse tempo, a trama simplesmente não enjoa! Diferente de séries como Pokémon, que segue sempre um mesmo padrão, ou Zelda, que possui uma ordem cronológica muito confusa, Kingdom Hearts sempre inova e está sempre a um rumo. Recomendado para todos os RPGistas e fãs de Final Fantasy!

Ótima análise, Marcy.

A série Kingdom Hearts é, sem sombra de dúvida, uma das melhores no quesito RPG/Ação. Possui belos gráficos, uma jogabilidade incrível e fácil e uma trilha sonora MUITO linda e tocante - principalmente a música de abertura do menu New Game. Meu Deus, aquela e a Sanctuary são muito lindas.

A história é extensa e às vezes você pode ser pego de surpresa; o suspense e o mistério nunca deixam a trama de lado. Os personagens são muito cativantes e você percebe que cada um tem a sua personalidade única - Sora sempre valorizando a amizade, Riku frio e misterioso, Donald sempre bravo, e por ai vai...

Já joguei o Kingdom Hearts I, Kingdom Hearts II e o Re: Chain of Memories. O primeiro eu cheguei perto do final, o II eu fiz final várias vezes (sem matar o Sephirot; enjoa ficar upando até o level 70+) e o terceiro cheguei até a fase da Alice se não me engano, e desisti, porque não me familiarizei facilmente com aquele sistema de cartas, sem contar que achei ele ridículo. Se tivesse sido como I/II seria bem melhor.

Tenho vontade de jogar o 3D e o BBS, mas no momento não tenho os portáteis disponíveis... Resumindo, é uma das melhores histórias já criadas para videogame, a amizade entre o trio Sora/Riku/Kairi é algo muito bonito e o simples fato de Sora partir em uma viagem em busca de salvar seu melhor amigo Riku e sua amada Kairi é algo que conta quase todos os pontos da trama.

Ótima analise Marcy!!!!

Nossa agora consegui me atualizar nesta incrível história!

Eu amo Kingdom Hearts! Grande fã de Final Fantasy como eu ter o prazer de ver os seus personagens reaparecendo, mas de uma forma diferente, em um novo jogo me animou muito!

Uma pena que só tive o prazer de curtir os Jogos do PlayStation 2... Não tenho os portáteis... Tive que apelar para os vídeos de boa qualidade do Youtube da vida para ver as belas animações desses jogos...

E trilha sonora deste jogo?! É incrível! As do segundo episódio me enche de moral... Sentindo um herói com a chave na mão! =)

Mesmo com tanto personagem legal de Final Fantasy... Eu nem preciso dizer qual é o meu personagem favorito!

Agora uma surpresa que eu não esperava... O novo episódio da saga é para Nintendo3DS... Bolas! Será que não haverá uma mega produção para o Playstation 3 mesmo?! T.T

Enfim, muito bom! Parabéns Marcy!

Leonardo Polli escreveu:Possui belos gráficos, uma jogabilidade incrível e fácil e uma trilha sonora MUITO linda e tocante - principalmente a música de abertura do menu New Game. Meu Deus, aquela e a Sanctuary são muito lindas.

Eu também amei a música da Utada Hikaru, simplesmente linda! A música do Menu Principal que referes se chama "Dearly Beloved", e é a mesma em todos os Menus Principais de todos os jogos, porém com a composição diferente.

Leonardo Polli escreveu:Já joguei o Kingdom Hearts I, Kingdom Hearts II e o Re: Chain of Memories. O primeiro eu cheguei perto do final, o II eu fiz final várias vezes (sem matar o Sephirot; enjoa ficar upando até o level 70+) e o terceiro cheguei até a fase da Alice se não me engano, e desisti, porque não me familiarizei facilmente com aquele sistema de cartas, sem contar que achei ele ridículo. Se tivesse sido como I/II seria bem melhor.

Ah, o Sephirot eu consegui derrotar no nível 99 em Kingdom Hearts II Final Mix + xD Aliás, deveria tentar derrotar ele pois

Spoiler:

Chain of Memories é meio chato no começo, confesso que eu não gostei muito no início... o que me motivou a seguir em frente foram os acontecimentos que ocorriam enquanto Sora e Riku avançavam de andar. O final é legal.

Mickey escreveu:Agora uma surpresa que eu não esperava... O novo episódio da saga é para Nintendo3DS... Bolas! Será que não haverá uma mega produção para o Playstation 3 mesmo?! T.T

Olha, foi confirmada apenas que sairá versões HD dos jogos de Playstation 2 para a atual geração. A questão é que ninguém sabe se vai ser para PS3, X360 ou Wii, ou até mesmo multiplataformas...

Obrigada por comentarem!