Digimon: EXPANSÃO

Olá, pessoal. Como vocês estão? Espero que bem. Um pouco mais abaixo tem o quarto capítulo de EXPANSÃO, mas antes, vou responder aos comentários anteriores.

spikehunter
Pois é, eu marco datas justamente pra facilitar a vida de quem lê. Todos sabem que às segundas há capítulos novos. É só esperar.

Mickey
Como pôde ver, eu segui o seu conselho. Não gosto do fato de não responder imediatamente a quem dedicou seu tempo lendo o que escrevo, mas acho que essa é a melhor forma.

TODOS
Obrigado a todos e aqui está. Com vocês, o quarto capítulo de Digimon: EXPANSÃO.

MetalGreymon, AtlurKabuterimon e Zudomon destruíram HolyAngemon e se dirigiram ao castelo. Enquanto isso, no lado de dentro, Angewomon revelou-se para o grupo de humanos e seus aliados digimons e afirmou conhecer o seu segredo. “[...] sempre que morrem, podem voltar!”, disse ela. O restante dos aliados dos humanos chegou, e Sandra, que havia sido assassinada por Pedro, reapareceu. Mas HolyAngemon também voltou e, ao lado de Angewomon, conseguiu derrotar os invasores.

O cômodo era pequeno e mal iluminado. Nenhum traço de decoração havia ali. Parecia que fora feito apenas para não deixar espaço sobrando. Entretanto, era perfeito para uma conversa particular. Uma conversa para não ser ouvida por qualquer pessoa que não estivesse ali dentro. No interior daquele quarto, HolyAngemon e Angewomon tinham uma conversa séria.

– O que você ouviu? – perguntou o rei.

– Não muita coisa, mas o suficiente por enquanto – respondeu sua esposa.

– Então fala logo! – ele estava impaciente.

– Você poderia me tratar um pouco melhor, sabia? – reclamou a rainha – Eu sou sua esposa!

– Você já vai começar?!

Angewomon deu um leve riso, mas logo voltou ao assunto.

– Está bem – disse ela – Tem algo de que eu desconfio: acho que alguns dos digimons aliados não sabem que os humanos não morrem.

– “Não sabem”...? – repetiu HolyAngemon, pensativo.

– Eu acho isso, porque uma humana foi destruída e, quando voltou, mentiu para os que lutaram com você, dizendo que havia se perdido.

– Mas é claro! – bradou, ao chegar a uma conclusão – É claro que eles não sabem! Eles estão sendo enganados! Os humanos devem ter-lhes dito alguma mentira a meu respeito. Esses digimons são apenas marionetes nas mãos dos humanos!

Os dois ficaram em silêncio por alguns instantes. HolyAngemon estava furioso. “Como eles têm coragem de fazer isso?!”, pensava ele. A rainha apenas o olhava. Vê-lo importar-se com aqueles que um pouco mais cedo tentaram destruí-lo, era simplesmente inspirador. Por isso, ela o amava tanto.

– E então? – começou ela – O que vamos fazer?

. . . . . . . . . . . . . . .

Nas masmorras, os rebeldes pensavam na situação em que estavam. Todos os seis humanos e os seis digimons estavam lá. Piyomon já estava acordada.

– O que vamos fazer, Pedro? – perguntou Júnior, preocupado.

Pedro lançou um olhar rápido e discreto aos digimons.

– Não é melhor fugirmos? – sugeriu Vítor.

– Para de ser idiota! – cortou Pedro – Nós já estamos aqui, no castelo. Sem falar que os digimons não conseguem evoluir aqui nas masmorras.

– O que você acha, Amélia? – perguntou Marla.

– Eu tenho uma teoria nada agradável – respondeu a garota.

Ela deu uma olhada no dinossaurozinho amarelo que era MetalGreymon.

– Agumon, tem certeza de que vocês mataram HolyAngemon? – perguntou.

– Sim, nós temos! – disse o digimon, exausto – Conte a eles, Tentomon.

O besouro que era AtlurKabuterimon, começou a explicar toda a luta.

– Então HolyAngemon morreu mesmo, não foi? – perguntou Amélia.

– Sim, morreu – confirmou Tentomon.

– Sabem o que eu acho?! – perguntou Amélia retoricamente – Acho que já sabemos o que estamos procurando.

Todos olharam para ela, esperando a conclusão.

– Não é óbvio? HolyAngemon tem alguma espécie de máquina que o permite ressuscitar!

– Isso faz todo o sentido! – concordou Marla – A quantidade necessária de dados para realizar uma ressurreição de digimon deve ser gigantesca!

– Mas como isso é possível? – perguntou a foca peluda, que antes era Zudomon – E como ele pode esconder isso dos digimons?

– Pra você ver o monstro que ele é, Gomamon – disse Vítor.

De repente, vários Andromons apareceram no fim do corredor, enquanto a cela do grupo era aberta. Os humanos, WereGarurumon e Lilymon foram levados. Esta última estava muito debilitada. Tudo aquilo não estava fazendo bem a ela.

Durante todo o percurso, Pedro tentava encontrar alguma maneira de escapar e encontrar a tal máquina, mas os Andromons não davam trégua.

Por fim, grupo foi levado ao cômodo onde HolyAngemon e Angewomon conversavam. Os dois estavam lá, esperando pelos invasores. Esse momento era decisivo.

– Olá, rebeldes – cumprimentou o rei – Como vocês estão?

– Nada bem – disse Vítor, debochadamente – Esse seu castelo é horrível!

Pedro e Sandra riram. HolyAngemon continuava impassível.

– Sentem-se – ordenou ele, indicando um conjunto de cadeiras organizadas à direita.

Enquanto os rebeldes se sentavam, os Andromons o prendiam às cadeiras com correntes. “Eles são um pé no saco!”, pensou Pedro.

– Muito bem, senhores imortais, vamos começar – disse HolyAngemon, rindo.

– Por que você não chamou os outros digimons? – questionou Marla.

– Vocês não querem que eles ouçam essa conversa, querem?! – falou Agewomon, mordaz.

– O que quer dizer? – Perguntou Pedro.

– Ora, é óbvio que eles não sabem que vocês não estão aqui de verdade. Que vocês não podem morrer de verdade – disse o rei, sem rodeios – O que me deixa curioso é por que esses dois digimons aí – apontou para WereGarurumon e Lilymon – ainda estão do seu lado, mesmo sabendo disso.

Por uns dez segundos, nenhum som pôde ser ouvido naquela sala. A voz que quebrou o silêncio era fina e amedrontada. Era visível o desespero de Lilymon.

– Eles estão me ameaçando!

Antes que a fada pudesse dizer qualquer outra coisa, WereGarurmon deu um soco nela. Lilymon tombou na parede, sendo nocauteada pela cadeira à qual estava presa. Os Andromons se apressaram em paralisar o lobisomem, que parecia estar nervoso.

– Levem-na para um dos quartos no último andar – ordenou HolyAngemon – E chamem Andromons Médicos para cuidar dela.

Às ordens do rei, um Andromon pegou Lilymon nos braços e a tirou da sala, enquanto alguns outros faziam escolta.

– É, parece que ela dizia a verdade – disse HolyAngemon, olhando para WereGarurumon – E você? Por que essa fidelidade a esses seres desprezíveis?

– Isso não é da sua conta! – grunhiu o lobisomem.

O anjo avaliou WereGarurumon por alguns instantes.

– Pelo visto, você está tão obcecado pelos humanos, que é capaz até de atentar contra alguém de sua própria espécie!

– Eu já disse que isso não é da sua conta! – reafirmou o outro.

– Tudo bem, mas eu te asseguro que não terei piedade se continuar lutando pelos humanos! – disse o rei, em um tom definitivo.

WereGarurumon apenas olhou para HolyAngemon, mantendo-se calado.

– Agora, vamos ao assunto mais urgente – começou o rei – O que vocês vieram fazer aqui, no meu castelo?

Ninguém respondeu. HolyAngemon esperou, mas todos continuaram calados.

– Muito bem, então. Já que vocês não querem colaborar, vou encerrar nossa conversa e contar aos outros digimons o seu segredinho.

– Okay! – disse Marla, derrotada – Se você quer tanto saber, lá vai.

– Cala a boca! – disse Pedro.

– Esse é o único jeito! – rebateu a garota – Se não fizermos o que ele mandar, ele vai revelar aos digimons nossa mentira! Vocês sabem o quanto foi difícil conseguirmos esses aliados!

– Eu concordo com você – disse Júnior, timidamente.

– E então? – perguntou HolyAngemon.

Ao ver que os outros ficaram calados, Marla começou.

– Nós viemos aqui, ao seu castelo, para procurar a fonte de um grande buraco negro digital.

– O quê? – perguntou o rei, suspreso.

– Tem alguma coisa no seu castelo que está sugando os dados da internet. Desse modo, O Mundo Digital está crescendo de uma forma descontrolada.

– Você está dizendo...

– Estamos aqui para acabar com a Expansão!

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

HolyAngemon, o rei do Mundo Digital, foi atacado por Garudamon, MetalGreymon, AtlurKabuterimon e Zudomon. Enquanto isso, Pedro, Júnior, WereGarurumon, Marla, Sandra, Vítor, Amélia e Lilymon embrenhavam-se no castelo de HolyAngemon. Lá, Pedro destroi Sandra, e WereGarurumon ameaça Lilymon. De repente, uma voz ordena que eles saiam do castelo. No lado de fora, o ataque combinado dos digimons invasores destruiu HolyAngemon, e em seguida, eles se dirigiram ao castelo. No lado de dentro, Angewomon revelou-se para o grupo de humanos e seus aliados digimons e afirmou conhecer o seu segredo. “[...] sempre que morrem, podem voltar!”, disse ela. O restante dos aliados dos humanos chegou, e Sandra reapareceu. Mas HolyAngemon também voltou e, ao lado de Angewomon, conseguiu derrotar os invasores. Nas masmorras, os humanos chegaram a uma conclusão: HolyAngemon descobriu uma forma de ressuscitar. O rei chamou-os para um interrogatório, à exceção de Agumon, Tentomon, Piyomon e Gomamon. Questionados sobre sua lealdade mesmo sabendo que os humanos são invulneráveis, Lilymon disse que está sendo ameaçada, mas WereGarurmon impediu que ela dissesse mais alguma coisa, nocauteando-a. Lilymon foi levada para um outro quarto no castelo, enquanto Marla resolveu revelar a HolyAngemon o motivo deles estarem ali: o Mundo Digital está crescendo desordenadamente, e eles querem acabar com essa Expansão!

HolyAngemon olhava para Marla intrigado. Será mesmo que o que ela diz é verdade? Todos estavam em silêncio.

“E o que é exatamente ‘internet’?”, perguntou o rei.

Amélia era a perita a responder a essa questão. “‘Internet’ é a rede mundial de computadores. Um espaço criado pelos humanos para transmitir dados a longa distância em pouco tempo”.

“E como é que algo aqui, no Mundo Digital, interferira na internet?”

“O Mundo Digital existe dentro da internet”, explicou Amélia. “E tem alguma coisa aqui dentro, que está sugando os dados da internet!”.

“E se estivesse, qual seria o problema?”, questionou o anjo.

“É claro que vai demorar anos, talvez décadas, mas se isso não parar, todos os dados da internet se perderão aqui dentro!”. Marla tinha que se fazer entender.

HolyAngemon deu um sorriso diabólico. “Me responda uma coisa”, pediu ele. “O que te faz achar que eu me importo com isso?”

“Escuta aqui, seu viado!”, enfureceu-se Pedro. “Sabe o que você é?! Nada! Você não é nada! Você é só um monte de dados que não serve pra nada! E a gente vai acabar contigo, seu merda!”

“Se eu sou só um monte de dados, você é só um monte células, que contém dados. E então, qual é mesmo a diferença?”, rebateu o rei.

Neste momento, um Andromon entra apressadamente no aposento. “Vossa Majestade, perdoe-me a interrupção, mas é urgente: Picklemon está aqui!”

“O quê?”, foi só o que disse HolyAngemon, que estava perplexo.

A preocupação que emanava do digimon fez os humanos se perguntarem “quem é Picklemon?”

“Diga a ele que eu já vou”, ordenou o rei. O Andromon sai correndo para cumprir a ordem de HolyAngemon. Em seguida, o anjo virou-se em direção aos humanos e disse “Mais tarde eu volto pra terminarmos nossa conversa”.

Acompanhado de Angewomon, HolyAngemon saiu, deixando os Andromons vigiando o cômodo.

“O que Picklemon está fazendo aqui, HolyAngemon?”, perguntou a rainha ao marido, enquanto andavam.

“Não faço ideia! E esse é um péssimo momento!”

“Eu te disse que era melhor tê-lo matado. Que era melhor ter matado os dois! Picklemon e Kuzuhamon! Assim você seria o único rei do Mundo Digital!”

“Quantas vezes vou ter que repetir?!”, questionou HolyAngemon, exasperado. “O povo do Refúgio e o povo do Bosque são fiéis aos seus respectivos reis, Picklemone Kuzuhamon! Matá-los só iria me trazer problemas. Por isso eu criei um novo país, o Paraíso”.

“Você é o rei. Você é quem decide. Você pode contar comigo para qualquer coisa”, garantiu Angewomon.

Quando os dois chegaram ao grande salão, encontraram vários digimons protegendo uma pequena criatura. Era redondo, púrpuro, com asas de fada e pequenos pés e mãos. Segurava, ainda, uma varinha de condão.

“Picklemon, a que devo a honra de sua inesperada visita?”, perguntou o anjo.

“Meu caro HolyAngemon, faz um tempo que não nos vimos”, disse a bola púrpura, sorrindo. “Precisamos nos certificar de que tudo está correndo bem no nosso mundo, não é?!”

“Por mais que eu agradeça o interesse e a preocupação, agora não é um bom momento, Picklemon. Há assuntos que preciso resolver com urgência”.

“Ah, o que é isso?! Vamos conversar um pouco. Tenho certeza de que há muitas coisas que precisamos falar”, insistiu Picklemon.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Na cela onde os humanos estavam, uma discussão ocorria.

“Por que diabos você contou a verdade pra ele, Marla? Que porra tu tem na cabeça, caralho?!”, Pedro, gentil como sempre.

“Me desculpe, Pedro, mas eu tinha que tentar. Pensa, nós já chegamos atacando. Talvez se disséssemos a verdade, ele nos liberasse e nos entregaria a origem da Expansão!”, explicou-se Marla.

“Não posso negar que sua lógica esteja correta, mas HolyAngemon não faria isso”, disse Júnior.

“Em vez de nos preocuparmos com o que HolyAngemon vai fazer, deveríamos pensar no que nós vamos fazer”, sugeriu Vítor.

Neste momento, um vulto pôde ser sentido fora da cela. De repente, todos os Andromons foram destruídos, e a cela se abriu.

“Quem será que fez isso?”, perguntou Sandra.

Sobressaltando a todos, uma figura estranha surgiu diante deles. Com certeza, esse era o Digimon mais estranho que eles haviam visto. Seu rosto era coberto por um tecido claro, à exceção dos olhos, que ficavam expostos, mas eram só dois pontos amarelos. Duas enormes folhas verdes caíam de seus ombros, como um poncho. Seus membros superiores e inferiores, na verdade, eram uma espécie de mola, e possuíam, em sua extremidade, shurikens.

“Quem é você?”, Pedro estava assustado com a aparência medonha do digimon.

“Sou Shurimon. Vim para libertar vocês. Vamos!”.

Os humanos se entreolharam, e, como não tinha nada a perder, seguiram-no. Logo em seguida, foram libertar os digimons restantes.

“E a Lilymon?”, perguntou Agumon.

“Ela nos traiu, aquela vadia!”, disse Pedro. Agumon, Piyomon, Tentomon e Gomamon ficaram muito tristes.

“Vamos, pessoal. Temos que sair daqui!”, incentivou WereGarurumon.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

“Picklemon, realmente, eu estou ocupado. Tenho que ir”, cortou HolyAngemon.

“Tudo bem, então. Acho que está na hora de eu ir também”, disse o pequenino.

Sem cerimônia, o já impaciente HolyAngemon virou as costas e voltou para a cela, acompanhado sempre de Angewomon.

“O que aconteceu aqui?”, questionou o rei. “Eu não acredito que eles fugiram, e mataram os meus Andromons!”

Uma explosão e o castelo sentiu um leve tremor.

“São eles. Vamos!”, disse a rainha.

Voando, o casal foi o mais rápido possível para fora do castelo, mas eles já estavam muito longe. MetalGreymon, Garudamon e AtlurKabuerimon levavam os humanos e os digimons que não voavam. HolyAngemon e Angewomon Ainda puderam ver Picklemon e alguns dos seus servos.

Eles ainda tentaram alcançá-los, mas já era tarde. Os humanos fugiram e conseguiram um grande aliado.

“Angewomon, você irá agora para o Bosque! Traga Kuzuhamon para nosso lado!”, ordenou o rei. “Com Picklemon indo para o lado dos humanos, agora é oficial: a Guerra Digital começou!”, disse HolyAngemon.