Digimon: EXPANSÃO

Olá, pessoal. Antes da nota, vou dirigir-me aos últimos comentários.

Digi Rei
Kkkkkkk! Não se preocupe. Tenho certeza de que ninguém aqui é pervertido só eu mesmo. E sim, as cenas de sexo não estarão no capítulo duplo de estreia, só mais para frente. E não tenha pressa em ler. Nada feito às pressas é legal. Leia quando quiser ler.

Roger
Tá certo, cara. Espero que não demore muito. Estou ansioso.

Spikehunter
Concordo com você, cara, quanto ao sexo. Eu também acho que não é nada de mais, mas não podemos esquecer de que se trata de um fórum aberto a qualquer idade. De qualquer forma, eu deixei bem claro que nada está à toa. Se está lá, está por alguma razão.

Eu acho que devo esclarecer uma coisa. Não sei se vocês estão pensando o que acho que estão pensando, então vou logo dizer: o capítulo duplo é um especial de estreia. Os demais serão lançados individualmente. Espero não ter dado falsas esperanças a vocês.

Agora, vamos à nota. Na verdade, é mais uma nota de agradecimento, mas isso não importa.


Olá, membros do digimonFOREVER. Eu gostaria de agradecer a todos os que participam dessa comunidade. Aqui, vocês me deram uma inspiração e força de vontade que eu realmente precisava. Obrigado também pelo espaço no qual vou lançar minha primeira estória.

Esta fanfiction chama-se Digimon: EXPANSÃO. Ela conta a história de HolyAngemon, que é o rei do Mundo Digital. Ele descobre que os humanos querem algo que lhe pertence. Não é que ele vai ser o mocinho e os humanos, os bad guys, mas eu vou mostrar que para tudo existe uma razão, e que o destino é bem mais flexível do que se imagina. Todos têm sua parcela de culpa, mas caberá ao leitor decidir quem é menos culpado.

Eu realmente desejo que todos apreciem a minha obra, que sintam a poesia que coloquei nela. Escrevam seus comentários, suas opiniões, suas suspeitas. Quem não gostar da fic, está igualmente convidado a dar seu parecer, desde que tudo seja feito com devidos respeito e decência.

Por fim, gostaria de avisar-lhes que amanhã, domingo, estará disponível para leitura o prólogo. E não se esqueçam: segunda-feira, 05 de novembro, estreia Digimon: EXPANSÃO, com capítulo duplo especial. Enquanto isso, se cuidem. Até.

Um ótimo domingo a todos. Espero que estejam bem. Hoje, como prometido, vou postar o prólogo de Digimon: EXPANSÃO. Espero que aproveitem. Um abraço a todos.

É muito fácil odiar um vilão: geralmente é um cara mau que mata um bocado de gente, que tenta dominar o mundo sem se importar em pisar em ninguém pra alcançar seus objetivos.

Contudo, pouca gente se importa em saber que tipo de pessoa aquele vilão é. Não se importam se ele pensa na vida. Se ele quer sair daquele tipo de vida. Nem mesmo se ele QUIS esse tipo de vida.

Por que um vilão tem que ser um psicopata? Por que ele não pode ter sentimentos? Por que seus objetivos sempre têm que visar o benefício próprio?

Isso acabou.

Vocês vão conhecer o ponto de vista dos vilões. Saber o que eles pensam sobre o mundo, a vida, tudo.

A história nunca teve apenas um lado. Quem disse que só o vencedor da guerra pode contar o que aconteceu? Quem disse que só os humanos podem salvar o mundo? Quem disse que eu sou o vilão?

Finalmente, a segunda-feira, 05 de novembro. Aguardei ansiosamente por hoje, e feliz por conseguir cumprir minhas promessas. Antes da estreia, minha resposta a spikehunter.

spikehunter
Pois é, spike, em EXPANSÃO, passado, presente e futuro irão se confundir. O bem, o mal, a pureza, a malícia, o caráter, a desonra, vêm todos da mesma fonte. Eu realmente espero que gostem.

Agora, a estreia de Digimon:EXPANSÃO!

A criatura corria, com medo de não conseguir chegar a tempo. Mais cedo, ele prometera ao irmão que tiraria uma foto com o rei. Infelizmente, por causa da chuva do dia anterior, o caminho por onde ele iria, se fechou, então, o dinossaurozinho teve que contornar. Contudo, o sol agora só faltava rachar sua cabeça. “Daria tempo de chegar à recepção do rei?”, ele pensava, “e, se conseguisse, ele permitiria que eu, Guilmon, um digimon tão insignificante, chegasse perto dele?”.

Ele parecia um tiranossauro em miniatura. Era vermelho, do tamanho de uma criança de dez anos. Suas orelhas pareciam asas de morcego e seus olhos eram amarelos como os de águia. Guilmon corria contra o tempo. Se não conseguisse chegar ao castelo de HolyAngemon, sua promessa será quebrada e seu irmãozinho ficará decepcionado.

Para seu alívio, ele chegou ao lugar da recepção. O rei estava voltando de uma viagem. Todos queriam vê-lo, reverenciá-lo. Ele acabara de salvar uma cidade de um furacão de dados. Uns gritavam “viva!”, outros choravam. Todos estavam orgulhosos de seu rei.

Entretanto, quando conseguiu chegar ao tapete vermelho, o dinossauro percebeu que o rei já estava muito à frente, quase entrando no castelo. Desesperado, ele gritou.

– Vossa Majestade! Majestade! Vossa Majestade!

HolyAngemon parou. Guilmon desejou sumir. HolyAngemon virou e o encarou. Guilmon desejou morrer. HolyAngemon começou a andar, vagarosamente, em direção a Guilmon.

A multidão estava estupefata. “Como esse cara ousa atrapalhar a Vossa Majestade?”. “Ele quer morrer?”. “HolyAngemon é o rei; não pode dar atenção a um fracassado como esse aí!”.

HolyAngemon ficou em frente a Guilmon. Este não conseguia parar de encarar aquela figura onipotente. Era como se estivesse hipnotizado por aquele ser supremo.

HolyAngemon era bem alto, seu corpo era todo protegido por uma reluzente armadura branca e roxa. Até mesmo sua cabeça era guarda por um comprido elmo. Suas enormes azas cinzas davam um toque de perfeição. HolyAngemon era magnífico. HolyAngemon era um deus.

– Você me chamou – disse o rei – O que deseja?

– Eu gostaria de tirar uma foto com o senhor – sussurrou Guilmon.

– Só isso? – surpreendeu-se.

– É o suficiente para nós.

– “Nós” quem?

– Eu e meu irmão.

– Quantos anos tem seu irmão?

– Alguns meses.

– Tudo bem. Vamos tirar a foto – e, virando-se para os guardas, falou – Andromons, tragam-me um banco bem alto.

Imediatamente, digimons com metade do corpo feitos de metal, trouxeram uma escada de quatro pés. Guilmon subiu nela e se apoiou. HolyAngemon ordenou a um dos guardas que tirasse a foto.

O flash da câmera fixou-se na retina de Guilmon como se fosse uma prova de que aquilo estivesse mesmo acontecendo. Ele olhou para o céu, esperando que a sombra do flash sumisse, mas para seu espanto, a figura disforme em seus olhos ficava cada vez mais nítida, com mais cor e mais intensidade.

Guilmon percebeu que aquilo não era efeito do flash, mas outra coisa. A bola de fogo veio tão rápida, que ele não teve tempo de pensar. Para proteger o rei, o pequeno digimon jogou-se em sua frente. Quando a esfera flamejante estava a poucos metros do dinossauro, ele fechou os olhos, esperando que o rei o admirasse pelo seu derradeiro ato.

De repente, tudo ficou escuro. Guilmon teve certeza de que estava morto e a escuridão, na verdade, era acolhedora. O calor da chama havia passado e ele sentiu-se abraçado pelas almofadas mais macias do mundo.

Mas a paz, a tranquilidade acabara tão rapidamente quanto começara. Mãos ágeis, porém gentis o seguraram firmemente e a luz o alcançou novamente. Guilmon abriu os olhos e percebeu o que estava acontecendo.

Antes que a bola de fogo atingisse Guilmon, HolyAngemon o abraçou com suas asas impenetráveis e o protegeu do impacto. Depois, o rei levou o pequeno dinossauro para um local mais seguro. Mas não havia tempo de levar os outros para lá também.

Outra bola de fogo veio como um meteoro, em direção ao rei. HolyAngemon se recompôs e tratou de se defender. Suas asas novamente se puseram em torno de seu corpo e receberam o ataque. Imediatamente, ele se dirigiu aos céus, procurando o inimigo. Era um digimon enorme.

Ele tinha um formato de corpo humanoide, porém, coberto com penas, e o rosto, protegido por uma máscara. Com um tamanho descomunal, ele se preparou para atacar novamente, mas HolyAngemon foi mais rápido. Abriu as asas totalmente e disse:

– MENSAGEIROS DO CÉU! – como se fosse um portal, vários pombos saíram das asas do rei em direção ao inimigo.

– TIRO DE FOGO! – contra-atacou o outro, lançando outra bola de fogo.

Todavia, o tiro não foi capaz de destruir todos os pombos, permitindo-lhes que alguns chegassem até o intruso. Quando os pássaros pousaram sobre sua pele, primeiramente, ele não sentiu nada. Mas não demorou muito para perceber que não devia ter deixado aquilo acontecer. Os pombos estavam sugando sua energia, deixando-o mais fraco. O digimon foi diminuindo até ficar cor-de-rosa e do tamanho de um bichinho de estimação.

Inconsciente, ele foi caindo rapidamente em direção ao chão. HollyAngemon avaliou se deveria segurá-lo ou deixá-lo cair, mas, ao olhar para baixo, o rei percebeu o que estava acontecendo. Como um raio, ele desceu. Um ódio apoderou-se dele.

Uma bagunça generalizada tomava conta de tudo. Estava havendo um confronto. Três digimons estavam tentando remover o povo para deixar o campo limpo para a batalha.

Um era um tiranossauro ciborgue; sua pele cor-de-laranja com listras azuis se escondia sob o metal, que cobria parte do corpo do digimon; seu braço direito era todo mecânico e sua cabeça era envolta por uma espécie de capacete metálico; em suas costas, asas roxas se abriam, presas por bases também de metal; ele segurava o digimon rosa derrotado há pouco. Havia também um que era uma espécie de besouro gigante; seu corpo vermelho-sangue e suas presas mortíferas davam um aspecto medonho ao digimon. Por fim, havia um que mais parecia um leão marinho cor-de-laranja peludo; a criatura possuía um casco nas costas e, na mão, um martelo.

Apesar deles estarem tentando tirar os cidadãos de perto do “campo da batalha”, os súditos de HolyAngemon não queriam deixar o rei lutar sozinho, então, começaram a atacar os invasores. Logo, os inimigos passaram a se defender e depois, a revidar, criando uma espécie de guerrilha.

– PAREM! – gritou HolyAngemon. Todos olharam para o rei, até mesmo os inimigos. – Povo de Paraíso, eu peço que se retire.

Os digimons começaram a reclamar. Eles não tinham a menor intenção de deixar o seu rei sozinho.

– Eu não sei o que vocês, intrusos, vieram fazer aqui – começou HolyAngemon – mas, por favor, deixe o meu povo ir embora. Eu sou o rei, eu me responsabilizo por cada um deles. Deixe-os fora disso.

– Dando uma de bonzinho, é?! – disse o tiranossauro ciborgue, enquanto colocava o digimon cor-de-rosa em uma espécie de compartimento no braço. HolyAngemon o ignorou.

– Andromons, retirem o meu povo – ordenou o rei.

O povo protestou.

– Eu peço que me compreendam – disse HolyAngemon, calmo – Eu preciso deixá-los seguros. Vocês são mais importantes do que eu mesmo!

Assim, contrariados, os digimons foram deixando, aos poucos, a área em volta do castelo. Só ficaram HolyAngemon e os inimigos.

– Você guardou Pyomon, MetalGreymon? – perguntou o besouro gigante ao tiranossauro ciborgue, enquanto uma corrente elétrica se formava por entre as pontas duplas de seu chifre.

– Sim, AtlurKabuterimon – respondeu – Podemos ir com toda força, agora.

– Não é melhor esperarmos? – sugeriu o leão marinho.

– Nem pensar, Zudomon! – cortou AtlurKabuterimon.

– É isso aí! – concordou MetalGreymon – Esse cara não vai descansar até nos matar! – disse, referindo-se a HolyAngemon.

E sem cerimônia, o tiranossauro partiu para o ataque. A luta acabara de começar!

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Capítulo Dois:
OS HUMANOS

Eles corriam depressa. Eram seis humanos e dois digimons. Os humanos eram jovens, todos na casa dos vinte e poucos anos.

– Mais rápido, gente! – apressou um rapaz negro, alto, musculoso, muito bonito.

– Já estamos correndo o mais rápido que podemos, Pedro! – disse um rapaz mulato, um pouco acima do peso.

– Se você não fosse gordo, já estaríamos lá! – falou o tal de Pedro, impaciente.

– Para de implicar com o Júnior! – repreendeu uma garota ruiva, com sardas no rosto.

Pedro se calou, enquanto a ruiva olhava para Júnior, que exibia uma expressão triste no rosto.

Enquanto corriam, olhavam para a imponência daquele castelo. A iluminação era fraca. O teto era altíssimo. As paredes, estampadas com belas pinturas. Aqui e ali, uma escultura realística parecia acompanhá-los com os olhos. Embora tenso, aquele castelo era de um bom gosto admirável.

– WereGarurumon, está sentindo alguma coisa? – perguntou a garota ruiva a um dos digimons – Estamos perto?

– Sim, Marla – respondeu, fungando – O cheiro de dados acumulados está aumentando. Estamos no caminho certo.

WereGarurumon tinha a aparência de um lobisomem. Ele era da altura de um adulto e seu pelo era cinza-claro com listras azuis. Suas roupas rasgadas reforçavam sua imagem selvagem.

– Sandra, acha que consegue aguentar até sairmos? – perguntou Júnior a uma garota loura, baixa, de olhos pretos como breu.

Ela estava nua, seu braço direito fora arrancado, e havia um grande corte no lugar onde deveria estar sua vagina. Contudo, a garota não parecia se importar.

– Eu não sei. Acho que vou morrer – respondeu, sem qualquer preocupação.

Um rapaz branco, de olhos azuis e cabelos castanhos, riu.

– Só você mesmo pra achar que transaria com um digimon enorme daqueles sem sair machucada – disse ele.

Sandra riu também.

– Ele não era tão grande assim, Vítor. Eu pensei que daria conta, mas o pau dele me surpreendeu. Enfim, foi divertido.

– Divertido é o caralho! – disse uma garota negra, de olhos verdes e cabelo blackpower. Ela levava um tablet na mão – Se você morrer enquanto lutarmos, e vamos lutar, – acrescentou – teremos uma cabeça a menos.

– Mas como você é chata, Amélia! – reclamou Sandra – E você fica segurando esse tablet aí, sendo que nem tá usando. Quem tá atrapalhado quem?!

– Eu já disse que esse castelo tem uma quantidade muito grande de dados – explicou Amélia – Os computadores ficam lentos aqui. Por isso precisamos do faro de WereGarurumon.

– Amélia tem razão – concordou Pedro.

De repente, ele parou e derrubou Sandra. O rapaz sentou-se sobre a garota, pegou sua cabeça com as duas mãos, e a torceu. O som do seu pescoço quebrando foi desagradável. Pedro pôs-se de pé, e segundos depois, Sandra definhou-se em incontáveis partículas.

Nenhum deles esboçou qualquer emoção ao ver a cena. Era como se aquilo fosse completamente normal e aceitável.

– Eu realmente não acho certo o que vocês estão fazendo! – desabafou o outro digimon, que parecia uma fada. Era do tamanho de uma criança de dez anos, tinha uma pele cor-de-rosa-claro e suas asas verdes mais pareciam folhas.

– Eu já disse pra você calar a boca, Lilymon! – disse WereGarurumon, segurando a fada pelo pescoço – Quer mesmo ter aquela conversinha de novo?

– Não, não, por favor. Eu já entendi da primeira vez – suplicou Lilymon.

– Você aí, animal! - falou Pedro a Weregarurumon – Para de perder tempo e bota esse focinho pra trabalhar, cachorro!

Com um olhar de profundo nojo e desprezo, o lobisomem voltou a correr, seguido pelos outros.


– AVALANCHE DE LAVA! – desferiu MetalGreymon, erguendo seu braço direito em direção a HolyAngemon.

De repente, um fluxo muito intenso de lava começou a sair do braço do tiranossauro. Em pouco segundos, já era tanta lava, que fazia jus ao nome “avalanche”. HolyAngemon se desviava com dificuldade dos ataques daquele mar de fogo. Grandes ondas se formavam e iam contra o rei, que, nesse ponto, já suava muito.

– CAMINHO PARA O CÉU! – proferiu HolyAngemon, erguendo suas mãos para céu, enquanto uma espécie de corda o levava para mais acima, em uma velocidade que não conseguiria usando apenas suas asas.


– Só faltam dois corredores! – anunciou WereGarurumon, correndo, enquanto farejava alguma coisa.

– Espero que você esteja certo – disse Júnior, esgotado – Eu morrer se tiver que correr por mais meia hora.

– É melhor não falar mais nada, Júnior – aconselhou Marla – Você vai acabar se cansando ainda mais.

Júnior deu um sorriso de agradecimento a Marla. “Ela é tão linda, meiga e inteligente...”, pensou ele, esbarrando em uma escultura pequena.

– Silêncio! – sussurrou WereGarurumon, parando.

– O que foi? Chegamos? – perguntou Pedro.

– Não. Tem alguém vindo – alertou o lobisomem.

– Não tá aparecendo nada aqui – disse Amélia, consultando seu tablet, que exibia uma lista.

A lista exibia um cabeçalho que dizia “DIGIMONS PRESENTES NUM PERÍMETRO DE 20 METROS”. Os listados eram WereGarurmon e Lilymon, apenas.

– Esse seu aparelho está com defeito, então – disse o selvagem – Tenho certeza de que tem alguém aqui.

– E por que você não o ataca, idiota? – sugeriu Pedro.

– Eu não sei onde esse alguém está. Os dados dele estão por todo o lugar!

Assim, eles ficaram ali por um tempo, parados no meio do corredor, esperando um ataque ou algo parecido.

– Nem pra farejar, esse cachorro serve! – disse Pedro, voltando a andar.

– Se der mais um passo, você morrerá – disse uma voz feminina, não muito distante, nem muito próxima.

Todos pararam de respirar, tensos.

– Quem é você? Apareça! – gritou WereGarurumon.

– Se eu aparecer, vocês vão morrer – disse a voz, rindo.


Quando HolyAngemon começou a subir velozmente ao céu com a ajuda da coda que conjurou, os inimigos perceberam que, se o rei tivesse tempo de atacar, eles seriam derrotados.

Então, sem dar chances do anjo ganhar grande distância, Zudomon jogou seu martelo gigantesco em direção à corda celestial de HolyAngemon. Como se fosse vidro, a corda se estilhaçou, após ser atingida pelo instrumento do leão marinho.

– PERSEGUIÇÃO MORTAL! – disse Zudomon, fazendo com que seu martelo voltasse, indo de encontro ao rei, que mais uma vez, escapou por um triz.

– FLORESTA DOS TROVÕES! – desferiu AtlurKabuterimon, lançando uma corrente elétrica em direção a HolyAngemon, que conseguiu se desviar – Não há como evitar o meu ataque, idiota!

Em um piscar de olhos, uma verdadeira floresta de trovões surgiu. HolyAngemon não poderia fazer coisa alguma para não ser atingido. O anjo sentiu muita dor. Era como se estivesse sendo atravessado por espadas de fogo e de gelo.

“Eu preciso fazer alguma coisa!”, pensou. No segundo seguinte, o martelo de Zudomon o atingiu com uma força descomunal. Derrotado, HolyAngemon caiu no mar de lava.

O rei morreu.

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HolyAngemon, o rei do Mundo Digital, foi atacado por Garudamon, MetalGreymon, AtlurKabuterimon e Zudomon. Enquanto isso, Pedro, Júnior, WereGarurumon, Marla, Sandra, Vítor, Amélia e Lilymon embrenhavam-se no castelo de HolyAngemon. Lá, Pedro destroi Sandra, e WereGarurumon ameaça Lilymon. De repente, uma voz ordena que eles saiam do castelo. No lado de fora, o ataque combinado dos digimons invasores derrubam o rei.

Aos poucos, a lava foi-se desmanchando em micropartículas, enquanto MetalGreymon, AtlurKabuterimon e Zudomon sorriam, satisfeitos.

– Conseguimos! – bradou o besouro – Nós realmente conseguimos derrotar o rei!

– É. Eu realmente não tinha certeza que isso seria possível – disse o leão marinho, com um leve tom de surpresa.

– Nós metemos bala no rabo daquele desgraçado! – debochou MetalGreymon – Aquele anjinho viado metido a besta!

– Vamos entrar no castelo. Temos que sair daqui imediatamente! – alertou Zudomon.

– É isso aí – concordou AtlurKabuterimon – Vamos!

Assim, os três correram em direção ao castelo de HolyAngemon. Eles ainda tinham um certo tempo, antes que os Andromons e os súditos do rei voltassem para lá.

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Dentro do castelo, os humanos e os digimons estavam tensos. “De quem é essa voz?”, era a pergunta que inundava a cabeça de todos. Eles estavam próximos demais de seu objetivo, e não poderiam permitir que uma reles voz os impedisse de alcançá-lo.

– Sinto muito, mas não tenho medo de você! – zombou Pedro.

– Eu sei que não – disse calmamente a voz de veludo – Vocês se acham os espertões, mas eu sei o seu segredo, humanos.

– O que quer dizer? – interrogou Marla.

– Vocês querem mesmo que eu diga em voz alta? – divertiu-se o ser misterioso.

Sobressaltando a todos, passos ecoaram à frente do grupo. Vinham de um corredor próximo. Parecia que seu portador, usava um salto ou algo parecido. Os passos firmes deixavam o grupo desconfortável. A tensão atingiu seu auge, quando finalmente, ela apareceu.

Era linda. Seu corpo era escultural. Suas asas brancas davam-lhe um ar inocente, enquanto o elmo que cobria seus olhos, davam-lhe um ar misterioso. Uma faixa cor-de-rosa enroscava-se por seu corpo, enquanto sua roupa deixava parte de sua impecável pele branca à mostra. Seu cabelo loiro, quase branco, a fazia parecer ainda mais celestial.

Pedro sentiu seu pênis enrijecer. Ela era muito gostosa. “Eu não acredito que tô excitado por uma digimon!”, pensou ele. “Mas que porra?!”

– Quem é você? – perguntou WereGarurumon.

– Eu sou Angewomon, a rainha.

A surpresa e a confusão foram geral.

– Como assim? – questionou Amélia – Ninguém comentou nada sobre você, ou sobre uma rainha.

– Isso é porque ninguém sabe sobre mim – disse Angewomon, satisfeita – Mas eu sei de vocês. Eu sei a sujeirinha que vocês escondem debaixo do tapete.

Ela olhou para Pedro, que tentava esconder com a camisa o volume dentro da bermuda.

– Quer dizer que você não tem medo de mim, né?! – perguntou a rainha retoricamente, sempre sorrindo – Eu sei por quê.

– Então diz, seu traveco! – provocou Vítor – Eu aposto que tá blefando!

– Se quer que eu diga, eu vou dizer. Vocês se acham os fodões, porque sempre que morrem, podem voltar!

A expressão nos rosto de Vítor deixava transparecer a surpresa. Na verdade, todo o grupo ficou surpreso com o que Angewomon acabara de dizer. “Ela sabe!”, eles pensavam. “Como ela poderia saber?”.

– Pelo visto, estou correta – disse a rainha.

– Como... – começou Marla – Como você sabe disso?

– Isso não importa muito, importa?! – cortou Angewomon.

– É, realmente não importa – concordou Pedro, enquanto a rainha o olhava, intrigada – Se você sabe o nosso segredo, se você sabe que não morremos, então sabe que vamos te matar!

Ela riu.

– Duvido muito que consigam – disse Angewomon – Esses dois digimons patéticos não podem me derrotar. Agora, eu vou dizer uma coisa para vocês. Vão embora. Estão perdendo seu tempo. Não importa se vocês sempre voltam. Toda vez que vierem aqui, serão massacrados por mim e por meu marido!

– RELÂMPAGO IMOBILIZADOR! – disse uma voz conhecida.

De repente, um clarão tomou o corredor e, em um piscar de olhos, Angewomon já estava sendo projetada para a parede no fim do corredor. O grupo olhou para o ligar de onde viera o clarão, e se aliviou ao ver que eram MetalGreymon, Zudomon e AtlurKabuterimon. Neste último, ainda era possível ver a corrente elétrica diminuindo de potência, até desaparecer.

– “Marido”? – perguntou o tiranossauro, curioso.

– Por acaso essa é a esposa de HolyAngemon? A rainha? – indagou Zudomon.

– Sim – respondeu Júnior, enquanto a inimiga se levantava – Ela é Angewomon.

Um vez de pé, a rainha ria maliciosamente.

– Contudo, vocês, digimons, podem morrer – disse ela, ameaçadoramente.

Com uma velocidade incrível, Angewomon conjurou uma espada, e um segundo depois, AtlurKabuterimon caía no chão, ferido.

Quando ela já se dirigia a Zudomon, por pouco uma esfera branca não a atingiu. Olhando para o corredor, a rainha viu uma garota apontando uma espécie de revólver para ela.

– Pronto, voltei! – disse Sandra, devidamente limpa e vestida.

– Olha só – começou Angewomon – A outra humana chegou.

– Onde você estava, Sandra? – perguntou Zudomon.

– Eu... Eu me perdi. Mas isso não importa agora. Temos que tirar o lixo do castelo.

– Eu poderia dizer o mesmo – falou Angewomon, indo em direção a Zudomon.

A espada da rainha cortou o ar, mas parou ao encontrar o braço mecânico de MetalGreymon. Com um movimento rápido, o braço do ciborgue girou e retirou a espada da mão de Angewomon.

Zudomon, sem dar espaço, direciona seu martelo em direção a ela. A rainha simplesmente desaparece e só dá tempo de AtlurKabuterimon alçar voo, antes de Angewomon tocar o lugar onde o besouro estava antes. Sua mão emanava uma luz branca, ameaçadora. De repente, um buraco abriu-se no chão. Os dados desapareceram. Os digimon entenderam o que aconteceria se fossem tocados por ela.

– Pessoal, venham para trás de mim! – avisou AtlurKabuterimon – Eu vou terminar isso aqui.

Enquanto os humanos corriam para trás do besouro, uma corrente elétrica formou-se por entre as pontas de seu chifre. Era a Floresta dos Trovões.

– De novo não! – disse uma voz masculina vinda de dentro do buraco feito por Angewomon.

Todos pararam.

– É hora de vocês responderem minhas perguntas – a voz ecoou novamente.

Para a surpresa de todos, HolyAngemon apareceu. Os inimigos estavam perplexos.

– Como... – começou MetalGreymon, mas foi interrompido.

– Andromons – começou HolyAngemon – levem os prisioneiros para as masmorras!

De repente, dezenas de Andromons apareceram de todos os lados dos corredores. Os invasores estavam cercados.

– Temos que ir, pessoal! – disse Pedro.

– Mas vocês pegaram a... – começou Sandra, mas Marla corta.

– Cala a boca, idiota! Não pegamos nada. Temos que fugir!

Zudomon lançou seu martelo em direção ao teto, fazendo um grande rombo, permitindo-lhes ver o céu. Em seguida, o leão marinho diminuiu até ficar do parecido com um filhote de foca, mas coberto de pelos brancos.

MetalGreymon e AtlurKabuterimon pegaram seus companheiros e partiram em direção ao céu. HolyAngemon e Angewomon foram logo atrás. Eles não iriam deixá-los fugir.

– MENSAGEIROS DO CÉU! – desferiram HolyAngemon e Angewomon.

Os pombos saíram de suas asas e foram em direção aos invasores. Por mais que tentasse, era impossível para o grupo atingir destruir todos os pombos. Por fim, MetalGreymon e AtlurKabuterimon foram atingindos. Assim como aconteceu a Garudamon, os dois diminuiram e ficaram do tamanho de uma criança de oito anos. O ciborgue virou um tiranossaurozinho amarelo, e o besouro perdeu o imponente chifre. E todos começaram a cair.

– Andromons, segurem-nos! – ordenou o rei.

– Poderíamos deixá-los morrer – sugeriu Angewomon.

– Não – disse HolyAngemon – Só os digimons morreriam de verdade. Os humanos voltariam mais cedo ou mais tarde, acompanhados de novos aliados. O que precisamos saber é o que eles estão procurando.

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