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Digimon-The Bad Money

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Digimon-The Bad Money - Página 2 Empty Re: Digimon-The Bad Money

Mensagem por Wolf Dom 04 Dez 2011, 8:00 am

MEU...NOSTALGIA MODEE MAX LVL ON
Adorei o episodio,foi bem escrito e eu ri de varias partes na descrição! Os vilões tão me lembrando vilões de outros shonen..ainda não sei se isso eh bom ou ruim, mas acho q a influencia de vc assitir bleach em vc está obvia uahuaaaha

Mas to gostando da versão nova, os personagens tão bm marcantes e mesmo quem não conhecia já deve saber quem é quem facil facil

Estou ansioso pelo proximo,continue escrever \o
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Mensagem por Rikaru Muzai Qua 07 Dez 2011, 10:52 am

As coisas estão melhorando na Fanfic, parabéns Gatsu. Mesmo os capítulos não sendo tão grandes, ainda sim estão me agradando, o desenvolvimento, a história, os detalhes, você está trabalhando bem em tudo isso. Então todos - com excessão da Molly - são de famílias importantes, interessante, muito interessante. Ainda não compreendo o por que de quererem sequestrar o Makoto, será que é porque a família dele é a única vencedora conhecida da Loteria do Bilhão? Ou será que é por serem arqueólogos importantes e terem descoberto algo que interesse aos vilões? Acredito que eles queiram trocar o Makoto por algo que a família dele tem, ou talvez se aproveitar da "habilidade" que ele possui.

Pobre Molly, estava sofrendo após perceber que o Fenrir não vale nada. E por fim ela acabou é babando novamente por ele apenas por causa de um pequeno elogio de um galinha que não se importa com garota nenhuma. Mas o importante é que ela está se divertindo, que conseguiu esquecer o sofrimento que sentiu. Estou aqui curioso para saber o que a Salamon irá fazer quando descobrir que o Smoke é igual ao Fenrir, que não respeita nenhuma Digimon e que não quer nada sério com ela, só o seu dinheiro - suposição minha.

Não consegui descobrir o que o Viola e o Bianco são, será que são Digimon? Ou talvez humanos? Ou talvez nenhum dos dois? Os mistérios rondam a Bad Money. Eu pensei que os guardas eram da universidade, mas são os que o pai da Salamon enviou para protegê-la. Os alunos dormindo e babando por causa do discurso do reitor foi demais, isso acontece até mesmo em uma universidade muito importante. xD Hawkmon e Makoto são idênticos em personalidade, assim como Fenrir e Smoke, por isso acho que os parceiros estão invertidos. =P

Bem, só consegui perceber um pequeno erro, nesta frase: "Hawkmon conversava animadamente com uma uma Biyomon, estando longe dos demais." Você repetiu o "uma", mas não é nada demais. Ah, eu gostei do modo informal que o Fenrir fala, apesar de eu não gostar desse tipo de linguagem, ficou boa na Fanfic por causa da personalidade dele. Eu posso estar enganado, mas acredito que quem capturou o Makoto não foram os vilões e sim a Tikatu e sua Renamon, ainda mais pelo que o "sequestrador" disse ao ouvido do Makoto.

Estou aqui pensando, será que este primeiro Arco será focado na família Ganância? E por que a família possui este sobrenome? Será que eles possuem ligação com o Barbamon? Será que são pessoas ruins? Muitas dúvidas, estou extremamente curioso para saber o que irá acontecer. Você está fazendo um ótimo trabalho Gatsu, estou adorando a Fanfic. Boa sorte e até a próxima. \o
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Mensagem por Gustavo Andrade Qua 07 Dez 2011, 12:40 pm

O segundo capítulo iniciou com uma cena um tanto quanto confusa e misteriosa. O Commandramon impostor certamente tem a capacidade mudar sua forma, o que me trouxe três alternativas em minha cabecinha maluca para essa mudança: metamorfose, ilusionismo ou magia. Acredito que a primeira seja a mais óbvia e possível, mas adoraria ser surpreendido no decorrer da história. Quanto ao encapuzado, tenho quase certeza que seria Puppetmon, porque o fã de Digimon que pelo menos não pensasse nele manipulando aqueles guardas não passaria de um poser. Quanto ao Nero, não faço a mínima idéia de quem pode ser. Detalhe: escrevo os posts enquanto leio.

Molly está se mostrando infantil para a idade, o que me agrada, de certo modo. Geralmente os escritores investem em criar personagens perfeitinhos, que com doze anos pensam como pessoas de vinte – devo admitir que isso é interessante se bem trabalhado – e que fazem escolha sábias apesar da pouca idade. Pelo menos você fugiu dos clichês ao criar uma personagem como a Molly, totalmente diferente daquilo que costumamos ver em outras fanfictions. Quanto ao Fenrir (aliás, belo nome, pra quem gosta de Saint Seiya) não me surpreendeu muito e não parece o tipo de personagem que fica sendo meu predileto, mas ainda assim é bom possuir um cara meio idiota como SmokeAgumon.

Desde o começo do episódio imaginava que Makoto seria o Ganância e o final não me surpreendeu tanto quanto poderia. Talvez alguns elementos básicos (como mostrar o personagem logo após a cena dos supostos vilões) tenham indicado isso ou também posso ter chegado à essa conclusão porque o gaguinho me agrada demais. Se fosse para indicar um personagem predileto, mesmo estando bem no começo da fanfiction, certamente seria o Makoto. Enfim, tente trabalhar melhor com o mistério.

Commandramon é um digimon que adoro, mas sua evolução (Sealsdramon) me agrada ainda mais com sua aparência. Mas a penúltima cena deixou a desejar nas batalhas, que foram bastante fraquinhas e pouco descritas, e revelaram tão pouco que pareceu desimportante para o restante da história. Na última cena, que também deixou a desejar, a fala de Fenrir foi EXTREMAMENTE artificial. Quando costumamos conversar com pessoas que conhecemos, geralmente encurtamos todas as informações e deixamos coisas implícitas, justamente porque as outras pessoas entenderiam; isso é uma das naturezas do ser humano. Makoto sabia tudo o que Fenrir estava dizendo, então não havia necessidade daquela fala enorme e cheia de informações em um grupo de amigos, o que mostra outra fala que serve apenas para informar os leitores leigos. Isso tira o naturalismo dos personagens deixa a cena estranha, serião. Evite essas coisas...

Os erros ainda estão presentes e a maioria poderia melhorar se houvesse uma releitura antes dos capítulos serem postados. Como molhos em lugar de olhos na descrição de Fenrir, “D-dez vez em quanto” ao invés de “D-de vez em quanto” em uma fala de Makoto, a repetição da palavra uma quando Hawkmon fala com uma Biyomon, etc. Esses são apenas erros ortográficos, de digitação ou não, mas existem sim problemas com a gramática. Anyway, espero pelo próximo capítulo, Esdras.

Um abraço.
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Mensagem por Mickey Qui 08 Dez 2011, 8:37 am

Glup! Cabeças voaram...

Hauahau os personagens da história são um ponto forte mesmo... Hauahau não é segredo que gosto do SmokeAgumon... Mas o Hawkmon sofre bocados na mão de seu parceiro o que o torna muito bom também...

Tadinha da Molly... Fenrir não demonstra ter olhos para ela...

Muito bom Gatsu(Prefiro Esdras...)! Aguardando a continuação da história.
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Mensagem por Gatsu*~ Qui 08 Dez 2011, 8:46 pm

Meus príncipes, olá *-*

Vim hoje apenas para responder a vocês. Terceiro capítulo deverá demorar e, muito provavelmente, sairá beeeemmmm grande... E espero que com qualidade maior também =P


Collector-Estamos parecendo velhotinhas cocotas falando tanto da versão antiga xD Passado ficou pra trás, meu caro hohoho (brinks)! E eu não tenho raiva de Commandramons, ao contrário: eu os adoro! Mas sabes que quem ama faz sofrer, anyway... Realmente em certas partes eu dou uma corrida e derrapo nas descrições, farei melhor á medida que for me acostumando a escrever novamente... Estou a precisar mesmo é de leitura de bons livros descritivos, antigamente eu lia MUITO, agora só tenho tempo de ler sobre conhecimentos bancários e isso não tem ajudado muito =X Thanks for the coment e assim que puder lerei tua fic, ok?

Wolfie-Que vilões que eles estão parecendo? Sério, ultimamente só tenho assistido/lido HunterxHunter, então não há como parecer muito os de Bleach ._. Mas enfim, tomara que no futuro eu consiga montar para eles uma personalidade mais própria e cativante... Mais um desafio para mim, yes! Fico feliz que esteja gostando e pode deixar que continuarei a escrever sim (mesmo demorando meio século para isso)!

Hikaru-Bem, você é bastante observador... Devo dizer que o interesse dos sequestradores no Makoto vai muito além de dinheiro, e ao mesmo tempo também é por causa dele, só que é óbvio que eu não vou falar do que se trata hehe! O drama da Molly é igual ao drama de milhares de garotas (e garotos também, por que não?): baixa auto-estima e carência =P Você se surpreenderá com as atitudes do Smoke com a Salamon com o decorrer da história, aguarde! Sobre o foco do primeiro arco, é mais a apresentação dos personagens principais e dos primeiros vilões... As respostas de várias questões vem mesmo da metade do segundo arco pra frente, então é esperando mesmo para ver.

Gustavo-Oba, críticas xD Bem, você está no caminho certo para desvendar a técnica do Bianco, mas devo acrescentar que há mais coisas além do que está visível, hehe! Sobre ser o Puppetmon, já adianto que não é ele e ao mesmo tempo tem relação com o tal. Sobre Makoto, Molly e Fenrir... Bem, na versão antiga o Makoto era meio que insosso para um protagonista, portanto estou dando uma atenção especial a ele e deve ser por isso que tu se apegou ao personagem (e que bom!). Fenrir é mais como um alivio cômico, ele é exagerado e tem reações exacerbadas mesmo mas tem seu valor na trama, principalmente nos arcos que virão. E Molly é tanto turrona como imatura, porém tem seus surtos de meiguice e maturidade... Resumindo: eles são humanos, ué =P Voláteis xD É bem o que eu quero alcançar: através de esteriótipos definidinhos, construir coisas diferentes, porém com nexo entre si... Nossa, que filosófico! E não tive muito intenção de fazer mistério nessa parte, contudo concordo que careceu de mais capricho de minha pessoa ao escrever, assim como os erros que passam em branco (e que serão consertados graças a vocês leitores). Como desculpa posso usar a que estou sem pc em casa e digitando na hora do meu almoço no serviço kkkk! Concordância é meu fraco mesmo, só que com o passar do tempo irá melhorar. A parte do Fenrir que você citou eu tive a intenção de que soasse mais como uma provocação do mesmo ao medo do Makoto, como se ele divulgasse o que todos são para mostrar ao garoto que não aconteceria nada só por dizer um nome... E relendo eu vi que não ficou bem do jeito que eu queria... Enfim, subir de nível sempre, né? É isso que tenho em mente e obrigado por estar mostrando o que precisa ser melhorado!

Mickey-Só cabeças voaram, foda mesmo é quando começam a voar outras coisas hehehehe! Sabes do que falo xD Então, é como estou explicando: to focando em mostrar bem os personagens pra poder então entrar na história principal (que, pra quem se lembra, começa mesmo é dentro do trem). Smoke, como bom digimon protagonista que é, é mesmo um dos favoritos de muita gente (idem pro Hawk). Molly e Fenrir... Eis a questão e a discussão: ele merece mesmo ter o amor da gorda se algum dia conseguir olhar pra ela de outra forma? Valeu o comentário, old friend!

Bem, paro por aqui, agradecendo como sempre a todos vocês por estarem me acompanhando, elogiando, criticando e participando apesar de todos os contratempos que possam ter. Realmente estou muito grato!

Well... Tenho sono e preciso acordar cedinho amanhã, bjunda p/todos vocês!


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Mensagem por Rikaru Muzai Sex 09 Dez 2011, 2:23 pm

Entendi Gatsu, o Arco 01 é apenas introdutório mesmo. Eu não havia pensado no Pinochimon como o controlador das marionetes, até porque, quem assistiu Adventure sabe que ele não pode controlar a boca das vítimas, portanto se a intenção do guarda era avisar que há intrusos, qualquer um dos guardas poderia ter feito na hora que desejasse e o Pinochimon não poderia impedí-los. Se não pensar em algo que é suposto para ser óbvio é ser poser, então não saber dos detalhes da habilidade de um Digimon e nem usar seu nome original é ser o que?

O pior é querer corrigir alguém e fazê-lo erroneamente. tsc tsc Bem, é melhor eu nem aprofundar isso, do contrário haverá briga aqui, o que não quero. Gatsu, boa sorte com a Fanfic, não precisa ter pressa em escrever os capítulos, priorize a qualidade e não a velocidade. Aguardarei ansioso pelo próximo capítulo, até outra hora! \o/
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Mensagem por Gustavo Andrade Sex 09 Dez 2011, 6:26 pm

Puppetmon não pode controlar as cordas vocais dos outros seres, mas certamente poderia evitar que os guardas conseguissem abrir o maxilar para falar. Essa possibilidade não lhe passou pela cabeça, Rik? Também não estava criticando ninguém, nem chamando de poser, foi apenas um comentário infeliz. Portanto, não estava me referindo à você ou nenhum outro membro que comentou a The Bad Money, mesmo porque não tenho paciência para ficar lendo todos os comentários. Tem vezes que tenho preguiça até de atualizar-me nas fanfictions, pra você ter noção.

Só pra terminar: pare de me tratar com ironia ou agressividade, pelo amor de Deus. Se quiser aprofundar nessa sua história de "erroneamente", não me importo, mesmo porque não acredito que você tenha total capacidade para criticar uma crítica minha. Falta-lhe muita maturidade, hein.

Obs: deixe a hipocrisia de lado, Rik, se você quisesse evitar briga nem teria feito esse post inútil.
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Mensagem por Rikaru Muzai Sex 09 Dez 2011, 7:29 pm

O assunto já foi encerrado em particular, vamos esquecer isso e seguir em frente. E só para constatar, não sou hipócrita, só não considerei uma briga de verdade eu comentando o post do Gustavo. Eu só não queria que se tornasse algo pior como a briga no Playground, que precisou até da intervenção do Polli. Bem, já passou, vamos deixar isso para lá.
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Mensagem por Leonardo Polli Ter 20 Dez 2011, 8:31 am

Um capítulo meio parado, focado mais na conversa e amizade entre os personagens. Gostei do jeito de Fenrir, malandro e usuário de gírias, e partilho da opinião do Rikaru, ele tem muita semelhança com o jeito de SmokeAgumon. Bianco, Viola e os outros são o que, afinal? Essa parte deles ficou meio confusa, não sei se são digimons, humanos, ou outra coisa... e porque eles estão atrás de Makoto, e porque o nome Ganância é tão importante assim pra eles? Seria a fortuna que eles tem que os atrai?

O final ficou meio suspeito, não sei se foram os vilões ou Tikatu e Renamon que pegaram Makoto. Acho mais provável que seja a última dupla, pois ele reconheceu a voz... bom, aguardo o próximo capítulo. Abraços!
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Mensagem por Gatsu*~ Seg 26 Dez 2011, 12:00 pm

Demorou... E eis que eu terminei o maior episódio até agora depois de ter migrado por diversos PCs alheios hohoho!

E então pessoinhas? Como foram de Natal? Espero que bem! Eu pelo menos passei o Natal muito fazendo o que eu mais gosto: atolando a rabeta de comida até umas horas hehe xD

Só um pedido: não briguem mais aqui no tópico please... Isso fica feio ._. É melhor que resolvam as diferenças em off pra não começar burburinhos que mais tarde se tornam avalanches que atingem todo mundo. Ofensas gratuitas não levam a nada... E nem responder a elas. Se tiverem algo a dizer sobre o post de um colega, façam da maneira mais educada possível e DESCULPEM-SE caso ele ache que foi uma ofensa. E se quiserem mesmo ofender e discutir, MP tá aí pra isso mesmo. Ser comportadinho não mata e não aleija e deixa todo mundo feliz e radiante ^^


Leonardo Polli-Sim, eu reli e vi que as sequências dos capítulos estão meio que monótonas... Mais um ponto a ser melhorado, hehe (to até ficando sem graça com tanta coisa pra melhorar, mas adoro isso!). Bem, Bianco e os demais são criaturas vivas, é o que eu posso falar por enquanto =P Só que fica tranquilo porque esse mistério não se prolonga muito e logo será resolvido. Sobre o que os atrai no Makoto? Hum, talvez beleza pessoal =3 E não foi nem um nem outro que pegou o pobre garotinho, tu vai ver nesse epi. Thanks for the coment o/

Como ficou grandessíssimo (pros que já tiveram até agora, lógico), está sujeito aos mais diversos tipos de erros (erros esses que eu consertarei quando tiver tempo, coisa que anda me faltando muito, muito). Em termos de qualidade, espero sinceramente que esteja muito bom! Em termos de história, revela coisas do passado do Makoto e de como ele e os demais se conheceram. Prestem atenção em certas passagens pois elas serão bem pertinentes num futuro (não tão) próximo =D


#Arco 1: The Greed (A Ganância)

Capítulo 3: The Souvenir, The Explosion (A Lembrança, A Explosão)


“No capítulo anterior, descobrimos mais sobre os misteriosos e cruéis encapuzados que rondam a Universidade de Einsteinmon e seu objetivo: levar consigo Makoto, herdeiro dos Ganância, uma família muito rica de arqueólogos e única ganhadora conhecida da Loteria do Bilhão. Para tanto, Nero, que revelou-se uma Bastemon após despir-se do capote que lhe cobria as feições, aproximou-se da festa dos formandos e, ao que tudo indica, conseguiu concluir com sucesso a sua empreitada... Ou não...”

...

Os olhos atentos da digimon felina acompanhavam fixamente Makoto, que movimentava-se com rapidez rumo ao banheiro que se encontrava do outro lado do local da festa, mais precisamente em um beco silencioso formado pela quase junção de dois prédios de alojamento. No caminho, vários alunos cheios de álcool no sangue já haviam capotado por sobre as pernas, alguns outros botavam os bofes para fora, todos vítimas de seus próprios abusos e da lonjura até o toalete. O silêncio imperava, visto que os bêbados pareciam zumbis e apenas sibilavam e espumavam ou ainda vomitavam feito fontes de água que nunca param de funcionar. Makoto segurava a genitália e a apertava enquanto abria uma trilha entre os estudantes caídos.

- Po-poxa! Por que tinham que co-colocar o banheiro tão di-distante assim?! Que Fe-festa mais desorganizada!! - O garoto chiava já prestes a molhar as calças.

Então Bastemon, após o moleque ter ganhado certa distância do ponto da comemoração e das pessoas, pulou, num salto inimaginável deve-se acrescentar, e cravou suas unhas nos beirais das janelas dos apartamentos. Foi seguindo o alvo do alto, tão silenciosamente quanto o barulho de passos de uma formiga e tão atenta quanto um gavião que vai rumo á presa.

*Assim que ele virar naquele beco eu lhe taparei a boca, o deixarei inconsciente e, por precaução, lhe cortarei as pernas e os braços para que não venha a fugir se tiver oportunidade, logicamente tomando cuidado para não matá-lo... O mestre não disse que o queria intacto mesmo... Hehehe...* - Pensava Bastemon com uma expressão de ânimo perturbadora estampada na face.

Contudo alguém foi mais rápido em capturar Makoto, para a total surpresa da gata que o espreitava. Antes que o rapaz pudesse dar muito mais passos para longe da festa, mãos brotaram de dentro de uma sombra provinda da má iluminação de um poste e puxaram-no para si, tapando-lhe a boca e prendendo seus braços para que não reagisse. O braço era forte e viam-se veias roxas saltando dele, apesar de estar de certa parte para frente coberto.

- Achou que escaparia de nós? Hehehe... - Sussurrou uma voz bem ao pé do ouvido do menino.

Makoto arregalou o olho descoberto ao identificar o dono da voz...

Tratava-se de um homem alto e musculoso, aparentando não mais que vinte anos de idade devido a seu rosto pouco maduro, de cabelos pretos arrepiados e olhos também pretos e arregalados, trajando calças jeans, tênis de lona azul, camiseta branca desbotada e jaqueta de couro vermelha. Ao lado dele, mais dois humanos em trajes semelhantes, mas de estatura mediana e com cabelos louros e olhos esverdeados, seguravam bastões de beisebol e os batiam devagar na palma das mãos em um ritmo contínuo. Todos sorriam maldosamente enquanto carregavam o rapaz para longe.


*Que diabos está acontecendo?* - Bastemon pausou o acompanhamento, girou para cima de uma janela e ficou observando com mais cautela ainda.

- Que saudade de você, Makotinho! - O homem que arrastava o Ganância falava, deixando-o cada vez mais desesperado à medida que avançavam para não se sabe onde. - Achou que ia se ver livre de nós pra sempre? Hahaha! Estávamos só esperando a chance de pegar você desprevenido de novo! E dessa vez aquele digimon tosco que divide quarto contigo não vai poder te defender! – O sadismo escorria do sorriso do homem. - Relaxa, vai ser nossa despedida pelos velhos tempos! Tu estás lembrado, certo?!- Disse ele para Makoto, soltando-o de seus braços, empurrando-o no chão e apontando para a própria testa a seguir, que tinha uma marca arredondada de queimado bem no centro.
- Bran-Brandon... Po-por fa-favor... Na-não faça i-isso... - O Ganância tremia e a esta altura a urina já havia lhe vazado pelas pernas.
- Hahahaha!! Mas já se mijou?! – Escarneceu Brandon. - Calma aí, pô!! Nós ainda nem começamos!! – Disse ele, torcendo os dedos de ambas às mãos em estalos. – Olhe, aqui nesse canto ninguém vai poder ouvir seus gritos de ‘socorro!’, ‘socorro!’, só que fica a vontade pra gritar porque isso só vai aumentar o nosso prazer, né gente?! Hahaha! - Os loiros que o acompanhavam concordaram, gargalhando tão malignamente quanto ele.

O espaço onde estavam era afastado deveras do local da festa e muito escuro, pois a iluminação ali era praticamente inexistente devido aos postes com lâmpadas quebradas e com mau funcionamento que possivelmente tinham sido quebrados pelos três baderneiros. Brandon chutou canto do pé de Makoto, que ia levantar-se para dar fuga dali, e isso derrubou o formando. Depois o segurou pela goela, suspendeu-o até certa altura e o atirou novamente ao solo, o que fez o queixo do menino abrir-se em arranhões pelo contato brusco com o asfalto frio, sólido e sujo. O agressor pegou então um dos bastões segurados pelos comparsas e foi brandi-lo contra o corpo do garoto.

CREC! – Um barulho parecido com o de um graveto se partindo sonorizou o ambiente.

O braço de Makoto dobrou após ter encontrado o grosso item que rumava para seu crânio e que mudou seu destino devido ao reflexo do garoto de defender a cabeça.


- ARGH!! – Berrou Makoto se contorcendo no solo.

A partir daí, mais estalos de ossos se partindo seguidos de urros de dor ecoaram pelo local... Cada vez mais alto, cada vez mais frequentes... Chutes, pontapés, pisões e socos dividiam o espaço com as cacetadas provindas dos tacos de madeira... E o sangue não tardou para começar a se espalhar como corredeiras de uma cachoeira. Os rapazes loiros procuravam mirar no tronco, no peito, na barriga e em lugares onde a dor era grande e o dano grave, mas aparentemente não mortal, enquanto que Brandon só tinha olhos para a área do encéfalo, a qual atingia com vigor...

- Brandon! Pega mais leve! Lembra que a gente tem que entregar ele pros caras lá, senão nada de grana depois! - Avisou um dos loiros ao perceber que os berros de Makoto tinham parado e que o menino sangrava muito.
- Foda-se, Terrence! Eu não estou nem aí! - O moreno continuava com a coça e a essa altura sua ferramenta já tinha sido coberta por vermelho. Arfava e suava feito um porco antes do abate, e a empolgação era visível em seu rosto deformado pelo prazer e pela demência.
- Ei! Só que eu tô! - Reclamou o outro loiro. - O combinado era dar uns tapas nele e depois levar pros sequestradores pra ter parte do resgate quando eles negociassem!! Tirando a surra, foi assim com todo o resto!! Não esquece que ele é cheio da bufunfa, pô!! Para de exagerar!!
- É! Vai acabar matando o cara se continuar desse jeito!! – Afirmou Terrence.
- Calem a boca!! - Berrou Brandon. - Eu só to me divertindo um pouquinho!! E se ele morrer, ainda assim vai estar cheio dos estudantes ricaços aqui pra gente pegar e vender!! O que tem demais?! E, além disso, vocês esqueceram o que ele me fez junto com o digimon naquele dia?! Ah, lógico que sim, não é?! Afinal vocês dois fugiram!! Mas eu não esqueci!! Estou dando o troco!!

- Então é por vingança, né?! Eu sabia!! Cê pegou o moleque pra matar mesmo, não foi?! - Raciocinou um dos loiros. - Se é assim, eu vou cair fora!!
- Cair fora?! - O ódio no olhar de Brandon fez com que seu comparsa estremecesse só de encará-lo. Ele parou o espancamento e voltou-se ao colega de cabelos claros, que foi recuando conforme ele avançava para perto. - Vai amarelar, é?! Dar pra trás outra vez?! Seu imbecil!! – Ele empurrou o parceiro e este, após ter trançado as pernas, caiu sentado. - Não vem dar uma de piedoso pra cima de mim agora que não cola, sacou?! Não a essa altura do campeonato!! Vá à merda!!

Terrence correu para o amigo e segurou-o pelo ombro para ajudá-lo a levantar-se.

- E-eu concordo com o Ralph em parar por aqui! – Gaguejou Terrence. – Esse granfininho aí morrendo, vai dar a maior dor de cabeça! Se você for continuar com essa merda tu vai ficar por sua conta e risco, Brandon!
- Total! – Disse Ralph, trêmulo.
- Grrr!! Vocês são dois filhos da puta, isso sim!! – Gritou Brandon. – Sua dupla de maricas!! Não sei porque eu ainda ‘colo’ com vocês!! Querem saber do que mais?! Vão embora mesmo!! Vão pro inferno, pro raio que os parta!! Sumam!! Bichinhas!!
- Cara, tu tá é doidão!! – Disse Terrence, assustado.
- Isso vai dar rolo, vai dar rolo e dos feios!! – Avisou Ralph.

Imbuída de desespero e temor de que algo desse errado, a dupla virou de costas e foi-se embora aos trotes. Bastemon continuava a observar e já estava preocupada com o destino de seu futuro cativo. Contudo continuou parada, embora suas unhas estivessem mais crescidas que o normal e prontas para fatiar o algoz de sua presa... Faria isso caso quisesse, sim... Acontece que a cena de um ser humano sendo judiado era demais prazerosa para que ela acabasse com aquele sofrimento que, na opinião dela, devia ser emoldurado de tão lindo... Internamente Bastemon vibrava, pouco importava a ela as ordens de seu mestre... Queria ver mais sangue, queria ver a morte! A morte de um ser humano!

- São uns cagões mesmo!! Seus merdas!! – Brandon xingava aos urros. – Bem, deixa pra lá!! Pelo menos agora nós estamos a sós né Makotinho?! – Disse ele para o inerte caído. – A sós mesmo!!

O agressor abaixou e ficou de cócoras. Colocou a mãos sobre a ensangüentada cabeleira de Makoto e suspendeu sua cabeça através dela. Os olhos do Ganância estavam cerrados por inchaços roxos como uvas maduras. Seu nariz havia se amassado feito uma batata pisada e sangrava em abundância. A boca, além de intumescida, tinha cortes profundos nos lábios. Galos do tamanho de bolas de beisebol tinham crescido em sua testa.

- Uau!! Ficou lindo, hein?! Pra ficar melhor ainda só está faltando um pequeno detalhe!!

Brandon soltou o sofrido ser e tirou de um dos bolsos internos de sua jaqueta um isqueiro de prata e um maço de cigarros aberto. Pegou um deles, os cigarros, tranquilamente e acendeu o fumo, pitando com excitação. A cada tragada que dava ele depositava as cinzas dentro da boca do Ganância.

- Está gostoso? Sei que é proibido que menores fumem, quanto mais que comam cigarro, mas fica sendo o nosso segredinho, sim? – Falou Brandon enquanto soprava a fumaça no ar. Não tardou para que o longo do cigarro chegasse ao fim, sobrando apenas os restos do baseado aceso.

– Pronto, está bem onde eu queria! – Brandon ergueu o fumo ainda faiscante e o admirou queimar por mais alguns poucos segundos. - Lembra do que você fez comigo junto com o SmokeAgumon? – Disse ele para Makoto, como se este pudesse ouvi-lo. Tinha novamente a cabeça do moribundo em sua mão, seus dedos atados ao queixo estragado daquilo que um dia foi um rosto. - É, essa marca na minha testa mesmo. Lembra de como eu ganhei? Lembra que foi VOCÊ que me deu?! Lembra?! Pois agora é hora... – Ele mirou o cigarro bem entre as sobrancelhas de Makoto. -... DE EU RETRIBUIR!

TSSSSS! – A ponta acesa encontrou uma das poucas partes não ensangüentadas da face de Makoto e queimou-a como um ferro em brasa, torrando os pêlos que quase conectavam as sobrancelhas do Ganância. Brandon gargalhou como nunca... Aquilo certamente deixaria ao menino uma cicatriz semelhante á sua. Estava vingado!

- PRONTO! TERMINEI! – Uivou Brandon, felicíssimo.

Realmente havia terminado... Tudo havia terminado. Brandon não percebeu que aquele a quem tinha agredido dava seus últimos suspiros... Suspiros profundos, suspiros escuros... E as lembranças vinham à mente de Makoto enquanto uma mancha negra se apossava dela com a escuridão se apossa do fim do dia...

“Faz quatro anos... Quatro anos desde que eu passei no vestibular da Universidade de Einsteinmon. Foi um fato muito comentado pela mídia e motivo de orgulho para minha família... Não toda ela, mas ao menos o papai ficou bem feliz por mim...

Sou o estudante mais jovem de todos os tempos a entrar para essa conceituada instituição de ensino e isso se deve, modéstia á parte, a minha inteligência fora do comum... Tenho uma capacidade de aprendizado invejável... Sou capaz de decorar um livro lendo apenas uma vez... Faço de cabeça contas que ocupariam lousas para sua resolução... Aprendi a ler e a escrever sozinho e aos quatro anos de idade... Sou um fenômeno vivo...

Entretanto... Eu trocaria toda essa minha capacidade monstruosa por uma bem simples e comum: a de fazer amigos facilmente...

Não sei o motivo, mas eu nunca consegui fazer amizade com ninguém até pouco tempo atrás, assim como nunca fui amado por pessoa alguma além de meu pai...

Um exemplo é a minha própria mãe... Ela mal fala comigo, mal me olha e ás vezes não chega nem perto de mim... Soube mais tarde que ela sequer me segurou entre os braços uma vez que fosse... Se dependesse dela, eu teria morrido assim que nasci... Uma vez mesmo, durante o meu aniversário, fui abraçá-la após ter ganhado um presente que na realidade me fora dado apenas por meu pai, e ela, antes que eu pudesse encostar sequer um dedo em seu ombro, esbofeteou a minha cara com tanta força que quebrou o meu dente... As palavras dela para mim naquele dia foram: ‘Saia de perto de mim, seu monstro!’... Isso talvez por conta de meu olho deformado que eu sempre fui obrigado a esconder e reprimir enquanto estava na presença dos demais e por causa do que ele me fazia ver... Enfim...

Ela só gosta mesmo é de meus quatro irmãos... Eles são gêmeos, dois anos mais novos que eu e me invejam justamente por conta da minha inteligência...

Lembro de quando eles nasceram... Eu tinha dois anos, mas me recordo como se fosse ontem... O parto deu-se em um dia de nevasca carregada, portanto foi feito em casa mesmo, em um cômodo aconchegante e fora conduzido por uma das empregadas da família... E mesmo que não estivesse nevando teria acontecido ali de qualquer forma, pois não sei por qual motivo, nunca saíamos da mansão para nada... O mundo do lado de fora era desconhecido para mim e acho que começava a ser assim para ela também...

Enfim... Mamãe deu tanto carinho aos recém-nascidos... Ela os apertava contra o seu peito e chorava de alegria, mesmo em estado de convalescença... Nem parecia a mulher fria e desamorosa com a qual eu já estava me adaptando... Ah, como eu queria que ela fizesse aquilo comigo também... Fiquei assistindo da porta, a qual logo foi cerrada com violência por um dos empregados presentes quando eu fui avistado ali...

Depois de ter presenciado aquela cena, um ódio fora do comum tomou conta de minha pessoa e eu estripei, em segredo e com as próprias mãos, o gatinho que papai tinha me dado e que era meu companheiro no sótão frio, isolado e sombrio que eu chamava de quarto... Espalhei as vísceras dele pelos móveis velhos e empoeirados do recinto e brinquei de desenhar nas paredes com o sangue que jorrou da sua carcaça e dos feios arranhões que ele me deu nos braços... Parecia hipnotizado, e a sensação de ter sobrepujado a existência daquele animal me foi de um agrado inenarrável...

De repente, um estalo cerebral me trouxe a tona e eu vi o que acabara de fazer... Chorei muito por causa do ato que cometi, pois eu adorava o bichinho... Notei então que papai tinha visto o acontecido pela fresta da porta e pareceu sorrir, saindo logo em seguida... Eu desmaiei e, quando recobrei os sentidos, nenhum rastro sequer de sangue ou de órgãos pairava no local, nem meus braços derramavam líquido escarlate devido às feridas e estas por sinal desapareceram como se nunca tivessem existido...

Daquele momento em diante, durante meus surtos cada vez mais psicóticos de frustração, eu passei a matar todos os pequenos animais que papai me dava e a destruir todos os brinquedos com os quais ele me presenteava e com isso afastei ainda mais todos de mim... Papai parecia trazer aqueles frágeis animais e objetos a mim de propósito apara que eu os aniquilasse e também parecia extasiado quando me via cometendo as atrocidades... E o processo de eu desmaiar e depois acordar sem qualquer vestígio do que fiz também se tornou frequente... Isso é mais uma coisa que eu nunca entendi... E nunca procurei fazê-lo também, pois sentia que se tentasse acabaria perdendo a atenção do meu pai...

Eu só parei de agir daquela forma quando uma empregada nova, que fora contratada para ser minha babá, passou a me tratar como se fosse minha mãe... A mãe que eu nunca tive... Pode parecer engraçado, mas para uma pessoa tão marcante quanto ela foi para mim, é de se estranhar que eu não consiga me lembrar direito de sua aparência... Justo eu, com essa minha memória impressionante, não lembro direito daquela que foi a minha primeira amiga... E enfim eu tinha feito uma amiga!

Todavia ela não durou muito no cargo e desapareceu meses depois de ter começado a trabalhar. Foi muito duro para mim, pois justo naquela época papai estava viajando e só retornou muito depois... Ou seja, nada de amor ou carinho por meses...

Fiquei só novamente durante todo aquele tempo, mas dessa vez eu tive comigo a semente que a babá me deixou: os livros. Ela contava histórias para mim antes de dormir, atitude que ajudou na minha mudança de comportamento até então agressiva e arredia... E foi por causa desse interesse despertado por ela que eu aprendi a ler... Ali, sem ninguém ajudando, sem ninguém por perto, eu comecei a folhear os contos infantis e associar as imagens com as letras e palavras... Bastaram três meses para que eu já fosse capaz de devorar romances de Machadomon...

Foi uma surpresa maravilhosamente espantosa para papai quando ele chegou.

A partir de então, papai passou a me ensinar várias coisas e se surpreendia com a velocidade que eu absorvia as informações. Por conta disso, dessa minha habilidade quero dizer, ele nomeou a mim como seu herdeiro oficial. Tornei-me Makoto Ganância Décimo Terceiro para ódio, desgosto e angústia de minha mãe e meus irmãos.

E eis que fui mandado para cá após ter passado no vestibular que papai mesmo me levou para prestar... Foi a primeira vez que eu pude pisar os pés fora daquela mansão... A sensação de liberdade e de estar vendo outras pessoas sem ser aquelas que me ignoravam ou me maltratavam foi soberba... Mais ainda quando eu soube que poderia morar longe dali caso imperasse sobre a prova... Esforcei-me tanto naquele desafio que passei em terceiro lugar. Foi um estouro para a mídia e, apesar de todas as tentativas de meu genitor para manter-me longe dos holofotes, a fama de garoto mais inteligente da face do Extremo Oeste me arrebatou e chamou a atenção para o clã Ganância tanto quanto o fato de eles terem ganhado a Loteria do Bilhão há alguns anos antes.

Então, após minuciosa investigação de professores quanto as minhas reais capacidades e veracidade da prova prestada, eu vim acompanhado de seguranças para o Extremo Leste do Planeta Gêmeo, com papai pagando minha passagem e custos dos estudos e mamãe praguejando e vociferando contra a minha sorte. Cheguei de trem ao Digimundo, que era cheio daquelas impressionantes e surreais criaturas que eu só via nos livros... Meu coração palpitava tão rápido quanto um moinho se move durante a passagem de um furacão... Aquilo era pura e simples felicidade! E logo ela acabou...

Os seguranças levaram a mim e as minhas três maletas apenas até os portões da Universidade e me deixaram lá sozinho... Sozinho, uma criança de onze anos sozinha em um mundo completamente diferente do seu, o qual por ironia ela já não conhecia... Eu entrei e me identifiquei a um Andromon secretário, que fez a gentileza de me levar ao alojamento que dali e m diante eu ocuparia...

E logo no primeiro dia eu conheci o SmokeAgumon... O segundo amigo que fiz nesta vida! E o melhor deles!

- Car***o! Que po**a é esta? O que um filhote caolho de humano está fazendo dentro do meu quarto?! – Smoke se assustou quando chegou da rua e me viu arrumando as coisas no guarda-roupa. Ele ‘aportara’ dias antes de mim no alojamento e pensou que fosse estar sozinho lá durante todo o curso, que ia iniciar-se dois dias depois.
- O-oi! Me-meu nome é Ma-makoto! Mu-muito prazer! – Cumprimentei eu. – E e-eu não so-sou caolho não, vi-viu? Só-só tenho um pro-probleminha com minha vi-vista direita, po-por isso eu pre-preciso cobri-la!
- Eita ferro! E ainda por cima é gago! Tu não tens muita sorte na vida, hein pirralho?
- Po-por quê?
- Ah, deixa pra lá. Bem, aqui nesse dormitório existem regras, firmeza pequeno urso?

- Qua-quais?
- Primeira: nada de ficar batendo punheta aqui dentro, hein?! Humano que vai entrando na puberdade e vai ficando com os pentelhos crescidos tem muito disso que eu sei!
-... Pu-punheta?
- Ô, inocência... Oras! Você me entendeu! Nada de descascar a banana, descabelar o palhaço, fazer justiça com as próprias mãos, ficar no cinco contra um, manejar o joystick, massagear o filho da galinha, entre outros. Ok?
- Ta-tá... *Eu não entendi nada, mas tudo bem...*
- Segunda: Nem sonhe em fumar aqui!
- Ce-certo! E-eu sei que fa-faz mal!
- Não é por causa disso não! É que eu fumo muito e às vezes fico sem mesada para comprar cigarros. Portanto, se você fumasse também, eu iria furtar os seus maços constantemente. E como aqui quem rouba é expulso, vamos evitar isso para a minha segurança, tudo bem?
- He-hein?! Ma-mas o cheiro da fu-fumaça é péssimo pra sa-saúde e...
- Problema teu e da aritmética. Eu estou aqui há mais tempo que você, portanto eu dito e tu copia, morou?

-...
- Terceira regra: depois da meia-noite, ouvir gemidos com a luz apagada é bom, portanto nada de reclamar!
- Q-quê?
- Quarta regra: em boca fechada não entra mosca!
-...
- Quinta regra: não me acompanha que eu não sou novela!
- E-espera um po...
- Sexta regra... Bem, vou logo pra regra que resume todas as outras: aqui quem manda sou eu e tu segues o que eu digo! Manda quem pode, obedece quem tem juízo! Manjou a rima?
- Ma-mas...
- E beijo na bunda e até segunda, porque eu vou sair pra beber com uns loucos aí e só vim buscar dinheiro... Aliás, cê tem algum aí pra emprestar eternamente e depois te pago?

... Devo admitir que nós não começamos muito bem... E só piorou após o início das aulas...

- Na boa, moleque: desgruda! Não é porque a gente divide o mesmo quarto que vamos ser amiguinhos! Vai procurar sua turma! – O Smoke sempre me repudiava quando eu tentava me aproximar dele.

Aliás, todos ali me repudiavam. Por eu ser apenas uma criança nenhum dos adultos recém saídos da adolescência ao redor me dava muita atenção, com exceção de um ou outro interesseiro que logo se afastava e dos professores que me tinham como um bibelô. E devido a isso eu atraia mais ainda a antipatia dos colegas. Afinal os demais também queriam uma oportunidade de se destacar nas aulas para conseguir um estágio e eu lhes tomava todas mesmo não propositalmente.

Só que havia três pessoas que estavam prestando muita, mas muita atenção em mim... Eram eles... Brandon, Terrence e Ralph. Eu já tinha ouvido falar deles em conversas paralelas: os três demônios da UME é como os alunos se referiam aquele trio. Não queriam saber de nada além de esportes de contato, garotas e, claro, judiar dos recém-chegados. Ninguém entendia como ainda permitiam que eles continuassem ali depois de tantos casos de balbúrdia denunciados. Creio eu que fosse por influência dos pais deles, os quais deviam ser bem ricos... A propósito, vendo por esse ângulo eu fico me perguntando como eles conseguiram passar no vestibular, já que a inteligência estava a quilômetros de distância daquelas mentes... Só muito depois eu fui descobrir que dava para ‘comprar’ a prova através do mercado negro, recorrendo a digimons adivinhos que praticavam magia sem licença... Provavelmente foi o que fizeram...

Certo dia de manhã, na hora do intervalo das aulas, os demônios me abordaram durante a minha refeição solitária. Ralph e Terrence sentaram-se nas cadeiras ao meu lado enquanto Brandon colocou suas mãos em meus ombros como se estivesse com um velho amigo. Foi nosso primeiro e inesquecível contato...

- Ora, ora, ora... O que temos aqui, hein?! O que uma criança tão novinha como você faz por essas bandas?! Qual o teu nome, moleque?! – Questionou Brandon.
- É-é Makoto! So-sou estudante das ma-matérias de arqueologia!! Mu-muito prazer!! – Respondi animadamente. Pensava que finalmente sairia da solidão, afinal não era todo dia que alguém chegava perto de minha pessoa demonstrando interesse, por mais que fosse falso. ‘Não importava o que diziam sobre eles, se quisessem se aproximar de mim para serem meus amigos eu não daria a menor importância aos boatos de que eles eram terríveis’, pensei. Como eu estava me enganando...
- Mano, eu não acredito!! Ele é gago!! Hahahaha!! – Riu Ralph.
- Hahaha!! – Terrence riu em conjunto.
- Ei, ei!! Nada de desfazer do nosso novo coleguinha, hum?! Na verdade a gente já sabia quem você é, Makotinho! O herdeiro da família que não podemos pronunciar o nome! – Já havia instruções precisas de meus familiares sobre como os demais deveriam se portar com relação as minhas raízes de ‘nobreza’. Ninguém podia dizer que eu era um Ganância, nem mesmo os professores. Agora o motivo de até mesmo os três demônios obedecerem a essa regra eu nunca entendi, bem como o porque dela existir... - O novinho mais inteligente do mundo! É, tu é famoso por estas bandas
- E-eu sei... Pe-pena que não no bom sentido...

- Imagina! Pelo menos pra gente, que já tava de olho em tu faz uma cota, é no sentido ótimo da coisa! Bom, eu vou ser educado e nos apresentar: eu sou Brandon, o loiro da direita é o Terrence e o da esquerda é o Ralph...
- E aê! – Disseram ambos.
- O-oi... De-desculpa a g-grossura, mas... E-eu também já ouvi falar algumas co-coisas sobre vocês...
- Não muito boas eu suponho... – Disse Brandon.
- Aham... – Concordei.
- Mas não liga não, viu?! Somos BEM diferentes daquilo que dizem! – Falou Terrence.
- Isso mesmo! – Concordou Ralph.
- Sim! Tanto é que percebemos que você está sempre sozinho, daí viemos aqui nos oferecer pra sermos seus amigões, seus chegados do peito! Que me diz?! – Disse Brandon com empolgação.
- Me-mesmo?!
- Claro! E pra começar nossa amizade com o pé direito, vamos levar você pra conhecer o looping da descarga! – Sorriu Brandon.
- L-looping da de-descarga?
- É! Sabe o giro que a água da privada dá antes de descer pelo cano? Então... A gente vai te mostrar ele bem de pertinho! Que tal? Hehehe...

Mesmo que eu dissesse que não, eu teria sido forçado a ir com eles de qualquer maneira. Uma presa fraca e sem companhia era tudo o que eles queriam naquele momento por mais que parecesse perigoso mexer com alguém tão ‘influente’. Como esperado, ninguém se importou com o que eu comecei a sofrer a partir daquele dia apesar de muitos terem visto... Isso só deu mais gás aqueles três...

Fui obrigado durante meses a fazer todas as lições dos três demônios em troca de não ser espancado... Mas não adiantava: com freqüência eu era surrado, afogado, maltratado e ainda roubado por eles. A UME que era pra ser o meu paraíso tinha se transformado em um inferno tão insuportável quanto a mansão dos Ganância...

Minha reação? Nenhuma. Absolutamente nenhuma. Sequer as reações exacerbadas de outrora me tomaram. Nem revolta, nem vontade de trucidar... Nada. Contar a quem se ninguém se compadeceria de mim fora os professores e se mesmo eles não poderiam me ajudar? E também minha boca não se mexia. Era como se eu estivesse dopado, paralisado. Certas vezes meus punhos até cerravam-se e iam de encontro ao Brandon quando ele me dava às costas, mas dada certa distância de sua nuca eles paravam e caiam do movimento como pássaros mortos... Por algum motivo incerto, era como se eu estivesse enclausurado dentro de mim mesmo, algemado, amarrado, amordaçado.

Só que como tudo tem um limite, um dia o meu foi alcançado... Durante uma coça de rotina na quadra de esportes em obras, que era o local onde eles me levavam todas as vezes que eu ‘tinha que aprender a fazer melhor os deveres deles’ ou por qualquer outro motivo que eles achassem pertinente para usar como desculpa para me bater, os demônios finalmente se deram conta do meu tapa-olho e encasquetaram para ver o que eu escondia debaixo dele... Pela primeira vez eu me neguei a fazer o que eles ordenavam e coloquei as mãos no rosto, segurando firmemente. Não bastou para dar cabo da força dos três...

- Vai seu merdinha! Mostra aí! – Brandon queria a todo custo ver o que eu tinha guardado sob aquele protetor e se arrependeu do que viu quando conseguiu se desvencilhar de minha proteção... – Que diabos!! Por que esse seu olho...?!

Eu empurrei a ele e aos demais e sai correndo dali, gritando e chorando com a mão cobrindo a minha deformidade. Finalmente uma reação! As lágrimas transbordavam como uma cachoeira. Uma cachoeira de sentimentos... Tranquei-me dentro do quarto e urrei feito um animal. Não tardou para Smoke chegar...

- Ih... Que é que cê tem ô pentelho? – Perguntou ele.
- Buááááá!! – Eu agarrei o SmokeAgumon e o abracei tão forte que acho que quase o sufoquei.
- Pe-peraí cara***!! – Vociferou SmokeAgumon em um gaguejo. Entretanto ele não se desfez do meu aperto para a minha total surpresa, pois pensei que ele ia meter-me a mão nas fuças por conta daquilo. Ele apenas afrouxou um pouco os meus braços e colocou as patas nas minhas costas. – Falaí o que tá pegando! Que desespero todo é esse?!

*Ele está disposto a me ouvir?* – Perguntei-me mentalmente. A verdade é que aquele simples abraço mudou o comportamento do Smoke para comigo totalmente dali em diante. O motivo eu não sei e creio que jamais saberei já que ele nunca fala sobre si... Pelo menos não para mim...

Eu desabafei tudo o que estava ocorrendo comigo, com a minha fala represada saindo feito uma avalanche de gagueiras, e ele escutou atentamente as minhas palavras se assim posso chamar aquele monte de atropelos gramáticos. Ele inclusive percebeu que eu protegia o meu olho direito e deu-me uma tira de tecido pra que eu envolvesse e guardasse novamente o meu segredo.

- Deixa comigo. A partir de hoje tu é meu protegido, firmeza? – Disse o SmokeAgumon. Foi a primeira vez que ele sorriu para mim. Foi um sorriso tão sincero, corajoso e protetor que se parecia com o sorriso que alguém daria para um irmão mais novo.

A partir desse dia começamos a andar juntos para todos os cantos e a fazer tudo em conjunto apesar de minha estranheza inicial a certas coisas e atitudes daquele digimon. Nós... Viramos amigos! Os melhores amigos um do outro! E isso fez com que os três demônios começassem a tomar distância de mim. Mesmo quando tentavam algo, lá estava o Smoke para me proteger! Era incrível! Ele parecia um super herói particular!

Não tardou para que eu fosse apresentado ao Fenrir, que era e ainda hoje é o maior parceiro de bebedeira do Smoke, e aos demais do grupinho de sacanas dele que, embora fosse formado de digimons e pessoas bacanas, se dissolveu devido a expulsões e formaturas. Em seguida veio a Salamon... Ela e o SmokeAgumon começaram a namorar depois de ele tê-la defendido de um bando de abusados que queriam aproveitar-se dela durante um show. A Molly veio na bagagem da Salamon já que as duas eram as melhores amigas uma da outra. Hawkmon foi o último a entrar para o nosso grupo, pois só o fez após ter se mudado para o alojamento do Fenrir devido à infiltração que deu em seu dormitório. E assim eu me enchi de companheiros em pouco mais de dois anos! E eles desenvolveram laços fortes entre si também.

Eu procurava ajudá-los em tudo que era possível e fazia tudo que estava a meu alcance por eles, muito embora a maioria conseguisse se virar sozinha (com exceção do Smoke que nunca levou os estudos a sério por mais que eu me indignasse com ele e esturrasse em seus ouvidos...). Confiei tanto neles que cheguei a mostrar para todos o que se escondia por detrás de meu tapa-olho e a habilidade que aquela ‘criatura’ me dava, coisas que só meu pai e a minha mãe sabiam... Inclusive passei a sentir, por causa deles e principalmente do SmokeAgumon que me dizia ‘foda-se o que os outros falarem!’, confiança para andar sem o protetor, por mais que quem visse se sentisse enojado, e a minha habilidade infeliz e indesejada se amenizou... Além desse gesto, também selei a minha amizade ‘humana’ com o Fenrir e a Molly dando a eles algo muito especial...

- Errr... Valeu pelo agrado... – Falou Fenrir observando na palma de sua mão o que eu havia lhe dado. – Mas pra que é que isso serve mesmo?
- Pra-pra nada em particular... É só um mi-mimo... Pra que se Le-lembrem de mi-mim sempre... Meu pai di-disse que eu deveria e-entregá-los aos primeiros amigos humanos que eu fizesse... E sa-são vocês...
- Oh, que gracinha!! – Disse Molly. – Muito obrigada! Pode deixar que vou guardar com muito carinho!!
- É, né... – Concordou Fenrir.
- A-aqui ó! Eu também te-tenho um!! – E mostrei um pingente que até hoje carrego comigo e no qual está preso a mesma ferramenta com a qual presenteei meus parceiros.

A essa altura eu já havia até esquecido da existência de Brandon e companhia. Só que eles não tinham se esquecido de mim e, em determinado dia em que eu caminhava sozinho por bandas inóspitas da universidade, fizeram questão de me lembrar que ainda se recordavam dos nossos laços malditos... Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa eles me agarraram de modo semelhante ao de hoje e me levaram a quadra, agora já terminada, mas interditada devido ao estouro de encanamentos, com a qual eu já estava ‘acostumado’... Lá chegando, me arremessaram sobre uma montanha de cascalho e me cercaram...

- Sumido!! – Sorriu Brandon tão sarcasticamente quanto de costume e deu-me tapas na face. – Nem oi dá mais, hein?! Por que se esqueceu de seus velhos amigos?! Makotinho, isso é muito feio!! Feio, feio!! – Mais tapas me foram dados. – E tirou o tapa-olho por quê?! É dia das bruxas por um acaso?! Pessoal, ele não fica melhor com essa droga escondida?!
- Aham! – Concordaram Ralph e Terrence como bons lacaios.
- Me-me deixem em pa-paz!! – Gritei eu a toda voz.
- Cala essa boca!! – Brandon logo me deu um murro forte no maxilar. Eu deitei meio grogue e cuspi tragos de sangue. – Cê ta pensando o que, hum?! Que ia se livrar da gente tão fácil assim só por ter arranjado uns esquisitos pra andar contigo?!
- E-ELES NÃO SÃO ESQUISITOS!! NA-NÃO FALE MAL DELES COM E-ESSA SUA BO-BOCA IMUNDA!! – Um berro ecoou garganta acima e eu o vomitei ao ar.

Minha indignação pareceu paralisar os três demônios, mas logo eles caíram na gargalhada.

- Há!! Olha só!! O verme tá querendo criar garras!! Estão vendo isso?! – Brandon disse para os demais. – Acho que a gente precisa educar ele pra ele ficar adestradinho como era antigamente!! O que acham, hum?!
- Certo!! – Disse Ralph.
- Huhuhu... – Murmurou Terrence.
- Então é isso, Makotinho!! Relembrar é viver!! – Brandon partiu para cima de mim. Eu me debati o quanto pude, mas uma simples criança jamais seria páreo para a força muscular de um adulto praticante de esportes. Brandon me deu uma chave de braço.
- NÃO!! NÃO!! ME LARGA!! ME SOLTA!! – Vociferava eu.
- Hoje vai ter looping da descarga de novo!! Que tal?! A diferença é que desta vez a privada está atolada com umas coisinhas iguais a você!! Mas quem sabe enfiando essa sua cara lá dentro não ajude a desentupir?! Assim, além de estarmos fazendo um bem para o patrimônio da universidade nós ainda estaremos te alimentando, pois pode apostar que vamos fazer você engolir aquilo lá tudinho!! Hahaha!! – A velha, satânica e rouca risada de Brandon esgarçou os meus ouvidos uma vez mais. ‘O que eu poderia fazer sozinho contra três brutamontes?’ – Pensava. Eu já estava me lamentando e o gosto das fezes parecia já estar na minha boca... Foi aí que ele chegou... Ele, o meu melhor amigo e sempre salvador da pátria... O SmokeAgumon!

- Olha só que boa ideia! Um desentupidor em forma humana! – O Smoke surgiu do nada. Creio eu que ele se materializou de sua forma de fumaça naquele exato momento. Como de habitual mantinha preso no focinho um cigarro. – Deve dar pra ganhar uma grana com isso, hein?!
- Fodeu... – Sibilou Terrence.
- Que é que cê ta fazendo aqui?! – Brandon começou a suar. Por mais que fosse forte, sabia que não seria páreo para as capacidades de um digimon. – Isso não tem nada a ver contigo!! É entre a gente e o merdinha!!
- Opa! Como gosto de falar em tópicos eu te responderei em partes, ok? Vamos lá. Primeiro que merdinha é a mãe. – Disse Smoke com calma. – Segundo que pode tirar essas mãos nojentas de cima do garoto caso não queira que eu as corte fora.
- Você não teria coragem...
- Experimente me testar para ver.

Diante do olhar assassino que SmokeAgumon manifestou, Brandon largou-me quase que de imediato.

- Bom! Parece que consegue entender ordens simples! É mais inteligente do que eu supunha!
- Seu digimon escroto...! – Arfou Brandon.
- Meça suas palavras caso queira manter a língua dentro da boca. – Intimidou SmokeAgumon.
- Ora essa! Você está cheio de marra sendo que nem pode encostar na gente! Conhece a lei e sabe o que vai te acontecer caso agrida um ser humano! O máximo que pode fazer é nos impedir de bater TEMPORARIAMENTE nesse merda! – Disse Brandon.
- Engraçado que para alguém que pode fazer tão pouco contigo eu estou cheio do poder de persuasão, né? – Revidou SmokeAgumon. Fui de encontro a ele cambaleando. – Tu tá legal? O olho tá tranquilo? – Ele me perguntou, colocando a pata sobre meu ombro.
- Es-está tudo be-bem... – Respondi.
- Grrr!! Qual é a tua afinal, ô digimon?! Por que você defende tanto esse porcaria?! Que interesse você tem nele?!
- Eu? Nenhum em especial. Faço isso pura e simplesmente por se tratar de um amigo.

Ele me chamou de amigo pela primeira vez naquele dia. Eu tremi de felicidade!

- Amigo é?! Sei!!
- Ai ai... Vamos nós de novo: primeiro que se você estiver insinuando o que eu estou pensando, corto fora esse seu peru aí sem pestanejar. Segundo que se estiver se referindo a interesse de forma que ele faça eu me formar fazendo lição pra mim, também errou feio. Eu não ligo a mínima pra esta droga de universidade. Vim só porque meus pais me obrigaram. E pra ser sincero, foram eles que compraram a minha prova pra eu poder entrar. Cês tão ligados, né? Afinal devem ter feito o mesmo.
- Então por q...
- Já falei seu asno: porque ele é meu amigo! Nada mais que isso. Amizade. Companheirismo. Itens que seriam legais a sua pequena gangue aprender, tu não acha?

Brandon virou para os lados e deu-se conta de que estava sozinho. Terrence e Ralph tinham dado no pé de mansinho.

- Aqueles miseráveis...! – Brandon cerrou os punhos. – Droga, esquece!! Só que eu te garanto que isso não vai ficar assim, viu?! Vocês me pagam!! Eu vou pegar vocês quando menos esperarem!! É isso aí seu digimon esquisito, tu também entrou pra minha listra negra, viu?! – Ele foi caminhando vagarosamente de costas, afastando-se aos poucos.
- Ei, ei! E você pensa que vai aonde mesmo?! – Questionou SmokeAgumon torcendo as munhecas.
- Ué?! Vai me bater, é?! Hehehe!! – Zombou Brandon.
- ‘I’? De maneira alguma. Quem vai descontar tudo o que você fez até agora é o próprio Makoto. Não me envolverei em nada.
- Que-quê? Eu?! Smoke, vo-você ta louco?! Eu não posso com e-ele!!
- Hahahaha!! Vai botar esse pivete pra ‘tretar’ comigo?! Ótimo!! Vem cá, Makotinho!! – Brandon riu e chamou-me.
- Lógico que antes eu darei um jeito pra que a disputa seja mais justa. – SmokeAgumon avançou para Brandon e, com apenas um peteleco bem dado na testa, deitou-o.
- S-Smoke! Que foi que você fez?! – O desespero me tomou.
- Bora pro banheirão!! Hahahaha!! – Ele saiu correndo carregando o meu algoz nas costas.

Quando chegamos ao recinto citado, SmokeAgumon foi logo tratando de amarrar com tiras de ferro as mãos e as pernas de Brandon. O banheiro masculino estava deserto após as aulas de educação física e pode-se imaginar do que as privadas estavam carregadas após mais de trinta homens terem usado-as em sequência... Smoke aproximou a cara de Brandon de uma das latrinas e esperou até que ele acordasse, colocando-o de joelhos no chão encharcado e segurando-o por sua cabeleira preta... E, quando o miserável abriu os olhos e deparou-se com aquela situação, bradou todos os palavrões que conhecia... Vendo que não adiantava, começou a suplicar... Vendo que isso também não funcionava, preparou-se para o pior e começou a fazer força para trás, tentando inutilmente se afastar da água imunda que transbordava do assento...

- Não, não, NÃO!! – Berrava Brandon.
- É, eu disse que não ia me meter... MAS EU MENTI HAHAHAHAHA!! – Grasnou SmokeAgumon. A seguir afundou com gosto a cabeça do Brandon na privada e a segurou por algum tempo.

Brandon debatia-se em total desespero. As bolhas saltavam vindas do fundo da privada e a água, cada vez mais marrom é fétida, respingou para todos os lados e vazou ainda mais.

- GWAHHH!! – Smoke suspendeu a cabeça do Brandon e este tomou fôlego. – FILHO DE UMA PUTA!! – Gritou antes que fosse submergido uma vez mais.
- Tch... Quanta falta de educação! Bem, de qualquer jeito depois dessa você terá que se lavar mesmo, então fica elas por elas já que isso vai limpar essa sua boquinha porca... Hohoho... – Riu SmokeAgumon.

Após uns cinco mergulhos o Smoke chamou-me e entregou em minhas mãos o meu algoz. Disse: ‘agora é sua vez’... A princípio eu não quis e recusei-me, mas, de súbito, a mesma sensação de furor que eu tinha na minha época de revolto tomou-me... E eu passei o resto do dia fazendo aquilo que o Smoke começou...

- Tá, já chega de tanta empolgação. – Disse SmokeAgumon, parando-me após horas de ‘mergulho’.
- Na-não. Fa-falta só um pequeno detalhe! – Respondi eu. E tomei o cigarro que meu amigo fumava e que estava prestes a se extinguir e, após eu ter limpado a testa de Brandon com um pedaço qualquer de papel higiênico, apaguei a brasa fumegante bem no centro dela. – Pro-prontinho! Agora e-estamos quites! Ma-marquei você tanto qua-quanto você me ma-marcou!!
- ARGH!!! MALDITO!!! MALDITO!! EU VOU TE MATAR!! VOU TE MATAR!! – Brandon chorava de ódio.

Smoke ficou impressionado com minha atitude e ao mesmo tempo meio perturbado. No fim, saímos de lá deixando Brandon todo amarrado e sujo. Provavelmente ele foi resgatado mais tarde por seus amigos e não creio que tenha denunciado a ninguém o que fizemos e creio que tenha sido por vergonha... Sei que depois dessa ele nunca mais sequer cruzou o meu caminho e eu e SmokeAgumon viramos mais amigos do que nunca...

O Smoke... Neste que parece ser o meu último instante de vida...

Eu gostaria...

Eu gostaria... Que o Smoke... Mais do qualquer outro alguém...

Eu gostaria que o Smoke estivesse...

Aqui...

Aqui...”


A mente de Makoto apagou-se por completo ao mesmo tempo em que algo brilhou como fogo no corpo do adolescente que começou a inflar. Observando aquilo, Brandon e Bastemon ficaram pasmos...

Na mesma fração de segundo em que este fato aconteceu, um lampejo percorreu a nuca de SmokeAgumon e ele levantou-se do cantinho onde bebia na festa e saiu correndo noite afora feito um perturbado mental.

- Ué?! Que foi que deu naquele bicho biruta?! – Disse Molly.
- Smoke...? – Salamon ficou olhando seu namorado desaparecer nas entranhas escuras dos becos.
- Será que foi diarréia? – Indagou Fenrir. – Tomar cachaça de barriga vazia dá muito disso...
- Vai ver que foi isso mesm... – Antes que Molly terminasse sua frase algo incrível aconteceu.

BOOM! – Tudo silenciou. Tudo ficou no mais absoluto silencio após um gigantesco barulho de explosão ter se erguido e ecoado por toda a extensão da universidade. As luzes se apagaram em todos os postes, o vento assoviou por todos os cantos como que vindo do fundo de uma ravina e a poeira levantou-se no ar tomando a forma de uma rosa. Copos, lonas, equipamentos de som, cadeiras, comes e bebes, jarros, enfeites, estudantes e escombros voaram aos montes para diversos lados. Alguns se bateram com força contra vários obstáculos, outros apenas tombaram e rolaram pelo assoalho...

...

O impacto do estouro torceu os muros onde Bianco e Viola encontravam-se. Ambos recuaram metros depois do tremendo susto que levaram.

- Que diabos...?! – Bianco murmurou.
- Que foi isso?! – Viola indagou.

Sem mais nem menos, Bastemon chegou feito um borrão no ar e pousou bem na frente de seus comparsas. Encontrava-se completamente descabelada e repleta de feridas e arranhões por todo o corpo, as calças rasgadas e as patas ensanguentadas. Caiu de joelhos no solo e arfou com a máxima potência de seus pulmões. Viola e Bianco se aproximaram da gata.

- Bianco... Arf! Arf!! Você sabe o que é que o mestre... Arf!! Quer com o Ganância...?! Arf!! – Questionou a digimon felina.
- Ué?! Por que a pergunta?! – Disse Bianco.
- Porque... Aquele garoto... Arf!! É tudo... Menos um ser humano...!!




Última edição por Gatsu*~ em Sex 30 Dez 2011, 8:17 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Mickey Qua 28 Dez 2011, 1:50 am

Eita nozes... Que lembrança longa...

Enfim, voltando ao episódio. A violência está pegando legal heim!
Mas o mais interessante foi à reação de Smoke no mesmo momento em que Makoto... Pegava fogo?!

Hauahau isso pareceu aquele ditado... "Onde há fumaça, há fogo!".

O que aconteceu para Bastemon ficar de tal forma e tão assustada?

Muito bom! Aguardando o próximo para responder essa pergunta... Ou talvez não responda...
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Mensagem por Collector Qui 29 Dez 2011, 4:51 pm

Esse capítulo foi "mais Esdras" por assim dizer xD Dá pra ver que vc realmente está tentando mostrar mais a personalidade do Makoto e a realidade em que ele vive, e posso dizer que está fazendo efeito. (embora eu ainda não simpatize com ele, mas ai já é algo pessoal =x).

Também foi interessante mostrar mais como todos se conheceram e ficaram amigos. Na primeira versão não me recordo de isso ter acontecido.

Assim como o Mickey, fiquei curioso para saber o que aconteceu pra Bastemon ter ficado tão assustada. Brandon foi terrível com o Makoto, mas to com a impressão que ele não teve um destino muito bom o.o"

Enfim, continue escrevendo o/
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Mensagem por Wolf Qua 04 Jan 2012, 11:55 am

Fato,esse capitulo foi "mais Esdras" mesmo. Makoto vivia sendo bullynado hein o.o
O cpaitulo foi bem legla,meio grandinho, mas foi legal. Foi bom da gente ter aprendido como o grupo se ocnehceu e mais sobre o Makoto...mas esse menino me da mais medo cada vez que eu leio a fic..o q diabos ele fez? só consigo pensar em uma possibilidade relembrando da antiga fic, mas isso eh sinistro de mais pra pensar o.o
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Mensagem por Leonardo Polli Qui 05 Jan 2012, 12:10 pm

O passado de Makoto foi muito sofrido. Um menino sem amigos, vivendo na solidão com uma família ausente. Creio que SmokeAgumon foi um milagre em sua vida e sua salvação. Mesmo com seu jeito de durão, a cena em que Makoto o abraça e ele não se desgruda do menino, teoricamente indo contra seus princípios, é algo muito forte e bonito. E devo admitir que a história de Brandon também fora deveras engraçada \o

E então Brandon voltou para se vingar, coitado do Makoto, que é dependente de SmokeAgumon, pois sem ele não consegue se defender... Mas, o final me surpreendeu, e me deixou com uma dúvida. Makoto é um humano-digimon, ou uma entidade poderosa? Acredito que Bastemon saíra toda esfolada e assustada por causa da explosão que, creio eu, veio de Makoto.

Bianco e Viola ainda estão no manto do suspense... são digimons, assim como Nero, que veio se mostrar um Bastemon? Aguardo o próximo!
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Mensagem por Gatsu*~ Dom 29 Jan 2012, 8:27 am

Lindas pessoas do fórum, olá ^^

Desculpem a eterna demora em voltar aqui. Explicarei qual é a situação: estou estudando de segunda a sábado (isso estendido aos domingos, mas esses por conta própria) em um cursinho para o concurso Banco do Brasil (cujas inscrições estão abertas para cadastro reserva), o que me deixa em um completo sem tempo para escrever qualquer parágrafo ou linha que seja (esse também é o motivo de eu sumir do MSN e afins, só entro no face porque ele é desbloqueado no meu serviço), portanto ainda não tenho sequer rascunho dos capítulos que hão de vir a seguir.

Todavia, tal fato não significa que eu parei com a fic. Muito pelo contrário: as ideias pipocam na minha cabeça feito milho na manteiga quente e eu não vejo a hora de chegar na parte em que estávamos nos idos de 2008 (apesar de que vai demoraaaarrr...) e mostrar pra vocês as duas últimas sagas que faltavam e, em consequência, o final dessa 'épica' estória =P

O que eu peço a vocês é, como sempre, paciência (e a dos donos das fics que leio também i.i) para com este pobre e mero mortal que sofre horrores com matemática financeira, logaritmos, regência verbal, conhecimentos bancários e afins (e que precisa aprender tudo isso desesperadamente em cerca de um mês e meio...), mas que com fé em Deus há trabalhar de terninho colado no corpinho sarado (ui, kkk) lá numa agência do BB lá na Liberdade, aguentando os velhotinhos nas filas preferenciais e dando-lhes muito amor e carinho *-*

Gente, eu sinceramente desejo de todo o coração terminar da melhor forma possível a Bad e agradeço a todos vocês leitores, críticos, assíduos, sumidos, visualizadores, loucos, bêbados, perdidos, modelos, misses, divas, Paolas, moribundos, paraquedistas, portadores de necessidades especiais, satanistas, marxistas, capitalistas, puristas, putistas (eu ^^), aplicadores de injeção letal e mais quem se interessa por vir aqui por tudo. Vosmecês são o motivo de eu escrever e me empolgar com todas as besteirocas que imagino. Tenhamos força. Oxalá chegaremos juntos a conclusão das desventuras de Makoto do zóio misterioso e o resto da trupe =)

Beijunda e responderei aos comentários quando trouxer um novo epi. Torçam por mim até lá e me enviem boas vibrações o/

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Mensagem por Mickey Sáb 31 Mar 2012, 11:14 pm

Certo... aproposito as provas já terminaram certo parceiro?
Hehehe quando puder continuar a história não perca tempo!

Bom, e aproveitando... Sua FIC ainda não está registrada... gostaria de poder fazer o registro, mas preciso que você preencha a FICHA de registro.
Após o preenchimento faça a sua inclusão no POST Inicial da FIC para que os leitores possam observar antes de iniciar a leitura! E após me enviar por PM para eu fazer o registro!

Ficha de Registro

Até quando voltar parceiro! E espero que tenha sido aprovado!
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Mensagem por Gatsu*~ Qua 11 Abr 2012, 6:13 pm

Olááááááááááá meus lindos o/ Que saudades que eu tava de vocês, tchutchucos!

Bom, após meses de angústia de minha parte (e a perda completa do epi que eu estava escrevendo na semana passada graças ao pc do serviço y.y), eis que finalmente trago um capítulo xD (sobre o concurso, estou esperando o dia 7 de maio para saber o resultado final *-* torçam por mim, galera ^^)!

Novamente a ação está... Hum, como posso dizer? Não tem ação de novo hahahahaha!! PORÉM, para compensar isso, há uma revelação importante sobre o Makoto que creio que no mínimo irão a achar 'interessante' (considerem liberdade poética quando estiverem nessa parte que eu estou citando, kkk).

Antes, respondendo aos meus caros e queridos leitores:


Mickey - Violência? Onde? Eu ainda não vi nada de muito terrível aí, hauahauhau! Brincadeira xD É o meu estilo, fazer o quê? Se bem que procurarei atenuar certas partes mais para frente. Sobre o que aconteceu com o Smoke e o Makoto, digamos que eles começaram a adquirir certa ‘conexão’ maior entre eles, será mostrado e explicado mais para frente. Sobre a Bastemon... Há! Manterei a boca fechada até praticamente metade da fic >=) PS: Vou te enviar a ficha ainda hj por MP e você poderia postar pra mim, please? *-* Perdão por ainda não tê-lo feito.

Collector - Como assim mais ‘Esdras’? LOL Geralmente são poucos os que se apegam ao Makoto, mas farei o possível para mudar isso. Aliás, ele estar sendo tão destacado no início já é uma baita mudança em relação à versão antiga, onde ele só ia praticamente falar lá pelo episódio 12 u.u’’ E Brandon teve o que mereceu e que somente mais para frente vocês saberão o que é ._./

Wolf - Que bom que gostou do capítulo ^^ E tu e teu estômago fraco pra certas coisas, hum? ¬¬ Não muda nunca hauahauahu!

Leonardo Polli – Posso dizer que você está no caminho certo sobre o que é o Makoto (não me lembro de você ter lido a versão anterior, mas se leu então já sabe hehe). Já posso adiantar que Violla e Bianco são... Bem, melhor deixar que vocês vejam por si próprios mais pra frente, né? ;-)

Eis o chapter. Se acharem erros (que provavelmente estarão aí aos montes devido a eu ter digitado em apenas quatro dias), por favor os ‘quotem’ pra eu poder corrigir. Aliás, bem lembrado! Estarei efetuando correções nos chaps anteriores durante esse mês, portanto toda ajuda é bem vinda o/

Opa, um adendo! Farei a partir do próximo capítulo um “Cantinho Cultural de Explicações (Não Tão Assim) Pertinentes”, no qual vou fazer um apanhado geral de certos termos que começarei a usar. Ufa, pronto!



#Arco 1: The Greed (A Ganância)


Capítulo 4: The Nightmare. The Truth About The Eye. (O Pesadelo. A Verdade Sobre O Olho)

“No capítulo anterior, vimos que Brandon e sua gangue, antigos desafetos de Makoto, encurralaram-no durante as festividades da UME. Com o objetivo de posteriormente levar o Ganância e entregá-lo como refém a sequestradores, ilicitude que já haviam feito com vários outros estudantes, os malfeitores surraram o garoto e, aparentemente, Brandon chegou a máxima de matá-lo. Bastemon, membro do grupo terrorista dos Mercenários das Trevas que tinha também como missão levar Makoto consigo, observava a cena a distância e testemunhou a ocorrência de um estranho fenômeno: o Ganância brilhou e inflou! De longe, SmokeAgumon sentiu que seu amigo precisava de ajuda e partiu para socorrê-lo. Entretanto, nesse momento aconteceu uma gigantesca e misteriosa explosão...”.

- Bianco... Arf! Arf!! Você sabe o que é que o mestre... Arf!! Quer com o Ganância...?! Arf!!– Questionou a digimon felina.
- Ué?! Por que a pergunta?! – Disse Bianco.
- Porque... Aquele garoto... Arf!! É tudo... Menos um ser humano...!!
- Tudo menos um ser humano? Oras, explique isso direito! – Ordenou Bianco.

Tarde demais. Devido às feridas, Bastemon caiu pesadamente no solo. Um fluído negro começou a sair do corpo da digimon e não demorou para encharcar o asfalto.

- Nossa, é mais grave do que parece! Olha quanto sangue! – Impressionou-se Violla.
- Tsk! Que fiasco! – Bianco colocou-se de joelhos e suspendeu Bastemon. Ajeitou-a de modo que ela ficasse caída em suas costas e com os braços presos em seu capote. Depois começou a flutuar. – Violla, quero que fique aqui e acompanhe o desenrolar de tudo! Mantenha-me informado!
- S-sim! – Gaguejou. – E aonde você vai?
- Não é óbvio? Vou salvar nossa fonte de informação, é claro! Ao que parece a Bastemon descobriu o motivo de o mestre querer tanto estar na presença do herdeiro Ganância! Ela não pode morrer levando isso consigo! Cuide-se para que não o descubram e fique atento a tudo, capito?
- Capiche. - Respondeu Violla. Num salto ele atravessou o muroda universidade e adentrou na fumaça erguida pelos escombros que envolviam todo o local.

Após, Bianco girou, girou e girou e terminou por desaparecer no ar feito uma centelha. Rastro algum foi deixado por ele, é como se nunca tivesse existido ou estado presente ali...

...


- Urgh... Minha cabeça... Onde é que eu estou...? – Bastemon começava a despertar com a face de que quem sentia muitas dores. Encontrava-se deitada em um monte de feno em uma alcova dentro de um grande estábulo, este formado de vigas fartas e cheio de janelas que deixavam a luz do luar passar com toda a sua plenitude, e era essa a única fonte de iluminação do lugar. Vários animais de carga relinchavam nos cochos presentes nos lados leste e oeste do recinto. Ela enxergava acima de si somente um teto de tábuas grossas sobrepostas e, acomodado em cima de uma dessas tábuas, estava Bianco.

- Demorou menos do que eu pensava. –Murmurou Bianco. Ele tilintou os dedos, desapareceu do alto e reapareceu deitado ao lado de Bastemon. – Sente-se melhor?
- E... Arf...Desde quando o meu estado... Arf...Interessa a você? Irgh... – Respondeu a felina, fazendo força para se levantar, mas sem sucesso.
- Não seja rude comigo... – Bianco colocou suas mãos sobre a barriga de Bastemon, que estava envolta em várias faixas coloridas, e começou a acariciá-la. – Estou cuidando tão bem de você...
- ME LARGUE!! – Bradou Bastemon. Tirou de não se sabe onde resistência o suficiente para saltar e ficar de pé. Porém logo se prostrou de joelhos e gemeu. Um filete de fluído escuro escorreu do canto de sua boca.

- Hohó... Arisca como sempre, hum? Pois bem! Já que está com tanta força pra revidar, que tal começar a abrir o bico e dizer o que foi que você viu, hum? – Propôs Bianco, que novamente desapareceu do feno e reapareceu de cócoras ao lado da digimon.
- O... ‘Omerta’... – Sussurrou Bastemon, sorrindo.
- NÃO BRINQUE COMIGO SUA PORCA IMUNDA!! – Uma ira descontrolada tomou conta de Bianco e de seu corpo se ergueu uma aura apavorante. Os animais presentes no local ficaram enlouquecidos e berraram como se estivessem sendo molestados. O encapuzado segurou o pescoço de Bastemon e levantou-a pela goela rente a uma coluna de madeira. – TRATE DE ABRIR LOGO ESSA SUA BOCA MISERÁVEL!!
- O... Mestre... Ordenou... Que eu... Não dis... Sesse... ugh... Na... Da... Argh... –Bastemon, praticamente sem ar, só conseguia sibilar.

- Grrrrrrr!! BOSTA! – Bianco atirou, com muita violência,o corpo de Bastemon de volta ao feno. – Eu não sei por que o mestre me fez o ‘Capo Della Famíglia’ se não me conta nada e nem me deixa saber de coisa alguma!
- Cof... Ele também... Cof, cof! Ordenou para que você ficasse longe... Cof, cof! Da minha mente... – Tossiu Bastemon, com as mãos envoltas no pescoço. Cuspiu vários tragos de sangue negro.
- ARGH!!!!!!! – A fúria de Bianco atingiu seu auge. Ele sacou de sua varinha afiada e lançou para todos os lados terríveis rajadas de vento que esmigalharam em fatias tudo ao redor, inclusive os bichos. Quase derrubou o cômodo inteiro, como também quase exterminou a própria comparsa.

Não tardou para que um casal de velhinhos viesse às pressas para ver o motivo de tanta barulheira. O senhor trazia consigo uma espingarda de cano duplo e a apontava para frente, mirando para todos os cantos a todo instante que ouvia algum ruído, e a idosa iluminava o caminho cheio de mato com um candeeiro. Ambos paralisaram ao verem a cena do estrago proporcionado por Bianco.

- Uai! Que diabo ‘sucedeu’ aqui?! Passou algum furacão?! – Resmungou o velho.
- Ave Maria... ‘Oia’ Zé! Os ‘bicho’ tão tudo ‘cortadu’! ‘Creindeuspai’... – A velha fez o sinal da cruz. - Isso né obra ‘di genti’ não!!
- Tem razão. Não é obra de gente. – Bianco surgiu na frente dos dois e, num simples e quase invisível movimento, decapitou ambos com sua varinha. Voltou depois para dentro dos restos do estábulo e mirou a caída Bastemon. Sentou-se ao lado dela.


– Estou mais calmo. – Disse ele, num muxoxo. – Bem, já que está proibida de me descrever os acontecimentos e eu também estou proibido de acessar as sua mente para vê-los por mim mesmo, poderia ao menos contar-me se o Ganância ainda está vivo após aquele apocalipse todo?
- Não... Arf... – Sussurrou a felina, estafada.
- Não?!
- Não... Tem... Como saber... Arf...
- Ah ta... Que susto! Bem, de qualquer forma o Violla ainda está lá. Logo ele deve nos passar novidades. Quanto a você, descanse o quanto puder pra terminar de se recuperar. E não se preocupe: irei manter minhas mãos longe de você enquanto isso... Huhuhu...
- Seu... Porco... – Bastemon voltou a desmaiar.

...

“Levanta! Levanta logo!”
“Q-quem... Q-quem está aí?”
“ Anda! Se não, não vai dar tempo da gente brincar!”
“Bri-brincar?”
“É! Não se preocupe! Está tudo bem agora! Abre o olho e veja!”

O olho de íris escura foi desfazendo aos poucos o abraço de suas pálpebras e começou a lançar-se para luz. Enxergava tudo branco. Tudo estava branco. Tudo estava vazio. Havia apenas uma grande janela de vidro aberta vários metros a frente envolta em duas cortinas de cetim transparente que se deixavam levar pela brisa fria que soprava de fora para dentro.

Makoto, completamente despido, foi vagarosamente apoiando os braços no chão e suspendendo o tronco. Tomou um belo susto ao perceber que se encontrava nu e tapou com as mãos a genitália.

- Ai ai ai!! O-onde é que eu tô-tô?! – Desesperou-se, ruborizado.
- Oi! Cê ta com vergonha? – Disse um pequeno garotinho, também nu, de cabelos loiros bem grandes e de olhos muito azuis. Posicionado bem nas fuças de Makoto, olhava insistentemente para as partes que o rapaz cobria. Parecia analisá-las e compará-las com as suas próprias.
- UAHHHHH!! – Makoto pulou e afastou-se ligeiro.
- Ih, fica tranquilo! Já vi isso aí um monte de vezes... Se bem que já fazia algum tempinho que eu não enxergava... Até que você cresceu, hein? Olha só!
- Que-quem é você?! Que-que lugar é este?! – Gritou o Ganância, aterrorizado.

O infante foi se aproximando vagarosamente de Makoto, que cada vez mais dava de ré. Após um tropeção, o garoto caiu de nádegas em um baque feio. A criança aproveitou, ficou face a face novamente com Makoto, que paralisou, e apontou para seu olho direito.

- Você sabe quem eu sou. – Sorriu o menininho.Depois virou de costas e saiu andando devagar.

Makoto deslizou as mãos pelo rosto e percebeu que estava sem o tapa-olho. Devido a isso, uma sudorese expandiu-se de seu corpo e ele entrou em desespero.

- Relaxa! – Disse a criança, agora agachada. Parecia procurar alguma coisa no assoalho. – Aqui dentro você não consegue ‘vê-los’, então não precisa ter medo. Além de quê, isso é mérito meu e não seu. – Informou. – Puxa, hoje é um dia muito feliz pra mim, viu? É a primeira vez que você me visita! Sabe o que é esperar quinze anos pra ter a visita de um irmão?
- Ir... Mão? – Makoto engoliu seco.
- Sim! – Respondeu o pequeno.

O Ganância alterou-se.

- O-o que e-está-tá acontecendo?! E e-eu não lembro de te-ter nenhum i-irmão na sua i-idade!!Vo-você por um acaso... É um ‘deles’?! E isso si-significa... Que eu mo-morri também?!
- Não, não!! Não é nada disso! Já disse pra você ficar tranquilo, pô!! E deixa eu te falar: tem alguém aqui a quem você precisa agradecer pela ajuda!
- A... Juda?!
- Sim! Foi ele que te salvou de ir realmente pro limbo! Bem, salvou a nós dois na verdade... Vou apresentá-lo a você! Vem cá!

Apesar de muito desconfiado de toda a situação, Makoto dirigiu-se até o pequeno. Parou às costas dele.

- Chega mais perto! – Chamou o agachado, com um risinho.

O Ganância o feze sua espinha gelou ao ter visto o que o menino havia pego do chão...

Era um amontoado esférico de carne rosada cheia de terminações nervosas arroxeadas com vários tumores inchando e murchando em sua extensão, todos regidos por uma pulsação acelerada. Pequenos tentáculos grossos brotavam dos bulbos da criatura e se contorciam como víboras pisadas. Observava-se também no ser a presença de várias bocas cheias de caninos afiados localizadas entre seus tentáculos e pequenos olhos vermelhos estufados vindos de uma cavidade localizada bem no centro dele formando uma espécie de pequeno rosto macabro.

- UAHHHHHH!! – Gritou Makoto, completamente espantado.
- Grohhhhh... – As bocas da monstruosidade começaram a soltar uma espuma esbranquiçada e seus tentáculos aumentaram exponencialmente de tamanho.
- Veja só... Ele está te dizendo oi! Está feliz por tê-lo conhecido! – A criança sorriu maldosamente para Makoto. Sua face havia mudado de simpática e infantil para maligna e agressiva. –Por que não o cumprimenta também?
- AH... AH... – Makoto arfava em aflição, já a metros da grotesca existência.
- Que antipático você, hein irmãozinho?! Isso lá é jeito de se portar diante de alguém que merece a sua gratidão?! Mas não tem problema... Agora que estamos os três juntos, podemos finalmente brincar!! VAMOS LÁ!!– Berrou o garotinho.

A criatura cheia de tumores inflou como um balão de ar, grudou no teto e nas paredes e logo ocupou todo o recinto, transformando tudo o que era branco e fresco em uma vermelhidão sufocante e pavorosa. Não demorou em absorver com sua massa a criança, que se abraçou a ele e não ofereceu resistência, e em seguida foi com grande velocidade para cima de Makoto, que não teve tempo de fazer nada a não ser gritar...

- AHHHHHHHHHHH!!!!

...


Em uma saleta pequena de paredes lilases decorada com um criado mudo de madeira, sobre o qual se encontrava um jarro de vidro espesso com dois lírios o preenchendo, ventilada por uma grande janela de aço cru ladeada por uma porta de ferro, Molly, Salamon, Fenrir, Hawkmon e SmokeAgumon esperavam, sentados em um grande sofá marrom, por notícias de Makoto. Todos tinham marcas de arranhões pelo rosto, inclusive Hawkmon tinha uma de suas asas envolta em talas e em panos, frutos da explosão que ocorreu há dias atrás. O mais absoluto silêncio reinava no ar, como também as faces de preocupação dos presentes, muito embora o primeiro tenha sido quebrado pela chegada de um Etemon de jaleco branco. Levantaram-se em um pulo e logo cercaram o pobre profissional em um círculo.

- E aí, doutor? Como ele está? – Perguntou Molly, ansiosa.
- Ô Deus, diga, por favor, que ele está bem! – Implorou Hawkmon.
- É, doutor! ‘Tamos’ agoniados! – Disse Fenrir.
- Calma, pessoal! – Pediu o Etemon.–Eu trouxe uma boa notícia para vocês!

...

- Que bom que você está vivo!! – Molly segurava Makoto firmemente entre os seus seios e braços. O rapaz estava em cima de uma cama retrátil, praticamente embrulhado por várias ataduras e cheio de fios que monitoravam seu estado. Parecia uma múmia high-tech. – Ficamos tão preocupados... Achamos que você tinha morrido!
- Mo-Molly... Desse je-jeito que-quem vai me ma-matar é você... – Suspirou Makoto, sorrindo. A gorda desfez o abraço exagerado rapidamente.
- Mas é sério. Estávamos aflitos. Pensamos que você não sobreviveria... – Comentou Salamon, que se encontravasentada numa cadeira posta ao lado da cama do convalescente.
- O médico falou que foi um milagre você ter se recuperado tão depressa. – Disse Molly. – E é verdade! Você ficou bem no meio da explosão que teve na festa!
- Pois é! – Concordou Salamon.
- E-e o re-resto do pe-pessoal da universidade? – Questionou Makoto.
- Ah, ficaram como nós ou menos! – Disse Molly, mostrando uns poucos machucados enfaixados. – Só você se feriu gravemente naquela balburdia.
- Gra-graças a De-Deus...
- E fora isso, teve um cara que sumiu no meio da muvuca. – Comentou Molly
- Su-sumiu? Que-quem foi? – O gago ficou apreensivo mesmo já prevendo a resposta.
- Um tal de Brandon. – Disse Salamon.

Makoto gelou.

- Se bem que suspeitam que ele e uns colegas tenham saído da UME por outros motivos. – Completou a cadela, para o alívio parcial do garoto.
- E... De-descobriram... O que fo-foi que aconteceu e o que ge-gerou o estouro? – Indagou o Ganância.
- Não. Na realidade ninguém sequer faz idéia do que houve. – Disse Molly. - A princípio pensaram na hipótese de algum botijão ter explodido, mas isso foi logo descartado. Depois vieram com a idiotice de emissão de gases de um bueiro, mas é claro que é estupidez. Por último, e finalmente, refletiram no que eu acho que é de verdade: ataque de algum digimon.

- Apesar de que não acharam nada de concreto ainda, afinal o único que poderia dar alguma pista era você, que foi diretamente atingido, e você estava em coma até agora. – Completou Salamon.
- Até a-agora? Que-quer dizer que...
- Quer dizer que já tem mais de uma semana que o ‘senhorito’ está aí acamado! – Disse Molly.
- No-nossa... – Impressionou-se o gago. – Tudo isso?
- Sim. – Disse Salamon.
- Estranho... Ti-tive a impressão de que e-esse tempo... Foi apenas um gra-grande pesadelo...
- Um pesadelo que te fez bem! Afinal tu estás aí, vivinho da silva! E pelo que eu to vendo, quase que totalmente recuperado! – Reparou Molly. – Sei que não é a hora, mas eu queria aproveitar pra te perguntar o que foi que aconteceu. Você se lembra?
-... Não. Na-não me recordo de a-absolutamente nada...

E passaram alguns minutos. Makoto ficou calado e pensativo enquanto Molly e Salamon só faltavam soltar fogos de artifício dentro do leito. Então o Ganância se manifestou:

- E-e o Smoke? Ele ta aí?
- Está sim! – Sorriu Salamon. – Ele ia entrar primeiro, mas eu pedi...
- E eu obriguei... – Adicionou Molly.
-... Para ele nos deixar vir primeiro. Ele concordou e foi fumar. Vai vir logo em seguida da gente e depois dele virão o Fenrir e o Hawkmon. – Terminou a cadela.

- Ahh, e-entendi... E... A mi-minha família? E-eles... Estão sabendo?

As fêmeas baixaram as cabeças.

- Bom, é que... – Começou Molly, coçando a nuca.
- Errr... – Salamon também não encontrou palavras.
- E-eles não e-entraram sequer em contato, né? Sequer devem imaginar que aconteceu a-alguma co-coisa. E se i-imaginam, nem de-devem se importar... – Os olhos de Makoto encheram-se de lágrimas.
- Makoto... – Salamon iniciou.
- Vo-vocês se importariam de me-me deixar so-sozinho? Po-por favor...
- Mas... – Molly ia pronunciar-se.
- Sim. Inclusive diremos que você está indisposto e voltaremos amanhã. – Disse Salamon, que a seguir foi até Molly e começou a puxá-la para fora do cômodo.

Quando ambas saíram, Makoto desabou em um choro angustiado...

...

- Sinceramente eu não entendo o que acontece com a família dele. – Disse Salamon aos demais. – É uma coisa tão esquisita...

Todos já haviam saído das instalações do hospital onde o Ganância se encontrava e andavam por umaavenida, esta repleta de árvores gigantescas de copas escarlates frondosas e troncos robustos acinzentados cheios de reentrâncias que serviam de casa para vários tipos de digimons alados, seguindo um trajeto que os levava de volta a um hotel onde estavam hospedados após terem recebido alta médica e onde esperavam também pela alta do amigo.

- Concordo. – Disse Hawkmon. – Por mais que queiram manter a discrição sobre quem são, é muito estranho ninguém ter vindo ver o estado do Makoto. Ou melhor, é estranho eles sequer terem o mínimo contato, ou mesmo o menino ter um segurança... Se não fosse você, Molly – A ave virou-se para a mulher. - ter se responsabilizado por ele... Sei lá, não conheço muito dos métodos humanos de criar filhos, mas me parece meio... Frio demais...
- Bota frio nisso. – Concordou Molly.
- Hum, acho que se fosse comigo ia acontecer a mesma coisa. – Disse Fenrir. – A segurança de um clã em si é mais importante do que a de um único membro.
- Mentiroso! – Berrou Hawkmon. – Você tem dois brutamontes que fazem a tua escolta por debaixo dos panos que eu sei! E além do mais, vocês são herdeiros do nome da família! Tem de andar protegidos!
- Fácil falar, pombo véio! – Disse Fenrir. – Vocês são digimons, moram no Digimundo! Nós somos humanos! Esqueceu o samba que é pra um humano conseguir passe pra entrar aqui?
- Que seja! Mas vocês são ricos! Podem dar um jeito!

- Blá, blá, blá... – Desdenhou Fenrir.
- Grrrr!! – Hawkmon irritou-se e veias saltaram de sua testa.
- Opa, não vai enfartar, hein? – Zombou Fenrir.
- Hmmm... – Molly mantinha-se pensativa no assunto. – A não ser que...
- Que o quê? – Perguntaram Salamon, Hawkmon e Fenrir.
- Ah, nada não! Tava só pensando alto! Hehehe!-Disfarçou a gorda.
- Vocês não sabem da missa a metade... – SmokeAgumon manifestou-se pela primeira vez em minutos. Depois disparou na frente do grupo.

-... Esse bicho... Tá estranho. – Disse Molly.
- Demais. – Falou Hawkmon.
- É... Sou obrigado a ‘concordá’ que tá bem diferente dos ‘padrões Smoke’ de ser... – Disse Fenrir.
- É só ansiedade, acho eu. – Explicou Salamon. – Mas daqui a dois dias o Makoto vai ter alta e aí todos ficarão mais tranquilos!
- Sim! – Disse Hawkmon, sorrindo. – Daí é só trocarmos as passagens do trem vencidas e viajarmos finalmente pra conhecer o mundo humano! Estou que não me agüento de curiosidade pra ver como é!

- Como se tivesse tanta coisa assim de especial e diferente lá... – Disse Fenrir.
- Você sempre estoura a minha bola, seu insuportável! – Rosnou Hawkmon.
- Faço o que posso. – Disse o rapaz. – Mas tô brincando, ‘ganso’!Vai ser legal sim! Principalmente se formos visitar as praias de nudismo lá perto de casa! Cada ‘potranca’ que tem... Me ardo só de imaginar! – Os olhos de Fenrir brilharam.

Molly murchou.

- Só que, se fosse por mim, íamos de avião. Seria muito mais rápido e também ia poupar uns dias do visto de turista de vocês. – Opinou Fenrir.
- Isso é verdade. – Disse Salamon. – Mas vamos de trem mesmo. O Makoto tinha nos pedido e todos consentiram, seria chato desmanchar o combinado assim, em cima da hora.
- É. Ah, mas deixa eu te perguntar uma coisa, Salamon. –Disse Hawkmon. – Seu pai, digo, vossa majestade... Perdão...
- Relaxe. – Aconselhou Salamon – Estamos entre amigos, esqueça essas formalidades todas.
- Ok. O Rei Seraphimon IV deixou você ir com a gente muito facilmente. O que fez para conseguir isso?
- Nossa, que pássaro ’futriquento’! Desde quando isso te interessa, ô maritaca? – Provocou Fenrir.
- Miserável! – Gritou a ave.
- O meu pai sempre foi muito bondoso, Hawkmon. – Salamon começou a explicar ignorando a briga. – Apesar de nosso status, ele criou a mim e a meu irmão com muita humildade e liberdade. Ele nos diz que ‘almas presas geram corpos receosos’, portanto quando pode ele nos deixa ‘soltos’ no mundo.

- Que legal! – Comentou Hawkmon.
- Não é? – Sorriu a cadela –Além do mais, ele acha ótimo que eu vá conhecer o mundo humano. Acha bom que eu absorva outras culturas e observe diversas formas de governo e organização. Disse que isso é vital para meu desenvolvimento como membro da Família Real e, quem sabe um dia, futura rainha.
- Seu ‘véio manja das ‘coisa’, hein? - Observou Fenrir.
- Papai só pediu pra que eu viajasse na companhia de dois guardas que são muito amigos dele e aos quais ele considera como irmãos. Lógico que eu não posso negar. Espero que compreendam e não se irritem com isso.
- Que nada. – Falou Hawkmon. – Já meus pais quase que não me deixam ir. São superprotetores ao extremo!
- Ninguém perguntou... – Sibilou Fenrir.
- Uahhhhh!!Agora eu te mato!! – Hawkmon pulou rumo à garganta de Fenrir e começou a tentar estrangulá-lo com a asa que lhe restara sã.

O grupo não tardou a separar esse ‘pequeno’ conflito. E no fim, riram.

De longe, do alto da copa de uma das imensas árvores que preenchiam os lados da rua, Violla os observava sem que eles desconfiassem.


“Bianco, eu tenho novidades...” – Começou ele, mentalmente.
“Ótimo. Fale.” – Disse a voz de Bianco, que ecoou no cérebro de seu parceiro.

...

Eis que se deu o dia da alta de Makoto... Era uma manhã ensolarada e quente, com poucas nuvens no céu alaranjado e pouca brisa para refrescar o calor. O grupo de amigos acordou cedo e já esperavam desde a madrugada na recepção do complexo hospitalar a suspensão da convalescença do companheiro. Makoto chegou acompanhado do doutor Etemon, que se segurava uma prancheta com alguns papéis que foram assinados por Molly.

- O-obrigado pela preocupação, pe-pela ajuda e po-por terem vindo me-me buscar. Muito o-obrigado me-mesmo, ga-galera. – Disse Makoto, num sorriso que deixava escapar mais tristeza do que alegria. Tinha em sua mão uma pequena mala com alguns pertences que havia usado durante sua estada no hospital.
-E desde quando você precisa agradecer alguma coisa? ‘Vambora’ logo que eu detesto médicos! – Disse SmokeAgumon, com sua habitual falta de tato.
- Por favor, nos perdoe pela imbecilidade desse troço! – Disse Molly, sem graça, depois de ter descido uma bela bordoada no cocuruto do Digimon dinossauro.
- Releve, não faz mal. – Falou o Etemon, ainda mais sem graça do que ela. A seguir virou-se para Makoto. – E eu espero ter lhe respondido, na medida do possível, as dúvidas sobre o problema do seu olho. Eu precisaria fazer exames mais a fundo devido à raridade do seu caso, mas você optou por não... De qualquer forma, espero que esteja satisfeito.
- Si-sim. Sou-lhe gra-grato. – Disse Makoto. Passou a mão de leve no protetor roxo que mais uma vez lhe cobria o glóbulo direito e, a passos largos, dirigiu-se a saída do local.

Os amigos do rapaz ficaram boquiabertos.

...

- Então você finalmente teve coragem de perguntar. – Disse SmokeAgumon para Makoto. O grupo já se encontrava do lado de fora do complexo hospitalar, mais precisamente sentados em círculo no gramado de uma pequena pracinha arborizada onde vários Woodmons brincavam com Flymons. – Que foi que ele te disse?

- Trata-se de he-heterocromia. – Explicou Makoto, pela primeira vez mostrando a nós o olho que sempre escondia. Tirou vagarosamente a venda até expô-lo por completo: era estufado para fora, localizado pouco abaixo da altura de seu outro olho normal, e tinha a cor muito azul. Pequenos bulbos de pele o rodeavam e dele saia constantemente uma secreção gelatinosa. Simplesmente repugnante. - No-no meu ca-caso, além da he-heterocromia, eu te-tenho também uma má fo-formação genética chamada qui-quimerismo... Vo-vou e-explicar melhor u-usando as me-mesmas palavras que o do-doutor...

“Tanto a heterocromia quanto o quimerismo são anomalias genéticas muito raras. A primeira dá-se pela alteração de genes e cromossomos que são responsáveis pela pigmentação dos olhos, fazendo com que as quantidades de melanina, que fazem o olho ser mais escuro, e as quantias de gordura pigmentária, que fazem o olho ser mais claro, fiquem desreguladas. A segunda situação é um pouco mais complexa: o quimerismo ocorre quando em uma gestação gemelar os embriões, ao invés de se partirem para darem origem a dois bebês distintos, se fundem em apenas um só, fazendo com que a criança nasça com características disformes como pele com tons diferentes ou mesmo com dois tipos sanguíneos ao mesmo tempo. Você tem ambas as características, Makoto, e uma ainda mais impressionante: seu glóbulo ocular doente é, na realidade, fruto da sua junção com o possível irmão gêmeo que você teria. E, por baixo dessa camada de pele toda, está o seu próprio olho...”.

- E é por isso que me-meu olho, além de ser de co-cor diferente do o-outro... É horroroso de-deste jeito. – Makoto voltou a cobrir sua deformidade.
- Putz– Murmurou Fenrir, espantado.
- Quer dizer que você tem... Três olhos? – Molly ficou de queixo caído.
- Si-sim. – Disse Makoto.
- Cara***... – Falou SmokeAgumon.

- E sobre a habilidade que esse olho te dá, você perguntou também? – Questionou Hawkmon, meio trêmulo.
- Eu ne-nem comentei. – Respondeu Makoto.
- Como se o médico fosse saber explicar o porquê de você ver ‘aquelas coisas’. – Disse Molly.
- Liga não, mina. – Disse Fenrir. Molly avermelhou só de ele ter se dirigido a ela. – Esse frango aí só faz pergunta idiota mesmo.
- Idiota é você, seu cretino! - Bradou Hawkmon. - A sua sorte é que hoje eu estou muito feliz pela saída do Makoto da convalescença, então não perderei meu tempo tentando agredi-lo.

- E nem deve. ‘Cê’ sabe que se eu revidar tu vira frango a passarinho, hauahauahua! – Riu o homem. – Ainda mais com esse resto de asa despedaçada aí! Tá servindo nem pra despacho, hein galo ‘véio’?! Huahauahau!!
- Eu juro que tento ignorar, mas é mais forte do que eu!! – Hawkmon pulou em cima de Fenrir e ambos rolaram na grama aos tapas.
- Ai meu pai... – Sussurrou Molly, já indo separar a dupla com os demais.

Após o feito, levantaram-se e começaram a ir embora. Makoto e SmokeAgumon ficaram mais para trás dos outros quatro. O Ganância mirou o digimon, que retribuiu o olhar. Um deu um pequeno sorriso para o outro e encostaram-se. Makoto passou o braço pelo ombro do dinossauro de gases, que pegou de sua mão a maleta de pertences e começou a carregá-la. Apertaram o passo para ficarem mais próximos aos demais.

“Depois de amanhã... É o dia do nosso embarque... Eu vou ter que voltar para aquela casa... Voltar para junto daquelas pessoas que me detestam... E vamos nos separar. Talvez nunca mais nos vejamos de novo, Smoke...” – Pensava Makoto, com semblante passando animação, mas por dentro cheio de tristeza.

SmokeAgumon franziu a testa e baixou a cabeça. Pequenas gotinhas escuras se acumularam nos beirais de seus olhos e ele logo as enxugou disfarçadamente. Parecia até que ele tinha ouvido os pensamentos do colega...

...

A alguns metros dali, localizados em cima de um prédio altíssimo formado por vários tijolinhos beges parecidos com peças de brinquedo, Bianco, Violla e Bastemon, novamente trajada em um capote negro, observavam atentamente o caminhar dos formados.

- E então? Vai ser agora? – Perguntou Violla para Bianco.
- Huhuhuhu... Paciência, ‘bambino’... – Respondeu Bianco.

...
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Mensagem por Mickey Sex 13 Abr 2012, 9:29 pm

Sério... fiquei com dó do casal de velhinhos...

Poderia ter só dado um susto neles...
Foram os personagens figurantes mais divertidos em tão poucas palavras...

Do mais um episódio daqueles... Glup! Errr... Interessante a situação do Makoto... Mas acredito que ainda vai ter mais coisas estranhas aew.
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Mensagem por Nosferatu Arucard 1983 Dom 15 Abr 2012, 7:21 pm

Eu recordo de ter lido esta história, e a introdução foi a coisa que me fez identifica-lá sem problemas.

Assim que publicares o resto da primeira parte farei um comentário melhorzinho...
Very Happy
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