Fórum :: digimonFOREVER :: Índice
Bem-vinda (o) ao fórum digimonFOREVER! Este fórum está desativado e disponível apenas para visualização.

Nossa comunidade se moveu para o servidor de Discord DIGITAL ZONE e te convidamos a fazer parte para discutir os assuntos mais recentes da franquia Digimon! Acesse e comece a conversar agora mesmo: CLIQUE AQUI PARA ACESSAR NOSSO DISCORD.

Agradecemos a tua visita aqui e nos vemos no Discord, até lá!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Fórum :: digimonFOREVER :: Índice
Bem-vinda (o) ao fórum digimonFOREVER! Este fórum está desativado e disponível apenas para visualização.

Nossa comunidade se moveu para o servidor de Discord DIGITAL ZONE e te convidamos a fazer parte para discutir os assuntos mais recentes da franquia Digimon! Acesse e comece a conversar agora mesmo: CLIQUE AQUI PARA ACESSAR NOSSO DISCORD.

Agradecemos a tua visita aqui e nos vemos no Discord, até lá!
Fórum :: digimonFOREVER :: Índice
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte)

2 participantes

Ir para baixo

Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte) Empty Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte)

Mensagem por Nosferatu Arucard 1983 Ter 10 Abr 2012, 7:29 pm

Olá a todos, após alguns anos de ausência o grande fã do casal Takeru e Daisuke Rolling Eyes está de volta!
Enquanto não preparo alguns contos da minha temática favorita (Digimon e yaoi Laughing ), estava desde algum tempo a preparar esta fan-fiction (mais um spin-off) baseada num jogo que eu gostei imenso (até mais que o Half-Life) que é o Assassin's Creed.
Respeitando os comentários do passado eu vou dar nesta história alguns quadros explicativos para que ninguém fique à nora nesta história interessante (e fantasiosa) que é bastante complexa.
A saga Assassin's Creed decorre quando Desmond Milles é raptado pelos Templários (que são escudados por uma empresa de investigação chamada Abstergo)
Aí Desmond Milles revive as memórias de três assassinos em três épocas diferentes: Altair (Idade Média), Ezio Auditori (Renascença) e Connor (Revolução Americana), com o objectivo de recuperar os ficheiros deixados pelo Povo que Veio Primeiro e as relíquias chamadas Maças de Éden que tanto podiam ser usadas para controlar a Humanidade ou servir de arma de destruição maciça.

Esta história conta um projecto dos Assassinos do Japão que pretendem ajudar os outros grupos similares, julgando que parte do puzzle deixado pelo Povo que Veio Primeiro se situa no Extremo Oriente.
É neste drama que os Assassinos encontram um jovem com um perfil genético estranho que tanto leva a curto prazo à Coreia da transição do século XIX para os princípios do século XX, como aparenta ter descendência de um indígena Ainu do século XVI/XVII, contendo ainda memória de um Ainu que até era contemporâneo da visita de Altair para liquidar os Mongóis no século XIII ! Shocked

A história será dividida por partes e começará por agora a missão do ancestral em Hokkaido, conforme o próprio prólogo eludica. Agora, boa leitura e bons comentários! Wink


Nome da Fanfic: Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte)
Nome do(s) Autor(es): Nosferatu Arucard 1983
Gênero Principal: Ficção Histórica
Em que foi foi baseada: Assassin's Creed I, II, III, Brotherhood e Revelations
Recomendação Etária: 16+
Personagem principal: Harukoukani
Uma pequena Sinopse da História: A longa procura das Maçãs de Éden deixadas pelo Povo que Veio Primeiro leva-nos à visitar o Japão Feudal que é palco de um confronto entre Assassinos e Templários.

Prólogo

Algures no meio do Japão, Setembro de 2012. Um velho edifício abandonado servia de disfarce para um esconderijo de uma antiga ordem secreta destinada a preservar as liberdades dos homens.
Durante séculos duas organizações poderosas lutaram numa batalha sem moderação nem quartel pela supremacia da Humanidade, com as posições de forças a alternarem entre si ao longo dos tempos sem que nenhuma das partes conseguisse uma vitória definitiva.
Desde que alguns descobriram o papel de antigas civilizações na formação da Humanidade, os seus descendentes, julgando ser legítimos herdeiros, dividiram-se em duas seitas que queriam diferentes usos das relíquias deixadas pela Civilização do Éden que colapsou após uma catástrofe global. O primeiro deste grupo eram os fundadores das antigas civilizações humanas que rapidamente cairiam na tirania, usando as relíquias de Éden para subjugar os seus súbditos.
Com a evolução história, parte dos potentados que tinham conhecimento das antigas relíquias tornaram algures na Idade Média na Ordem dos Templários que lutavam pela supremacia mundial.
No Século XX a antiga ordem era reciclada com a ajuda de avultados capitais e porto seguro nas suas investigações secretas, ao fundarem a Abstergo.
O segundo grupo, composto maioritariamente por opositores aos antigos tiranos, fundariam a seu tempo a Ordem dos Assassinos que conheceu maior desenvolvimento durante a conflituosa era das Cruzadas no Médio Oriente. Após a breve revolução promovida por um dos melhores Assassinos (Altair), a ordem dos Assassinos espalhou-se por todo o mundo, criando em várias regiões do planeta a sua própria organização que ao longo de dez séculos se preparavam para batalhar contra os planos dos Templários.

Em 2012 a Abstergo consegue capturar Desmond Milles, um descendente directo de Altair e Ezio Auditore que tiveram papel activo na descoberta dos poderes das antigas relíquias e frustaram em várias ocasiões os planos dos Templários na conquista do poder, mesmo a nível local.
Mas Desmond Milles não seria o único sobrevivente desta campanha, pelo que a descoberta de mais peças do enorme puzzle forjado desde a queda do Éden exigiria a procura de mais descendentes vivos de antigos Assassinos de relevo.
Ao contrário dos Estados Unidos e Médio Oriente, o Japão não tinha uma ordem dos Assassinos muito coesa apesar da análise histórica apontar o contrário.
Boa parte dos fundadores históricos daquela ordem não eram japoneses nativos, mas vindos do exterior o que beneficiava a ideia dos Assassinos modernos serem seguidores da Ordem dos Assassinos do Levante.
Na realidade, um dos maiores mistérios era o facto dos japoneses durante a época do shogunato ter sido tão fortemente isolacionista contrapondo o espírito expansionista e marítimo deste povo.
Boa parte dos historiadores que trabalhavam secretamente com os Assassinos suspeitavam da mão dos Assassinos ou dos Templários, ou mesmo de uma guerra secreta entre estas duas facções que levou a este desfecho isolacionista que só foi quebrado a meados do século XIX.

Utilizando os mesmos métodos (mas com maior cuidado e respeito) que a Abstergo empregara para caçar descendentes vivos dos antigos Assassinos, a Ordem dos Assassinos do Sol Nascente pesquisara a fundo potenciais descendentes vivos até encontrarem um jovem excluído da sociedade japonesa que tinha literalmente a chave para muitos dos mistérios que os Assassinos provocavam durante tantos anos.

-----------------------------------------------------------------------------------
Ordem dos Assassinos: Um laboratório Improvisado ao estilo de Assassin's Creed II

No subsolo deste complexo de investigação (em boa verdade, muito improvisado) o historiador Iori Takuda caminhava juntamente com o médico Hideo Murozono a respeito do jovem que estava pouco disposto a colaborar.
“ Após quase 20 anos a procurar e pesquisar descendentes, eu creio que este jovem”, aponta para a ficha, “ É claramente descendente directo deste Grande Assassino...”, comenta Iori.
“ Ao ler a sua ficha de identificação, eu próprio considero bastante confuso a sua linhagem ancestral com ramificações com os coreanos, do qual no lado materno é coreano na segunda geração, o que significa que os seus avós eram antigos colonos que habitaram a Coreia durante a ocupação e posterior anexação pelo nosso país. Isso explica a bizarrice do seu nome de registo: Sora Kyoshokou.”
O médico lera os caracteres do seu nome e reparara que era apenas a leitura nipónica de um apelido coreano.
“Mas o melhor veio do dispositivo de rastreio do ADN”, aludiu Hideo, “ O lado masculino não só aparenta o cruzamento com a população coreana a partir da terceira geração, como existem marcadores genéticos que são típicos dos Aino, mas são pelo menos umas dez gerações atrás...”
“ Os Aino não são aquele povo tribal que habita as zonas remotas de Hokkaido ? Mesmo sendo historiador, não tenho grande bibliografia sobre este povo”
“ Ao consultar a respeito da história dos Aino, eu descobri algo muito interessante!...” , fez uma pausa, “ Apesar de serem um povo tribal, durante a época dos Mongóis tiveram uma figura de destaque. Ora durante a época de ouro de Gengis Khan, corresponde ao período que alguns dos assassinos do Levante migraram para oriente, para fundarem novos centros de recrutamento dos Assassinos...”
“ Ao consultar um e-mail do serviço Hephaestus, os nossos amigos na Europa estão a seguir um descendente vivo de um assassino sírio durante a época das Cruzadas. Aparentemente este Assassino esteve por esta altura que referes, por algum tempo na Mongólia, e saliento ainda que os Aino teriam investido contra os mongóis no mesmo período...”
“ O que significa que não podemos excluir os Aino como um dos potenciais fundadores da Ordem dos Assassinos no Japão!”, disse Hideo.
“Mas isso seria uma hipótese um bocado mirabolante, para afirmar que os Aino imposturam aos japoneses o Credo do Levante”
“ E não é o mesmo credo que afirma que: Nada é verdadeiro... Tudo é permitido ?!
“ Para dares crédito a esta teoria, existe alguma fundamentação sólida ?”
“ É o ADN de Sora que é algo completamente bizarro, mesmo referente às memórias genéticas do indivíduo. Repara bem aqui...” , aponta para a lista de sequências.
“ Céus! O sequenciador genético apontou para uma série anómala fora da cronologia do ancestral ?!”
“ Ao consultar a minha bibliografia e consultando os meus pares, esta anomalia de sequenciação pode ser explicada ao admitir que existe um antecessor do qual possui ele próprio algumas memórias de outro antecessor mais longínquo! Mas para isso é necessário sincronizar o antecessor principal para abrir as memórias do antecessor secundário”
“ O que é muito bizarro, porque normalmente as memórias de ancestrais mais antigos vão perdendo ao longo de gerações ao substituírem por ancestrais mais recentes. É um caso raro em que temos memórias muito mais antigas que podem ser recuperadas...”
“Seria ainda mais interessante se o nosso rapazinho fosse muito mais tolerante!...”

--------------------------------------------------
Sala de Entrevista

Hideo interrompeu a conversa quando deixou entrar o historiador dentro de uma sala um pouco suja, e com uma lâmpada fraca a iluminar uma mesa de pinho gasta e um jovem rapaz sentado na cadeira que fitou os olhos dos dois cientistas.
“ Mas que porra é essa ?”, exclamou Sora.
“ Não foi fácil os meus colaboradores levarem do teu sítio que por boa vontade se chamava casa...”
“ O meu barracão do qual vivo desde que o meu pai fugiu por dívidas ?...”
“Chame o que tu quiseres que isto é irrelevante!”, disse Hideo.
“ Mas quem são vocês e com que direito tem para levar um desgraçado da vida pela calada da noite e levarem para um sítio que não é melhor que o meu, e ter ainda vários chatos e com cara de mafioso a querem saber coisas sem nexo ?”
“O que consideras coisas sem nexo, Sora ?”, perguntou Iori.
“ Por exemplo, se conheci ou os meus pais conheceram políticos ou organizações influentes, se sabia o que era não sei o que...”
“Templários ?”, disse Hideo.
“Precisamente! Não sei o motivo ou a idiotice de vocês para perguntarem sobre Templários, ou se tinha algum assassino na minha família!”
“ É natural que não saibas se tens ou não um Assassino!”, disse Iori, “ Podes ter no passado mais histórico um ascendente que seja um Assassino!”
“E querem que um simples cidadão saiba que o seu tetra-avó fosse um criminoso!”, retorquiu Sora.
“ É por essa razão que fizemos análises genéticas para saber se era ou não verdade!”, concluiu o médico.
“ E já estão satisfeitos com este disparate sem sentido ?”, Sora já estava impaciente após três longos interrogatórios e uma data de testes.
Hideo lança um lápis contra Sora com o objectivo de testar alguma anormalidade nas suas reacções, enquanto durava esta entrevista.
“Mas o que é isto ?”, Sora ficou assustado quando via uma bizarra alteração da cor no seu campo de visão, destacando o objecto arremessado com uma cor mais lívida.
Visão de Águia!”, respondeu Hideo, “Quando um descendente directo daqueles que juntaram com os antigos deuses, despertam esta habilidade e ganham esta percepção de defenderem do perigo...”
“Mas afinal o que é isto ?”, Sora reparara que o médico sabia o que era esta estranha habilidade.
“A Visão de Águia é uma misteriosa habilidade que os melhores Assassinos tiveram para detectar os seus alvos e defenderam dos perigos”, Iori deu a explicação mais conveniente.
“ Hã ?!”, Sora ficou atónito, “Agora tenho algum super-poder ou algo do género ?”
“Não é uma bizarrice deste género!”, disse Hideo, “É uma prova de seres um descendente directo de um Grande Assassino que nos ajude a obter respostas para alguns dos maiores mistérios da humanidade...”

Sora desconfiava daquela argumentação que era demasiado fantástica para ser verdade, mas foi interpelado por Hideo que adiantou:
“Vamos passar a coisas mais práticas!”
“Quais ?!”, agora era vez de Sora ficar assustado.
“ Todo este interrogatório serviu para preparar o nosso evento principal, que é estudar uma das personagens mais misteriosas que a nossa organização pretende descobrir..."
“ A Ordem dos Assassinos!”, adiantou Iori.
“Por acaso frequentaste a escola ?”
Sora estava espantado com a referencia de uma ordem de assassinos, juntamente com uma questão tão descontextualizada...
“ O que é uma Ordem dos Assassinos ?!! Mas além disso, o que querem saber se andei na escola ou não ?! É algum requisito para ser um homicida contratado ?!”
“ Por agora deves somente considerar a Ordem dos Assassinos com a grande inimiga da Ordem dos Templários, nada mais! O que quero adiantar é saber se tens noção do período histórico que foi o shogunato!”
“ Lindo serviço!”, comentou Sora, “O que mal sei desta coisa, e era péssimo a história era que havia uma dinastia de lordes guerreiros chamados Tokugawa ou seja o que for, que governaram o Japão durante mais de 200 anos ou algo do género!”
“ Que mau conhecimento!”, exclamou o historiador, “Trata-se do período mais importante da nossa história e não sabe minimamente o que é para além das trivialidades! É nesta altura que queremos saber o que aconteceu para que alguém que teve a honra de ser um Grande Assassino, destacar neste período histórico!”
“Isso é um completo disparate!”, disse Sora, “Se querem saber o aconteceu há mais de 400 anos deviam ir para a biblioteca, não perguntar a mim!”
“Pelo contrário! És tu que tens as respostas!”, Hideo apontou o dedo a Sora.
“Como eu posso saber ?!”, Sora estava incrédulo.
“Vamos sair daqui e vamos para o quarto ao lado para perceberes o que eu quero dizer!”, disse Hideo enquanto Iori levava Sora com ele.

------------------------------------------------------------------
Animus, versão 3 com o mesmo conforto do Assassin's Creed Brotherhood dry

No quarto ao lado, estava uma cadeira coberta com estranhos mecanismos, incluindo um monitor LCD e uma viseira para colocar na cabeça, protegendo os olhos quando se sentava na respectiva cadeira. Ao lado, estranhos computadores e um sequenciador genético ligados por fibra óptica operavam com algum ruído. Três operadores anónimos mostravam nos ecrãs dos computadores vários tipos de informação. Hideo deu sinal para que nenhum deles adiantasse muitas explicações.
“Sora!... Isto é o nosso método de investigação do passado, na realidade tecnologia “roubada” do nosso inimigo... A Abstergo!”
“ Mas que raio de geringonça é essa ?”, questionou Sora.
“ Este sistema é conhecido pela Abstergo por Animus!”
Animus ?”
“ Podes considerar com uma espécie de consola de jogos, mas é um sistema aperfeiçoadíssimo para
simular e descodificar memórias genéticas!”
“Mas o que estás aí a dizer ?”
“É isso mesmo! Memórias genéticas! O nosso ADN contêm informações relativos a acontecimentos que foram registados e herdados nos nossos genes... O Animus permite descodificar as memórias arquivadas no nosso ADN, resultando na leitura das vivências e informações que o teu ancestral herdou nos teus genes! É essa informação que queremos recuperar!”
“Espera aí!”, Sora ficara mais esclarecido, mas confuso, “Se existem informação armazenada no nosso ADN e pode ser lida por um computador, não obteriam a informação pretendida a partir daí ?”
“ A sequenciação de uma memória genética não é assim tão simples! Exige um complexo sistema de simulação das condições que foram registados no nosso genoma, e a informação deve coincidir com estas condições simuladas, ou seja, uma sincronização!”
“ Por outras palavras... “, adiantou Iori, “Senta-te naquela cadeira para perceberes como funcionam as coisas!”


Sora obedeceu e sentou-se naquela cadeira, e reparou que os operadores colocavam vários sensores e agulhas. O visor para os olhos (HUD) desceu em direcção ao campo de visão de Sora.
O sistema arrancara e mostrava informações crípticas como:

ANIMUS 3.34.26.76 initialized...
Loading profile: Sora Kyoshoku
OK


“Muito bem! A partir de poucos segundos vais entrar numa espécie de letargia que facilita a descodificação das memórias genéticas...” , disse Hideo.
“Que treta!...”, exclamou Sora.

Mal disse aquilo, o seu campo de visão desapareceu e entrou num estranho mundo donde flutuavam estranhos símbolos, imagens e blocos a flutuar no espaço. No final do processo, estava dentro de uma sala branca (White Room) que materializava objectos e figuras humanas.
“Mas que extraordinário!”, Sora ficou maravilhado com o fenómeno.

Ao fim de um minuto de experiência dentro do Animus, a imagem de Sora dentro do White Room era acompanhada de frente com uma figura humana que materializava gradualmente. Era igualmente um jovem rapaz na casa dos 15/20 anos. Estava vestido com uma estranha vestimenta formada por vários pedaços de tecido formando padrões geométricos. Mas a cabeça e parte do corpo estavam cobertos com uma capa branca que cobria parte das suas roupas tradicionais.
As suas botas de pele de animais apareceram no final, permitindo a Sora admirar a beleza daquela figura humana e quase surreal. No outro lado do sistema, Hideo e Iori viram nos ecrãs dos computadores a mesma imagem daquele homem a ser renderizado.
“Aqui está o nosso querido ancestral!”, exclamou Iori.
“Realmente! O ancestral deste rapaz é um indígena Ainu!”, disse Hideo.
“Estás a ouvir, meu rapaz ?”, Hideo ligou o microfone e habilitou a comunicação com o Animus.
“Sim! Como é que consigo ouvir, mesmo anestesiado ?”, perguntou Sora.
“O Animus está ligado aos nossos computadores, e podemos dar-te via áudio dicas para te guiares neste mundo virtual!”
“Excelente”, disse Sora quando em seguida uma série de letras e números cobriam a figura.
“Para tua informação”, adicionou Hideo, “Este é o teu antecessor, e o que estás a ver é em parte o vestido tradicional dos Ainu em Hokkaido, excepto a capa branca que é característico dos Assassinos que viveram durante a Idade Média na região actualmente conhecido como Médio Oriente!”
“Obrigado!”, agradeceu enquanto via uma tabela com dados, “Mas o que é isto ?”

O Animus tinha conseguido descodificar a informação bibliográfica do antecessor, indicando a seguinte informação.

DNA Memory Profile Synchronized
Ancestor Name: Hurekonkani Kehekaci at Chipak Kamuy
Short: Hurekonkani
Birth Year: 1585
Death Year: Unknow, unable to find


Mal tinha lido aquele quadro, Sora foi tragado para outra visão do qual estava dentro de uma casa indígena Ainu, com os seus familiares ou amigos em roda do seu antecessor.
“Atenção Sora!”, alertou Hideo, “Acabaste de sincronizar com o teu antecessor, muito provavelmente é uma sequência de abertura que te permite entrar no teu subconsciente, resultando daí as preciosíssimas sequências de memórias genéticas que pretendemos obter!”

O Animus mostrou um quadro de informação referente à cena que afirmava:

Genetic memory detected: ancestor's memory recorded about halfway of year 1596...
Waiting for user input...

---------------------------------------------------
Hokkaido: Território Aborígene Ainu.
Meados de 1596


Sora estava estupefacto com o resultado, aquilo era tão irreal como plausível. Ele estava algures nos finais do século XVI, com o Japão a recuperar do caos das guerras civis, e de repente aparece numa aldeia Ainu sem perceber bem porque...

“Se questionas como o Animus determina a data da memória, isso é algo que não estou bem dentro do assunto...”, comenta Iori.
“Isso é o menos importante...”, Sora sabia que o ADN pode actuar como um relógio, e ao ver antes que o Animus estava ligada ao exterior, era bem capaz de consultar bases de dados para determinar com maior ou menor precisão a data da ocorrência do acontecimento.

Voltando à cena da memória genética (com estranhas interrupções), aparece alguns guerreiros Ainu a berrarem para os aldeões a avisarem de uma desgraça iminente.
“Alerta!” , gritou um dos homens, “ Os nossos homens foram atacados na nossa zona de caça, pelos cães sarnentos dos Matsumae!”

“Os Matsumae eram os governadores da ilha de Hokkaido que tinham conquistado umas décadas antes...” , Iori volta a dar a explicação histórica.

O Animus volta a dar ar da sua graça, ao indicar a mensagem críptica:

Fast Foward Memory Gap to a new Recent One...

Para o Animus carregar este acontecimento, este deveria ser dramático porque ao recarregar o cenário da memória no White Room, a aldeia de Hurekonkani estava a ser atacada por mercenários a soldo dos japoneses. Os Ainu bem tentavam atirar flechas contra os agressores, mas estavam desorganizados devido ao ataque surpresa. Um dos mercenários japoneses até tinha uma arma de fogo, o que dava alguma vantagem aos seus companheiros que usavam espadas.
Uma das balas atingira de raspão o próprio ancestral, mas ferira gravemente a sua própria mãe.

O chefe da aldeia reparara imediatamente na precisão e oportunidade do ataque, porque ao contrário dos combates entre colonos, senhores feudais e indígenas, a investida aparentava ser demasiado precisa como se tivesse um alvo definido à sua frente.
Hurekonkani saiu da sua casa a correr devido ao pânico, e reparara que alguns japoneses corriam em sua direcção, pelo que o seu pai e o chefe da aldeia perceberam imediatamente o que se passava:
“Canalhas, bastardos!”, gritou o seu pai, “Estes cães já descobriram que o meu filho tem aquele poder divino ?”
“ Ark'aetu, o que estás a fazer ?”, disse o irmão do ancestral referindo ao chefe da aldeia, “ Vamos defender o nosso Escolhido, ou vamos deixá-lo morrer ou ser capturado ?”

Mas a situação complicara com a queda de flechas incendiárias que criaram rapidamente uma parede de fogo que bloqueara a rota de fuga de Hurekonkani, deixando vulnerável aos potenciais captores. A confusão criada na aldeia acordara outro guerreiro que descansava na seu abrigo, e ao ouvir que Hurekonkani estava em perigo pega no seu machado tradicional (um mukar) que era em forma de compasso invertido (o símbolo dos Assassinos).

O referido guerreiro Assassino (Urartunasno) saiu do seu abrigo a correr, aproveitando um desnível para aproveitar um ângulo cego em relação ao ângulo de visão dos japoneses.
Então Urartunasno dispara uma das suas flechas contra um mercenário japonês, matando-o instantaneamente porque acertou no seu coração.
Mas ainda o perigo não tinha terminado, porque os japoneses continuavam a lançar projecteis inflamáveis contra a aldeia, ateando fogo nas próprias casas.
Para piorar as coisas, apareceram dois artilheiros transportando um canhão ligeiro.
“Aqueles pobres doidos devem estar a seguir as ordens de algum Templário.”, pensou Urartunasno, “ Mal os japoneses souberam da presença de Assassinos, os ataques por parte dos Matsumae incrementaram em flecha, ou melhor, dos Templários porque numa ocasião um dos nossos aprendizes descobriram a presença escondida da cruz templária numa das reuniões de campanha...”

Felizmente a visão do fogo intenso no campo de visão de Hurekonkani activou a sua Visão de Águia, e tudo o que não era animado apareceria em tons escuros, os inimigos em cores vivas, e os seus amigos em cores mais frias. Urartunasno ficou aliviado, e como pensava, ao saber que os poderes de Assassino despertaram.
“Hurekonkani!!!...”, gritou Urartunasno, “Se estás a ouvir, olha para a direcção em que os teus inimigos estão a cores vivas, e afasta-te deles.”
“ Então é isso a estranha visão que eu tinha...”, disse Hurekonkani.
“Assassino! Assassino!”, berrou o chefe de guarda dos japoneses, “Apanha aquele metediço!”

O Assassino correu em direcção a uma árvore que continha uma alavanca que activou um sistema engenhoso de roldanas. Isto activou uma série de barras, cordas e suportes que estavam escondidos atrás das moitas. Urartunasno correu em direcção a uma das barras e trepou-a, para em seguida pular em direcção à seguinte. Esta manobra irritou o chefe da guarda, provocando a sua ira.
Ao disparar flechas e até balas, provocaram a queda de algumas traves sobre as casas que estavam a arder uns metros abaixo do desnível, porque a aldeia ficava no fundo de uma depressão.Visão de Águia
Os parentes de Hurekonkani tentaram proteger o seu filho, mas os artilheiros japoneses já estavam com as armas carregadas e dispararam mortalmente.

Ao ver por puro terror o assassinato da sua família, Hurekonkani não esmoreceu ao ver o seu herói de infância (Urartunasno) a fugir enquanto gritava: “Viste como eu pulei e usei os obstáculos ? Não te esqueças das brincadeiras que fizemos!”

Embora a sua Visão de Águia estava muito instável, Hurekonkani virá umas marcas de auras sobre determinadas casas e traves, o que segundo o que aprendera do seu amigo, era os pontos donde devia pular e saltar.
Como tivesse alguma coisa em mente, Hurekonkani correu como um louco em direcção a uma casa que tinha algumas chamas, mas salta e trepa pela abertura da janela até ao telhado.
Aproveita uma trave erguida sobre um molhe de madeira, e salta para lá, aproveitando o impulso para pular para outro telhado.
“É isso mesmo!”, gritou Urartunasno enquanto degolava um mercenário japonês apanhado desprevenido. Após uma tentativa falhada que obrigou a repetir a corrida (mas com as chamas, e os soldados japoneses a carregaram as armas de fogo), Hurekonkani consegue pular de uma trave directamente para um penedo que podia ser trepado, e daí conseguiu fugir da aldeia em chamas.

“Apanhem-no! Matem-no!”, gritaram os soldados.
“Excelente!”, condecorou Urartunasno, “Agora os meus irmãos devem estar a chegar daqui a momentos”.
Urartunasno disparara uma coluna de fumo em direcção a um ajuntamento de Assassinos que estava a um bom quilómetro de distância da aldeia, e que estava a planear visitar o potencial Assassino com a lendária Visão de Águia, mas foram surpreendidos com o ataque da mesma aldeia.
Poucos minutos, Assassinos de elite a cavalo disparavam bestas envenenadas contra os atacantes, enquanto um pegava nos outros dois sitiados para os levar para um lugar seguro.
Urartunasno alertara que Hurekonkani despertara a Visão de Águia o que era prova de ter sido descendente dos Fundadores da Ordem.

Mas o ataque após ter sido neutralizado causara a morte da mãe devido ao colapso da casa em chamas, incapacitara um tio e irmão, e o pai não tinha outra opção senão aceitar ceder a guarda do seu filho às mãos da Ordem dos Assassinos do qual até simpatizava por eles.
Era basicamente a sua força armada secreta que protegia os Ainu das atitudes predatórias dos japoneses contra este povo aborígene.
Os Templários revidariam da sua humilhação uma semana depois, ao mandarem outro grupo de mercenários bombardearem o que restou da aldeia, e se não fosse as ajudas da Ordem teria matado a família de Hurekonkani, mas o actual aprendiz de Assassino já está bem longe algures nas montanhas de Hokkaido para começar o seu treino para se tornar Assassino.

E o no Animus, Sora presenciou o cenário da acção colapsou em peças e riscos geométricos com a seguinte mensagem.

Initial Memory Synchronized.

“Finalmente! Eis o arquivo das memórias genéticas de Hurekonkani”, disse Iori ao ver os dados a aparecerem no ecrã do seu computador.
E Sora verificou que no White Room materializou uma enorme hélice dupla com rótulos a indicarem as sequência genéticas da memória e as suas datas. Também desbloqueou o acesso a uma base de dados que permitira obter informações úteis sobre as personagens, lugares, documentos, o que era um verdadeiro tesouro codificado nos seus próprios genes.
De qualquer forma, o apontador do ADN abrira apenas a Sequência 1 e indicara que com a sincronização actual só podia começar a leitura desde o início da mesma.
Iori e Hideo suspiravam enquanto exclamavam: “A partir de agora, vamos entrar numa história que ninguém neste mundo acreditará em nós!”
--------------------------------------------------------------

Smile


Última edição por Nosferatu Arucard 1983 em Sex 13 Abr 2012, 12:26 pm, editado 2 vez(es)
Nosferatu Arucard 1983
Nosferatu Arucard 1983

Younenki
Younenki

Mensagens : 34
Data de inscrição : 10/04/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte) Empty Re: Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte)

Mensagem por Mickey Qua 11 Abr 2012, 11:40 am

JESUS! Nosferatu Arucard...

Bom, Olá! Aqui é o Mari.... ops! outro personagem... Aqui é o Mickey!

Então companheiro! Bela organização para a FIC! Pena que não joguei os jogos para saber se há uma grande relação...
Porem está faltando um pequeno detalhe... para eu fazer o registro dela preciso que você preencha a seguinte ficha...

FICHA de REGISTRO

Após preencher a FICHA inclua ela no Primeiro Post, no começo da FIC, para que os leitores possam observar de que tipo se trata!

Enfim! É isso! AH! E... FAÇA SUA APRESENTAÇÃO ao FÓRUM!
Aqui vai uma ajudinha para você não se perder...

Sala de Recepção

Enfim, seja bem vindo ao Fórum e as Crônicas de Ryo!
Mickey
Mickey

Administrador
Administrador

Mensagens : 1322
Data de inscrição : 23/10/2011
Idade : 37
Localização : Goiás

Ir para o topo Ir para baixo

Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte) Empty Re: Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte)

Mensagem por Nosferatu Arucard 1983 Qua 11 Abr 2012, 4:51 pm

Isto já começa bem! Smile
O meu grande problema nas grandes histórias que eu planeio ou ficam muito curtas, ou duram o dobro ou o triplo do que eu queria!

A respeito das aventuras... (assassinatos) da personagem Ainu, apenas adianto que nesta primeira parte, ele deverá procurar um tesouro deixado por Altair, e que a primeira grande vítima deste assassino (mesmo adolescente) será:
Toyotomi Hideyoshi (mas com alterações a nível da História Wink )
O resto não revelarei...
Nosferatu Arucard 1983
Nosferatu Arucard 1983

Younenki
Younenki

Mensagens : 34
Data de inscrição : 10/04/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte) Empty Re: Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte)

Mensagem por Nosferatu Arucard 1983 Qui 12 Abr 2012, 3:10 pm

Aqui está a primeira parte da primeira sequência de memória genética do ancestral de Sora Smile
Não é um capítulo tão longo como a introdução, mas já revela alguns dos métodos que um Assassino da saga Assassin's Creed efectua. Por enquanto, Harukoukani não possui a capa de Assassino e a Lâmina Oculta, mas isso será obtido um pouco mais à frente! Cool

-----------------------------------------------------------------------------------
Hideo avisou Sora que deveria activar a sequenciação das memórias genéticas para começar a longa tarefa de descobrir o passado esquecido do seu ancestral.
" Este Animus é bastante bizarro", comentou Sora, " Após uma visita relâmpago com imensos cortes e saltos no tempo a uma aldeia Ainu, agora tenho uma estranha pilha de pedaços escuros com rótulos a flutuar..."
" Isto é o menu principal do sistema, que permite escolher a memória que quer visualizar, mas tendo em conta que é necessário sincronizar um bloco de memória genética para poder desbloquear a seguinte...", explicou Hideo.
"E como extra, é possível activar anexos informativos contendo alguma informação relevante no contexto da memória", adiantou Iori.
"Resumindo, eu tenho que escolher a primeira sequência...", disse Sora.

O Animus indicou o começo do processo de carregamento com a seguinte indicação.

Loading Genetic Memory at Memory 1 of Sequence 1
Waiting to synchronization...



Sequência 1
Memória 1
O Teste
Hokkaido: Área Aborígene Ainu/Aldeia Fortificada
Março de 1601



O Animus carregou o cenário de maneira exotérica, mostrando blocos de cenário a erguer e montar nas suas posições espectáveis, acabando no final com a materialização do próprio Hurekoukani no meio do mesmo cenário.
Nesta altura Hurekoukani estava a fazer aproximadamente 16 anos e aproveitava a sua maturação durante a adolescência para fortaceler o seu corpo, e estar ciente da sua tarefa com potencial Assassino.

Quando começou a própria memória, Hurekoukani estava junto com a sua família (e com vítimas a lamentar) ao redor de uma aldeia Ainu escondida no meio das montanhas da remota ilha de Hokkaido.
"Mais um ataque daqueles Matsumae!", exclamou um dos aldeões aos seus similares.
"Desde que os japoneses lançaram numa luta encarniçada pelo poder, nem mesmo a nossa terra pode descançar em paz!", comentou Ark'aetu que era o antigo chefe da antiga aldeia natal de Hurekoukani.
A breve conversa seria interrompida quando uma escolta de cavaleiros montados entrou pelos portões de paliçadas, dando entrada a um destacado chefe de elevada idade, mas com traços raciais estranhos aos locais.
"Ayen rwsta ast kah anha shbt kard ?", disse o próprio que traduzido da sua língua persa era:"É esta a aldeia que falavam ?"
"Mori Kamuy!", exclamaram alguns dos Assassinos que estavam ao lado de Hurekoukani," Ele é o Grande Mentor dos Assassinos do Extremo Oriente!"
"Mas que estranha língua ele falou ?", perguntou o pai de Hurakoukani.
"Deve ser uma língua dos povos estrangeiros para oeste da China, muito provavelmente da mesma terra que os Assassinos do Levante falavam..."

Um dos ajudantes do Mentor era igualmente um tradutor para as línguas Ainu, pelo que após uma breve conserva entre ele anunciou em voz alta:
"Meus Irmãos da Grande Irmandade da Ordem dos Assassinos de Aynu-Mosir!", todos os Assassinos fizeram uma vénia, "O nosso Grande Mentor Sadri da Pérsia, igualmente um grande tutor da Ordem de Aynu-Mosir veio visitar o nosso quartel-general para descobrir se realmente possuem um Aprendiz de Assassino com a Visão Divina!"
"Estás a falar de Hurekoukani ?", Urartunasno respondeu ao anúncio, apontando o dedo ao visado.
" Será que ele possui realmente a mesma habilidade de Ezio Auditore de Firenze ?", questionou o Mentor com a tradução em simultâneo, "Muita pouca gente no mundo tem a Visão de Águia, e um dos nossos registos mais antigos que temos conhecimento por parte do Arquivo de Altair era nem mais nem menos que o próprio Altair ibn-Al'Ahad!"

Após um breve silêncio Hurokoukani recordou do treino que efectuara e conseguiu comutar para a lendária Visão de Águia, ficando tudo negro, com as silhuetas dos cavalos, das pessoas e seus objectos. Mas não conseguia manter este estado mais que alguns segundos, caindo depois numa dor de cabeça nada agradável.

-----------------------------------------------------------------------------------
Animus Database

Aynu-Mosir : Nome Ainu da Ilha de Hokkaido, significa literalmente a "Terra dos Ainus"
Matsumae : Um dos clãs com fortes ligações ao Governo Imperial Japonês que em 1590 liderou o projecto de colonização da ilha de Hokkaido sobre o comando de Toyotomi Hideyoshi, fundando uma vila com o seu próprio nome na costa sul da referida ilha. Os Matsumae revelavam um forte preconceito racial contra os aborígenes Ainu que seria fonte de violentas revoltas nos próximos anos.
Toyotomi Hideyoshi seria um dos maiores chefes militares que contribuiram para a reunificação do Japão, mas apesar de alguns pormenores históricos obscuros, ele supostamente morreria em 1598 mas existe a suspeita de ter sido um esquema dos Templários para se dedicar com maior secretismo ao combate contra os Assassinos de Aynu-Mosir.
Grande Mentor : O chefe máximo de uma Ordem de Assassinos.
Altair ibn-Al'Ahad : Assassino sírio que cresceu e defendeu a Ordem dos Assassinos do Levante, fundada em Masyaf. Altair destacou-se durante a época da Terceira Cruzada durante o século XII e XIII, especialmente durante o célebre Verão de 1191 que após um desentendimento com o Grande Mentor de Masyaf (Al-Mualim) devido a uma missão falhada para recuperar uma Peça de Éden (A Arca da Aliança), mas pode redimir-se ao assassinar nove templários espalhados na Síria e Palestina. Infelizmente Altair seria traído por Al-Mualim por este ser um Templário infiltrado, e Altair não teve hipótese senão eliminá-lo e liderar a Ordem.
Al-Mualim tinha uma das mais poderosas relíquias do Povo que Veio Primeiro: a Maça do Conhecimento, que também tinha o poder de manipular a mente dos humanos. Após uma tentativa frustrada de esconder a Maça no Chipre, Altair enfrentaria mais tarde uma nova crise com o expansionismo Mongol do qual mesmo mais velho consegue viajar e assassinar Genghis Khan contando com a ajuda de guerreiros Ainu. Eventualmente, Altair visitaria o Japão, mas depois optou por regressar à Síria para esconder a Maça no próprio castelo de Masyaf.
Também Altair e o seu filho Darim tiverem contacto com Niccolò e Maffeo Polo que seriam a semente de uma futura ordem dos Assassinos em Itália.
Ezio Auditore de Firenze : um dos maiores Assassinos da Renascença Italiana. Filho de uma família de banqueiros em Florença, que também eram Assassinos, vira durante a sua adolescência os seus pais e irmãos serem condenados à forca por um processo forjado pelos Bórgia que ligados aos Templários pretendiam dominar a Itália mesmo que fosse necessário destruir a Igreja de Roma.
Vencidos os Bórgia em 1503, Ezio prossegue a sua pesquisa pelas relíquias do Povo que Veio Primeiro obrigando a viajar até à Turquia do qual obtêm o acesso à Biblioteca de Altair em Masyaf, do qual descobre que o Povo que Veio Primeiro apesar da sua superioridade tecnológica foi incapaz de conter uma sublevação dos primeiros povos humanos (que até ajudaram a criar), e revelou impotente quando uma super-erupção solar seguida de uma super-ejecção de massa coronal destruíram a cidade de Éden.
Também era alertado que tal fenómeno poderia repetir em 2012, caso as Maças de Eden fossem actividas por estas terem piorado os efeitos geomagnéticos das erupções solares, ao ponto de inverter a polaridade magnética da Terra e provocar erupções vulcânicas e outros desastres.
Esta catástrofe ocorrido 75 mil anos antes mataria o Povo que Veio Primeiro, mas algumas relíquias e uma biblioteca subterrânea situada nos actuais EUA sobreviveriam, e a posse deste material arqueológico seria motivos de cobiça e combate por parte dos Templários e Assassinos no último milénio.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Vou propor um teste para verificar que é realmente verdade!", disse o Mentor, " Enquanto aproximava deste aquartelamento eu coloquei alguns objectos que os verdadeiros entes da Visão de Águia possuem! Não vou revelar o número certo, mas digo que numa área aproximadamente com o diâmetro de um parasang (uns 6 km de diâmetro!) com esta aldeia no meio, eu coloquei os objectos!"
Muita gente ficou apreensiva com o anúncio, uma vez que não era incomum haver ataques por parte dos japoneses, com a ameaça Templária à mistura.
"Tens apenas duas horas para procurares os objectos e regressares ao forte!", o Mentor exaltou-se, "Se fores realmente um Assassino com Visão de Águia então saberás o que é exigido!"
"O teste começará agora, dentro de breves instantes!", o seu braço-direito tira uma ampulheta e prepara a contagem.
A ampulheta levava aproximadamente doze minutos para esvaziar a areia pelo que seriam necessárias dez voltas para contabilizar o tempo.

"Não fraquejes!", disse Urartunasno, "Utiliza bem os machados e as flechas caso sejam necessários!"
"Caso seja bem sucedido!", adiantou o Mentor, "Será registado na nossa Ordem e deverá obedecer fielmente ao nosso Credo!"
"Não é pessoa para brincadeiras!", pensou Hurekonkani
O Mentor virou a ampulheta e disse, "O teste começa agora!"

---------------------------------------------------------------------------------------------

Mal foi dada a ordem, Hurekonkani correu em direcção à porta do forte e montou um cavalo à disposição sabendo que era difícil rastrear a pé um terreno com vários quilómetros quadrados com o pouco tempo que tinha.
Apesar do seu relativo optimismo, Hurekonkani não tinha mais que um simples machado cuja lâmina tinha a forma do brasão dos Assassinos, o que limitava as suas opções caso acontecesse algo grave. Para minorar o problema, carregava atrás das costas um arco Ainu com algumas flechas que podia usar contra determinados alvos.

Após vários minutos a cavalgar por entre as árvores e as moitas, ele bem podia andar à volta porque não conseguia ver o que o Mentor queria que ele procura-se e entrega-se num espaço de tempo tão curto.
Quando viu um poste de madeira no cimo de um penhasco ladeado de árvores, Hurekonkani recordou durante os treinos com os seus colegas de que a Visão de Águia tinha uma propriedade de visualização a longa distância, desde que conseguisse ver no topo de um sítio relativamente alto em relação ao situado abaixo.
Hurekonkani não dominava bem a Visão de Águia, mas já conseguia trepar e pular com maior facilidade graças ao treino físico que foi submetido ao longo de muitos meses. Assim ele desmontou do cavalo, e trepou o penhasco, aproveitando as saliências das rochas para apoiar os pés, e usar as mãos para poder subir.
Algumas tentativas e escorregadelas depois, chegara ao cimo do penhasco. Ao ver com atenção o poste, e usando por instantes a Visão de Águia, ele descobrira que estava marcado a vermelho o símbolo dos Assassinos que doutra forma seria invisível. "Estou no caminho certo !", disse ele.
Mas o poste de madeira não era seguro para ser trepado, mas estava ladeado de ramos de árvores que podiam ser utilizados para este fim, portanto trepou e pulou como se fosse um ninja até poder chegar a uma trave que se situava quase no topo do poste. Mas para subir a trave era algo perigoso e complicado de se fazer, e levou um bom quarto de hora de tentativas falhadas até conseguir chegar a uma pequena plataforma que estava afixada com alguns pregos de ferro no topo do poste.

Hurekonkani suspirou, e olhou fixamente em torno da área da floresta que estava à vista que doutra forma era impossível. À segunda tentativa ele consegue comutar para à Visão de Águia, mas desta vez teve uma sensação estranha como se a sua cabeça fosse bombardeada por informação.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Sora que estava dentro do Animus ficou espantado por ver o cenário rodopiar em torno do seu ancestral durante vários segundos até o Animus mostrar a seguinte mensagem:

23% of Local Genetic Memory Map Synchronized
3 Reference Marks Located
1 of 4 Maps Synchronizations Done
Waiting for User Input


"Uma sincronização do mapa!", exclamou Iori, "Como os nossos colegas estrangeiros explicaram!"

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Voltando às memórias do ancestral, reparara logo ao voltar à sua visão normal um estranho brilho situado a uns bons cem metros de distância na horizontal e com o desnível a percorrer. Contando o tempo que demorara a subir, não podia desperdiçar o tempo a descer pelos ramos e traves pelo que tentaria uma técnica que aprendera uns dias antes.
Ao reparar que o seu cavalo estava a pastar num monte de plantas, ele tentaria fazer aquela técnica do qual tinha de agachar, suspirar, pular e atirar em direcção ao referido monte de plantas.
Era recomendado dar alguma manobra acrobática para criar atrito a medida que caia. Com alguma precisão, Hurekonkani cairia com poucas mazelas em cheio no molhe de plantas e caules de arbustos, conseguira o seu Salto de Fé.
Após livrar-se de algumas plantas, correu em direcção ao sítio do qual julgava ver o brilho durante a Visão de Águia e encontrou um objecto de metal que lembrava ser um círculo com alguns encaixes. "Deve ser isso, agora tenho que procurar os restantes antes que acabe o tempo!".

-------------------------------------------------------------------------------
Animus Database
Visão de Águia : É uma técnica que somente os descendentes que no passado longíquo foram híbridos da Primeira Civilização com os humanos comuns poderão usar. Uma das propriedades mais importantes da Visão de Águia é a capacidade de ver as auras de outros alvos a fim de os sinalizar e segui-los.
Salto de Fé : Um salto acrobático efectuado a partir de um ponto alto, permitindo um rápido deslocamento do Assassino para chegar ao solo mais depressa, desde que exista no ponto de impacto algo que amorteça a queda como feno, plantas mas nunca água ou o chão sólido!
Pontos de Sincronização : São pontos específicos situados em altura que combinados com a Visão de Águia permitem rastrear um vasto território a procura de pontos de referência, sincronizando com as memórias genéticas a respeito do seu conteúdo.
-------------------------------------------------------------------------------

Mas Hurekonkani ignorava por agora a presença de uma coluna militar inimiga que avançara sorrateiramente pela floresta. Não era algo de anormal aquele forte ser atacado com alguma regularidade, mas o incremento recente levaria a Ordem suspeitar de alguém do poderoso clã Matsumae a querer a vida daquele Ainu.
O segundo ponto de observação era mais fácil de subir, e a sincronização do mapa aumentara para metade resultando na visualização da segunda peça metálica e consequente recuperação.
O mesmo aconteceu com a terceira peça e sincronização do mapa.

Com o tempo a acabar e com a ampulheta a dar a nona volta, Hurekonkani tentava procurar aquilo que julgava ser o quarto e último fragmento do puzzle, mas já explorava grande parte da floresta sem encontrar nada.
Quando restavam cerca de um quarto de hora, após alguma pressão à mistura para procurar o alvo, acabara por encontrar uma torre de observação de madeira bem mais completo do que os anteriores que não eram mais que simples postes erguidos no solo. Mas naquela altura estavam dois soldados japoneses de patrulha, e Hurekonkani não estava disposto a armar uma luta sem necessidade.
Usando as suas técnicas de guerrilha, aproveita os arbustos para se enconder, mas quando alcança a base da torre de observação, um dos soldados dá o alerta, "Atenção! Aqui está um bárbaro escondido!"
Hurekoukani não teve hipótese senão pegar no seu machado e cortar o peito do seu inimigo, para em seguida subir como um louco pelos entalhes da viga, alcançando o abrigo em menos de um minuto.
O segundo soldado já corria e preparava a sua espada embora não aparentasse ser tão ágil em subir e trepar como o Assassino, à medida que corria em direcção ao posto de observação eke ficava dentro do raio de alcançe do arco de Hurekoukani.
Preparando uma flecha no seu arco, Hurekoukani dispara mortalmente contra a sua vítima acabando por agora a ameaça. Sem pensar muito no resultado, ele trepa pela parede do abrigo e alcança o telhado do mesmo podendo activar a sua Visão de Águia e sincronizar a última parte do mapa.

Quanto ao último objecto que tinha que descobrir, Hurekoukani perceber que ficava perto de uma pedra situada no lado oposto do abrigo da plataforma de observação por onde tinha entrado. Mas quando se preparava para descer (porque não tinha um molhe de plantas para o salto de fé) da plataforma, aparece um espadachim com algum tipo de armadura (um ronin, ou talvez um samurai) a contemplar o espectáculo.
"Malditos Assassinos!", exclamou o seu oponente, "Desta vez, porque ordem de Minato Yedoshi, um dos valentes subordinados do nosso clã do Matsumae, juramos acabar com esta raça de bárbaros que tem frustado a nossa acção civilizadora nesta terra!"
Hurekoukani mal sabia japonês, mas entendera bem que estava subordinado ao clã dos Matsumae que a Ordem suspeitava de terem relações sinistras com os Templários.
"Não entendo a sua saga em intrometer na sua terra ancestral, seus vadios do Matsumae!"
"Seu insolente! Vais paga-lás!"

Hurekoukani tinha o seu machado nas mãos, mas ele escorregou do apoio da plataforma o que daria uma perigosa queda de uns treze metros de altura. Por algum tipo de instinto, ele conseguira segurar a sua posição de queda e ergeu o seu machado para em seguida espetá-lo na garganta do seu alvo e usar o seu corpo como arremesso atirando a vítima conta o chão que até serviria de amortecedor da queda.
Após o acto Hurekoukani descobriu que a última peça encaixava com as restantes três formando um circulo dentado com o símbolo dos Assassinos do Levante que brilhava caso ele usasse a Visão de Águia para o efeito.
Para ele esta estranha peça devia ser uma chave para algum cofre, e que o Mentor pregara este teste para verificar se ele era digno de a possuir.

-----------------------------------------------------------------------------------
Técnicas de Assassínio:
Assassínio em salto de um apoio : Esta técnica usada por Altair numa fase posterior da sua vida, mas muito usada por Ezio consiste em aproveitar o lançamento e queda livre de um apoio como uma laje de um parede, ou uma trave de uma plataforma, para arremessar contra um alvo que esteja no solo. A técnica exige a aplicação de um objecto cortante como um punhal ou um machado para ferir mortalmente a vítima pelo pescoço, ao mesmo tempo que o corpo é usado como amortecedor da própria queda.
----------------------------------------------------------------------------------

Com o tempo a esgotar-se em poucos minutos, Hurekoukani montou novamente o seu cavalo e seguiu a galope pela floresta em direcção ao forte, chegando às portas do mesmo quando a ampulhete estava quase a esvaziar após a décima e última volta. Quando se preparava para entrar Hurekoukani viu uma flecha incendiária cair sobre as paliçadas indicando que os Matsumae estavam realmente com intenções de conquistar aquele reduto da Ordem.
"Finalmente!", exclamou Urartunasno, "Era só mais um instante e terminava o tempo!"
Hurekoukani ergueu a misteriosa chave de modo a que o Mentor desse o sinal de aprovação!
"Excelente!", disse o Mentor, "Agora temos a prova de que és digno de abrir o Templo de Altair situado algures nesta grande ilha!"
As felicitações seriam interrompidas com o início do ataque os Matsumae que os Assassinos temiam.
"Mas agora, os Templários que usam e abusam de um nobre povo estão a manietar os seus concidadãos para nos atacarem. É o nosso dever, incluindo aquele que tem a Visão de Águia, proteger este forte da Ordem dos Assassinos desta tentativa de invasão! Mas não teremos ilusões de que tentarão continuar esta série de ataques com objectivos bem claros! A ameaça Templária deve ser combatida com grande firmeza!"

Este discurso foi o suficiente para que todos os Assassinos de todos os níveis preparassem para a batalha que aconteceria em breves instantes...

--------------------------------------------------------------------------

Genetic Memory at Memory 1 of Sequence 1 Synchronized


-------------------------------------------------------------------------

E assim termina este capítulo. Smile
Nosferatu Arucard 1983
Nosferatu Arucard 1983

Younenki
Younenki

Mensagens : 34
Data de inscrição : 10/04/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte) Empty Re: Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte)

Mensagem por Nosferatu Arucard 1983 Sáb 14 Abr 2012, 6:43 pm

Este capítulo é um pouco curto mas serve para Hurekoukani ganhar a sua primeira arma história dos Assassinos: a Lâmina Oculta que o próprio Altair reservara para os melhores Assassinos que acreditaria serem de confiança do futuro.


Sequência 1
Memória 2
A mensagem de Altair
Hokkaido: Área Aborígene Ainu/Aldeia Fortificada
Março de 1601


"Hurekoukani!", ordenou o Mentor, " Venha ter comigo até ao meu abrigo!"
Hurekoukani obedeceu apesar da enorme agitação dos seus companheiros que corriam para fechar os portões do forte, e preparavam para subir para as plataformas situadas no topo das paliçadas.
O inimigo estava a preparar alguma artilharia e até algumas torres móveis de cerco o que não era algo de tranquilizador. Mas a ordem do seu Mentor era sinal de confiança após o seu natural cepticismo.

Dentro do abrigo que não era mais que uma tenda suportada por paus e tecido, sem esquecer dos estandartes com o símbolo sagrado dos Assassinos pendurados no tecto, o Mentor mostrou um estranho cofre com uma ranhura circular, do qual estava gravado na tampa o símbolo dos Assassinos.
"Este cofre é uma herança dos Assassinos do Levante que Altair deixou para os povos do Oriente!", disse o Mentor, "Somente aqueles que têm o poder da Visão de Águia saberão abri-lo."
Hurekoukani activou o referido efeito e reparara que a chave que montou após aquela correria na floresta brilhava e ressonava com o cofre. Meteu-a dentro do cofre e rodou-a peça a peça até trancá-la.
Isto vez activar dois focos de luz douradas nos extremos do cofre como se convidassem a tocar com as mãos.
"Mas que cofre tão estranho! O que será estas marcas douradas ?", o Mentor ficou satisfeito com a interacção do seu pupilo.

Quando Hurekoukani tocou as referidas áreas marcadas (que só eram vistas por ela), os círculos concêntricos da chave rodaram sozinhos e realinharam com a forma do símbolo dos Assassinos. Poucos segundos depois, quando ele largou a caixa em cima do conjunto de mantas a tampa acabou por levantar sozinha revelando um pergaminho e uma estranha luva coberta de metal que continha separada uma lâmina afiada, uma mola e um mecanismo similar a um gatilho. Quando por curiosidade Hurekoukani abriu o pergaminho ele não percebeu o que estava escrito, o Mentor desculpou-se e leu a tradução para si, e pediu ao interpréte que explicasse o conteúdo.
"Não te preocupes, não seria expectável que o vosso povo saiba a língua árabe!", exclamou o intérprete.

Poucos minutos depois o Mentor fala com o seu intérprete e este explica o conteúdo do pergaminho:
"Isto é um dos tesouros mais importantes que um verdadeiro Assassino deve dignar em ter: a Lâmina Oculta.
Segundo este pergaminho foi um ferreiro da Mongólia que forjou esta lâmina segundo uma fórmula secreta para a junção de metais que tornam tão forte com uma espada, e tão cortante e mortífero para o seu fim.
Para a usares deves colocar esta luva na tua mão direita, enquanto monto o gatilho, a mola e a lâmina no respectivo encaixe..."

---------------------------------------------------------------------
Animus Database
Armas de Assassínio
Lâmina Oculta: Uma das armas mais simbólicas e formais de todos os Assassinos ao longo dos tempos. Permitem a execução dos assassinatos mantendo a maior discrição possível por serem fáceis de ocultar.
A lâmina é lançada por uma mola situada debaixo da mão e normalmente escondida por debaixo de uma luva para a dissimular. O mecanismo para accionar e retrair a mola é feita com uma argola que está presa ao dedo médio da mão.


---------------------------------------------------------------------

Após algum cuidado para não cortar o dedo, Hurekoukani viu a estranha arma que era facilmente dissimulada quando colocava o seu braço para baixo. O Mentor explicou como devia usar o mecanismo.
"No passado era necessário amputar um dedo para usar a Lâmina Oculta, mas graças a uma revisão do mecanismo tal já não é necessário. No entanto dado a emergência que temos, eu espero que sejas uma peça fulcral para repelir este ataque Templário, para que esta noite seja possível realizar a Cerimónia e Juramento do Credo que o pergaminho indica que para quem seja apto a possuir a Lâmina Oculta."
"Como activo o mecanismo para a lâmina ?"
"Basta moveres o teu dedo médio que metestes dentro de um anel que serve para activares o gatilho,", explicou o Mentor directamente.
Hurekoukani assustou-se quando a mola disparou a lâmina a alta velocidade, e depois praticou várias vezes a abrir e fechar a lâmina com segurança.

"O pergaminho refere ainda que nesta ilha o nosso grande Altair guardou um tesouro para quem abrisse esse cofre, e que fica algures nesta ilha, e somente ele conseguirá descobrir onde ficará.", o interprete lera o final do pergaminho e continuou, "Mas seria um bocado estranho existir neste local tão remoto um templo que destacasse."
"Espera aí!", Hurekoukani vira o pergaminho com a Visão de Águia, " Eu estou a ver uma estranha figura, com um rebordo contínuo mas irregular..."
"Muito provavelmente é o mapa de Aynu-Mosir", disse o intérprete, "considerando que no passado existiam relíquias que continham o mapa de todas as terras..."
"É provável que seja..."
"Pelo que parece temos aqui duas..., não... são três marcas espalhados na parte sul de Aynu-Mosir que devem ser pistas para o Templo de Altair."
" O que corresponde actualmente à zona de colonização por parte dos japoneses liderados pelos Matsumae!", adiantou o Mentor.

O Mentor acabaria por fechar o cofre por considerar o assunto encerrado, sem esquecer da iminente batalha que se avizinhava. No final revelou uma informação surpreendente:
"Não é segredo algum que suspeitam que os Matsumae são agentes dos Templários. Sabem disso..."
Urartunasno e Hurekoukani responderam afirmativamente, mesmo ficando um pouco incrédulos.
"No entanto, ainda é um pouco prematuro lançar uma campanha para tirar dúvidas sobre quem lidera a nível local ou global os Templários desta nação. Com o objectivo final de eliminá-lo como é evidente.", suspira o Mentor.
"Hurekoukani, agora possuis o elemento mais sagrado da Ordem dos Assassinos, mas falta o ritual de passagem que exigirá demonstrar que és um Assassino esperado pela linhagem de sucessão de Altair!"
"Que será combater esta tentativa de invasão por parte dos mercenários contratados pelos Matsumae..."
"Mas creio que teremos algum tempo até eles darem o primeiro golpe, pelo que quero que Urartunasno lhe explique como usar as técnicas de assassínio fundamentais usando a Lâmina Oculta. Muito provavelmente até já experimentastes quase instintivamente..."
"Foi durante aquela prova na floresta que atirei da torre contra um japonês..." , confessou Hurekoukani.
"Perfeito! Aproveita o tempo para treinares as técnicas. O teu machado e as setas não podem ser descuradas, pois nenhum Assassino é restringido com somente uma única arma, ele deve usar os métodos que estiver à mão e ser flexível e inteligente na sua escolha..."

Após este discurso, um oficial alertou que a força inimiga se preparava para atacar do qual as suas forças estimavam ser cerca de 300 homens, mais umas peças de artilharia e armas de cerco prontas a atacar num espaço de uma hora, ou mesmo menos que este período de tempo.

Sem perder tempo, Urartunasno levou Hurekoukani para o campo de treino aproveitando a falsa trégua antes do inimigo começar a atacar. Mesmo sem um avanço ofensivo, os arqueiros inimigos atiravam algumas flechas incendiárias para dentro do forte, acertando por vezes nas paliçadas.
Estas técnicas de provocação só aumentava a ansiedade por parte dos Assassinos sitiados dentro do forte.

Após uma breve correria por entre as tendas, barricadas e o aparato defensivo, Hurekoukani e Urartunasno chegam ao improvisado campo de treino do qual um instrutor esperava por eles, não fosse o facto que sem esta ordem o próprio já se posicionaria em cima da barreira de paliçadas.
"Muito bem!", disse o instructor, "Quem de vocês é o que têm a Lâmina Oculta ?"
Hurekoukani acenou e mostrou a lâmina a sair do braço mas o cuidado de não ferir a mão, "Sou eu."
"Embora já tenhas recebido um rigoroso treino físico eu quero certificar se aprendeste ou quero ensinar algumas técnicas do qual essa lâmina e eventualmente o machado servirão para este fim."
"Por exemplo..."
"Embora um Assassino seja por natureza um ser discreto com alvos bem determinados, não podemos descurar que os melhores Assassinos são verdadeiros guerreiros e eventualmente líderes da sua Irmandade em situações de guerra aberta que vamos infelizmente sentir dentro de breves instantes, dado a teimosia dos Templários em querer atacar o nosso povo..."
"Como o lendário Altair!"
"De facto que é!...", disse o instructor, "Mas temos que dar a instrução agora..."

O instructor apontou para algumas figuras de palha e algumas traves e ripas de madeira para simular paredes e andaimes. Havia também um monte de plantas secas ao pé de um dos bonecos usados nos espadachins.
"Isto representa algumas das técnicas de assassínio escritas pelo próprio Altair: do qual vamos começar pelo Assassínio em Salto!"
"Parece que fiz algo parecido ultimamente..."
"Muito bem, deves subir por este andaime até a uma altura até o triplo da altura da vítima... Depois viras e saltas com a lâmina aberta, tentando acertar com a sua queda!"
Hurekoukani lançou-se pelas vigas do andaime e trepou como se fosse um gato ágil. Uma vez no topo ele preparou a Lâmina Oculta e lançou-se em direcção ao primeiro boneco, cravando com a lâmina no seu pescoço.
Completara a primeira parte da prova. O instrutor mandou depois repetir a técnica umas dez vezes, exigindo que fosse mais rápido ou mais discreto em cada tentativa, porque só era eficaz se apanhasse o alvo desprevenido.

"A próxima técnica é o Assassínio na Ladeira, que é um pouco oportunista, porque é excelente somente quando usamos os beirais e os apoios das varandas para nos segurarmos, e quando a vítima aproxima da varanda ou algo que seja similar, atacamos e atiramos o alvo após ter sido degolado..."
Não era fácil este método por exigir maior esforço físico para puxar uma infeliz vítima desprevenida como devia degolar e atirá-la pela ribanceira abaixo sem o Assassino perder o equilíbrio!
Após algumas tentativas falhadas, e quase uma queda grave lá ao fim de duas execuções bem sucedidas por fim, Hurekoukani conseguiu aprender razoavelmente a técnica.

"A última é um bocado oportunista, por exigir que fiquemos escondidos sobre algo macio e esperemos que o alvo passe ao lado de nós, e depois zás! Execução e puxamos a vítima para debaixo deste montículo de plantinhas..."
"Como se chama essa técnica ?"
"Segundo o próprio Altair, é chamado de Assassínio Escondido"...
Comparado com as acrobracias perigosas que exigiam outras técnicas, o assassínio feito a partir desta situação casuística era mais fácil de fazer, mas somente em condições pouco verosímeis.

Realizado o treino, o instructor queria testar as técnicas de combate de Hurekoukani uma vez que verificara que as suas técnicas e habilidades com o machado e a lâmina eram potencialmente superiores a de um novato.
"A Lâmina Oculta por ser usada como uma espada improvisada se combinado com o machado!..."
O instrutor usava uma espada romba como treino mas isso não evitou que usasse com bastante força contra a lâmina do seu pupilo que contra-atacou bem lançando faíscas devido ao atrito entre a espada e a lâmina.
O combate com machados (mukars), lâminas e espadas ainda durou alguns minutos quando foram interrompidos pelo silvo de um bala de canhão a sobrevoar as paliçadas caindo dentro da própria zona da aldeia fortificada.
O barulho de explosão era suficiente para denunciar algumas potenciais vítimas, mas fora dera o sinal para o começo do combate.
"Aqueles bastardos! Ainda bem que o Mentor aproveitou esse tempo para este importante treino!", exclamou o instrutor, "Por agora chega! Se combateres bem, eu garanto que será esta noite um militante com maior nível! Pois tu mereces e tens potencial para isso"
"Obrigado meu grande irmão e instrutor!", agradeceu Hurekoukani, "Agora é altura da luta".

Com isso começaria a Batalha de Aynu-Mosir...

-------------------------------------------------------------

Memory 2 of Sequence 1 sucefully synchronized

-------------------------------------------------------------

Para o capítulo vamos ter porrada e confusão por todo o lado... Rolling Eyes


Galeria de Imagens:

Lâmina Oculta
Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte) Hidden_Blade_Concept

Nosferatu Arucard 1983
Nosferatu Arucard 1983

Younenki
Younenki

Mensagens : 34
Data de inscrição : 10/04/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte) Empty Re: Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte)

Mensagem por Nosferatu Arucard 1983 Sáb 14 Abr 2012, 7:47 pm

E como completo à galeria (visto que só à segundo ou à terceira tentativa o sistema aceita uma imagem ou um vídeo anexo), a respeito do trailer do Assassin's Creed III é que Ratohnhaké:ton (ou Connor) possuiu as mesmas capacidades e habilidades com punhais, lâminas ocultas, o machado dos Assassinos e até de armas de fogo (que em AC Tokugawa aparecerá mais à frente) que o "meu" Assassino Hurekonkani. Smile
Nosferatu Arucard 1983
Nosferatu Arucard 1983

Younenki
Younenki

Mensagens : 34
Data de inscrição : 10/04/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte) Empty Re: Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte)

Mensagem por Nosferatu Arucard 1983 Dom 15 Abr 2012, 7:16 pm

E aqui está a terceira memória (falta mais uma para completar a primeira sequência! Very Happy ) de Hurekoukani:


Sequência 1
Memória 3
A batalha de Aynu-Mosir
Hokkaido: Área Aborígene Ainu/Aldeia Fortificada
Março de 1601


Hurekoukani estava abismado com a magnitude do ataque inimigo que começou com o bombardeamento por parte de algumas unidades de artilharia contra as paliçadas provocando uma chuva de estilhaços que feriram alguns defensores. Aproveitando o caos provocado por bombardeamento, as primeiras torres de cerco móveis colidem contra a barreira de paliçadas e lançam hordas de japoneses (muitos deles meros mercenários ronins) pela plataforma afora. Hurekoukani já tinha preparado de antemão as suas armas, e corria em direcção a um dos ascensores dos andaimes usados na construção e manutenção da barreira de paliçadas.

"Estamos sobre ataque!", gritou o guarda da torre de observação que ficava no meio do forte, "Alerta para todos os não-combatentes para refugiarem nos abrigos!", mesmo sabendo que pouco servia caso o invasor galgasse as paliçadas.

Enquanto o combate começara, Hurakoukani dera o seu baptismo de fogo, ao iniciar a sua missão ao destravar o gatilho de segurança e aproveitando a queda do contra-peso, Hurekoukani é içado para o topo da plataforma, mesmo a tempo de desferir uma semi-decapitação letal de um ronin que se preparava para retalhar um dos seus colegas Assassinos, tudo isto enquanto aproveitava o impulso do ascensor para saltar em direcção ao inimigo.

"Cuidado! Atrás de ti!...", alertou outro Assassino quando Hurakoukani viu outro inimigo com uma lança pesada.
Perdido a oportunidade de surpesa, Hurakoukani aproveitou para pular para cima da lança e cravar a Lâmina Oculta no seu utilizador. Apesar do peso da lança, era manobrável para uma pessoa relativamente jovem como o Hurakoukani.
Aproveitando a arma capturada, Hurakoukani utiliza-a para empalar mais uns quantos inimigos que se lançavam pela plataforma.
Os outros Assassinos combatiam com maior ou menor dificuldade a invasão, provocando um elevado número de baixas inimigas. Com a moral dos Assassinos em alta, Hurakoukani trepa pelas vigas da plataforma e salta por entre as traves para evitar a confusão que ocorria por debaixo dos seus pés.

Quando é surpreendido com a colisão de mais uma torre de cerco, Hurakoukani tenta saltar de uma trave para os barrotes de madeira que suportavam a estrutura da frágil torre de cerco. Por pouco não cairia na confusão e seria esmagado pela confusão do desembarque.
Com um instinto felino, Hurakoukani salta deste suporte em direcção a dois soldados japoneses espantados com a visão daquele Assassino acrobático, apenas para serem degolados com a Lâmina Oculta e o Mukar no segundo a seguir. Os restantes três que ocupavam o abrigo da torres de cerco ficam aterrados com a extrema eficiência do jovem Assassino, mas não foram poupados somente por perderam a vontade de lutar.

Enquanto a esmagadora maioria dos Assassinos estava ocupada a rechaçar a investida pelas paliçadas, outra frente cede perante uma salva de artilharia que explode com os portões do forte, dando entrada a um grupo de samurais liderados por um senhor da guerra do qual era reconhecido por Urartunasno:
"Aquele filho da mãe! Minato Yedoshi!"

-----------------------------------------------------------------------------
Animus Database
Minato Yedoshi :
Data de Nascimento desconhecida.
Filiação : Templários
Um dos oficiais de confiança do clã dos Matsumae que organizou e planeou as campanhas de limpeza étnica em Hokkaido com o objectivo de facultar a colonização japonesa nesta ilha, em detrimento dos Ainu.
Admitido como Templário em 1582, seria um dos suspeitos da organização do assassinato de Oda Nobunaga, que na história oficial se refere como um acto suicida com a complacência de Akechi Mitsuhide.
Na realidade fora um dos inúmeros planos para que Toyotomi Hideyoshi eliminasse rivais políticos, mas a História foi cruel ao deixar Tokugawa Ieyasu a ficar com os louros da reunificação do Japão.
Isto é o que aparenta ser...

Ronin: Um samurai ou um espadachim sem mestre, frequentemente recrutado como mercenário.

----------------------------------------------------------------------------

A unidade de besteiros começara a sua vaga ofensiva, ao disparar contra os Assassinos que estavam vulneráveis a lutar na plataforma de combate da paliçada. "Uma ofensiva a duas frentes ! Isto é sinal de que aquele enérgumo esteja perto..., "disse Hurakoukani, "o meu amigo disse que ele quase foi morto por uma esboscada engendrada por ele."

Apesar da vontade de enfrentar o cabecilha do inimigo, Hurekoukani esteja cercado por vagas de mercenários que invadiam as paliçadas, e os Assassinos já estavam com dificuldades acrescidas agravadas com a investidas dos besteiros pelos portões do seu próprio forte.
Arriscando ser atingido por algum espadachim, Hurekoukani atira em direcção ao elo mais fraco, despedaçando o tronco do inimigo com o Mukar, logo para acertar com a Lâmina Oculta no inimigo que estava ao lado.
A confusão instalou-se com o contra-ataque dos Assassinos, e o facto de Hurekoukani ter puxando uma corda solta que levou a queda de toros de madeira sobre os inimigos.
Quebrado a ordem nas fileiras inimigas os Assassinos tinham uma janela de oportunidade para limpar os seus invasores, mas não conseguiam atacar os besteiros que se posicionavam estrategicamente de modo a disparar contra os Assassinos, e sabendo que estavam num elevado desnível (uns doze metros) não esperariam que um deles atirasse pela plataforma abaixo.

Hurekoukani reparou que um dos besteiros a cavalo aproximava-se de um molhe de palha, pelo que se lembrou da técnica sorrateira que o seu instrutor lhe ensinara. Sem perder tempo, Hurekoukani assassina mais uns quantos inimigos pelo caminho enquanto pula de trave em trave e usa as cordas para deslizar mais depressa, usando o apoio do seu machado para se apoiar precariamente.
Alcançado um ponto adequado, Hurekoukani sobe por um pilar da plataforma, e após uns segundos de suspense efectua um Salto de Fé em direcção ao monte de palha situado mas abaixo.
O cavaleiro com a besta ficou surpreendido com o fenómeno pelo que se aproximou do montículo para verificar se o seu potencial alvo não tinha morrido com o impacto da queda.
Hurekoukani sabia que alguns cavaleiros desmontavam quando efectuavam rondas mais cuidadosas, mas essa seria um erro fatal. O Assassino salta subitamente, agarra a vítima e degola com a Lâmina Oculta.
Com a sua besta em seu poder, aproveita para montar o cavalo e lança-se em direcção aos restantes besteiros.

Urartunasno que lutava contra o principal corpo ofensivo do inimigo reparara na manobra espectacular do seu amigo, comentando, "Mais uma das suas loucuras!".
Alguns dos cavaleiros e besteiros tentavam interceptar o Assassino que cavalgava em direcção à Yedoshi, mas um deles foi decepado com um golpe do Mukar quando Hurekoukani barrou o caminho ao seu potencial captor.
"Infelizmente não tenho muitos virotes para esta besta, pelo que..."
Com a confusão instalada nas fileiras inimigas, Hurekoukani aproveita a ocasião para abater um a um os besteiros inimigos, abrindo caminho para o contra-ataque Assassino.

Minato Yedoshi estava ciente que encontrara o seu rival, e alvo, enquanto presenciava o completo massacre da sua divisão. Mas ele tinha sido avisado que poucos Assassinos tinham a capacidade medonha de provocar verdadeiras chacinas, pelo que o seu superior ordenou que três dos seus melhores guerreiros escoltassem Minato Yedoshi.
Hurekoukani acabou por se aproximar o suficiente para que o seu rival pudesse amedrontar com um discurso forte.
"Eu só posso dar os meus parabéns por ter conseguido matar uns quantos soldados inúteis, mais uns quantos dos meus homens!..."
"Posso não saber muito da vossa língua...", Hurekoukani falava mal o japonês, " Mas qual o motivo desta vaga de ataques sem grandes proveitos por cada um dos beligerantes ?"
"Vós sois muito ignorantes!", ridicularizou Minato, "Nós sabemos que os Bárbaros jamais compreenderão que nunca existirá coexistência com o nosso povo civilizado!"
"Se matar pessoas inocentes é um acto de civilização, então o que vocês estão agora a fazer ?"
"Não sou uma pessoa digna para comentário filosóficos! A única coisa que me interessa é que os líder no nosso grande clã do Matsumae pressente que você ou os seus próximos são a maior ameaça para o domínio desta terra!"

Com a provocação de Yedoshi, Hurekoukani activou a Visão de Águia e viu que debaixo da armadura dele estava marcada a vermelho vivo a cruz dos Templários.

Surpresso da descoberta que na verdade já era uma suspeição forte, Hurekoukani ousou questionar:
"Ou talvez a verdadeira razão de vocês ou os Matsumae é por quererem saber dos tesouros de Altair, cuja missão foi defender o nosso povo da ira dos Templários ?"
"Seu cão danado!", Yedoshi exclamou de estupefacção e raiva, "Vocês já sabiam deste segredo ?!", depois deu sinal para os seus guerreiros de confiança atacarem, "Apanham-no! Não importa que ele morra, porque não acredito que saiba muita coisa sobre os Templários!"

O primeiro dos cavaleiros atiçou a sua lança contra o cavalo de Hurekoukani provocando uma grave ferida, obrigando-o a fugir para fora do raio de alcance da mesma arma.
Em seguida entram os restantes dois com o intuito de cercar o Assassino e matá-lo com as suas lanças cortantes.
Na altura Hurekoukani não tinha mais virotes para a besta, e os restantes Assassinos estavam um bocado longe a lutar com o resto da força invasora que não perdera a vontade de lutar.
A agilidade de Hurekoukani evitava grande parte dos ataques dos seus oponentes, mas os golpes ligeiros no seu corpo e tecido podiam ser o prenúncio de algo mais grave, se não encontra-se uma forma de contornar o plano inimigo.
" Acabem com ele! Já está completamente cercado!", berrava Yedoshi.

Mas Hurekoukani aproveitara uma brecha no cerco formado pelos três cavaleiros para correr em direcção em direcção à uma das secções da plataforma das paliçadas.
"Mas o que é isto ?! Grandes inúteis! Persigam-no!", Yedoshi não acreditava numa falha desta magnitude.

Um dos cavaleiros conseguira alcançar o seu alvo, mas Hurekoukani aproveitara um salto em rodopio para cortar parte de uma perna do cavalo provocando uma dor dilacerante, e em seguida aproveita o ímpeto do momento para pular e espetar a Lâmina Oculta a direito pela base do pescoço do seu inimigo, do qual não estava protegido.
Com esta manobra, eliminara um dos alvos. Faltavam mais dois, não contando com o seu principal inimigo: Minato Yedoshi.

Urartunasno estava apreensivo com o seu melhor amigo completamente sozinho contra o próprio líder inimigo a aproximar perigosamente dele! "Então ?! O nosso Hurekoukani está a ser directamente perseguido pelo chefe inimigo! " , alertou com grande alarme, "Mas ninguém vai ajudá-lo ?!"
"Se isso fosse tão simples", disse um Assassino que acabara de espetar um adversário, "Mas temos que controlar e liquidar a invasão pelas paliçadas em primeiro lugar !"

Durante a louca correria pelo campo do forte, Hurekoukani pula para um molhe de toro e usa-a com base para pular com o machado erguida para decepar o próximo cavaleiro, levando ainda um golpe da lâmina nas costas.
O terceiro cavaleiro falha por poucos a intercepção com o seu alvo, quando Hurekoukani alcança por fim um dos ascensores que funcionavam. Com um pouco de técnica, ele corta uma das cordas, levando à queda do contra-peso em cima do seu inimigo provocando a queda do cavalo. Para evitar problemas, Hurekoukani após ter subido, salta do cimo de próposito para liquidar o cavaleiro com a Lâmina Oculta.

Mas o cavalo, salvo algumas lacerações, podia ser montado e serviria de meio para confrontar o próprio Minato Yedoshi.
"Parece que o seu plano de captura falhou redondamente! Admita a sua derrota, seu verme!"
"Não só uma pessoa para admitir esta falha de honra!", replicou o visado.
Yedoshi puxou a sua espada japonesa (katana) e jurou que a usaria para transportar a cabeça daquele maldito Assassino que só ele sozinho liquidara uma boa parte da sua força mercenária, como até os seus guarda-costas!
"Eu garanto que a primeira coisa a fazer é entregar a cabeça à Toyotome Matsumae!"
"Toyotome Matsumae!", exclamou Hurekoukani, "Segundo os meus instrutores, ele tinha morrido de acordo com um anúncio oficial circulado por oficiais do Governo de Yedo!"
"E voís acreditais em tudo o que se escreve ?", exclamou Yedoshi, "Ele não morreu, está bem vivo e aqui nesta terra para liderar a operação que permitirá acabar com estes malditos Assassinos ! Em total segredo absoluto!"
"Portanto isto só pode significar que Matsumae é um Templário !"
"Infelizmente não estarás vivo para descobrires se assim é!"

Yedoshi tenta cortar o tronco de Hurekoukani quando o visado usa a Lâmina Oculta para cortar o ataque, mas Yedoshi vira-se para evitar o contra-ataque com o Mukar.
Os ataques sucedem-se a ritmo frenético, a medida que os dois cavaleiros de ocasião cruzam-se e cada um tenta desferir o golpe fatal.
Para Urartunasno que ainda lutavam pelo resto do ataque inimigo, por vezes reparava na cena grave em que Hurekoukani lutava taco-a-taco com o seu próprio inimigo.
"Se ele conseguir vencer, deve subir no mínimo uns cinco graus na graduação da Ordem dos Assassinos!", glorificava Urartunasno, mas com o sabor a preocupação que era por mais evidente.

Após umas violentas dez rondas de golpes bloqueados, alguns ferimentos e os cavalos em sério risco de gangrena Hurekoukani mostrava perigosos sinais de exaustão que Yedoshi não queria desperdiçar.
"É pena que um guerreiro como tu não esteja no nosso lado, mas paciência é a lei da vida!", disse Yedoshi que preparava uma derradeira cavalgada em direcção ao seu inimigo.
" Como vou... conseguir atingi-lo ?", pensava Hurekoukani enquanto usava intermitentemente a Visão de Águia, segurando com grave cansaço o Mukar e mantendo aberta a Lâmina Oculta.
" Morra seu grande filho-da-mãe !"
Como se tivesse guardado o último depósito de vontade e energia nestas ocasiões, Hurekoukani convence o seu cavalo gravemente ferido a levantar e correr em direcção contra o seu inimigo, quando no momento em que golpeia com a espada, Hurekoukani agacha e salta com o impacto. Golpeia com a Mukar contra o braço que segurava a espada, dá uma cambalhota invertida em pleno ar, mas consegue após a cambalhota disparar o outro braço com a Lâmina Oculta e espetar na parte de trás da base do pescoço do seu adversário.
A manobra completamente insana provoca a queda de ambos ao chão, e os cavalos colidem com o impacto.

----------------------------------------------------------------------------------------------------
Subitamente, Sora é confrontado com o enbranquecimento do cenário gerado pelo Animus mostrando uma série de números e figuras geométricas mas vendo Yedoshi deitando no chão branco e Hurekoukani a ajoelhar-se ao pé dele.
"De facto, tu tens um grande potencial guerreiro!", confessou Yedoshi.
"Mas a minha missão é proteger o meu povo da ambição e da tirania!", respondeu Hurekoukani.
"Sempre fora assim desde o Início dos Tempos"
"Agora... só resta... ", Yedoshi acabara por suspirar.
"Que descanse em paz!"
Após esta interrupção gerada pelo White Room, Sora regressa às memórias de Hurekoukani.

Minato Yedoshi: Assassination Target Executed
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

A morte do líder inimigo provocou a confusão e a fuga do que restou do seu exército, e Urartunasno correu como um louco para alcançar Hurekoukani que estava exausto, com alguma feridas e bastante confuso.
"Céus, Hurekoukani!", Urartunasno esteva preocupado e excitado com o ocorrido, "Mas que louco, doido e insano que tu és! Sozinho contra três cavaleiros samurais, e mais o próprio líder do qual nem tens grandes dotes para usares um cavalo !"
" Eu próprio no início da tarde usei um cavalo e agora queres ensinar-me como cavalgar num ?!", sorriu Hurekoukani.
"Viva Hurekoukani!", anunciaram os Assassinos a medida que o céu mergulhava na escuridão.
Com a noite a cair, Urartunasno e Hurekoukani deslocaram-se ao ponto de encontro para o tratamento das feridas, para que na cerimónia de Assassino não fosse manchada.

O confronto provocara a morte de 23 Assassinos, 14 vítimas civis a lamentar mas as forças inimigas de Misato Yedoshi sofrera uma derrota catastrófica com mais de 260 mortos, 70 capturados e a morte do próprio líder.
O próprio Hurekoukani fora responsável por provocar 20 baixas inimigas.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Memory 3 of Sequence 1 fully synchronized

Smile
Nosferatu Arucard 1983
Nosferatu Arucard 1983

Younenki
Younenki

Mensagens : 34
Data de inscrição : 10/04/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte) Empty Re: Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte)

Mensagem por Nosferatu Arucard 1983 Seg 16 Abr 2012, 6:46 pm

E com este capítulo termina a primeira sequência da memória genética do protagonista, mas esta fic (que dividi por partes) ainda deverá ter pelo menos mais duas sequências de memórias genéticas que correspondem aos acontecimentos ocorridos na ilha de Hokkaido, antes de Hurekoukani seguir para Honshu e Shikoku e juntar forças com os Assassinos japoneses.
Não sei como completarei este projecto um pouco ambicioso que podia ser uma das bases de um Assassin's Creed IV, e estou ainda com ideias que Hurekoukani ainda visitaria a Coreia e partes da China sobretudo na crise dinástica em ocorrera em 1642.
Mas por agora publico este capítulo relativamente curto.


Sequência 1
Memória 4
O Credo dos Assassinos
Hokkaido: Área Aborígene Ainu/Aldeia Fortificada
Março de 1601


Durante a realização das cerimónias fúnebres em honra daqueles que sofreram baixas durante o ataque inimigo quando já era noite, o Grande Mentor ultimava os preparativos para a consagração do novo Assassino: Hurekoukani.
A grande frieza do jovem Assassino ao combater um dos aliados dos Matsumae provocou a admiração e o respeito da Irmandade, mas também dera o sinal inequívoco de que um dos líderes do Templários tinha que ser luquidado o mais rapidamente possível.

Contudo o Grande Mentor recomendou prudência para não provocar o pânico numa situação que só por si era delicada. "Meus caros Irmãos!", anunciou perante a reunião dos Assassinos numa tenda grande situada dentro do forte. O Mentor ficava sobre uma plataforma com o símbolo dos Assassinos.
" Hoje ocorreu mais um ataque infame por parte do clã dos Matsumae, do qual fora o suficiente para provar que são agentes do Templários!"
" Então era mesmo verdade...", sussuravam os Assassinos entre si.
" No entanto a mais jovem promessa dos Assassinos, o nosso Irmão Hurekoukani, deu prova da sua valentia e habilidade ao ponto de liquidar um dos braços-direitos de Toyotome Matsumae!"
" Toyotome Matsumae ?!", alguns exclamaram perante a revelação.
" Precisamente! Um dos generais de confiança do Governo de Yedo era na realidade um líder Templário, conforme Hurekoukani nos revelou...", o Mentor suspirou, " Mas o mais grave é que o próprio até falsificou a sua morte perante os oficiais de confiança e lidera esta campanha dos Templários contra os Assassinos desde os últimos anos!"

Os Assassinos sabiam que Toyotome Matsumae era muito poderoso e não seria estúpido ao ponto de entrar desprotegido pelas florestas desta ilha, a não ser que existisse alguma falha por parte da sua segurança.
" Quem será responsável pelo assassínio de Toyotome Matsumae ?", ousou perguntar um dos Assassinos.
" Este perigoso Templário conhece muito bem os Assassinos mais experientes, mas não muito bem os principiantes, pelo que vamos apostar em Hurekoukani para ter a responsabilidade de efectuar as investigações sobre o seu paradeiro do qual acreditamos estar nesta ilha, e se ele próprio conseguir poderá assassiná-lo!"
" Que responsabilidade, e missão tão louca para um jovem Assassino!", exclamaram muitos dos presentes.

Após mais um breve discurso sobre a futura organização e preparação para futuros ataques dos Templários, o Mentor acedeu uma pequena fogueira e anunciou a Consagração do Assassino.
"Um dos pontos mais altos desta reunião é a Cerimónia do Assassino, para que Hurekoukani seja reconhecido como um Assassino de pleno direito. Com isso ganhará posse de uma nova capa de Assassino, e a possibilidade de usar novas técnicas e armas que aprenderá no futuro, uma vez que a sua missão no território de colonização nipónicos assim o exigirá com elevada cautela."

O Mentor deu sinal para os restantes terminarem as suas conversas, enquanto convoca Hurekoukani.
"Hurekoukani! Caminhe até ao meu lado!"
Quando Hurekoukani aproximou do Mentor, todos os restantes Assassinos ajoelharam-se virados para o Mentor, e ambos sussuravam o seu Credo:
" Laa shay'a waqi'un moutlaq bale kouloun moumkine" (Nada é Verdadeiro, Tudo é Permitido)
"Albqa' shfrh alkhas bk mn allhm mn alabrya'" (Mantenha a sua lâmina longe da carne dos inocentes)
"Ekhfa' 'ela mraa mn aljmy'e" (Seja invisível na multidão)
"La hl wst jma'eh alakhwan" (Não traia a Irmandade)

Mal terminaram de soletrar a velha máxima e a trindade, Hurekoukani foi presenciado com a luva e a Lâmina Oculta e um dos serviçais do Mentor aplicou uma pinça aquecida com o símbolo dos Assassinos sobre a mão direita de Hurekoukani, algo que era exigido antes de poder colocar a luva e montar a Lâmina Oculta.
Então o Mentor fez uma série de perguntas para selar o juramento:
" Hurekoukani... Para seres aceite na Ordem dos Assassinos deves jurar o nosso Credo..."
Após uma breve pausa, o Mentor pergunta a Hurekoukani:
" Quando os homens seguem cegamente a verdade, nós respondemos..."
" Nada é Verdadeiro!..."
" Quando os homens são limitados pela lei e a moral, nós respondemos..."
" Tudo é Permitido!..."
" Nós trabalhamos nas Trevas para servir a Luz. Nós somos Assassinos!"
Hurekoukani repetira a frase:
"Nada é Verdadeiro! Tudo é Permitido!"
"Agora és nosso Irmão!"

Com o final da cerimónia, Hurekoukani ainda escutara as Três Ironias que cada Assassino deve procurar resolver:
"Os Assassinos procuram a paz, mas cometem o assassínio."
"Os Assassinos procuram abrir as mentes dos homens, mas necessitam de obediência e leis"
"Os Assassinos procuram revelar o perigo da fé cega, mas praticam-na frequentemente"

Com o Juramento do Credo efectuado, o Mentor preparava a sua verdadeira missão de Hurekoukani.
" Agora de acordo com as pistas que temos sobre os Templários, e ainda a mensagem do Pergaminho de Altair, tudo aparenta convergir para o mesmo campo. A tua primeira grande missão é entrares na cidade dos Matsumae que foi fundada a sul de Aynu-Mosir, logo perto do estreito que separa a ilha de Honshu."
" Ainda será uma aventura a viagem para lá!", comentou Hurekoukani"
" Felizmente nós temos aliados e agentes infiltrados em Matsumae, mas além da tua missão de encontrar as pistas para o Templo de Altair é descobrires o paradeiro de Toyomote Matsumae, e se for possível , eliminá-lo.
" Tal missão e objectivos serão concretizados!", respondeu Hurekoukani com grande firmeza.

---------------------------------------------------------------------------
Quando terminara o diálogo, o cenário tremeu e depois desintegrou-se devido ao processamento do Animus que avisou ao seu utilizador que terminara as memórias desta sequência.

---------------------------------------------------------------------------
Sequence 1 Synchronization Completed

Achivement #1: Nothing is True, Everything is Permited.

---------------------------------------------------------------------------

Quartel-General da Ordem dos Assassinos
Japão: Setembro de 2012


Iori comentou a sequenciação do primeiro genoma: "Meu Deus! Que furo! Um dos três homens responsáveis pela reunificação definitiva do Japão era um Templário tão obsessivo ao ponto de falcatruar a sua morte ?!"
" A primeira sequência até foi bastante forte!", comentou Hideo, " Não é surpresa que a Segunda Sequência apresente um maior quantidade de memórias e factos a espera de serem sequenciados..."
" Aii!", Sora acordara da sua sessão do Animus, " E agora como será o resto ? Mas que história tão mirabolante, especialmente a parte em que um jovem adolescente mata uma dúzia de homens com punhais e machados !
" Deves ter sentido quando fizentes na simulação movimentos que actualmente designamos de Le Parkour..." , disse Hideo.
" Mas aquilo era completamente louco, um humano comum teria sido cortado ao meio em muitas das ocasiões!", respondeu Sora.
"Mas isso ficará para amanhã!", adiantou Hideo, " A próxima sequência já será num meio mais urbano e de certeza que existirá uma maior complexidade do cenário..."
"Posso fazer uma pergunta ?"
"Qual ?"
"Existe mesmo no Japão uma terra chamada Matsumae ?"
"É uma povoação pequena a sul de Hokkaido, mesmo paredes-meias com o estreito de Tsugaru.
É muito provável que as cidades que Altair referiu nas memórias são as povoações nesta zona, mas isso somente Hurekoukani poderá responder..."
"Portanto, isso fica para amanhã!" , disse Iori.

Sora foi levado a um anexo que tinha uma cama e algum conforto para dormir, sabendo que nos próximos dias teria muito que trabalhar no Animus.
Mas não deixava de questionar a história inacreditável de um Assassino indígena que literalmente mudaria a História da Humanidade. Muitos mistérios com tão poucas respostas era algo que fascinaria qualquer ser humano.

Continua...

Rolling Eyes
Nosferatu Arucard 1983
Nosferatu Arucard 1983

Younenki
Younenki

Mensagens : 34
Data de inscrição : 10/04/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte) Empty Re: Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte)

Mensagem por Nosferatu Arucard 1983 Dom 22 Abr 2012, 7:40 pm

Começo da segunda sequência que é relativamente leve... Very Happy

No dia seguinte Sora fora acordado com o barulho do equipamento do Animus a ser movido pelos voluntários e pelos operadores do complexo sistema. Iori aproveita para convocar o seu protegido e dirige-o para a cafetaria improvisada e para os lavabos para tratar da sua higiene pessoal. Após um bom banho, Sora dirigiu-se imediatamente para a cadeira do Animus ansioso de continuar a descodificação das memórias genéticas de Hurekoukani.

Hideo comenta, "Segundo uma análise prévia, a segunda sequência deve ocorrer em duas cidades situadas no extremo sul da ilha de Hokkaido, do qual uma é a tal cidade de Matsumae que em 1600 era quase uma colónia para um chefe guerreiro, contrastando com elevada probabilidade da segunda cidade ser em Hakodate que fora fundada um século antes de Matsumae"
"Na realidade, Hakuto era a principal cidade japonesa naquele período, cidades como Sapporo nem sequer existiam!", adiantou Iori.
"Mas na leitura das memórias, o Mentor falou de uma terceira cidade..."
"Eu desconfio que seja a vila de Fukushima, situado perto de Matsumae..."
"Mas Fukushima não fica na ilha principal, do qual ocorreu aquele acidente nuclear ?!", Sora ficou surpreso com o nome da vila.
"É Fukushima de Hokkaido, e não Fukushima de Honshu! Não confundas as duas localidades!", disse Hideo.
"De qualquer forma, temos que descobrir em sítio do Japão fica o tal templo de Altair", comentou Sora impaciente.
"Tenha calma que ainda vamos no início..."

---------------------------------------------------------------------------------------------------
O Animus foi activado, e Sora mergulhou no White Room para ser presenciado com a hélice dupla das memórias genéticas do seu ancestral. Escolhera a Sequência 2, e a sincronização com Hurekoukani recomeçara.

Animus Status
Loading Memory Genetic Sequence 2
OK

---------------------------------------------------------------------------------------------------
Sequência 2
Memória 1
O Viajante
Hokkaido: Território Indígena Ainu
Outubro de 1605


Hurekoukani acordara do seu leito improvisado quando os seus companheiros acordaram sobre uma boa notícia.
"Hurekoukani!", chamou um dos novos recrutas, Retanotak, "Um dos nossos Aprendizes conseguiu um contacto com a guilda dos Assassinos na grande cidade dos nipónicos", uma referência a Hakodate.
"E desta vez temos testemunhas que viram o nosso alvo...", adiantou o velho amigo Urartunasno.
"Já vão quatro anos de investigação sobre o paradeiro de Toyotome Matsuame, e com o aumento dos ataques por partes dos seus homens, bem como as dificuldades com os nosso espiões, levaram a este impasse", disse Hurekoukani.
"Tudo isto para não falar que o líder Tokugawa Ieyasu assumiu o poder em Honshu, e declara a reunificação do seu comando militar e político com Shikouku e Kyushu!", adiantou Retanotak.
"Eventualmente a Ordem ocupará deste homem...", disse Hurekoukani.

Enquanto conversavam, um dos mensageiros da Ordem entregou uma ordem escrita pelo Conselho. Hurekoukani já recebera nestes quatro longos anos de investigação, pelo que não esperava nada de novo.
Após a leitura da carta, Hurakoukani ficou mais simpático e optimisma, o que deu alento para dizer:
"Interessante!", comentou Hurekoukani, "O novo Mentor da Ordem deu a autorização para penetrar em território inimigo!"
"Para um jovem Assassino não será uma tarefa um pouco perigosa ?", questionou Retanotak.
"A própria adesão à Ordem dos Assassinos já é perigosa por natureza, mas eu vou começar pela cidade de Hakodate que é relativamente segura para a entrada de Ainus como nós!"
"Se vais para Hakodate...", interrompeu Urartunasno, "Pege nesta carta que deves entregar para o chefe da guilda dos Assassinos local, ele é meu conhecido e tenho a certeza que terá bastantes informações..."
"Keray!", significa agradecimento em Ainu. Hurekoukani ainda comentou, "Eu prometo boas notícias em breve, mesmo que demore algum tempo adicional."
"Keray ka!", disse Urartunasno.

Hurekoukani pegou num dos melhores cavalos disponíveis naquele aldeamento Ainu e seguiu viagem pelo carreiro nevado. Foram necessário vários dias para atravessar aquele território tão inóspito e inexplorado até chegar ao território ocupado pelos colonos japoneses.

--------------------------------------------------------------------------------------------
O Animus fizera um novo carregamento de mapa, com a críptica mensagem:
Fastfoward Memories to a New Recent One

Hokkaido: Hakodate
Novembro de 1605

--------------------------------------------------------------------------------------------

Hurekoukani perdera a noção do número de dias que demorara desde o centro da sua terra natal (centro de Hokkaido) até chegar à primeira cidade construída pelos japoneses. Ladeado pelo mar, e com Honshu vagamente à vista no horizonte, tinha igualmente a grande montanha de Hakodate a erguer-se de vista.
Uma multidão de indígenas aproveitavam os acordos para abrir barracas para a venda de objectos e alimentos, alguns deles já tinham adquirido os costumes dos japoneses e formavam negócios mais formais, mas viviam sempre nos aldeamentos situados na periferia. A povoação japonesa ficava abrigada por alguns muros e portões, com os soldados a protegerem os seus interesses.

Hurekoukani reparara numa Ainu a caminhar em direcção ao portão da cidade de Hakodate, mas fora barrada pelos guardas da cidade, com maus modos.
"Qual é a razão de impedirem a minha passagem ?", questionou a jovem Ainu.
"Ordens do nosso capitão!", explicou pacientemente um dos guardas, "Devido a uma série de roubos, somente bárbaros com cadastro limpo ou civilizados poderão entrar nesta cidade!"
"Eu quero visitar o meu pai!"
"Não percebeu o que eu disse ?!", outro soldado bate com força e arremassa a jovem pelo chão.

Hurekoukani não ficara indiferente perante a brutalidade dos japones, e correu para ajudar a pobre vítima.
"Eciokai arka?", perguntou inocentemente à jovem.
"...", ficou espantada com uma pessoa da sua etnia que sabia a língua tradicional.
"Não te preocupes, não te quero fazer mal...", comentou Hurekoukani.
"Desde ontem que os guardas da cidade tem vedado a passagem a muitos compatriotas que usavam o porto de pesca para o seu negócio, mas existe uma grande desconfiança entre nós e os japoneses nativos...", ela suspirou.
" Mas porque tentaste passar e os guardas recusaram a permissão ?"
" Apesar do problema dos roubos, o meu pai não voltou da cidade desde há cinco noites, e nenhum arauto falou de processos pendentes por parte das autoridades a respeito do meu pai. Tentei apelar para um arauto, mas nunca deu seguimento ao meu pedido..."
" Vou tentar resolver o teu problema..."
" Se tu conseguires salvar o meu pai, eu talvez te dê alguma informação..."
" O meu lema da Irmandade é ajudar os fracos e oprimidos... Por agora, vá e deixa-me tratar deste problema..."
A jovem acabaria por se virar, e correr para longe dos portões da cidade de Hakodate.

Hurekoukani ficou um pouco pensativo, logo antes de dirigir ao célebre portão que negara a entrada a vários Ainus com o pretexto dos roubos. Quando um dos guardas reparou na capa branca e nas roupas tradicionais dos Ainu de Hurekoukani perguntou com elevada perplexidade:
" O que vos tentais a entrar aqui ?", perguntou um dos guardas enquanto ambos erguiam as suas lanças e espadas.
" Venho perguntar se posso passar para a vossa vila... Eu tenho negócios importantes a tratar..."
" Com pessoas suspeitas de roubos e usurpações negamos a sua entrada, muito menos a sua vida!..."
Hurekoukani ficara surpreso com o comportamento dos guardas, será que estavam a par das acções dos Assassinos ?

Sem perder tempo com eles, Hurekoukani pegara o seu machado e activava a Lâmina Oculta ao reparar que os guardas tinham claramente ordens para matar Assassinos, sobretudos aqueles que eram demasiado fluentes na sua língua nativa. Num ápice, Hurekoukani desfere um corte com o seu machado no pescoço de um dos soldados, e apunhala outro num movimento coreográfico letal. O pânico espalha por entre os trausuentes com o acto sangrento.
A mesma Lâmina Oculta defende dos golpes do terceiro guarda com a sua espada, mas quando o Assassino rodopia para o atacar de lado, crava a lâmina no pescoço e elimina com o machado o restante guarda.
A luta um breve instante, do qual findo com mais uma vitória pessoal, Hurekoukani aproveita a comoção para passar os portões a correr. O homicídio fora relatado por uma coluna de observação situada dentro do perímetro da cidade, e foi lançado o alerta de intrusão provocando a enchente de mais alguns grupos de guardas.

Sabendo que seria suicida combater, Hurekoukani corre pelas ruas apinhadas de colonos e casas de madeira muito sujas, cheias de traves e cestos que podia trepar e fugir pelos telhados. Aproveitando um conjunto de cestos e traves, Hurekoukani salta para o nível dos telhados do qual tinha ainda alguns guardas armados com arcos e flechas a patrulhar. Um dos guardas fora assassinado por detrás quando Hurekoukani acabara de subir ao telhado.
Ao correr pelos telhados e saltando literalmente de casa em casa, Hurekoukani acabara por confundir os guardas e pudera entrar num abrigo improvisado que estava num beco, e aguardou uma boa hora para ter a certeza que os guardas tinham afastado o suficiente para puder prosseguir a investigação.

Hurekoukani sabia que ajudar cidadãos seus teria um grande impacto na moral e respeito pela Ordem dos Assassinos, mas primeiro tinha que encontrar a loja da guilda que era o seu único esconderijo relativamente seguro.
Para confirmar o sítio, Hurekoukani subira com cuidado para o telhado de uma casa, trepando pela porta das traseira e encontrara o indescritível glifo dos Assassinos a brilhar em tons ocre com a sua Visão de Águia.
" Ainda é preciso percorrer um bom bocado, e tenho a presença de mais um guarda metediço no meu caminho..."
Hurekoukani pega no seu arco e dispara uma flecha em cheio no seu adversário, podendo aproximar da casa suspeita em questão, do qual tinha uma bizarra entrada pelo telhado, desde que a portinhola estivesse aberta.

Assim que Hurekoukani entrou na casa pelo telhado, um estranho vulto reparou nele e exclamou.
"Kami-sama desu ka!", exclamou de susto o referido vulto, "Por acaso não serás o tal jovem Assassino que eu fora avisado pelos mensageiros da Irmandade ?!"
" O senhor é... ?"
" Desculpa-me pelos maus modos...", disse o homem, " Watashi wa Teguchi Soma... Eu sou o chefe da guilda local dos Assassinos! Muito bem vindo, meu Irmão!"
" Keray ka!", disse Hurekoukani.
" Eu sei que tens uma missão de elevada importância, mas temos que combinar o melhor método para evitares uma entrada forçada que provocou uma forte reacção dos guardas da cidade, e não estão contentes por verem o assassino dos seus companheiros ter desaparecido assim de repente!"
" Eu agradeço a sua preocupação, mas o que sugere ?"
" Para isso, terá que ouvir algumas coisas... mas isso ainda levará algum tempo para explicar..."
" O senhor é muito misterioso, não terá nada a esconder ?"
" Se tivesse aguardado pelo cair da noite, era muito mais fácil infiltras-te nesta cidade sem provocar este pandemónio todo!"
" Infelizmente, eu conheci uma compatriota que está a procura do seu pai nesta cidade, sabes de alguma coisa ?"
" Se for aquele coitado e mais uns quantos pobres pescadores acusados de roubo, então saberás que ao cair da noite serão executados em plena praça pública !"
" Podes contar os pormenores deste caso ?"
" Não creio que seja a sua missão salvar este pobre inocente, mas infelizmente não tenho nada para impedir este teu nobre impulso de proteger os inocentes!"
" Serei um bocado calmo então!..."
Hurekoukani chegara à Hakodate e viu-se envolvido num caso aparentemente corriqueiro que bem podia ser o começo da teia que levaria à descoberta do paradeiro do seu maior inimigo.

Memory 1 of Sequence 2 synchorinized sucefully

----------------------------------------------------

Animus Database
Algumas expressões usadas neste capítulo:
Keray/ Keray ka!: Obrigado/muito obrigado. (Ainu)
Eciokai arka? : Estás bem ? (Ainu)
Kami-sama desu ka ? : Valha-nos Deus ! (Japonês/Coloquial)

---------------------------------------------------

Para a semana há mais! Wink
Nosferatu Arucard 1983
Nosferatu Arucard 1983

Younenki
Younenki

Mensagens : 34
Data de inscrição : 10/04/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte) Empty Re: Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte)

Mensagem por Nosferatu Arucard 1983 Dom 20 maio 2012, 2:15 pm

Após umas boas semanas, continua a saga de Hurekoukani para descobrir as memórias de Altair lacradas num auto-denominado "Templo de Altair".
Uma das peças para a sua descoberta que também estava a ser procurada por toda a Ordem dos Assassinos, que aparentava ser a "Lança de Inazagi" era uma das Peças de Éden criados pelo Povo que Veio Primeiro. Os próximos capítulos desta saga prometeu ser interessantes... Wink


Sequência 2
Memória 2
Informações
Hakodate
Outubro de 1605


Hurekoukani estava um pouco dividido sobre o que deveria actuar, entre resgatar um inocente das mãos de potenciais Templários, ou aguardar por instruções do chefe da guilda dos Assassinos da cidade que mal tinha entrado.
Enquanto pensava lembrou-se da carta que trazia consigo, e neste momento fez-se luz.
"Oh! Antes de explicares o que for... eu tenho esta carta do Conselho..."
"Interessante!", disse o chefe.

A carta, escrita em código, relatava o paradeiro de um dos braços direitos de Toyotome Matsuame, bem como os negócios suspeitos na cidade de Hakodate.
" Esta carta está codificada, pelo que demorará um bom bocado a decifrá-la...", comentou Soma.
" Em relação ao que pretendia explicar..."
" Eu posso explicar enquanto uso as tabelas de decifração", ele reflecte um pouco e continua, "Nos últimos meses a cidade de Hakodate que é famosa por ser uma ponte entre os nativos de Hokkaido e os colonos de Honshu, foi alvo nestes últimos acontecimentos de frequentes visitas de unidades fieis aos Matsumae..."
" O que adianta esta trivialidade ?"
" É aqui que as coisas ficam um bocado interessantes! Os Matsumae andam nestes tempos a procura de estranhos artefactos que permitam ganhar valor económico e político, segundo o que os meus espiões tentam captar..."
"Estranhos artefactos ?", Hurekoukani ganhou interesse pela conversação.

Naquela altura, Hurekoukani recordou de uma estranha conversa que teve com o Mentor da Pérsia que lhe deu a Cerimónia do Assassino.
"Hurekoukani...", o Mentor esforçou por dar uma formação literária que permitisse interpretar os textos sagrados da Ordem dos Assassinos, " Após estes dois longos anos de estudo com os nossos melhores mestres de línguas, literatura, artes militares, sem esquecermos de que o conhecimento humano é infindável... Tens a noção do que a Ordem dos Assassinos defende?"
"Nós podemos ser Assassinos, mas creio que o nosso maior tesouro é conhecimento humano..."
"Excelente! Os Hassassins do Levante foram fundados como os guardiões do conhecimento, salvando-os da ignorância dos homens quer devido ao progresso do tempo, ou de agentes da ignorância do qual os Templários são os maiores responsáveis."
"Mas porque existe tal rivalidade entre os Templários e os Assassinos ?"
"Isto é uma informação tão secreta que muitos poucos neste mundo sabem..."
"Hã ?!", Hurekoukani ficou bastante admirado.
"Desde o tempo de Altair que descobrimos que os Assassinos e os Templários lutam pela posse de umas estranhas e maravilhosas relíquias que ambos os pretendentes os chamam de Maçãs de Éden."
"Por acaso o Mestre viu uma destas relíquias ?"
" Infelizmente nunca vi em toda a minha vida, mas pelos relatos que eu conheço, basta ver a vida épica de Ezio Auditori, as Maçãs de Éden são armas muitos poderosas que manipulam e distorcem as vontades dos homens. Por outro lado, acreditasse que foram criados por uma raça muito antiga que desapareceu nos nevoeiros do tempo."
"Daí o vosso investimento nos Assassinos de Aynu-Mosir, que é descobrir as Maçãs de Éden que os japoneses possam ter..."
"Não posso negar que exista uma destes artefactos antigos nas mãos dos shóguns, mas seria muito idiota em afirmar que os Assassinos só devem proteger os artefactos, eles devem proteger a Humanidade e não apenas o conhecimento..."

Hurekoukani acordou da sua viagem mental nas suas recordações e exclamou, "As Maçãs de Éden ?..."
"Na generalidade são conhecidos por Pedaços do Éden...", o próprio chefe da guilda ficou um pouco surpreendido pela frase do jovem Assassino, porque já sabia da existência das relíquias.
"Mas não se sabe mais sobre as relíquias ?!"
"Muito do conhecimento foi selado no templo de Altair que acreditamos situar-se nesta região da ilha, mas muita gente já vasculhou toda a península sem encontrar nada..."
"A respeito disso..."
"Eu não conheço muito sobre este estranho assunto, apenas um ou outro documento que a Ordem transmite para o meu escritório. O que posso adiantar é que os Pedaços de Éden foram criados por uma antiga raça quase humana que eles próprios chamavam pelo Povo Que Veio Primeiro."
"Para eles afirmarem isso é porque eles seriam os primeiros seres humanos a habitar as terras ?..."
"É para nós um completo mistério, e outra coisa que posso adiantar é que as Maçãs de Éden são tantos como os dedos das nossas mãos, embora um estranho registado pelos Assassinos contemporâneos de Altair acreditam que existam pelo menos 50 Pedaços de Éden espalhado por todo o planeta."
" 50 Pedaços de Éden..."
" Sejam 5 ou 100, o facto é que de acordo com os rumores, tratam-se de obras quase divinas, visto que nenhuma civilização neste planeta presente ou futuro é capaz de as compreender ou as fabricar!"

------------------------------------------------------------------------------------
Animus Database
Peças de Éden : São antigos dispositivos criados pelo Povo Que Veio Primeiro durante o período em que coexistiram com a Humanidade que mal sairia da idade da pedra. A Cidade de Éden fora criada para acomodar os primeiros homens que em muitos casos eram resultantes da manipulação genética dos seus similares. Para manter as duas espécies em ordem, foram criados dispositivos de controlo que posteriormente seriam usados abusivamente para escravizar a Humanidade num período posterior. Quando um cataclismo abateu sobre a Terra, a Primeira Civilização colapsou mas algumas peças e dispositivos sobreviveram e cairiam nas mãos de tiranos sem escrúpulos que moldaram os principais acontecimentos da Civilização humana.
Maçãs de Éden : São as Peças de Éden mais poderosas e com capacidades de controlar e mudar o curso da História da Humanidade, e ser acima de tudo um repositório do conhecimento que a Primeira Civilização guardou nestas pequenas esferas.
------------------------------------------------------------------------------------

Hurekoukani sabia que a Ordem dos Assassinos estava a par destas estranhas relíquias, mas ele tinha algum cepticismo sobre a veracidade de que as relíquias antigas eram de alguma maneira sobre-naturais.
"Enquanto discutimos sobre os Pedaços de Éden tão extraordinários que eles serão, o que afirma a carta que o Conselho me confiou... ?"
"Estava um bocado difícil de decifrar, mas aqui está..."

O conteúdo da carta era uma pista que referia alguns dos movimentos do seu inimigo principal, Toyotome Matsuame, e provara que estava no encalço para descobrir o Templo de Altair.
" Os Matsumae estão bem conluiluados com os Templários!", disse o chefe da guilda.
" Eles estão à procura do Templo de Altair ?"
" Chamar Templo de Altair é um bocado perverso, porque trata-se na realidade, segundo a carta, de um templo construído pelo Povo Que Veio Primeiro e que foi descoberto pelo próprio Altair..."
" Mas então..."
" A análise da caixa que compunha a Lâmina Oculta indica que Altair realmente guardou algum tesouro destinado aos futuros Assassinos, e igualmente deve existir alguma mensagem destinada ao que descobrir o templo..."
" Somente esta informação não dará nada..."
" Espere um momento, porque eu recordei de um coisa..."

Após uns breves instantes a vasculhar pergaminhos e cadernos de folhas prensadas, Toma Seguchi retirou um esboço desenhado por um Aprendiz de Assassino que estava a vigiar os Templários de Hakodate.
" Mas este desenho não faz lembrar uma lança ?"
" Embora não sejas etnicamente japonês, conheces os mitos de criação japoneses..."
" Muito pouco, somente para lembrar que na realidade deverão ser obras de antigos seres da tal raça antiga que muitos chamam de Povo Que Veio Primeiro..."
" Uma das lendas favoritas é da formação do Japão por parte de Izanagi e Izanami, e quem levava uma lança era a divindade masculina: Izanagi..."
"O que estás a dizer é que uma das chaves para o templo é uma Peça de Éden chamado Lança de Izanagi ?!"
" É o que deves procurar nesta cidade, porque o Conselho acredita que os agentes Templários a mando dos Matsumae estão na posse, ou quase a tomar posse da Lança!"

------------------------------------------------------------------------------------
Animus Database
Lança de Izanagi :
Peça de Éden número 52
Segundo a mitologia japonesa, Izanagi e Izanami foram os deuses que criaram a partir dos mares as ilhas do Japão. Na realidade Izanagi e Izanami eram dois indivíduos do Povo Que Veio Primeiro que liderou e escravizou os povos humanos da pré-história do Leste Asiático. A lança de Izanagi tinha o poder de fazer crer que os dois "deuses" podiam criar ou destruir ilhas e montanhas sobre as planícies ou mares. Tal dispositivo servia para a construção do designado "Templo de Altair" que ficou actualmente submerso pelas águas.
------------------------------------------------------------------------------------

Mal terminavam a conversa, ouviram de longe o ecoar do gongo do templo da cidade.
" Raios! Isto é o começo das cerimónias que devem preceder a execução dos pobres pescadores ladrões !", exclamou Toma enquanto Hurekoukani recordou da promessa que fez com os próprios familiares dos infelizes.
" Embora possas discordar, eu tenho a estranha sensação que aqueles infelizes sabem do paradeiro da Lança de Izanagi"
" Isto seria algo bastante estranho..."

Hurekoukani não perdia tempo para resgatar os inocentes, mas foi interpelado logo antes de subir pela portinhola do telhado. "Espera!", disse o chefe da guilda, "Leva alguns Kunais (Facas de Arremesso) que podem ser úteis para certos alvos..."
"Obrigado pela oferta...", Hurekoukani agradeceu assim que saiu novamente para o exterior.

---------------------------------------------------------------------------------------
Armas de Assassínio
Facas de Arremesso (Kunais) : Uma das armas de arremesso que os Assassinos tinham à sua disposição desde a Antiguidade e Idade Média eram as facas de arremesso que permitia matar um alvo situado a alguns metros de distância e dando tempo suficiente para passar despercebidos caso o conseguissem afastar do local do assassinato a tempo.
No Japão, as Facas de Arremesso mais comuns eram as Kunais que eram igualmente usadas pelo ninjas e pelos camponeses.
--------------------------------------------------------------------------------------

O dia estava a terminar, e a reduzida visibilidade derivada do crepúsculo ajudava a disfarçar o Assassino que pulava pelos telhados das casas até conseguir aproximar na praça pública destinada à execução dos supostos ladrões.
Para evitar um pandemónio antes do pretendido, Hurekoukani usa o capuz e cobre o corpo com a capa para passar disfarçado pela multidão que acumulava ao pé do macabro espectáculo de uma execução capital em plena praça pública. A iluminação presente com os archotes ladeados na praça criava uma atmosfera repressiva, a medida que os oficiais guardavam o pátio destinado à execução.
Ao pé da multidão que escutava os arautos, Hurekoukani reparara em alguém vestido com roupas muito formais e caras, com uma grande presunção característica das classes nobres. Para ele devia ser alguém com ligações ao sucedido. Ao aproximar devagarinho, e aproveitando a multidão atenta ao acontecimento, não fora difícil para Hurekoukani sentar-se numa bancada de rua e escutar a alguns metros de distância a conversa daquele nobre com um oficial.

"É isto que tenho que dizer...", afirmava o oficial, "Embora não exista grande prova contra aqueles bárbaros..."
" O governador da cidade não assinou a acta de condenação ?!", berrou o nobre bastante nervoso.
" Foi necessário algum suborno por parte do clã Matsumae para que ele assinasse o documento, devido às suas dúvidas sobre a culpabilidade daqueles três bárbaros sobre o roubo..."
" O que vale é que temos muita gente ingénua para acreditar em tudo o que nós mandamos!"
" Eu tenho que deslocar para o meu posto, visto que daqui a pouco efectuará a troca de turnos..."
" Mas mantenha a boca fechada sobre os negócios que fizemos a respeito daqueles... bárbaros..."

O oficial saiu pela multidão, enquanto o nobre deslocou-se para cima do palanque. Hurekoukani hesitou alguns segundos e optou por seguir o oficial do qual ele desconfiava que sabia algo sobre os chamados "bárbaros".
Com a esperteza de um lince, Hurekoukani seguiu o oficial pelas vielas até encontrar um canto do qual não seria visto pelos guardas que estavam mais atentos ao palanque montado na praça.
Com um breve murro preciso, Hurekoukani atordoa o oficial contra a parede, e ao activar a Lâmina Oculta como ameaça, ele sabia que não teria grande hipótese de resistir senão confessar o que sabia.
"Qual o motivo deste vil espectáculo ?", questionou Hurekoukani.
"Foram ordens do senhor Matsumae..."
"Mas quais ordens ?!"
"Isto é um segredo absoluto, seu grande..."
Hurekoukani pressionou o oficial a falar, mantendo a Lâmina perigosamente perto da sua garganta, " É melhor começar a falar, porque afinal quem será executado e porquê ?"
"São três bárbaros acusados de roubo..."
"Interessate, e que provas possuem vocês para decidir tal ignómia decisão ?"
O oficial sem querer descuidar, disse em parte o verdadeiro motivo,"Estavam contratados para uma missão qualquer, do qual um deles acabou por desobedecer às ordens...", e ficou mudo de repente.
"Bastardo! Isto confirma as minhas suspeitas!", Hurekoukani julgou a discussão degolando o oficial com a Lâmina Oculta.

Ao vasculhar os pertences do oficial assassinado, ele encontrou partes de uma carta que revelava a procura de um artefacto que o clã Matsumae estava à procura, e a escolha de indígenas para o trabalho revelara que o seu objectivo estaria algures no mar, uma boa légua marítima da costa virada para o Estreito de Tsuguru, na altura chamado o Estreito para o Território Bárbaro.
Esta revelação mostrava que as suas suspeitas estavam correctas, era urgente salvar aqueles inocentes porque eles estavam no encalço daquela Peça de Éden que abriria caminho para o Templo de Altair do qual tudo indicava se situar no fundo do mar!

------------------------------------------------------------------------------------------------
Memory 2 of Sequence 2 synchorinized sucefully

Continua...
Smile
Nosferatu Arucard 1983
Nosferatu Arucard 1983

Younenki
Younenki

Mensagens : 34
Data de inscrição : 10/04/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte) Empty Re: Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte)

Mensagem por Nosferatu Arucard 1983 Seg 13 Ago 2012, 9:55 am

Após um período de férias e outros assuntos, coloco este aviso para informar que na próxima semana retomo à publicação desta fan-fic... Cool
Nosferatu Arucard 1983
Nosferatu Arucard 1983

Younenki
Younenki

Mensagens : 34
Data de inscrição : 10/04/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte) Empty Re: Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte)

Mensagem por Nosferatu Arucard 1983 Sáb 21 Jun 2014, 9:36 pm

Após quase dois anos dedicados ao trabalho, planeio retomar a publicação desta história. No entanto, eu tenho uma história curta (dois ou três longos capítulos) quase feita...
Nosferatu Arucard 1983
Nosferatu Arucard 1983

Younenki
Younenki

Mensagens : 34
Data de inscrição : 10/04/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte) Empty Re: Assassin's Creed Tokugawa (Primeira Parte)

Mensagem por Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos