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Mensagem por Arthur Sex 01 Jun 2012, 6:54 pm

Bom, provavelmente os mais novos nem devem me conhecer. Tenho andado super ausente, eu sei, mas sou um administrador da DF.

Há meses não leio ou comento uma fanfic aqui, assim como em qualquer outro lugar, e é compreensível que não queiram nem ler, pois sei de alguns de vocês que tem essa mentalidade, mas é tudo escolha de vocês. Este é um texto bem pequeno (um textículo? kkk) que escrevi hoje depois de ter terminado um teste na escola e ficar sem o que fazer enquanto esperava o pessoal acabar.

É um texto vago e talvez dado à subjetividade. Espero que gostem *.*

Nome da Fanfic:
Nome do autor: Arthur
Gênero Principal: ?
Em que foi foi baseada: Experiências próprias
Recomendação Etária: L

- Dúvida -


Ele ainda ama?

Distancia-se cada vez mais e sinto perde-lo para qualquer possibilidade mais próxima, mais palpável. Reajo com frieza, sem saber, no entanto, se é a melhor opção.

Mas e o que se planeja? E se a perda for em vão e apresentar-se logo sem sentido? Já estará feito e será irremediável. Toda a espera se perderá na fagulha que se apaga; centelha enganosa.


Talvez apenas tenha crescido e ascendido ao atual patamar pela distância; pela ânsia constante da presença que não se pode ter; pelo desejo que não pode ser consumado. E não é este o berço de uma miríade de obsessões e ilusões? A impossibilidade de um desejo?


E por quê agora dói-me tanto pensar nisso?

Se quero perdê-lo? Não, é claro que não! Porém... Porém às vezes só desejo que tudo fosse exatamente como no início. O amor, a atenção... Mas não volta, enfim.

Me pego agora com pensamentos que não sabia existirem em mim, ou que então velava deliberadamente com a esperança débil do amor.

E se ele não houvesse aparecido? Talvez fosse mais fácil, e não me doeria. A lembrança de nossas conversas não existiria e não tê-las não faria diferença. Nunca teria conjecturado as alegrias e os risos e as discussões e as descobertas e o início, como foi. E muito menos as lágrimas... as doces lágrimas da felicidade e até as amargas, da aflição.

A sabedoria hindu diz que “a pessoa que vem, é a pessoa certa”, mas também diz que “quando algo termina, ele termina”, e que por mais gostosa que tenho sido a presença de alguém na sua vida, se aquilo acabou não há motivo para tristezas. “Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido”, dizem os hindus e acho que agora é assim... Mas os fins pontuam novos começos, e o término de algo marca a evolução.

Entregou-me seu coração e jurei que dele cuidaria, e nesse momento me pego refletindo se não seria melhor devolvê-lo agora e não me tornar perjuro...


Última edição por Arthur em Sex 06 Jul 2012, 11:52 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Mickey Sáb 02 Jun 2012, 12:02 pm

Arthur! Que bom vê-lo novamente e a escrever no Acervo de histórias!

Bom! Vamos lá... Uma One-shot...

Mas rapaz... essa foi pequena heim?

Do mais eu gostei dele... simples mas contando no que observo uma experiência sua...

Parabéns pela história!

Ela com certeza será Bem Vinda as Crônicas de Ryo!
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Mensagem por Death Sáb 02 Jun 2012, 2:48 pm

Até aonde eu li, sua fanfic me parece muito boa. Curto One-Shots, e tenho um bom pressentimento quanto a sua fanfic.
Apesar do prólogo/sinopse pequeno, achei o tema bem legal. Suas experiencias se parecem um pouco com as minhas. Me identifiquei com o seu texto.
Espero pelas outras partes. Se é que serão lançadas. vish
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Mensagem por Arthur Sáb 02 Jun 2012, 5:24 pm

Mickey

Ah, aos poucos vou voltando, mas ainda não tanto. Por falar nisso, queria conversar com você e a Marcy para poder voltar de fato e saber o que está havendo. BOm, chamei de one-shot por falta de opção... é só um textinho mesmo, uma reflexão. Obrigado por ter lido ^^

Death

Quando fala da fic, diz esse texto ou a Relatos? Bom, porque se for a Relatos, não vou continuar postando na net por alguns motivos.

Se estiver falando dessa aqui, provavelmente não virão outras partes, mas quem sabe eu animo de postar outros desses textos pequenos aqui? Tenho alguns e talvez aproveite o que você disse no seu comentário e poste, mas não prometo nada.

Obrigado também por ter lido ^^

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Mensagem por Death Sáb 02 Jun 2012, 5:37 pm

Entendi. Torço para que possa escrever mais trechos. blz
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Mensagem por Diego N.L. Dom 03 Jun 2012, 9:10 am

Bom texto, mesmo sendo pequeno.

A primeira vista, aparenta ser um pouco simples, mas em uma releitura se percebe que é possível tirar uma segunda ou quem até mais interpretações dele. Como disse no post inicial, é dado a subjetividade, e fiquei com a sensação de que cada pessoa que ler vai ter uma sensação diferente de acordo com as situações que passou durante a vida.

No mais, poste os outros sim. Razz

Abraço
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Mensagem por Gustavo Andrade Seg 04 Jun 2012, 4:34 pm

Ótimo trabalho, Tuth. <3

Quando leio seus textos, consigo ver ainda mais através de você. Essas palavras são um reflexo das suas experiências, dos seus sentimentos, dos seus pensamentos, da sua essência... Então, tenho conhecimento das partes verídicas dessa One-Shot. E, de todo modo, continuo me impressionando com a forma como consegue passar os sentimentos em seus textos. Creio que você trabalhe melhor descrevendo fatores emocionais do que físicos, o que também se mostra verdadeiro na Relatos. Sou suspeito a dizer, mas não importa, está perfeito!

Um beijo. ;*
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Mensagem por Arthur Sex 06 Jul 2012, 12:14 pm

Respondendo...

Death: Bom, venho trazer mais um trecho... Tenho algumas outras coisas, mas estão inacabadas ou não revisadas.

Diego: Ah, veio ver meu textículo... hsuahsuahsua. Sim, sim... Me baseei nas minhas próprias experiências para escrever esse texto, mas dependendo das experiências de cada um podem haver várias interpretações e diferentes impressões, também. Abraço ^^

Gu: É, já conhece minhas crises melancólicas, né... E sim, você conhece bem todas as partes, mas como já te disse quando você leu, nem tudo é exatamente baseado naquelas experiências. Deixei extrapolar um pouco no final para gerar algum drama maior e um maior impacto.
E adoro escrever textos que tenham uma carga emocional maior. Gosto de fatores físicos também, mas é tão mais legal fazer sobre sentimentos... Ultimamente, você sabe, tenho escrito apenas textos intimistas ou metafóricos, como aqueles sobre a Deusa, e acho que no fim das contas vou continuar bastante tempo assim, porque além de ser uma ótima forma de analisar meus próprios sentimentos e extravasar, ainda exercito esse lado da minha escrita e me exponho um pouquinho.

Outro beijo ;*

________

Então, outro textículo... Pequeno como o primeiro, e como estou postando no mesmo tópico, mudei o título.

Não há muito o que falar sobre este, entretanto. É uma extensão do primeiro, baseado também nas mesmas experiências ou a continuação destas.

____

- Gálio -



Por quê prendo-me a esse garoto?

É uma esperança tão parca e frágil a que mantemos... Uma espera tão longa que pode mostrar-se inútil ao fim... Não me entenda mal, por favor. O amo mais do que já amei qualquer um ou qualquer uma, e mesmo perguntando-me às vezes se gosto tanto apenas pela distância, sei que é ele quem quero para meu futuro e para que houver além disso. “Querer” não é poder, entretanto, e a relação que temos talvez não funcione quando estivermos juntos. E estaremos...

Disse-me certo dia que as coisas nem sempre acontecem como imaginamos — e isso foi numa crise de fragilidade, quando a ânsia de algum carinho específico preenche-me de melancolia e inconsequência —, mas que eu sempre serei dele, de uma forma ou de outra. Pense nisso como o início de uma doentia possessão se desejar, mas eu nem sei se ainda me importo com o que pensam os outros — nenhum está em minha mente; ninguém sabe de nossas conversas que atravessam a madrugada e que me fazem tremer com a emoção de seu amor. Quando me disse isso não me tomou como um objeto, mas como um amigo que deseja carregar para toda a vida, ainda que o amor não vigore e se desenvolva como planejávamos.

E sou tão jovem... Agora posso ter o carinho que anseio, mas recuso insistentemente todas as oportunidades, pois o carinho é ainda maior traição que o beijo. Não se precisa gostar para beijar e tocar, já para oferecer uma carícia... Em menos de um mês terei meu amor a meu lado. Poderei dar todo o carinho que venho represando e recebe-lo na mesma proporção, espero.

Indagava-me se ele ainda amava, e hoje tal dúvida não me ocorre ou faz sentido.

Pois ele é tudo que quero, tudo que preciso e muito mais do que mereço. Ele diz a mesma coisa, e a expressão naquele (meu) rosto bobo é tão somente verdadeira.

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Mensagem por Mickey Ter 07 Ago 2012, 12:24 pm

Arthur

Outro texto legal. Parabéns!
Mas bem que o primeiro me empolgou mais.
Pergunta que não quer calar... quem é o "Ele" em ambos textos?

Sorry! É só curiosidade mesmo...
Mas como o Gustavo e você falaram é bem triste...
Parece algo que esta na sua frente porem distante.
Que há uma barreira... Sei lá... Não sou bom em entender esse ponto nas pessoas.

De qualquer forma! Boa Criatividade! Qualquer coisa... Ah! Outro... Até mais BOSS!
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Mensagem por Arthur Sáb 11 Ago 2012, 7:36 pm

Vão falar que é cara de pau, mas dou uma passada em off no fórum sempre que posso para ver como vão as coisas, pq tenho vestibular seriado no fim do ano e quero me dedicar mais. Mas bem, vamos ao comentário...

Bom, obrigado, Mickey ^^
Eu não posso falar que é ele... Primeiro que só falaria se ele concordasse com isso, e segundo que perderia todo o encanto pra mim e pra ele saber que quando as pessoas elrem saberão de quem falo. Mas ele está do meu lado, e ao mesmo tempo há milhas e milhas nos separando. É triste, ilusório, talvez e imaturo e dói demais, mas ainda quero acreditar que um dia será real, pq eu sei que vou me esforçar mais do que já me esforcei pra qualquer coisa só pra ter um dia a seu lado, que seja.
E vc parece bom em entender sim! É exatamente o que vc falou.

__________________________________

Bom, vou postar dois textos dessa vez. O primeiro, que leva o título da minha música preferida, é íntimo, e escrevi depois de uma briga com meus pais, com lágrimas nos olhos...

O segundo escrevi no começo do ano, certa vez que cheguei atrasado ao colégio, e agora que parei para pensar, é uma boa antítese do primeiro... Espero que gostem
________________________


— Tears Dry on Their Own —


What am I? “What”, not “who”.

“Eu deveria abandonar, porque se fazendo o meu melhor eu criei isso, eu não sei o que é ser pai”. E nem teve a decência de falar baixo... Sabia bem que cada palavra chegaria a mim, sonora e impactante. Deve achar que assim mudarei...

Tão tolo! Me negando e rebaixando só faz com que a construção do muro que erigi acelere. E ainda diz que os olho com superioridade e que somos iguais. Sobre a superioridade, pergunto-me se não será uma tendência natural dele à inferioridade. Uma falta imensa de auto-estima ou um escrutínio aguçado a ponto de enxergar até mesmo intenções inexistentes.

As palavras ecoam... “Aqui em casa somos todos iguais”... Entre as lágrimas que represo forma-se um sorriso. Claro que somos iguais! Como não percebi até hoje? É exatamente por isso que mal posso argumentar e devo sempre baixar minha cabeça! A igualdade, bendita seja! São meus pais, mas por favor... Deêm-me o mínimo de autonomia aqui dentro. Lá fora já tenho o suficiente por ora, então desejo o mesmo em minha casa.

Disse-me que não precisa de carinho, pois é um homem. Se não precisa é problema exclusivamente dele, e pelo menos agora nem me importo. Bom, eu preciso de carinho, mas não exijo o deles. No fim das contas, nem o desejo, mas esses últimos dias...

Não, não acabou. Éramos amigos e continuamos sendo, mas se não posso nem mais chamá-lo de “amor”, o que poderá vir depois?

E descobri que tenho que ser bom em todos os apectos! Maravilhoso, não? Vejo que o futuro ainda vai me divertir imensamente.

Ah não... Me descontrolei... What am I?!


______________________________________


— Lentes —

A garota continuava presa, vagando entre a névoa, procurando, perseguindo, perdendo-se.

Pobre criança!

Pensa estar viva, mas há muito a vida esvaiu-se de seu corpo frágil; pensa estar sozinha, mas os sussurrantes espreitam em cada canto escuro e mordem suas costas enquanto afogam-se no riso das zombarias que cospem.

Mas a garota enxerga por uma ótica estranha. Talvez seja o que chamam “otimismo”. Talvez aquelas lentes amarelas que a criança, inconscientemente, interpõe entre seus olhos de jade e a realidade cruel amenizem a dor, suprimam a revolta e ocultem a morte.


Os espectros a veem e consideram contar-lhe a verdade e quebrar as lentes, mas perdem-se em suas altas questões e discussões filosóficas e bobagens inúteis e nada mais.


A garota não sente as mordidas às costas — pensa ser a brisa noturna invadindo a casa. Ela não escuta os murmúrios secos que adensam o ar dos corredores — aquele é o som da chuva do verão que não finda.

Pois as lentes não modificam apenas a visão da infeliz garota morta.

O otimismo lhe é perigoso, mas é a única coisa que a protege da verdade da morte.
Arthur
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