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Digimon Fate

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Digimon Fate - Página 2 Empty Re: Digimon Fate

Mensagem por Leonardo Polli Dom 23 Out 2011, 10:02 pm



Saga 01 - Em Busca do Desconhecido
Capítulo 02 - Encontro Inesperado


Benjamin engoliu seco, pois ao entrar na sala, o comandante parou de falar e olhou para a dupla, que adentrara ao local sem aviso prévio. Os agentes da SWAT, do FBI, e os digimons que estavam de pé dentro do grande buraco, viraram-se para trás, e fitaram Fate e Falcomon. O homem corpulento estava com receio de serem pegos, pois chegaram bem na hora em que Violentblade estava dizendo que dois suspeitos de quererem roubar o pendrive estavam dentro do edifício. Ficaram instáveis, imobilizados, sem se mexer, pois o comandante não tirava a atenção deles.

Jefferson Violentblade colocou seus braços para trás, e entrelaçou suas mãos. Estranhamente, estendeu-as para frente, como se estivesse chamando a dupla.

- Presumo que esteja atrasado, agente Cordec. Sabe que não tolero atrasos neste local. - disse o comandante calmamente, com expressão de pouca raiva nos olhos. - Retrate o acontecido.

- Err... Bem... - gaguejava Fate, não entendendo do que o homem estava falando. Então, decidiu falar sobre os dois suspeitos. - Os dois suspeitos tratam-se de um humano e um digimon, senhor. Foram vistos há pouco tempo pelas câmeras da sala de entrada do edifício, e alguns vigilantes disseram que os três sistemas de defesa iniciais tiveram rupturas em suas estruturas. Eles podem ser perigosos, se me permite a palavra, senhor.

- Hum... Então, aproxime-se ao centro, meu caro. Estou dando ordens a cada um que está abaixo de mim. Ordens para caçar e matar os dois estranhos. - disse o comandante, com expressão maliciosa.

Fate engoliu seco novamente. Estava se denunciando, e denunciando Falcomon, juntamente com ele. Falou o que veio à sua cabeça, e pareceu que isso dera certo. Acreditou que as câmeras não haviam registrado a imagem de Falcomon, por isso o espanto dele sobre os outros na sala, de não terem desconfiado nem um pouco. Era o único meio de conseguirem acesso ao pendrive.

Começaram a andar, e desceram as escadas, seguindo até o meio da pequena multidão vestida de preto. Agora, a dupla podia observar o comandante. Possuía olhos azuis e cabelos curtos, sendo que estava usando um topete. Era branco e corpulento. Vestia-se com um blazer azul-marinho, este que estava sobre uma camisa social azul-clara, juntamente com uma gravata preta, e uma calça social de mesma cor, o que dava um ar de alto nível ao comandante. Seu blazer possuía botões e dois bolsos, um de cada lado, sendo que, um pouco acima do bolso esquerdo, estava preso ao peito três medalhas. Duas eram pratas, e estavam dos dois lados. A outra era dourada, e estava ao meio do trio de medalhas. Calçava sapatos sociais, de cor branca.

Ao ver que a dupla estava posicionada no meio da multidão, Jefferson decidiu continuar com a sessão de ordens.

- Escutem bem, meus caros agentes. - ordenou o homem, tirando as mãos de trás do corpo e começando a gesticulá-las. - Vocês, da SWAT, irão cercar o edifício, para que estes invasores não tenham por onde fugir. - continuou, ordenando para que os agentes de preto da SWAT saíssem rapidamente. Após minutos, agentes do FBI e alguns digimons ficaram presentes no local. No meio, Benjamin e Falcomon estavam atenciosos. - Vocês, do FBI, irão vigiar o interior do edifício. Cacem estes dois até que os achem, e matem-nos. Não deixe nenhum dos dois vivos, pois podem ser perigosos. Afinal, já conseguiram entrar aqui, sabe-se lá o que podem fazer. Mesmo assim, tenho a certeza de que vocês são prestativos. Não falhem comigo. Já sabem se isso acontecer. Até logo, me retiro.

Os agentes da SWAT já haviam sumido pela porta por qual Fate e o falcão haviam usado para adentrar no recinto. Já os do FBI estavam caminhando para fora da sala também. Os digimons que estavam no local seguiram um humano cada, deixando apenas Benjamin e Falcomon no buraco da sala. O comandante estava caminhando para uma porta metálica, com um corte no meio, mas se esqueceu de algo, e resolveu virar.

- Vocês, venham comigo.

McFate e o digimon se entreolharam por um breve instante. Seria muito arriscado seguir o comandante, mas se não o fizessem, Jefferson iria desconfiar, e estariam mortos. Então, caminharam para fora do círculo, que era um buraco de dois a três metros, praticamente. Subiram as escadas e olharam para a sala. Parede, teto e chão eram feitos de placas metálicas. Uma grande esfera presa no teto iluminava a sala redonda, com uma cor fluorescente. Um local muito simples, perfeito para uma reunião entre o comandante e os agentes.

O comandante se aproximou da porta metálica, esta que se afastou para as duas frestas na parede, deixando o caminho livre. Um grande corredor pôde ser observado pelo homem que acompanhava o falcão, já que agora estavam atrás do comandante. Tal corredor era extenso, e um pouco estreito. O chão era feito de um carpete verde-escuro, as paredes eram metálicas, e do teto lâmpadas fluorescentes iluminavam o local. O mais interessante eram riscos pretos nas paredes metálicas, que aparentavam ser estranhos desenhos. Mesmo tendo vontade de perguntar, Benjamin resolveu ficar quieto, pois deviam saber do que se tratava, porque estavam disfarçados.

O coração de Fate começou a bater mais rápido quando o corredor chegava ao seu fim, que era uma porta de ferro. Ao lado dela, havia uma espécie de leitor biométrico, semelhante ao que a dupla havia visto. O comandante se posicionou a frente do aparelho tecnológico, e mandou-os esperar. Colocou sua mão direita no painel verde, que emitiu um bip, sinalizando um ruído, fazendo com que a porta de ferro subisse até uma fresta no teto. Após isso, Jefferson fez um aceno com a mão, mandando o humano e o digimon ave atravessar a porta, que agora era um buraco retangular. Depois de os dois terem saído do corredor, o comandante seguiu-os.

No entanto, chegaram a outro corredor, de mesma estrutura que o anterior. Após dois minutos caminhando, chegaram numa espécie de interseção, que possuía dois caminhos - à esquerda e à direita. Benjamin parou, e virou para o comandante.

- Aonde deseja nos levar, senhor? - indagou Fate, com suor escorrendo do corpo, devido ao receio de ser descoberto.

- Por favor, sem formalidades... Sei que você é um dos melhores agentes da SWAT, mas, me chame apenas de Jefferson ou comandante Blade. - ordenou o homem de terno azul-marinho, muito calmo. - Estamos indo para um local restrito, apenas os agentes em que confio podem ir até ele. Você e seu digimon são dois deles.

- Por obséquio, onde fica este local restrito, e o que há nele, comandante? - perguntou o falcão, aflito e com medo ao mesmo tempo.

- Fica a três andares abaixo de nós, num andar conhecido como B3. E, adivinhem. Lá está escondido o pendrive. - disse Jefferson, com cara de esperto, dando uma risada.

No mesmo instante, Benjamin sentiu um ânimo interior, que teve que controlar, senão estragaria tudo. O comandante iria levá-los ao pendrive, então era apenas uma questão de tempo. Antes, deviam seguir as ordens de Violentblade, para que ele não desconfiasse e descobrisse que os dois eram os tais suspeitos invasores. O homem com o uniforme da SWAT ficou imóvel, mas queria gritar de felicidade. Violentblade os levaria até o pendrive. Então, esperou que o comandante falasse algo, pois tudo estava seguindo como não fora planejado.

Por outro lado, Falcomon permanecia calmo e quieto, pois sabia onde tudo isso ia dar. Sim, havia sentido uma vontade de gritar de alegria por causa da trajetória que os levaria ao tão cobiçado e protegido pendrive, mas decidiu permanecer quieto, para não ser morto. Viu que o comandante olhou para os dois lados, e, após alguns segundos, olhou para os olhos do falcão, este que estava com olhos duvidosos.

- Antes de qualquer pergunta, já lhes dou a resposta. O corredor à esquerda nos leva ao elevador para o andar B3. Já o da direita leva a parte industrial deste edifício. - disse Jefferson subitamente, para a alegria da dupla.

- Então vamos, comandante. – disse Benjamin, apontando para o corredor esquerdo.

- Por que a pressa? – indagou Violentblade, olhando diretamente para os olhos do outro homem.

- P-porq-que o quanto antes chegarmos a sala do pendrive, mais tempo o senhor terá para se preparar para a reunião com o presidente, comandante... – respondeu o homem de uniforme da SWAT, gaguejando.

- Hum? – estranhou Jefferson, olhando duvidosamente para o homem corpulento. - Como você sabe da minha reunião com o presidente?

McFate iria inventar qualquer desculpa, mas fora interrompido por Falcomon, fazendo com que ficasse sem ação. - Ouvimos alguns guardas comentarem, comandante.

- Hmpf. Pensava que teria ordenado a Vion que não contasse a ninguém sobre a reunião, mas o maldito espalhou pra todo mundo... – retrucou o comandante, bravo. - Mesmo assim, cuido dele depois. Vamos ao elevador.

Benjamin McFate nunca ouvira falar de alguém chamado Vion, nem sabia quem era. Muito menos Falcomon. Mas, ambos pensaram um pouco e o nome parecia bastante familiar... Embora não se lembrassem de onde. Decidiram não perguntar, pois deviam saber. Se perguntassem “quem é Vion?”, estragariam seus disfarces. Então, para que tudo no plano corresse bem, resolveram ficar calados.

O comandante Blade começou a caminhar, até virar à esquerda, continuando a caminhada pelo corredor que levava ao elevador. Fate e o digimon acompanhavam o homem de terno azul-marinho, seguindo atrás dele. Após alguns segundos caminhando, o comandante se aproximou de uma porta metálica, de cor prata. Havia um corte preto ao meio dela. As duas partes da porta deslizaram-se uma para cada lado, entrando nas frestas da parede que estavam ao lado dela. Entraram no elevador, e Jefferson Violentblade apertou um botão verde, que estava num painel na parede que continha dois botões: um verde e um vermelho. As partes da porta voltaram ao estado normal, e o elevador tremeu um pouco. Estavam começando a descer.

A tensão aumentava a cada minuto que se passava dentro do elevador. Não tinham certeza de que iriam conseguir chegar ao pendrive. Benjamin pensava em tudo, mas não em morrer. Afinal, se morressem, morreriam tentando. Falcomon pedia a Deus que tudo desse certo. E era o que estava acontecendo. Porém, ele refletia algo. E se conseguissem o pendrive, mas não conseguissem sair vivos da Area 51? Era uma coisa fútil de se pensar no momento, pois o elevador acabara de tremer outra vez, parando de se locomover. A porta metálica se abriu novamente, e os três saíram do elevador, sendo que o comandante foi à frente, e a dupla de invasores disfarçados atrás.

Benjamin achou estranho o fato de o elevador não ser controlado por voz eletrônica, e resolveu perguntar.

- Comandante, desculpe a pergunta, mas, por que o elevador não é controlado por voz eletrônica?

- É mesmo, também tô com essa dúvida. Se bem que estamos no ano de 2100, e a nossa tecnologia é bem avançada. – exclamou Falcomon, para não ficar de lado.

- Simples. – explicou Jefferson, virando-se, para conversar frente a frente com a dupla. - Este é o andar B3. Acha que é o último andar do subsolo da Area 51?

- Bom, se guarda o pendrive, tenho certeza de que é. – replicou o humano corpulento, não sabendo a resposta certa a se dizer.

- Você está enganado, agente Cordec. – redargüiu o comandante seriamente. - Isso é um disfarce. Existem muito mais andares abaixo deste. É apenas um disfarce, para proteger o pendrive. Afinal, ele é valioso. O mesmo vale para o elevador. Tudo neste andar é simples. Nada de sofisticado, para aparentar que não há nada de valioso aqui embaixo. E antes que pergunte como viemos parar aqui sem ter botões para indicar andares, já lhes dou a resposta. O computador central reconheceu meu cérebro, que estava a dizer para irmos ao andar B3. Então, o elevador obedeceu.

- Entendido, comandante! – disse Fate, sorrindo sarcasticamente, batendo seu braço esquerdo na região da coxa esquerda, e levando a mão direita à cabeça.

- Podemos continuar? – indagou Falcomon, apontando sua mão para frente.

- Obviamente. – respondeu Jefferson, com clareza.

Virou-se novamente para trás, e continuou a andar. A dupla esperou alguns segundos antes de seguirem o comandante. Depois, começaram a caminhar. Seus pés faziam barulhos que ecoavam pelo corredor em que estavam. Ao olharem para baixo, perceberam o que provocava os ecos. Estavam andando sobre uma espécie de elevação do chão, feita de arame enferrujado, com uma cor meio marrom misturado com laranja escuro. Havia azulejos negros abaixo da elevação de arame enferrujado. As paredes possuíam uma forma meio hexagonal. Eram feitas de concreto, com uma cor cinza, e nelas estavam presas algumas lâmpadas que emitiam luzes amarelas, apontando para frente, assim iluminando o local.

Fate já estava começando a ficar incomodado com os ecos que surgiam naquela espécie de túnel, então deixou seus pés mais leves. Olhou por alguns segundos as costas do comandante, que parecia ser um zumbi; andava calado, nem ousava virar para trás. Falcomon olhou para seu amigo humano e sussurrou para que ele olhasse as horas. Eram exatamente 6h00min. Seis horas da manhã, respondeu sussurrando Benjamin a Falcomon. Mesmo faltando uma hora para a reunião, Fate não ficou incomodado. Estavam tão perto de pegarem o pendrive. Essa estava sendo a parte mais fácil do plano. Agora restava saber se tudo iria dar certo.

Aquele túnel não parecia ter fim. Andaram por mais de dez minutos, e ainda não achavam uma saída. Quando Fate ia perguntar ao comandante se iria demorar mais pra chegar à sala em que estava o pendrive, avistou uma porta. Uma porta com uma aparência um tanto estranha para a tecnologia que os Estados Unidos possuíam. Era uma porta de madeira, que possuía o formato de um arco, com uma espécie de argola na parte direita da metade. O comandante se aproximou da estranha porta, puxou a argola para trás, e empurrou-a. Para o espanto de McFate e Falcomon, aquela não era a sala do pendrive.

Os três foram adentrando rapidamente a sala.

- Desculpe-me perguntar, comandante, mas, o senhor não nos levaria a sala do pendrive? – indagou Falcomon, curioso para saber o porquê de estarem naquela sala.

- Reparem na sala. – pediu o homem, levando sua mão ao ar.

A sala toda era metálica. Não havia cadeiras, mesas, estantes, computadores. Nada. Apenas havia uma espécie de lâmpada que emitia uma luz branca, no teto da sala. Estranhamente, nos quatro cantos da sala, havia espécies de pilares enferrujados. E, na parte dos lados dos pilares, havia frestas. No meio da sala, no chão metálico, embaixo da lâmpada de luz branca, havia um desenho de um ET verde, semelhante ao que a dupla tinha visto há certo tempo atrás.

- Não me diga que... – começou Benjamin, com cara de exaustão.

-... estamos num elevador? – terminou o falcão, com a mesma cara do humano ao seu lado.

- Exato. – afirmou Jefferson Violentblade, colocando seus braços atrás do corpo e balançando a cabeça positivamente.

- Mas não ficava no B3 o pendrive? – indagou Falcomon, estranhando a explicação que o comandante havia dado anteriormente.

- Mas fica.

O comandante Blade estalou seus dedos, e a sala começou a tremer. Dentro de alguns segundos, ela permaneceu instável, mas, depois, para a surpresa de Benjamin e do falcão, começou a se mover. Nem para baixo, nem para cima. O elevador estava avançando para frente, a toda velocidade. No início, Benjamin e Falcomon quase caíram de costas no chão, porém conseguiram se equilibrar e evitar o pior. Passaram-se alguns segundos, e já haviam se acostumado ao ranger do elevador e do treme-treme. O comandante permanecia com os braços imóveis atrás das costas, muito calmo. Aparentava estar certo do que estava fazendo, pois ficou sem falar nada até quando o elevador parou de avançar.

Violentblade olhou para a dupla, que estava um pouco assustada. Benjamin pensava na hipótese de não chegarem à sala do pendrive antes que o presidente dos EUA chegasse à Area 51. Era uma corrida contra o tempo, praticamente. Falcomon queria apressar as coisas, mas se fizesse isso estaria estragando o disfarce. Então, resolveram esperar as ordens do comandante.

- Não falta muito. São apenas mais alguns minutos de caminhada, e logo, logo chegaremos à sala que guarda o pendrive. Vamos. – explicou Jefferson, se direcionando à porta de madeira, convocando o humano e o falcão a saírem da sala.

McFate estava começando a estranhar. Não havia guardas nem câmeras desde que saíram da sala redonda, onde encontraram o comandante fazendo seu “discurso”. O pendrive era algo muito confidencial e de enorme importância, então como não haveria nenhuma proteção antes da sala que o guardava?

Novamente, o trio andava dentro de um túnel, semelhante ao anterior. As paredes, a elevação de arame enferrujado e o teto eram exatamente iguais. Sinais de cansaço já começavam a aparecer pelo corpo de Benjamin, com suor escorrendo pelos braços. Estava muito quente, e ficar dentro daquele uniforme não tinha sido uma boa escolha. Nem uma má, porque se não estivesse dentro do uniforme negro da SWAT, ele e Falcomon não poderiam estar disfarçados, caminhando naquele momento com o comandante.

O túnel era muito extenso, o que também deixou Falcomon cansado. Pensou em voar, mas gastaria mais energia à toa, sendo que podia andar tranquilamente. Porém, suas pernas estavam começando a ficar exaustas, e ele não estava mais conseguindo andar direito. Resolveu, então, andar um pouco mais devagar. Para o alívio da dupla, o corredor havia acabado. Havia acabado em nada. No fim daquela caminhada, havia uma parede de concreto. Quebrá-la não seria uma opção. Benjamin começou a ficar nervoso, pois o suor escorria mais rapidamente. Coçou algumas vezes o uniforme na região das axilas, a fim de parar o suor que estava escorrendo pelos braços.

O comandante olhou para Falcomon, que demonstrava cansaço em seu olhar. Depois, olhou para o homem de uniforme, este que dizia palavras com os olhares. Ambos estavam cansados. Para aliviar a situação drástica, o comandante ficou quieto, mas deu um sorriso com o canto da boca, antes de se virar para a parede. Bateu duas vezes na parede de concreto, e chamou os dois para ficarem ao seu lado. Falcomon ficou à direita do comandante, e Fate à esquerda. Cutucou mais duas vezes a parede, e a elevação de arame que estava embaixo dos três emitiu um ruído. Então, subitamente, começou a descer.

Benjamin McFate ficou mais nervoso ainda, mas tentou se controlar com suas palavras.

- Aonde você está nos levando, comandante? – indagou o homem corpulento, olhando para a parede à sua frente. - Não íamos a sala do pendrive?

- Vem cá, por que você está tão apressado? Por que você quer ir rapidamente para a sala do pendrive? – perguntou o homem de terno azul-marinho, desconfiado.

- Nada, comandante. – interrompeu Falcomon, antes que Benjamin pudesse dizer algo. - É que o pendrive é um objeto de muita valia, então sem proteção durante a sua reunião é algo arriscado.

- Concordo com você. – comentou o comandante Blade, balançando a cabeça positivamente.

Fate teve que engolir seco várias vezes, pois pensava que podia ser descoberto caso abrisse a boca novamente. Após alguns minutos, não havia mais parede à frente dos três. A plataforma retangular em que estavam parou de se locomover para baixo, deixando um caminho livre para o trio. Agora, havia outro corredor à frente deles. Muito mais largo. E muito mais comprido. As paredes e o chão eram feitos de concreto, pintados de branco. Não havia nenhuma sujeira nelas. O teto era preto, e nele estavam presas várias lâmpadas de cor branca. Iluminavam bem o local, por sinal. Não se podia ver nada mais a frente, apenas um longo e extenso corredor.

Começaram a andar, sendo que o comandante foi na frente da dupla. Enquanto andava, Falcomon olhava para o chão de concreto. Havia uma espécie de linha azul. Acompanhou a linha com seu olhar, e viu que tal linha se encontrava com outra, como se as duas fizessem ziguezagues pelo chão do corredor, sendo que terminavam numa parede, e já ia para a outra, diagonalmente. O mesmo desenho estava nas paredes, mas na cor verde, no meio delas. A exaustão de seus corpos pouco a pouco foi passando, pois haviam descansado durante alguns minutos, enquanto estavam de pé na plataforma que os trouxe ao corredor em que estavam caminhando.

Fate, por outro lado, não voltava seu olhar para os lados. Continuava olhando firmemente para frente, na esperança de que visse uma última porta. Então, poderiam descansar mais. Porém, eles estariam na sala para proteger o pendrive, não descansar ou dormir. Aliás, era muito arriscado fazer isso quando chegassem lá. O homem teve sua esperança concluída ao se passar três minutos, quando viu um grande portão. Dois digimons estavam parados na frente dele. McFate deduziu que eram guardas.

Violentblade se aproximou dos dois digimons, ficando a dois metros à frente deles. Ben achou esquisito, mas os dois monstros realmente eram feios. Aparentavam possuir a mesma altura que a de Jefferson, porém um pouco mais altos. Seus corpos eram roxos, revestidos por uma armadura metálica prata. Usava um elmo prata, que cobria a sua cabeça até a parte do nariz, e deixava os olhos à mostra. Seu peitoral tinha riscos negros e duas espécies de lacres vermelhos – acima deles ficava uma placa metálica que protegia o pescoço, de onde saíam mísseis.

Seus antebraços eram finos, sendo que o esquerdo não era revestido pela armadura. Em seus braços, usava espécies de manoplas grossas, com quadrados azuis-claros. Sua perna direita estava à mostra, enquanto a esquerda estava revestida pela armadura, com apenas um buraco. Seu pé esquerdo estava coberto por um tipo de tênis metálico, porém o pé direito deixava à mostra suas garras vermelhas e afiadas. A mão direita era coberta por uma luva negra, enquanto a esquerda era revestida por uma luva metálica, da mesma cor que a armadura. Estranhamente, aparentava possuir cabelos e barba, o que demonstrava ainda mais seu aspecto de andróide.

Os dois estavam parados à frente do portão. Um do lado esquerdo e, o outro, do direito. O portão era enorme, e possuía no meio uma espécie de arco metálico. De cada lado havia uma espécie de painel com um teclado e uma tela verde. Benjamin cogitou na idéia de os painéis estarem relacionados ao enorme portão. Voltou sua atenção para Jefferson, que se afastou um pouco para trás.

- Caros Andromons, estes são o agente Alan Cordec e seu companheiro digimon, Falcomon. – apresentou o comandante aos andróides. - Eles estão encarregados de protegerem a sala do pendrive, que está além deste portão. Ordeno que o abram, agora.

- Apenas para checar, senhor. – disse o Andromon da esquerda, digitando rapidamente no teclado, olhando para a tela verde do painel e voltando a atenção ao comandante. - Os sistemas de defesa da sala estão todos ligados e funcionando perfeitamente, senhor.

- E a reunião com o presidente dos Estados Unidos começa daqui vinte e cinco minutos, comandante. – avisou o andróide da direita, olhando para a tela verde do painel que estava à sua frente. - Então, recomendo que os dois agentes se apressem.

- Muito obrigado, caros Andromons. Encarregarei-me de promovê-los. – congratulou o comandante, acenando com a cabeça.

Os digimons andróides sorriram, e bateram continência. Logo em seguida, começaram a digitar rapidamente no teclado. Enquanto isso, Benjamin pensava se realmente aquela era a última porta que teriam que passar para chegar à sala do pendrive. Se não, era tarde demais. Faltava pouco menos que meia hora para que o presidente chegasse à Area 51. Já devia estar nos arredores do condado, no entanto. Porém, faltava tão pouco tempo para que eles pudessem pôr as mãos no tão protegido pendrive. Afinal, o que teria de tão importante num pequenino objeto tecnológico? Benjamin McFate não queria lembrar naquela hora, porém Falcomon fez questão de lembrar.

Um garoto alto, que aparentava possuir quinze anos e tinha cabelos loiros acastanhados e ondulados estava de pé, ao lado de uma cama hospitalar, em que se encontrava um senhor de aproximadamente noventa anos, coberto por um lençol azul. Tal senhor possuía a cara toda enrugada, cabelos ondulados e brancos, que iam até o final de seu pescoço. Seus olhos eram verdes, iguais ao do garoto que estava parado ao seu lado. O velho estava com os olhos cerrados. Talvez estivesse esperando a morte, pois não movimentava a boca, e respirava de pouco em pouco, como se seus pulmões estivessem carregados de poeira.

Estavam numa sala, que possuía paredes e chão feito de azulejos brancos, que estavam límpidos no momento. Ao meio da sala, no teto de concreto, pintado de azul, havia um ventilador, que prendia uma lâmpada oval amarela em seu meio. Uma janela de vidro com persiana estava entreaberta, o que possibilitava a entrada de ar e de vento, que esvoaçavam os cabelos do garoto que estava em pé. Inclusive, o garoto permanecia instável, frente a uma espécie de criado-mudo, em que se encontravam várias guloseimas acima dele. Acima da cama havia alguns equipamentos, que emitiam um bip a cada segundo.

O garoto se vestia com um terno preto. Blazer, calças e sapatos sociais, todos de cor preta. Estava um pouco atônito, pois ver o seu avô deitado na cama em estado de quase morte era difícil. Dos olhos verdes do garoto caíram duas lágrimas, que atingiram a cama. O velho viu o ocorrido.

- Não chore, Benjamin. A vovó vai cuidar de vocês dois. - disse o homem, soltando um longo suspiro.

- Por favor, vovô, não nos abandone... Sentirei falta do senhor; das nossas partidas de jogo da velha, das nossas caçadas aos pombos... - balbuciava o garoto branco, quase chorando.

- Eu quero dizer uma coisa a você... A você não, aos dois... Vá chamar... - o velho iria terminar de falar, mas foi interrompido por uma menina que adentrou na sala.

Uma pequena garota entrou na sala, um pouco assustada. Seus cabelos eram lisos e ruivos cor de fogo, e terminavam nas costas. Era pequena, sendo que a sua cabeça batia na altura da cintura do garoto. Era branca, e tinha olhos azuis, ao contrário do velho avô e do garoto de cabelos castanhos. Vestia-se com um vestidinho branco, com bolinhas rosa. Usava pequenas sapatilhas, também rosas.

A menina carregava em mãos um pequeno animal, que aparentava ser uma pequena bola de futebol de cor amarela e com um rabo de mesma cor, que terminava em pêlos brancos. Possuía duas orelhas, que estavam afastadas para trás, e quatro pequenas patinhas. Seus olhos eram azuis como o mar, e sua boca era fininha. A digimon estava um pouco triste, igualmente a menina que a carregava. A ruiva se posicionou ao lado do garoto, colocando antes o pequeno monstro amarelo em cima da cama. Pouco tempo se passou e um animal que parecia uma coruja negra voou rapidamente, parando em cima da cama hospitalar.

O velho sorriu.

- Vejo que todos estão aqui... Que bom. Todos reunidos. Sempre gostei de ver isso. - comentou o velho, abrindo de sua boca um largo sorriso.

- Vovô, não vá... Por favor! - pediu a menininha com sua doce voz, chorando. - Nós já perdemos nossos pais... Não queremos perder o senhor também!

- Mas vocês ainda têm a vovó. E garotinha, não se preocupe. Você tem apenas cinco anos de idade. O mundo é grande. - explicou o velho, com expressão facial de felicidade. - Sem contar que Pokomon e Falcomon nunca os abandonarão... Nunca. Certo, monstrinhos?

- Sim, Johnathan. - respondeu o digimon ave seriamente, acenando com a cabeça.

- Com certeza, vovô! - bradou o pequeno monstrinho amarela, sorrindo.

- Agora... Cof cof! - o velho levou a mão à boca, tossindo por alguns segundos sem parar. Depois, suspirou. - Acho que minha hora está chegando, mas... Escutem bem, meus netos. Seus pais foram mortos pelos mestiços. Vocês sabem disso. Viram a cena... Apenas digo uma coisa: procurem o pendrive. Ele é um objeto pequenino, que contém informações que talvez possam levá-los aos assassinos de seus pais... É a... Única solução... Cof cof, cof cof, cof cof... Chegou a minha hora. Cof cof... -

O velho avô dos dois garotos não parou de tossir. Suas tosses saíam com catarro, que eram sugados por cada vez que ele engolia saliva. Sua hora estava chegando. Benjamin sabia disso, e estava atônito por dentro. Ficou imóvel, instável, mas não chorou. Por outro lado, a garota ruiva saiu correndo da sala, levando consigo a pequena bolinha amarela, gritando "vovó! vovó! o vovô!".

Sendo assim, ficaram apenas o velho, o garoto e o digimon ave na sala hospitalar. Vendo isso, o velho puxou um estranho objeto debaixo do lençol azul, que parecia um iPod de cor preta. Apontou o objeto para o garoto, que se afastou um pouco para trás, por causa do susto que havia levado. Ele retornou à posição anterior, e olhou determinado para o velho.

- Tome, Benjamin... Falcomon já está grande o bastante para evoluir... Pegue, será útil na evolução de seu amigo digimon... - insistiu o velho, até que o garoto pegou o objeto e colocou-o no bolso.

- Pode ficar tranqüilo, vovô. Irei me vingar desses mestiços. Por papai. Por mamãe. Por você. E pelo Guilmon. -

O garoto retirou o estranho aparelho do bolso, e fitou-o durante alguns segundos. Viu que o certo era guardá-lo, então fez isso. Falcomon olhava fixamente para os olhos do garoto, este que segurou a mão esquerda do velho, até que ele morresse. Os bips ficaram freqüentes, indicando que ele tivera uma parada cardíaca. Depois, os barulhos pararam de ser emitidos, e uma luz verde ficou piscando em um dos aparelhos. Médicos começaram a adentrar na sala, sendo seguidos pela garotinha ruiva e uma senhora de mais de setenta anos.

Benjamin McFate via a cama de seu avô sendo levada para fora da sala, chorando. Porém, suas lágrimas não eram de tristeza ou agonia. Eram lágrimas de ódio. Lágrimas de determinação. Desde este dia, ele obteve um ódio mortal pelos mestiços. Mestiços... A raça que destruiu sua família.


As lembranças do falcão foram interrompidas por um rangido muito alto. Voltando à realidade, viu que o arco metálico no meio do portão estava subindo vagarosamente, fazendo um barulho estranho. Quando chegou ao topo do portão, o arco parou de subir, deixando um vazio no lugar. Porém, antes que os três pudessem progredir, o portão começou a deslizar para os lados, encaixando corretamente nas frestas em cada parede. Feito isso, os barulhos foram cessados, um bip fora emitido de cada painel, e os Andromons disseram que podiam continuar. Então, foi o que fizeram.

Poucos segundos depois, já estavam dentro de uma sala circular, sem saída. Estavam sobre uma espécie de plataforma de aço, que circulava por toda a sala, cobrindo ela por inteiro. As paredes e o teto eram, também, feitos de aço. Para que pudessem chegar ao chão da sala, os três desceram cinco degraus que estavam logo à frente deles. Fate reparou que alguns quadrados amarelos no teto iluminavam toda a sala, dando destaque a um grande pilar quadrado, este que ficava no meio da sala redonda.

Tal pilar era feito de concreto, revestido por um ferro negro. Havia aberturas com formatos quadrados em seus quatro lados. Era possível ver algo que brilhava instantaneamente dentro do pilar, através das aberturas, estas que serviam como porta. O homem disfarçado de agente da SWAT ficou aliviado. Estavam se locomovendo até o pendrive.

A sala redonda era realmente muito grande e vasta, tanto que Benjamin nem se assustou em caminhar por alguns segundos, que chegaram a quase um minuto. Seus olhos começaram a brilhar, quase derramando lágrimas. Teve que passar a luva negra nos olhos para evitar que as lágrimas caíssem, estragando assim o plano. Falcomon, por outro lado, ainda permanecia calmo, ainda lembrando-se do dia em que o avô de McFate tinha morrido.

- Eis aqui, a sala do pendrive. – apontou o comandante Blade, parando poucos metros de distância do pilar quadrado, que aparentava ser uma pequena sala. - Seus deveres são proteger essa sala a todo custo, nem que isto custe suas vidas. A própria sala possui seus sistemas de defesa, então não há nada com o que se preocupar. Apenas fiquem atentos, e não deixem ninguém, ninguém, entrar nesta sala. – ordenou, com olhos firmes.

Algo começou a apitar de seu bolso do blazer, então ele socou a mão dentro dele e retirou um rádio preto, logo em seguida apertando um botão.

- Desculpe-me interromper, senhor, mas tenho que lhe informar que o presidente dos Estados Unidos da América está adentrando a base da Area 51. – avisou a voz, emitida pelo rádio. Um chiado foi ouvido.

- Tudo bem, já estou indo para a entrada. Aguarde-me, Vion. Tenho muita coisa pra falar com você. – respondeu Jefferson, com uma voz aguda e brava ao mesmo tempo. - Câmbio, desligo.

Violentblade apertou um botão do rádio preto, e guardou este no bolso de seu blazer azulado. Olhou para os dois cadetes disfarçados com olhar de determinação e confiança.

- Vocês compreenderam o que eu ordenei, correto? – indagou o comandante, testando a memória da dupla.

- Sim, comandante. – respondeu Falcomon, calmamente.

- Está tudo bem, senhor Jefferson. Iremos proteger o pendrive a todo custo. – replicou Benjamin, com olhares maliciosos.

- Então, estou indo. Boa sorte a vocês dois. – disse o homem de terno azulado, virando-se e caminhando. De repente, parou perto dos degraus. - Ah e, mandarei os Andromons fecharem o portão para que os intrusos não possam adentrar nesta sala.

Benjamin McFate e o digimon falcão acenaram positivamente com suas cabeças, logo em seguida batendo continência com firmeza e determinação. Enquanto pensavam em como roubar o pendrive e fugirem ilesos, viam o comandante sair da sala, a porta voltando ao meio e o arco metálico deslizando para baixo, trancando totalmente a porta. Um alívio subiu suas mentes, e eles suspiraram por um breve momento. Entreolharam-se, com vontade de se abraçarem, mas não o fizeram. Olharam para os lados e, a surpresa: não havia câmeras. Então, se abraçaram firmemente. Agora era só pensar em como roubar o pequeno objeto e fugir daquele gigantesco lugar.

Resolveram ir visualizar o interior do grande pilar. Benjamin foi à frente, e Falcomon atrás dele. Fate viu um pequeno pedestal, este que estava sob uma pequena caixa de vidro, que protegia um pequeno objeto. Deduziram que fosse o pendrive. Então, para ver se era mesmo, Benjamin estava quase entrando no pilar quando, de repente, Falcomon deu um rápido grito. O humano virou-se, assustado, para ver o porquê do grito do amigo.

- O quê foi? – indagou, com expressão fácil de susto.

- Deixe-me certificar de que não é perigoso. – respondeu o falcão, fazendo surgir uma shuriken em cima de sua mão direita.

O falcão afastou sua mão para trás e, com um pouco de força, jogou a estrela-ninja no chão de azulejos negros que rodeava o pedestal. Para o espanto de Benjamin e a confirmação de Falcomon, quando a shuriken tocou o chão, ela explodiu em mil pedacinhos. O homem se afastou para trás com o susto, ficando com os olhos esbugalhados. Se o digimon não tivesse parado-o, estaria morto, com certeza. Agradeceu ao falcão, e decidiram fazer um plano.

- Como vamos pegar o pendrive? – indagou Fate, olhando seriamente para Falcomon. - Vamos morrer se tocarmos aquele chão!

- Sim, eu sei. – respondeu o falcão, colocando as garras na boca, ficando em posição de pensativo. - Não podemos usar a Strike porque, se o guincho não ficar preso corretamente no teto do pilar, você cai no chão e morre. Não sei...

- E se você for voando? – perguntou o homem, com esperanças.

- Se apenas joguei uma shuriken no chão e ela explodiu, imagine se tocarmos naquela caixa de vidro. – respondeu o monstro digital, encarando Fate.

– Melhor pensarmos em outro plano, então...

Ficaram parados à frente do pilar, com olhares posicionados para o enorme portão metálico. O humano puxou a manga do uniforme e conferiu no relógio o horário. Eram 6h40min. Faltavam vinte minutos para que a reunião do comandante com o presidente do país começasse. A tensão aumentava a cada momento, portanto. Os planos estavam demorando a serem formulados na cabeça dos dois. Tinham que ser rápidos. Mas não havia outro jeito. Tinham que pensar, se não tudo daria errado. Tudo iria para o brejo. Não podiam falhar. Ou pegavam o pendrive e fugiam vivos dali, ou eram mortos, certamente. Mesmo assim, as esperanças não acabariam naquele momento.

Próximos dali, dois vultos observavam McFate e Falcomon, estes que estavam estacionados à frente do pilar. Tais vultos estavam na direção contrária da dupla invasora, em cima da plataforma que circulava a sala. Olhavam atentamente para os dois, sem piscar os olhos.

Um desses vultos era uma humana. Tinha um metro e sessenta e cinco de altura, e pele branca como a neve, mas não chegando a ser pálida. Seus cabelos eram lisos e ruivos cor de fogo, que chegavam à altura de suas nádegas, estas que eram um pouco volumosas. Seus seios eram também volumosos. Vestia-se com uma espécie de vestido marrom e sem mangas, com detalhes dourados, que terminava um pouco abaixo da altura dos joelhos. Tal vestido era estranho, sendo que em seu final ele terminavam com os dois lados se encontrando no meio. Ao centro do vestido, começando do pescoço, deslizavam cinco linhas brancas, que terminavam na junção dos dois lados do vestido.

Por fora usava uma capa, que cobria de sua cintura até a parte das pernas, estas que estavam cobertas por botas marrons com solas brancas, que estavam sobre calças lag vermelhas. Seus braços estavam cobertos por luvas, que terminavam em seus antebraços, próximo aos ombros. Tais luvas eram brancas, cobrindo as mãos. Tinham extensões marrons (estas cobriam os braços até o final, e um pouco dos antebraços), a parte dos cotovelos e o final delas era dourados. Enfim, tudo se combinava em marrom com detalhes dourados. Estranhamente, atrás de sua roupa, uma espécie de guarda-flechas estava presa com um cinto, que torneava seu corpo. Aparentava ter quinze anos de idade.

O outro vulto era um animal estranho. Era um digimon. Aparentava ser uma raposa, um pouco mais alta que a jovem. Devia ter um metro e oitenta de altura. Sua cabeça era amarela, possuindo duas orelhas pontudas, que terminavam em pontas brancas. Seus olhos eram azuis. Possuía uma espécie de penugem branca em volta do pescoço, e nas costas uma penugem mais pontuda, de cor amarela. Sua barriga era branca, e seus braços amarelos estavam cobertos por luvas roxas, sendo que suas mãos com três garras de cor branca estavam descobertas pelas luvas, estas que possuíam desenhos semelhantes ao símbolo yin-yang. Suas coxas possuíam os mesmos desenhos, porém em roxo; suas patas eram brancas com pequeninas garras negras. Possuía um grande e fofo rabo amarela, com ponta branca.

A menina segurava um arco na mão direita, e uma flecha em sua mão esquerda. Uma faixa branca cobria seus olhos, estranhamente. A raposa amarela olhou para a menina, esta que voltou sua cabeça para o chão, com determinação.

- Temos que ir, Dee. – avisou a digimon.

- Então vamos, Renamon. – respondeu a ruiva.

Ambas começaram a caminhar pela plataforma, assim dando a volta na sala. Viram que Benjamin estava parado, à frente dos cinco degraus, próximos ao grande portão. Já Falcomon estava um pouco atrás dele, olhando para a direção oposta em que a humana e a raposa amarela estavam. A menina posicionou o arco à sua frente, colocou a flecha no local correto, esticou para trás o elástico e soltou, fazendo com que a flecha saísse com tudo do arco. Mesmo estando com a faixa branca nos olhos, ela lançou a flecha com precisão.

Falcomon olhou para trás, e viu que o perigo estava vindo.

- Cuidado!

Falcomon correu o mais rápido que pôde e empurrou com tudo Benjamin para frente, este que caiu de boca no chão. Sangue começou a sair de sua boca, mas isso era o de menos, visto que foi enxugado rapidamente. O falcão pulou após de ter jogado o amigo para frente, escapando por pouco da morte, fazendo com que a flecha atingisse o chão metálico, perfurando-o. Fate levantou-se, e olhou para as duas figuras. Seus olhos esbugalharam-se surpreendentemente, como se estivesse vendo a morte. Aquilo não era possível. Ele tinha certeza que não poderia ver aquilo nunca mais. Falcomon olhou mais profundamente. Também não acreditou. Ambos caíram na real, sendo que Benjamin ficou mais espantado.

- Não... Acredito!
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Mensagem por Mickey Seg 24 Out 2011, 8:45 am

Ohh este não teve ação... mas não faltou suor! Hauahua o Fate e o Falcomon sofreram mais andando por este... edificio?! Parece mais um percurso da Maratona... andaram por mais de 40 minutos...

Este comandante é meio doido né? Na forma que o descreve eu pensei em alguém maluco e psicopata...
Do tipo que roubaria uma criança de um doce...

Oh! Uma garota... a mesma da lembrança de Falcomon?...

Leonardo Polli escreveu:
@Mickey: Grande Mickey! Bom, se procura uma fanfic curta, Digimon Fate não faz parte desse grupo...

Err... nem comentei do TAMANHO... não achei tããããoo longa... já fiz um episódio de +09 paginas também... é... tentação demais resistir e deixar para o próximo... hauahau...

Só perguntei se já postou ela completa antes, pois lendo o comentario do pessoal, foi o que deu a entender. Só perguntei isso.. é que as vezes não expresso bem as perguntas/palavras... só queria poder parabenizar pelo trabalho que está dando oportunidade para ler neste forum também... era só isso >.<

A história envolve bastante! E já deixa o ar de "E agora o que vai acontecer?".

Vou esperar o próximo episódio entom! =)



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Mensagem por Leonardo Polli Seg 24 Out 2011, 4:02 pm

@Mickey: Obrigado pela presença, amigão. Bom, Digimon Fate é assim: hora tem ação, hora tem suor, hora tem drama, hora tem suspense... é uma mescla de quase tudo, rs. E, sim, é a mesma garota da lembrança de Falcomon, e você vai descobrir mais sobre ela e seu passado, e o por que de Fate ter falado 'Não acredito!' no capítulo 03, que mescla ação, drama e suspense.

O comandante Jefferson Violentblade é do jeito que se falou mesmo. Ele aparenta ser um cara sagaz, estiloso e ricasso, mas na verdade ele é um psicopata nato e roubaria uma criança de um doce sim, LOL. Você ficará sabendo mais sobre ele no decorrer da fanfic, e até os capítulos 14 você vai saber quase tudo sobre ele.

Ah tá, desculpe-me pelo erro então, rs. No caso, tem alguns capítulos meus que chegam a dar 20 pgs (tem um da Fate que tem 34, sério), mas a média é em torno dos 09~14. É porque eu gosto de incluir bastante cenas pra desenvolver uma trama mais recheada. E não, a fanfic nunca foi postada completa antes; na DF, postei somente até o capítulo 14, e estou fazendo o 15. Então, digamos que estou repostando aqui, e isso é bom, pois uma certa quantidade não havia acompanhado direito antes.

Não se preocupe, o que você pensar, pode falar. Críticas são assim, e eu quero receber xingos, palavrões, elogios e tudo mais. Só não xinguem minha mãe, OAUEOAUEOUAOES. E não precisa me agradecer, eu escrevo porque gosto e compartilho com vocês, leitores, porque espero que vocês gostem também.

Como eu disse, Digimon Fate é um prato cheio de suspense, oaueouseoaeu. A maioria dos capítulos é assim, e pouco a pouco você verá alguns mistérios sendo resolvidos, enquanto outros pairam no ar.

Obrigado novamente pela presença; espero que continue acompanhando a história e trazendo seus reviews. Grande abraço!
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Mensagem por Rikaru Muzai Ter 25 Out 2011, 1:10 am

Como prometi senhor Polli, aqui estou eu para comentar a sua Fanfic como me pediu. Primeiramente gostaria de dizer que você me surpreendeu e me decepcionou em alguns pontos, mas eu estou adorando sua Fanfic e muito preso à ela, isso é inegável. Uma Fanfic detalhista, - até demais, mas comento isso depois - realmente profunda e muito bem desenvolvida, isto foi o que mais me surpreendeu.

O início do Capítulo 00 foi realmente chato e irritante. Calma, antes de querer enfiar uma faca em meu pescoço com o Fate fez com o Agente Cordec, leia o que tenho à dizer. O Capítulo 00 está ótimo, um Prólogo realmente muito bem escrito e não foi a falta de ação, suspense nem a falta de nada que me fez achá-lo chato e irritante inicialmente, mas sim o excesso de detalhes desnecessários, seu maior defeito na Fanfic.

O Capítulo 01 trabalhou bem as descobertas e principalmente a batalha, não deixou nada à desejar, ao menos para mim. Dokugumon é um dos Digimon que me agradam bastante e que são inferiorizados e desprezados, por isso fico muito feliz que o tenha usado como um Digimon importante e ainda de uma forma excelente, como o grande Digimon poderoso e perigoso que é - como disse o Falcomon.

O Capítulo 02 possui o maior suspense que já li em uma Fic, ao menos que eu me lembre. Não é algo aterrorizante, é algo agoniante, pois eu me senti na pele do Fate e do Falcomon durante sua jornada à sala do Pendrive e foi algo maravilhoso. O medo que eles sentiram foi pior do que o que sentiram quando havia um real perigo de morte na batalha contra a Dokugumon.

Me agradou o toque de espionagem e tecnologia da Fanfic, ao menos neste início. Uma sugestão é você dar um nome para este relógio futuramente, aproveitando isso para desenvolver melhor a tecnologia da Fanfic, algo que considero importante por ter relação com o mundo. Outro elemento que me agradou foram os acessórios do Fate, ele tem bom gosto.

A pobre coitada da Dokugumon sofreu muito até sua morte, fiquei realmente com pena dela, apesar de ela ter agido impiedosamente durante a batalha. Achei muito interessante o ataque especial do Falcomon, foi muito bem descrito e desenvolvido. Espero que você aprofunde mais a Área 51, afinal, criar detalhes como o radar e a esteira e não aproveitá-los seria tolice

O Comandante Jefferson é realmente um ótimo líder para a Área 51, estou certo de que foi ele quem organizou todo o projeto do local, ou talvez algum antepassado dele. De qualquer forma, a inteligência usada na criação da estrutura do local é algo incrível e que não deve passar despercebido. Outro elemento que me surpreendeu é a sanidade do Comandante, ao mesmo tempo em que ele é psicopata como o Mickey disse, isso precisa ser aproveitado e mais aprofundado.

Eu já havia percebido que a Digimon da Dee era uma Renamon no primeiro detalhe da descrição dela, algo que não aconteceu com o Falcomon, pois pensei que ele era um Yatagaramon mesmo após ler sua descrição, mas estranhei por faltar alguns detalhes, só após ser dito o nome dele é que voltei e percebi a verdade.

Eu também não havia percebido que a Digimon da Dee quando o avô dela e do Fate morreu era a pré-evolução da Renamon, pois não sabia que Pokomon era seu nome original, eu a conhecia como Viximon. Por um momento eu não entendi porque a Dee - cuja eu havia percebido que era a garota do Flashback quando falou que ela tinha cabelos lisos e ruivos - havia atirado no Fate, mas logo me lembrei que ele estava disfarçado. =P

Observações:

1. Com toda a certeza você não precisa exagerar tanto em alguns detalhes, pois desse jeito você vai acabar falando de uma espinha que o Fate tem e explicando todos os detalhes envolvendo acne, algo totalmente desnecessário para a história, assim como descrever uma clarabóia para depois dizer que é uma clarabóia, algo que acredito que todos devem saber o que é.

2. Você se esqueceu de dois detalhes importantes que poderiam ter comprometido o futuro da Fanfic, o bico do Falcomon que deveria ter continuado a sangrar após seu início no Capítulo 01 e o sangue do Agente Cordec que deveria ter manchado seu traje e o chão após ele ser esfaqueado. Claro que isso chamaria a atenção e mudaria totalmente a história que está ótima, mas meu conselho é que você não crie detalhes que possam atrapalhar futuramente sem um modo de evitar isso.

Você escreve excelentemente, é um dos melhores escritores que conheço, ao menos de tudo que já li - desde livros até Fics - e eu gostaria de parabenizá-lo por este seu grande talento e claro, por esta Fanfic incrível que me surpreendeu e que estou certo de que continuará à fazê-lo. Por favor, pense nas minhas observações e melhore seu talento e a sua Fanfic, afinal, nada é totalmente perfeito.

Aguardarei pelo próximo capítulo e espero que não me decepcione. Bem, aqui termina meu comentário, apenas me lembre de lhe matar por escrever capítulos enormes. u.u Nada como um ótimo humor para terminar este comentário, não é mesmo, Leo-kun? ;D
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Mensagem por Leonardo Polli Ter 25 Out 2011, 2:29 am

@Rikaru: Finalmente em colega \o OAUEOSUOUEOUAOEUS. E caralho em que review gigante... bom, vamos por partes.

Obrigado pelos elogios. E pelas críticas também, o que eu considero melhor que elogios, oaueosuoeuoaues. Bom, antigamente, o meu pior inimigo no ramo da escrita eram os malditos pleonasmos. Agora é o maldito excesso de detalhe. Mas, com o passar do tempo, isso vai diminuindo (porque voce não é o primeiro a reclamar, na DF antiga TODOS reclamavam OAUSOASUEOEUOSU), e você vai perceber que eu passo a amenizar os detalhes.

Sobre usar Dokugumon da forma devida, bom, eu não trato digimons como simples monstros digitais, eu trato eles como monstros, como se fossem animais de verdade, a única coisa que muda deles para animais de verdade é que eles falam, têm poderes e são maiores. Dokugumon, sempre achei um digimon imponente, por causa do seu tamanho e seus ataques eficazes de paralisia - nao havia inimigo melhor para Falcomon, que é foderosamente agil. Caso você estranhou que Falcomon, um Novato, vencer de Dokugumon, um Adulto, rapidamente, é que eu não trato digimons pelos seus níveis.. assim, digamos, pelo nível de foderosidade. Falcomon, no caso, como é um Novato bem treinado e muito ágil, consegue dar cabo fácil fácil de três Novatos juntos, tem algum trabalho com um Adulto e com um Perfeito já é encrenca, ae já pede evolução, soiuoeau.

Nah, que isso.. com certeza você já leu em algum lugar um suspense melhor. Fico feliz em saber que você ficou na pele do Fate oausoeuos, esse é o meu objetivo; tento passar aos leitores a imaginação real de cada segundo que ele lê, como se fossem personagens da história também. E eles não sentiram digamos muito medo na batalha, porque eles têm 25 anos... e o Fate era um agente da SWAT, então nem tinham muito o que temer. Falcomon ali dava cabo fácil de Dokugumon oasuoeuous.

Sobre tecnologia em Digimon Fate, puts, vou falar uma coisa pra você... Quando eu comecei a escrever a Fate, eu estava escrevendo com tecnologia de 2010 pra trás, mas eu havia me esquecido que a fanfic se passava em 2100, puts, 2100 cara, deve te sapo robô, OAUSOUEOUS, e o pessoal reparou nisso, ae só lá pros cap 15 que você vai começa a percebe essa diferença. Sim, demora um pouco, mas... iria ser foda fazer uma segunda versão da Fate ;/

Dokugumon mereceu um espanque mesmo, tava ali pra proteger o portão e Falcomon iria acabar com ela sem dó, como fez. Sobre aproveitar a Area 51, bom, peço desculpas, mas ela vai ser desenvolvida somente até o capítulo 04, oasuouwoeus, depois disso a trama aumenta e pra caralho ainda.

Violentblade é um filho da puta. Você não viu nada dele ainda, e quando digo nada, é porque você vai estar louquinho pra vê-lo no capítulo 04. OSAUSOUEOUSOEUOUA

Desculpas por não ter detalhado melhor os digimons principais, mas, bem, Renamon é uma digimon quieta, na sua mesmo, e digamos que é a anjo protetora de Melodee, que se você percebeu, é cega, o que vai ser explicado no capítulo 03 num flashback, e a partir desse flashback outras dúvidas, essas respondidas lá pelo capítulo 30, 40, 50, não sei, OAUSOEUOU.

Por que Dee atirou em Fate? Não, não foi porque Fate tava disfarçado. Vou te falar uma coisa... Fate e o Falcomon acham que só eles sabem que estão disfarçados Mad OAUSEUOUSEOUESU, mas não, Dee sabe que é Fate e Renamon também, o porque do ataque? Tsc, aguarde até domingo, onde postarei o capítulo 03. Passe vontade oausoeuous.

Vou falar pra você cara, esse negócio de exagero de detalhes veio comigo da minha vida mesmo, se num ta ligado, quando conto algo que aconteceu em uma festa ou cmg sozinho pra um amigo meu ou pro meu melhor amigo, puta merda, aguarda uns 30min de eu contando desde a hora que eu peidei até a hora que eu durmi, OAUEOUOSU. Mas, aos poucos, to conseguindo amenizar isso na fic. Você vai ver mudanças totalmente drásticas mesmo, somente lá pro cap 15 e tal, que digamos foi onde eu mudei realmente a escrita (não se assuste, rs)

Novamente, muito obrigado pela presença, e pelos elogios, fico muito lisongeado mesmo. Eu fico muito feliz em saber que não só a minha ação e o meu suspense (o que mais gosto de fazer) como meu mistério e outros estão se saindo bem. Drama? Prepare-se pro capítulo 03 e 04, OAUOSUEOUEOUESOU. Espero que continue acompanhando, grande abraço!
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Mensagem por Rikaru Muzai Qua 26 Out 2011, 3:04 pm

Desculpe a demora em responder, ontem eu viajei e cheguei em casa cansado, por isso fui dormir. Eu até havia visto a sua resposta antes de eu desligar o PC, mas realmente não dava para responder naquela hora, eu estava com pressa. Bem, aqui estou eu para responder seu comentário tão grande quanto o meu. xD

Eu havia lido nos comentários do pessoal sobre os pleonasmos - que eu nem sabia o que era xD - e fico feliz que tenha superado isso. Portanto é questão de tempo até que você melhore do excesso de detalhes, como você mesmo disse, só haverá uma mudança drástica à partir do Capítulo 15, afinal, pelo que li, você já havia escrito até o 14 na antiga dF. Aguardarei pelas suas melhoras. ;D

Compreendo seu modo de pensar e agradeço por pensar deste modo, pois isso realmente torna a Fanfic melhor. No Mundo Humano os Digimon são ao mesmo tempo mais e menos perigosos do que no Mundo Digital. Mais porque eles possuem o auxílio da tecnologia humana e acredito que não hajam muitos Digimon do nível Adulto para cima. Menos porque não tem o ambiente natural como camuflagem e auxílio na batalha.

De maneira alguma eu achei estranho o Falcomon ter derrotado a Dokugumon. Acredito que você subestima a si mesmo Leo, você não percebe a batalha incrível, coerente e vidrante que criou, esta é a explicação de eu não ter estranhado. Se você descrevesse que com um ataque o Falcomon matou a Dokugumon e não tivesse se ferido nem um pouco, aí sim eu estranharia, mas fico feliz que não tenha feito algo assim e espero que não faça no futuro. rsrsrs

Duvida de mim? Não me lembro de ter lido nada como a sua Fanfic antes, estou sendo sincero. Você atingiu e muito bem o seu objetivo, estou bem feliz por poder ler a sua Fanfic. Sei que é cedo para criar uma opinião totalmente definitiva, mas seu trabalho é magnífico e admiro ele e você bastante Leo. Continue assim e nos surpreenda. ;D

Agora que você disse, a tecnologia mostrada até o momento é algo que podemos encontrar na nossa atualidade em parte, pois a comunicação por hologramas, ao menos pelo meu pouco conhecimento na área científica, não existe atualmente, assim como o relógio super tecnológico do Fate. Realmente seria complicado reescrever a história apenas por causa disso - apesar de não me importar se isso lhe daria trabalho u.u - e o melhor é você ir melhorando de onde parou em diante.

Sem problema, é compreensível que não há a necessidade de trabalhar tanto a Área 51, afinal, duvido muito que seja necessário voltar à ela, no máximo comentar algo sobre ela em outros capítulos que envolvam alguém ou algo relacionado à ela. Só espero que isso não impessa você de inserir e desenvolver o Comandante Jefferson nos outros capítulos. =P

Não se preocupe, estou certo de que você irá ir desenvolvendo os Digimon principais conforme o andamento da Fanfic. Eu juro que não havia me tocado que a Dee é cega, eu até estranhei por ela estar com os olhos enfaixados, mas nem pensei em cegueira. Se você não tivesse me dito, eu juro que não saberia até ser comentado na Fanfic. xD

Seu desgraçado, fica fazendo suspense, me deixando com vontade de saber o que o Violentblade fará no Capítulo 4 e saber mais sobre a Dee e o que ela pretende atirando no Fate. É muito bom você não me decepcionar, porque senão cairei matando encima sem nenhuma piedade até você sangrar mentalmente. :twisted:

Outros dois elementos que eu havia me esquecido de comentar são:

1. Você muda muito a forma que você, o narrador, se refere ao Fate, isso é quase tão ruim quanto os detalhes em excesso. Eu li o que você disse no tópico da Fic do Luca à ele, que ele deveria variar o modo que se refere aos personagens e concordo, mas tudo em excesso faz mal. Tente diminuir um pouco, mas não digo usar a mesma palavra em uma mesma frase, mas usar palavras comuns ao invés de um dos nomes dele em conjunto com as vezes que usa o nome, assim vai amenizar o suficiente acredito eu.

2. Eu não sei se será citado em um capítulo futuro, mas eu gostaria que você explicasse o porque de os Digimon se tornarem dados ao morrerem no Mundo Humano. Como até o momento não foi mostrado e nem comentado muito o mundo em que se passa a Fanfic, não sei dizer se há alguma ligação entre os Mundos Humano e Digital que ocasiona isso. É apenas um desejo meu, mas compreenderei se isso não for possível por não ser tão necessário para a Fanfic.

Bem, espero que você não se esqueça de uma das coisas importantes para uma Fanfic, desenvolver bem os personagens, mesmo os secundários, desde que eles tenham importância para a Fanfic. Claro que irei continuar acompanhando, aguardarei pelo próximo capítulo no Domingo. E não precisa agradecer, você mereceu os elogios e as críticas, então se dedique bastante do Capítulo 15 para frente, para não decepcionar os que leram e os que vão ler até o Capítulo 14.

Sangre de tanto esforço! :twisted:
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Mensagem por Alice Sex 28 Out 2011, 12:30 pm

Nossa, quanta correria! rs

Gostei do capítulo, foi emocionante, ou sei lá.. sufocante.

Percebi que desenvolve bem as personalidades dos seus personagens, gosto disso.



Posta mais para a gente!

Beijos
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Digimon Fate - Página 2 Empty Re: Digimon Fate

Mensagem por Arthur Sex 28 Out 2011, 2:53 pm

Vamos ao cap. 2, então. Foi muito bom, e acho que pelo ritmo que teve, sempre com o suspense por estarem se dirigindo ao pendrive, fez com que eu mal notasse o tamanho do cap., então não posso dizer muito bem e foi curto ou longo.

Algo que você conseguiu fazer foi mudar o clima de suspense para drama na hora do flashback de forma muito natural e perfeita, pois os tons de narrativa ficaram separados bem. Essa descrição do Fate com 15 anos me lembrou muito alguém... Talvez alguém que tenha Fate como alter-ego, mas nem sei quem é... >< kkkkk

A escrita continua no estilo que teve até agora então não vou comentar o que já disse nos outros posts, e queria dizer que acho estranho quando você se refere ao Violentblade apenas por "Blade", não sei por quê. Eu lembrava mais ou menos da personalidade dele, mas acho que algumas coisas são do Vion, e não dele.

Se não me engano, foi esse cap. ou o seguinte que você me fez ler pra acabar de revisar aquele cap. da DAP. E ainda ficou enchendo o saco porque eu "não tinha falado o suficiente"! Lembra, seu imundo? shuahsuashaushau
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Digimon Fate - Página 2 Empty Re: Digimon Fate

Mensagem por Leonardo Polli Sex 28 Out 2011, 11:35 pm

@Rikaru: Não precisa pedir desculpas, rs. É isso mesmo; é foda modificar esse excesso de detalhes até o capítulo 14, porque se eu tiro ele, desmonta a história, digamos. à partir da capítulo 15 já da pra mudar, porque eu vou escrever e tal. No caso da Fate, poucos Digimon chegam ao nível Extremo/Kyuukyokutai, devido a mortes desenfreadas enquanto nível Adulto ou Perfeito; a maioria de digimons Extremo que ainda vivem são, vamos supor, de presidentes, caras da ONU, os principais da Fate tb, e por ai vai, são poucos mesmo. Aqui, os Digimons são tratados como humanos, eles têm empregos, pagam contas, e tudo mais, o que será melhor retratado mais pra frente.

Então, acho que esse excesso de detalhes, ao mesmo tempo que me prejudica também ajuda. Mas é algo a ser ajustado, porque está em excesso e tal. Sobre a luta, descobri que adoro escrever ação à partir da luta Dokugumon x Falcomon. Sei lá, eu briso escrevendo \o
Obrigado pelo elogio, sério. E vou fazer isso sim, melhorar do cap 15 em diante, que é aonde eu já tenho uma noção e tal de tecnologia. Sobre a Area 51, ela vai ser citada até certo ponto, mas o grupo inicial sempre vai se lembrar dela, você vai saber o porque. E relaxa, Jefferson Violentblade vai ser muito bem trabalhado em toda a fanfic, e eu posso dizer... ele é um dos melhores personagens que você vai ver na sua vida \o oaueosues.

Eu amo desenvolver meus personagens. Adoro começar eles de um jeito, e ir evoluindo-os, como se eles crescessem. E é isso que vou fazer. Dee cega, vai ser mostrado o porque no capítulo 03, e o porque de atacar Fate também. OAUEOUSOUEOUSOUOAUES, capítulo 04 promete, sério. Se você achou a luta de Dokugumon x Falcomon fatídica, você não sabe o que é a luta de Falcomon x Matadormon. aoueosues.


Sobre mudar o meu referimento ao Fate constantemente, isso foi uma mudança que fiz no começo da fic. Comecei chamando-o de Ben, depois de Benjamin, e agora uso Benjamin McFate ou Ben. É uma longa história esse nome, outro dia eu explico \o OAUEOUSES.

Sobre digimons morrerem e se transformarem em dados, isso é simples - o mundo humano da Fate é o mundo humano de Savers; o Digital World da Fate é o Digital World de Savers. Agora não parece, mas lá pelos capítulo 10 vou explicar um pouco mais do passado da fanfic, e vocÊ vai ligar os pontos. Em Savers, os digimons morriam e viravam Digitamas, certo? Então, devido ao Digital World estar imerso no caos e nas trevas, não há mais essa possibilidade; então, viram dados mesmo. Assim como se os humanos morrerem no DW eles morrem mesmo, não viram dados.

Respondidas as perguntas ? \o

@Lice: Obrigado pela presença. Sim, capítulo 02 eu fiz para realmente mostrar que nada nem ninguém é de ferro e imortal na Fate (isso depende, imortal deve ter. aoueous), e que eles passam por um bocado por serem seres humanos. Sobre os personagens, sim, eu gosto de desenvolver eles a um ponto onde os leitores se identifiquem com eles, mas, na verdade, não levo muito esforço, pois os personagens da Fate têm a personalidade de amigos meus, rs. Domingão ou hoje mesmo eu trago o 03, to pensando em postá-lo daqui a pouco, hehe. Beijos e continue acompanhando.

@Arthur: É, fico feliz por isso ter acontecido, assim ninguém reclama dos 'capítulos gigantes do Polli' \o OAUEOUSOUES. E sim, acho que me lembra um certo alguém esse Fate de 15 anos em... quem será? '-' OAUEOUSOUES. Obrigado pelo elogio, nem notei que tinha ficado tão natural essa mudança mesmo. Sobre o comandante, bom, o nome completo dele é Jefferson Violentblade, e como eu tenho uma frescura no cú de querer dar apelidos aos personagens à partir de seus nomes, eu escolhi Comandante Blade, e não, ele não é um caçador de vampiros, embora o parceiro de Vion seja um \o OAUEOUSOUES.

Vion é uma coisa, Blade é outra. Um simples ponto que destaca os dois: a sanidade. Vion é um Batman enquanto Blade é um Coringa. OAUEOUOSUE. E sim me lembro, seus comentários eram minúsculos, seu animal. OAUEOUSES. Obrigado pela presença e continua vendo a Fate! Abraços \o

Segue-se abaixo o capítulo 03. Pra muitos, irá sanar as dúvidas; pra esses mesmos, irá enchê-los de mais ainda \o OAUAOEUOSUEOS /devilfeelings.
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Digimon Fate - Página 2 Empty Re: Digimon Fate

Mensagem por Leonardo Polli Sex 28 Out 2011, 11:49 pm



Saga 01 - Em Busca do Desconhecido
Capítulo 03 - Problemas Familiares


- I-isso é impossível!

A cabeça do homem de cabelos ondulados estava confusa. Ele não conseguia acreditar de maneira alguma que aquilo podia estar acontecendo. Algo que ele jurava ter certeza de ter visto, agora estava sendo desmentido. Lembranças do passado começaram a surgir em sua mente embaralhada por pensamentos. Pensamentos bobos, mas que o fizeram acreditar que sua irmã e a digimon dela estavam à sua frente. Não sabia de mais nada naquele momento. Realmente, não acreditava em reencarnação ou algo do tipo. Mas tinha certeza de que sua irmã e a parceira dela estavam à sua frente, pois pareciam reais. Eram reais. Não tinha dúvidas disso. Porém, mesmo assim, nada mudava o fato de ele ter ficado chocado com aquele acontecimento.

- C-como? Q-quando? – perguntou gaguejando o homem à menina, que continuava fitando-o, com as mãos segurando o arco. - Falcomon, vo-você sabia disso?

- Acredite, estou tanto confuso como você. – respondeu o digimon ave, com expressão séria e inquieta ao mesmo tempo, pois queria saber como aquilo podia estar acontecendo.

- E-eu fui ao seu enterro e ao da vovó... E fiquei sabendo que Pokomon e Plotmon haviam morrido... – explicou Benjamin, suspirando, olhando para baixo e começando a lembrar do passado. - Mas... Como? Como isso é possível!?

- Aquele enterro foi uma farsa. – retrucou Renamon, cruzando os braços e deixando os outros dois surpresos, enquanto a jovem menina ficava de pé, sem fazer nada. - Imagine se uma senhora de sessenta e um anos e uma cachorra de mesma idade morrem, enquanto uma garotinha e um filhote de raposa, ambas com seis anos e indefesas sobrevivem. Seria um choque e tanto para não só a cidade, mas para o país ou o mundo. – continuou, gesticulando com as patas dos braços. - Alguns diriam que foi milagre. Outros diriam que foi traço do destino.

- Porém, não é nenhum dos dois. – interrompeu a ruiva, virando sua cabeça para o teto do local, como se estivesse olhando para os céus. - Aquele foi um dia ruim, e que nunca vou esquecer...

“Tudo aconteceu em um belo dia, no mês de Março, quatro meses depois da morte do vovô... Quatro meses depois que você e Falcomon sumiram... Eu e vovó estávamos na casa dela, em Manhattan, vivendo nossas vidas pacatas... Ela não se esquecia dele, mesmo depois de tanto tempo e, por causa disso, entrou em profunda depressão... Nesse dia, que era um sábado, Pokomon e Plotmon estavam lá fora, na rua, enquanto eu e vovó estávamos dentro de casa...”

A pequena ruiva estava numa casa comum da cidade de Manhattan, sentada na sala, brincando com suas bonecas. Tal cômodo possuía paredes vinho, com gesso branco anexado ao chão de azulejos brancos e ao teto bege, combinando com toda a estrutura. Havia dois sofás de couro negro, próximos a uma mesa de madeira clara com vidro no centro, uma enorme tela de televisor anexada à parede, esta que transmitia um canal de desenhos animados; algumas estantes com livros enfileirados, e um prisma ao centro da sala, no teto, que iluminava o local com um tom de branco fluorescente. Uma porta de madeira escura levava ao cômodo principal da residência, enquanto a outra levava ao quarto da pequena menina.

Estava vestida com um pequeno vestido azul, que terminava em seus pés, estes calçados com sapatilhas. Usava brincos nas duas orelhas, e anéis pequenos nos dedos também pequenos. A garota estava deveras feliz, pois aquela era sua brincadeira preferida – bonecas e desenhos -, afinal, qual menina de seis anos não se divertiria com bonecas e uma televisão gigante transmitindo desenhos?

Subitamente, a porta que levava ao cômodo principal foi aberta. Adentrou, então, uma mulher idosa, que aparentava possuir sessenta e um anos. Tinha cabelos brancos e sedosos, que terminavam um pouco abaixo da nuca. Usava óculos redondos e transparentes sobre seus olhos azuis, que eram idênticos aos da pequena garota ruiva.
Vestia-se com um vestido azul-claro, com mangas curtas e ombros afrouxados, que ia até a região das canelas. Por cima deste, avental típico de empregadas. Porém, apesar de vestir algo parecido com o de tal profissão, não era uma empregada. Era Bellamy McFate, avó da menina.

- Melodee, minha netinha, vá brincar com seus amiguinhos lá fora! - disse a senhora, com voz de piedade. A garota raramente saía na rua, e isso estava preocupando-a.

A garota olhou profundamente nos olhos de Bellamy, segurando uma boneca. - Não me enturmo com eles. E outra, tenho Pokomon para brincar comigo. - disse seriamente, com sua doce voz de criança.

- Mas, minha pequena... - a mais velha dos McFate olhou para o chão, triste. - Desde que seu irmão fugiu, no mesmo mês da morte de seu avô, você não faz nada... Só fica com essas bonecas, e vendo televisão...

- Eu odeio ele!

Furiosa, a pequena e dócil (ou não tão dócil assim) criança jogou na parede a boneca que estava em suas mãos. Lágrimas começaram a pingar de seus olhos, que lacrimejavam tristeza e ódio ao mesmo tempo. A avó correu até a menina, e se agachou, para ver se tudo estava correndo bem. Mas estava, e não estava ao mesmo tempo. A avó se indagou o porquê de aquilo estar acontecendo; o súbito nível extremo de fúria de sua querida neta. Dias, semanas, meses de falta do irmão fizeram com que ela criasse um ódio dele, pois, com certeza, nenhuma garotinha iria querer ter um irmão que fugiu de casa por motivos bobos e tolos.

Mas, de repente, tudo isso parou. Melodee, a pequena ruiva, ouviu passos na escada que levava a sala. Passos estes que não pertenciam a uma pequena bola fofa ou um cachorro de pequeno porte. Nem a um digimon.

- Quem será que é, vovó? - indagou a garotinha, secando os olhos com as mãos. Depois, voltou sua atenção para a porta.

- E-Eu não sei...

A resposta negativa terminou quando, de repente, a porta foi arrombada e caiu no chão com tudo. Caiu não, saiu do vão, deixando apenas um buraco quadrado na parede, e um ser muito, mas muito estranho parado à frente dele.

A senhora McFate olhou para o estranho ser, duvidosa e receosa ao mesmo tempo.

- Q-Quem é você?! O que quer aqui?! - perguntou, enquanto a figura adentrava na sala.

- Meu nome não é tão importante quanto suas vidas. - retrucou o ser, que aparentava ser um digimon.

Realmente, era um digimon. Isso era inegável. Aparentava ser um monstro humanóide, porém seu corpo não podia ser identificado, por estar vestindo um capuz dourado com tom de bege, que possuía várias camadas e terminava próxima a região do peito. Tal capuz era anexado a uma capa de mesma cor, esta que atingia proximidades das pernas, e também possuía duas deformações, uma destas parecendo uma asa angelical. Sob tal capa, vestia um longo robe vinho, que terminava em seus pés, estes cobertos por sapatos negros. Seus olhos amarelos vivos reinavam na escuridão que o capuz fazia em seu interior, e para segurar seu robe um cinto negro estava firmemente apertado na região de sua cintura. Luvas de mesma cor cobriam suas mãos.

- O quê? - a mulher estava deveras confusa. Não sabia como aquele digimon havia entrado na casa, visto que a segurança eletrônica de lá era uma das melhores já feitas. - C-Como assim? P-Por q-que quer nossas vidas?

- Meu chefe me deu ordens. Ordens são ordens...

Bellamy McFate pensava. Quem poderia ser o chefe daquele monstro? Cogitou na hipótese de ser um dos mestiços que mataram quase toda a família McFate. Mas, ao invés de tentar pensar mais ainda, resolveu agir. Sua ação foi retirar de um bolso do avental uma pistola prateada. Na mesma hora, apontou para o monstro humanóide e puxou o gatilho. Houve um estrondo, e a bala saiu fumegando o ar. Porém, milésimos antes da bala atingir o alvo, ele levantou sua mão direita, e fez um sinal parecido com uma mão de "Pare!". Para a surpresa das duas que estavam longe do digimon, a bala parou no ar.

Puxando a mão para trás, esta que estava na mesma posição, o digimon empurrou-a em seguida, fazendo com que a bala voltasse a todo vapor contra o atacante, que não teve como desviar. A velocidade de uma bala é idêntica à velocidade da luz, por isso, Dee, quando ver uma arma, fuja. Pode ser sua morte, lembrava a pequena garota, quando ainda seu avô era vivo, e este lhe ensinava várias coisas. As lembranças saíram de sua pequena cabeça quando caiu na real, e viu que a bala havia atingido o peito de sua querida avó.

Vendo isso, a garota ficou desesperada. Sua avó estava de joelhos antes do disparo, porém, agora, caia lentamente de cara no chão. Tudo ficou claro para a pequena. Se ela não fugisse, morreria. Mesmo sendo tão pequena e frágil, tinha que tentar, pois morreria tentando, e não em vão. Mas, para sua sorte - ou azar -, alguém surgiu na porta.

Plotmon viu a cena, e ficou furiosa. Com toda suas forças, correu para dar uma investida no digimon que matou sua companheira humana. Mas, de súbito, ele sumiu, e reapareceu atrás dela. Pega despercebida, a cachorra não teve tempo de pensar, pois foi lançada para o outro lado da sala, por algo desconhecido. Dee sabia que o invasor não estava para brincadeiras.

- M-Maldito!... Como pôde??! - perguntou Plotmon ao digimon, começando a correr velozmente na direção dele, desviando de uma esbarrada em um dos sofás. - Petit Punch!

Com um salto, a pequenina companheira de Bellamy, que já estava morta, avançou para cima do inimigo com suas patas dianteiras e tentou atacá-lo, mas o que conseguiu foi um murro forte. A cachorra, que tinha o corpo branco, olhos azuis e bochechas rosadas, voou, e, surpreendentemente, o Holy Ring que estava em seu pescoço foi quebrado. A digimon bateu fortemente na parede, caindo, assim, no chão. De sua boca escorria sangue, e ela já não tinha mais forças para lutar.

O digimon humanóide caminhou até Plotmon calmamente. Enquanto isso, sem poder fazer nada, Pokomon observava a cena. Decidiu ficar para fora da sala, para não provocar qualquer alarme. A pequenina garota, que permanecia indefesa, chorava aos prantos, ajoelhada, diante do corpo sem alma de sua recém falecida avó. A face enrugada da mulher morta demonstrava tristeza.

Wisemon finalmente chegou próximo a Plotmon.

- Agora que seu Holy Ring está destruído, posso cuidar de você...

O digimon vestido com o robe vinho posicionou sua mão à frente de si, e começou a recitar algumas palavras em outra língua. Melodee virou para trás, já na real de que sua avó havia morrido e não poderia voltar, e olhou para Plotmon, enquanto esta se desconfigurava em dados. Suas patas já haviam sumido, e o processo continuava.

- Dee... Fique com... Deus... - disse a cachorra, sumindo de uma vez por todas. Seu último piscar de olhos fez cair uma lágrima, o que era a certeza de sua morte.

- Plotmon...!

O grito da garota foi em vão. Wisemon virou-se e, olhando nos olhos dela, começou a caminhar. Pokomon vinha correndo, mesmo sabendo que não era párea para ele. Mas tinha que tentar salvar a sua parceira humana. Chegando perto dela, a pequena monstrinha parou, e ficou encarando o digimon com forma de humano. Esse olhava a garotinha ruiva com um olhar sereno e calmo, como se fosse fazer uma morte rápida.

Assustou-se quando uma lágrima límpida e brilhante caiu dos olhos azuis da menina. Wisemon entrou em choque.

- Vo-você?!...

A menina parou. Ficou calma, mas o medo contagiava sua mente. Pokomon não pôde fazer nada, além de assistir aquela cena. Tinha que esperar para tentar algo, caso contrário tudo seria em vão. De fato os olhos de Melodee haviam assustado de alguma forma Wisemon. Ele não soube o que fazer, além de pensar. Então, após alguns segundos parado, ele levantou as duas mãos, que continuavam cobertas pelas luvas, e começou a dizer palavras estranhas, mas diferentes das que causaram a morte de Plotmon. Uma luz forte começou a surgir, atingindo a sala toda. Pokomon foi para debaixo da mesa, para tentar se defender de seja lá o que aquilo iria causar. Melodee não pôde fazer nada. Sabia que não iria conseguir fugir. Tudo ficou esbranquiçado, e, depois de alguns instantes, não havia mais nada.

E então, de repente, tudo ficou escuro.


- Mas, mas...

Agora, tudo estava claro. Fate começava a imaginar o que acontecera depois, mesmo não tendo certeza da verdade. Ele... Wisemon não a matou! Mas, então, o que ele fez...? Os pensamentos começavam a se juntar, um ao outro. Se o invasor da casa realmente não havia matado sua irmã e nem a digimon dela, então, o que ele fez depois? Fugiu? Ou... Será que ele tinha levado as duas embora, daquela casa, sabendo que ficariam sozinhas e, provavelmente, seriam as culpadas da morte de Bellamy McFate e de Plotmon? ... Era tudo que Fate temia.

- Tudo isso não importa mais... - começou a menina, abaixando sua cabeça e fitando o homem, que se encontrava a mais ou menos trinta metros de distância. - Você... Nos abandonou. Bem no momento em que precisávamos mais de você. De sua presença...

Segurando o arco com a mão direita, Melodee levou sua mão esquerda até a aljava, que se encontrava amarrada às suas costas. Retirou de lá uma flecha, posicionando-a no arco. Os olhos de Benjamin e Falcomon se esbugalharam, o que indicava o tamanho do espanto deles. Como sua irmã poderia estar atacando eles? Isso era improvável, mas, afinal, ele estava cedendo e pensando que ela tinha razão. Passar quase dez anos sem saber onde seu irmão está, sem ao menos saber se está vivo ou não é muito angustiante, de fato.

Sem ao menos esperar um segundo sequer, ela puxou a corda do arco, segurando a flecha entre os dedos, e soltou, com muita força. A flecha percorreu um caminho longo, mas sua velocidade foi tão alta que, em poucos segundos, atingiu o chão, próximo a Fate.

- Droga! - bradou a menina, furiosa, tirando sua mão esquerda do arco, mas ainda segurando-o com a direita. - Como eu pude errar... Renamon, vá!

- Sinto muito, Falcomon... - a digimon raposa descruzou seus braços, e olhou com compaixão para o falcão. - Mas, terei que fazer isso.

Renamon piscou. O que foi rápido o bastante para que tivesse tempo para atrair a atenção de Falcomon e Fate. Com um impulso, ela saltou e ricocheteou na parede ao lado, indo em direção aos dois, no ar. Não ia demorar muito para que ela atingisse os dois em cheio, usando um de seus ataques, mas foi tempo o bastante para que alguém pudesse fazer algo.

- Fate, rápido, se esconda! - ordenou Falcomon, olhando para os olhos de Renamon, que vinha a todo vapor para atacá-los.

A única coisa que Fate pôde fazer naquele momento foi correr. E correr muito, pois quase chegou a tropeçar. Mas, cambaleando um pouco, ele chegou atrás do pilar, onde estaria a salvo dos golpes de Renamon. Ou não, pois sua irmã estava procurando-o. Mesmo sendo cega, a jovem conseguia sentir a presença do irmão mais velho naquela sala redonda, mas não sabia o local exato. O certo a fazer, então, era andar sobre a elevação em que estava até achá-lo. Daí sim poderia atirar com toda precisão uma flecha, bem no meio de sua cabeça.

Fate temia que sua irmã pudesse encontrá-lo, por isso ficava olhando para os dois lados. Sua respiração havia aumentado deveras, e a tensão era enorme. Tanto que, ao ouvir um tinido, supôs que eram as garras de Renamon atingindo as de Falcomon, como num ato de defesa.

A coisa estava brava para o lado do falcão. Ele não poderia atacar - pensava que ela poderia estar sendo controlada por um chip cerebral, ou coisa do tipo. Por isso, enquanto a raposa amarela desferia vários socos, ele usava de seus braços e garras para se defender. Não poderia atacar de maneira alguma. Era a digimon da irmã de seu parceiro. Fora que sua mente não permitia isso. Porém, ele estava fazendo de tudo para se segurar. Via nos olhos de Renamon que ela não queria estar fazendo aquilo, mas, ao mesmo tempo, queria. Era difícil concluir a situação.

Com o passar do tempo, isso foi ficando cada vez mais cansativo. Sua mente já não conseguia trabalhar mais, e ele ia afastando cada vez mais, sempre se defendendo das garras da raposa bípede. Ela atacava astutamente, mas o falcão era ágil também, o que fazia de sua defesa uma das melhores.

Até que, passado mais de dois minutos, Melodee finalmente pôde sentir em seu coração o local exato de Fate. O humano estava atento à luta de Renamon contra Falcomon, deixando assim sua retaguarda à mercê. Foi quando que, após alguns míseros segundos, ele se virou, e viu sua irmã, aquela jovem e bela ruiva, segurando o arco com a mão esquerda, e com duas flechas entre os dedos da mão direita, mas ao mesmo tempo com a corda puxada.

- Adeus, cretino!

Como uma explosão ela soltou seus dedos da corda, fazendo com que as duas flechas percorressem velozmente e furiosamente na direção de Fate. Por um breve momento, ele não soube o que fazer, mas, por milagre do destino, ele pulou para o lado direito, e as duas flechas acertaram o pilar, nas proximidades de uma das aberturas. Teria sido fatal se ele não tivesse desviado.

Isso deixou Falcomon preocupado, tanto que ele deu um grito chamando o humano. Baixando sua retaguarda, o falcão foi atingido por um soco potente de Renamon. A potência foi tão alta que ele foi jogado para longe, atingindo as costas na parede, caindo com tudo na elevação em que Melodee estava - na direção oposta. Levantou-se rapidamente, e pôde ver que Fate estava bem, mas em apuros. Nada naquela luta importava para ele - apenas a vida de Benjamin. Seu foco era o humano e, a raposa percebendo isso, partiu para cima dele.

- Power Paw!

Enquanto corria, seu corpo começou a brilhar intensamente, e logo ardeu em chamas vivas, de coloração azul. Para a surpresa de Falcomon, sua velocidade havia aumentado, mas ainda havia alguns segundos antes que a raposa o alcançasse. Resolveu então pular, mas, surpreendentemente, Renamon deu um salto incrível e o alcançou, desferindo um soco com sua pata dianteira, que estava envolvida em uma chama azul e brilhante. Novamente, foi jogado para trás e, ainda no ar, atingiu a mesma parede. Porém, dessa vez, a potência foi tanta que, ao atingir a tal parede, ficou uma deformação no lugar em que ele bateu. Enquanto caía na plataforma de aço, Falcomon se sentia desacordado, porém não estava. Pôde ver Renamon descer levemente o ar, pairando com suas patas traseiras no chão.

Estava um pouco exausta, e transpirava muito. Várias seqüências de socos e chutes haviam deixado ela muito cansada, visto que não estava tão acostumada a lutar com Novatos tão fortes iguais à Falcomon. Decidiu, então, que era hora de cessar tudo aquilo.

A raposa amarela pôs sua pata direita na testa, e cerrou seus olhos.

- Melodee.. Chega! - pensou a digimon, como se estivesse falando com sua parceira humana. - Não dá apenas para pegarmos o pendrive e cairmos fora daqui?!

- Droga... ! - respondeu bravamente a ruiva, em pensamento. - Tudo bem... Então, perto do portão, agora!

Aquilo foi como uma ordem, que ela não podia evitar. Falcomon olhava a raposa se direcionar ao portão, e Benjamin fitava sua irmã correr até sua digimon. As duas tinham combinado algo, e disso Fate sabia. Tanto que, para evitar mais conflitos, ele correu até Falcomon, para ver se tudo estava bem. Chegou até ele antes de Dee chegar à Renamon. Viu que o falcão estava um pouco ferido, com leves escoriações em seu corpo. Mas, mesmo assim, o mesmo dissera que estava bem. Portanto, os dois se levantaram, e olharam para as duas, que faziam o mesmo naquele momento.

- Você parece ser um bom oponente, meu irmão. - disse a garota, com uma risada no canto da boca. - E Falcomon sabe se defender, eu diria.

- Você... Por que está fazendo isso conosco?!? - devolveu McFate, preocupado e cansado.

- ... Não interessa! - gritou ela, furiosa, enquanto Renamon olhava para baixo, com seus braços cruzados. - Eu vou pegar o pendrive... Eu!

Fate não sabia o porquê de sua irmã querer o pendrive. Teria ela se lembrado do dia em que seu avô teria falado que o objeto era algo tão importante assim? Isso levou sua mente a ficar na linha do trem. Metade dele pensava que sim, ela estava atrás do objeto pelo mesmo motivo que ele - descobrir a verdade por trás da morte de quase todos os membros da família McFate -, e a outra se recusava a pensar nisso, voltando à hipótese dela estar sendo controlada. Mas, quem? Quem seria capaz de controlá-la? E por quê? Uma garotinha tão indefesa...

Nada disso importava para Dee naquele momento. Enfiando a mão debaixo de seu vestido, ela retirou algo estranho. Algo muito estranho, mas que Benjamin e Falcomon conheciam. Era do tamanho de um iPod. Possuía uma pequena tela quadrada, na cor roxa e tom escuro, que ficava um pouco acima da metade do objeto. O "corpo" da frente era amarelo, e suas "costas" e lados eram roxos. Aliás, ao redor da tela quadrada, havia uma borda preta. Um pouco abaixo da tela havia um símbolo, que consistia num círculo roxo e três linhas pretas, que possuíam sua metade dentro e a outra fora do círculo. Em cima desse aparelho havia uma espécie de sensor, e abaixo, uma espécie de argola quadrada, também preta, que talvez servisse para prendê-lo a algum lugar.

Segurava o estranho objeto com sua mão esquerda, e o arco na direita. Colocou a arma em suas costas, na mesma liga que prendia a aljava, e deixou-o lá. Sacudiu sua mão direita e, subitamente, uma chama estranha surgiu em volta dela. Números "zero" e "um" estavam mergulhados dentro desta chama. Sem mais delongas, a menina em ritual levou suas duas mãos próximas à frente do meio de seu corpo, unindo sua mão envolta em chamas com o sensor do aparelho, e gritou, fortemente.

- Digisoul Charge!!!

Após isso, ela apontou o estranho objeto para Renamon, que não estava muito surpresa. A pequena tela do aparelho brilhou intensamente numa luz branca, que atingiu a raposa.

- Renamon Shinka...

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Era um local bastante arejado, repleto de computadores enfileirados em cima de uma espécie de balcão, que se estendia por todo o local, até sua metade, nos dois lados daquele lugar estranho. À frente dos computadores, havia cadeiras giratórias, de diversas cores. Mas, qual o motivo de a fileira de computadores parar na metade do local? De certa forma, a gigantesca placa de fibra de carbono, que cobria a parede no fim daquele lugar devia estar relacionada a isso...

Tratava-se de um hangar, porém era diferente, pois não guardava aviões ou coisas do tipo. Aquele era usado para testes de armas poderosas e ameaçadoras, por causa de sua incrível gigantesca parede de fibra de carbono, que conseguia agüentar qualquer tiro da maioria das armas feitas até os dias de hoje. Além disso, o curioso era que todos os computadores ali presentes estavam desligados, mas, estranhamente, havia certa quantidade de pessoas à frente da gigantesca placa de fibra de carbono, olhando um para o outro e conversando.

Havia, no total, doze pessoas. No entanto, apenas duas se destacavam, pois os outros estavam vestidos com macacões e capuzes brancos, e usavam máscaras de oxigênio, não se sabia o porquê. As outras duas pessoas se vestiam diferente, com ternos; um era o comandante da Area 51, Jefferson Violentblade, o outro era o presidente dos EUA, Maximilliam Gallagher, este que se vestia com um smoking básico, que consistia num blazer preto por cima de uma camisa social branca e uma gravata vermelha, calça e sapatos sociais de mesma cor, e um headset com um fio de escuta. Seus cabelos eram um tanto médios e pretos, e ele usava um moicano no momento, que consistia em os dois lados penteados, e o meio era arrepiado. Seus olhos eram azuis e sua pele branca.

Estava um pouco quieto, ao lado de Jefferson. Os outros com uniformes brancos falavam que nem baratas atônitas quando são atingidas por inseticidas.

- Onde está o protótipo? - perguntou o homem seriamente, de braços cruzados.

- Só um momento, Maxim. -

O comandante Blade caminhou até um dos homens de branco, e cutucou este. Ele virou-se calmamente, e entregou para Jefferson o que estava levando em mãos: uma arma, mas um pouco diferente. Era uma espingarda branca, com várias linhas que a enfeitavam, na cor azul-clara.

O comandante voltou com a arma em mãos, e entregou ao presidente.

- Hum... Espero que funcione.

Com a arma apoiada no ombro direito, Gallagher começou a caminhar, atravessando o pequeno amontoado de pessoas de branco e chegando a uma pequena distância da gigante placa de fibra de carbono. Pôs suas duas mãos sob a arma, e começou a analisá-la. Era muito bonita, realmente, mas ele não ligava para isso, e sim para o que sairia dela.

- Tragam a cobaia. - ordenou aos homens de branco.

Dois dos dez homens de macacões brancos saíram correndo para o lado contrário do comandante e do presidente, e quase sumiram junto ao chão de azulejos brancos e límpidos, mas ainda eram vistos por causa da iluminação vinda de enormes lâmpadas que pendiam do teto do local. Foram para um lugar que não podiam ser vistos, e desapareceram. Pouco tempo dois, voltaram com um homem nos braços, que se recusava a andar, e estava sendo arrastado; seus joelhos quase tocando o chão.

O mais estranho era que o homem estava pelado. Era branco, com um tom de bege, tinha olhos negros e profundos e cabelos bagunçados e loiros. Possuía um físico mediano; não era nem magro nem gordo.

Os dois homens de branco levaram-no para a parede com a placa de fibra de carbono, e o amarraram em algemas com correntes, que estavam presas à placa. Assim sendo, o homem não podia sair dali.

Maximilliam, que estava à frente do homem, a mais ou menos cinco metros de distância, apontou a arma na direção dele.

- Espero que funcione...

Maximilliam, que aparentava ter por volta de quarenta e cinco anos de idade, porém era bastante corpulento, apertou o gatilho. PEAUM! Uma bala saiu fumegante da boca da espingarda, e atravessou o ar, parando somente no corpo do homem, que foi atingido em uma parte do abdômen. Com a força do impacto, ele urrou de dor, e do buraco em seu abdômen - causado pela bala -, começou a brotar sangue, mas muito sangue mesmo.

Violentblade não estava assustado ou coisa do tipo, mas sim confiante.

- São menos de dez segundos para surtir efeito. - disse pensativo, se aproximando de Gallagher.

O presidente já sabia do que se tratava. Abismado, ele via o início de uma cena dramática, mas que não fazia nenhuma lágrima brotar de seus olhos azuis. O que aconteceu deixou os homens de branco um tanto assustados. O homem, que ainda estava nu, começou a se contorcer, de um lado para o outro. Talvez estivesse tentando escapar daquelas correntes, e com a dor e fúria misturadas aquilo iria se tornar algo terrível. Porém, por incrível que pareça, o sangue havia parado de jorrar do buraco em seu abdômen e, mais incrível ainda, estava se cicatrizando.

O homem nu começou a ficar com um tom de pele mais alaranjado, e seus olhos, surpreendentemente, estavam começando a ficar azuis. Com certeza, o culpado de tudo aquilo só podia ser a bala da espingarda, que devia estar alojado em um dos órgãos do pobre homem.

-... Como? - o presidente estava um pouco perplexo, nunca havia visto nada igual aquilo em toda a sua vida.

- Basicamente, a bala contém dados de um digimon, que no caso é de um Leomon, e, quando a bala penetra no corpo de um humano, esse ganha aspectos do digimon em questão. - explicou Jefferson, fazendo gestos com as mãos e apontando a arma por várias vezes.

- Então, basicamente, eles se tornam mestiços? - indagou Gallagher.

- Sim, mas, diferentemente dos mestiços que já nascem mestiços, os que "recebem" dados de digimons não ganham seus poderes, apenas alguns aspectos e a força... - voltou a explicar o homem de terno azul-marinho, olhando para a frente, com preocupação e cautela.

O homem, que permanecia acorrentado, se abatia. Mas, para pôr um fim nisso, ele puxou com tudo a corrente que estava presa à seu braço direito, arrancando ela da gigantesca placa de fibra de carbono. Depois, fez o mesmo com as correntes do braço esquerdo, e das duas pernas. Após isso, caiu de quatro no chão, mas, após cinco segundos se levantou, e olhou para o pequeno grupo de homens de branco, que estavam cautelosos e já iam se afastando do perigo eminente. Maximilliam e Jefferson permaneciam já longe, parados, observando a cena.

Incrivelmente, o braço direito do homem havia crescido de forma assustadora, e seu abdômen e peitoral estavam definidamente musculosos, e banhados num profundo laranja. Sem mais nem menos, ele avançou contra o grupo de homens de branco, louco para tentar acabar com tudo aquilo. Contudo, milésimos antes de atingir dois dos homens de macacões brancos com um soco forte, o ar foi cortado por algo que parecia um dardo, este que teve sua ponta penetrada no ombro direito enorme do humano, que estava domado pela fúria do rei das selvas. Colocou imediatamente sua mão esquerda no dito ombro, e começou a cambalear. Passaram-se alguns segundos, e ele caiu no chão, numa profunda inconsciência.

-... Impressionante. - disse o presidente, com expressão séria, testa franzida e tom de voz grossa.

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- Dragon Wheel!

Uma estranha raposa, de forma quadrúpede, estava se aproximando de dois seres cansados. Enquanto corria velozmente, decidiu pular e começou a girar - o que fez com que seu corpo virasse uma bola coberta por uma chama azul. Essa chama azul se transformou num dragão, que parecia mais um espírito, e que estava furioso e pronto para atacar. Pegando impulso, seguiu até os dois, enquanto cortava o ar a toda velocidade. Chegando perto, um deles, Falcomon, empurrou Fate para o lado, e se jogou para o outro - ambos ainda estavam em cima da plataforma. Por fim, o dragão formado por chamas azuis acabou colidindo com a parede, causando uma deformação grande, quase que um buraco. A digimon voltou para a posição aonde estava, e ficou um pouco arfante.

Era amarela, e tinha a forma de uma raposa quadrúpede. Em várias partes de seu corpo havia símbolos yin-yang, principalmente nas coxas. Possuía uma juba branca em volta do pescoço, e nove caudas amarelas, estas que possuíam pontas em chamas, de cor azul. Suas patas eram cobertas pela chama, de mesma cor, por sinal. Ao redor da juba, havia um laço natalino, nas cores vermelho e branco, em que as duas pontas consistiam em sinos amarelos. Alguns pedaços de cristais brancos terminavam de enfeitar o laço, presos embaixo do mesmo.

Havia se afastado de Falcomon, e voltou para o lado de Melodee. Fate, que estava totalmente confuso, estava ao lado do digimonave, este que estava com mais escoriações, e apresentava um sério nível de cansaço. Seus pulmões já não agüentavam mais, e ele já pensava que poderia morrer.

O homem, que estava dando atenção ao digimon, ficou de pé, indignado.

- Por... quê!? - Fate não sabia o porquê de sua irmã estar atacando ele. Ainda mantinha a hipótese de ela estar sendo controlada por alguém que queria sua morte. - Por que você está me atacando? Por que está me atacando?... Sinceramente... Não há motivos!

-... Pense em seu passado, Fate... É assim que te chamam, não? - disse a ruiva, encarando o irmão, que estava longe. - Você me deixou lá... Sozinha... Apenas com a vovó... E foi embora, para a casa de seu amigo, o Kasagrim. Sem dar o mínimo de satisfação... Eu te odeio!

Num ato de fúria, relembrando das cenas que havia recentemente recordado, pensando em quando atirou a boneca com tudo na parede à sua frente, quando ela tinha seis anos de idade, Melodee furtivamente pegou uma flecha da aljava e colocou na corda do arco, que se encontrava em sua mão direita. Fate, no mesmo instante, pegou Falcomon e colocou-o em suas costas, levando-o pelos braços, pois estava muito debilitado, e começou a correr pela plataforma. A menina puxou a flecha com os dedos, segurando a corda no meio da flecha, e calculou o tempo. Mirou com atenção a seis metros à frente de Fate, e disparou. Por sorte dela, e azar do homem, a flecha foi tão rápida e precisa que acertou a calça de seu uniforme da SWAT, furando-a e cravando-se na parede, fazendo com que ele fosse puxado e ficasse preso, sem como sair daquela posição.

Falcomon, que estava reconquistando energia, desceu, e tentou tirar a flecha. Enquanto isso, Dee falava algo, que era indecifrável aos ouvidos de Fate e do falcão.

- Kyuubimon, está na hora de irmos. - avisou a McFate, guardando seu arco perto da aljava. - Vá. Pegue o pendrive.

A moça apontou para o pilar, seriamente. A raposa não podia ver seus olhos - a faixa tampava-os -, mas sabia da sinceridade e seriedade que Dee falava. E ela, Kyuubimon, tinha que fazer isso. Já era tarde demais, e elas não podiam ficar mais um minuto sequer ziguezagueando por ali, dentro da Area 51.

Num instante, a grande raposa quadrúpede sumiu, num piscar de olhos. Falcomon, nesse meio tempo, já havia conseguido tirar a flecha da calça de Fate, que permaneceu com um buraco, próximo à região do tornozelo. Avisou que a digimon havia sumido, o que deixou o homem ciente de que elas estavam prontas para partir.

De repente, a raposa voltou. E com algo na boca. Virou sua cabeça para um lado, e voltou com tudo para o outro, jogando o objeto na mão de Dee, que o agarrou no ar. Para a surpresa de Fate, e de Falcomon, aquele era o pendrive.

- MERDA! - disse Fate, irônico, com olhos esbugalhados. - Mas por que você quer o pendrive?

- Não sei... Talvez seja o mesmo motivo que você. Ou não. – dizia sorrindo, enquanto subia nas costas de Kyuubimon.

A digimon amarela piscou, e virou seu rosto, que estava atencioso a uma parede em especial. Analisou cuidadosamente cada metro e centímetro, para ver se havia algum ponto fraco, sabe-se lá por que.

Decerto, Fate estava indignado e surpreso ao mesmo tempo. Primeiramente, ele tinha ido para a Area 51, pondo sua vida em risco - e a de Falcomon, Grim e Commandramon - para obter o pendrive, que estava não tão fortemente guardado. Seu pensamento era assim porque estava disfarçado, o que talvez pudesse ter dado-lhe uma passagem gratuita para a Terra do Nunca. Segundo, ele não esperava que sua irmã estivesse ali - afinal, ela estava morta. E mortos não ressuscitam, em sua opinião. Tudo estava muito confuso; um baralho de cartas que não possuíam naipes, palavras sem letras. Tudo era inútil e sem propósito em sua cabeça.

Um fantasma ela não era - quase o matou por mais de duas vezes. E outra, sua digimon estava ali. Mesmo se tivesse renascido, não poderia alcançar a forma Adulta, de qualquer maneira. Haviam de passar mais alguns anos para tal feito, visto que isso era ordenado pelas ações que os monstros digitais tomavam no decorrer de sua vida.

Enfim, Kyuubimon, que estava um pouco indecisa, alastrou suas nove caudas. Da ponta delas, surgiram noves chamas, que possuíam rostos - aparentavam ser "filhotes" de fantasma, o que era cômico para um momento tão espantoso daqueles. Então, sacudiu as caudas e forçou-as para frente, disparando assim as nove chamas, que se juntaram e formaram uma grande bola de fogo, esta que seguiu seu caminho até a parede determinada, causando uma explosão e um enorme buraco, que começava da plataforma, e terminava um pouco acima da metade da parede. Tudo era escuro, e nada podia ser visto além daquele buraco. Única coisa notável era que ele era largo, e possuía o formato de um arco.

Sem delongas, a digimon avançou rapidamente para o buraco. Enquanto isso, Fate e Falcomon corriam pela plataforma, numa tentativa de conseguir pegá-las na corrida. Antes que pudessem chegar à porta de onde entraram, já não viam elas mais - tinham pulado na plataforma e adentrado no buraco, assim sumindo de vista. A indignação subiu à cabeça de Fate. Não existia fúria, e sim um perdão de si mesmo. Ele tinha que se perdoar antes de tudo.

- Perdemos elas! - disse o homem, cabisbaixo, com as mãos nos joelhos, bastante arfante.

- Não se corrermos!

O falcão puxou o homem de cabelos ondulados com suas garras, que eram afiadas, mas davam para segurar em algo. Puxando, ele largou da mão do homem, e então os dois chegaram ao buraco - Fate bastante cansando, e Falcomon um pouco, pois havia recuperado energia ao ficar um pouco parado.

-... É, temos que entrar! - disse Falcomon, apontando as duas garras para o buraco, ao lado do próprio.

- Primeiro as corujas!- respondeu o homem, fazendo o mesmo gesto que o falcão.

- Não, primeiro os Fate. - redarguiu o digimon.

- Ah... Vamos.

Os dois adentraram na profunda escuridão do buraco, sabendo que as duas fugitivas carregavam algo de grande valia para eles. De fato, estavam um pouco inseguros, pois não estavam preparados para muitas batalhas - Melodee e Renamon/Kyuubimon haviam cansado eles demasiadamente. Não sabiam ao certo do perigo que estavam correndo ao entrar naquele buraco, sem ao menos saber dos eventos que iriam acontecer em suas vidas após aquele ato impensável...

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Mal entraram no grandioso buraco, e Falcomon espirrou. Fate disse saúde, e o digimon agradeceu, suspirando. O clima não estava muito bom para passeios. A mente dos dois estava confusa demais, principalmente a de Falcomon. O falcão foi o responsável pela separação dos irmãos após a morte do avô deles, pois se sentia na obrigação de fazer aquilo. Fazer com que os dois aprendessem caminhos diferentes era algo necessário para a sobrevivência de pelo menos dois membros da família McFate, no entanto.

Mas, de qualquer forma, mantinha o bom espírito de paz, para não tentar relembrar mais o passado do que já haviam relembrado. Os eventos ocorridos até o momento estavam sendo muito cansativos e confusos para ambos, mas mais para Fate, por isso o falcão resolveu ficar quieto, enquanto andavam por algo que parecia um corredor, porém, de certa forma, nada se podia ver - tudo estava escuro.

- Tudo muito suspeito. - comentou Falcomon, quieto, na profunda escuridão, mas ainda sentia a presença do humano ao seu lado.

- Só pergunto uma coisa... Onde elas foram parar? - respondeu Benjamin, colocando a mão no queixo, o que não era visível a Falcomon.

- Não sei...

Respondeu negativamente, mas, de certa forma, ele sentia a presença de Melodee e de Kyuubimon naquele local. Porém, essa presença estava ficando fraca... Mínima; ia se esgotando a cada segundo que se passava, a cada batida de seu coração. Por outro lado, sentia outras presenças... Presenças fortes, poderosas. Um poder que nunca, nunca em sua vida havia sentido. Presenças... Malignas.

O ar estava um pouco pesado, talvez fosse o medo que tinha entrado em seus cérebros e os contaminado. Nada podia ser visto; nada, salvo a cor preta, que dominava o local. Talvez, no momento, aconteceu o que é chamado de uma luz no fim do túnel, mas não. Pra Falcomon foi algo que se chama espanto.

Uma luz. Um holofote, talvez. Mas holofotes têm forma circular, em sua maioria. Este não; tinha o formato retangular, e comprido. Iluminava algo que parecia ser uma silhueta humana, bastante alta, e outra um pouco menor. Suas cores ou roupas eram identificáveis, visto que a fraca luz branca apenas indicava suas silhuetas. E, para o alívio - ou a fúria incontrolável - de Fate, Dee estava ali, com sua pequenina digimon, deitada no chão, à frente das duas silhuetas...

Resolveu correr, mas Falcomon o parou, segurando suas pernas, cobertas pela calça do uniforme da SWAT. Isso fez com que mais uma luz de holofote surgisse - de mesma forma, tamanho e cor. Mas, estava à frente do outro piso refletido pela luz, separado por aproximadamente um metro de distância. Segundos se passaram, e mais, mais luzes retangulares foram surgindo. Atingiam o meio do corredor; os lados ficaram escuros do mesmo jeito. Até que iluminaram Fate e Falcomon, acabando assim com a escuridão do meio.

Dos dois lados do primeiro piso iluminado, foram surgindo outros retângulos de azulejos iluminado. Por fim, todo o corredor foi iluminado, menos uma parte, que deixa uma pouca escuridão no recinto. Eram duas linhas, que separaram os lados do meio. O teor de pânico subiu à cabeça de Fate, mas ele não ia fugir; afinal, as duas silhuetas ainda eram identificáveis, mesmo com tamanha iluminação. Então, surpreendentemente, dois fios de luz rasgaram o ar, passando pelos dois fios que separavam os lados, clareando, assim, o corredor todo... Eis que a silhueta humana mostra sua face.

Era um homem. Havia erguido a cabeça, pois estava fitando a bela ruiva que estava próxima a seus pés. Sua face era branca, com tom bege, mas o resto não podia ser visto, pois ele estava vestindo-se com um sobretudo de cor azul royal, que cobria todo seu corpo, desde mangas longas até a parte das mãos, que estavam cobertas por luvas pretas, até a região um pouco acima dos tornozelos, beirando as canelas, sobre duas botas de couro pretas. No meio do sobretudo ficava um zíper, que ia desde a barra da gola dele, até a barra de baixo. O zíper estava com sua ponta em cima, indicando que a vestimenta estava amarrada. Seus olhos eram verdes, e, tirando o capuz do sobretudo de sua cabeça, seu cabelo ficou à mostra; era loiro, de tamanho médio, e estava arrepiado no momento. Aparentava ter vinte e cinco anos, e ter estatura média de um metro e oitenta.

A outra figura que estava ao seu lado aparentava ser um pequeno homem, mas com um corpo um tanto estranho. Era do mesmo tamanho de Falcomon, mas seu corpo era totalmente azul claro, com tons escuros. Sua cabeça era coberta por uma espécie de capuz ou máscara, de cor preta, deixando à mostra seus dentes brancos e seus olhos, que eram diferentes. O esquerdo era verde, e o direito era vermelho. Aliás, sua cabeça tinha um formato de alho, mas o que assustava eram suas mãos, que possuíam cinco garras vermelhas e afiadas, e em suas palmas havia um olho cada, respectivos aos olhos da cabeça – mão esquerda tinha um olho verde, e a direita um olho vermelho. Seu pescoço era coberto por uma espécie de coleira cheia de pêlos negros e arrepiados, usava munhequeiras parecidas com cintos, o que também estava em seu braço direito, e, embaixo disso, em seus dois cotovelos, havia garras, semelhantes às das mãos. Trajava calças negras, e usava sapatos que deixavam as garras dos pés aparecerem. Possuía um rabo negro e pontudo e asas, estas que não podia usar, devido a um medalhão em seu peito, que as prendia.

- Vo-você?... – o nome que Violentblade citara no rádio veio à cabeça, juntamente com várias lembranças. - Vion... Agora compreendo... – Fate falou, quase gritando, pois estava um pouco longe do homem e do digimon.

- Então era você que estava causando uma baderna aqui dentro, Fate. – disse o homem jovial, com uma voz um pouco delicada. - E você, Falcomon. Impediu seu amiguinho de ser explodido pelo sistema de defesa do pendrive?

- Sim, Kid. Dracmon... Sempre ao lado de Vioner, não? – respondeu o falcão, feliz ao rever velhos conhecidos.

-... Felizmente, sempre. – respondeu o digimon azulado, demonstrando confiança nas palavras. - Ele não é atrapalhado como o Benjamin.

- Seu...!

- O que foi, Fate? - indagara o homem, sarcástico. - Vai nos atacar?

- Você... Você... Matou a minha irmã... SEU DESGRAÇADO!!!

- FATE!

Falcomon segurou o homem ao seu lado novamente. Não poderia deixá-lo ir em frente; iria ser morto. A tranqüilidade no rosto de Vion explicitava a idéia de que ele era ágil e inteligente o bastante para matar Benjamin, que, apesar de seus anos bem treinados na SWAT, ainda era um pouco atrapalhado. O pensamento de Falcomon era diferente do de Fate; ele tinha certeza de que Melodee não estava morta - afinal, sua digimon, estava ao seu lado, mas em sua forma Em Treinamento, Pokomon. Logicamente, se Kid tivesse matado a menina, teria matado a pequena raposa, o que significava que ela não estaria ali caso isso ocorresse.

Sua fúria estava aumentando, seu autocontrole se perdendo. Tinha a vontade de sair correndo e esmurrar a cara daquele infeliz, que um dia chamara de melhor amigo. Mas, de certa forma, a amizade que eles tiveram havia se rompido, simplesmente por nada. Isso era passado... Portanto, Fate deixou todos seus pensamentos para trás, voltando sua preocupação para com sua irmã.

- Você foi capaz de matar uma menina... Uma boa menina. Você não é humano. - comentou Fate, quase chorando.

- Boas meninas são boas no arco. - retrucou o homem, com um sorriso suspeito. - Mas não se preocupe. Ela está apenas inconsciente, daqui a algumas horas deve acordar. Fique calmo, Fate. Temos muito tempo para conversar.

- Cara... Eu pensava que éramos bons amigos. Eu era o jeitoso, atrapalhado e descontraído... Você, o tímido, quieto e inteligente. A dupla imbatível; Kid e Benjamin... - Benjamin abaixou sua cabeça, lembranças do passado, de quando era jovem e estava no ginásio em sua cabeça.

-... Tudo muda. O mundo muda. E nós mudamos... - disse o loiro, um pouco triste. - Você, com seu jeito alegre, conseguiu a Felicia... A menina mais linda e sexy de toda a escola... Ela gostava de seu jeito bobo... Mas, eu, por outro lado, fiquei sozinho... Sem ninguém... As meninas olhavam para mim, mas não para meu rosto, e sim para meus músculos... Passado... Por que diabos essa merda devia existir?

- Você mudou, mas eu continuei do mesmo jeito. Cara... Vamos esquecer nosso passado e continuarmos a vida! - Fate tentava mudar a cabeça de Vion que, nesse momento, tinha a ordem de matar seu "amigo" e o digimon dele. - Veja o mundo como ele está... Parcialmente destruído. Drogas, violência; tsunamis, terremotos de extremo grau... Tudo isso levou quase metade do mundo, e a população mundial foi reduzida drasticamente... Se todos fossem felizes, o mundo seria um lugar melhor para se viver...

- Foda-se. - redargüiu Vioner, piscando e abrindo os olhos como se quisesse causar pânico. - Estou pouco me lixando pra esse mundo.

- Você é um panaca mesmo!

Pensou que essa fosse sua última frase. Viu a morte. Quando as pessoas estão para morrer, dizem que você vê sua vida inteira passar diante de seus olhos, e foi o que aconteceu com Fate. Uma lança rasgou o ar, furiosamente, na direção dele. Se não fosse Falcomon para empurrá-lo mais uma vez, e se jogar para outro lado, seria sua morte definitiva. No entanto, a lança acertou a parede, cravando sua ponta na parede ao lado do grandioso buraco.

A palidez tomou conta de sua pele. Ele permanecia sentado ao chão, próximo a uma das paredes, arfante, enquanto Falcomon estava do outro lado, com ar sério e bravo para com o humano de uniforme da SWAT. Kid, o homem de sobretudo, estava em pé, de lado, encarando Fate, e Dracmon permanecia ao seu lado, quieto, como sempre.

- Vion, podemos acabar com isso logo... Apenas pegue o digivice, e faça-me evoluir. - comentou o digimon vampiro, com cara de pena.

- Não... - retrucou o homem, com os braços cruzados. - Quero ter o gosto da vitória antes.

Fate, que não havia desistido, retirou as Twin Blasters de uma das bolsinhas, que se encontravam amarradas ao uniforme, e empunhou-as, encarando Vion, que fazia o mesmo.

- Precisa melhorar na pontaria, Vion. - disse Benjamin, pistolas em mãos, abaixadas.

- Você é um gato. - analisou Dracmon, fazendo com que a face de Fate se tornasse um tanto mais alegre. Aquilo não era um elogio, decerto. - Se não fosse pelo Falcomon, você teria morrido... Umas três vezes.

- Falcomon... - Fate chamou, bem baixo, para que Vion e Dracmon não escutassem. Olhos cheio de fúria. - Por Dee e Pokomon, mate aquele desgraçado.

-... Tudo bem.

O digimon falcão assentiu com a cabeça, então começou a correr, na direção de Dracmon. Ele não queria fazer aquilo, pois Dracmon era seu amigo. Mas, de certa forma, tinha que fazer, pois sua vida, a de Melodee, Pokomon, e a de Benjamin dependiam dele. Ao contrário de seu parceiro, ele não fazia as coisas por impulso, e sim pensava e calculava erros e acertos antes de qualquer ação. Aquele era seu jeito de ser, mas uma ordem era uma ordem.

O falcão estava se aproximando do digimon quando Vioner começou a se afastar e ir de encontro a McFate. Batalhas entre duplas, algo muito difícil para Falcomon, pois, no caso, era ele o único que iria se preocupar com todo mundo presente no local.

Pulou e, ao atingir certa altitude, desceu.

- Scratch Smash!

Atacou com as garras das duas mãos, em formato de "X", mas o golpe foi evitado por Dracmon, este que desviou para a direita. Se safando, cerrou seus punhos e, com toda sua força, desferiu um soco na região da barriga do falcão, mandando-o contra a parede. Mesmo um pouco ferido, e com um pouco de cansaço devido à batalha anterior contra Renamon/Kyuubimon, Falcomon não desistiu e partiu pra cima do digimon vampiro, mais uma vez.

Começou a desferir socos, hora alternando com cortes feitos pelas suas garras, hora dando chutes com suas garras alaranjadas e afiadas. O corpo azulado de Dracmon ficou com vários cortes pequenos e alguns maiores, causando assim pequenas dores acumuladas, mas nada que pudesse comprometer sua saúde.

Fate brigava com Vion. Brigava mesmo, pois o homem loiro conseguira retirar as duas armas favoritas de Benjamin e jogado-as para longe, impedindo o alcance de qualquer um dos dois. Quem estava levando vantagem era Kid Vioner, que estava sobre Fate, desferindo socos no rosto do mesmo. Sangue começou a escorrer de seu nariz e do canto direito de sua boca. A dor era tão profunda que ele quase estava se engasgando com sangue; então, para parar isso, com toda sua força empurrou o homem com as mãos, jogando-o contra a parede à sua frente.

Levantou-se, limpou o nariz e a boca. Vion se recompôs, e os dois ficaram se encarando. Fate decidiu olhar para o lado, apenas para ver Falcomon tomando socos e cortes das garras de Dracmon. Não podia deixar aquilo barato, portanto decidiu correr até ele.

- Falcomon!

- F-Fate... - respondeu o digimon, quase sem forças.

O homem correu furiosamente até Dracmon, mas, antes de se aproximar, o alvo virou-se e desferiu um soco em Fate, jogando-o alguns metros para trás. Depois, calmamente, Dracmon foi caminhando até Kid, que estava parado, próximo ao buraco. Fate estava imóvel, mas após alguns segundos de suspense conseguiu se levantar, e caminhou sorrateiramente até Falcomon, este que permanecia instável, com sangue escorrendo do bico, várias escoriações pelo corpo e peito que estufava para cima e para baixo a cada momento.

Ao chegar próximo de seu amigo, estendeu a mão.

- Tudo bem ai, amigão?

- A-acho que sim... - mal conseguia falar direito, mas Falcomon tentava fazer alguns esforços.

- Esse filho da mãe... O que ele pensa que está fazendo? - pensou Fate, muito bravo por ver Falcomon naquele estado. - Seu ordinário!

Vion e Dracmon começaram a caminhar, quando viram Fate resmungar. Estavam confiantes de que venceriam a batalha, mas a dupla inimiga era tão bem treinada quanto eles.

- Não se esqueça que eu também já fiz parte da SWAT, Fate. - Vion falou, com um corte na boca e a mão direita no ombro esquerdo. - Por isso, sou tão bom quanto você. Ou melhor.

- Ah é?! - Fate revirou as bolsinhas, seu uniforme, tudo. - Então você vai ver quem é bem... MERDA!

Estava procurando algo que necessitava muito, tamanho eram seus olhos esbugalhados, parecia que iam sair dali e pular de um penhasco. Revirou as bolsinhas, encontrando somente a Strike e seu ray-ban, e guardou-os novamente. Mexeu por dentro de seu uniforme, mas não achou também. Era algo de muita valia para ele e para Falcomon; era algo muito, mas muito importante naquele momento, talvez tão importante quanto o pendrive.

- Err... E-era isso que eu queria dizer, Fate... - Falcomon sonolento surrupiou às orelhas do homem de cabelos ondulados, com um olhar de tristeza. - E não... Não foi junto com seu terno...

- MERDA! MERDA! MERDA! - repetiu o McFate. Realmente, era de suma importância achar aquilo. - Só deve estar no carro... GRIM!

Puxou a manga do blusão negro, e começou a apertar com tudo no relógio. O holograma humano de Joshua aparecia e desaparecia num piscar de olhos, tanto era que ele soltou alguns palavrões. Fate realmente estava desesperado. Então, por si só, o japonês descobriu o motivo daquilo. Respondeu positivamente, e mandou Fate se acalmar e segurar o "inimigo" o mais rápido que pudesse, pois tentaria achar um meio de entrar lá.

A calma foi aparecendo. Mas, do outro lado, estava Vioner, segurando sua lança, que consistia num pedaço de metal com uma ponta triangular e afiadíssima, com a mão direita, e Dracmon, que estava com seus braços cruzados. Mexeu dentro de seu sobretudo, e retirou algo semelhante ao aparelho que Melodee havia usado para provocar a evolução de Renamon, mas o seu era um tanto diferente.

A tela quadrada era azul com um tom claro, o corpo da frente, as costas e os lados eram negros. A borda da tela quadrada tinha a cor azul escuro. O símbolo redondo um pouco abaixo da tela era azul-claro, e as linhas que saíam dele eram brancas. O sensor era o mesmo, não mudava a cor; já a argola abaixo do aparelho tinha a cor negra.

- Por acaso, - perguntou Vion, mostrando seu digivice para Fate, que estava longe. era isso que você estava procurando?

- Vion, pare de enrolação. Agora! - resmungou Dracmon, impedindo que Benjamin McFate ou Falcomon dissessem algo.

- Preparem-se para seu fim, garotos...

Não, ele não sacudiu a mão. Aliás, era o que Fate esperava. Se tudo saísse como ele havia pensado, Falcomon teria muitas chances de derrotar Dracmon, pois já estava recuperando suas energias. Mas não. Ao invés disso, seus olhos verdes ficaram num tom meio misturado, escuro e claro. Seu corpo parecia que ia explodir, no entanto, surgiu uma aura negra envolta de seu corpo. Uma aura que aparentava ser uma chama, de cor negra, tendo em seu interior os números "0" e "1". Ele não movimentou nada; simplesmente surgiu, o que fez com que os olhos de Fate indicassem medo.

- Digisoul Full Charge!

Segurava o digivice negro e azulado com a mão esquerda. Posicionou-o à frente de seu corpo, aproximadamente na reta de seu tórax, então subiu sua mão direita para cima, assim concentrando toda a chama nela, disparando uma rajada com essa chama para cima. A chama envolta de seu corpo sumiu subitamente, e seu braço e mão direita ficaram brilhando numa aura negra. Desceu, então, a mesma mão com tudo no sensor. A tela quadrada brilhou, disparando uma rajada negra, na direção de Dracmon, esse que foi energizado por ela.

- Dracmon Chou Shinka...

Uma aura negra o envolveu. Começou a brilhar, então essa aura começou a passar por seu corpo, e mudar sua aparência, e seu tamanho, de baixo pra cima. Seus tênis com garras para fora se transformaram em dois pés equipados com duas lâminas planas, parecidas com skis. Suas calças negras haviam sido trocadas por longas calças vermelhas, com um desenho circular em cada lado. Seu peitoral azulado mudou para algo mais fino, coberto por uma espécie de colete de metal. Uma espécie de lenço verde estava amarrado à sua cintura. Mais acima, dois pares de asas - um era dourado, e ficava envolta do colete; o outro estava nas proximidades de suas orelhas, e tinha a cor vermelha.

Sua face diabólica de vampiro fora coberta por uma espécie de máscara, que mostrava apenas seus olhos redondos e brancos. Acima disso, uma espécie de lâmina estava debaixo de seus cabelos loiros e arrepiados, como se servissem para tampar sua face, e destacar ainda mais seus cabelos. Seus braços eram cobertos por uma espécie de mangas longas de cor rosa, de onde só podia se ver cinco enormes lâminas de metal afiadíssimas, que ficavam entre seus dedos.

Ele girou pulou, girando, e depois caiu, de pé, numa pose de modo de ataque.

- Matadormon!

O monstro digital era um pouco maior que Kid Vioner; devia ter cerca de dois metros e vinte de altura. Olhava com certa confiança para Falcomon, este que permanecia um pouco assustado devido à sua presença. Mas, por outro lado, Fate ainda tinha esperanças. Esperanças de que seu amigo Joshua pudesse chegar a tempo, antes dele e de seu digimon morrerem. Afinal, se o japonês não lhe trouxesse o digivice, tudo estaria acabado. Melodee e Pokomon iriam morrer, e ele não poderia impedir, pois estaria morto.

No fim, a vinda à Area 51 ia ser fútil, e perda de tempo. Baseado em seus pensamentos, ele tinha certa chance de ganhar, pois ainda tinha energias, e Falcomon também. Mas, Vion, e Dracmon, que não haviam lutado anteriormente - assim pensava Benjamin - estavam com vantagens além de sua compreensão.

Kid começou a correr, seguindo pelo lado direito. Matadormon corria pelo lado esquerdo, causando alguns ruídos metálicos com seus pés encaixados nas lâminas planas. Ele era mais ágil que seu parceiro humano, mesmo assim este era rápido também.

Fate e Falcomon olhavam a cena, perplexos. Era o fim? Falcomon não sabia ao certo. Mas Benjamin McFate tinha a certeza de que tentaria impedir a morte, mesmo que isso lhe custasse toda sua energia. Não iria morrer em vão, com certeza.

- Espero que venha rápido, Grim... - disse, abaixando a cabeça e refletindo, já se preparando para a longa batalha que viria a seguir. - Se prepare, Falcomon!
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Digimon Fate - Página 2 Empty Re: Digimon Fate

Mensagem por Rikaru Muzai Sáb 29 Out 2011, 12:53 pm

Leonardo Polli escreveu:@Rikaru: Não precisa pedir desculpas, rs. É isso mesmo; é foda modificar esse excesso de detalhes até o capítulo 14, porque se eu tiro ele, desmonta a história, digamos. à partir da capítulo 15 já da pra mudar, porque eu vou escrever e tal. Então, acho que esse excesso de detalhes, ao mesmo tempo que me prejudica também ajuda. Mas é algo a ser ajustado, porque está em excesso e tal.

No caso da Fate, poucos Digimon chegam ao nível Extremo/Kyuukyokutai, devido a mortes desenfreadas enquanto nível Adulto ou Perfeito; a maioria de digimons Extremo que ainda vivem são, vamos supor, de presidentes, caras da ONU, os principais da Fate tb, e por ai vai, são poucos mesmo. Aqui, os Digimons são tratados como humanos, eles têm empregos, pagam contas, e tudo mais, o que será melhor retratado mais pra frente.

Sobre a luta, descobri que adoro escrever ação à partir da luta Dokugumon x Falcomon. Sei lá, eu briso escrevendo \o
Obrigado pelo elogio, sério. E vou fazer isso sim, melhorar do cap 15 em diante, que é aonde eu já tenho uma noção e tal de tecnologia. Sobre a Area 51, ela vai ser citada até certo ponto, mas o grupo inicial sempre vai se lembrar dela, você vai saber o porque. E relaxa, Jefferson Violentblade vai ser muito bem trabalhado em toda a fanfic, e eu posso dizer... ele é um dos melhores personagens que você vai ver na sua vida \o oaueosues.

Eu amo desenvolver meus personagens. Adoro começar eles de um jeito, e ir evoluindo-os, como se eles crescessem. E é isso que vou fazer. Dee cega, vai ser mostrado o porque no capítulo 03, e o porque de atacar Fate também. OAUEOUSOUEOUSOUOAUES, capítulo 04 promete, sério. Se você achou a luta de Dokugumon x Falcomon fatídica, você não sabe o que é a luta de Falcomon x Matadormon. aoueosues.

Sobre mudar o meu referimento ao Fate constantemente, isso foi uma mudança que fiz no começo da fic. Comecei chamando-o de Ben, depois de Benjamin, e agora uso Benjamin McFate ou Ben. É uma longa história esse nome, outro dia eu explico \o OAUEOUSES.

Sobre digimons morrerem e se transformarem em dados, isso é simples - o mundo humano da Fate é o mundo humano de Savers; o Digital World da Fate é o Digital World de Savers. Agora não parece, mas lá pelos capítulo 10 vou explicar um pouco mais do passado da fanfic, e vocÊ vai ligar os pontos. Em Savers, os digimons morriam e viravam Digitamas, certo? Então, devido ao Digital World estar imerso no caos e nas trevas, não há mais essa possibilidade; então, viram dados mesmo. Assim como se os humanos morrerem no DW eles morrem mesmo, não viram dados.

Respondidas as perguntas ? \o

Segue-se abaixo o capítulo 03. Pra muitos, irá sanar as dúvidas; pra esses mesmos, irá enchê-los de mais ainda \o OAUAOEUOSUEOS /devilfeelings.

Eu compreendo Leo-kun, você teria que revisar e modificar desde o Capítulo 00 para tirar o excesso de detalhes até o Capítulo 14 sem que a história se desmorone. Eu realmente prefiro que você vá melhorando de agora em diante do que de certa forma refazer a história já escrita para melhorá-la correndo o risco de estragá-la. Espero que consiga ajustar as coisas de maneira que não estrague a história. ;D

Isso é algo bem criativo na minha opinião, não me lembro dessa relação que os Digimon tem com os humanos, com aceitação das diferenças, tratando ambas espécies igualmente, enfim, não me lembro de ter visto isso em outra Fanfic. Acredito que você deva trabalhar isso de poucos Digimon Kyuukyokutai, você deveria deixá-los possíveis de existir graças aos cuidados que o Tamer deles tiveram na criação deles.

Algo interessante seria você criar algum tipo de resistência relacionada à isso, onde haveriam diversos Digimon Kyuukyokutai escondidos juntos de seus Tamers, resistindo à opressão dos governos. Porque isso? Bem, acredito que seria bom fazer com que Digimon Kanzentai e Kyuukyokutai sejam proibidos à pessoas comuns e/ou apenas com uma licença e ainda com vigilância constante.

Deste modo os governos estariam se protegendo contra possíveis terroristas, resistências que são contra suas leis e o modo como administram os países. Talvez até as mortes dos Digimon Kanzentai e Kyuukyokutai possam estar relacionadas à isso, seria os governos eliminando as ameaças por baixo dos panos. rsrsrs Enfim, viajei bastante, mas eu estou muito empolgado com a sua Fanfic e como tive essa idéia, pensei que não seria ruim lhe sugerir isso. Mas não precisa ter pressa, acredito que a sua Fanfic será imensa, então terá tempo para trabalhar isso. Obrigado por me fazer criar novas idéias. \o

Fico feliz que esteja se dando bem com a ação da Fanfic, acho que essa é uma parte complicada, porque tem que ser bem feita, bem desenvolvida e pensada, do contrário ficaria estranha, desanimadora e estragaria a Fanfic. Você está me deixando com um gostinho de "quero mais" novamente, seu chato. u.u Aguardarei pelo desenvolvimento da tecnologia, apenas tome cuidado para não exagerar e nem ser leve demais, leve em conta o ano em que se passa a Fanfic.

Você diz que eles irão se lembrar da Area 51, então isso quer dizer que ela ainda terá uma importância na história após deixar de ser citada? Na minha opinião isso deve ter algo haver com o V-Blade - apelido que criei agora para o Jefferson ;D - já que pelo que entendi ele continuará tendo aparições na Fanfic e será bem desenvolvido. Você me tenta demais, você é muito malvado, agora eu quero saber mais. T^T

Apesar de eu apenas ter escrito o Prólogo de uma história uma vez, eu amo criar, amo escrever e amo desenvolver ao máximo o que eu crio, mesmo que apenas na minha mente. Fico feliz que tenhamos isso em comum, queremos evoluir o que criamos, melhorá-los, evoluir e melhorar a nós mesmos. \o

Se o Falcomon irá enfrentar um Matadrmon, então isso quer dizer que ele finalmente irá evoluir para o nível Seijukuki. Isso me deixa ansioso e curioso para saber se você irá usar a linha principal dele que evolui para Peckmon ou alguma linha secundária. É bom ter trabalhado bem nessa nova batalha assim como trabalhou na primeira, quero emoção e não decepção. u.u

Assim que vi o nome Benjamin/Ben, eu me lembrei de Ben 10. xD Espero que a história desse nome seja profunda e não apenas uma referência ao protagonista do Cartoon Ben 10. Mas pelo pouco que conheço de você, duvido que seja uma referência. u.u Eu prefiro usar Fate para me referir à ele, mas você pode variar, mas tente pegar leve nisso, só uma dica. ;D

Eu não assisti Savers ainda, mas entendi o seu ponto. rsrsrs Gosto da profundidade que você mostra na Fanfic, nada nela é em vão, tudo é ou será bem trabalhado e isso me agrada bastante. Porém tenho uma dúvida, o Falcomon disse que esperava que a Dokugumon renascesse como um Digimon bom, então suponho que o Caos no Digital World é fruto de algo no Human World ou alguma anomalia que será resolvida no futuro, assim possibilitando que os Digimon que morreram renasçam, estou certo?

Sim, as dúvidas foram respondidas. xD Você criticou o Kaiser, mas postou antes do fim do prazo de 1 semana, não é senhor Polli? u.u Brincadeiras à parte, eu acho que deve haver um prazo mínimo de 5 dias então entre os capítulos, assim dá mais espaço para os autores, já que se for uma semana e eles só puderem postar durante o fim de semana, então eles teriam que postar sempre no mesmo horário, o que seria complicado.

Bem, agora que venha o Capítulo 03 - sim, eu decidi responder antes de lê-lo. Aguarde meu comentário. ;D

Edit - Comentário sobre o Capítulo 03:

Um capítulo deveras interessante Leo-kun, foi bem desenvolvido, até divido em partes para mostrar algo que acredito ser bastante importante para a história envolvendo o presidente e o V-Blade. Bem, vamos por partes.

A lembrança da Melodee foi algo calmo e tocante, pude sentir a angústia dela mesmo aos 6 anos e que foi carregada até o momento atual, em seus 15 anos. Ela diz que odeia o Fate, mas ela está magoada apenas, mas isso não é pouco, ela perdeu os pais, os avós e o irmão, isso tudo foi um peso enorme para uma garota da idade dela aguentar por 10 anos ou até mais. Eu sinto pena dela, ela é apenas uma garota frágil com um sofrimento incomparável.

Não sei o que o Wisemon fez com ela, ainda há muito mistérios envolvendo-a desde a morte da avó e estou certo de que não serão totalmente explicados em um curto espaço de tempo. Você poderia ter citado que se tratava de um Wisemon quando ele apareceu, mesmo que as personagens não soubessem, afinal, para mim ficou meio súbito citá-lo no fim da lembrança. Porém isso não estragou o capítulo, não se preocupe.

O Maxim-G é um pouco menos frio que o V-Blade na minha opinião, mas parece ser egoísta e desejar muito poder, desejar ter todos aos seus pés. Não sei se ele será melhor trabalhado, mas espero que seja, afinal ele é o presidente dos EUA, fora que é o que comanda o desenvolvimento do D-Virus, apesar de eu achar que o V-Blade é o mais interessado nisso. Esperarei que esta relação do Maxim-G e do V-Blade seja bem trabalhada, não por serem amigos ou algo assim, mas para desenvolver a parte do D-Virus.

Apesar de você ter dito no seu comentário em resposta ao meu que Fate se passa no mesmo universo que Savers, eu não esperava que o Digivice fosse o mesmo. rsrsrs Apesar de não ter assistido Savers, eu estou gostando dos elementos que estão sendo incluídos e há até elementos de Xros Wars, no caso o Matadrmon. Por falar nele, gostei do desenvolvimento do Vion e do Dracumon, eles me lembraram o Kiriha e o Greymon (2010), isso me agradou bastante. ;D

Eu pensava que o Fate era um pouco mais frio e egoísta com quem odeia, mas com o Vion ele agiu diferente, ele quis trazer de volta o amigo do passado, o seu companheiro, queria que os dois voltassem à ser uma dupla inseparável. Esse é um dos pontos que gosto na sua Fanfic, você desenvolve bem o que acontece, o passado e também surpreende com a personalidade dos personagens, mesmo os que já haviam aparecido.

Não me vinha à mente o que seriam os "Mestiços" que o Fate odeia tanto, eu pensava que poderia ser uma mistura de espécies, mas não me passou pela mente que seriam frutos da relação de humanos com Digimon. Não sei se é possível a relação sexual entre humanos e Digimon na Fanfic, mas há também a possibilidade de que seja um processo científico e até um erro em algum processo.

Estou realmente muito preso à sua Fanfic e apreciando imensamente cada momento, fora as surpresas que tive. Só um conselho que acho que você deve ter pensado, não faça o Fate tão intocável pela ajuda do Falcomon, faça com que ele mesmo se salve de certas situações ou até mesmo faça que ele não se salve como quando ele foi atingido na perna. E por falar nisso, você não abordou isso no resto do capítulo, a perna dele deveria estar machucada, ele não poderia andar normalmente e muito menos correr.

Bem, estarei aguardando a batalha entre Falcomon e Matadrmon, afinal, pelo que você disse, vai ser inesquecível e surpreendente. Espero que não me decepcione e mantenha a mesma qualidade nos próximos capítulos. Estou com várias dúvidas esperando serem explicadas, por isso obviamente continuarei acompanhando a Fanfic. Meu maior interesse é o D-Virus, saber o porque o Maxim-G e o V-Blade o criaram e o que isso ocasionará.

Eu tive alguns Dejavús enquanto respondia o seu comentário e acho que também enquanto lia o Capítulo 03. Eu sou assim mesmo, às vezes tenho Dejavús e fico me perguntando o porque de isso acontecer, pois no caso, estou certo de que eu não havia lido a Fate e nem conversado exatamente do mesmo modo sobre ela com você.

Aguardarei o próximo capítulo. Cuide-se amigo! \o
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Mensagem por Leonardo Polli Sáb 29 Out 2011, 5:27 pm

@Rikaru: Digimon = Humanos, pelo menos para mim. Sobre resistências, bom, ainda tem MUITA coisa pra rolar na Fate, e quando digo MUITA, espere por 6 sagas com mais de 100 capítulos, oaueosues. Tecnologia, não espere carros voando, mas algo próximo a isso. Area 51 me expressei mal, ela só tem importância no começo da fanfic mesmo.. depois é só lembrança, e algo que aconteceu nela irá repercurtir nos caps finais da primeira saga. Não espere evoluções logo de começo, rs, capítulo 04 está cheio de surpresas, como eu te disse. E não, odeio de coração Peckmon, e quem vai ser colocado no lugar dele? Segunda saga se descobre. E porque só na segunda saga que Falcomon vai evoluir pra Seijukuki? Capítulo 04 se descobre.

De longe Benjamin veio de Ben10. Benjamin é o nome de um pers. que eu criei faz tempo, Benjamin Campbell. Sempre gostei de Mc em sobrenomes e como a fanfic engloba o destino de tudo e todos e tb é o nome da fic, saiu Benjamin McFate. Sobre digimons renascerem, digitamas, dados... vai ser explicado mais pra frente na fic! E eu posto aos domingos, mas resolvi postar no sábado... mas nem liga, porque quando chegar no capítulo 15 e eu postar enquanto escrevo, você vai saber o que é demora pra postar, OAUEOUSOES.

Melodee é um conjunto de tudo ligado a dor e o sofrimento. Seu passado é um tanto desconhecido e, embora ela odeie o irmão, eles lutam pelo mesmo ideal: o pendrive. Wisemon cegou Melodee porque não conseguiu matá-la. E porque não conseguiu matá-la? E como que Melodee usa perfeitamente um arco, como se tivesse olhos? Não, nada a ver com tecnologia. As respostas pra essas perguntas, só mais pra frente. Maximillian e Violentblade estão juntos no mesmo caminho, mas tem ideais diferentes. Duas palavras que definam os dois: Maxim, a sabedoria e Blade, o poder. Confuso? Não tão breve trarei a explicação.

De todos digivices eu curto mais o iC, não sei porque, talvez por ser mais sofisticado. Matadormon tem em Xros Wars Hunters, mas a ideia de usá-lo foi porque, pra mim, a linha evolutiva de Dracmon é a mais fodônica, "trevasmente" falando. E sim, Vion se parece um pouco com o Kiriha, e Drac com o Greymon, mas nem tudo é o que parece ser \o Fate está longe de ser frio e egoísta. Quem é assim é o Vion. E eles sempre foram e estarão unidos, não importa o que acontecer - foi a jura que fizeram na adolescência. Capítulo 04 vai ser totalmente dedicado a eles, então se prepare.

Como eu disse, Fate não é um parque de diversões, é a vida como se realmente existissem digimons. E cá entre nós, se um negão tarado visse uma Lilithmon andando pelas ruas EU DUVIDO que ele não faria nada com ela. É o que eu penso. rs Fate e a sua "rapida cura" é algo que os leitores antigos reclamavam também. Bom, posso te dizer que até o capítulo 15 haverão muitas partes assim, mas é como eu disse, é foda modificar isso.
Não é a última luta entre Falcomon x Matadormon/Dracmon, mas é a primeira e vai mostrar que ambos, quando se colidem, são os melhores lutadores digimon que existem. O D-Virus, que na verdade não é um vírus rs, é um projeto que Maxim/Blade estão juntos para tornar humanos em mestiços vai ser explicado futuramente. Algo mostrado no capítulo 04 dará uma pequena luz sobre o que eles pretendem na primeira saga.

Sobre você ter dejavus, eu tenho isso direto. Só digo uma coisa: leia a Fate por sua própria conta e risco, porque ela pode vir a acontecer. rs

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Mensagem por Mickey Dom 30 Out 2011, 9:42 am

Osh! Muito bom, novamente!

A Dee apesar de cega é boa em mirar o alvo... coração de um querreiro *.*

Nossa, um encontro que não gerou abraços e sorrisos... hauahau isso que é ódio...
Continuo apostando no Fate! E que se não fosse a surpresa a situação seria diferente!

Hauahauau agora cai na resada quando o Kid falou que o Fate acabou ficando com a garota no tempo da escola!
Isso é definitivamente ÓDIO! hauahau mais comico... da para imaginar a cena... o Fate com sua cara de bobo com a garota e o Kid com os seus músculos com raiva!

Interessante como são "criados" mestiços... acho que fiquei na dúvida. Me corrija!

#1 = Digimon
#2 = Humano
#3 = Digimon+Humano=Mestiço
#4 = Humano+ARMA+DADOS Digimon = Mestiço Artificial
#5 = Digimon+ARMA+DNA Humano = existirá na história? xD

Hauahuahau muito bem heim Polli!

Aguardando o desfecho deste duplo encontro com o passado do Fate!

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Mensagem por Marcy Dom 30 Out 2011, 4:17 pm

Eu já tinha lido o primeiro capítulo no fórum antigo, e agora pode ter certeza que lerei todos.

Só pelo 3º capítulo e pela sua explicação, já consigo imaginar o Ben e o Vion como uma espécie de Ash/Gary, rsrsrs; mas, pensando bem, acho que é esse tipo de rivalidade que você planeja.

Dee e Renamon se comunicaram telepaticamente; e, além disso, Dee conseguiu mirar suas flechas com precisão mesmo não enxergando. Lá vou eu relembrar Pokémon, porque essa "técnica" me pareceu algo relacionado com aura, como no 8º filme dos monstrinhos de bolso ("Lucario e o Mistério de Mew"), onde aparece o Lucario (que lê as auras de todas as coisas, vê sem precisar dos olhos e se comunica por telepatia).

A ideia de mestiços de digimon e humanos me pareceu interessante. Se puder, procure nos explicar como que uma matéria orgânica (humano) pode receber algo (dados) e ser profundamente afetado, trazendo esses dados como parte de seu ser. Claro, isso se trata de uma ficção, mas se você torná-la mágica, ficaria muito mais interessante.

Uma breve explicação de Ficção Mágica: é aquele tipo de ficção que, por trás de tudo, traz uma explicação lógica para os acontecimentos. Simplificando: uma coisa pode não existir na realidade, mas se o escritor conseguir explicá-la com precisão, o leitor pode até achar que essa coisa existe. Ficção Mágica é o contrário de Ficção Fantástica, que é quando os personagens aceitam os fatos (considerados na realidade irreais) como se fossem normais.

Entretanto, amei a fanfic! Só fico pensando no conteúdo que tem nesse pendrive...

Aguardo o próximo capítulo!
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Mensagem por Leonardo Polli Dom 30 Out 2011, 9:54 pm

@Mickey: Grato pela presença e pelo elogio, espero que continue gostando da fanfic \o Melodee conseguir ser boa na mira e no arco e flecha não é algo normal, é uma espécie de, digamos, um poder que ela adquiriu treinando. Isso vai ser explicado mais pra frente na fanfic. Ela vai sentir ódio de Fate até cair na realidade, pois ela não está com ódio, ela está tomada pelo ódio, o ódio está controlando ela. E Fate, como sendo um verdadeiro irmão, sempre vai tentar não agredir sua irmã, pois sabe que, lá no fundo, uma garotinha inocente derrama suas lágrimas.

Benjamin e Kid sempre foram melhores amigos mas, acredite, se não fosse Kid, Benjamin nunca ia ter ficado com Felicia. Kid é a base e Benjamin é o resto da pirâmide, suponhamos. Sobre os mestiços, há muita coisa por trás dessa "terceira raça". Os mestiços originais são aqueles que nascem de um cruzamento entre um ser humano com um digimon. Imagine um homem tendo relações sexuais com uma Renamon; nascerá uma mulher normal, mas com olhos azuis e um rabo amarelo. E que soprará gelo. É mais ou menos isso.

Mestiço artificial é um humano que recebe um tiro de uma arma, em que a bala contenha dados que, ao penetrar no corpo do humano, esses dados passam a percorrer pelo seu sistema circulatório. O sangue leva os dados para todas as partes do corpo e esse humano ganha características dos dados do digimon que continha na bala. Há também o método de seringa, mas o mais usado é o de arma. E isso é algo que acontece por trás das cortinas - ou seja, é um projeto que o mundo humano desconhece. Por quê? A história explicará.

E não, não tinha pensado na hipótese de um digimon virar humano. Afinal, digamos que digimons já evoluem, e que um humano se transformar em digimon e virar mestiço temporariamente é uma espécie de evolução temporária. Novamente, obrigado por acompanhar a fanfic e espero que continue conosco! Abraços.

@Marcy: Agradeço a presença e espero que continue acompanhando a fanfic!

Benjamin e Kid, como vocês puderam perceber, é mais ou menos Ash e Gary, mas eu diria que se aproximam mais de Goku e Vegeta. São como irmãos, que sempre brigam e apesar de sempre se ajudarem, um quer sempre ser melhor que o outro, mas ambos acabam sendo melhores juntos, e não separados. A treta deles vai longe na fanfic, mas quem curte uma amizade que transcede qualquer outro tipo de relacionamento, vai ser mostrado na fanfic.

Melodee, como disse anteriormente, adquiriu essa habilidade de ecolocalização - algo semelhante aos morcegos. Ela tem seus outros sentidos bastante aguçados por causa de um treinamento árduo que teve que passar após sua cegueira. E Renamon também, a digimon raposa não é cega, mas consegue se comunicar com Dee através do coração. É aquela ligação humano-digimon.

Nos laboratórios, se não me engano, se criam todos os dias misturas de DNA. Esses dias atrás no discovery se não me engano, eu vi o Ligre - mistura de Leão com Tigre - uma espécie de felino grande e alto, porém bastante preguiçoso (talvez um erro que deu no DNA). Esse método de transformar humano em digimon com dados de um monstro digital é como se você fosse injetar uma droga em um humano, mas com um revólver ou até mesmo seringa, mas isso é temporário. Funciona basicamente assim.

O conteúdo do pendrive é realmente um dos maiores mistérios da fanfic. Se não o maior. Não digo que seu conteúdo será revelado agora, mas futuramente, sim. Obrigado novamente por acompanhar e fique no aguardo do capítulo 04, onde mostraremos a continuação da batalha Fate/Falcomon x Vion/Matadormon, e o desfecho da Area 51.

Abraços!



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Mensagem por Rikaru Muzai Qua 02 Nov 2011, 9:39 pm

Leonardo Polli escreveu:@Rikaru: Digimon = Humanos, pelo menos para mim. Sobre resistências, bom, ainda tem MUITA coisa pra rolar na Fate, e quando digo MUITA, espere por 6 sagas com mais de 100 capítulos, oaueosues. Tecnologia, não espere carros voando, mas algo próximo a isso.

Area 51 me expressei mal, ela só tem importância no começo da fanfic mesmo.. depois é só lembrança, e algo que aconteceu nela irá repercurtir nos caps finais da primeira saga. Não espere evoluções logo de começo, rs, capítulo 04 está cheio de surpresas, como eu te disse. E não, odeio de coração Peckmon, e quem vai ser colocado no lugar dele? Segunda saga se descobre. E porque só na segunda saga que Falcomon vai evoluir pra Seijukuki? Capítulo 04 se descobre.

De longe Benjamin veio de Ben10. Benjamin é o nome de um pers. que eu criei faz tempo, Benjamin Campbell. Sempre gostei de Mc em sobrenomes e como a fanfic engloba o destino de tudo e todos e tb é o nome da fic, saiu Benjamin McFate. Sobre digimons renascerem, digitamas, dados... vai ser explicado mais pra frente na fic! E eu posto aos domingos, mas resolvi postar no sábado... mas nem liga, porque quando chegar no capítulo 15 e eu postar enquanto escrevo, você vai saber o que é demora pra postar, OAUEOUSOES.

Melodee é um conjunto de tudo ligado a dor e o sofrimento. Seu passado é um tanto desconhecido e, embora ela odeie o irmão, eles lutam pelo mesmo ideal: o pendrive. Wisemon cegou Melodee porque não conseguiu matá-la. E porque não conseguiu matá-la? E como que Melodee usa perfeitamente um arco, como se tivesse olhos? Não, nada a ver com tecnologia. As respostas pra essas perguntas, só mais pra frente. Maximillian e Violentblade estão juntos no mesmo caminho, mas tem ideais diferentes. Duas palavras que definam os dois: Maxim, a sabedoria e Blade, o poder. Confuso? Não tão breve trarei a explicação.

De todos digivices eu curto mais o iC, não sei porque, talvez por ser mais sofisticado. Matadormon tem em Xros Wars Hunters, mas a ideia de usá-lo foi porque, pra mim, a linha evolutiva de Dracmon é a mais fodônica, "trevasmente" falando. E sim, Vion se parece um pouco com o Kiriha, e Drac com o Greymon, mas nem tudo é o que parece ser \o Fate está longe de ser frio e egoísta. Quem é assim é o Vion. E eles sempre foram e estarão unidos, não importa o que acontecer - foi a jura que fizeram na adolescência. Capítulo 04 vai ser totalmente dedicado a eles, então se prepare.

Como eu disse, Fate não é um parque de diversões, é a vida como se realmente existissem digimons. E cá entre nós, se um negão tarado visse uma Lilithmon andando pelas ruas EU DUVIDO que ele não faria nada com ela. É o que eu penso. rs Fate e a sua "rapida cura" é algo que os leitores antigos reclamavam também. Bom, posso te dizer que até o capítulo 15 haverão muitas partes assim, mas é como eu disse, é foda modificar isso.

Não é a última luta entre Falcomon x Matadormon/Dracmon, mas é a primeira e vai mostrar que ambos, quando se colidem, são os melhores lutadores digimon que existem. O D-Virus, que na verdade não é um vírus rs, é um projeto que Maxim/Blade estão juntos para tornar humanos em mestiços vai ser explicado futuramente. Algo mostrado no capítulo 04 dará uma pequena luz sobre o que eles pretendem na primeira saga.

Sobre você ter dejavus, eu tenho isso direto. Só digo uma coisa: leia a Fate por sua própria conta e risco, porque ela pode vir a acontecer. rs

Wow, 6 Sagas com mais de 100 Capítulos. .o. Você realmente está muito confiante e parece que haverão muitos temas à serem abordados na Fanfic. Isso me deixa feliz, pois se a Fanfic será tão longa assim, significa que as idéias não são muito limitadas e será algo incrível de se ler. \o

Sem problema, eu sei que você fechará este elemento da Fanfic muito bem. Estou curioso para saber quais são seus planos para a Fanfic, não haverá evoluções no começo, o Falcomon só evoluirá na Saga 02, haverá um substituto para o Peckmon, enfim, as surpresas não são poucas e você sabe como nos deixar ansiosos para saber mais. rsrsrsrs

Agora compreendo a origem do nome Benjamin McFate, é bem pensado. Mais mistérios que você criou e que atiçam a minha curiosidade. xD Espero que você mantenha um tempo mínimo não muito longo entre os capítulos, afinal, se tivermos que esperar mais de 1 mês por todos os capítulos, então realmente será muito cansativo e você poderá perder leitores acredito eu.

Ótimo, mais mistérios. u.u Mesmo ela tendo tido um pouco mais de foco no Capítulo 03, eu ainda espero mais desenvolvimento da Melodee, não apenas do seu passado que envolve seus mistérios, mas de sua personalidade, seu dia a dia, enfim, quero vê-la bem desenvolvida com o tempo. Maxim-G busca a sabedoria e o V-Blade busca o poder?

Isto é realmente bem intrigante. Imagino que o Maxim-G deseje adquirir mais conhecimento à respeito dos Digimon e o que a existência deles juntamente com os humanos pode ocasionar. Ele deve possuir algum propósito benéfico aos seres humanos, talvez evitar desastres no planeta ou até mesmo, entender mais uma espécie que divide o planeta com os humanos.

Talvez com o conhecimento profundo dos Digimon e do modo como eles afetam os humanos e o planeta, seja para um dia poder manter a segurança e a paz para e entre as duas espécies. Já o V-Blade, provavelmente ele deseja controlar seres até mais poderosos que os Digimon, assim podendo assumir o controle das duas espécies e de todo o planeta ou até de todo o universo sem nenhum obstáculo que possa atrapalhar seus planos.

Eu não me recordo bem de como é o iC, mas do pouco que sei dele, - mesmo sem ter assistido Savers - ele é muito útil. Ah, acabei de me lembrar, eu li o Mangá Digimon Next e adorei as funcionalidades do iC, principalmente poder materializar objetos e até alimentos. O Dracumon é realmente incrível, ele merecia destaque no Anime, mas não com aquele Digimon como Perfect dele, eu prefero o Matadrmon, ele é muito mais foda e combina mais com ele.

Sim, eu percebo que nem tudo é o que parece em Digimon Fate, mas isso é uma emoção à mais, causa um êxtase de tanta ansiedade que tenho de saber mais sobre a história, sobre seus mistérios e tudo mais. Eu gostei da personalidade do Vion, ela é oposta à do Fate, mas não ao extremo, tanto é que eles parecem ter algum tipo de ligação e pelo que você disse, é por eles terem sido grandes amigos durante a adolescência.

Eu admiro a realidade que você deseja passar com a Fanfic, até o momento não houve nada tão extraordinário que não poderia ter acontecido caso Digimon existissem. Eu duvido é que um humano iria assediar uma Digimon, no caso da Lilithmon, ela precisaria apenas perfurar o negão com as suas unhas e ele morreria. hahahahahahaha xD

E não se preocupe, eu sei que não é possível mudar isso sem ser necessário mudar toda a história, então como eu disse, siga em frente e corrija seus erros de agora em diante. ;D Os melhores lutadores? Opa, é isso que eu quero ver, uma batalha de verdade, com riscos, com êxtase, com suor, enfim, os dois dando seu máximo para vencer. Estou curioso para saber o que irá interromper esta batalha ou se ela será finalizada e caso seja, o que acontecerá depois.

Eu gostei de chamar D-Virus, pois é o mesmo que chamar remédio de droga, pois ele é uma droga, um composto químico que altera o organismo humano. Use Resident Evil como referência, o T-Virus altera o DNA dos humanos, assim como o composto de dados de Digimon faz na sua Fanfic. =P

Irei aguardar para essa pequena luz que irá nos revelar um camiho para descobrir o que o Maxim-G e o V-Blade pretendem. E também desejo saber mais sobre os Mestiços, saber desde quando humanos e Digimon se relacionam sexualmente, como é este processo de reprodução entre duas espécies diferentes, saber se Mestiços são muito diferentes dos humanos no sentido de serem descontrolados, enfim, são muitas dúvidas. xD

Você também tem Dejavús? Que legal. Bem, porque tenho que ter cuidado? A história da Digimon Fate se tornará realidade? xD Bem, brincadeiras à parte, eu gosto de ter Dejavús e mais ainda se são relacionados à algo que gosto. Seria realmente incrível se no futuro existir um Game de Realidade Virtual em que eu pudesse viver na dimensão da Digimon Fate, poder passar pelas mesmas situações que o Fate ou que algum outro personagem, enfim, vivenciar esta dimensão. \o


Leonardo Polli escreveu:@Mickey: Grato pela presença e pelo elogio, espero que continue gostando da fanfic \o Melodee conseguir ser boa na mira e no arco e flecha não é algo normal, é uma espécie de, digamos, um poder que ela adquiriu treinando. Isso vai ser explicado mais pra frente na fanfic. Ela vai sentir ódio de Fate até cair na realidade, pois ela não está com ódio, ela está tomada pelo ódio, o ódio está controlando ela. E Fate, como sendo um verdadeiro irmão, sempre vai tentar não agredir sua irmã, pois sabe que, lá no fundo, uma garotinha inocente derrama suas lágrimas.

@Marcy: Melodee, como disse anteriormente, adquiriu essa habilidade de ecolocalização - algo semelhante aos morcegos. Ela tem seus outros sentidos bastante aguçados por causa de um treinamento árduo que teve que passar após sua cegueira. E Renamon também, a digimon raposa não é cega, mas consegue se comunicar com Dee através do coração. É aquela ligação humano-digimon.

Eu imaginava que o motivo de a Melodee ser boa com o arco e flecha mesmo sendo cega foi que o Wisemon tivesse dado um poder à ela que afeta seus olhos e por isso ela não precisava ver para saber a localização das pessoas, enfim, uma idéia bem viajada. rsrsrs É interessante ela ter trabalhado seus outros sentidos, ela com certeza precisaria deles já que o principal e acredito que o mais necessário que é a visão, ela não terá mais.

Espero que ela não perceba que este ódio que ela sente é errado, tão depressa. Na minha opinião isso tem potencial para ser abordado um pouco mais, afinal, as Sagas serão gigantes, então acho que não haverá problema. xD Fico feliz pelo Fate demonstrar ser um bom irmão, pois há pessoas que não se importariam com o bem estar de seus irmãos e se esta situação fosse real, talvez a pessoa no lugar do Fate teria matado sua irmã.

Há duas coisas intrigantes. Você falou que ela está sendo controlada pelo ódio, será que é algum ser que a está fazendo sentir ódio, se aproveitando da fragilidade dela para controlá-la ou é apenas o sentimento que está muito forte por causa das mágoas em seu coração que a deixam cega para a verdade? A segunda coisa que me intriga é esta relação Humano-Digimon, será que a ligação é tão forte à ponto de permitir telepatia?


Leonardo Polli escreveu:@Mickey:Benjamin e Kid sempre foram melhores amigos mas, acredite, se não fosse Kid, Benjamin nunca ia ter ficado com Felicia. Kid é a base e Benjamin é o resto da pirâmide, suponhamos.

@Marcy: Benjamin e Kid, como vocês puderam perceber, é mais ou menos Ash e Gary, mas eu diria que se aproximam mais de Goku e Vegeta. São como irmãos, que sempre brigam e apesar de sempre se ajudarem, um quer sempre ser melhor que o outro, mas ambos acabam sendo melhores juntos, e não separados. A treta deles vai longe na fanfic, mas quem curte uma amizade que transcede qualquer outro tipo de relacionamento, vai ser mostrado na fanfic.

Eu não curto apenas, eu realmente gosto muito de uma amizade assim, inclusive eu tenho uma amizade assim. *-* Bem, uma amizade à nível de Goku e Vegeta é realmente muito interessante, até eu que não assisti Dragon Ball Z e GT inteiros, sei que é uma grande amizade encoberta por uma rivalidade de certa forma infantil.

Enquanto o Fate é o lado bom e feliz, o Vion é o lado mal e infeliz, talvez pelo que aconteceu entre os dois, o Vion pode ter nutrido um ódio pelo Fate, assim criando a rivalidade entre ambos. Não sei bem como você pretende abordar isto, mas espero que não termine com a rivalidade, que faça algo no estilo Goku e Vegeta mesmo, irmãos que não vivem um sem o outro e que precisam ser rivais por não aceitarem a amizade que os une - ao menos por parte do Vegeta e do Vion. rsrsrs


Leonardo Polli escreveu:@Mickey:Sobre os mestiços, há muita coisa por trás dessa "terceira raça". Os mestiços originais são aqueles que nascem de um cruzamento entre um ser humano com um digimon. Imagine um homem tendo relações sexuais com uma Renamon; nascerá uma mulher normal, mas com olhos azuis e um rabo amarelo. E que soprará gelo. É mais ou menos isso.

Mestiço artificial é um humano que recebe um tiro de uma arma, em que a bala contenha dados que, ao penetrar no corpo do humano, esses dados passam a percorrer pelo seu sistema circulatório. O sangue leva os dados para todas as partes do corpo e esse humano ganha características dos dados do digimon que continha na bala. Há também o método de seringa, mas o mais usado é o de arma. E isso é algo que acontece por trás das cortinas - ou seja, é um projeto que o mundo humano desconhece. Por quê? A história explicará.

E não, não tinha pensado na hipótese de um digimon virar humano. Afinal, digamos que digimons já evoluem, e que um humano se transformar em digimon e virar mestiço temporariamente é uma espécie de evolução temporária. Novamente, obrigado por acompanhar a fanfic e espero que continue conosco! Abraços.

@Marcy: Nos laboratórios, se não me engano, se criam todos os dias misturas de DNA. Esses dias atrás no discovery se não me engano, eu vi o Ligre - mistura de Leão com Tigre - uma espécie de felino grande e alto, porém bastante preguiçoso (talvez um erro que deu no DNA). Esse método de transformar humano em digimon com dados de um monstro digital é como se você fosse injetar uma droga em um humano, mas com um revólver ou até mesmo seringa, mas isso é temporário. Funciona basicamente assim.

Eu acredito ter entendido mais sobre os Mestiços, é um elemento bem intrigante da Fanfic. Respondendo à dúvida do Mickey, se fosse injetado DNA Humano em Digimon, nasceriam os Mestiços Artificiais, simples assim. Afinal, se um Humano com o DNA Digimon se torna um Mestiço, um meio termo, com um Digimon que tem seu DNA unido ao DNA Humano acontece o mesmo.

Acredito que não deva ser dito que são Dados de Digimon e sim DNA de Digimon. Porque? Os Digimon não estão no Digital World, não estão recebendo energia digital, se tornaram seres vivos que sentem dores, tem ferimentos, sangram. Enfim, eles são uma outra espécie que no Human World adquirem a mesma estrutura genética dos Humanos. Esse é o modo que vejo isso.

Bem, eu gostei da idéia dos Mestiços, até pelo fato de eles adquirirem poderes. Algo que me intrigou é que, na Fanfic é dito que os Mestiços Artificiais H-D apenas ganham a aparência e a força de um Digimon, mas então os Mestiços Originais são os únicos que possuem poderes, nem mesmo os Mestiços Artificiais D-H possuem?

Obs: Mestiços Artificiais H-D se refere aos Humanos com DNA Digimon e Mestiços Artificiais D-H se refere aos Digimon com DNa Humano. Inventei isso agora. =P


Leonardo Polli escreveu:@Marcy: O conteúdo do pendrive é realmente um dos maiores mistérios da fanfic. Se não o maior. Não digo que seu conteúdo será revelado agora, mas futuramente, sim.

Espera, então o foco principal de TODA a Fanfic é o Pendrive? Em TODAS as Sagas? O.o Espero que não Leo-kun, espero que você amplie a dimensão da Fanfic, a história da mesma muito mais e aborde diferentes temas. Claro, não sei do que se trata o Pendrive e nem o que acontecerá com ele para dizer que ficaria ruim abordá-lo em toda a Fanfic como foco principal, mas deixo aqui a minha opinião. ;D

Marcy escreveu:Uma breve explicação de Ficção Mágica: é aquele tipo de ficção que, por trás de tudo, traz uma explicação lógica para os acontecimentos. Simplificando: uma coisa pode não existir na realidade, mas se o escritor conseguir explicá-la com precisão, o leitor pode até achar que essa coisa existe. Ficção Mágica é o contrário de Ficção Fantástica, que é quando os personagens aceitam os fatos (considerados na realidade irreais) como se fossem normais.

Eu não entendo muito disso, mas me interessei pela Ficção Mágica, com certeza muito melhor que a Ficção Fantástica. Claro que não deve ser possível ter uma grande lógica em tudo, mas fazer algo com um objetivo, com uma explicação, mesmo que mínima ao invés de fazer os personagens aceitarem e não compreenderem realmente, na minha opinião é muito melhor.

Bem, estarei no aguardo pelo Capítulo 04 para ver a batalha entre o Falcomon e o Dracumon/Matadrmon, além de saber como irá terminar esta parte na Area 51. Desculpe a demora em responder Leo-kun, mas fiquei afastado do fórum nos 3 últimos dias. Parabéns pelas grandes idéias e pelo desenvolvimento da Digimon Fate. Cuide-se e até outra hora! \o
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Mensagem por Leonardo Polli Qua 02 Nov 2011, 11:39 pm

@Rikaru: Exatamente, creio que para mim terminar a Fate levará um pouco menos que 10 anos. Haverá evoluções no começo sim, e no capítulo 04 Falcomon também vai evoluir, relaxa kk. Melodee vai ser bem desenvolvida, relaxa. Gosto de fazer personagens com personalidades próprias justamente para isso - eles começam de um jeito e conforme o tempo passa, vão mudando. Maxim é sabedoria e Blade o poder - mas, saiba que Maxim não é do jeito que você pensa. Nem um pouco, rs. Violentblade anseia pelo poder e vai fazer de tudo para ser o melhor e mais forte ser existente. Talvez ele compartilhe o mesmo ideal que Maxim. Talvez.

O Vion, se não me engano, vai ser o personagem mais trabalhado da história - bem mais que o Fate. Ele estará sujeito a inúmeras mudanças e isso estará sempre presente na fanfic. Sobre a relação de digimons x humanos x mestiços desde os primórdios, será explicado no decorrer da fic. Provavelmente pode acontecer, kkk :b

Melodee e sua relação com Wisemon vai demorar um pouco pra ser explicado, mas é algo que pode deixar os leitores de queixo caído. Digimon Fate é inteira assim - é o que parece, tá na cara que é aquilo mas, no fim, não é. hehe Sim, pouco a pouco ela vai cair na real. E Fate é aquele tipo de pessoa que a felicidade dos outros é a sua felicidade. Ele nunca iria machucar a sua irmã, e não só na batalha do 03. E, não. O ódio em si está controlando Melodee. Quando você ama alguém, não é controlado pelo amor e faz tudo pelo amor? Então. O mesmo caso de Dee, mas estamos falando do ódio.

Fate o lado bom e o feliz, Vion o lado mal e infeliz - é o que parece, mas, mais uma vez, pode não ser, rs. E sobre os digimons, é basicamente isso - convivendo no Human World, os digimons viraram monstros comuns, mas com habilidades e poderes de digimon, e lógico, a fala. E não existem Digimons com DNA humano, apenas Humanos com DNA Digimon. E sim, os H-D ganham a aparência e força e os Mestiços Originais são humanos, que possúem poderes e características/partes do corpo do digimon em questão.

O foco principal da fanfic não é o pendrive em si, mas o que gera toda a história é o pendrive. Ao leito da morte, o avô de Fate disse a ele para procurar o pendrive, porque se caísse em mãos erradas os dois mundos correriam grande perigo. Então, Fate vai em busca do pendrive, e digamos que Digimon Fate é gerada pelo pendrive. O objeto será foco total apenas na primeira saga - tal qual o nome, Em Busca do Desconhecido. As outras sagas cada qual terá um outro foco em específico, mas o pendrive sempre será o maior mistério da trama.

Capítulo 04 vai matar algumas de suas dúvidas e levantar outras no sábado ou no domingo. Aguarde até lá \o Abraços.
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Mensagem por Rikaru Muzai Qui 03 Nov 2011, 10:02 am

Acredite Leo-kun, eu fico imensamente feliz por saber que você pretende se aprofundar tanto na Digimon Fate à ponto de demorar quase uma década para terminá-la. Eu espero um dia escrever uma história tão completa assim, tão profunda e bem desenvolvida à ponto de prolongá-la por muito tempo. ^^

Você havia dito que o Falcomon evoluiria apenas na Saga 02. --''' Eu estou relaxado, só estou muito empolgado e ansioso com a sua Fanfic. Eu compreendo seu ponto de vista, mas não exagere, pois não é necessário que um personagem mude extremamente com o decorrer da Fic, alguns podem manter a sua personalidade próxima à inicial.

Você fica me provocando, me deixando cheios de dúvidas, seu chato. u.u Eu achei que havia entendido o Maxim-G e o V-Blade, mas você acaba com as minhas hipóteses. Bem, só resta aguardar para descobrir mais sobre isso, acho até que irei parar de fazer hipóteses, pois elas sempre estão erradas. T^T

O Vion será mais trabalhado que o Fate? Hmmm, interessante.... Acredito que ele terá alguma grande importância e até afete muito o destino do Fate, talvez por isso seja melhor trabalhado, por haver esta necessidade para o decorrer da história e até para o destino dos outros personagens ser formado da melhor forma possível. Certo, certo, aguardarei a explicação. u.u

Sinceramente, você está me surpreendendo mais com as suas respostas aos nossos comentários do que com a Fanfic, você deixa mais e mais dúvidas nos seus comentários, faz com que eu crie hipóteses, me deixa ansioso e talvez até agoniado, enfim, você está me deixando cada vez mais preso à Digimon Fate, você é realmente muito maldoso. u.u

Gosto desse tipo de personalidade que o Fate tem, eu sou parecido com ele. Era só uma dúvida mesmo, mas agora já está explicado, são so próprios sentimentos da Melodee que a estão afetando, afetando seu julgamento sobre o Fate, sobre o que ele fez e por isso ela quer vingança pelo sofrimento que ele a fez passar. Isso é incrível, estou muito entusiasmado. \o

Pare de quebrar as minhas hipóteses. u.u Se bem que, você pode estar tentando desviar meu foco. Bem, eu continuarei criando as minhas hipóteses e tentando descobrir mais sobre os elementos abordados na Digimon Fate, descobrir mais sobre o que os personagens pretendem, o que irá acontecer com eles, enfim, quero tentar descobrir tudo antes de ser explicado. \o

Não quis dizer que foi a convivência, eu quis dizer que foi eles terem ido ao Human World, pois a estrutura desta dimensão não é como a do Digital World, então obviamente a estrutura genética dos Digimon mudaria para como a de seres vivos desta dimensão, porém mantendo suas habilidades. Em resumo, eles deixaram de ser dados para serem de carne e osso. ;D

Você realmente não me entendeu. Se um Mestiço Original nasce da relação de um Humano com um Digimon, então ele será AO MESMO TEMPO um Humano com DNA Digimon e um Digimon com um DNA Humano, ele não nasceu nem um Humano e nem um Digimon para ser considerado apenas uma das opções. Já os Mestiços Artificiais, eles sim podem ser classificados em apenas uma das opções, dependendo de qual era a espécie original dele.

Sim, o ponto inicial da história foi o Pendrive, mas com o tempo irão surgindo novos focos, outros objetivos para os personagens e isso é muito bom, pois deixar a Fic sempre com o mesmo foco pode torná-la monótona e não dará tanta liberdade para abordar diversos assuntos. Estou curioso para saber o que o Pendrive contém para ameaçar as duas dimensões e claro, saber como a Area 51 colocou as suas mãos nele, isso se não foram eles que o criaram.

Eu imaginava que você responderia o meu comentário com outro grande, mas você conseguiu diminuir a sua resposta e ainda assim responder tudo que eu disse. =P Bem, espero grandes coisas do Capítulo 04, espero esclarecer algumas dúvidas e criar hipóteses para as novas. \o
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Mensagem por Leonardo Polli Sex 04 Nov 2011, 10:46 pm

@Rikaru: Na verdade, não é por acaso que a Fate vai durar 10 anos pra terminar. Eu tenho 15 anos. Daqui 10 anos, vou ter 25. Fate em 25 anos. Tire suas próprias conclusões, aoeusoue. Não. Eu tinha falado que o Falcomon não evoluiria para Seijukuki no Capítulo 04, somente na saga 2. No capítulo 04 ele evolui sim. "Relaxa" é uma expressão, uma gíria, não é pra você relaxar de verdade... aoeuosue. Sobre te irritar e foder com as suas hipóteses, nãaaao, é porque eu gosto de fazer isso mesmo, se chama suspense ;p OAUSOAUEO.

O Vion é realmente uma longa história. Acho que a fanfic devia se chamar Digimon Vion, oaeuosues. Fate e Vion estão pau a pau no quesito importância, mas o Vion tem mais influência. Esse é o meu dever. Fate é isso. A ação te excita, o drama faz você chorar de verdade, o suspense te prende e o mistério te deixa em agonia. Adoro isso. aoeusoue O Fate, na verdade, sou eu. A minha personalidade toda está nele, por isso chamo o Fate de meu alterego, ou eu daqui 10 anos, aoeusoue. Sem contar que o Vion é baseado no meu melhor amigo, Felicia na menina que eu gostava, e por ai vai.

Exatamente. Assim como nós, humanos, éramos peixes, viemos para a terra e nos transformarmos em macacos e de macacos viramos homens, a teoria é basicamente essa que se falou. Adaptação. E sobre o mestiço é desse jeito que se falou mesmo. Nem Digimon, nem Humano. Mestiço. O conteúdo do pendrive continuará sendo um mistério. aeousue. E não, não foi a Area 51 que criou o pendrive. O pendrive é da época do começo da Lei de Éden - algo a ser explicado no capítulo 07 -, algo em que o avô de Fate trabalhou e que isso passou de pai para filho, como eles sendo guardiões. Acredite, a família de Benjamin Locks McFate tem muito mais a ver com Violentblade, Maxim, o pendrive e tudo do que você imagina... Nos futuros capítulos se vê porque. OAUSOAUEOUOEAU

Para a sua alegria, e a de outros leitores, e a tristeza de outros, que infelizmente não puderam acompanhar até o 03 ainda, vou postar o capítulo 04. Muita ação, socos, nego xingando e lembrando o passado, e um Fate muuuito, mas muuuuito cagão, e um final explosivo! OAUSOAUEOUS 04 se segue abajo.

P.S: O capítulo 04 ficou muito grande e, como ultrapassou o limite de caracteres do Forumeiros, tive que dividi-lo em dois posts. Espero que compreendam.


Última edição por Leonardo Polli em Sex 04 Nov 2011, 11:59 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Leonardo Polli Sex 04 Nov 2011, 11:53 pm



Saga 01 - Em Busca do Desconhecido
Capítulo 04 - Explosão


Uma criatura estranha, que aparentava ser um ciborgue draconiano, estava correndo sobre um corredor longo, claro e extenso. Tal criatura tinha mais ou menos dois metros de altura, era revestida por uma armadura verde acinzentada, possuía um rabo, cinco dedos metálicos em cada mão e garras planas no local dos pés. Possuía dois olhos, sendo que um deles era biônico e o outro normal. Presos aos ombros, dois propulsores, que permitiam a ela uma melhor locomoção. Ao topo de seu elmo, algo semelhante a um chifre metálico, com a ponta amarela. Em sua mão direita estava empunhada uma faca.

Um pouco distante a criatura, mas em paralelo a ela, corria um homem, de cerca de um metro e oitenta de altura. Tinha feições japonesas, olhos castanhos e cabelos negros e bagunçados. Tinha um físico definido, braços musculosos sob uma camisa social branca e uma gravata azul-escura. A camisa estava por dentro de calças skinny azul-escuras, que estava presa por um cinto social preto. Ainda por cima, a camisa estava um pouco afrouxada, o que não permitia a visão concreta do cinto, ou seja, tampava-o. Este mesmo homem usava tênis All-Star, numa bela combinação de cores preto e branco. Estranhamente, segurava uma grande foice nas mãos.

O mais incrível era que, quanto mais corriam, os monstros horrendos que estavam perseguindo-os chegavam ainda mais perto. Os dois já estavam cansados de tanto correr.

Havia feito mais ou menos dez minutos desde que Grim recebera uma mensagem em seu notebook, o remetente sendo Fate. O ex-agente da SWAT dizia em sua mensagem que estava correndo perigo, e que Vion e Dracmon - evoluído em Matadormon - estavam querendo matá-los. De começo, o japonês achou estranho. Não viam Vion há praticamente oito anos - desde que terminaram o Ensino Médio, mais conhecido como colegial -, o que levantou suspeita na cabeça dele. Estaria Kid planejando algo durante todos esses anos longe de seus grandes amigos para que, após todo esse tempo, ressurgir das cinzas e matá-los, sem qualquer explicação sincera?

Tudo estava muito confuso. Suor pingava em grande quantidade do rosto do japonês, demonstrando o tamanho de seu cansaço. Começou a pensar que tudo aquilo – a invasão - não estava valendo a pena. Melodee voltou. Ela não estava morta. Mas, ele não sabia disso. De tudo aquilo que estava ocorrendo com Fate, Grim tinha conhecimento apenas de que Vion estava querendo matar ele e Falcomon. Pra ele, Dee e Renamon estavam mortas.

O ciborgue draconiano não estava mais com tanto pique.

- Desisto. - disse, parando. Grim fez o mesmo, e os perseguidores o seguiram em coro. Sealsdramon se virou, encarando os monstros. - Vocês querem morrer. Então, Sealsdramon vai fazer isso por vocês.

Os monstros encaravam a dupla com faces estranhas e determinadas, aparentava que não estavam ali para brincadeiras. Um deles - o mais feio, pra ser mais exato -, estava há frente do restante. Com ar confiante, se posicionava em modo de batalha.

- Vocês dois são muito bons, de fato. - comentou o digimon, que era um gorila de pelagem branca e pele negra. Ao invés de uma mão direita, havia no lugar um canhão, ligado a tubos, que varavam todo seu braço direito, que estava sem pelagem nenhuma. Havia cintos amarrados na coxa esquerda; suas orelhas eram pontudas e seus olhos negros. Era um pouco maior que o ciborgue draconiano. - Burlaram duas vezes os sistemas de defesa e, ainda por cima, mataram facilmente mais de cem digimons. Devo admitir que...

- Death Behind!

Cansado de ouvir palavras sem sentido, Sealsdramon deu um salto mortal e caiu de pé, atrás do grande gorila. Num ato em vão, virou-se, e fincou sua faca nas costas do digimon. Por incrível que pareça, a faca atravessou o monstro, e seu corpo se transformou em linhas verdes, verticais e horizontais, que formavam a silhueta do gorila. No mesmo momento, os olhos do ciborgue, mesmo sendo robóticos, ficaram maiores. Sealsdramon foi enganado.

Era um holograma.

- Energy Cannon!

Do canhão do verdadeiro Gorimon foi disparada uma grande esfera de energia, de cor roxa. Sealsdramon foi atingido em cheio por trás, sendo arremessado na direção de Grim. O japonês, que estava cansado de tanto correr, não conseguiu desviar, e serviu como a parede de seu digimon, que derrubou-o. Um ficou em cima do outro, enquanto o gorila de pelagem branca ria diabolicamente.

- Hahaha! - olhava para o teto, e não parava de rir, enquanto Joshua Kasagrim e Sealsdramon saíam um de cima do outro, posicionando-se de pé. - Terão que passar por cima do meu cadáver antes de chegar ao seu amiguinho Fate.

----------------------------------------

- Esse desgraçado está acabando com nossos planos, Maxim.

Violentblade estava agora em uma sala, ao lado do presidente dos EUA. Conversavam sobre os intrusos - que já não eram mais "supostos" - que estavam causando problemas pelas instalações da Area 51. A sala se tratava de um local grande, onde se encontravam estantes repletas de livros, uma máquina de refrigerantes, ventiladores de última geração, e uma mesa em forma de arco ao fundo, com uma cadeira giratória atrás e em cima um computador. O chão era um carpete vermelho, as paredes eram cobertas por papéis de parede com o símbolo da Area 51, um extraterrestre verde, e o resto delas era vermelho. Janelas atrás da grande mesa refletiam uma grande quantia de luz, visto que o sol já havia aparecido. Afinal, já passavam das sete e meia da manhã.

- Devo concordar com você, Jefferson. - assentiu o presidente, sentado em uma cadeira próxima à mesa. - Há anos que ele procura o pendrive do avô, mas não o encontra. Justo hoje, que estou aqui, ele vem. A irmã dele vem também, com aquela raposa sínica, e espanca aquele falcão sem noção e o próprio irmão. Depois, ela rouba o pendrive e foge. Daí você manda o Vion... Tá ficando maluco!?

Ficou bravo de uma hora pra outra, e levantou-se. O Comandante Blade ficou um pouco assustado. - Se eu mandasse qualquer outro agente, Fate iria matá-lo em um segundo. E você sabe disso. - disse o homem de topete. - Vion é o melhor agente da SWAT. Sempre muito determinado, não mede esforços com qualquer um. Ele é páreo para Fate; é capaz de até matá-lo.

A relação entre os dois da sala não estava muito boa, a discussão se aprofundava mais no assunto dos intrusos que estavam causando discórdia naquele edifício onde se situava há pouco tempo o famigerado pendrive.

- Mas, você sabe que eles eram melhores amigos na adolescência. Talvez ainda sejam. – retrucou o presidente Gallagher, acalmando-se um pouco. - Agora, deixemos tudo nas mãos do seu "melhor agente da SWAT". Vamos ver se ele presta mesmo.

- Pode deixar, senhor. - estralou os dedos, e colocou suas mãos na região das nádegas. Assentiu com a cabeça e, momentaneamente, deu um sorriso. - Faremos de tudo para que a operação Ressurection saia em perfeita ordem, presidente.

----------------------------------------

- É, parece que melhorou seus socos.

Fate estava em um dos lados do corredor, com a mão direita sobre o ombro esquerdo, enquanto girava o mesmo. Vion, do lado oposto, olhava com um sorriso maléfico, pois a balança pendia para seu lado; Fate estava tomando uma surra dele. O homem de cabelos longos, por outro lado, estava bastante atrapalhado. Quase nunca acertava um soco no rosto de Vion, porém sempre conseguia se desviar, tomando alguns socos fortes em pontos destacados, como o rosto e a barriga, estes que doíam muito.

- É impressão sua. - respondeu Kid, estralando os dedos.

Fate ficou encabulado com aquilo. Elogiou o amigo, pensando que iria receber algo admirável em troca. Mas, recebeu estralos. Isso irritava muito ele, e irritou-o no momento. Com cara enraivecida, disparou na direção de Vion, com o punho direito erguido, e o braço reto. Quando estava se aproximando, a poucos centímetros, desceu o punho na direção do homem de cabelos arrepiados e loiros, mas este desviou para o lado, fazendo com que Fate cambaleasse um pouco para frente. Então, rapidamente, Vion desceu com tudo seu cotovelo esquerdo, acertando bem no meio das costas de Benjamin, fazendo com que ele caísse de cara no chão. Sua boca ficou cortada.

Virou-se, e agarrou a gola do uniforme da SWAT que Benjamin estava trajando. Levantou-o, e trocou sua mão de lado, segurando a parte da frente da gola, onde ficava o pescoço. Colocou, então, sua mão nele. Subiu o homem para o alto, e olhou profundamente em seus olhos, enquanto do corte em seus lábios escorria sangue. Fate não conseguia respirar direito, e aparentava estar perdendo sua consciência, pois virava seus olhos a cada intervalo de dois segundos.

- O que vai fazer agora, Fate!? - perguntou Vioner, apertando mais forte o pescoço de Fate. - O que vai me dizer agora? Cadê seus conselhos de merda!?

- Nunca... Baixe... Sua... Retaguarda...

Com as poucas forças que possuía, o homem que estava erguido pelas mãos de Vion desferiu um chute violento bem na virilha dele, atingindo por conseqüência seu órgão sexual. Então, Vion, com muita dor lá embaixo, soltou sua mão do pescoço de Fate, e os dois caíram. Mas, por sorte, apenas Fate se safou da situação. Enquanto ele estava com um vermelhão por volta do pescoço, Vion se debatia no chão, com o corpo todo torcido, e as mãos colocadas onde recebera o chute.

- Seu filho da puta! Aaaaaaaah! Desgraçado! Acertou meu saco, seu merda! Aaaaaaaaah! - dizia aos berros, enquanto se contorcia e engolia rapidamente saliva.

- Isso é pra aprender... a não dizer que meus conselhos são "de merda". - disparou o homem de cabelos longos e ondulados, passando as mãos no pescoço e na boca, para limpar o sangue dela, e parar com a dor que estava sentindo em ambos locais. Sua respiração estava um pouco pesada, mas já mostrava sinais de recuperação.

Levantou-se, e começou a caminhar. Caminhava lentamente, talvez pelas escoriações que deviam estar por dentro daquele uniforme negro, estampadas em seu corpo. Ao que andava olhava para trás, e Vion parecia estar desmaiado. O chute realmente foi bem forte, chegou até a doer seu pé. Mas, de fato, isso não importava. Virou sua atenção para frente, e viu Falcomon, lutando contra Matadormon. Mesmo estando em grande vantagem, Matadormon não levava muito jeito em batalha, e hora ou outra levava um corte das garras do falcão, que já estava com várias escoriações em seu corpo cheio de penas. A cada corte, elas se desprendiam de seu corpo, flutuavam e caíam no chão.

Sim, ele estava cansado. Havia horas que estava naquele local, com fome e sede. Mas, tinha que concluir seu objetivo, que era pegar o pendrive e cair fora dali. Porém, existiam empecilhos. E, no momento, o de Falcomon era Matadormon.

- Firecracker Smokescreen!

De repente, surgiram várias bombas de bambu em cima das garras de Falcomon, que foram disparadas pelo mesmo na direção de Matadormon. O digimon vampiro correu e cortou todas elas ao meio, enquanto se partiam em dois pedaços, caíam no chão e explodiam. Mais bombas foram jogadas e cortadas ao meio, causando mais fumaça vermelha ainda. Falcomon não pôde ver o inimigo mais, e pensou que acabara de cometer uma burrice. Esperou a fumaça abaixar e, quando isso aconteceu, Matadormon havia sumido. Ele olhou para os lados, e só via Kid se levantando, e Fate se recuperando dos ataques, encostado numa parede, ainda um pouco debilitado. Olhou pra cima, e Matadormon descia em sua direção, com suas lâminas afiadíssimas apontadas para ele.

Falcomon desviou, por um centímetro não fora atingido. Portanto, o digimon de Vion cravou as dez lâminas no chão. Ofegante, o falcão negro atacou o inimigo com as garras, jogando-o longe. As lâminas dele continuaram cravadas no chão, mas ele atingiu a parede, com seus dedos das ditas lâminas, que brilhavam num prateado assustador.

- Chega de brincadeiras. – o vampiro se levantava, após ter batido as costas na parede. - Você vai morrer, querendo ou não.

Falcomon não sabia o que responder, mas não ficou quieto. - Então, me mate.

Aquilo foi muito intimidador para apenas três palavras. Assim como Fate ficara enfurecido com os estralos de dedos de Vion, Matadormon se enraiveceu pelas palavras de Falcomon, que acabaram com seu dia.

- Butterfly Breaking Trumpet Kick!

Decidiu, então, usar seus pés. Com as duas lâminas planas encaixadas neles, ele saiu chutando o ar, na diagonal, tentando atingir Falcomon. O digimon bípede sempre desviava mas, chegou uma hora que não agüentou mais, e foi atingido de raspão no ombro pela ponta do pé direito de Matadormon. Foi jogado para trás com o impulso, e viu que sangue escorria do local atingido. Olhou para o lado, e viu Fate e Vion se socando. O loiro já estava recuperado das dores na virilha, mas ainda sentia algumas câimbras pelo corpo; já Fate continuava ofegante e cansado, e as escoriações em seu corpo, camufladas pelo traje da SWAT, ardiam como fogo. A lança de Kid continuava cravada na parede, e as pistolas de Benjamin no chão. Estava tudo muito tenso.

Falcomon respirou fundo, pensando que aquele fosse seu último tempo. Levantou-se, e se preparou para por um fim naquilo.

- Se apresse, Grim. - disse ele a si mesmo, abaixando a cabeça. - Não quero matar Matadormon.

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Uma lâmina brilhou ao cortar cinco pescoços num piscar de olhos. Sangue espirrou, e os donos dos pescoços foram ao chão, enquanto se esvaiam em dados. Eram poucos pescoços levando em conta a grande quantia de digimons que se encontravam a frente de Joshua.

A grande foice voltou para suas mãos.

- Sealsdramon, são muitos. - comentou o japonês, arfando. - Já matei mais de cem, e sempre vem mais. Acho que não vou agüentar...

- Determinação, Grim.

A única palavra que o ciborgue disse fizera com que Kasagrim refletisse de cabeça baixa. Eles estavam ali para ajudar Fate e Falcomon, então ele não poderia desistir. Sim, muitos inimigos estavam ali, mas pra quê parar de tentar? Nada é impossível, pensou o homem de cabelos negros. Então, levantando a cabeça, Joshua firmou suas mãos na grande foice e partiu pra cima das dezenas de digimons que estavam em busca da sua cabeça.

Por outro lado, a situação estava "preta" pro lado de Sealsdramon. Gorimon havia tomado uma bela surra do ciborgue draconiano e, batendo seus punhos em seu peito, começou a rugir. Rugiu tão fortemente que alguns dos digimons pararam para tapar seus ouvidos. Mas, o que mais deixou Sealsdramon e Joshua atenciosos não foi o rugido, e sim o que estava começando a surgir de um ralo, na parede oposta ao ciborgue.

Uma espécie de massa cinzenta começou a se juntar, formando um enorme monstro, com dois braços articuláveis de três garras cada, dois olhos cobertos por placas metálicas e vários tubos saindo de suas costas. Era um digimon bem estranho.

- CHEGA! - Gorimon gritou, com olhos arregalados. - Mate ele, Raremon!

- Droga... Olha o tamanho dessa coisa!

O enorme monstro não pensou nem um pouco para se mover e atacar Sealsdramon com suas garras. Desviando, o ciborgue pulou e fincou sua faca nas costas do monstro, descendo até o chão, rasgando aquela parte do corpo cinzento do adversário. Para a surpresa dele, nada aconteceu.

Gorimon mudou sua face nervosa para uma mais diabólica e calma. Parecia que tudo estava indo conforme seus planos. Conforme Vion havia mandado. Raremon tinha sido um ótimo plano naquele momento; o gorila estava quase perdendo sua vida, e estava em muita desvantagem. Com o chamado do gigantesco monstro tudo ficou equilibrado. Sealsdramon, que estava desviando dos vários golpes de Raremon, começava a ficar ofegante. A sucessão de desvios estava cansando seu corpo. Decidiu, então, fazer algo que não era inteligente; parou para olhar como estava Joshua e, conseqüentemente, se descuidou. Como impulso, Raremon baforou um gás verde, atingindo Sealsdramon. O ciborgue inalou o gás, e ficou louco. Não enxergava mais nada, tudo estava escuro. A única solução foi ir se afastando do digimon evocado por Gorimon, esse que via a cena e ria diabolicamente.

Kasagrim parecia nem estar preocupado com isso. Talvez por ainda não ter tido a oportunidade de ver que seu digimon estava caído no chão, esfregando os olhos, se contorcendo, na tentativa de voltar à realidade. O japonês estava muito ágil; já havia matado mais de cinqüenta digimons. Tudo isso utilizando sua foice, porém, hora ou outra, utilizava suas poderosas de técnicas de luta – chutes, socos, pontapés, entre outros – para deixar um ou outro digimon desacordado, ao invés de matá-lo.

Avançou rapidamente para o meio de um pequeno amontoado de digimons denominados Gazimons, que eram cachorros acinzentados, possuidores de profundos olhos vermelhos e garras negras afiadíssimas, tendo um metro de altura. Grim preparou sua foice com suas duas mãos, afastou a foice para trás e, num impulso, cortou quatro Gazimons num só golpe. Os outros do pequeno amontoado se amedrontaram e saíram correndo - o humano não entendeu o porquê de eles estarem fugindo -, mas foram pegos de surpresa pela foice de Grim, que os cortou ao meio. Enquanto os dados dos digimons mortos iam sumindo de pouco a pouco, era possível enxergar um monte de monstros de diferentes formas e tamanhos vindo na direção de Joshua. Aquilo parecia um inferno; não parava de vir mais digimons.

Enquanto isso, Sealsdramon se recuperava da confusão em sua cabeça. O ataque de Raremon o deixara atordoado, com perda total dos sentidos. Levantando, abriu seus olhos e conseguiu olhar ao seu redor. Raremon e Gorimon parados, e Grim sendo atingido por chutes de pequenas bolotas. Deu graças a Deus por não ter morrido. Só não conseguia entender o porquê de Raremon não tê-lo atacado novamente; pelo que parecia, a gigantesca massa cinzenta apenas agia a mando de Gorimon. O gorila, por sua vez, mostrava-se pouco intimidado; estava parado, apenas rindo da situação. Aquela sessão de risos ainda não havia terminado, por algum motivo desconhecido. Sealsdramon apenas sentia mais raiva.

Mas que cara de pau!

O digimon macaco parou de rir subitamente, ao perceber que Sealsdramon havia recuperado seus sentidos.

- Não acredito! - indignou-se Gorimon, com uma cara de espanto. - Era pro efeito do ataque durar mais de uma hora, e só se passaram dez minutos... Impossível!

- Nada é impossível. - retrucou Sealsdramon, cruzando seus braços.

-... Chega de papo furado! Raremon, mate-o!

Ah, meu Deus. De novo não... Planos vinham à mente do ciborgue draconiano, mas apenas um fazia lógica: acabar de vez com tudo e todos naquele corredor, inclusive Gorimon e Raremon. Este último partiu pra cima de Sealsdramon, tentando acertá-lo com as garras, mas não obteve sucesso, pois o digimon de Kasagrim foi ágil o bastante para desviar dos golpes. Aproveitando a brecha, o ciborgue utilizou de sua adaga para cortar a lateral esquerda do corpo cinzento do gigantesco Raremon, mas nada aconteceu, novamente. A única coisa que saía dele eram pedaços de massa cinzenta, que constituíam seu corpo estranho.

Isso o deixou um pouco pensativo, pois se com sua adaga não era possível matar Raremon, como ele acabaria de vez com o digimon? Pensou rapidamente em várias hipóteses, mas chegou a apenas uma conclusão. E estava vendo um meio para chegar a esse fim.

Com isso, o gorila, que estava bastante atencioso, aproveitou o pequeno e bobo descuido de Sealsdramon e partiu pra cima dele, preparando seu punho esquerdo. Levantou a mesma mão e, com muita força, socou com tudo o parceiro de Joshua, fazendo com que ele fosse de encontro à parede. Bateu a cabeça, e sentiu um leve enjôo e uma tontura alta, caindo sentado.

Com forças quase esgotando, Sealsdramon refletia consigo mesmo.

- Eu não posso... desistir. Eu não devo desistir.

- Perdedor. Ignorante. - Gorimon estava vendo o sofrimento psicológico do digimon encostado na parede, portanto utilizava de palavras ofensivas para baixar ainda mais a auto-estima dele. - Você não vai sair vivo dessa. Nem aquele humano idiota. E nem seu amigo Fate, e Falcomon. Todos serão mortos, e o pendrive continuará conosco!

- É aí que você se engana. - seu olho de ciborgue mudou da coloração vermelha para a azul. Aparentemente estava procurando algo em algum lugar do corredor, pois sua cabeça não parava de se movimentar, mais precisamente na direção de Raremon. - Scouter Monoeye!

Dentro de sua cabeça, Sealsdramon via várias informações sobre Raremon. Estava analisando o digimon, tentando encontrar seu ponto fraco. Passaram-se dez segundos e nada aconteceu; ele não havia encontrado o ponto fraco do adversário. Merda!... Já sei!

Com o pequeno fracasso de sua primeira idéia, teve outra ainda mais brilhante. Correu o mais rápido que pôde e alcançou Raremon. Com todas as forças que tinha, abaixou-se e levou suas duas mãos embaixo do corpo do digimon, que ficou assustado na hora. Com um impulso que quase o fez cair para trás, conseguiu jogar o gigantesco monstro para cima. Posicionou-se de pé novamente, com os braços erguidos formando um V, e palmas também estendidas, ele apenas esperava o digimon cair em cima delas. E foi o que aconteceu.

O poderoso impacto de Raremon em suas mãos fez com que Sealsdramon abaixasse um pouco seus braços, que ficaram trêmulos no momento. Utilizando-se mais um pouco de suas forças, ele começou a subir seus braços, deixando-os em forma de V novamente. Mesmo tendo um corpo feito por uma massa cinzenta, parecida com uma gosma, Raremon era um ser muito pesado.

Era hora de por um fim naquilo.

- Saia já daí, Grim! - Sealsdramon chamava seu parceiro, que estava ao meio de todos os inimigos restantes, longe do ciborgue, de Gorimon e de Raremon.

-... Tudo bem!

Joshua saiu em disparada na direção de Sealsdramon. Este viu que seu parceiro humano já não estava mais no caminho, e fez o que devia ser feito. Com a energia quase esgotada, o ciborgue reuniu todas as forças que ainda lhe restava nos seus braços ainda trêmulos e, num impulso bastante forte, arremessou o corpo de Raremon, na direção das dezenas de digimons que ainda restavam. Raremon caiu em cima de todos, deixando-os presos em sua massa gosmenta, como se fosse uma cúpula. Com isso, Sealsdramon correu na direção dos monstros para acabar com eles, que tentavam se soltar de Raremon, mas não conseguiam de forma alguma.

Quando estava próximo aos digimons, uma voz o parou.

- Mais um passo e esse desgraçado morre!

Sua espinha cibernética gelou. Estava com medo de ser o que ele estava pensando. Em lentidão, Sealsdramon foi virando seu corpo. O que temia, estava acontecendo. Grim, com o braço esquerdo de Gorimon em seu pescoço, estava trêmulo, pois estava com o canhão do gorila apontado para sua cabeça. Mais um passo e esse desgraçado morre! A frase percorria todas as regiões do cérebro de Sealsdramon. Qualquer movimento ali seria fatal. Poderia perder Joshua, e tudo estaria perdido. Fate e Falcomon morreriam, Dracmon e Vioner sairiam ilesos, e o mais preocupante, o pendrive continuaria na Area 51.

Não pensou. Se pensasse, faria algum movimento, com certeza. Ao invés, virou-se na direção dos digimons, e começou a caminhar lentamente até eles. Raremon agonizava, pois não conseguia retornar a sua forma normal - seu corpo aparentava estar derretido, pois uma gosma cinzenta encobria todos os monstros dali. Isso era o bastante para despertar a fúria do digimon que estava prendendo Kasagrim.

Gorimon entrou em fúria.

- Eu disse pra não se mexer! - com olhos esbugalhados e uma face totalmente estranha, Gorimon moveu a mira do seu canhão para Sealsdramon. - Energy Cannon!

Um barulho mecânico bem estranho soou do canhão, enquanto a grande esfera roxa de energia ia se materializando na boca da arma. Com o impulso do seu braço direito, a esfera foi disparada, na direção de Sealsdramon, que estava com os olhos fechados, e de costas para Gorimon e Joshua. A esfera de energia seguia fumegante o ar, estremecendo todas as paredes do corredor, e deixando todos os digimons abaixo de Raremon amedrontados. Gorimon sorriu maliciosamente, pensando que seu plano havia dado certo.

Pensou errado.

Sem Gorimon ter percebido, Sealsdramon sumiu. A grande e poderosa esfera roxa de energia se chocou com Raremon, explodindo toda aquela gosma cinzenta, e levando consigo as dezenas de digimons presos dentro dele. Na mente do gorila, Raremon também havia recebido o impacto do seu ataque, portanto todos à frente haviam morrido.

Pensou errado, novamente.

Grim deu uma cotovelada na região do tórax de Gorimon, e saiu correndo. O digimon sentiu uma leve dor, e conseguiu agüentá-la. Saiu em disparada na direção de Grim, que não parava de correr. De repente, um barulho agudo e fino foi ouvido, fazendo com que Gorimon parasse trêmulo. Olhou para os dois lados, e lentamente foi se virando. Ao terminar de dar uma volta completa em torno de seu corpo, ele deu de cara com Sealsdramon, parado à sua frente, com face maliciosa. Sem pensar, esmurrou o digimon ciborgue mas, o inesperado aconteceu.

Era um holograma.

- Death Behind!

Aquela voz grossa e firme combinou perfeitamente com a adaga perfurando as costas de Gorimon, atravessando seu pulmão e abrindo um buraco em seu tórax negro. Caindo de joelhos lentamente, o gorila percebeu que sangue escorria do buraco em seu peito. Não havia mais volta. Subestimara demais seu inimigo. Agora estava pagando o preço pela tolice.

Agonizou, e explodiu em mil partículas de dados. Mesmo com a morte sofrida e merecida do gorila, as faces de Sealsdramon e Joshua Kasagrim não mudaram nem um pouco. O ciborgue limpou o sangue de sua adaga, com uma cara de decepção. Em seguida olhou para Grim, que estava com dois detonadores em mãos.

- Tudo certo?

- Sim... Encontramos eles, damos o fora daqui e tudo vai pelos ares. - respondeu o japonês, respirando fundo e começando a caminhar. Olhou para o alto, e visualizou mentalmente a imagem de Fate e Falcomon juntos, sorrindo. - Fate... Falcomon...

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- Por... Favor... Pela nossa... Amizade...

Fate estava ajoelhado, sete metros à frente de Vion. Sangue escorria de sua boca, e havia várias escoriações em seu rosto. Já não tinha mais forças para continuar lutando contra o "amigo", que estava de pé, presenciando o cansaço eminente do que estava ajoelhado. Mesmo nessa posição, seus olhos demonstravam força de vontade, de querer continuar. Mas, de fato, Kid estava se dando bem na luta, e não iria perder para Fate, que respirava com dificuldades, pois seu pulmão estava bastante pesado. Voltou a pensar que ir para a Area 51 tinha sido uma péssima idéia.

Falcomon, por outro lado, prosseguia sua luta com Matadormon. Já haviam passado bem mais de vinte minutos após o começo dessa batalha, que ainda não tinha terminado. Sim, ele estava cansado; porém, se parasse de lutar, morreria. Fate morreria. Grim, e Sealsdramon também. Por isso, ele não desistiu. Continuou firme, usando ataques que decerto não matariam Matadormon - o que era outra preocupação sua -, e recebendo ataques ainda mais fortes, cansando-o rapidamente, mas uma brecha ou outra que o vampiro lhe dava era um curto tempo para que ele pudesse respirar e recuperar um pouco da energia perdida.

Num breve descuido do parceiro de Kid Vioner, Falcomon conseguiu dizer algo.

- Fate... Me desculpe. - o falcão percebeu que o digimon adversário estava encostado na parede, recuperando seu fôlego. - Eu não consigo detê-lo. Ele é muito mais que eu, e você sabe disso.

- Não precisa se desculpar, Falcomon. Você está dando duro, do seu bom e do melhor. Continue assim, e NUNCA DESISTA! - consolou o humano ajoelhado.

Vion, que presenciava a bela cena, apenas riu.

- Hahaha... Vocês já estão em seus túmulos, e ainda se consolam?

- Vion... Eu te peço... Por favor... Pela nossa amizade... Você não se lembra...? - Benjamin tentava fazer a cabeça do amigo.

- Não adianta lembrar. - retrucou o loiro. - Passado é passado.

(... Ocorrido anteriormente aos eventos que envolveram a morte da avó de Fate e sua parceira...)

Era um dia calmo. Um dia relativamente calmo. Era pra ser um dia calmo, se não fossem as gritarias infantis, os berros e a barulheira infernal naquela tarde ensolarada.

Le Gretta Scholar Complexe, ou simplesmente Le Gretta era o maior dos três complexos escolares de Nova York, cidade que Benjamin McFate - juntamente com a família de Joshua Kasagrim - residia após a morte de seu querido avô. Basicamente, era uma espécie de pequena cidade, mas voltada totalmente ao ensino escolar, tendo grau desde o jardim até o Ensino Superior. Havia vários prédios e edifícios parecidos com casarões futurísticos, que se interligavam um com os outros. Todos os edifícios eram pintados de cinza, com janelas azul-claro. Era um local totalmente ambiental, pois havia verde em todos os lugares, sem contar que haviam lugares dedicados ao cultivo de flores e frutos.

Ruas asfaltadas estavam preenchidas com carros, que portavam crianças e adolescentes de quatro a dezessete anos, provavelmente atrasados para as aulas. Sempre com seus digimons ao lado. As calçadas, feitas de ladrilhos, eram totalmente reforçadas para agüentar qualquer peso de um dos adultos e digimons que se dirigiam para o setor superior. Havia lojas, casas de jogos, cafés, entre muitos outros estabelecimentos comerciais espalhados pela cidade. Por esses e outros motivos, era considerada como uma pequena cidade.

Era dividida em quatro setores: Setor A, que era o setor infantil, local onde as pequenas crianças iniciavam sua vida escolar; Setor B, o Ensino Fundamental, onde aprendiam a parte básica das matérias; Setor C, o Ensino Médio, onde os adolescentes testavam seu conhecimento escolar para progredir para o próximo nível, e exerciam aulas teóricas e práticas com seus digimons; e, por último, o Setor D, o Ensino Superior, que era conhecido como faculdade, que visava tornar os alunos em cidadãos de boa índole e com uma profissão, também ensinando os monstros digitais. Sendo uma grande estrutura escolar, uma pesada guarda era exigida, mas tudo com muita cautela.

As aulas eram em tempo integral, ou seja, começavam às sete da manhã e iam até as cinco da tarde. No caso do Ensino Superior, era possível optar por estudar à tarde e à noite, mas somente nesse caso. Os alunos do Setor A e B podiam ser visitados por parentes no horário do intervalo, que possuía duração de cerca de uma hora. Havia um pavilhão especial para eles. Já para os adolescentes e adultos, havia uma espécie de clube, onde eles se divertiam, praticando esportes, dançando, comendo, entre outras opções.

Por acaso, era hora do intervalo, e dois amigos estavam reunidos na parte de brinquedos do clube, onde geralmente as meninas se reuniam.

- Não sei por que você ainda insiste em vir aqui todo dia, Fate...

Era Grim. Magricela, usava óculos redondos e seus cabelos eram os mesmos de sempre - negros e bagunçados. Utilizava o uniforme masculino do Ensino Médio, que consistia numa calça jeans azul, e uma camiseta branca de mangas curtas, com o símbolo de um leão no peito e, logo abaixo, Le Gretta, em laranja, numa tipografia cursiva. Usava cintos e um tênis All-Star preto e branco.

- As meninas, Grim. As meninas.

Safado como sempre, Benjamin estava sentado em cima de um túnel de concreto (brinquedo para crianças), no playground do clube, onde as meninas geralmente se reuniam. Ao seu lado, Grim, com seu laptop. Benjamin era forte, e estava usando o mesmo uniforme que seu amigo japonês, mas ao contrário dele, as mangas curtas estavam agarradas aos braços. Usava tênis comuns, e seus cabelos eram medianos e ondulados. Os dois rapazes possuíam quinze anos, e estavam no primeiro ano do Ensino Médio.

O playground era imenso. Seu chão era coberto por areia mole, e nele havia vários tipos de brinquedos infantis, o que mais atraía as meninas, pois era um local um tanto isolado, e isso era perfeito pra elas fofocarem do namorado ou jogar conversa fora - o que era comum para Fate. Certo grupo de meninas fitava Fate, que estava com um sorriso um tanto galanteador. Eram moças belas, que portavam jóias e anéis com brilhantes caríssimos. Uma delas chamou sua atenção.

- Não acredito que a Felicia anda com essas patricinhas. - Joshua parou de digitar no teclado de seu laptop e olhou para o grupo, fitando uma bela moça loira.

- Ela não é sua. - Fate retrucou.

- Nem sua. - disparou de volta o japonês.

- Ah é? - Fate levantou suas mãos e formou um coração com os dedos, a moça loira viu e percebeu que era pra ela. Ficou vermelha no mesmo instante, e mandou um beijo para o rapaz. Com um olhar de confiança, ele voltou sua atenção para Grim. - Viu só?

- Você é o cara... Você é O cara...

Fate interrompeu seu pensamento de si mesmo e teve um pressentimento. Ou era a hora de sua morte, ou algo muito ruim estava prestes a acontecer. Sentiu um calafrio na nuca e, como suspeitava algo aconteceu. Uma bola de futebol caiu com tudo em cima do computador portátil de Kasagrim, quebrando-o. O japonês ficou muito nervoso, e começou a disparar palavras ofensivas a Deus sabe quem lançou a bola. Isso fez com que as meninas no playground saíssem de lá, inclusive a moça denominada Felicia, que seguia para fora, olhando para Fate, que nem prestava atenção nela. Todas saíram pelo pequeno portãozinho de ferro que levava para outros locais do clube. Após a saída de todas, um pequeno rapaz veio correndo, na direção dos dois amigos, que desceram do túnel.
Duas figuras um tanto estranhas saíram do interior do túnel.

- Mas que merda aconteceu aqui? - Falcomon estava tirando um cochilo e, com o impacto da bola no aparelho de Joshua, ele acordou furioso.

- Commandramon não gostou nada disso. - outro que estava dormindo, o digimon escamoso se referia a ele mesmo não se sabia porquê, talvez fosse costume de falar.

O rapaz parou à frente dos quatro.

- Vocês viram uma bola de futebol cair por aqui?

Com uma face de pura inocência, o rapaz perguntou gentilmente aos quatro. Grim estava se segurando para não pular no pescoço do jovem, que usava o mesmo uniforme escolar, tênis de skatista e possuía um cabelo loiro e arrepiado. Era fortinho assim como Fate, e tinha olhos verdes. Falcomon e Commandramon estavam com faces sonolentas, e decidiram sair de fininho do playground. O falcão avisou que logo voltariam.

Grim colocou o laptop no chão, e mostrou para o loiro, enquanto Fate se direcionava a bola, que tinha sido chutada por Grim para bem longe.

- Olha só, o que a SUA bola fez ao MEU computador. Tudo está perdido agora... - com uma expressão furiosa e caridosa ao mesmo tempo, ele usava as teclas e o botão de liga/desliga do computador para tentar revivê-lo.

- Minhas sinceras desculpas... Realmente, eu não queria que isso acontecesse. Se quiser, eu posso te pagar um computador novinho! - informou o jovem, que também tinha quinze anos e estava no primeiro ano do Ensino Médio.

- Não precisa. - era Fate, que vinha com a bola em mãos. - Ele vive quebrando essa joça, e sempre dá um jeito de conseguir outro novo. É um daqueles nerds que não vive sem o seu computador.[/b]

- Hahaha, percebi. - concordou o rapaz, sorrindo. - Mas, de fato, ele deve gostar bastante desse aparelho. Veja só, está tentando revivê-lo.

- Hora de falar como um nerd. - Fate estava pensativo. - Vai uma Phoenix Down ai?

- Hahahahahaha! Essa foi dez! - caindo na gargalhada, o jovem não se agüentou.

- Às vezes participar da vida dele é algo tão bom! - comentou Fate, sorrindo.

- Heheh, que graça! - com tom de deboche, Grim levantava do chão arenoso com seu computador em mãos. Já havia parado de tentar consertá-lo à força.

- Aah, a bola tá aqui. - Fate se lembrou do objetivo do jovem e entregou a bola nas mãos dele, usando seu sorriso confiante.

- Obrigado! - agradeceu o menino de cabelos arrepiados. - Acho que, após esse evento, podemos nos considerar amigos, certo?

- Com certeza! Uma amizade a mais é sempre bom; ainda mais quando se trata de meninas. O Benjamin aqui não agüenta com duas, então, sempre é bom ter um amigo pra poder auxiliar nisso.

- Né. - concordando, o jovem estendeu sua mão direita, Fate fez o mesmo. - Kid Vioner, e você?

- Benjamin McFate, e esse é Joshua Kasagrim. - apresentou-se ao garoto.

- Prazer! - contra sua vontade, o japonês estendeu sua mão e cumprimentou o rapaz loiro, que deu um sorriso.

- Espero que eu nunca mais acerte minha bola em laptops, hehe. - brincou Vioner.

- Eu também! Hahaha! - Fate ria em coro com o novo amigo.

Benjamin e Joshua ficaram ali, esperando os dois parceiros digimons retornarem de onde tinham ido, enquanto viam o rapaz se direcionar a saída do parquinho de crianças. Kid estava encantado em conhecer uma pessoa tão boa e engraçada como Benjamin, mas, ao mesmo tempo, estava com a mente confusa, palavras vindo à sua mente a cada instante, que se resumiam somente a uma.

- McFate...


- Veja! Nós éramos unidos, como um gato e um cachorro! Amigos inseparáveis, que estavam lado a lado diariamente, enfrentando todas as situações perversas que nosso cotidiano nos empunhava! - Fate ainda tentava converter o pensamento de Vion, mas tudo parecia estar indo por água abaixo.

- Não adianta. Não tem mais volta. Você, agora, é meu inimigo. Sem mais. - retrucou o homem loiro, apontando para o homem de joelhos. Isso doeu profundamente no interior do subconsciente de Fate. - Matadormon, chega de brincadeiras. Destroce o corpo deste infeliz!

O digimon vampírico deu uma investida fatal no tórax de Falcomon, jogando-o contra a parede. O falcão estava quase acabado, de sua boca escorria muito sangue, e espalhados em seu corpo havia várias escoriações que demonstravam sua carne. Não havia mais forças para levantar; apenas esperava a morte chegar.

BOOM!

Matadormon foi jogado para trás com a força do impacto que recebera de algo, deixando Kid Vioner com uma baita duma cara de preocupação. Uma densa fumaça fora criada no local da suposta explosão e, quando se cessou, era possível o suposto culpado - ou os supostos culpados - do pequeno incidente. Eram duas figuras humanas, que ambos conheciam.

Eram Joshua e Sealsdramon. O último, segurava sua adaga e estava suando, tomando sua atenção para Vion, que estava imóvel, apenas aguardando a morte de Fate. O japonês, por outro lado, estava com sua grandiosa foice na mão esquerda, e um aparelho, semelhante a um iPod na direita. Tal aparelho chamou a atenção de Fate... era seu digivice. Era da mesma forma que os outros digivices, mas a sua composição de cores era totalmente diferente; a tela quadrada era azul com um tom escuro, o corpo da frente era cinza, as costas e os lados eram negros. A borda da tela quadrada tinha a coloração roxa. O símbolo redondo um pouco abaixo da tela era negro, e as linhas que saíam dele eram brancas. O sensor era o mesmo, não mudava a cor; já a argola abaixo do aparelho tinha a cor roxa.

Matadormon começou a caminhar lentamente, um pouco ferido devido à explosão causada pela dupla de amigos de Fate. Sealsdramon não voltou sua atenção para o vampiro; continuou a fitar Vion, que estava confiante. Tinha certeza que seu parceiro conseguiria matar Fate e, em seguida, acabar com a vida de Falcomon, Sealsdramon e Joshua.

Grim olhou para baixo, e fitou o digivice de Benjamin. Estava terminando seu pensamento de que sua presença ali, sem dúvidas, era de demasiada importância. Sim, ainda era enorme a chance de eles morrerem - afinal, ainda estavam no interior da Area 51 -, mas tinham que tentar algo. Se morressem, morreriam tentando. Isso era o que fortalecia ainda mais a fé em seus corações, a confiança em si mesmo.

Levando os pensamentos ao vento, o japonês olhou para o lado esquerdo, e viu Vion e, bem atrás, Melodee, no chão, juntamente com sua parceira Pokomon. Nada podia ser feito para salvá-las antes de deter Vion e Matadormon.

O vampiro, subitamente, começou a correr. Estava bem longe de Fate, mas rapidamente o alcançaria. Grim tomou um impulso.

- Fate!

Ao pronunciar fortemente o nome do velho amigo, o homem de feições orientais lançou o digivice cinza/roxo ao ar, na direção de Fate, que continuava ajoelhado. O aparelho estava vindo em sua direção, mas ele não tinha mais esperanças. Abaixou a cabeça e fechou os olhos. Aquele instante, para ele, parecia estar morto. Tudo havia parado ao seu redor. Não, não era mágica. Para ele, tudo estava acabado. Quando abriu os olhos, com forças, viu que estava num lugar escuro, sozinho, sem Falcomon.

De repente, sua irmã e a pequena digimon dela apareceram, como se fossem espíritos.

- Fate, você não pode desistir! - anunciou a jovem ruiva, olhando calmamente para seu irmão mais velho. Parecia que todo o ódio e angústia dela haviam sumido, mas Benjamin havia deduzido que era um sonho. - Confie em si mesmo! Sabemos que você consegue vencê-los! Tenha fé, acredite na sua força, no seu coração... Por mim!

- E por mim, por Falcomon, e por todos os outros que são de bem! Confie em si mesmo, no seu coração... Ele é a chave! Seu coração é a chave! - Pokomon, com sua voz doce e infantil, parecia ser um anjo ao falar com o irmão da parceira.

As silhuetas sumiram. Fate fechou os olhos, e pensou nas sábias e ricas palavras que Melodee e Pokomon haviam dito a ele. Lembrou de Falcomon. O falcão havia lutado com todas as suas forças, até o fim, até quando elas foram esgotadas; e não desistiu. Estava confuso. Tudo estava confuso.

- Meu coração é a chave... Meu coração é a chave... MEU CORAÇÃO É A CHAVE!

Recuperando a consciência e voltando ao mundo real, Fate levantou seu braço direito, fazendo com que seu digivice parasse encaixado em sua mão. Bateu a mão esquerda em seu peito, e seu corpo ficou coberto numa estranha aura, que aparentava ser uma chama roxa, carregada pelos números "0" e "1". Levantou-se, e encarou Matadormon, que parou subitamente, talvez com medo.

- De qualquer forma, você vai morrer. - comentou o digimon vampírico.

- Não importa! Eu não vou desistir! NUNCA IREI DESISTIR!

As palavras foram tão, tão fortes que fizeram com que Falcomon recuperasse a consciência. O digimon falcão, totalmente debilitado e sem forças para se mover, pôde sentir a vibração do coração de Fate. Sentia os pensamentos dele, e já refletia consigo mesmo. Vendo seu parceiro envolto pela aura da Digisoul, utilizou-se de um pingo de forças que lhe restava para manter-se acordado.

Fate, vendo a cena, estava pronto para pôr um fim naquilo. Levou o digivice à altura do tórax, e espalmou-o com as duas mãos. Utilizando sua mão direita, ele apontou o aparelho para frente e, na tela quadrada, apareceram as seguintes palavras: PERFECT EVOLUTION.

- Digisoul Full Charge!!!

Após isso, levantou com certo ânimo sua mão esquerda para o alto, fazendo com que toda a aura roxa se concentrasse naquela direção. Seu coração pulsou mais forte, e ele desceu a mão com tudo no sensor do aparelho, que estava sendo segurado pela mão direita do homem. A tela quadrada brilhou intensamente, disparando uma rajada arroxeada, na direção do debilitado Falcomon. Vion e Matadormon pularam para os lados para desviar da rajada, pois sabiam que, caso fossem atingidos por ela, certamente arcariam com as conseqüências.

A rajada chegou ao corpo de Falcomon. Seus olhos sonolentos se abriram grandiosamente, e ele sentiu as feridas espalhadas pelo seu corpo sendo curadas. Suas forças estavam voltando e, assim como Dracmon, seu corpo ficou envolto por uma aura, mas, nesse caso, ela era arroxeada. Falcomon se levantou, e começou a correr na direção de Matadormon, que estava com uma expressão facial não muito confiante.

- Falcomon Chou Shinka...

O falcão parou de correr e se lançou no ar, com um impulso fortíssimo de seus pés. Estava perto do teto do local quando começou a cair; porém, de repente, levitou no ar, pois havia ganhado duas asas grandes e acinzentadas. A aura roxa agora estava passando por todo seu corpo, lentamente, e pouco a pouco sua nova forma estava sendo descoberta. No local de seu peito surgiu uma espécie de juba/penugem branca, e suas coxas eram lisas e acinzentadas. Possuía duas pernas e garras, mas uma terceira surgiu ao passar da aura, com garras avermelhadas. Um pescoço arroxeado, sendo da mesma coloração da ponta de suas asas, servia de suporte para sua cabeça, coberta por um elmo dourado, de onde era possível ver apenas seus olhos azuis. Dele saía uma fita vermelha, que enfeitava seu novo visual. Em ambas asas, carregava armas parecidas com hélices, cada qual com três pontas, levando o nome de Dokkosho.

A aura cessou por completo. Uma majestosa ave pairava sobre o ar naquele corredor.

- Yatagaramon!

- O quê?! - Vion se assustou, inacreditavelmente. Para ele, Falcomon não tinha alcançado nem a evolução Seijukuki. - Evoluiu para o Kanzentai?

- Melodee, eu aprendi. Eu não devo desistir nunca, e sempre acreditar no meu coração! - olhando para seu digimon, que estava nos céus, Fate permanecia ereto, com seu digivice em mãos. - Yatagaramon!

- Roaaaaaaar!

A grandiosa ave, ao som do comando de Benjamin McFate, saiu em disparada, na direção de Matadormon. Estava muito confiante de si mesmo, pois havia recuperado todas suas forças, e o seu ânimo estava alto. A balança pendia, agora, para seu lado.

- Decapite ele! - ordenou aos berros Vion.

Matadormon impulsionou-se do chão e começou a planar no ar, rapidamente, na direção de Yatagaramon. Apontando as lâminas afiadas para a ave, o vampiro perdeu muito tempo pensando e, com a brecha, Yatagaramon cravou as garras de suas três patas no tórax do digimon vampírico. Surpreendentemente, a ave reuniu a energia de seu corpo na terceira pata - que ficava atrás das outras duas -, criando uma espécie de explosão no mesmo lugar. Matadormon foi jogado longe, batendo na parede. O impacto foi tão forte que abriu um buraco e lá ficou.

Espalmou a parede e, com um forte impulso, Matadormon conseguiu se descolar dela. Seu corpo estava todo ferido, de sua boca escorria sangue e havia pedaços de concreto cravados em suas costas.

- Você pode ter chegado ao Kanzentai, mas não é páreo para o meu poder!

Yatagaramon sorriu. - Você é forte, e perseverante. Apesar de tudo, nunca se cansa e nunca desiste. Só tem um problema; é burro demais.

- COMO ousa me zombar?! Eu que sou burro? Seu parceiro idiota esquece o digivice em algum lugar e eu que sou burro? - indagou-se o digimon vampírico, furioso - Chega disso, cansei!

Deu mais um salto, dessa vez mais alto e mais forte, chegando a ficar quase que em cima do corpo da enorme ave. Matadormon iria desferir o golpe fatal naquele momento, porém, de repente, ela sumiu. O vampiro começou a cair, sem apoios, olhando para todos os lados.

- Aqui.

Virou-se para trás e não viu nada. Como um tilintar de um martelo batendo numa chapa de metal, Matadormon sentiu um frio em sua espinha.

- Mikafutsu no Kami!!!

As Dokkosho giravam sem parar, provocando efeitos eletrostáticos, como se fossem pegar fogo. Isso fez com que toda a energia de seu corpo se reunisse em um só lugar - sua pata traseira. Nela foi formando uma espécie de energia, que foi se acumulando e acumulando cada vez mais com o passar do tempo e, após pouquíssimos segundos, uma rajada foi disparada, atingindo em cheio o corpo de Matadormon, que foi jogado para bem longe, nas proximidades de Vion, que estava à frente da porta de onde havia saído - opostamente ao buraco de onde saíram Fate e Falcomon, buraco esse feito pelo ataque de Kyuubimon. O ataque bem calculado juntamente com o fortíssimo impacto da rajada em seu corpo fez com que Matadormon regredisse para sua forma Seichouki, Dracmon. O pequeno vampiro estava sem forças, jogado no chão.

Yatagaramon comemorava, mas sem muitos berros.

- Acho que acabou, Fate!

- Não... Estou sentindo uma energia MUITO poderosa se direcionando para esse lugar... E não é das boas. - comentou ele, sem comemorações devido à vitória, estava mais preocupado com seu tal pressentimento.

Grim e Sealsdramon, um tanto felizes, também estavam preocupados.

- Fate, eu vou pegar Dee e Pokomon; você, Sealsdramon e Yatagaramon dão o fora daqui enquanto há tempo! - anunciou o japonês, com firmeza em sua voz. Começou a se direcionar ao corpo da ruiva, mas foi surpreendido pela porta atrás de Vion e Dracmon, que estava abrindo-se lentamente.

Passos. Passos que transmitiam medo. Passos maléficos. Passos que qualquer ser humano de bom coração podia sentir, mesmo longe. Era o que Fate pressentia, de verdade. Uma silhueta era vista das sombras. Uma silhueta humana, que era conhecida. Fate cogitou na hipótese de ser algum guarda, mas não era. Estava tudo muito quieto pra ser um simples agente da SWAT.

O autor dos passos parou de andar quando chegou ao lado de Vion, que estava ajoelhado à frente de Dracmon, tentando acordar o parceiro.

- Vejo que você é bem mais do que eu esperava, Alan Cordec. Ou seria Jonathas Willsmeth? Lohan Unterb? Yan Vlaudlesca? Thiago Hernandez? Earnest Le Petit? - todos esses nomes completos deixavam Benjamin revoltado. O homem parecia saber de tudo. - Ou Benjamin McFate?

- Jefferson Violentblade. Então suponho que você já sabe de tudo, cretino. - com cara de sínico, Fate tremia por dentro.

- De tudo? Não... Apenas sei o que você faz a cada segundo, desde o dia que você nasceu. - comentou o comandante, com um sorriso pouco engraçado e mãos atrás de seu corpo, entrelaçadas. - Que pena que seus pais não te dão educação... Ah, esqueci! Eles estão mortos!

- Seu... Seu DESGRAÇADO!

Saiu em disparada na direção do comandante, que se encontrava a mais ou menos cinqüenta metros de distância dele. Blade, que estava com uma cara de calmo, apenas levantou sua mão direita e esticou seu dedo indicador. Inacreditavelmente, Fate foi jogado com tudo na parede e, por pouco, não bateu a cabeça.

- Sossegue, garoto! Não quero te matar... Ainda.

-... Droga!

Recompôs-se, ficando de pé. Levou a mão na nuca para ver se não escorria sangue de lá, e olhou, furiosamente, para o comandante, que estava bem longe. Estava pensando em dar o fora dali, mas estava preocupado com Grim e Sealsdramon. Mesmo sendo ambos espertos e fortes, não conseguiriam escapar dali vivos, sem a sua ajuda e a de seu parceiro digimon. Por esse motivo e por Dee e Pokomon, resolveu ficar.

Yatagaramon, vendo que a situação estava "preta" para seu lado, fez com que as hélices começassem a girar, para ocasionar um de seus ataques. Um segundo se passou e Blade percebeu; apontando seu dedo indicador para a grandiosa ave, ele abaixou com tudo o mesmo dedo, levando Yatagaramon de encontro ao chão. O impacto em si só não foi o que mais lhe causou dano, mas sim a força e a rapidez com que o dedo indicador do comandante fora abaixado. Isso fez com que Yatagaramon regredisse para Falcomon, que estava todo machucado, quase inconsciente.

Ainda restava Sealsdramon, e ele com certeza não queria voltar para o Seichouki, assim como os outros.

- Vamos dar o fora daqui, agora!

- Não! - respondeu Joshua. - Se você não se preocupa com a Melodee, o problema é seu. Eu vou ficar!

- Tudo bem. Eu fico...

Grim nada pôde fazer, a não ser visualizar o término de tudo aquilo. Viu que Jefferson conversava com Vioner, este que, enquanto proferia as palavras, retirava de seu bolso o pendrive, que havia roubado de Melodee e Renamon.

- Muito bem. Agora, vamos. -

De repente, Melodee acordou. Levantou-se e, como não enxergava nada, não fazia diferença para ela saber quem estava o seu lado. Pokomon também acordara, e vira Grim, Sealsdramon, Fate e Falcomon, este machucado. A pequenina bola de pêlo amarela olhou para o outro lado, e viu o comandante, Dracmon e Kid Vioner parados. Recordações vieram à mente de Pokomon, mas foram interrompidas por uma voz feminina.

- Quem está aqui? Fate, é você? - era Melodee.

- DEE, minha irmã! - Fate, ao longe, percebera que sua querida irmãzinha havia acordado. - Eu estou aqui, bem aqui!

O Comandante Blade não gostou nada disso. Sim, ele tinha visto a jovem ruiva e a pequena digimon ao seu lado, mas não dera a mínima importância, pois pensara que as duas estavam mortas, mas estavam inconscientes. Pensou que elas fossem amigas ou outra coisa de Fate, por isso nem deu bola para as duas. Mas, com a ação de Fate, tudo ficou mais claro para ele, que optou por tomar outro plano.

Direcionou-se até a moça, e olhou para Fate.

- Aah... Então quer dizer que essa bela moça é sua querida irmã, Fate? Mas, ela estava morta, não... ? - pensativo, e com as mãos no queixo, Blade pronunciava palavras que deixavam Ben ainda mais cabisbaixo e nervoso. - Vejo que tudo, realmente, era uma farsa. Ela não merece ver o irmão bastardo dela. Até logo, pequena McFate. - agilmente, o comandante pôs sua mão sobre a cabeça da ruiva e de Pokomon e, surpreendentemente, elas perderam todos seus sentidos, e caíram no chão, inconscientes.

Kid Vioner percebeu que estavam quase partindo. Pegou Dracmon, que também estava inconsciente, e colocou-o nos braços, para levá-lo para fora daquele lugar. Enquanto isso, o comandante Jefferson Violentblade caminhava lentamente à frente de Melodee e Pokomon, que não iam acordar tão cedo assim. Seus passos foram cessados quando ele retirou o pendrive de um dos bolsos de seu blazer e, com ar de confiança e de intimação a Fate, ele mostrava o pequeno objeto para o homem do outro lado do corredor.

- Espero te ver outro dia. Até lá, fique forte o bastante para conseguir fazer um arranhão em mim. - sorrindo, ele levantou o pendrive, analisou-o, e levou-o à frente do peito. - Vou levar isso como garantia de que nos veremos novamente.

Benjamin McFate nunca havia ficado tão quieto assim em sua vida. Devia ser o medo que congelara grande parte de seu cérebro, o que talvez pudesse ter sido chamado de coisa inteligente, pois qualquer palavra ali poderia se igualar a morte de sua irmã, e ele não queria isso, de fato. A situação estava muito tensa para qualquer movimento brusco. Ele se moveu nem dez passos e, surpreendentemente, por apenas um movimento do dedo do comandante, ele saiu voando. Mágica não existia, portanto deveria ser algo mais perigoso que isso.

O Comandante Jefferson Violentblade retrocedeu seu caminho, levando nos braços Melodee McFate e sua parceira digimon, Pokomon. Ambas continuavam desacordadas, obviamente. Ao sair pela porta, chamou Vion, que continuava com Dracmon nos braços. Antes de sair, Vion olhou de relance para Fate, esse que devolveu o olhar frio, que identificava que os dois ainda iam se encontrar em breve. Não se sabia o lugar, a hora, nem o dia; estavam destinados a se encontrar, era a intuição do rapaz de cabelos ondulados.

A porta não se fechou. Fate saiu em disparada, mas fora interrompido por Grim.

- Fate, não! - aos berros, conseguiu parar o homem, que estava arfante. - Há um exército por trás daquela porta, e outra, Falcomon está desacordado, e Sealsdramon cansado. Não há como a gente participar de outra batalha. Vamos dar o fora daqui.

- Eu... EU NÃO ACREDITO NISSO! - bradou, olhando para o teto. - Ele levou a minha irmã... A digimon dela e o pendrive. Tudo, TUDO, sem exceção, está acabado... Como vou saber o que meu avô queria me mostrar?

- Relaxe, nós vamos conseguir resgatá-los. - disse Sealsdramon, parando na frente de Fate e colocando suas mãos nos ombros dele, na tentativa de acalmá-lo. - É só uma questão de tempo.

Benjamin não queria acreditar nas palavras do digimon ciborgue, mas teve que fazê-lo.

- Tudo bem...

- Nós compreendemos que ela é sua única família, Fate, e que o pendrive é de suma importância pra você. São três vidas em jogo, mas não é por isso que você vai sair acabando com tudo, sem controle da situação, para tentar resgatá-los. Tenhamos calma, nós vamos conseguir. Lembre do que você disse, confie em si mesmo, acredite no seu coração. Ele é a chave. Eles com certeza não vão matá-la, porque sabem que você vai atrás dela; e eles precisam de coisas que você sabe. Coisas que você possui.

- Compreendo... Tudo pra mim está vindo como sofrimento, mas, no final, todos vocês querem me ajudar... De coração, muito obrigado. - agradeceu o homem de cabelos ondulados.

- Acho que está na hora de partirmos. É uma coisa muito burra ficar aqui nessas horas. Vamos achar um lugar para descan... MEU DEUS DO CÉU!!!

As palavras confortantes de Joshua Kasagrim estavam agradáveis aos ouvidos de Benjamin McFate, que se direcionava ao seu digimon inconsciente e colocava-o em seus braços enquanto ouvia o japonês falar. Mas, de certa forma, o súbito surto dele fez com que o homem se assustasse, lembrando-se de suas armas. Foi até onde as Twin Blasters se localizavam, e as guardou em uma das bolsinhas acopladas ao seu uniforme da SWAT, que estava deixando-o com muito calor, desde a hora que havia colocado-o em seu corpo. Não via a hora de tirar aquela roupa toda, tomar um belo banho e tomar um delicioso café da manhã.

Voltando ao local onde se encontravam Joshua e Sealsdramon, Fate se posicionou bem à frente do buraco de onde a dupla dinâmica havia saído.

- Por que você gritou? - indagara o homem de cabelos ondulados, assustado.

- Se eu te contar, você não acredita. - o homem de feições orientais já estava cortando as esperanças de Fate de sair vivo da Area 51. - Deixamos explosivos cronometrados em vários pontos desse edifício. O cronômetro foi marcado em vinte minutos e, adivinhe?

- Faltam vinte minutos? - ele não estava entendendo o diálogo apressado de Joshua.

- Não... Falta UM minuto! - respondeu, com olhos esbugalhados, deixando Fate com a mesma expressão.

-... MEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEERDAAAAAAAAAAA!

Não havia como. O seu coração começou a pulsar dez mil vezes mais rápido do que o normal. Os dois humanos e Sealsdramon entraram no buraco às pressas, viraram um corredor iluminado por feixes brancos, e saíram em disparada. Fate contava cada segundo como se ele estivesse morrendo de sede e tivesse um vasilhame seco, cada segundo valia como um pingo de água escorrendo no recipiente. Cada segundo valia ouro.

Fate estava pensando em contratar um assassino de aluguel para mandar um tiro bem no meio do cérebro de Kasagrim, só pra ver se ele ficava um pouco mais burro, porque, mesmo sendo demasiado inteligente, cometia burrices que não tinham desculpa.

Continuaram a corrida, dobraram mais corredores e chegaram a um bem extenso. Na contagem de Fate, ainda restavam quarenta segundos.

- Faça o que fizer, mas não olhe para trás! - Grim já mostrava sinais de cansaço, mesmo assim não parou de correr.

- Por quê?

Como se tivesse falado isso para uma parede, Grim ficou furioso quando Fate virou para trás e viu a horda de digimons que estavam na sua cola. Ele ficou com um baita dum medo, pois os monstros estavam quase os alcançando. O pensamento alto fez com que algo muito terrível acontecesse: subitamente, o digivice de Fate escorregou de sua mão direita, assim caindo no chão.

Ele parou uns oito metros à frente do digivice, e voltou, para pegá-lo. Os monstros digitais vinham a todo vapor, a mais ou menos cinqüenta metros de distância. Fate sabia que não ia dar tempo para pegar seu digivice, pois seria massacrado pelos monstros. Mesmo assim voltou, mas, por flecha do destino, Grim foi mais inteligente nessa hora, e puxou-o pela manga do uniforme da SWAT, levando-o consigo. Fate corria, mas olhava para trás, enquanto seu digivice ia ficando cada vez mais distante. Faltam somente quinze segundos.

Correram a toda velocidade. Fate não parava de pensar em seu digivice. Ele sabia o dano, a tragédia que ocorreria em sua vida caso aquele digivice explodisse em mil pedacinhos. Cada humano podia ter somente um digivice por toda a vida, sem mais. Afinal, era dado a ele somente um, para que esse fosse bem cuidado e preservado. Mas essa situação estava sendo muito, mas muito tensa para ele. O digivice era menos importante que sua vida, por fim.
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Mensagem por Leonardo Polli Sex 04 Nov 2011, 11:58 pm

Avistaram, ao final, uma espécie de janela gigante, constituída por um vidro, que aparentava ser pouco reforçado. Sealsdramon era o mais preocupado.

- Droga, sete segundos!

- É ali o nosso fim do túnel! Você sabe como fazer para sair daqui, certo Fate? - indagou Grim, sabendo que restava menos que cinco segundos. Já estavam prontos pra pular e saltar para fora.

- Sim...

Três... Dois... Um...

BOOM! BOOOOOOOOOOOOM! BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM!

----------------------------------------

À bordo de um Chevy Spartacus modelo 2070, que era um dos carros mais rápidos, potentes e lindos já feitos no mundo até hoje, Joshua Kasagrim, Benjamin McFate, e Commandramon comentavam sobre o anterior ocorrido. Percorriam uma auto-estrada fora da Area 51, e fazia mais ou menos dez minutos que tinham saído de lá.

- Se não fossem aqueles Monzaemons para nos salvarem da queda, eu nem sei o que seria de nós agora. - comentou Commandramon, sentado no banco de trás, com Falcomon, que estava dormindo.

- Quatro metros de altura... Iríamos esmagar alguns ossos apenas. - comentou Fate, ainda decepcionado consigo mesmo.

-... Fate, não fique assim. - Grim, que estava tomando parte da tristeza do amigo, tentou consolá-lo. - Você pode ter perdido seu digivice, mas não fique assim... Você sobreviveu, cara. Entrou na Area 51 e saiu de lá vivo. Você é um entre um bilhão, pense nisso.

- Não é só por isso, cara... Dee, Pokomon... O pendrive... Tudo que é de mais precioso na minha vida eu perdi vindo nessa bosta de lugar... - quase derramando lágrimas, o homem de cabelos ondulados encostava sua cabeça na janela do carro.

- Calma, vamos dar um jeito nisso. Você precisa relaxar. - comentou Grim, que estava dirigindo o automóvel negro. - E eu sei o lugar perfeito para isso.

- Mas, eles estão à nossa procura, não? - indagou Fate, referindo-se aos agentes da SWAT e do governo em si, que estavam na Area 51, sem contar os inúmeros digimons.

- Sim, mas o lugar para onde vamos é um bom lugar para descansarmos um pouco, nos escondermos deles e pensarmos no nosso próximo passo. - anunciou o japonês, sorrindo para Commandramon e Fate.

- Tomara que tenha muuuuuuuita comida. - o digimon escamoso levou sua mão à barriga, que estava roncando. - Commandramon está morrendo de fome!

Benjamin repetiu a mesma frase, e procurou o botão que descia o vidro da janela do carro, e o fez. Os raios do sol bateram em seu olho, fazendo com que ele virasse a cara. O sol estava muito forte e, como toda manhã em Nevada, a poeira subia a picos quando o carro passava a cem quilômetros por hora. Já beirava nove horas da manhã, horário em que o sol estava muito forte e era prejudicial; por isso, quase nenhum carro passava por ali. Tudo estava praticamente morto, raramente um automóvel aparecia.

Fate, cansado de estar triste e solitário em seus pensamentos, resolveu voltar à felicidade.

- E que lugar é esse, Grim? - temendo a resposta, Benjamin perguntou cautelosamente.

- Adivinhe.

- Não sei. Não costumo visitar Nevada, portanto desconheço a maioria de suas cidades. - respondeu calmamente o homem tristonho.

- Where sinners are winners.

- Não acredito! - Fate se explodiu de felicidade, e voltou sua atenção para rádio do carro, ligando-o. Um rock bastante animado tomou conta do interior do automóvel. Olhou com um sorriso largo para frente na estrada. - Vegas, aí vamos nós!
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Mensagem por SpyroFan Sáb 05 Nov 2011, 10:38 am

Finalmente poderei acompanhar a fanfic(além disso acho que estou no capítulo 6 e agora consigo ler por muito mais tempo).

Por enquanto não irei fazer um comentário de verdade. Somente quando postar até onde parei.

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Mensagem por Rikaru Muzai Sáb 05 Nov 2011, 3:33 pm

Leonardo Polli escreveu:@Rikaru: Não. Eu tinha falado que o Falcomon não evoluiria para Seijukuki no Capítulo 04, somente na saga 2. No capítulo 04 ele evolui sim. "Relaxa" é uma expressão, uma gíria, não é pra você relaxar de verdade... aoeuosue. Sobre te irritar e foder com as suas hipóteses, nãaaao, é porque eu gosto de fazer isso mesmo, se chama suspense ;p OAUSOAUEO.

O Vion é realmente uma longa história. Acho que a fanfic devia se chamar Digimon Vion, oaeuosues. Fate e Vion estão pau a pau no quesito importância, mas o Vion tem mais influência. Esse é o meu dever. Fate é isso. A ação te excita, o drama faz você chorar de verdade, o suspense te prende e o mistério te deixa em agonia. Adoro isso. aoeusoue

Na verdade, não é por acaso que a Fate vai durar 10 anos pra terminar. Eu tenho 15 anos. Daqui 10 anos, vou ter 25. Fate em 25 anos. Tire suas próprias conclusões, aoeusoue. O Fate, na verdade, sou eu. A minha personalidade toda está nele, por isso chamo o Fate de meu alterego, ou eu daqui 10 anos, aoeusoue. Sem contar que o Vion é baseado no meu melhor amigo, Felicia na menina que eu gostava, e por ai vai.

Exatamente. Assim como nós, humanos, éramos peixes, viemos para a terra e nos transformarmos em macacos e de macacos viramos homens, a teoria é basicamente essa que se falou. Adaptação. E sobre o mestiço é desse jeito que se falou mesmo. Nem Digimon, nem Humano. Mestiço. O conteúdo do pendrive continuará sendo um mistério. aeousue. E não, não foi a Area 51 que criou o pendrive. O pendrive é da época do começo da Lei de Éden - algo a ser explicado no capítulo 07 -, algo em que o avô de Fate trabalhou e que isso passou de pai para filho, como eles sendo guardiões. Acredite, a família de Benjamin Locks McFate tem muito mais a ver com Violentblade, Maxim, o pendrive e tudo do que você imagina... Nos futuros capítulos se vê porque. OAUSOAUEOUOEAU

Para a sua alegria, e a de outros leitores, e a tristeza de outros, que infelizmente não puderam acompanhar até o 03 ainda, vou postar o capítulo 04. Muita ação, socos, nego xingando e lembrando o passado, e um Fate muuuito, mas muuuuito cagão, e um final explosivo! OAUSOAUEOUS 04 se segue abajo.

P.S: O capítulo 04 ficou muito grande e, como ultrapassou o limite de caracteres do Forumeiros, tive que dividi-lo em dois posts. Espero que compreendam.

Você está confundindo tudo, mas enfim, o Falcomon irá evoluir no Capítulo 04 e fim dessa confusão. Gíria, palavra, o cu de alguém de quatro, que se foda, não gosto desse "Relaxe". Eu sei que você gosta de suspense, tanto é que fala coisas que só ficam fazendo a minha boca salivar de tanto êxtase e é isso que me irrita, por que eu odeio que fiquem me deixando curioso, pois eu sou muito curioso. Mas tudo bem, eu lhe perdoo. u.u

Juro que eu achava que a Fanfic se chama Digimon Fate porque envolvia destino e tal, isso antes de eu ler, pois aí caiu a ficha. xD Bem, o foco principal é o Fate, então não há porque a Fanfic se chamar Digimon Vion, mesmo que ele tenha seus momentos de maior importância, afinal, ele é só um metido que não gosta do Fate pelos acontecimentos passados, que infantilidade. u.u

Você está cumprindo bem o seu "dever" então, pois a Fanfic está ótima e a trama muito envolvente. \o Eu já havia me tocado que o Fate era você, acho até que você falou isso em um comentário ou foi outra pessoa. Mas é muita frescura querer terminar a Fanfic quando você completar 25 anos. E também, acho que você só pensou nisso agora, pois pelo que sei, a Fanfic foi criado antes de você ter 15 anos, seu metido. u.u

Bem, ao menos uma parte foi solucionada com este seu comentário, o Pendrive é algo muito maior que nem mesmo o governo americano deve ter sido capaz de fazer ou até de controlar. Não sei o que é esta Lei do Éden, mas esperarei o Capítulo 07. Guardiões, bem interessante, mas isso não soluciona o conteúdo do Pendrive, nem parece ser algo de segurança nacional, parece mais algo de segurança universal. o.o

Certo, certo, agora me deixou com mais dúvidas, afinal, o V-Blade não sabe que o Fate está na Area 51, então não era possível demonstrar a ligação entre a família McFate e ele. Você é realmente um desgraçado Leonardo Polli, eu estou com muita raiva de você por ter criado uma Fanfic incrível que me prende com sua magnificência e desenvolvimento incríveis. Te odeio. u.u

Agora irei ler o Capítulo 04 e te odiar mais ainda pelo que acontecerá nele. Não se preocupe com o tamanho do capítulo, não ligo para isso, mas é melhor você começar a dividir em duas partes os capítulos já que provavelmente ficarão cada vez maiores com o passar do tempo. Imagino mesmo que o Fate é um cagão, pois você é um. u.u

Edit - Comentário do Capítulo 04

Nem sei por onde começar. xD Bem, obviamente estou totalmente entusiasmado e abismado com os acontecimentos deste capítulo. Yatagaramon, V-Blade, Explosão, tudo tornou a minha mente um Caos e realmente não sei o que dizer. o.o

Bem, vamos lá. Obviamente o capítulo foi magnifcamente incrível e você sabe disso, afinal, as batalhas que foram o foco principal, foram extasiantes e com certeza me deixaram preso à cada mínimo detalhe, esperando ansiosamente por cada detalhe. O Falcomon é muito persistente, não parou por um minuto a batalha para desistir, continuou seguindo em frente mesmo sem forças, seria até mais fácil esperar a morte.

Eu gostei mais da batalha do Grim e do Sealsdramon contra os Digimon que queriam impedí-los de chegar ao Fate. Claro que o Yatagaramon é ultra foda e adoro ele, mas estou contando as batalhas como um todo. Se bem que é difícil decidir, pois a batalha do Falcomon contra o Matadrmon também foi ultra foda e alucinante. Ah, você me deixa confuso, é uma grande misturas de emoções dentro de mim após ler o capítulo.

O Vion pareceu tão "dócil" na lembrança do Fate, mas eu achava que ele era mais tímido no passado, que não iria se dar tão bem com o Fate e o Grim rapidamente. Algo engraçado é o Commandramon se dirigir à ele mesmo em terceira pessoa, isso me lembro Everybody Hates Chris. xD De qualquer forma, o mais importante no Vion é....... que ele é extremamente lindo. ;D -q

Eu simplesmente não acreditei no que o V-Blade fez, a única explicação possível que me veio à mente é a de que ele é um Mestiço. Não entendo o que ele pretende, se ele sabia de cada passo do Fate desde que ele nasceu, porque o levou ao Pendrive? E porque ele não matou todos ali mesmo sendo que eles poderiam estragar seus planos no futuro? Não gosto deste erro dos vilões de deixar os mocinhos viverem por serem fracos e acharem que os mesmos não podem tocá-los. --''

Outra coisa que não entendo é o "Digisoul Full Charge", pois se fosse o máximo mesmo, eles deveriam ir para o nível Kyuukyokutai e não para o Kanzentai. Quero só ver o que você irá inventar quando eles fizerem isso ou até ultrapassarem. Bem, ao menos o Yatagaramon apareceu, gosto muito dele e o acho extremamente foda. *-*

A pobre Melodee estava perdidinha ao despertar. rsrsrs A coitada só teve uma aparição de um capítulo praticamente, depois foi esquecida. Acho até que se a batalha não tivesse terminado logo, ela continuaria esquecida e nem iria despertar. u.u Mas espero que ela tenha um pouco de aparição mesmo estando presa pelo V-Blade.

Ah, há um erro na briga entre o Maxim-G e o V-blade, o V-Blade ficou assustado com si mesmo? õ.Õ Mas foi boa, apesar de eu achar até certa parte que o V-Blade é um inútil, mas agora acho ele um completo idiota por não ter ido ele mesmo acabar com o Fate de uma vez, ele acha que vai viver para sempre por acaso? O tempo é precioso demais para ser desperdiçado com a extrema retardadisse deste monte de merda.

Duas coisas me intrigam. Porque o Sealsdramon não ficou preso na gosma do Raremon quando o levantou com os braços? E como ele criou um holograma de si mesmo como o Gorimon fez? Eu pensei que o Gorimon tivesse usado algo da Area 51 para fazer isso, mas se fosse o caso, o Sealsdramon não poderia fazê-lo. São muitas dúvidas em minha mente, misturada com raiva e excitação.

Bem, o capítulo foi perfeito na minha opinião e gostei principalmente do final, eles correndo contra o tempo. Porém não acha que um minuto é pouco para eles terem percorrido um caminho tão grande? E o que acontecerá com o Fate agora que perdeu seu Digivice? Sei que ele conseguirá outro de algum modo, mas espero que isto seja bem explicado, não quero nada mal feito. u.u

Ah, quando o V-Blade apareceu eu fiquei surpreso, pois esperava que fosse o Mestiço que apareceu no capítulo anterior, o com DNA de Leomon ou até algum outro Mestiço para acabar logo com as coisas. Bem, é isso que tenho à dizer, espero que não reclame da minha irritação, mas você é muito maldoso e agora me fez odiar o V-Blade.

Aguardarei o próximo capítulo e é melhor não me decepcionar com alguma porcaria. u.u
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Digimon Fate - Página 2 Empty Re: Digimon Fate

Mensagem por Mickey Sáb 05 Nov 2011, 6:45 pm

Uurul! Belo episódio. Correria, luta e explosão. Hehehe! Tudo de ação. Não faltou nada Rsrsrsrs.

Enfim Grim apareceu para uma missão de resgate explosiva... muito legal. Todos os humanos possuem uma arma principal? Fate com armas de fogo, Dee com Arco e fecha, Grim com uma foice... e que por sinal é frio... matou os Gazemons que corriam de medo...

Muito bom! Assim eles se envolvem nas batalhas e não apenas os Digimons. Muito legal a ideia.

Aew Digievoluções... pensei que não as veria... já que falcomon demonstrou uma habilidade de combate mesmo em nível inferior muito boa.

Agora, o Violentblade é digno de ser chamado de Chefe. Ele aponta o dedo e seus inimigos caem? Que força...

E agora? Como já perguntaram... como Fate fara sem um Digivice?
O que Violentblade planeja com Dee? O que raios tem no PENDRIVE?

Esperando o próximo episódio para responder estas perguntas!

=)

Duvida:

Houve necessidade de dois Posts para incluir o episódio. Excedeu o limite de linhas/caracteres? Qual é o limite que pode ser postado? Só por curiosidade xD

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Digimon Fate - Página 2 Empty Re: Digimon Fate

Mensagem por Leonardo Polli Dom 06 Nov 2011, 2:09 am

@Spyrofan: Sem problemas. Acompanhe a fanfic no tempo que você tiver, e responda quando quiser também. O importante é não deixar de ler, oasuoeus \o Abraços.

@Rikaru: Não, a Fate se chama Fate por que Fate significa Destino, e a história envolve o destino de todos os personagens e dos dois mundos, e por causa do protagonista também, que é o Fate \o O pendrive pode trazer tanto a ordem como o caos - depende de quais mãos ele cair. Obrigado pelos elogios ao capítulo 04, para mim, esse é um dos melhores capítulos que eu escrevi na Fate até o momento (junto do 06, 08 e 09). O Falcomon é assim mesmo - enquanto respira, ele luta. Ele é o personagem mais profundo e talvez seja por isso que ele seja a base de Fate.

Acho que consegui passar, detalhar melhor a batalha de Sealsdramon e Grim do que a de Falcomon e Matadrmon e seus parceiros humanos. Deve ter sido por isso que você achou melhor e tal. O Vion era dócil, meigo, tímido, conselheiro, tudo isso. Por que não é mais? Vish... só a história pra te falar. Commandramon é um otário, só isso, aoeuosueous. E sim, o Vion é lindão mesmo ;p OAUSOAUED. Violentblade tem lá suas cartas na manga. Se ele é mestiço ou não, só a história pra te falar. Essa frase do Vblade de "eu sei cada passo..." foi apenas uma hipérbole - não quis dizer que ele fica 24h vendo o Fate. E Vblade deixou vivê-los pois tinha as duas coisas que precisava - o pendrive e Melodee. Ele tendo Melodee, não precisa de Fate. Por quê? Lê a história e descubra por si mesmo.

Se você ñ acompanhou Savers, Digisoul Full Charge evolui para Kanzentai, e Digisoul Charge! Overdrive! evolui para o Kyuukyokutai. E sim, no decorrer da história eles evoluirão para níveis mais altos, e quem sabe, não surge até uma fusão entre GranDracmon e Ravemon? ;pp E Melodee estava desacordada e depois fez uma breve aparição no 04. Nos próximos capítulos, ela vai aparecer raríssimas vezes, voltando de vez lá pro capítulo 15.Violentblade tem planos. E esses planos só serão descobertos no decorrer da história. Sealsdramon não ficou preso à gosma de Raremon pois conseguiu fixá-la em suas mãos, tornando-a algo material. E o caso dos hologramas, qualquer digimon ciborgue pode fazer isso. Gorimon é ciborgue. Sealsdramon também.

Fate não obterá de maneira alguma outro digivice. É explicado futuramente na fanfic que um humano e um digimon só podem ter um digivice na vida. E se perderem esse, estão na roça. Sim, aquele lugar da Area 51 explodiu. O digivice explodiu? Não sei. As aparências enganam, e aguarde um fim de saga que se resume em apenas uma palavra: espetacular. Aquele mestiço foi só uma cobaia, não vai aparecer mais na fanfic, creio eu. E que bom que você odeia Violentblade, isso é mt bom, pois vilões servem para serem odiados \o OAUSOAUEOUDOUA. Obrigado pela presença e fique no aguardo do capítulo 05, um capítulo daqueles dramáticos e tal.

@Mickey: Obrigado pelos elogios, amigão! Sim, cada humano tem uma arma em específico. Fate tem suas TwinBlasters, Grim tem sua foice, que depois é substituída pelos seus punhos (vide capítulos 06-07), Melodee usa um arco e flecha... e por ai vai. Essa idéia das armas foi por causa disso mesmo; odeio humanos parados, somente olhando. Humanos tem que descer a porrada também! OAUSOAUEOUDA

Falcomon é muito foda até em seu nível Seichouki, mas, como Matadrmon é pau a pau com ele, precisaria evoluir para Kanzentai e ficar nivelado, para poder derrotá-lo. Violentblade é muito poderoso e muito frio, você verá muito mais de sua personalidade no decorrer da saga. Fate se virará como pode sem seu digivice. Lutará normal, e Falcomon também. Será mais difícil, mas eles tentarão. Violentblade tem planos para Melodee. Planos maléficos. Planos que serão contados verdadeiramente próximo ao fim da saga. E o conteúdo do pendrive será sempre um mistério, rs.

O limite imposto pelo Forumeiros é de 65000, só que no começo do fórum eu devo ter colocado 60000... Obrigado pela presença e continue acompanhando. Abraços!
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