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Digimon - Digital Rebellion

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MidoriKyun
Spirit
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Digimon - Digital Rebellion Empty Digimon - Digital Rebellion

Mensagem por Spirit Ter 22 Mar 2016, 11:32 pm

Hello, it's me, Mario a novata!
Bem, eu estou voltando a ativa com uma história que pensava havia um bom tempo, espero que seja do agrado de vocês. Infelizmente, devido ao meu trabalho, os capítulos serão mensais, mas se possível, adiantarei a postagem.
Enjoy!

Nome da Fanfic:: Digimon - Digital Rebellion;
Nome do Autor:: Spirit;
Gênero Principal:: Ação, aventura, comédia, um pouco de drama e ficção.
Em que foi foi baseada:: Digimon, ué.
Recomendação Etária: +12
Sinopse:: Em um mundo paralelo, uma guerra civil coloca os habitantes em conflito de ideais, e em busca de ajuda, agentes são enviados atrás de seus "salvadores" humanos.




CAPÍTULO UM:
Um Estranho Começo!



O Japão era assustador para Kara. Para onde quer que olhasse, percebia as pessoas falando baixo, até mesmo apontando para si, enquanto passavam para dentro a escola. Ela também queria avançar, mas suas pernas tremiam toda vez que tentava dar um passo, tal era o nervosismo. Com aquele uniforme colegial que consistia em uma longa saia branca de pregas e uma blusa com detalhes azuis, sua pele negra se sobressaía mais ainda, num contraste. Seus cabelos longos haviam sido recentemente descoloridos, adquirindo um tom platinado extremamente chamativo, mas ao menos a franja reta servia para esconder seus olhos castanhos e trêmulos. Ergueu-os apenas um pouco, fitando a entrada da escola que se estendia diante de si, antes de enfim tomar sua decisão.

- Eu não posso fazer isso! – gritou a moça, fechando os olhos com força, se virando para correr para longe do local. Com isso, acabou batendo em algo a sua frente, tropeçando para trás antes que caísse.
- Keet-san? – chamou uma voz masculina, preocupada. Ao abrir os olhos, Kara se deparou com um jovem com cerca de sua idade (deveria estar cursando o último ano), trajando um uniforme nas mesmas cores que o próprio. Ela então lembrou-se de que os japoneses chamavam as pessoas pelo sobrenome.
- Ah, sim... – seus ombros se curvaram, mas o rapaz sorriu. Era alguns centímetros mais baixo que Kara, com um físico fino e esguio, de modo que as roupas ficavam um pouco folgadas. Sua pele estava um pouco pálida, e os cabelos pretos pareciam ter sido penteados por pressa, finas olheiras sob seus olhos amarelados. Kara se perguntou se ele estava resfriado, mas não tinha coragem de falar.
- Muito prazer. – ele ergueu a mão em saudação, e seu tom gentil acalmou-a um pouco. – Sou Ootono Shinjurou, do terceiro ano. Como representante da Classe 3-B, gostaria de lhe dar boas-vindas e apresentar a escola.
- O-Obrigado... – Kara ergueu um pouco a mão para cumprimentar o garoto, segurando sua bolsa e os cadernos numa única mão próximo do peito, mas a mesma tremeu tanto que acabou derrubando tudo no chão em seguida. Apressada, se abaixou e começou a juntar tudo, jogando para dentro da bolsa, tão ocupada, que nem viu seu novo colega pegando um bloco de desenho.
- Keet-san, você gosta de desenhar? – perguntou Shinjurou, mostrando as folhas desenhadas quando a garota ergueu a face. Num gesto rápido, pela tomou o caderno, atirando-o dentro da bolsa como se fosse um animal selvagem.
- Não é nada! – disse, segurando a bolsa com força enquanto se erguia.
- Tudo bem, não fique assim... – desconsertado, o garoto moreno apontou com a mão para a escola, indicando que entrassem. Kara o seguiu, ainda agarrada à bolsa, os passos trêmulos.  – Se você quiser, pode se inscrever no Clube de Artes.
- Clube de Artes? – repetiu, pois sua escola antiga não contava com aqueles programas.
- Sim! Aqui todas as escolas tem clubes, onde os alunos podem se reunir e praticar as atividades que mais gostam. Além de representante, também estou no Clube de Jardinagem, se você quiser entrar.
- Vou pensar nisso... – Kara se pegou formando um pequeno sorriso na face antes que notasse, nem percebendo que seu caminho tinha chegado ao fim. Adiante tinha uma porta com o número e letra de sua sala, e de dentro, vinham algumas vozes. – É a minha sala?
- Sim, e não se preocupe, são boas pessoas. – Shinjurou sorriu e novo, colocando a mão de leve em seu ombro. Quando a sentiu estremecer com o toque, logo recuou, coçando a nuca. – Me desculpe... Bem, preciso ir agora, mas se precisar de algo, pode me ligar quando quiser. – Com isso, ele pegou um pedaço de papel do bolso e entregou para Kara, que percebeu se tratar de um número de telefone.
- V-Vou ligar! – respondeu ela, sentindo a face corar, dobrando o papel e colocando no bolso. Em seguida, acenou para o rapaz, que já se afastava, embora não tivesse dito para onde ia. Por um momento, sentiu-se mais calma, mas a sensação passou assim que abriu a porta e percebeu que todos os olhares de voltaram em sua direção. Suas pernas voltaram a tremer e a vontade de fugir voltou, quando uma mulher adentrou na sala, carregando algumas pastas.
- Atenção todos, para seus lugares! – disse em tom enérgico, sendo prontamente obedecida. Foi então que ela notou Kara ainda na porta, sem saber para onde deveria ir. – Ah, você é a aluna nova. Escreva seu nome no quadro e apresente-se, sim?
- Sim, senhora... – Kara abaixou a face para concordar enquanto adentrava na sala, parando na frente do quadro negro. Abraçou sua bolsa contra o peito e com a outra mão pegou um giz, escrevendo “Kara Keet”, mas ao perceber que tinha feito em letras ocidentais, se apressando a fazer os kanjis logo abaixo. Quando terminou, virou-se para a classe, notando que havia mais pessoas nela do que pensara. – S-Sou Kara... Vim de Durban, África do Sul, devido a uma bolsa de estudos... E é um prazer conhecê-los! – falou a última parte alto demais.
- Certo, você pode se sentar ali, se quiser. – um pouco surpresa, a professora apontou para uma parte mais atrás, com algumas cadeiras vazias. Assentindo com a face, Kara correu para uma delas, se deixando cair sobre a cadeira enquanto a aula tinha início. Com certa dificuldade, tirou seu caderno com algumas canetas, quase deixando tudo cair quando ouviu uma voz vinda da carteira ao lado.
- Não se preocupe, apesar dos gritos, Shima-sensei não é ruim. – explicou o garoto sentado à sua esquerda, perto da janela. Só de olhá-lo, Kara sabia que ele não era japonês, pois suas feições eram finas. Seu uniforme era alinhado, assim como os cabelos cinzentos (nenhum fio estava fora do lugar), combinando com a postura reta. Seus olhos eram azulados e sérios, escondidos sob um par de óculos.
- Ah, você... Não é aqui, não é? – perguntou a garota, incapaz de resistir a sua curiosidade. – Também ganhou uma bolsa?
- Não, me mudei para cá por causa do trabalho dos meus pais. Sou Alister Krane. – apresentou-se, falando em voz baixa para que não fossem notados.
- Sua pronuncia de japonês é melhor do que a minha... – Kara comentou enquanto olhava rapidamente para frente, disfarçando que conversavam. – De onde veio?
- De Frankfurt. Mas já vivo aqui há três anos, então já me acostumei.
- Isso é impressionante e...
- Keet-san. – a voz alta da professora, Shima, se ergueu, chamando sua atenção. Sua expressão não era das mais felizes. – Algum problema com Krane-san?
- N-Não, sensei! Eu só tinha uma dúvida... – assustada, Kara abaixou a face, voltando a se concentrar nas matérias que eram passadas. Alister parecia tão impassível e sério, que parecia mesmo uma estátua.

--

Quando o sinal tocou, indicando o fim das aulas, Kara atirou suas coisas de volta para dentro da bolsa, esperando que todos saíssem antes, para evitar aquela multidão. Foi uma boa escolha, pois os corredores estavam silenciosos e calmos, sem ninguém para ficar olhando-a como se fosse alguma atração ou anomalia. Ao passar pelo pátio, viu alguns alunos praticando esportes depois do horário e se lembrou sobre os clubes que Shinjurou tinha lhe falado. Decidiu que iria falar com o garoto, afinal ele lhe passava uma sensação de calma que não conseguia sentir com os outros.
Para sua sorte, havia muitas placas indicando salas e localidades, então encontrou seu rumo para a estufa da escola, passando por algumas gaiolas com coelhos, provavelmente animais das crianças mais novas. Quando chegou na estufa, abriu a porta transparente, surpresa com a quantidade de plantas diferentes que via ali. O Clube de Jardinagem devia ser bem dedicado a sua tarefa, pois nem conseguia contar quantos tipos diferentes de raízes, árvores e brotos tinha ali.

- Ootono-kun? – chamou, lembrando de usar o sobrenome do garoto. – Você está aqui?

Como não teve resposta, foi entrando na grande horta, cuidando para não pisar em nenhuma raiz ao procurar pelo moreno. Chamou-o mais uma vez, mas logo percebeu que ele não estava lá. Provavelmente tinha ido para casa, como Kara já deveria ter feito, e com um suspiro frustrado, a moça se virou para deixar a estufa.
No entanto, parou ao ouvir um monte de folhas ali perto farfalhar. Ofegou nervosa, pensando em fugir correndo, mas então se lembrou das gaiolas pelo qual tinha passado no caminho e suspirou aliviada. Um dos coelhos devia ter fugido e agora estava procurando algo para comer por ali. Com este pensamento, a garota foi se aproximando com cuidado do monte de folhas que se movia, ouvindo alguns ruídos inumanos, achando que o animalzinho tinha prendido a pata em algum lugar.

- Aqui, coelhinho... Deixe que eu vou te ajudar... – falou em tom manso, enquanto se abaixava e afastava aquelas folhagens altas. Por alguns segundos, ficou em silêncio, antes de pular para trás, caindo sentada no chão. – AAAAAAAAAAAHHH!!

Seu gritou ecoou pela estufa inteira, mas ninguém estava por perto para ouvir. Kara estava apavorada, ofegando enquanto apoiava as mãos no chão e ia recuando para longe do que saía das folhagens, pois definitivamente não era um coelho. Na verdade, parecia com um cogumelo com pouco mais de um metro de altura, o corpo em tom bege claro e a parte superior roxa com manchas amarelas. Se fosse apenas isso, não seria assustador, mas aquele cogumelo gigante tinha braços e pernas, armados de botas e luxas em tom rosado, além de uma face com expressão irritada. Saiu chutando as folhagens, segurando uma bolinha vermelha numa das mãos, talvez um tomate. Quando aquela coisa falou, Kara duvidou de sua sanidade.

- Você não devia estar aqui! – gritou o “homem-cogumelo”, apontando com a mão livre.
- Eu... Eu... – a voz da garota ia sumindo, mas logo começou a gritar. – SOCORRO! TEM UM VEGETAL MUTANTE AQUI!!
- Não sou um vegetal mutante, sua...! – o fungo se irritou, e com a mão livre, atirou um cogumelo menor em sua direção. – Mushroom Mash!


No momento em que o cogumelo menor caiu no chão, o mesmo explodiu como uma pequena bomba, liberando fumaça e um forte cheiro de queimado. Para se proteger, Kara cobriu a face com um dos braços e tateou com a outra mão enquanto ia recuando, até que tocou em um cabo, agarrando-o. Quando a fumaça estava começando a abaixar, o cogumelo saltou, com outro daqueles pequenos fungos explosivos na mão.

- Agora eu te peguei! – ele gritou, mas Kara subitamente se ergueu, irritada.
- Eu que te peguei! – devolveu a garota, empunhando uma pá de jardinagem com as duas mãos. Em um movimento lateral, bateu com a parte de ferro na face da criatura, jogando seu corpo contra a parede pela força usada. Ocupada com o inimigo, nem viu que o “tomate” que ele segurava voou de sua mão e acabou caindo dentro de sua bolsa, sumindo na bagunça de lá. – E fique aí! – gritou de volta, jogando a pá sobre sua cabeça quando ele começou a levantar. Deu-lhe então as costas e saiu correndo para fora da estufa, indo o mais rápido que podia para longe daquela criatura.

Como não conhecia as ruas da cidade ainda, correu sem rumo até que suas pernas não aguentaram mais, caindo em uma calçada. Estava ofegante e trêmula quando apoiou as mãos no chão, sem saber o que havia acabado de acontecer. Não era possível que um cogumelo humano tivesse aparecido na escola, coisas assim só existiam naqueles animes de monstros.
Estava tão distraída com o pânico que levou algum tempo para prestar atenção ao som de choro que começou. Era baixo e abafado, mas a garota tinha certeza de que estava perto, então olhou para os lados, não encontrando nenhuma pessoa por perto. Demorou um pouco e finalmente descobriu que o som vinha de sua bolsa, e inclusive alguma coisa estava se movendo lá dentro. Com medo de que fosse um daqueles cogumelos explosivos, colocou a mão com cuidado e agarrou uma coisa molinha e pequena, puxando para fora. Ao abrir a mão, percebeu que era aquele “tomate” que o fungo gigante estava segurando, mas que de vegetal não tinha nada, parecendo mais uma bolinha de brinquedo.
Curiosa, a garota cutucou-a com a ponta do indicador, apenas para vê-la dar um pulinho. Do lado que estava virado para sua palma, surgiram suas orelhinhas pontudas que lembravam asas de morcego, além de ter uma boca sem lábios e dois olhos azuis um tanto grandes.

- Certo... Você não é um tomate. – disse Kara, voltando a cutucar a bolinha vermelha. A mesma emitiu um sonzinho agudo e lhe mordeu o dedo, mas não machucava por não possuir dentes, e sim apenas uma gengivinha macia. – Ei, pare com isso... – ela não resistiu a rir, puxando a mão de volta. Mas ao fazer isso, a bolinha emitiu outros sonzinhos baixos antes de começar a chorar com a voz aguda, dano pequenos pulinhos em sua mão. – Aaah, o que foi?


Preocupada, a garota olhou para o pequeno, com medo de que tivesse se machucado, apesar de não ter notado nada em seu corpinho. Também não entendia porque ele não falava, como o cogumelo fazia, até que finalmente suas ações fizeram sentido. Sendo pequeno daquele jeito, só podia se tratar de um filhote, um bebê do que quer que fosse aquela espécie.

- Você está com fome? – perguntou, percebendo que a bolinha parava de chorar brevemente, como se concordasse. Apesar de todo o pânico que ainda sentia, estava preocupada com aquele pequeno. – Ok, espere um pouco...

Segurando-o com as duas mãos, Kara correu olhando para as placas até conseguir encontrar o caminho que queria. Levou algum tempo, mas chegou a um pequeno subúrbio, entrando numa casinha pequena de apenas um andar. Não havia ninguém lá, pois a moça tinha se mudado sozinha, deixando seus pais no país de origem, então não precisava esconder sua pequena companhia. Rumou para a cozinha, deixando a “bolinha” sobre a mesa junto com sua bolsa, e já estava pegando o celular, quando viu aqueles grandes olhos azuis chorosos. – Está bem, está bem. – ela suspirou, pegando no armário um pratinho raso e em seguida, uma caixa de leite da geladeira. Serviu-o e deixou o prato perto do pequeno, sendo que a borda ficava na altura de sua face.

- Comporte-se. – pediu a ele, antes de pegar o celular novamente. Nos números previamente gravados, encontrou o da polícia local, discando para os mesmos.
- Moshi moshi. – saudou uma voz masculina do outro lado da linha, da forma tradicional japonesa.
- Ah... Hm... – Kara voltou a ficar nervosa, apertando o celular quando sentiu a mão tremendo novamente. Não podia dizer que tinha sido atacada por um cogumelo gigante, pensariam que era um trote. – T-Tem um invasor na escola... Ele tinha bombas e...

Antes que pudesse continuar, um som alto de estática interrompeu a ligação, fazendo a garota afastar o aparelho do ouvido com um gemido. Quando o barulho parou, Kara se virou para a tela, mas a mesma estava totalmente escura, tendo agora um número com porcentagem, e as palavras “associando dados” escritas na cor azul. – Eeeh? Isso não é hora de atualizar! – gritou, apertando no botão de voltar na tentativa de cancelar aquele download e voltar a sua ligação. Tentou por duas vezes antes que a porcentagem chegasse a 100% e a tela acendesse de novo, como se estivesse ligando normalmente.
A luz, no entanto, começou a se espalhar para o resto do aparelho, que Kara largou ao chão, de surpresa. Por um momento, tudo o que havia era um retângulo brilhante, até que se apagou subitamente. O telefone parecia normal, mas além dos dois botões abaixo da tela, agora havia mais um no meio, com um quadrado no meio. Curiosa, a jovem pegou o celular e checou os aplicativos, vendo que estava tudo normal, e então clicou naquele estranho quadrado. A tela apagou e mostrou agora outros aplicativos, com novos nomes.

- Mapa, dex, rastreador, comunicação... – ela ia repetindo os nomes, até que percebeu que não estava escritos em japonês, ou na linguagem ocidental. Estava escrito em uma linguagem cheia de curvas e formas retas, como um código antigo, mas que podia entender perfeitamente. Já ia clicar num dos ícones quando ouviu um barulho da mesa, virando a face para ver se a “bolinha” tinha terminado o leite que servira. – Você já está satisfeeeeh?!


Mais uma vez, Kara se chocou, pois não havia mais uma pequena bolinha vermelha do tamanho de sua mão. Ele estava do tamanho de uma bola de basquete, com seu corpo mais roliço fazendo as orelhas parecem menores que antes. Tinha agora quatro patinhas pequenas e uma cauda com a ponta preta, além de uma mancha branca na barriga e duas sob os olhos azuis. Empolgada, a nova criatura se aproximou da moça, ficando na ponta da mesa. – Delicioso! – disse com uma voz aguda, parecida com a de um menino pequeno.
- Você... Fala?! – gritou Kara, se aproximando do outro, cutucando-o para ver que tinha a mesma textura de antes. – O que é você?

Mas, antes que ele pudesse responder, seu novo celular vibrou, mostrando que um dos aplicativos (o que dizia “dex”) tinha uma notificação. Quando a garota clicou no ícone, apareceu na tela a imagem daquele pequeno ser, com algumas informações abaixo.

GIGIMON
Nível: Em-Treinamento;
Atributo: Vírus;
Ataques: Hot Bite;

- Gigimon? – Kara repetiu, vendo que a criatura da foto tinha olhos amarelos, mas o diante de si tinha azuis. Logo encontrou um link que dizia “descrição” e já estava prestes a clicar, quando ouviu batidas fortes na porta.

Não era como se estivessem lhe chamando, e sim que estivessem arrombando a porta, e quando ouviu o som inconfundível de madeira de partindo, a garota pegou Gigimon nos braços, abraçando o pequeno contra seu peito. Olhou para os lados, procurando por algo que pudesse usar como arma, mas antes que encontrasse algo, seu invasor entrou na cozinha. Ainda com uma marca vermelha na forma da pá, o grande cogumelo entrou na cozinha, abrindo um pequeno e maldoso sorriso.

- Agora você não pode fugir de mim.

--

Quando a primeira bomba explodiu a mesa da cozinha, Kara aproveitou a confusão para correr até o quarto, segurando Gigimon nos braços, que se agitava feito louco. Olhava para os lados, procurando por algo que pudesse usar de arma, mas era difícil se concentrar quando vários cogumelos explosivos caíam a seus pés. Tropeçando, a garota chegou até o outro cômodo e se atirou para dentro, batendo a porta atrás de si. Se deixou então cair sentada no chão, com as costas apoiadas na madeira, sentindo o corpo todo tremer, pequenas lágrimas caindo por sua face.

- O que eu faço...? – perguntou com a voz fraca, ouvindo os passos do fungo do outro lado da porta. – O que eu faço?
Em seu pânico, nem resistiu quando o pequeno ser se soltou de seus braços, caindo no chão a sua frente com a cauda erguida. – Eu vou lutar com Mushmon!
- Não! – ela se apavorou só de pensar em Gigimon lutando com o outro, que poderia esmaga-lo com um dos grandes pés. – Ele vai machucar você.

E, mesmo que tremesse e sua vista estivesse embaçada pelo choro, a garota se ergueu. Passando as mãos pela face, olhou em volta, procurando por algo que pudesse usar de arma, vendo algumas caixas, roupas e bichinhos de pelúcia espalhadas. A única útil que encontrou foi seu abajur perto da cama, agarrando-o e segurando com uma das mãos, pois não era muito grande. Aquilo iria servir. Se virou novamente para frente, reparando em Gigimon ainda lhe encarando. – Fique aqui. Vou cuidar dele. – prometeu, embora mais falasse para se convencer.
Para sua surpresa, a tela de seu novo celular voltou a acender, agora em tom rubro. Tendo uma ideia, Kara segurou o aparelho com uma mão e o abajur com a outra, acenando com a face para seu amigo. Ao entender, Gigimon saltou e se agarrou na maçaneta, virando a mesma para a outra correr para fora, localizando o tal “Mushmon” perto dali. Sem pensar duas vezes, atirou o telefone em sua direção para que ofuscasse a vista, erguendo o abajur para bater nele. Antes que pudesse fazer isso, no entanto, uma bola de fogo passou ao seu lado e explodiu na face do cogumelo.

- O que? – confusa, a garota se virou para o quarto a tempo de ver algo grande sair da porta e parar ao seu lado. O que via agora era um algo semelhante a um lagarto (ou dragão) vermelho, tão alto que mesmo andando curvado, chegava quase ao peito de Kara. Sua barriga ainda era branca, e suas orelhas tinham o formato de “morcego”, mas agora sim ele tinha presas e bem afiadas, além de três garras nas patas dianteiras que eram longas.
- Guilmon vai cuidar dele! – disse o “novo Gigimon”, erguendo as garras.
- Você vai crescer e mudar de nome a cada cinco minutos?! – ela estava tão espantada que até deixou o abajur cair.
Mas, apesar de ter a face tostada e com marcas de queimado, seu inimigo não estava derrotado. – Ei, seus idiotas! Prestem atenção em mim! – gritou o fungo, chutando os pedaços de um armário quebrado. Pequenas veias de raiva apareceram entre as manchas de sua parte roxa e bulbosa.
- Esse cara tem problemas com controle de raiva... – com medo de que ele começasse a jogar explosivos e colocasse a casa abaixo, a garota de virou para o dragão rubro. – O que você pode fazer... Guilmon?
- Posso fazer coisas incríveis! Olha só! – animado, o digimon vermelho avançou, esticando as garras. Ainda irritado, o fungo revidou armando um soco na face, sendo surpreendido quando Guilmon abrir as mandíbulas e mordeu-lhe o punho, furando a luva com as presas. Isso deixou-o nervoso, pois puxava o braço, tentando se soltar. -  E-Ei, sua lagartixa! Me solte!

O digimon rubro, no entanto, revidou mostrando sua força. Apenas erguendo a face, levantou o corpo de Mushmon pelo punho, e em seguida moveu a cabeça para o lado, batendo o corpo do fungo no chão com um baque. Mas, antes que ele pudesse se recuperar, Guilmon moveu para o outro lado e voltou a bater seu corpo em outro ponto do chão, então repetiu o processo, rachando o piso após algumas vezes. Quando se cansou, jogou o fungo contra a parede, ofegando enquanto voltava a se curvar, raspando suas garras no chão.

- Vá embora! – disse, rosnando baixo. – E deixe a minha amiga em paz!
- E-Eu vou! Eu vou! – gritou o fungo, se erguendo com o corpo todo trêmulo e correndo para fora, tropeçando nos destroços que tinha deixado pela casa. O réptil então parou de rosnar e ergueu um pouco a postura, se virando para Kara. Ergueu os braços e sorriu, balançando a cauda para os lados.
- Você viu o que eu fiz? Você viu?
- Vi sim... Parecia até o Hulk... – disse a garota, apavorada com o que acabara de ver.
- Quem é Hulk? – curioso, Guilmon pendeu a face para o lado.
Cansada, Kara se deixou cair sentada no chão, suspirando baixo. – Esqueça... Minha casa tá destruída...
- Eu vou ajudar a arrumar! – prometeu o outro. Logo em seguida, começou a juntar os pedaços de madeira e vidros pelo chão, até que pegou algo o chão e voltou correndo em sua direção. – Ei, isto é seu.

Kara ergueu um pouco a face e percebeu que ele estava segurando seu celular na mão, agora com as luzes apagadas, mas outra imagem na tela. Ao pegar o aparelho e olhar de preto, ela percebeu que tinha uma grande marca (como era o nome daquelas coisas? Runas?) em vermelho, com um círculo em volta. – O que isso quer dizer? – mostrou para Guilmon, que aproximou as garras da face, mas negou em seguida. Parecia não ser o mesmo dialeto que o resto dos aplicativos... Ao lembrar deles, Kara apertou no botão central e desbloqueou a tela para ver a estranha lista de atividades. No item “dex” havia agora mais duas notificações, que ela clicou. A primeira mostrava uma foto de Mushmon, informando que era do nível Criança e do atributo Vírus, além de mostrar o ataque que ele usara antes. A segunda imagem era de um Guilmon de olhos amarelos, mostrando que ele era do mesmo nível e atributo que o fungo, mas com outros ataques.
Ainda sem entender o que aquelas informações queriam dizer, ela saiu dali e viu que havia um novo aplicativo abaixo. Seu ícone era o círculo vermelho com a runa, e ao clicar nele, viu um total de sete “barras”, sendo que três delas estavam completas, com um 100% ao lado. Sobre as três completas estavam escritos Bebê, Em Treinamento e Criança, e sobre as barras vazias, Campeão, Perfeito, Extremo e ???. Voltando, percebeu o nome do ícone: Evolução.

- Evolução? – repetiu, olhando para Guilmon. – Foi isso que aconteceu com você?
- Sim! – o dragão concordou. – Você me fez mudar de forma para lutar.
- Eu? – agora sim Kara estava confusa. – Mas eu não fiz nada...
- Quando você quis enfrentar o Mushmon, o seu aparelho brilhou e eu senti força para ficar assim! – ele abriu os braços, mostrando sua nova forma. A garota ainda achava que ele estava exagerando, mas não achava que podia convencê-lo.
- Bom... Agora que você é grande e pode se defender sozinho, pode ir pra casa, não é? – se arrependeu de ter falado aquilo assim que viu a reação do outro, que deixou as orelhas caírem e pareceu entristecido, se deixando cair sentado também. – O que foi?
- Eu não me lembro de nenhuma casa... Só das folhas, Mushmon me pegar e você me salvar...
- Como assim? – a garota não pode deixar de sentir uma pontada de pena pelo outro, imaginando como seria não se lembrar de nada. – Você não sabe de onde veio? E os seus pais?
- O que são pais? – ele voltou a perguntar, curioso.
- Guilmon, o que você é? – ela não resistiu a perguntar.
- Sou um digimon! – a resposta foi simples.
- Bem... E o que é um digimon?
- Um digimon é...Um digimon. – o réptil piscou, sem entender.
- Ai, meu deus... – Kara estava quase desistindo de tirar alguma resposta dele. Mesmo sem saber o que era, precisava encontrar um destino a Guilmon. Pensou em chamar alguma autoridade (uma que não pensasse ser um trote quando ligasse), mas logo imaginou um monte de homens prendendo-o e fazendo experimentos... Não, aquilo seria horrível demais.
Já estava ficando nervosa de novo, quando percebeu que o focinho do réptil estava a centímetros do seu, recuando surpresa. – O que você é? – foi a vez dele perguntar, lhe cutucando a face com a ponta da garra, mas sem ferir.
- Eu sou Kara. – ela colocou a mão sobre o peito. – E sou humana.
- Humana? Que espécie é essa? – aproveitando a proximidade, o dragão a farejou algumas vezes. – Qual é o seu nível? E o seu atributo?
- Acho que você sabe quanto de mim quanto eu de você... – Kara voltou a suspirar, mas olhou em volta, vendo o rastro de destruição em sua casa. – Vamos primeiro arrumar isso tudo, ok?

--

A noite já tinha chegado quando os dois conseguiram arrumar tudo. Apesar de um pouco desajeitado, Guilmon se mostrava muito forte, então conseguiram tirar os destroços de alguns armários e objetos quebrados, além de tirar cacos de vidro, farpas e poeira, muita poeira. Agora, a única coisa suja que havia ali, era a própria dupla. Largando sua vassoura e os panos que segurava, Kara observou o que tinha sobrado da pequena morada, que ainda tinha marcas de queimado nas paredes e o piso rachado. Teria que encontrar um jeito de esconder como pudesse, pois apesar de seus pais não terem uma vida financeira ruim, ela não queria que bancar aquela pequena casa se tornasse uma dificuldade para eles.

- Ei, ei. – a garota foi desperta de seus pensamentos quando Guilmon puxou sua manga. – Fizemos um bom trabalho, não fizemos?
Ao vê-lo todo coberto de poeira e com um pano amarrado sobre as orelhas, ela não resistiu a rir baixo. – Sim, fizemos... Agora precisamos é de um bom banho.
- Eeeh? – apavorado, o dragão rubro chegou a pular para trás. – Por quê?
- Como assim “por que”? Você está imundo! – Kara tentou falar da forma mais séria que podia, e quando o digimon tentou fugir, segurou sua cauda, usando toda a força que tinha para arrastá-lo para o banheiro. Como ele era pesado e tinha quase o seu tamanho caso ficasse com as costas retas, a garota levou um bom tempo para conseguir leva-lo ao outro cômodo, tão ocupada em coloca-lo debaixo do chuveiro que nem viu seu novo celular tremendo. No ícone “dex” apareceram mais notificações, indicando que haviam outras espécies de digimon por perto.

--

- Seu inútil! – gritava um digimon que mais parecia um anãozinho feito todo de pedra, com olhos amarelos. Ele se esforçava para que sua voz aguda soasse mais grossa enquanto se ocupava em bater com seus punhos fechados no corpo de Mushmon, agora caído no meio da rua. Perto dele estava um inseto coberto de metal, com duas tomadas saindo do corpo, e teasers no lugar das mãos e sobre a cabeça, sempre gerando estática. Ele apenas observava a cena, um pouco nervoso.
- Gotsumon, eu acho que... – começou o inseto de metal, mas se recuou ao receber um olhar irritado do anão de pedra.
- Cala a boca, Kokuwamon! – devolveu, apontando para o fungo caído, que se apoiou as mãos para levantar. – Que tipo de fracassado não consegue pegar um bebê?!
- Não era só um bebê!  - Mushmon tossiu um líquido verde e pegajoso no asfalto. – Quer dizer, ele era... Mas aí veio uma humana e ele evoluiu!
- Se ele evoluiu, foi por sua culpa! O chefe vai... – Gotsumon ergueu o punho para atacar de novo, mas foi detido por uma nova e silenciosa figura. Se tratava de um pássaro de penas escuras, uma veste arroxeada sobre o peito e uma grande mancha sobre os olhos, que detinha o braço de pedra com uma das próprias asas. Diferente dos outros, aquele digimon tinha muitas marcas pelo corpo, e uma mancha escura na asa, como se feita de carvão.
- Acalma essa xana. – disse o pássaro, empurrando-o para trás. – Você não é o chefe.
- Falcomon! – irritado, o digimon feito de pedra recuou alguns passos. – É melhor sair do caminho se não quer ganhar mais cicatrizes ainda!
- Quero ver você falar grosso assim com uma shuriken enfiada no...
- Gente. – Kokuwamon os chamou, apontando para o lado. – O chefe chegou...

De fato, a alguns metros de distância, uma mistura de luzes em várias cores piscava no ar, até que uma mancha negra surgiu no meio delas, aumentando até o tamanho de uma janela. Do outro lado, não se via quase nada, apenas uma figura vagamente humana, com a face escondida na má iluminação.

- Relatório. – ele exigiu, de forma direta. Enquanto Kokuwamon recuava um pouco, o pássaro colocou as mãos na cintura, olhando para Mushmon.
- Não queria ser você agora.
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Mensagem por LucasMakuso Qua 23 Mar 2016, 2:22 am

Olá Spirit! Venho aqui comentar em sua fanfic 0:

Eu adorei sua escrita - que é impecável -, a história e a personagem principal (pelo menos a principal desse episódio). A história é envolvente, já me deixou curioso para saber o que acontecerá nos próximos episódios.

Como um amante de Guilmon & Evoluções, achei uma ótima escolha para o Digimon de Kara. Uma pequena dúvida que eu tive: terão Digimon feito por você? É que com o Guilmon "de olhos azuis" me deixou curioso, ou será que é só um símbolo para dizer que ele é importante e por isso foi "raptado"? 0: Viu? Só com um episódio eu já estou aqui criando altas teorias conspiratórias.

Espero que continue com a fanfic o/ Continue com o ótimo trabalho.
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Mensagem por Convidado Qua 23 Mar 2016, 7:07 am

Olá Spirit (ou Mario) fico muito feliz que você já esteja procurando dar sua contribuição com sua primeira fanfic para a Digimon Forever pois fico extremamente contente quando os fãs já começam postando artigos e tópicos interessantes . Sobre sua fanfic gostei muitíssimo de Kara a primeira menina Criança Escolhida Negra Afro-descendente que eu já vi aparecer numa fanfic de Digimon e gostei de ver todo temor que ela sentia naturalmente diante da reação das pessoas de Tóquio para com ela . Essa parte foi muito bem sacada . Não sei se Kara vai ser a " Líder de Óculos de Aviador " mas eu adoraria caso fosse . Gostei também do seu parceiro Digimon o " Guilmon de olhos azuis " . Guilmon sempre foi um de meus Digimon favoritos e achei muito demais e bastante bem descrita a primeira batalha dele com ele agindo como um autêntico "Hulk" e fazendo com seu oponente o mesmo que o Gigante Verde fez com Loki no filme dos Vingadores. Também gostei do Ootono Shinjurou ele me pareceu ser bem simpatico . Gostaria muito que ele fosse um dos Escolhidos . Já Alister Krane me pareceu tão frio e serio que chegava a assustar parecendo-me um daqueles personagens no limite entre o "bem" e o "mal" . A proposito só uma pequenina correção . Não é "Mushmon" é "Mushroomon" este Digimon aqui : Digimon - Digital Rebellion Mushroomon . Mas tudo bem quanto a isso . Sobre a linha de evolução do Guilmon de Kara faço minha a mesma pergunta do Lucas ai em cima você vai utilizar evoluções fã mades para ele ? Eu gostaria muito de ver os desenhos se for o caso você poderia abrir um tópico na sessão " Atelier de Taomon " da Digimon Forever onde ficam as fanarts e postar seus desenhos . Agora estou muito curioso para ver quem deverão ser as outras Crianças Escolhidas e quais deverão ser seus Digimon . Também achei bastante interessante o fato de que aparentemente os primeiros "inimigos" que Kara e os outros Escolhidos vão enfrentar são todos Digimon Nível Criança/Rookie no caso : Gotsumon , Kokuwamon , Mushroomon , Falcomon e um Digimon Misterioso que apareceu nas sombras aparentemente o único na Fase Adulta/Champion líder do grupo . Posso lhe dar uma sugestão ? Tente usar Digimon pouco usados e subestimados pelos autores nas fanfics de Digimon . Também procure fugir um pouco dos esteriótipos comuns de Digimon ( tipo de que as Crianças Escolhidas Femininas tem que ter obrigatoriamente um Digimon Feminino como parceira enquanto os Escolhidos masculinos um Digimon Masculino . Também procure variar um pouco os tipos de Digimon comumente utilizados como parceiros de Escolhidos em fanfics e usar outros em vez da clássica receita : " Um Digimon Dragão / Dinossauro , um Digimon Lobo/Raposa/Cão ou Animal de qualquer especie , um Digimon Anfíbio ou do Gelo , uma Digimon Planta / Fada , um Digimon Inseto/Maquina , um Digimon Pássaro , um Digimon Elemental de Pedra , Fogo e por ai vai com todos os elementos da cultura oriental e ocidental,  um Digimon Anjo ou Demônio etc ) e procure usar Digimon inesperados como parceiros dos Escolhidos . Tipo Digimon que " ninguém ama ninguém quer usar nas fanfics " como companheiros das Crianças Escolhidas como digamos um Kentarumon , um Yukidarumon , um Gorillamon , um Mojyamon , um Monzaemon , um Wizardmon , um Airdramon e tal . Enfim bom primeiro capitulo Spirit aguardo o próximo ansiosamente .Very Happy

PS : Uma sugestão Spirit caso você não saiba como fazer para desenhar Digimon Fã Mades para sua fanfic você poderia tentar fazer comissões de arte de Digimon Fã Mades para a mesma pessoa que eu faço pedidos e faz os desenhos que eu posto. O usuario do FurAffinity Kamau no deviantart Dark-Lion:

http://dark-lion.deviantart.com/

Ele faz encomendas de arte a um preço extremamente em conta .Em seu jornal no FurAffinity declarou:

Estou de volta!!!
E com novidades, Comissions!!!
Os interessados podem mandar Notes para mim.
Em incio ficará assim

Line arts R$ 20,00
Desenhos com pintura tradicional (lápis de cor) R$ 40.00
Desenhos grafite (finalizados e sombreados com grafite) R$ 35.00

Adicionar R$ 5.00 para cada personagem extra.

Forma de pagamento: Banco itau ( brasileiros) e Paypal

Agradeço a todos pela atenção.

Tente enviar um e-mail perguntando se ele faz pedidos para você o endereço do e-mail dele é:


wenceslautomas@gmail.com


Caso esteja interessada envie-lhe uma mensagem, fazendo-lhe o pedido da comissão com o Digimon Fã Made que você deseja , envie-lhe uma descrição de como quer ou de como imagina a aparência deste Digimon , mas por favor, seja educada ao fazer o pedido e eu acredito que ele vai fazer para você uma comissão de arte de seu Digimon Fã Made rapidamente e como você quiser . Abraços e até o próximo capitulo de sua fanfic.


Última edição por KaiserLeomon em Qua 23 Mar 2016, 2:11 pm, editado 3 vez(es)

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Mensagem por LucasMakuso Qua 23 Mar 2016, 11:43 am

Na verdade Kaiser, se não me engano, o nome Mushroomon foi o nome que utilizaram na dublagem americana e outras, mas o nome de Mushroomon e alguns outros ( Penguinmon, por exemplo) tem outros nome originalmente. Mushmon e Penmon são nomes japoneses, se não me engano.
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Mensagem por Convidado Qua 23 Mar 2016, 11:55 am

LucasMakuso escreveu:Na verdade Kaiser, se não me engano, o nome Mushroomon foi o nome que utilizaram na dublagem americana e outras, mas o nome de Mushroomon e alguns outros ( Penguinmon, por exemplo) tem outros nome originalmente. Mushmon e Penmon são nomes japoneses, se não me engano.

Ok Lucas . Que seja . Eu apenas coloquei a titulo de curiosidade . Não estava sabendo disso porque não conheço essas curiosidades sobre a dublagem ocidental de Digimon e o fato de alguns nomes ficarem diferentes dos nomes originais japoneses . Não encaro isso como um problema pois cada autor de fanfics utiliza o nome que quiser então Spirit não precisa usar o nome que eu usei .


Última edição por KaiserLeomon em Qua 23 Mar 2016, 12:02 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por LucasMakuso Qua 23 Mar 2016, 11:59 am

Ah. Desculpa. Nao disse com a intenção de soar ignorante ou algo do tipo; só quis dizer que nenhum dos dois modos estavam errados. ^^'
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Mensagem por Convidado Qua 23 Mar 2016, 12:03 pm

Sem problemas ^^

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Mensagem por MidoriKyun Qua 23 Mar 2016, 3:20 pm

O Lucas e o Kaiser vieram falando tão bem que eu fico sem graça de escrever, já que tenho várias críticas sobre o capítulo. Espero que não me entenda mal, Spirit, mas eu prefiro dar uma crítica sincera, e eu costumo ser exigente porque estou estudando roteiro e blá. Não veja minha crítica como negativa, mas sim como uma forma de você crescer como escritora! Smile

Bem, primeiro eu me identifiquei com todo o medo da Kara. O Japão é uma sociedade diferente, com costumes diferentes, então é bem assustador mesmo. Sou uma pessoa tímida e retraída, com o futuro objetivo de ir pra lá, então até dessa identificação a Kara me pegou. Porém, uma coisa que as pessoas tem a ideia errada é que os japoneses acham os negros estranhos ou tem algum tipo de preconceito com eles. Não é bem assim. Tem canais no youtube de gente, brasileiros, que vivem lá e uma youtuber que acompanho já disse que os japoneses acham os negros legais. Até dizem "sugoi" quando os veem na rua.

Claro que deve ter gente babaca, isso tem no mundo inteiro, mas "gente apontando" provavelmente só aconteceria no caso de babacas. Isso porque no Japão, apontar o dedo é muita falta de educação, então eles não fazem isso.

Outro erro, foi quando Kara escreveu seu nome no quadro negro. Você diz que ela reescreveu o nome dela em kanjis. Bem, isso é um erro. No Japão, não há como escrever nomes estrangeiros com kanjis. Para escrever palavras e nomes estrangeiros, os japoneses tem um alfabeto próprio, o katakana, que seria a forma que Kara escreveria seu nome.

Parece coisa boba, mas você deveria ter pesquisado um pouco sobre o assunto para se informar sobre isso, porque não é um errinho de nada, é uma coisa muito básica que dá pra se achar em qualquer site de japonês.

Um furo no roteiro também é quando ela conhece o Shinjurou. Parece ser o primeiro dia dela, então como o Shin sabe quem ela é? Nos colégios japoneses, os alunos novos vão direto pra sala dos professores e, de lá, acompanham-o até a sala onde acontece a apresentação. Essa parte é até ok você não saber, porque é realmente difícil achar esse tipo de informação na internet, mas ainda acho que você podia ter dado uma empenhadinha na parte de pesquisa.

Mas o maior erro mesmo seria o Shinjurou sabendo o nome dela sendo que, a menos que eles tivesse se encontrado antes, é bem impossível.

Não chega a ser um erro, mas estranhei um pouco a Kara ser TÃO insegura ao ponto de querer fugir da escola no primeiro dia de aula dela. Se ela conseguiu uma bolsa pra outro país, e ainda foi, acho difícil você simplesmente fugir. Tipo, não é fácil e muito menos barato, mesmo sendo bolsa, e precisa de uma coragem pra dar a cara a tapa assim. Foi meio estranho.

Também é um pouco estranho a Kara não saber nada sobre as escolas japonesas. No mínimo, quando se vai pra outro país, você pesquisa um pouco sobre a cultura e coisas básicas. E como a Kara foi com bolsa, acho difícil ela não saber algo tão básico como os clubes, sendo que a escola dela, pelo menos, tinha que ter informado. Não só isso, mas é o tipo de informação que faz alunos decidirem se optam ou não por um intercâmbio: comparação de vantagens.

O Alister também foi algo... Ele pareceu simpático com a Kara, tanto que foi ele quem puxou assunto, mas logo em seguida você coloca de forma como se ele fosse frio. Ficou contraditório. Sim, pessoas são contraditórias, mas em histórias as coisas precisam fazer sentido.

Kara se mostrou uma garota incrivelmente insegura e retraída, então foi bem difícil engolir ela resolvendo ir pra cima do Mushmon tão rápido e tão de boa, como se fizesse isso todo dia. E depois com o bebê, de novo, foi difícil engolir ela aceitando o bichinho de boa, sem levar um susto nem nada. E mais, se ela achava que a princípio podia ser uma bomba, como foi mexer na bolsa? Se você tem algo potencialmente explosivo assim, você mantêm distância e tenta conferir de longe, no mínimo.

E a Kara ainda se preocupa com o bichinho estando machucado ou com fome. Uma criatura desconhecida e que supostamente veio de um bicho que acabou de te atacar. Sem um aprofundamento interno da Kara, parece muito superficial e incomoda essa aceitação rápida, rápida demais. Além de ter sido surreal ela falando que ele "podia voltar pra casa". Sério, é um minidragão/dinossauro de verdade que fala. Como ele tem casa?

Em questão de escrita, recomendo que não escreva gritos, a menos que deseje um efeito cômico, ou escrever tudo em maiúsculo para indicar um grito e etc. Parecem formas legítimas, mas na verdade ninguém que escreve de forma mais séria faz isso, e são consideradas coisas bem amadoras.

... Acho que já falei demais. Desculpa se soei grossa ou algo assim. Não era a intenção! Eu só prefiro ser direta do que ficar enrolando e acabar não falando nada. Espero que minha crítica ajuda de alguma forma.

Ainda assim, diferente do que essa wallpost possa parecer o contrário, eu gostei da história e fiquei intrigada, e irei acompanhar sim. Boa sorte com seu trabalho e com a história :3
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Mensagem por Pégaso Qua 23 Mar 2016, 3:58 pm

Meu jesus por isso não gosto de ficar muito tempo fora,do fórum que sou membro fico meio perdido, emfim fico feliz por ter outra historia no forum,farei o possivel pra acompanhar, ja agora irei ler o ep e dá um edit ou outro coment ^^
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Mensagem por Convidado Qua 23 Mar 2016, 6:12 pm

Pois é Spirit mau sua fanfic começou e já esta sendo super comentada pelos usuários presentes . Então espero que a prossiga que saiba aprender e crescer com as criticas e que continue sua fanfic até o final pois é simplesmente lamentável o numero de fanfics que ficaram inacabadas abandonadas pelos próprios escritores então torço para que não se deixe abater por nada e que continue até o fim .=)

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Mensagem por Spirit Qua 23 Mar 2016, 6:41 pm

Well, well, vamos ver como posso responder a todos, porque confesso estar bem surpresa com a quantidade de pessoas que leram e comentaram.

Lucas (primeiríssimo): Fico feliz que tenha gostado, e assim como você, Guilmon é um dos meus digimon favoritos! As evoluções serão, sim, fan-made, pois mesmo nos animes achei as originais um tanto frustrantes para a primeira forma. Sobre seus olhos azuis e os motivos de ter ido parar lá... Sorry, tudo a seu tempo!

Kaiser: Bem, vamos por ordem... Sobre Kara (bom, só ela apareceu até agora), apesar da personalidade retraída, ela terá um desenvolvimento ao longo da história, juntamente com os outros, mas seu papel será um dos mais importantes. Quanto à treta Mushmon/Mushroomon, eu sinto dizer, mas preferi o nome japonês porque a segunda opção me soou desagradável ao escrever. xD
Assim como respondi ao Lucas, as evoluções serão por criação própria, inclusive já tenho trabalhado em alguns desenhos das formas finais e mesmo miniaturas feitas de forma artesanal, dos personagens. Mas sua ideia de pedir um desenho, é muito bem vinda.
Bem, não posso dizer que tenho prática em escolher digimon para serem usados como parceiros, mas terão vários secundários e suporters, e alguns serão inesperados!

Midori: Bem... Como eu disse, é a primeira fanfic in a long time, então tem falhas, não posso negar. Achei importante você ressaltar alguns pontos da cultura japonesa, pois realmente não conheço muitas pessoas que tenham conhecimento dela. MAS algumas coisas citadas, como as osciladas de medo que Kara tem, seu pouco conhecimento do Japão, comportamento atual de Alister e mesmo porque Shinjurou a encontrou no começo da história, são coisas que serão aprofundadas e explicadas com o tempo. Entenda, eu trabalho explicando as coisas em partes, apesar de tudo.
Mesmo assim, uma boa crítica é bem-vinda, pois eu nunca tinha olhado para a história por este ponto de vista. Sua abordagem foi direta e me mostrou exatamente o ponto de erro, mas como uma pessoa que lida muito com público, peço que tome cuidado ao falar com demais escritores de forma crítica. Nem todo mundo encara a exposição dos erros de forma muito boa, infelizmente.

Pégaso: Bem... Espero que você goste!
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Mensagem por MidoriKyun Qua 23 Mar 2016, 7:36 pm

Fiquei feliz que você encarou minha crítica de forma construtiva! Eu não sou muito boa com as palavras, quando estou falando pessoalmente com alguém, então fiquei com medo de você me entender errado ou eu possivelmente ter te ofendido. Que bom que não foi assim!

Eu sei sobre outros escritores. Já fiz críticas sérias para outras histórias, em outros sites, e os autores não só não responderam como deletaram meus comentários. Bom, não tem muito o que eu possa fazer sobre isso, que se não lamentar. Afinal é menos gente disposta a aprender.

Não sou expert em cultura japonesa, mas vejo com frequência canais no youtube sobre pessoas que vivem lá e alguns sites. Se quiser posso te passar alguns depois :3
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Mensagem por Pégaso Qua 23 Mar 2016, 7:52 pm

Legal,uma lider menina,gostei de vê a reação da personagem,ai ver mushmon e jirymon,também goste da dupla de "bandidos"por asssim dizer,eles parecem ser aqueles tipo de personagem atrapalhado kkk,emfim aguardo o próximo ep
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Mensagem por Convidado Qui 24 Mar 2016, 6:24 am

Enfim . Bom trabalho Spirit . Aguardamos sua continuação no próximo mês.

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Mensagem por Spirit Sex 25 Mar 2016, 12:25 am

Midori, eu entendo como é difícil falar algo sem ser mal interpretado. Mas, durante alguns treinamentos para meu cargo atual, sempre ouvi que "a crítica é tão importante quanto o elogio, senão mais". A gente meio que tem que aprender a lidar com essas coisas. xD
E ei, meninos, que bom que gostaram! Vou tentar adiantar alguns capítulos quando o mês de abril chegar, porque essa época tá sendo bem complicada por aqui...
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Mensagem por Pégaso Sex 25 Mar 2016, 6:27 am

Sei como é acho que ja devo adiantar os eps da minha,porque semana que vem o negocio aperta(semana de avaliação)emfim,aguardaremos ansiosos ^^
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Mensagem por Convidado Sex 25 Mar 2016, 8:45 am

Enfim Spirit como você pode ver sua fanfic deixou uma grande impressão entre os usuarios então todos nós estaremos aguardando muito ansiosamente a sequência com o segundo capitulo . Smile

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Mensagem por Spirit Qua 06 Abr 2016, 6:01 pm

It's time to another chapter!


Capítulo Dois:
Encontros Inusitados


A manhã estava tão calma que todo o terror do dia anterior pareceu apenas um pesadelo muito estranho, mas quando Kara se virou na cama e viu aquele lagarto vermelho ao seu lado, soube que era bem real. Por alguns minutos, ficou apenas observando Guilmon abraçado a um dos seus bichinhos de pelúcia, tão calmo que nem parecia nocivo. Afagou de leve suas orelhas antes de se erguer e arrumar-se para a escola, tentando não reparar muito na falta do abajur no quarto ou as marcas de garras no chão perto da porta. Ao terminar, rumou para a cozinha e preparou um café da manhã para ambos, separando algumas frutas e ovos mexidos, o que costumava fazer quando morava em Durban, ainda desacostumada com as comidas japonesas.

- Guilmon! Venha! – chamou, colocando um grande prato com ovos e a sua taça com frutas na mesinha que tinha na sala, que tivera uma das pernas remendada com muita fita adesiva. Levou algum tempo para ouvir os passos pesados do digimon, que surgiu arrastando o ursinho de pelúcia pelo chão.

- Kara-chan, o que foi...? – ele bocejou, mas quando sentiu o cheiro da comida, largou a pelúcia e avançou no prato, segurando-o com as duas mãos para devorar animadamente.

- Aproveite... – um pouco sem graça, a garota se sentou em um pufe, comendo seus pedacinhos de frutas. No terceiro pedaço, sentiu o réptil lhe cutucando a perna, mostrando o prato completamente vazio.

- Eu quero mais! – pediu, ainda com farelos amarelos em torno do focinho.

- Você comeu muito... – a garota piscou duas vezes, apavorada com a velocidade que tinha comido um prato fundo inteiro. – Se pegar mais, vai engordar.

- O que é engordar?

- É quando você come muito e fica pesado...

- Engordar parece ótimo! – Guilmon passou a língua pelos farelos e agitou a cauda. – Vamos engordar!

- Isso não é uma coisa boa... – ao terminar suas frutas, Kara juntou os dois pratos, deixando-os sobre a pia, para em seguida pegar sua bolsa ali perto. – Eu preciso de você se comporte até eu voltar.

- Ah? Você não vai ficar comigo? – a garota chegou a sentir pena a expressão desanimada que ele fez.

- Eu tenho que ir para a escola... – pensando em uma forma e distraí-lo, ela encontrou o controle da tv. Enquanto ligava em um canal de animes, pegou-o pela mão e levou até aquele pufe, fazendo com que se sentasse ali. – Você vai gostar disso, pode assistir até eu voltar.


O efeito foi imediato, pois assim que prendeu os olhos nas animações, o dragão não conseguiu desviar, esquecido de todo o resto. Mas, por precaução, Kara trancou a porta de casa assim que saiu, tomando seu caminho para a escola. Durante todo o caminho, a preocupação e as dúvidas lhe atacaram a mente, pois ainda não sabia o que fazer com Guilmon. Não poderia mantê-lo trancado dentro de casa para sempre, mesmo que não fosse crescer mais, e ainda não sabia se ele tinha algum lugar onde deveria estar, ou se alguém o esperava. O fato de ele não se lembrar de nada também não ajudava.
Ainda faltava algum tempo para as aulas começarem quando chegou, então a garota desviou de seu caminho pelos corredores e atravessou o pátio, rumando para a estufa. Quanto mais se aproximava, mais medo sentia, suas mãos já trêmulas quando abriu a porta para espiar lá dentro. Tudo estava calmo e silencioso, mas quando estava saindo, viu algumas folhas se movendo, lá no fundo. Foi o suficiente para fazer Kara tremer como uma gelatina, mas ela engoliu seu medo e entrou da forma mais silenciosa que poda. No chão ali perto, recolheu uma pá e a segurou com uma das mãos enquanto chegava até alguns arbustos cheios, empurrando as folhas com um movimento.


- Saia daqui, Mush...! – começou a gritar, com a pá erguida, mas parou ao ver que não era o horrível digimon fungo, piscando duas vezes. – Ootono-kun?

- Keet-san? – o garoto de cabelos negros se sentou no chão, com várias folhinhas entre os fios, as roupas amassadas. – O que foi?

- Você estava dormindo aqui? – ela teve que perguntar, surpresa.

- Ah, isso... – desconsertado, Shinjurou coçou a nuca e tirou as folhas dos cabelos. – Eu acordei cedo pra ver o sol nascer e vim pra cá... Acho que o sono me pegou. E quanto a você?

- Ah... Ah... – nervosa, Kara apertou o cabo da pá entre as mãos. – Eu estava só pensando em alguns problemas e acabei aqui sem notar...

- Se você tem problemas, pode conversar comigo. – ele se ofereceu enquanto se erguia, parecendo não se importar com a bagunça das roupas. Olhando mais de perto, era possível perceber que ele tinha algumas pulseiras feitas de folhas nos braços, o que era curioso.

- Não acho que você entenderia... – a garota não queria chateá-lo, mas ele pensaria que estava louca se contasse sobre Guilmon e o resto.

- De qualquer forma, você pode ir pra minha casa hoje. Podemos tomar um chá, conversar... Essas coisas. – o moreno ofereceu enquanto buscava ali perto sua mochila e alguns cadernos, pendurando a alça num dos ombros.

- Bem, se você quiser... – ela concordou, mesmo que hesitante.


E, com medo de ficar sozinha ali, Kara o seguiu para fora, percebendo que os alunos já estavam indo para as salas. Desta vez, no entanto, Shinjurou foi para a classe junto da garota, o que a deixou curiosa sobre o motivo de ele não ter estado no dia anterior. Queria continuar a conversar com ele, mas notou que sua carteira era na segunda fileira, enquanto a dela mais ao fundo, então se despediu e foi para seu lugar. Enquanto se sentava e tirava as coisas da bolsa, percebeu que Alister estava ao lado, absorto enquanto escrevia algo em seu caderno. Parte de seu pescoço tinha vergões vermelhos e longos, como arranhões.


- Krane-kun? – ela tentou chamar sua atenção tocando seu braço, vendo o rapaz quase pular de susto com isso. – Você está bem?

- Sim. – ele respondeu rápido, escondendo os olhos sob o reflexo dos óculos. – Só estava distraído.

- Você se machucou? – a garota apontou para aqueles arranhões em seu pescoço. Como ele fez questão de cobrir o local com a mão, Kara teve medo de chateá-lo, e mesmo que a voz tremesse, tentou criar um clima ameno. – B-Brigou com os gatos...?

- Quem dera fosse um gato. – Alister pareceu conter um sorriso, mas era difícil saber. – Se eu contasse, não acreditaria.

- Com o dia que tive ontem, sou capaz de acreditar em qualquer coisa...

- KEET-SAN. – com o grito vindo do outro lado da sala, ela quase caiu, ofegando. De sua mesa, Shima-sensei havia gritado tão alto que metade dos outros alunos tomou um susto.

- Sinto muito! – corada, Kara abaixou a face, quase a escondendo nos cadernos.


Sob o olhar ameaçador da professora, a jovem não teve opção a não ser se concentrar nas aulas, embora já tivesse visto aquele conteúdo nas aulas que tinha em Durban. Quando terminou os exercícios, puxou seu bloco de desenho debaixo do caderno e começou a rabiscar sem prestar muita atenção, até terminar e perceber que havia feito uma imagem de Guilmon na folha. Suspirou, pensando se o dragão estava seguro em casa, distraído com os animes. Pensou mesmo em matar os últimos períodos depois do almoço, mas enquanto guardava as coisas na bolsa, viu Shinjurou se aproximar, segurando uma espécie de caixa nas mãos.


- Keet-san, quer companhia? – ele perguntou, se sentando em uma cadeira diante dela, sorrindo um pouco.

- Você... Pode me chamar de Kara, se quiser... – a garota largou as coisas que estava guardando, retirando um pequeno embrulho, amassado por ter sido espremido em meio aos livros.

- Mesmo? – o garoto moreno pareceu surpreso, talvez até desconsertado. – Então você pode me chamar pelo primeiro nome também.

Foi só então que ela lembrou que os japoneses só chamavam alguém pelo primeiro nome quando eram mais próximos, e sem graça, colocou aquele embrulho sobre sua carteira. Abriu-o para relevar alguns bolinhos torcidos, cobertos de açúcar, o que atraiu a atenção do outro. – O que é isso?

- É um doce do meu país... Se chama koeksister. – Kara pegou um deles e colocou mais perto dele. – Prove.

Assim que comeu um pedaço do doce, Shinjurou chegou a estremecer. – Incrível... – ao perceber a cena, sorriu sem graça, mudando de assunto. – Eu não sabia que você tinha feito amizade com o Krane-san... Ele é tão reservado.

- Amigos? B-Bem, eu não sei se somos... – ela se virou para a carteira ao lado, mas não encontrou o jovem de cabelos claros. Passou então a olhar entre os alunos nas carteiras e pequenos grupos, mas não viu sinal dele. – Ué, ele sumiu?

- Haha, ele sempre faz isso... – o garoto moreno pareceu não se importar. – Desenhando bastante, Kara-chan?

Ao ouvi-lo, instintivamente a garota puxou o caderno debaixo de seu bloco, para ver um pouco do desenho que tinha feito, mas só encontrou uma folha branca. – Eeeh? Onde foi parar? – se apavorou, bagunçando as folhas, mas não encontrou nada. Como seu amigo olhava confuso, preferiu parar em seguida, achando que talvez tivesse deixado cair e alguém colocou fora durante o intervalo.

--

- Essa é a sua casa? – Kara perguntou enquanto erguia a face para a construção diante de si. Estavam numa parte mais afastada do centro, e aquela casa em questão ocupava um bom espaço, sendo em um estilo tradicional, com paredes claras e portas de correr, o telhado escuro ligeiramente curvado. O jardim, bem, era imenso, com algumas árvores finas e muitas plantas, que fazia a horta da escola parecer minúscula.

- Minha família está aqui há muito tempo... – um pouco sem graça, o garoto puxou a porta, permitindo que entrasse. Ao lado da porta, tirou os sapatos, sendo imitado pela outra. – Por aqui...

Logo tinham chegado a uma sala confortável, com alguns futons e uma mesa baixa, duas portas em paredes próximas. Shinjurou abriu uma delas, que levava a uma cozinha, enquanto deixava a garota se sentar sobre uma das almofadas. Deixando a porta aberta para conversarem, o garoto rumou para o outro cômodo, onde colocou uma chaleira de água para esquentar. – Então, você disse que tinha alguns problemas... Quer falar sobre eles?

- Eu não sei explicar...  – Kara começou, mas ouviu alguns ruídos estranhos da outra porta, que levava para o jardim dos fundos. – Seus pais estão aqui?

- Não, meus pais estão trabalhando e minha avó tirando um cochilo da tarde... – ele respondeu distraído, colocando algumas folhas em xícaras.

- Então quem está fazendo esse barulho lá fora?

- A-Ah! – surpreso, Shinjurou derramou água quente no balcão. – É só... O meu cachorro! Ele faz muita bagunça no jardim!

- Entendo... – com um suspiro, a garota tentou ignorar os barulhos lá fora. – Bem, ontem eu encontrei alguém estranho... E como estava perdido, eu o levei para minha casa, mas ele é indiscreto, e se alguém o encontrar, vamos ter problemas.

- Parece complicado mesmo... – lhe respondeu o outro, voltando com uma pequena bandeja com as xícaras de chá, colocando sobre a mesinha.

- E eu acho que ele está sendo caçado... – ao falar a última parte, Kara abaixou a face, apoiando as mãos sobre as pernas antes que começassem a tremer de novo.

- Kara-chan, esse seu amigo é ligado à yakusa? – ele perguntou hesitante, mas uma terceira voz respondeu.

- Deixa de ser trouxa, Shin! Ela tá com um digimon! – gritou uma voz feminina e jovem enquanto a porta dos fundos se abria.


Quando a viu, Kara estremeceu, pois era outra forma vegetal. Esta, no entanto, tinha um corpo parecido com um caule verde, com uma cauda e braços que terminavam numa forma similar às flores do tipo “copo” de onde saía um filete amarelado. Em seu pescoço havia uma espécie de colar de pétalas vermelhas, a parte superior do rosto coberta por uma camada igualmente rubra, deixando expostos seus olhos azuis. Imediatamente o celular da jovem vibrou com uma nova notificação da dex. Ao verificar, notou várias outras espécies, passando rapidamente as imagens: um anãozinho de pedra, um besouro de metal, um pássaro escuro. Logo chegou na imagem que queria e suas informações.


- Floramon? – leu o nome, e voltou a olhar para a menina-planta, segurando seu amigo com a mão livre. – Temos que sair daqui! Essas coisas são perigosas!

- Está tudo bem, ela não vai nos fazer mal... – Shinjurou ergueu a mão, tentando acalmá-la.

- E não sou uma coisa! – a digimon respondeu, apontando para a garota negra. – Você deve estar com o meu parceiro!

- Seu parceiro? – menos receosa, Kara soltou o braço do garoto.

- Nós fomos mandados para cá a fim de investigar os planos dos legalistas... – a digimon explicou, antes de fechar as mãos com força. – Mas o nosso cientista fez alguma coisa errada e o portal bugou, me perdi do meu parceiro!

- E como vocês...? – a garota apontou de um para o outro.

- Eu fui atacada por um bando de otários legalistas quando cheguei aqui. – Floramon bufou ao responder. – E achei esse jardim pra tirar nutrientes e me recuperar. O Shin me ajudou e me deixou ficar aqui até poder voltar a minha missão.

- Não podia deixa-la sozinha naquelas condições... – o garoto sorriu sem graça, segurando os próprios braços.

- Legalistas? – Kara tentava entender as explicações, e se lembrou de que Mushmon estava atacando a pré-forma de Guilmon quando o encontrou.  – Vocês são de lados opostos?

- Vamos fazer o seguinte, garota. – a digimon suspirou, impaciente. – Vou te explicar depois que buscamos meu parceiro, ok?

- Floramon, você não pode sair assim na rua! – Shinjurou a interrompeu. – Já disse, as pessoas não vão saber lidar com isso...

- E que tal um disfarce? – sugeriu Kara.

- Perfeito! – o garoto comemorou, correndo para fora daquela sala. – Vou pegar algumas roupas da vovó!

- Ótimo. – a digimon assentiu com a face. – Assim podemos... Como assim roupas da sua avó?!

--

- Eu quero matar vocês dois... – Floramon não parava de rosnar enquanto andava ao lado dos dois, sua voz saindo abafada. Como ela era baixinha, o vestido e o xale que havia colocado arrastavam pelo chão, escondendo quase totalmente seu corpo. Para esconder o resto, tinha um lenço amarrado na cabeça, e pó de arroz cobrindo a parte restante de seu rosto, mas que também a fazia espirrar uma nuvem branca a todo momento.

- Já estamos chegando, não se preocupe... – Kara tentou acalmá-la, enquanto Shinjurou andava atrás, arrumando o vestido toda vez que a cauda da digimon escapava por entre os tecidos. As pessoas olhavam curiosas, mas logo não davam mais atenção, sinal de que o disfarce funcionava relativamente bem.

- Mas tá tão quente! – a planta reclamou, se agitando no meio das roupas pesadas. Ninguém podia culpa-la, pois era uma tarde de verão, e o sol forte não tinha uma nuvem para bloqueá-lo.

Mesmo com a dificuldade, não demorou muito para que chegassem à rua onde a garota morava, percebendo alguns garotos brincando na calçada, enquanto os pais estavam trabalhando. Já com as chaves na mão, Kara ia abrir a porta, quando sentiu a mão do garoto em seu ombro. – O que é aquilo? – ele perguntou, apontando para o outro lado da rua. Seguindo seu olhar, ela notou uma figura mais baixinha e robusta que Floramon se aproximando correndo, logo ficando evidente que estava coberto de casacos e usava uma touca grande, de onde se projetava algo pontudo.

- É um digimon... Só pode ser. – ela tinha certeza, pois a figura era estranha demais. E, mais estranho ainda, era quem vinha correndo com esforço atrás dele. – Alister?

- Kara! – ele chamou, seus cabelos claros bagunçados pela corrida.

- Krane-kun! – Shinjurou reconheceu.

- Ootono?

- Floramon! – gritou a figura baixinha, com uma jovem voz masculina.

- Gabumon?! – a digimon flor se espantou.

- KARA-CHAN! – com uma explosão de vidro, Guilmon atravessou a janela e caiu no jardim.

- GUILMON! – ela olhou apavorada para a janela destruída.

- Monstro!! – um dos garotos ali perto apontou para o réptil vermelho, e todos saíram correndo para dentro de sua casa. Depois disso, um silêncio pesado caiu, onde ninguém sabia o que falar. Alister e o baixinho dos casacos chegaram mais perto, até que o menor desabou no chão, ofegante.

- Calor... – ele gemeu, deixando a touca cair para revelar um longo chifre.

- Vou ajuda-lo... – o garoto alemão se abaixou junto dele, e começou a tirar os casacos que o cobriam, revelando assim, um estranho lagarto de pele branca e um longo chifre na testa. O motivo e sentir-se mal, era porque além das roupas, ele ainda se escondia sob uma pele clara com manchas azuis escuras, seus olhos vermelhos marejados quando o jovem ajudou-o a se sentar. Floramon não demorou muito a se aproximar deles, irritada.

- Seu idiota! Onde você se meteu? Eu te procurei em todo canto!

- Espera, ele é o seu parceiro? – Kara foi até eles, verificando na dex a espécie daquele digimon. Na tela, apareceu uma imagem dele com a pele amarela, escrito “Gabumon”, e abaixo, uma com a pele branca, igual ao que tinha diante de si, onde tinha “Gabumon White”. – Mas e quanto ao Guilmon?

- Nunca vi mais gordo. – a digimon planta olhou desconfiada para o dragão.

- Não ofende o cara não, Flora! – ralhou o Gabumon branco, se erguendo ainda um pouco tonto. Segurou a pele que usava, agitando-a para se abanar.

- Eu também nunca vi eles... – o terceiro digimon foi até eles, pendendo a face para o lado. – E a Kara-chan não me deixa ficar gordo!

- Fico feliz que tenham se encontrado... – Shinjurou segurou os braços outra vez, se virando para a garota negra. – Mas, se não estava com eles, de onde veio o Guilmon?

- Não sei...

- Vamos conversar melhor em algum lugar fechado. – Alister se ergueu, ajeitando os óculos na face e alinhando as roupas outra vez. – Estamos chamando muita atenção aqui fora, e algo ruim pode acontecer.

- Algo ruim? – o dragão olhou para o grisalho. – Como o que?

- Hã... Como aquilo. – Floramon apontou para algo atrás do jovem alemão.


Todos olharam naquela direção, percebendo que mais alguém havia chegado, sem fazer ruído. Ele parecia com um lobo, porém seu corpo era muito magro, quase esquelético, e sua pelagem era vermelha, com a parte debaixo branca. Suas pernas eram cobertas por vários cintos de couro amarrados, e seu focinho era anormalmente comprido para comportar a grande boca repleta de presas afiadas. Seus olhos amarelos chegaram a brilhar quando os cantos dos lábios se curvaram e a coisa sorriu. Três celulares vibraram ao mesmo tempo, e os garotos os pegaram para ver a notificação na dex. A imagem do lobo vermelho seguia o nome de “Fangmon”, mostrando que era do atributo Data e que seu nível era Campeão.


- Ele não parece amigável... – disse Kara, recuando alguns passos, mas suas pernas começaram a tremer.

- Ei, Lobo Mau. – chamou a digimon planta, colocando as mãos na cintura. – O que você quer?

- Tenho ordens de eliminar rebeldes... E quem ajuda-los – a voz do lobo saía rosnada, algumas gotas de saliva caindo da grande boca quando olhou na direção dos garotos.

- Espere! – Shinjurou tomou a frente, avançando alguns passos com as mãos erguidas. – Não precisa lutar, vamos conversar. Por que está atacando eles?

Mas, em vez de responder, Fangmon tomou impulso e saltou com as garras esticadas na direção do garoto. O golpe o teria rasgado se Floramon não esticasse os filamentos em suas mãos, envolvendo sua cintura com eles e o puxando para o lado enquanto o lobo fincava suas garras no asfalto. – Desiste, Shin, esses alienados não escutam ninguém. Gabu, vamos acabar com ele! – chamou, correndo na direção do inimigo.

- Você vem junto? – o digimon branco se virou para Guilmon.

- Sim! – crispando as garras, o dragão também avançou. Os três se prepararam para atacar, mas Fangmon foi mais rápido. De um salto, chegou acima deles, agitando as garras em movimentos furiosos.

- Snipe Steal!! – gritou enquanto os arranhava, pousando no chão em seguida, de costas para os três digimons que caíram feridos no chão. Virou um pouco a face por sobre o ombro. – Isso é tão fácil que nem tem graça... Vocês, Crianças, não tem chance, estou em um nível superior ao de vocês!

- Você não vai vencer! – Guilmon foi o primeiro a se erguer, fazendo um X com os braços ao lado do corpo, com duas garras esticadas. – Vamos deter você em nome do amor e da justiça! – gritou naquela posição, o que fez todos se entreolharem, sem entender.

- Ah, Guilmon... – começou Kara, achando a atitude familiar. – Que anime você estava vendo?

- Eu vi uma maratona de Sailor Moon! Por quê?

- Nada não...

- Esquece isso! Vamos acabar com ele! – Floramon empurrou o dragão rubro para chamar sua atenção.

- Acabar comigo? Até parece! Blast Coffin! – o inimigo revidou, abrindo as mandíbulas e dela lançando um feixe de luz branca na direção do trio.

- Blue Blaster! – Gabumon revidou com um golpe semelhante, mas em vez de um raio, lançava uma rajada de fogo azulado, que se chocou contra o ataque de Fangmon.

- Pyro Sphere! – para ajuda-lo, Guilmon lançou uma bola de fogo, e o choque dos ataques causou uma pequena explosão que jogou os rebeldes para trás e ergueu fumaça. Preocupada, Kara correu na direção deles, mas Shinjurou a segurou, trazendo para trás.

- Precisamos ajuda-los! – ela lutava para se soltar.

- Esse digimon é forte, não podemos lutar com ele. – o garoto moreno lembrou-a.

- Eu sei o que fazer. – decidido, Alister ajeitou os óculos novamente. – Vamos distraí-lo até ficar com raiva, assim não pode se concentra. Depois, eles podem atacar de longe até derrubá-lo. Os outros dois se entreolharam e concordaram com a face, pois não podiam ficar apenas assistindo seus parceiros sendo feridos. – Certo, esperem a minha deixa.

Quando a fumaça abaixou, Fangmon curvou as costas, pronto para atacar de novo, quando uma mochila cheia de livros voou e o atingiu do lado da face.  Aquilo não o feriu, mas deixou confuso, tanto que olhou para os garotos. – Vocês pretendem me derrotar com essa coisa ridícula e... – antes que terminasse, outra mochila e uma bolsa o atingiram no focinho, fazendo-o rosnar de raiva, espuma branca se formando nas mandíbulas. – Pirralhos desgraçados! Vou acabar com vocês primeiro! – gritou, mudando seu rumo e correndo na direção deles.

- Floramon, tire a visão dele! – Shinjurou gritou enquanto se abaixava e Kara fazia o mesmo, ambos puxando Alister consigo para fugir do ataque do lobo. Mesmo afastada, a digimon ergueu os braços e abriu as mãos na direção de Fangmon.

- Rain of Pollen! – ela gritou, liberando uma nuvem de pó amarelo no ar a frente do inimigo, de forma que pegasse diretamente em seu focinho. Desnorteado, o lobo cambaleou e caiu na calçada ao lado de seu alvo, ganindo baixo enquanto raspava a face contra o asfalto, tentando se livrar do pólen grudado nos pelos. Os três aproveitaram para se afastar dele, chegando perto de seus digimon.

- Ataquem agora! – ordenou Alister, apontando para trás. Gabumon e Guilmon se adiantaram, lançando os mesmos ataques de antes.

- Blue Baster!

- Pyro Sphere! – a combinação deu certo, pois os dois ataques lançaram o corpo do inimigo vários metros para atrás, no meio da rua.

Por um momento, pareceu que eles tinham derrotado de vez o lobo, mas ele tornou a se erguer, rosnando baixo. Abriu um pouco as mandíbulas, concentrando luz para atacar novamente agora que seus alvos estavam reunidos, mas aquilo foi demais para Kara. Fechando um dos punhos para que não tremesse, ela apontou para o monstro com a outra mão. – Guilmon! Mostre a ele a sua força!

Ao ouvi-la, as íris azuis do dragão se afinaram e ele avançou correndo, tomando impulso para saltar sobre Fangmon. – Rock Breaker! – ordenou com as garras em riste, atacando-o com vários cortes simultâneos e rápidos. Num golpe final, deu um pequeno salto e girou o corpo para atingi-lo com um dos braços, criando uma cratera no lugar onde o corpo do lobo bateu. Após encerrar seu ataque, correu ofegante de volta para os outros.

- Cara, eu que não quero apostar queda de braço com ele! – comentou Gabumon, mas um ganido baixo chamou sua atenção. Mesmo que não pudesse se erguer, o lobo rubro moveu uma das patas até tirar do pequeno quadradinho cinzento dos cintos de couro.

- Não o deixem fugir! – Floramon notou o objeto e correu para detê-lo, mas antes disso, Fangmon pressionou o cubo com a pata, fazendo uma mistura de luzes coloridas surgir abaixo de seu corpo. Em poucos segundos, uma passagem se abriu e o tragou para dentro, desaparecendo em seguida, deixando apenas a cratera em seu lugar. – Maldito! – a digimon gritou, chutando o cubo com raiva.

- Para onde ele foi? – Kara perguntou enquanto via Alister se abaixar e recolher o objeto chutado, olhando-o pensativo.

- Voltou para o Digital World. – respondeu o Gabumon branco, coçando a nuca coberta de pele. Tanto ele quanto os outros estavam com vários cortes e escoriações feias.

- Acho que foi melhor assim. – Shinjurou se sentou na calçada, parecendo mais pálido que o normal. Ao observar toda aquela destruição, Kara se lembrou das crianças que tinham fugido para dentro de casa, e procurou pelas janelas até ver que estavam com os rostos espremidos em uma delas. Como suas expressões eram de empolgação e não pavor, presumiu que eles tinham visto a luta toda (associando a algum desenho animado, talvez). Levou então o dedo indicador aos lábios em sinal de silêncio, ficando mais calma quando eles concordaram.

- Precisamos sair daqui, antes que as autoridades venham. – sempre prático, o alemão guardou o cubo no bolso.

- E cuidar desses ferimentos... – lembrou o japonês.

- Vamos para minha casa. – Kara ofereceu, achando que não se importariam com o estado do lugar, afinal havia sido travada uma batalha lá dentro. – Podemos conversar com mais calma lá dentro...

- Vamos! – concordou Guilmon, correndo para lá, empolgado. – A maratona de Sailor Moon ainda não acabou!
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Mensagem por Convidado Qui 07 Abr 2016, 1:44 pm

Olá Spirit vejo que postou mais um episódio de sua fanfic . Eu demorei um pouco para poder ler porque estava meio ocupado mas jamais iria deixar de comentar minhas impressões sobre o novo capitulo . Bem vamos por partes . Primeiramente eu quase rachei de rir com Guilmon dizendo a Kara que " Engordar parece ótimo . " Kkkkkkk adoro os traços de personalidade inocente com que você retrata o " Guilmon de Olhos Azuis " me recorda Takato e Guilmon de Digimon Tamers . Gostei da parte de Kara na escola com Shinjurou e Alister . Já esta começando a parecer um triangulo amoroso na sua fanfic . Também gostei de Shinjurou e Alister terem se tornado Escolhidos . Achei legal você ter escolhido Floramon como Parceira de Shinjurou pois é uma Digimon muito legal e ao mesmo tempo menosprezada em todas as fanfics . Adorei o White Gabumon o pequeno Digimon Lobo sempre foi um dos meus Digimon Favoritos e fico imaginando um Gabumon de pelos completamente brancos que legal que seria . Mas ele tinha que ser parceiro justo do Alister ? Bem espero que ele melhore um pouco a personalidade fria dele . Uma coisa que me ocorreu quando Floramon falou que ela e seus amigos tinham sido enviados para investigar as atividades dos " Legalistas " é será que Guilmon , Floramon e White Gabumon são mesmo " os mocinhos da historia " ? Tipo e se a tal Rebelião Digital for por um motivo justo contra digamos algo como " Um Império Maligno " no Digital World e aqueles Digimon que não se entendem nem se bicam do começo da fanfic forem na verdade " os heróis disfuncionais " enquanto que os Escolhidos e seus Digimon desta vez seriam " os vilões " ? É muito comum em animes japoneses de temáticas mais " sombrias " e " adultas " esta inversão de valores e os heróis bem intencionados que no entanto estão lutando sem saber pela " causa errada " ? E eis que surge o primeiro oponente Digimon no nível Champion . Gostei de você ter escolhido um Fangmon que é outro Digimon muito pouco usado em fanfics . Meu Deus eu quase morri de rir quando Guilmon de Olhos Azuis fez a mesma coreografia de gestos de Usagi Tsukino ( vulgo " Sailor Moon " ) e disse que " Vamos deter você em nome do Amor e da Justiça " e todo mundo olhou aquilo com uma cara de " O Queeee ??? " . Tem certeza que é UM Guilmon e não " UMA " Guilmon ? A luta contra Fangmon foi muito emocionante com os pequenos Digimon combinando suas técnicas e se machucando para valer no combate e Alister elaborando um plano de ação que permitiu que eles vencessem ao menos temporariamente Fangmon que escapou por um portal. Enfim gostei do capitulo Spirit muito legal e bem escrito . Aguardo o próximo .

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Mensagem por MidoriKyun Sex 08 Abr 2016, 7:22 pm

Olá, Spirit!

Antes de tudo, parabéns pelo capítulo! Postar uma fanfic com frequência não é tão fácil (cofcoftipoeucofcof), mas aqui estamos!

Algo que achei que faltou um pouco no capítulo anterior e aqui foi melhorado são as descrições. Antes parecia carecer bastante, mas houve uma grande melhora agora, embora eu ainda sinta falta de introspecção dos pensamentos e sentimentos da Kara.

E falando nela, já gostava pela identificação de antes, mas devagarinho ela está ganhando mais espaço no meu kokoro (q) Ela é uma fofa! Guilmon idem. Apesar de achar interessante se tivesse algo diferente do já instaurado "guilmon inocente", adoro isso dele. Acho que é pelo fato do dragãozinho ser um digimon do tipo vírus (meu favorito), e não ser o esteriótipo de DARKSIDE e blá.

Adorei a Floramon. É minha digimon planta favorita, e é raro vê-la nas histórias, o que é triste, então ter sua presença aqui me animou muito! Só uma parte que me deixou confusa: ela diz que a Kara está com o parceiro dela e eles precisam estar juntos pra conversar direito. Mas aí quando o Gabumon aparece a Floramon diz que eles são parceiros. Ficou confuso se "parceiro" se refere a humano/digimon ou companheiros de armada.

Achei legal também ela ser rude, contrastando com sua aparência delicada. Gosto desse tipo de coisa.

Ver um Fangmon também foi ótimo! É um digimon com um ótimo design, mas praticamente inexistente nas fanfics. Espero poder vê-lo novamente.

Agora sobre o resto do capítulo, não tenho muito o que acrescentar. Houve uma luta, que foi interessante o desenrolar, embora o Guilmon ficando OP do nada tenha parecido meio Deus Ex machina, mas estou relevando já que, como ele tem olhos azuis, dá pra entender que ele é diferente. Porém, o Gabumon branco também é um digimon especial, então ficou essa dúvida e receio.

Shin e o Alister... Não tenho muito o que dizer ainda. O alemão me chama mais a atenção, pois apesar de inicialmente a personalidade dele ter parecido inconsistente, estou simpatizando com ele e ficando curiosa para saber mais. Já o Shin parece só o cara legal genérico, mas vamos ver.

Ainda não houve nenhuma revelação da trama, mas não acho ruim. Na verdade, acho instigante e só alimenta minha curiosidade de como as coisas vão caminhar, apesar das migalhas estarem me matando!

Espero ansiosa pelo próximo capítulo, Spirit! Que tudo continue dando certo pra você escrever :3
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Mensagem por Spirit Sex 08 Abr 2016, 11:01 pm

Uau, vou ter que responder os comentários de vocês por partes desta vez!
Começando pelo primeríssimo, o Kaiser...
- Mano, não tem como olhar pro Guilmon e não ver uma criança dragão, adoro ele justamente por passar esse ar de inocência!
- Triangulo amoroso... Não parei pra pensar nisso, mas vai saber, né.
- Sobre Floramon, também é uma das minhas digimon favoritas, apesar de aparecer de forma tão rasa nos animes... E confesso que aquela pele amarela do Gabumon nunca me agradou muito, vai saber, né.
- Sobre rebeldes x legalistas e quem está do lado certo... AH HA HA, né que vai gerar uma puta dúvida nisso? É um ponto bom de trabalhar e que vou usar, sobre os pontos de vista sobre a guerra civil.
- Fangmon, então... Na boa, quem não adora um lobo mau vermelho? Pra mim merecia até uma boa evolução.
- E sobre Guilmon, é UM Guilmon, porque muitos garotos babavam nesse anime e não admite que eu sei!

Midori...
- Haja sorte por ter um feriado na minha cidade, mas admito que já tava montando o capítulo enquanto trabalhava.
- Bem, que bom que as descrições estão melhores, admito que é algo difícil de trabalhar, ainda mais quando se tem mais personagens agora. E né, como eu disse pro Kaiser, não dá pra olhar o Guilmon e pensar num monstro MALÉGNO (quem vê Vai Seiya entende).
- Também adoro Floramon, e ficou muito incomodada com aquela coisa de "digimon planta fofa e/ou delicada que acompanha uma garota", já tá na hora de trabalhar com mulheres de temperamento forte.
- Nossa, eu nem tinha visto o erro em "parceiros". Na verdade, ainda não sei se quero chamar os humanos e digimon de parceiros, e admito que termos como "digiescolhidos" são tensos.
- Fangmon ganhou mais fãs! Espero que eu ainda consigo usá-lo mais, porque adoro fazer um rival voltar no meio da trama.
- Sobre a luta... Bom, essa parte é algo do qual a gente não pode fugir, por mais que queira variar. E sobre a trama... ESSA NÃO VOU ENTREGAR DE BANDEJA MESMO, PORQUE SOU MÁ, CRUEL E VIL, HAHAHAHA!


Aliás, pessoas, logo trarei para vocês fotos de algumas miniaturas artesanais de um amigo dos personagens da fic, espero que gostem.
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Mensagem por LucasMakuso Sáb 09 Abr 2016, 12:48 am

Bem, dessa vez vou ser o último a comentar... Li o episódio rapidamente, estava entusiasmado para saber o que iria acontecer nesse episódio. E novamente você me deixou curioso para saber o que vai acontecer no próximo episódio (coisa que poucas fanfics conseguem - me deixar com essa vontade de querer ler mais).

Está sendo interessante como você está explorando a personalidade de Kara e Guilmon, adorei a parte onde Guilmon imita os movimentos do anime Sailor Moon, aquele momento engraçado para quebrar a seriedade da fanfic xD. Outro fato interessante foi você utilizar dois Digimon totalmente ignorados em outras fanfics ou até em outros meios, Floramon e Fangmon (adoro o Fangmon <3). Ainda melhor ainda quando a Floramon mostrou que sua personalidade era forte e ter uma personalidade bem peculiar, já que geralmente as pessoas costumam a fazer Digimon femininas de uma forma mais delicada.

Um outro fato que adorei foi a sua velocidade pra fazer o segundo episódio, mais rápido que eu. -qq Bem continue com o bom trabalho e eu sempre estarei aqui pra ler sua fic. o/ Até.
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Mensagem por Convidado Sáb 09 Abr 2016, 11:21 am

Pois é Spirit sua fanfic já esta sendo super comentada entre os usuarios do fórum que tiveram uma excelente impressão da historia e estão comentando e discutindo muito sobre ela . Alegra-me muito ver isso pois já faz muito tempo que nós não temos aqui no fórum uma fanfic que seja tão popular entre os fãs . Espero sinceramente que você siga em frente com a historia e que a termine pois realmente é muito triste olhar para o fórum de fanfics e ver o numero de historias que foram abandonadas pelos próprios autores e que ficaram inacabadas . Enfim alegra-me muito saber que já tem a trama planejada e agora aguardo ansioso pela primeira evolução dos Digimon dos escolhidos .

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Mensagem por Pégaso Sáb 09 Abr 2016, 11:57 am

Hehe ep 02 **),pelos vi aí nos comentários o ep ta pegando fogo kkkk uma floramon e um withegabumon e um fangamon,muito original da sua parte Spirit.Assim que possível irei dar uma lida e passarei,dando o segundo coment
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Mensagem por Convidado Sáb 09 Abr 2016, 1:11 pm

A titulo de curiosidade eu fiz um recolor com como eu imagino o White Gabumon :

Digimon - Digital Rebellion White_Gabumon_zpsyrouwwfi

Spirit se me permite o imenso atrevimento eu tenho uma sugestão para uma possivel linha de evolução para Floramon :

Sugestão de Linha de Evolução de Floramon:

Que acha da ideia ?

Por outro lado Spirit talvez você queira para Floramon uma Evolução que seja "convencional porém poderosa " e que coincida com a personalidade forte da Digimon então minha sugestão seria :

Sugestão de linha de Evolução de Floramon-2:

Que acha desta outra linha de evolução ?


Última edição por KaiserLeomon em Sáb 09 Abr 2016, 7:28 pm, editado 2 vez(es)

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