Digimon - Digital Rebellion
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MidoriKyun
Spirit
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Re: Digimon - Digital Rebellion
Kaiser, eu adorei as linhas evolutivas, em especial essa versão humana da Togemon que dá medo em qualquer cara... Mas já tenho as linhas feitas, sorry.
Sobre como Gabumon White é... TEMOS FOTOS AO VIVO.
Sobre como Gabumon White é... TEMOS FOTOS AO VIVO.
- Spoiler:
Spirit
Younenki II- Mensagens : 57
Data de inscrição : 17/03/2016
Idade : 30
Re: Digimon - Digital Rebellion
Passando pra comentar que ISHEFIOEFO!!! THAT WHITE GABUMON!! PRECISO! Ficou muito fofinho!! ;w;
Belo digimon, Spirit! Na verdade me surpreendi que ele ficou parecido com o que eu imaginava. Surprese!
Ah, sim. Eu também queria acrescentar rapidinho que ri muito na cena de todo mundo chamando todo mundo e Guilmon explodindo a janela! Ficou muito bom xDDD
Belo digimon, Spirit! Na verdade me surpreendi que ele ficou parecido com o que eu imaginava. Surprese!
Ah, sim. Eu também queria acrescentar rapidinho que ri muito na cena de todo mundo chamando todo mundo e Guilmon explodindo a janela! Ficou muito bom xDDD
MidoriKyun
Younenki II- Mensagens : 41
Data de inscrição : 20/03/2016
Idade : 33
Re: Digimon - Digital Rebellion
Grato Spirit eu gosto de ajudar . Mesmo que você já tenha a linha de Evolução dos Digimon de sua fanfic pronta alegra-me muito poder lhe dar ideias .Achei legal o bonequinho com o White Gabumon ficou muito bem feito . Enfim é muito legal ver que você já tem tudo preparado continue assim .
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Capítulo novo? Capítulo novo, minha gente!
Capítulo Três:
Sobre Digimon, Rebeldes e Anjos!
- Por favor, não reparem na bagunça... E na destruição. – Kara já avisou enquanto destrancava a porta para deixar que todos entrassem. Era impossível não ver as rachaduras no chão e marcas nas paredes, mas eles não pareciam surpresos.
- Você fez todo esse estrago? – perguntou Floramon, lançando um olhar ao animado dragão vermelho que correu para o pufe, se atirando nele.
- O Mushmon também fez! Nós lutamos. – ele respondeu, voltando a olhar para a tv.
- Ai, aquele cogumelo chato veio pra cá... – Gabumon se aproximou, e curioso, foi assistir ao anime que passava, sorrindo em seguida. – Ooooh, eu adorei essas meninas!
- O que elas tem de tão especial? – agora a digimon planta também queria olhar curiosa, deixando um gemido fugir quando se sentou no chão, perto do seu parceiro.
- Temos que cuidar desses ferimentos... – Shinjurou se virou para a dona da casa, enquanto colocava seus sapatos ao lado da porta. Parecia, dos três, ser o único a ter aquele costume. – Kara-chan, você tem ataduras?
- Sim, eu trouxe algumas coisas quando vim pra cá... – ao se lembrar, ela correu até o banheiro, voltando com uma caixa branca, demarcada com uma cruz vermelha. Ela apoiou sobre a mesa, deixando que o garoto moreno abrisse e tirasse o que precisava, enquanto pegava alguns panos e enchia uma tina com água, colocando ali perto também. – Desculpe, eu não tenho muita coisa...
Alister, um pouco afastado, deu uma olhada no local, notando que os móveis desgastados não combinavam com algumas decorações recentes. – Você tem um gosto peculiar... – o comentário inesperado foi um tanto estranho, mas talvez ele estivesse apenas tentando quebrar a tensão, apesar do modo tão sério de falar.
- Na verdade, meus pais compraram essa casa mobiliada quando receberam a notícia da minha bolsa... – a garota disse com um tom baixo e quase desanimado, passando de leve o pano molhado na pele machucada de Guilmon. Ele se movia um pouco incomodado enquanto faziam os curativos, mas parecia muito fixado no anime para lembrar de reclamar.
- Seus pais cuidaram de tudo pra você vir pra cá, não é? – o garoto moreno sorriu, apertando um pano para tirar um líquido branco e grosso dos cortes de Floramon, que lembrava seiva de árvore. Quando ela revidou com um “ei” irritado, ele tocou com mais cuidado. – Desculpe, desculpe...
- Sim, eles ficaram satisfeitos em me mandar para cá... – quando seu tom ficou nitidamente entristecido, o dragão rubro esticou a face, roçando-a no braço da garota, que colocou a mão entre suas orelhas. – Ei, tudo bem.
- Oh, Krane-kun. – Shinjurou se virou para o garoto grisalho, terminando os curativos na digimon planta, que cedeu seu lugar ao Gabumon branco. – Como nos encontrou aqui?
- Eu segui o cheiro dela! – o digimon branco respondeu apontando para Kara, tirando um papel meio amassado debaixo da pele que usava. Quando ela pegou a folha e a esticou, viu o desenho que havia feito na aula.
- Você roubou o meu desenho? – ela se virou para o alemão, que estremeceu, mas logo voltou a seu estado normal.
- Eu fiquei vendo você desenhar, e achei estranho... Só quis levar para Gabumon verificar. – ele tentou se explicar.
- Podia ter me pedido...
- Ok, chega de perder tempo! – Floramon interveio, batendo as mãos sobre a mesa. A perna remendada rangeu, mas a fita adesiva não se soltou. – Gabu, temos que voltar pra nossa missão!
- Espere, vocês ainda estão feridos... – antes que ela se erguesse, Shinjurou a segurou e fez com que se sentasse no chão de novo.
- Ei, Floramon... – um pouco hesitante, Kara chamou a atenção da planta. – Você disse que nos explicaria a situação depois de encontrar o seu parceiro...
- Aaah, tem isso... – com um suspiro, a planta apoiou as costas sobre o pufe tomado por Guilmon, que estava deitado de bruços para olhá-los, finalmente desligado do anime que passava. – O que você quer saber?
- Hm, o que são digimon? E de onde vocês vem? Estão em guerra...?
- Você não sabe de nada?! – Floramon se espantou, chamando a atenção de seu parceiro de missão, que deu tapinhas sobre sua cabeça.
- Não seja tão chata. – ele riu baixo, sendo que ela bufou em resposta. – Bem, fomos chamados de “digimon” pelos Visitantes, pela nossa capacidade de interagir com seus dados e tecnologias, então adotamos o nome. Nosso mundo tem muitos nomes, porque cada religião o vê de uma forma, mas os humanos chamam de “Digital World”.
- Nosso grupo chama de Rianon. – completou Floramon, interrompendo o outro.
- Isso! – Gabumon fez um sinal de positivo. – Nossa sociedade é bem parecida com a de vocês, temos países com seus governantes e suas próprias regras, mas quando comanda tudo é um rei... Quer dizer, uma rainha. O rei desapareceu há alguns anos, então a princesa Dominaemon teve que assumir o trono mesmo ainda sendo uma criança. – ele coçou a nuca, nervoso. – Isso nos causou alguns problemas...
- Ela é uma governante ruim? – Shinjurou perguntou curioso. Todos pareciam absortos nas explicações.
- Não é isso. – o lagarto coberto de pele deixou os ombros caírem. – Ela não tem maturidade pra governar, então ficou dependente dos seus conselheiros.
- A Sociedade dos Cinco... – a planta quase rosnou aquele nome.
- É um grupo formado por digimon de alto nível e influência, que deveriam ajudar o rei a manter a paz. – para acalma-la, o Gabumon branco colocou a mão em seu ombro. – Mas eles só estão preocupados com a elite da Cidadela Real e com seus seguidores. Não se importam com as classes mais baixas, até as exploram.
- Então, é uma luta de classes. – observou Alister, ajeitando novamente os óculos na face. Kara se perguntou se era uma mania que ele tinha quando ficava nervoso.
- Bem, deveria ser...
- O problema é que os idiotas estão mais preocupados em lamber as botas da elite do que lutar por direitos! – a digimon interrompeu seu parceiro, batendo com as mãos fechadas sobre a mesa. A madeira rangeu de novo, mas a fita adesiva resistiu outra vez.
- Nossa líder formou um grupo rebelde para se opor ao governo deles, mas os Cinco nos retratam como terroristas. – o desânimo era claro no semblante do réptil branco.
- Eu não gostei desses caras... – Guilmon se deitou de costas no pufe, encarando-os de cabeça para baixo. – São tão ruins quanto a Black Moon!
- Você gostou mesmo desse anime... – Kara se virou para ele, passando a mão pela curva de seu queixo, agora exposta. Ela nem ao menos percebia a facilidade que tinha em falar com ele e tocá-lo, o que não acontecia com os demais. Então voltou a olhar para a dupla ali perto. – E o que fazem aqui? Digo, no nosso mundo...
Os dois digimon se entreolharam, e Floramon pareceu temerosa quando tomou a fala. – As coisas ficaram bem complicadas nos últimos dias. Os clérigos da Cidadela Real tiveram acesso aos mecanismos antigos para abrir portais para esse mundo, e agora os Cinco estão enviando digimon para cá.
- O que eles podem querer no nosso mundo? – perguntou o garoto moreno, apoiando a face na mão.
- Humanos são sagrados nas religiões do nosso mundo. – o Gabumon branco explicou. – Temos relatos nas escrituras que ao longo dos anos, nossos mundos se unem em tempos de crise, e de alguma forma, eles trazem a paz. O líder dos Cinco, Thronemon, também é um líder religioso, então ele conhece as histórias melhor do que qualquer digimon.
- Esse idiota quer recrutar humanos contra nós! – a digimon planta se ergueu e voltou a bater na mesa com as mãos. – Salafrário aproveitador! Não vai trazer a salvação coisa nenhuma! – com outro soco, a mesinha enfim cedeu, caindo para o lado com a perna remendada.
- Minha mesa... – gemeu Kara, já começando a se acostumar a ver sua casa sendo destruída pouco a pouco.
- Ainda bem que a líder não tá vendo isso... – Gabumon a segurou e fez com que se sentasse de novo. – Por sorte, um espião nosso trouxe um dos mecanismos que geram os portais, mas quando fomos enviados, alguma coisa deu errado e perdemos comunicação com os rebeldes. Nossa missão é ficar aqui vigiando e impedindo as operações dos legalistas até o novo portal ser aberto, daqui a uma semana.
- Então, vocês só precisam ficar escondidos até poder voltar? – quando Alister falou, a ideia não pareceu ruim. Olhou para o digimon branco em seguida. – Você deu sorte de ter ido parar na fábrica, mas é melhor ficar no meu quarto por hora.
O digimon estranhou, piscando duas vezes. – Tem certeza? Os seus pais não são...? – ele começou a perguntar, mas ao ver a expressão nervosa do garoto grisalho, parou. – Tudo bem.
- Fábrica? – Floramon repetiu, colocando as mãos na cintura. – Você fugiu pro lado errado!
- Ei, tava cheio de fumaça! Eu só saí correndo, nem vi pra onde ia! – ele tentou se justificar, com seu casaco de pele ficando arrepiado.
- Bem, vocês se encontraram de novo, é isso que importa... – Shinjurou interviu antes que a digimon se irritasse. – Só precisam ficar escondidos até o portal abrir e vocês voltarem. Se algo incomum acontecer, avisamos vocês para investigar.
- Parece uma boa ideia... – Kara não queria admitir, mas preferia deixar que os digimon cuidassem daquele assunto. Uma guerra daquele tipo de criaturas poderia matar vários humanos, e ela não se sentia capaz de fazer nada contra eles. Agora que a adrenalina de antes passara, pensar na selvageria que Fangmon mostrara ao atacar já a fazia tremer.
- Ótimo, assim nós... – o toque de celular interrompeu a fala de Alister, que pegou o aparelho do bolso, sua face perdendo a cor quando viu um número na tela. – Com licença, eu preciso ir. – disse subitamente, arrumando os óculos, confirmando que aquele era um hábito nervoso que tinha.
- Como assim? – o japonês se espantou. – Nós precisamos resolver tanta coisa...
- Sinto muito. – o garoto grisalho colocou o celular no bolso, e naquele momento, Kara percebeu que ele também tinha aquele botão central que aparecera em seu próprio aparelho. Se lembrou do que Floramon havia dito sobre digimon “interagirem” com tecnologias. – Eu não posso ficar.
- Ei, eu vou junto! – Gabumon se apressou a se erguer, recuperando os casacos que estava usando para se esconder.
- Como assim? A gente tem que trabalhar! – a digimon planta tentou segurá-lo, mas o branco já estava pronto, vestido de forma que parece um monte de trapos ambulante.
- Vou trabalhar, pode deixar! – ele garantiu, parando perto do garoto. Antes que Alister pudesse dizer algo, o branco já revidou. – E nem me olhe com essa cara, que eu vou sim!
- Nos falamos melhor amanhã. – decidiu o alemão, dando-lhes as costas e saindo sem maiores explicações, com Gabumon atrás dele, seus casacos arrastando pelo chão e já ofegando de calor.
- Isso foi estranho... – Guilmon quebrou o silêncio alguns segundos depois, pendendo a face para o lado.
- A vida social desse cara deve ser uma beleza. – Floramon completou, ainda incomodada.
- Não seja tão rude, algo deve ter acontecido... – Shinjurou esticou a mão, dando tapinhas sobre sua cabeça, como Gabumon havia feito antes. Isso parecia funcionar para que ela se acalmasse. Em seguida, levou seu olhar à garota. – A nossa conversa tomou um rumo totalmente diferente... Desculpe, às vezes isso acontece comigo.
--
Paralelamente ao que acontecia no Japão, outra cidade estava agitada.
Cidadela Real se localizava no exato centro do Digital World, ou Rianon, onde os pontos cardeais se encontravam, e era de longe o local de maior esplendor daquele mundo. Do tamanho de um pequeno país, a província era cercada por altos muros de marfim polido, tendo um total de cem estátuas de anjos decorando-os. A única entrada era um grandioso portão dourado, sempre guardado por pelo menos um par de digimon. Lá dentro, as estradas de ladrilhos azulados marcavam ruas largas e caminhos interligados, que levavam a moradas elegantes de dois ou mesmo três andares. Prédios baixos, pequenas lojas e praças com fontes decoravam os bairros, assim como a grande quantidade de templos. Igrejas de todos os tamanhos e estátuas de figuras aladas podiam ser encontradas em todas as esquinas, com flores de oferenda aos pés dos santos. Telhados, cortinas e tendas eram coloridos, mas as cores predominantes das casas eram o branco e o cinza, fazendo o local todo parecer padronizado.
No meio da cidadela, despontava um palácio com a estranha forma de uma estrela de cinco pontas. Suas paredes eram de pedra polida e espalhada, de forma que as imagens de fora eram refletidas, e as grandes janelas de arco eram adornadas com vitrais multicoloridos. Todo o lugar era cercado por um grupo de SlashAngemon, uma espécie de digimon com forma humanoide, mas cujo corpo era recoberto de metal. Seus pés, asas e mesmo braços eram lâminas afiadas, seus cabelos azuis, e seus rostos, cobertos por um capacete decorado com um chifre. Tão doutrinados que eram, nem precisavam falar durante sua varredura, que consistia em voar baixo em volta do palácio.
E, tão impressionante quanto o palácio, era a catedral localizada à sua esquerda – se a Cidadela fosse um ser vivo, aquele seria o local de seu coração. Sua forma lembrava a ponta de uma lança, um triângulo fino feito puramente de ouro, de forma que contrastasse com o padrão claro de tudo à sua volta. Suas portas duplas estavam sempre abertas, revelando seu interior. O chão da nave era de madeira polida, e centenas de bancos estavam voltados para o altar, um grosso bloco de mármore que sustentava a imagem de um ser alado, de túnica, cabelos longos e asas de anjo. Naquela estátua, e em todas as outras, o rosto era andrógino, impossibilitando saber seu gênero. Em seus pés, sempre havia uma pilha de flores, pois a tradição dizia que deveria deixar uma oferenda à divindade quando fosse rezar para ela.
As missas naquele local aconteciam a cada três horas, sendo as mais importantes as que aconteciam ao meio-dia e a à meia-noite, pouco antes do toque de recolher. Quem as realizava era o Senhor dos Anjos, Thronemon. Auxiliado por dois Piximon (esses digimon tinham forma de “bolinha”, grande parte do corpo coberto por pelos cor-de-rosa, com braços e pernas curtos. Suas asas tinham algumas penas costuradas, e seus olhos eram negros, além de portarem lanças como arma) o digimon sagrado carregava um livro de orações na mão, percorrendo os corredores do palácio em direção à saída, pois logo o meio-dia chegaria e a catedral lotada estaria à sua espera.
O Senhor dos Anjos se parecia com um homem adulto. Usava vestes brancas, similares às de um padre, fechadas até o pescoço, mas que se abriam na parte da cintura, revelando botas de metal prateado. Faixas douradas envolviam sua cintura e a parte de cima de seus braços, com as pontas flutuando, enquanto sua mão direita era coberta por uma manopla de metal dourado. Seus cabelos lisos eram de um louro tão claro que quase eram brancos, e tão longos que quase tocavam o chão, tendo os olhos cobertos por uma das faixas douradas. Possuía um par de asas com as penas douradas, cada uma delas decorada com um símbolo na cor preta. Apesar de ter um físico esguio e feições suaves, sua própria presença irradiava soberania.
- Não se esqueçam de tirar as flores velhas do altar antes de começarmos. – disse a seus assistentes, com uma voz suave e envolvente. – Também quero que toquem o sino exatamente quando eu chegar ao altar. Não quero ser atrapalhado por algum digimon atrasado novamente.
- Sim, senhor! – disseram os dois digimon rosados ao mesmo tempo.
- Perfeito. Também gostaria que...
- Thronemon! – chamou uma voz infantil, interrompendo a fala do anjo, fazendo-o se virar, curioso.
Correndo em sua direção, estava sua soberana e de todos os digimon: Dominaemon. Sua voz fina combinava com sua aparência, que lembrava uma menina de nove, dez anos. Seu corpo pequeno era coberto por um vestido de cor creme sem mangas que chegava até seus joelhos, com um laço na parte de trás da cintura. Braceletes de ouro em seus braços sustentavam as “mangas”, que eram na verdade véus de tecido branco fino, tendo também pulseiras douradas nos tornozelos e um colar rente ao pescoço. Seus cabelos eram negros, atados em várias tranças com laços coloridos até sua cintura, de forma que suas asas pequenas de penas brancas quase sumissem. Seus olhos cor-de-rosa estavam marejados quando ela correu até o Senhor dos Anjos, agarrando-se a sua cintura.
- O que foi, minha rainha? – perguntou o anjo, colocando uma das mãos em suas costas. Sentiu suas vestes ficaram úmidas onde as lágrimas da pequena começaram a cair.
- É verdade... – ela soluçou, puxando as faixas douradas da cintura do outro. – Verdade que os rebeldes atacaram os nossos embaixadores?
Por um momento, Thronemon hesitou, mas logo colocou a mão na face da rainha, fazendo com que ela a erguesse. – Está tudo bem. Esperávamos que eles nos atacassem, mas somos fortes e vamos derrota-los. Logo teremos um Salvador Humano aqui, e ele nos ajudará a acabar com esses loucos, você não precisa se preocupar.
- N-Não mesmo? – fungando, Dominaemon passou as costas das mãos nos olhos molhados.
- Eu prometo, minha rainha. – o outro concordou, colocando a mão esquerda sobre o peito. –Pedi que me deixasse cuidar de tudo, não foi? Porque você quer se chatear com esses assunto complicados agora?
- Bem... – ela hesitou, curvando os ombros. – HolyAngemon-sensei me disse que uma rainha deve estar sempre ciente da situação do reino, mesmo que seja ruim...
- Ele é sábio. – concordou o anjo louro. Com cuidado, retirou as lágrimas da face da menor. – Mas essa pressão é demais para você neste momento, até porque faz pouco tempo que seu pai desapareceu... – quando tocou naquele assunto, a pequena digimon ofegou, fechando as mãos na frente do peito. – Oh, me desculpe... Não foi minha intenção.
- Está tudo bem. – ela garantiu, negando com a face. – Vou voltar para minhas aulas e deixar você cuidar disso...
- Como você quiser, minha rainha. – para acalmá-la, Thronemon se abaixou e abraçou seu corpo com cuidado. – Estude bastante para ser uma governante ainda melhor que seu pai foi.
- Obrigado! – Dominaemon sorriu quando o anjo a soltou, agitando suas asinhas antes de correr, logo sumindo da vista dos outros. Nesse momento, a feição gentil do Senhor dos Anjos de fechou, revelando raiva, o que fez seus ajudantes estremecerem.
- Vigiem HolyAngemon. – ordenou, virando a face para eles. – Não quero Dominaemon aprendendo coisas indevidas. E agora vão! A catedral tem que estar impecável quando eu chegar lá.
- S-Sim, senhor! – acataram os Piximon, batendo as asas apressadamente em direção à saída.
Quando eles se foram, Thronemon olhou em volta para certificar-se de que estava mesmo sozinho, para então colocar a mão dentro da manga e dela tirar uma chapinha azulada e fina. Segurando-a com dois dedos, ergueu e soltou em pleno ar, onde a mesma flutuou a sua frente. Quando apertou o indicador contra o quadrado, ele emitiu várias luzes coloridas, até que o centro delas ficou negro e mostrou uma imagem, como uma janela aberta. Lá, do outro lado, podia-se ver pouca coisa, exceto uma figura fina sentada em uma cadeira.
- O que foi? – perguntou uma voz feminina, vinda do outro lado daquele portal.
- O que você está fazendo? – disparou o anjo, em tom sério. – Deixei você mandar seu próprio regimento atrás dos rebeldes, apenas para passarem vergonha. E pior ainda, Dominaemon já soube disso.
- Se a pirralha descobriu, a culpa é sua. – a outra respondeu. De algum lugar no local mal iluminado, ela tirou um leque, abrindo-o para abanar perto de onde ficava a face.
- Controle a língua, antes que eu mesmo a tire de você. – apesar do tom controlado, a ameaça era clara. – A rainha está sob minha influência, mas o tempo está acabando. Minha busca pelo humano não pode ser atrapalhada pelos rebeldes, você entendeu?
- Sim, sim. – a digimon do outro lado agitou o leque na frente do portal. – Eu estou cuidando de tudo. Vá lá rezar e me deixe trabalhar!
Assim que ela respondeu, a conexão entre os dois pontos se desfez, as luzes apagando e a chapinha caindo ao chão. Após recolhe-la e guardar na manga, Thronemon suspirou e forçando-se a sorrir radiante para retomar seu caminho. Seus fiéis o aguardavam, e não poderia decepcioná-los.
--
- Guilmon, venha jantar! – chamou Kara, servindo uma panela com uma famosa “miojo” em dois pratos. Já era noite, e agora a garota estava sozinha em casa com o dragão – Shinjurou levou Floramon consigo quando foi embora. Seus cabelos, ainda molhados pelo banho, estavam amarrados num rabo de cavalo sobre o ombro, usando uma camisola clarinha, já que estava quente.
- Jantar! – animado, o digimon rubro correu para fora do banheiro, com o corpo molhado deixando um rastro pelo chão. Quando parou perto da garota, se agitou todo, como um cachorro se secando, o que acabou espalhando água por tudo.
- Não faça isso... – a garota suspirou ao ver a camisola molhada, pegando o prato cheio de massa ondulada. Tinha feito três pacotes para o digimon, e mais um para si, esperando que fosse suficiente. Por sorte, havia comprado um bom número daquelas “miojos” antes de viajar, pois não sabia se iria se acostumar à culinária japonesa tão cedo. – Cuide para não derramar.
- Pode deixar! – assim que pegou o prato com as garras, já correu para o pufe, se sentando ali de novo.
- Ei, você esqueceu do... – assim que o viu virar o prato todo na boca de uma vez, Kara deixou os ombros caírem. – Garfo...
Pegando seu próprio prato de massa, ela se sentou ao lado de Guilmon, enrolando os fiozinhos no garfo, pois ainda não sabia como usar hashis. – O que está passando agora?
- One Punch Man! – ao responder, o digimon ergueu a mão como se socasse o ar com suas garras. Na tela, um personagem careca em uma roupa amarela estava socando violentamente uns seres bem esquisitos.
- Acho que prefiro Sailor Moon... – ela lembrou de como o dragão havia atacado Mushmon e Fangmon, com toda aquela força. Esperava que não fosse muito influenciado pelo novo e violento anime que via.
Quando levou a primeira garfada de massa aos lábios, Kara ouviu o celular apitar. Se apressou a pegá-lo, pensando ser uma notificação da dex, indicando que algum digimon estava por perto. Quando desbloqueou a tela, no entanto, percebeu que era uma mensagem que havia acabado de chegar. Ao abrir e ler, o desanimo lhe tomou. Era apenas um texto curto e vazio que dizia “Tudo bem? Espero que esteja se divertindo. Talvez nos falaremos no fim de semana.” Não era nada que Kara não esperasse, mas ainda assim, esperava que os pais enviassem algo mais profundo, agora que estava vivendo longe deles.
Nem percebeu que suas mãos tremiam e seus olhos estavam úmidos até que sentisse algo puxando de leve a ponta da camisola. – Kara-chan, o que foi? – Guilmon perguntou preocupado, com as orelhas abaixadas.
- Não é nada... – ela passou as mãos pela face, escondendo as lágrimas que queriam cair.
- São os pais? – ele perguntou, segurando uma de suas mãos entre as garras. – Você fez essa mesma cara triste quando o Shinjurou falou deles...
Em vez de responder, a garota se abaixou, ficando apoiada nos joelhos para ficarem na mesma altura. Envolveu então o pescoço do dragão com os braços, se recostando nele, sentindo como suas escamas eram lisas e quentinhas, até confortáveis. Não sabia o motivo, mas sentia-se bem com o digimon, como nunca tinha se sentido com pessoa alguma, mesmo seus familiares. Mesmo quando tirou aquele “tomatinho” da bolsa já não foi capaz de larga-lo sozinho, e não se arrependia da impulsiva decisão daquele momento.
- Está tudo bem, Guil. – disse, se erguendo enquanto segurava suas mãos com as próprias. – Venha, vamos assistir mais animes... – e, ao ver a empolgação do digimon, permitiu que um pequeno sorriso pontuasse a face, apenas um pequeno curvar dos lábios.
Capítulo Três:
Sobre Digimon, Rebeldes e Anjos!
- Por favor, não reparem na bagunça... E na destruição. – Kara já avisou enquanto destrancava a porta para deixar que todos entrassem. Era impossível não ver as rachaduras no chão e marcas nas paredes, mas eles não pareciam surpresos.
- Você fez todo esse estrago? – perguntou Floramon, lançando um olhar ao animado dragão vermelho que correu para o pufe, se atirando nele.
- O Mushmon também fez! Nós lutamos. – ele respondeu, voltando a olhar para a tv.
- Ai, aquele cogumelo chato veio pra cá... – Gabumon se aproximou, e curioso, foi assistir ao anime que passava, sorrindo em seguida. – Ooooh, eu adorei essas meninas!
- O que elas tem de tão especial? – agora a digimon planta também queria olhar curiosa, deixando um gemido fugir quando se sentou no chão, perto do seu parceiro.
- Temos que cuidar desses ferimentos... – Shinjurou se virou para a dona da casa, enquanto colocava seus sapatos ao lado da porta. Parecia, dos três, ser o único a ter aquele costume. – Kara-chan, você tem ataduras?
- Sim, eu trouxe algumas coisas quando vim pra cá... – ao se lembrar, ela correu até o banheiro, voltando com uma caixa branca, demarcada com uma cruz vermelha. Ela apoiou sobre a mesa, deixando que o garoto moreno abrisse e tirasse o que precisava, enquanto pegava alguns panos e enchia uma tina com água, colocando ali perto também. – Desculpe, eu não tenho muita coisa...
Alister, um pouco afastado, deu uma olhada no local, notando que os móveis desgastados não combinavam com algumas decorações recentes. – Você tem um gosto peculiar... – o comentário inesperado foi um tanto estranho, mas talvez ele estivesse apenas tentando quebrar a tensão, apesar do modo tão sério de falar.
- Na verdade, meus pais compraram essa casa mobiliada quando receberam a notícia da minha bolsa... – a garota disse com um tom baixo e quase desanimado, passando de leve o pano molhado na pele machucada de Guilmon. Ele se movia um pouco incomodado enquanto faziam os curativos, mas parecia muito fixado no anime para lembrar de reclamar.
- Seus pais cuidaram de tudo pra você vir pra cá, não é? – o garoto moreno sorriu, apertando um pano para tirar um líquido branco e grosso dos cortes de Floramon, que lembrava seiva de árvore. Quando ela revidou com um “ei” irritado, ele tocou com mais cuidado. – Desculpe, desculpe...
- Sim, eles ficaram satisfeitos em me mandar para cá... – quando seu tom ficou nitidamente entristecido, o dragão rubro esticou a face, roçando-a no braço da garota, que colocou a mão entre suas orelhas. – Ei, tudo bem.
- Oh, Krane-kun. – Shinjurou se virou para o garoto grisalho, terminando os curativos na digimon planta, que cedeu seu lugar ao Gabumon branco. – Como nos encontrou aqui?
- Eu segui o cheiro dela! – o digimon branco respondeu apontando para Kara, tirando um papel meio amassado debaixo da pele que usava. Quando ela pegou a folha e a esticou, viu o desenho que havia feito na aula.
- Você roubou o meu desenho? – ela se virou para o alemão, que estremeceu, mas logo voltou a seu estado normal.
- Eu fiquei vendo você desenhar, e achei estranho... Só quis levar para Gabumon verificar. – ele tentou se explicar.
- Podia ter me pedido...
- Ok, chega de perder tempo! – Floramon interveio, batendo as mãos sobre a mesa. A perna remendada rangeu, mas a fita adesiva não se soltou. – Gabu, temos que voltar pra nossa missão!
- Espere, vocês ainda estão feridos... – antes que ela se erguesse, Shinjurou a segurou e fez com que se sentasse no chão de novo.
- Ei, Floramon... – um pouco hesitante, Kara chamou a atenção da planta. – Você disse que nos explicaria a situação depois de encontrar o seu parceiro...
- Aaah, tem isso... – com um suspiro, a planta apoiou as costas sobre o pufe tomado por Guilmon, que estava deitado de bruços para olhá-los, finalmente desligado do anime que passava. – O que você quer saber?
- Hm, o que são digimon? E de onde vocês vem? Estão em guerra...?
- Você não sabe de nada?! – Floramon se espantou, chamando a atenção de seu parceiro de missão, que deu tapinhas sobre sua cabeça.
- Não seja tão chata. – ele riu baixo, sendo que ela bufou em resposta. – Bem, fomos chamados de “digimon” pelos Visitantes, pela nossa capacidade de interagir com seus dados e tecnologias, então adotamos o nome. Nosso mundo tem muitos nomes, porque cada religião o vê de uma forma, mas os humanos chamam de “Digital World”.
- Nosso grupo chama de Rianon. – completou Floramon, interrompendo o outro.
- Isso! – Gabumon fez um sinal de positivo. – Nossa sociedade é bem parecida com a de vocês, temos países com seus governantes e suas próprias regras, mas quando comanda tudo é um rei... Quer dizer, uma rainha. O rei desapareceu há alguns anos, então a princesa Dominaemon teve que assumir o trono mesmo ainda sendo uma criança. – ele coçou a nuca, nervoso. – Isso nos causou alguns problemas...
- Ela é uma governante ruim? – Shinjurou perguntou curioso. Todos pareciam absortos nas explicações.
- Não é isso. – o lagarto coberto de pele deixou os ombros caírem. – Ela não tem maturidade pra governar, então ficou dependente dos seus conselheiros.
- A Sociedade dos Cinco... – a planta quase rosnou aquele nome.
- É um grupo formado por digimon de alto nível e influência, que deveriam ajudar o rei a manter a paz. – para acalma-la, o Gabumon branco colocou a mão em seu ombro. – Mas eles só estão preocupados com a elite da Cidadela Real e com seus seguidores. Não se importam com as classes mais baixas, até as exploram.
- Então, é uma luta de classes. – observou Alister, ajeitando novamente os óculos na face. Kara se perguntou se era uma mania que ele tinha quando ficava nervoso.
- Bem, deveria ser...
- O problema é que os idiotas estão mais preocupados em lamber as botas da elite do que lutar por direitos! – a digimon interrompeu seu parceiro, batendo com as mãos fechadas sobre a mesa. A madeira rangeu de novo, mas a fita adesiva resistiu outra vez.
- Nossa líder formou um grupo rebelde para se opor ao governo deles, mas os Cinco nos retratam como terroristas. – o desânimo era claro no semblante do réptil branco.
- Eu não gostei desses caras... – Guilmon se deitou de costas no pufe, encarando-os de cabeça para baixo. – São tão ruins quanto a Black Moon!
- Você gostou mesmo desse anime... – Kara se virou para ele, passando a mão pela curva de seu queixo, agora exposta. Ela nem ao menos percebia a facilidade que tinha em falar com ele e tocá-lo, o que não acontecia com os demais. Então voltou a olhar para a dupla ali perto. – E o que fazem aqui? Digo, no nosso mundo...
Os dois digimon se entreolharam, e Floramon pareceu temerosa quando tomou a fala. – As coisas ficaram bem complicadas nos últimos dias. Os clérigos da Cidadela Real tiveram acesso aos mecanismos antigos para abrir portais para esse mundo, e agora os Cinco estão enviando digimon para cá.
- O que eles podem querer no nosso mundo? – perguntou o garoto moreno, apoiando a face na mão.
- Humanos são sagrados nas religiões do nosso mundo. – o Gabumon branco explicou. – Temos relatos nas escrituras que ao longo dos anos, nossos mundos se unem em tempos de crise, e de alguma forma, eles trazem a paz. O líder dos Cinco, Thronemon, também é um líder religioso, então ele conhece as histórias melhor do que qualquer digimon.
- Esse idiota quer recrutar humanos contra nós! – a digimon planta se ergueu e voltou a bater na mesa com as mãos. – Salafrário aproveitador! Não vai trazer a salvação coisa nenhuma! – com outro soco, a mesinha enfim cedeu, caindo para o lado com a perna remendada.
- Minha mesa... – gemeu Kara, já começando a se acostumar a ver sua casa sendo destruída pouco a pouco.
- Ainda bem que a líder não tá vendo isso... – Gabumon a segurou e fez com que se sentasse de novo. – Por sorte, um espião nosso trouxe um dos mecanismos que geram os portais, mas quando fomos enviados, alguma coisa deu errado e perdemos comunicação com os rebeldes. Nossa missão é ficar aqui vigiando e impedindo as operações dos legalistas até o novo portal ser aberto, daqui a uma semana.
- Então, vocês só precisam ficar escondidos até poder voltar? – quando Alister falou, a ideia não pareceu ruim. Olhou para o digimon branco em seguida. – Você deu sorte de ter ido parar na fábrica, mas é melhor ficar no meu quarto por hora.
O digimon estranhou, piscando duas vezes. – Tem certeza? Os seus pais não são...? – ele começou a perguntar, mas ao ver a expressão nervosa do garoto grisalho, parou. – Tudo bem.
- Fábrica? – Floramon repetiu, colocando as mãos na cintura. – Você fugiu pro lado errado!
- Ei, tava cheio de fumaça! Eu só saí correndo, nem vi pra onde ia! – ele tentou se justificar, com seu casaco de pele ficando arrepiado.
- Bem, vocês se encontraram de novo, é isso que importa... – Shinjurou interviu antes que a digimon se irritasse. – Só precisam ficar escondidos até o portal abrir e vocês voltarem. Se algo incomum acontecer, avisamos vocês para investigar.
- Parece uma boa ideia... – Kara não queria admitir, mas preferia deixar que os digimon cuidassem daquele assunto. Uma guerra daquele tipo de criaturas poderia matar vários humanos, e ela não se sentia capaz de fazer nada contra eles. Agora que a adrenalina de antes passara, pensar na selvageria que Fangmon mostrara ao atacar já a fazia tremer.
- Ótimo, assim nós... – o toque de celular interrompeu a fala de Alister, que pegou o aparelho do bolso, sua face perdendo a cor quando viu um número na tela. – Com licença, eu preciso ir. – disse subitamente, arrumando os óculos, confirmando que aquele era um hábito nervoso que tinha.
- Como assim? – o japonês se espantou. – Nós precisamos resolver tanta coisa...
- Sinto muito. – o garoto grisalho colocou o celular no bolso, e naquele momento, Kara percebeu que ele também tinha aquele botão central que aparecera em seu próprio aparelho. Se lembrou do que Floramon havia dito sobre digimon “interagirem” com tecnologias. – Eu não posso ficar.
- Ei, eu vou junto! – Gabumon se apressou a se erguer, recuperando os casacos que estava usando para se esconder.
- Como assim? A gente tem que trabalhar! – a digimon planta tentou segurá-lo, mas o branco já estava pronto, vestido de forma que parece um monte de trapos ambulante.
- Vou trabalhar, pode deixar! – ele garantiu, parando perto do garoto. Antes que Alister pudesse dizer algo, o branco já revidou. – E nem me olhe com essa cara, que eu vou sim!
- Nos falamos melhor amanhã. – decidiu o alemão, dando-lhes as costas e saindo sem maiores explicações, com Gabumon atrás dele, seus casacos arrastando pelo chão e já ofegando de calor.
- Isso foi estranho... – Guilmon quebrou o silêncio alguns segundos depois, pendendo a face para o lado.
- A vida social desse cara deve ser uma beleza. – Floramon completou, ainda incomodada.
- Não seja tão rude, algo deve ter acontecido... – Shinjurou esticou a mão, dando tapinhas sobre sua cabeça, como Gabumon havia feito antes. Isso parecia funcionar para que ela se acalmasse. Em seguida, levou seu olhar à garota. – A nossa conversa tomou um rumo totalmente diferente... Desculpe, às vezes isso acontece comigo.
--
Paralelamente ao que acontecia no Japão, outra cidade estava agitada.
Cidadela Real se localizava no exato centro do Digital World, ou Rianon, onde os pontos cardeais se encontravam, e era de longe o local de maior esplendor daquele mundo. Do tamanho de um pequeno país, a província era cercada por altos muros de marfim polido, tendo um total de cem estátuas de anjos decorando-os. A única entrada era um grandioso portão dourado, sempre guardado por pelo menos um par de digimon. Lá dentro, as estradas de ladrilhos azulados marcavam ruas largas e caminhos interligados, que levavam a moradas elegantes de dois ou mesmo três andares. Prédios baixos, pequenas lojas e praças com fontes decoravam os bairros, assim como a grande quantidade de templos. Igrejas de todos os tamanhos e estátuas de figuras aladas podiam ser encontradas em todas as esquinas, com flores de oferenda aos pés dos santos. Telhados, cortinas e tendas eram coloridos, mas as cores predominantes das casas eram o branco e o cinza, fazendo o local todo parecer padronizado.
No meio da cidadela, despontava um palácio com a estranha forma de uma estrela de cinco pontas. Suas paredes eram de pedra polida e espalhada, de forma que as imagens de fora eram refletidas, e as grandes janelas de arco eram adornadas com vitrais multicoloridos. Todo o lugar era cercado por um grupo de SlashAngemon, uma espécie de digimon com forma humanoide, mas cujo corpo era recoberto de metal. Seus pés, asas e mesmo braços eram lâminas afiadas, seus cabelos azuis, e seus rostos, cobertos por um capacete decorado com um chifre. Tão doutrinados que eram, nem precisavam falar durante sua varredura, que consistia em voar baixo em volta do palácio.
E, tão impressionante quanto o palácio, era a catedral localizada à sua esquerda – se a Cidadela fosse um ser vivo, aquele seria o local de seu coração. Sua forma lembrava a ponta de uma lança, um triângulo fino feito puramente de ouro, de forma que contrastasse com o padrão claro de tudo à sua volta. Suas portas duplas estavam sempre abertas, revelando seu interior. O chão da nave era de madeira polida, e centenas de bancos estavam voltados para o altar, um grosso bloco de mármore que sustentava a imagem de um ser alado, de túnica, cabelos longos e asas de anjo. Naquela estátua, e em todas as outras, o rosto era andrógino, impossibilitando saber seu gênero. Em seus pés, sempre havia uma pilha de flores, pois a tradição dizia que deveria deixar uma oferenda à divindade quando fosse rezar para ela.
As missas naquele local aconteciam a cada três horas, sendo as mais importantes as que aconteciam ao meio-dia e a à meia-noite, pouco antes do toque de recolher. Quem as realizava era o Senhor dos Anjos, Thronemon. Auxiliado por dois Piximon (esses digimon tinham forma de “bolinha”, grande parte do corpo coberto por pelos cor-de-rosa, com braços e pernas curtos. Suas asas tinham algumas penas costuradas, e seus olhos eram negros, além de portarem lanças como arma) o digimon sagrado carregava um livro de orações na mão, percorrendo os corredores do palácio em direção à saída, pois logo o meio-dia chegaria e a catedral lotada estaria à sua espera.
O Senhor dos Anjos se parecia com um homem adulto. Usava vestes brancas, similares às de um padre, fechadas até o pescoço, mas que se abriam na parte da cintura, revelando botas de metal prateado. Faixas douradas envolviam sua cintura e a parte de cima de seus braços, com as pontas flutuando, enquanto sua mão direita era coberta por uma manopla de metal dourado. Seus cabelos lisos eram de um louro tão claro que quase eram brancos, e tão longos que quase tocavam o chão, tendo os olhos cobertos por uma das faixas douradas. Possuía um par de asas com as penas douradas, cada uma delas decorada com um símbolo na cor preta. Apesar de ter um físico esguio e feições suaves, sua própria presença irradiava soberania.
- Não se esqueçam de tirar as flores velhas do altar antes de começarmos. – disse a seus assistentes, com uma voz suave e envolvente. – Também quero que toquem o sino exatamente quando eu chegar ao altar. Não quero ser atrapalhado por algum digimon atrasado novamente.
- Sim, senhor! – disseram os dois digimon rosados ao mesmo tempo.
- Perfeito. Também gostaria que...
- Thronemon! – chamou uma voz infantil, interrompendo a fala do anjo, fazendo-o se virar, curioso.
Correndo em sua direção, estava sua soberana e de todos os digimon: Dominaemon. Sua voz fina combinava com sua aparência, que lembrava uma menina de nove, dez anos. Seu corpo pequeno era coberto por um vestido de cor creme sem mangas que chegava até seus joelhos, com um laço na parte de trás da cintura. Braceletes de ouro em seus braços sustentavam as “mangas”, que eram na verdade véus de tecido branco fino, tendo também pulseiras douradas nos tornozelos e um colar rente ao pescoço. Seus cabelos eram negros, atados em várias tranças com laços coloridos até sua cintura, de forma que suas asas pequenas de penas brancas quase sumissem. Seus olhos cor-de-rosa estavam marejados quando ela correu até o Senhor dos Anjos, agarrando-se a sua cintura.
- O que foi, minha rainha? – perguntou o anjo, colocando uma das mãos em suas costas. Sentiu suas vestes ficaram úmidas onde as lágrimas da pequena começaram a cair.
- É verdade... – ela soluçou, puxando as faixas douradas da cintura do outro. – Verdade que os rebeldes atacaram os nossos embaixadores?
Por um momento, Thronemon hesitou, mas logo colocou a mão na face da rainha, fazendo com que ela a erguesse. – Está tudo bem. Esperávamos que eles nos atacassem, mas somos fortes e vamos derrota-los. Logo teremos um Salvador Humano aqui, e ele nos ajudará a acabar com esses loucos, você não precisa se preocupar.
- N-Não mesmo? – fungando, Dominaemon passou as costas das mãos nos olhos molhados.
- Eu prometo, minha rainha. – o outro concordou, colocando a mão esquerda sobre o peito. –Pedi que me deixasse cuidar de tudo, não foi? Porque você quer se chatear com esses assunto complicados agora?
- Bem... – ela hesitou, curvando os ombros. – HolyAngemon-sensei me disse que uma rainha deve estar sempre ciente da situação do reino, mesmo que seja ruim...
- Ele é sábio. – concordou o anjo louro. Com cuidado, retirou as lágrimas da face da menor. – Mas essa pressão é demais para você neste momento, até porque faz pouco tempo que seu pai desapareceu... – quando tocou naquele assunto, a pequena digimon ofegou, fechando as mãos na frente do peito. – Oh, me desculpe... Não foi minha intenção.
- Está tudo bem. – ela garantiu, negando com a face. – Vou voltar para minhas aulas e deixar você cuidar disso...
- Como você quiser, minha rainha. – para acalmá-la, Thronemon se abaixou e abraçou seu corpo com cuidado. – Estude bastante para ser uma governante ainda melhor que seu pai foi.
- Obrigado! – Dominaemon sorriu quando o anjo a soltou, agitando suas asinhas antes de correr, logo sumindo da vista dos outros. Nesse momento, a feição gentil do Senhor dos Anjos de fechou, revelando raiva, o que fez seus ajudantes estremecerem.
- Vigiem HolyAngemon. – ordenou, virando a face para eles. – Não quero Dominaemon aprendendo coisas indevidas. E agora vão! A catedral tem que estar impecável quando eu chegar lá.
- S-Sim, senhor! – acataram os Piximon, batendo as asas apressadamente em direção à saída.
Quando eles se foram, Thronemon olhou em volta para certificar-se de que estava mesmo sozinho, para então colocar a mão dentro da manga e dela tirar uma chapinha azulada e fina. Segurando-a com dois dedos, ergueu e soltou em pleno ar, onde a mesma flutuou a sua frente. Quando apertou o indicador contra o quadrado, ele emitiu várias luzes coloridas, até que o centro delas ficou negro e mostrou uma imagem, como uma janela aberta. Lá, do outro lado, podia-se ver pouca coisa, exceto uma figura fina sentada em uma cadeira.
- O que foi? – perguntou uma voz feminina, vinda do outro lado daquele portal.
- O que você está fazendo? – disparou o anjo, em tom sério. – Deixei você mandar seu próprio regimento atrás dos rebeldes, apenas para passarem vergonha. E pior ainda, Dominaemon já soube disso.
- Se a pirralha descobriu, a culpa é sua. – a outra respondeu. De algum lugar no local mal iluminado, ela tirou um leque, abrindo-o para abanar perto de onde ficava a face.
- Controle a língua, antes que eu mesmo a tire de você. – apesar do tom controlado, a ameaça era clara. – A rainha está sob minha influência, mas o tempo está acabando. Minha busca pelo humano não pode ser atrapalhada pelos rebeldes, você entendeu?
- Sim, sim. – a digimon do outro lado agitou o leque na frente do portal. – Eu estou cuidando de tudo. Vá lá rezar e me deixe trabalhar!
Assim que ela respondeu, a conexão entre os dois pontos se desfez, as luzes apagando e a chapinha caindo ao chão. Após recolhe-la e guardar na manga, Thronemon suspirou e forçando-se a sorrir radiante para retomar seu caminho. Seus fiéis o aguardavam, e não poderia decepcioná-los.
--
- Guilmon, venha jantar! – chamou Kara, servindo uma panela com uma famosa “miojo” em dois pratos. Já era noite, e agora a garota estava sozinha em casa com o dragão – Shinjurou levou Floramon consigo quando foi embora. Seus cabelos, ainda molhados pelo banho, estavam amarrados num rabo de cavalo sobre o ombro, usando uma camisola clarinha, já que estava quente.
- Jantar! – animado, o digimon rubro correu para fora do banheiro, com o corpo molhado deixando um rastro pelo chão. Quando parou perto da garota, se agitou todo, como um cachorro se secando, o que acabou espalhando água por tudo.
- Não faça isso... – a garota suspirou ao ver a camisola molhada, pegando o prato cheio de massa ondulada. Tinha feito três pacotes para o digimon, e mais um para si, esperando que fosse suficiente. Por sorte, havia comprado um bom número daquelas “miojos” antes de viajar, pois não sabia se iria se acostumar à culinária japonesa tão cedo. – Cuide para não derramar.
- Pode deixar! – assim que pegou o prato com as garras, já correu para o pufe, se sentando ali de novo.
- Ei, você esqueceu do... – assim que o viu virar o prato todo na boca de uma vez, Kara deixou os ombros caírem. – Garfo...
Pegando seu próprio prato de massa, ela se sentou ao lado de Guilmon, enrolando os fiozinhos no garfo, pois ainda não sabia como usar hashis. – O que está passando agora?
- One Punch Man! – ao responder, o digimon ergueu a mão como se socasse o ar com suas garras. Na tela, um personagem careca em uma roupa amarela estava socando violentamente uns seres bem esquisitos.
- Acho que prefiro Sailor Moon... – ela lembrou de como o dragão havia atacado Mushmon e Fangmon, com toda aquela força. Esperava que não fosse muito influenciado pelo novo e violento anime que via.
Quando levou a primeira garfada de massa aos lábios, Kara ouviu o celular apitar. Se apressou a pegá-lo, pensando ser uma notificação da dex, indicando que algum digimon estava por perto. Quando desbloqueou a tela, no entanto, percebeu que era uma mensagem que havia acabado de chegar. Ao abrir e ler, o desanimo lhe tomou. Era apenas um texto curto e vazio que dizia “Tudo bem? Espero que esteja se divertindo. Talvez nos falaremos no fim de semana.” Não era nada que Kara não esperasse, mas ainda assim, esperava que os pais enviassem algo mais profundo, agora que estava vivendo longe deles.
Nem percebeu que suas mãos tremiam e seus olhos estavam úmidos até que sentisse algo puxando de leve a ponta da camisola. – Kara-chan, o que foi? – Guilmon perguntou preocupado, com as orelhas abaixadas.
- Não é nada... – ela passou as mãos pela face, escondendo as lágrimas que queriam cair.
- São os pais? – ele perguntou, segurando uma de suas mãos entre as garras. – Você fez essa mesma cara triste quando o Shinjurou falou deles...
Em vez de responder, a garota se abaixou, ficando apoiada nos joelhos para ficarem na mesma altura. Envolveu então o pescoço do dragão com os braços, se recostando nele, sentindo como suas escamas eram lisas e quentinhas, até confortáveis. Não sabia o motivo, mas sentia-se bem com o digimon, como nunca tinha se sentido com pessoa alguma, mesmo seus familiares. Mesmo quando tirou aquele “tomatinho” da bolsa já não foi capaz de larga-lo sozinho, e não se arrependia da impulsiva decisão daquele momento.
- Está tudo bem, Guil. – disse, se erguendo enquanto segurava suas mãos com as próprias. – Venha, vamos assistir mais animes... – e, ao ver a empolgação do digimon, permitiu que um pequeno sorriso pontuasse a face, apenas um pequeno curvar dos lábios.
Spirit
Younenki II- Mensagens : 57
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Idade : 30
Re: Digimon - Digital Rebellion
Olá Spirit fico realmente muito feliz que tenha postado um novo capitulo de sua fanfic . Vamos aos meus comentários . Bem finalmente ficamos sabendo dos motivos da tal Rebelião Digital . Ou ao menos o " motivo alegado " por Floramon . Uma " Guerra Civil " motivada pelo descontentamento com como a tal " Sociedade dos Cinco " tem dominado o Digital World e só se preocupando com as " Elites " não dando a minima para os Digimon mais humildes . Meu Deus jamais pensei que Digimon Anjos pudessem um dia se tornar " tiranos " que oprimiriam os outros Digimon com uma " ditadura religiosa " igual a que é feita por este tal Thronemon que apesar de ter uma aparência descrita como simplesmente majestosa me pareceu aquele tipo de vilão canalha que não suja as mãos de sangue por nada mas manda outros em seu lugar sujarem por ele . Mas se existe uma coisa que eu aprendi vendo os mandos e desmandos que os " auto-nomeados interpretes da palavra de Deus " fazem é que mesmo " o Bem " pode ser tão opressivo e repressor quanto o mal puro . Fico imaginando que tipo de coisa poderia acontecer caso ele consiga obter um humano para usar como bem quiser . Alias interessante essa premissa de que para os Digimon os humanos teriam se tornado sagrados devido as ações dos diferentes grupos de heróis das series de Digimon no passado . Fiquei com pena da coitada da Rainha Dominaemon pois ela esta sendo usada sem perceber para que uma seleta elite domine os Digimon do Digital World mas pelo menos aparentemente ela tem um mentor integro no caso HolyAngemon que tenta ensina-la a reinar com sabedoria e não se deixar manipular por Thronemon . Um detalhe sobre Thronemon é que pelo que eu percebi seu nome provem de " Tronos " e sobre os quais eu descobri o seguinte : "Eles são os portadores do trono da divindade, daí o nome. Eles são considerados grandes rodas cobertas de olhos. A terceira ordem na hierarquia celestial são os Tronos, que são acusados de serem os instrumentos de justiça final. Raramente os Tronos vem quando se apelou para sua ajuda os Tronos aparecem quando foram ordenados para determinada missão, mesmo se nenhum pedido é feito. Eles tendem a ser mais preocupados com ofensas à sua divindade do que com as ações que os homens fazem uns aos outros. Os Tronos podem assumir a forma e os poderes de qualquer outra criatura. Este anjo tem a capacidade de assumir a aparência total os poderes , habilidades , magias e conhecimentos da criatura, cuja forma ele assume. Se o Trono assume uma forma humanoide, tem as exatas habilidades de qualquer forma humanoide que ele escolhe . Os Tronos são incansáveis em seu dever, e se derrotados vão se aposentar por um ano e, em seguida, assumir a sua busca novamente. Eles são vagamente reptilianos em sua forma natural, e há 50% de chance de que eles vão empregar um item mágico ofensivo quando em forma humana."
E pelo visto Kara tem problemas com os seus pais que não contou nem a Shinjorou nem a Alister . Eu gostei da maneira como Guilmon de Olhos Azuis a consolou e estou gostando de ver Guilmon de Olhos Azuis se tornar um " Otaku " fã de animes . Pelo visto ele é o único conforto e amigo de verdade que Kara possui além de Shinjorou e Alister . Falando nesse ultimo realmente eu fiquei surpreso que ele tenha usado o faro de White Gabumon no desenho de Kara para encontrar ela e os outros . White Gabumon se mostrou tremendamente fiel a Alister . Floramon por sua vez se mostrou possuidora de uma personalidade tremendamente forte e firme fico imaginando como será seu relacionamento com Shinjorou ... E quem será o líder do grupo de Floramon e White Gabumon ? Outra pergunta quando os Três Digimon do grupo de Kara , Shinjorou e Alister irão evoluir pela primeira vez ?Gostei muito do Capitulo Spirit e adoraria poder ver desenhos de Thronemon e Dominaemon mas se não puder esta tudo bem assim mesmo . Se me permite a imensa ousadia e atrevimento eu tenho uma sugestão para você usar na sua fanfic . Os "10 Caballas Angels" . Estes :
Nome: Samamon
(Sama = Samael, um anjo bíblico )
Level: Ultimate/Mega/Kyukyokutai
Tipo: Angel
Atributo: Virus
Descrição: É o anjo da morte e um dos digimons mais temidos. Costumava ser um anjo normal, até ser atacado por Legiomon que o corrompeu, mas Gabrmon entrou na frente antes
que ele pudesse ser totalmente corrompido, então, Samamon é considerado um
semi-demônio ou pseudo-anjo-caído. Ele não é totalmente mal, pois a única parte
que faltou para Legiomon corromper, foi o seu coração. Possui quatro olhos
espalhados por sua armadura, e eles podem ver o tempo de vida de determinado
digimon/humano e ver como ele vai morrer. Ninguém, tirando Legiomon, Yggdrasil,
os Caballa’s Angels e o próprio Deus consegue vê-lo, ele se torna visível apenas quando
o digimon/humano está prestes a morrer.Vaga pelo Digital World, sempre esperando a hora certa de digimons morrerem, para que ele possa colher a alma e se tornar mais forte. Apesar de ser o anjo da morte, ele não pode matar, pode apenas recolher a alma dos mortos.Tem a capacidade de se transformar em uma cobra, só nessa forma que ele consegue ser visto.
Ataques:
Heaven’s Poison – Envenena
o inimigo, diminuindo seu tempo de vida.
God’s Wrath – Libera
todas as almas aprisionadas, as almas executam digimons/humanos prestes a
morrer e voltam a Samamon, dando-lhe mais poder.
Death Sight – Todos
os seus olhos abrem ao mesmo tempo e sugam a alma de qualquer digimon/humano
quando ele está prestes a morrer. A Alma sugada é transformada em digimons do
tipo Virus que trabalham para Samamon.
Nome: Hanimon
(Hani = Haniel, um anjo judaico)
Level: Ultimate/Mega/Kyukyokutai
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: A única
integrante mulher do grupo e também uma das mais fortes. Hanimon é o anjo do
amor, tendo o poder de passar o amor divino de deus para todos os
digimons/humanos. Anda sempre acompanhada de Zadkimon, e é a única que pode
controlá-lo em seus momentos de fúria. Raramente é vista na sua verdadeira
forma angelical, ao cobrir seu corpo com suas asas, elas se transformam em um
mando rosa, escondendo seu corpo e carrega um lampião, que possui a luz do amor.
Se disfarça para poder se misturar em meio a humanos e digimons. É a única que
se dá bem com todo o grupo, até mesmo com Samamon.
Ataques:
Love Purifier –
bate suas oito asas lançando um pó rosa que age no coração do atingindo,
fazendo o amor brotar e assim purificando o ser.
Light of Love – é
o único ataque que pode realizar na sua forma disfarçada. Ela ergue o lampião
que emite uma forte luz que desintegra todos que não possuem amor.
Joy of God – cria
um arco de energia de cinco quilômetros de diâmetro. Ao bater suas asas, o que
está embaixo do arco é atingido por um arco-íris que purifica os que ainda
possuem amor e desintegra os que não possuem amor nenhum.
Nome: Sandalmon
(Sandal = Sandalphon, anjo bíblico)
Level: Ultimate/Mega/Kyukyokutai
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: Irmão
mais novo de Metatrmon, é o oposto em questão de tamanho. Ele tem a forma de um
pequeno homem, mas se esconde dentro da esfera de arco-íris, ninguém, nem mesmo
seu irmão já viu sua verdadeira forma. Tem dois aneis de luz que o rodeiam,
elas são feitas da energia de deus e quem as tocar, é purificado
instantaneamente e se une ao anel. É extremamente rápido e ágil, perdendo
apenas para Phaelmon nesse quesito. É o criador do arco-íris e o melhor amigo
de Gabrmon.
Ataques:
Rainbow Blast – atira
uma rajada multicolorida de sua esfera que desintegra tudo que toca, no lugar
do que foi desintegrado, se forma um arco-íris.
Heaven’s Light – emite
um forte brilho de sua esfera purificando todos que olham diretamente.
God’s Light Cannon – seus
dois anéis se fundem formando um canhão que atira uma rajada de luz branca que
absorve todos os dados que toca.
Nome: Urimon (Uri= Uriel, um anjo bíblico)
Level: Ultimate/Mega/Kyukyokutai
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: Urimon
é a chama do deus do Digital World. Nenhum digimon consegue chegar perto dele
se não tiver resistência ao calor. Normalmente, suas asas em chamas ficam
apagadas, mas mesmo assim, o seu corpo emite um calor insuportável.
As queimadas instantâneas
e as erupções de vulcões são reflexos de seus sentimentos pelo Digital World. É
dito que ele pode acabar com o Digital World e o Real World, trazendo seus
respectivos sois para perto e queimando toda a vida existente nesses mundos.
Ataques:
Overheat – Aumenta
a temperatura do seu corpo fazendo com que tudo em um raio de um quilômetro
pegue fogo.
Burning Angel – Aciona
suas asas e se transforma num pássaro de fogo que, enquanto voa, incendeia
tudo.
Solar Exile – Usa
seu poder para trazer o sol para perto do mundo para incendiá-lo. Depois que o
ataque é realizado, não há como pará-lo, mas a terra não fica perdida, logo após
o fogo se esvair, começa a surgir as primeiras formas de vida.
Nome: Razimon
(Razi = Raziel, um anjo bíblico)
Level: Ultimate/Mega/Kyukyokutai
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: Razimon
é o digimon mais inteligente do Digital World, isso é porque ele não fala,
apenas ouve. Ninguém nunca ouviu sua voz, ele se comunica com gestos e através
de suas chamas, que representam a Sabedoria (vermelha) e o Pensamento (azul). Anota
tudo o que deus diz em seu caderno que fica guardado dentro da chama da
Sabedoria. É também o mais fraco dos dez anjos, mas nunca perdeu uma batalha,
pois usa sua inteligência para fazer estratégias de batalhas que são sempre bem
sucedidas. Consegue enxergar através das palavras e sabe o que cada
digimon/humano está pensando e o que está fazendo. É literalmente o olho de
deus.
Ataques:
Knowledge Flame –
ergue sua mão direita e a chama da Sabedoria se transforma em uma imensa coruja
de fogo, que devasta tudo por onde passa.
Thought Flame – ergue
sua mão esquerda e a chama do Pensamento se transforma num rio de fogo azul,
que purifica tudo por onde passa.
The Eye of God –
começa a meditar numa esfera de energia e quando acorda, devasta tudo o que está
no alcance do seu olhar. Demora dez anos para poder carregar esse ataque.
Nome: Zadkimon
(Zadki = Zadkiel, um anjo rabínico)
Level: Ultimate/Mega/Kyukyokutai
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: Não é
muito inteligente, mas gosta de passar o que sabe, às vezes até consegue roubar
o livro de Razimon e lê-lo. Apesar de sua aparência animalesca, possui um coração
extremamente bondoso e não consegue fazer mal nem a uma pedra, isso, até
irritarem ele, o que não é muito difícil. Tem Hanimon como sua melhor amiga, e
só se contém de sua raiva, quando ela aciona as correntes sagradas que saem de
seus braceletes e o selam até que ele tenha se recuperado totalmente. Tem
dificuldades para falar, por isso, fala só quando é necessário. Normalmente se
comunica por rugidos e barulhos. Possui uma mão humana e uma bestial e é o
segundo maior e o segundo mais forte dos Cabalas. É também o protetor de
Gabrmon, pois deus lhe confiou a proteção da Chama do Paraíso.
Ataques:
Hashmal Fury –
libera toda a sua raiva em forma de uma energia extremamente poderosa, que
desintegra tudo o que toca.
Violet Fire – Solta
uma rajada de fogo roxa de sua mão humana que purifica o que toca.
Amethyst Cross – Cruza
seus braços em forma de cruz e libera uma cruz de energia roxa que varre tudo
que encontra pelo caminho.
Nome: Metatrmon
(Metatr= Metatron um anjo bíblico)
Level: Ultimate/Mega/Kyukyokutai
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: Metatrmon
é o anjo mais próximo do deus do Digital World, por esse motivo é o líder dos
Caballas. O único que pode falar diretamente com o deus e o único em que deus
confiou seus poderes. É praticamente o substituto de deus, tendo quase todos os
seus poderes, com exceção de poder criação. Aparece somente na reunião dos
Caballas, não gosta muito de conversar, mas expõem sua opinião quando necessário.
É também o maior dos anjos, sendo do tamanho de um prédio de trinta andares. Possui
uma força que poderia acabar com o Digital World e afetar o Real World, mas
como nunca batalha, não apresenta nenhuma ameaça.
Ataques:
Re-Digitalize – Consegue
mudar os dados de uma determinada área ou digimon do jeito que quiser, porém a
cada vez que usa, seu poder é cortado pela metade, só podendo ser recuperado
anos depois.
Digital Tarot –
Cria cartas de holograma e força seus inimigo a escolher uma delas. O inimigo
será afetado pelo o que a carta representa, que pode ser morte, mais vida,
riqueza, pobresa, felicidade, tristesa, etc...
Metatron Cube – Cria
uma figura geométrica estranha (Cubo de Metatron
World, reconstruindo-o novamente quase que instantaneamente. Só os
digimons/humanos de coração bom que sobrevivem.
Nome: Phaelmon (Phael =
Rafael, um anjo bíblico)
Level: Ultimate
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: Parceiro de
Gabrmon e Michmon na luta contra o mal, sempre tenta manter uma posição
neutra em relação a isso, mas sempre que pode parte para um lado. É venerado
por muitos digimons como o deus da cura, devido à sua especialidade em curar
qualquer tipo de ferida. Apesar de ser um Digimon Ultimate/Perfect ele possui
poder comparavel ao de um Royal Knight .Seu braço direito, capacete e algumas
partes de sua armadura são feitas de Holy Golden Chrome Digizoid, o metal mais
brilhante do Digital World, porém não tão forte quanto o Holy Chrome Digizoid. É
extremamente rápido e às vezes é confundido com uma estrela cadente quando
passa voando no céu, devido ao rastro de ouro que ele deixa por onde
passa.
Ataques:
Holy Cure - emite um
forte brilho dourado da parte dourada de suas asas, que cura qualquer tipo de
doença, ferida, etc...
Angelical Speed - faz
um combo de socos e chutes tão rápido que o inimigo não consegue se defender e
acaba sendo derrotado.
The Golden Paradise -
emite uma explosão dourada ofuscante que transforma tudo em ouro e depois
explode. O pó do ouro que explodiu, penetra na terra e impede que ele e o que
nasça ali adoeça ou se fira.
Nome: Miguemon (Migue =
Miguel, um arcanjo bíblico)
Level: Ultimate
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: Michmon é
parceiro de Gabrmon. Ele lidera o exército de Digimon
sagrados . Odiava Lucemon profundamente e isso era a causa de
muitos conflitos entre ele e Gabrmon.Possui o mesmo nível de Poder de Lucemon Falldown
Mode mesmo sendo um Anjo Digimon Nível Ultimate/Perfect. Possui duas espadas feitas
por chamas do Paraíso e as usa para purificar os malignos. Odeia profundamente tudo o
que é mal o que o torna extremamente obsessivo por batalha para destruir os digimons
das trevas. Sua armadura é feita de Holy Chrome Digizoid, o metal mais
resistente do Digital World. Sua armadura lhe concede o poder de refletir
qualquer ataque de origem maligna.
Ataques:
Heaven's Flame -
incendeia tudo ao seus redor com as chamas de suas espadas. As chamas além de
queimar, purificam o inimigo.
Sky Gold Lights -
invoca feixes de luz do céu que queimam o lugar que tocam, além de purificar e
transformar em ouro o que tocam.
Paradise Elysium - faz
um combo usando suas espadas e no final junta suas espadas na forma de uma cruz
e uma rajada de luz purificadora é lançada ao inimigo, desintegrando-o. É seu
ataque mais forte.
Nome: Gabrmon (Gabe =
Gabriel, anjo bíblico)
Level: Child
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: Era o melhor
amigo de Lucemon, até ele se deixar tomar pelas forças das trevas. Gabemon é um
dos digimons mais puros que existe, sendo um dos únicos capazes de derrotar
Ogudomon. É o digimon que o Deus do Digital World deposita toda sua confiança,
por isso é respeitado por todos. Não gosta muito de aparecer em público, mas
quando é necessário, a Chama do Paraíso que brilha em cima de sua cabeça emite
um forte brilho que faz com que outros não possam ver sua verdadeira forma.
Apesar de ser Level Child, ele é capaz de derrotar um Mega Level, principalmente
se esse for corrompido pelo poder das trevas. O único digimon que ele é incapaz
de matar é Lucemon devido ao grande afeto que ainda sentia pelo seu melhor amigo.
Ataques:
Angelic Purifier - Seus
braceletes e tornozeleiras emitem um brilho que é capaz de purificar qualquer
digimon.
Judgment Sword - Usa
uma espada de energia pura que Deus lhe concedeu para eliminar todo o mal
existente.
Paradise Flame - Cria
uma imensa explosão vinda da Chama do Paraíso que purifica tudo que toca. Seu
ataque mais poderoso, só pode ser usada uma vez, portanto ninguém nunca o viu
usar. Diz uma lenda que quando ele lutar, esse será o ataque
final que fará as forças do bem vencerem.
- Aparência Atribuida aos Anjos Tronos:
E pelo visto Kara tem problemas com os seus pais que não contou nem a Shinjorou nem a Alister . Eu gostei da maneira como Guilmon de Olhos Azuis a consolou e estou gostando de ver Guilmon de Olhos Azuis se tornar um " Otaku " fã de animes . Pelo visto ele é o único conforto e amigo de verdade que Kara possui além de Shinjorou e Alister . Falando nesse ultimo realmente eu fiquei surpreso que ele tenha usado o faro de White Gabumon no desenho de Kara para encontrar ela e os outros . White Gabumon se mostrou tremendamente fiel a Alister . Floramon por sua vez se mostrou possuidora de uma personalidade tremendamente forte e firme fico imaginando como será seu relacionamento com Shinjorou ... E quem será o líder do grupo de Floramon e White Gabumon ? Outra pergunta quando os Três Digimon do grupo de Kara , Shinjorou e Alister irão evoluir pela primeira vez ?Gostei muito do Capitulo Spirit e adoraria poder ver desenhos de Thronemon e Dominaemon mas se não puder esta tudo bem assim mesmo . Se me permite a imensa ousadia e atrevimento eu tenho uma sugestão para você usar na sua fanfic . Os "10 Caballas Angels" . Estes :
Nome: Samamon
(Sama = Samael, um anjo bíblico )
Level: Ultimate/Mega/Kyukyokutai
Tipo: Angel
Atributo: Virus
Descrição: É o anjo da morte e um dos digimons mais temidos. Costumava ser um anjo normal, até ser atacado por Legiomon que o corrompeu, mas Gabrmon entrou na frente antes
que ele pudesse ser totalmente corrompido, então, Samamon é considerado um
semi-demônio ou pseudo-anjo-caído. Ele não é totalmente mal, pois a única parte
que faltou para Legiomon corromper, foi o seu coração. Possui quatro olhos
espalhados por sua armadura, e eles podem ver o tempo de vida de determinado
digimon/humano e ver como ele vai morrer. Ninguém, tirando Legiomon, Yggdrasil,
os Caballa’s Angels e o próprio Deus consegue vê-lo, ele se torna visível apenas quando
o digimon/humano está prestes a morrer.Vaga pelo Digital World, sempre esperando a hora certa de digimons morrerem, para que ele possa colher a alma e se tornar mais forte. Apesar de ser o anjo da morte, ele não pode matar, pode apenas recolher a alma dos mortos.Tem a capacidade de se transformar em uma cobra, só nessa forma que ele consegue ser visto.
Ataques:
Heaven’s Poison – Envenena
o inimigo, diminuindo seu tempo de vida.
God’s Wrath – Libera
todas as almas aprisionadas, as almas executam digimons/humanos prestes a
morrer e voltam a Samamon, dando-lhe mais poder.
Death Sight – Todos
os seus olhos abrem ao mesmo tempo e sugam a alma de qualquer digimon/humano
quando ele está prestes a morrer. A Alma sugada é transformada em digimons do
tipo Virus que trabalham para Samamon.
Nome: Hanimon
(Hani = Haniel, um anjo judaico)
Level: Ultimate/Mega/Kyukyokutai
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: A única
integrante mulher do grupo e também uma das mais fortes. Hanimon é o anjo do
amor, tendo o poder de passar o amor divino de deus para todos os
digimons/humanos. Anda sempre acompanhada de Zadkimon, e é a única que pode
controlá-lo em seus momentos de fúria. Raramente é vista na sua verdadeira
forma angelical, ao cobrir seu corpo com suas asas, elas se transformam em um
mando rosa, escondendo seu corpo e carrega um lampião, que possui a luz do amor.
Se disfarça para poder se misturar em meio a humanos e digimons. É a única que
se dá bem com todo o grupo, até mesmo com Samamon.
Ataques:
Love Purifier –
bate suas oito asas lançando um pó rosa que age no coração do atingindo,
fazendo o amor brotar e assim purificando o ser.
Light of Love – é
o único ataque que pode realizar na sua forma disfarçada. Ela ergue o lampião
que emite uma forte luz que desintegra todos que não possuem amor.
Joy of God – cria
um arco de energia de cinco quilômetros de diâmetro. Ao bater suas asas, o que
está embaixo do arco é atingido por um arco-íris que purifica os que ainda
possuem amor e desintegra os que não possuem amor nenhum.
Nome: Sandalmon
(Sandal = Sandalphon, anjo bíblico)
Level: Ultimate/Mega/Kyukyokutai
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: Irmão
mais novo de Metatrmon, é o oposto em questão de tamanho. Ele tem a forma de um
pequeno homem, mas se esconde dentro da esfera de arco-íris, ninguém, nem mesmo
seu irmão já viu sua verdadeira forma. Tem dois aneis de luz que o rodeiam,
elas são feitas da energia de deus e quem as tocar, é purificado
instantaneamente e se une ao anel. É extremamente rápido e ágil, perdendo
apenas para Phaelmon nesse quesito. É o criador do arco-íris e o melhor amigo
de Gabrmon.
Ataques:
Rainbow Blast – atira
uma rajada multicolorida de sua esfera que desintegra tudo que toca, no lugar
do que foi desintegrado, se forma um arco-íris.
Heaven’s Light – emite
um forte brilho de sua esfera purificando todos que olham diretamente.
God’s Light Cannon – seus
dois anéis se fundem formando um canhão que atira uma rajada de luz branca que
absorve todos os dados que toca.
Nome: Urimon (Uri= Uriel, um anjo bíblico)
Level: Ultimate/Mega/Kyukyokutai
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: Urimon
é a chama do deus do Digital World. Nenhum digimon consegue chegar perto dele
se não tiver resistência ao calor. Normalmente, suas asas em chamas ficam
apagadas, mas mesmo assim, o seu corpo emite um calor insuportável.
As queimadas instantâneas
e as erupções de vulcões são reflexos de seus sentimentos pelo Digital World. É
dito que ele pode acabar com o Digital World e o Real World, trazendo seus
respectivos sois para perto e queimando toda a vida existente nesses mundos.
Ataques:
Overheat – Aumenta
a temperatura do seu corpo fazendo com que tudo em um raio de um quilômetro
pegue fogo.
Burning Angel – Aciona
suas asas e se transforma num pássaro de fogo que, enquanto voa, incendeia
tudo.
Solar Exile – Usa
seu poder para trazer o sol para perto do mundo para incendiá-lo. Depois que o
ataque é realizado, não há como pará-lo, mas a terra não fica perdida, logo após
o fogo se esvair, começa a surgir as primeiras formas de vida.
Nome: Razimon
(Razi = Raziel, um anjo bíblico)
Level: Ultimate/Mega/Kyukyokutai
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: Razimon
é o digimon mais inteligente do Digital World, isso é porque ele não fala,
apenas ouve. Ninguém nunca ouviu sua voz, ele se comunica com gestos e através
de suas chamas, que representam a Sabedoria (vermelha) e o Pensamento (azul). Anota
tudo o que deus diz em seu caderno que fica guardado dentro da chama da
Sabedoria. É também o mais fraco dos dez anjos, mas nunca perdeu uma batalha,
pois usa sua inteligência para fazer estratégias de batalhas que são sempre bem
sucedidas. Consegue enxergar através das palavras e sabe o que cada
digimon/humano está pensando e o que está fazendo. É literalmente o olho de
deus.
Ataques:
Knowledge Flame –
ergue sua mão direita e a chama da Sabedoria se transforma em uma imensa coruja
de fogo, que devasta tudo por onde passa.
Thought Flame – ergue
sua mão esquerda e a chama do Pensamento se transforma num rio de fogo azul,
que purifica tudo por onde passa.
The Eye of God –
começa a meditar numa esfera de energia e quando acorda, devasta tudo o que está
no alcance do seu olhar. Demora dez anos para poder carregar esse ataque.
Nome: Zadkimon
(Zadki = Zadkiel, um anjo rabínico)
Level: Ultimate/Mega/Kyukyokutai
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: Não é
muito inteligente, mas gosta de passar o que sabe, às vezes até consegue roubar
o livro de Razimon e lê-lo. Apesar de sua aparência animalesca, possui um coração
extremamente bondoso e não consegue fazer mal nem a uma pedra, isso, até
irritarem ele, o que não é muito difícil. Tem Hanimon como sua melhor amiga, e
só se contém de sua raiva, quando ela aciona as correntes sagradas que saem de
seus braceletes e o selam até que ele tenha se recuperado totalmente. Tem
dificuldades para falar, por isso, fala só quando é necessário. Normalmente se
comunica por rugidos e barulhos. Possui uma mão humana e uma bestial e é o
segundo maior e o segundo mais forte dos Cabalas. É também o protetor de
Gabrmon, pois deus lhe confiou a proteção da Chama do Paraíso.
Ataques:
Hashmal Fury –
libera toda a sua raiva em forma de uma energia extremamente poderosa, que
desintegra tudo o que toca.
Violet Fire – Solta
uma rajada de fogo roxa de sua mão humana que purifica o que toca.
Amethyst Cross – Cruza
seus braços em forma de cruz e libera uma cruz de energia roxa que varre tudo
que encontra pelo caminho.
Nome: Metatrmon
(Metatr= Metatron um anjo bíblico)
Level: Ultimate/Mega/Kyukyokutai
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: Metatrmon
é o anjo mais próximo do deus do Digital World, por esse motivo é o líder dos
Caballas. O único que pode falar diretamente com o deus e o único em que deus
confiou seus poderes. É praticamente o substituto de deus, tendo quase todos os
seus poderes, com exceção de poder criação. Aparece somente na reunião dos
Caballas, não gosta muito de conversar, mas expõem sua opinião quando necessário.
É também o maior dos anjos, sendo do tamanho de um prédio de trinta andares. Possui
uma força que poderia acabar com o Digital World e afetar o Real World, mas
como nunca batalha, não apresenta nenhuma ameaça.
Ataques:
Re-Digitalize – Consegue
mudar os dados de uma determinada área ou digimon do jeito que quiser, porém a
cada vez que usa, seu poder é cortado pela metade, só podendo ser recuperado
anos depois.
Digital Tarot –
Cria cartas de holograma e força seus inimigo a escolher uma delas. O inimigo
será afetado pelo o que a carta representa, que pode ser morte, mais vida,
riqueza, pobresa, felicidade, tristesa, etc...
Metatron Cube – Cria
uma figura geométrica estranha (Cubo de Metatron
- Spoiler:
World, reconstruindo-o novamente quase que instantaneamente. Só os
digimons/humanos de coração bom que sobrevivem.
Nome: Phaelmon (Phael =
Rafael, um anjo bíblico)
Level: Ultimate
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: Parceiro de
Gabrmon e Michmon na luta contra o mal, sempre tenta manter uma posição
neutra em relação a isso, mas sempre que pode parte para um lado. É venerado
por muitos digimons como o deus da cura, devido à sua especialidade em curar
qualquer tipo de ferida. Apesar de ser um Digimon Ultimate/Perfect ele possui
poder comparavel ao de um Royal Knight .Seu braço direito, capacete e algumas
partes de sua armadura são feitas de Holy Golden Chrome Digizoid, o metal mais
brilhante do Digital World, porém não tão forte quanto o Holy Chrome Digizoid. É
extremamente rápido e às vezes é confundido com uma estrela cadente quando
passa voando no céu, devido ao rastro de ouro que ele deixa por onde
passa.
Ataques:
Holy Cure - emite um
forte brilho dourado da parte dourada de suas asas, que cura qualquer tipo de
doença, ferida, etc...
Angelical Speed - faz
um combo de socos e chutes tão rápido que o inimigo não consegue se defender e
acaba sendo derrotado.
The Golden Paradise -
emite uma explosão dourada ofuscante que transforma tudo em ouro e depois
explode. O pó do ouro que explodiu, penetra na terra e impede que ele e o que
nasça ali adoeça ou se fira.
Nome: Miguemon (Migue =
Miguel, um arcanjo bíblico)
Level: Ultimate
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: Michmon é
parceiro de Gabrmon. Ele lidera o exército de Digimon
sagrados . Odiava Lucemon profundamente e isso era a causa de
muitos conflitos entre ele e Gabrmon.Possui o mesmo nível de Poder de Lucemon Falldown
Mode mesmo sendo um Anjo Digimon Nível Ultimate/Perfect. Possui duas espadas feitas
por chamas do Paraíso e as usa para purificar os malignos. Odeia profundamente tudo o
que é mal o que o torna extremamente obsessivo por batalha para destruir os digimons
das trevas. Sua armadura é feita de Holy Chrome Digizoid, o metal mais
resistente do Digital World. Sua armadura lhe concede o poder de refletir
qualquer ataque de origem maligna.
Ataques:
Heaven's Flame -
incendeia tudo ao seus redor com as chamas de suas espadas. As chamas além de
queimar, purificam o inimigo.
Sky Gold Lights -
invoca feixes de luz do céu que queimam o lugar que tocam, além de purificar e
transformar em ouro o que tocam.
Paradise Elysium - faz
um combo usando suas espadas e no final junta suas espadas na forma de uma cruz
e uma rajada de luz purificadora é lançada ao inimigo, desintegrando-o. É seu
ataque mais forte.
Nome: Gabrmon (Gabe =
Gabriel, anjo bíblico)
Level: Child
Tipo: Angel
Atributo: Vaccine
Descrição: Era o melhor
amigo de Lucemon, até ele se deixar tomar pelas forças das trevas. Gabemon é um
dos digimons mais puros que existe, sendo um dos únicos capazes de derrotar
Ogudomon. É o digimon que o Deus do Digital World deposita toda sua confiança,
por isso é respeitado por todos. Não gosta muito de aparecer em público, mas
quando é necessário, a Chama do Paraíso que brilha em cima de sua cabeça emite
um forte brilho que faz com que outros não possam ver sua verdadeira forma.
Apesar de ser Level Child, ele é capaz de derrotar um Mega Level, principalmente
se esse for corrompido pelo poder das trevas. O único digimon que ele é incapaz
de matar é Lucemon devido ao grande afeto que ainda sentia pelo seu melhor amigo.
Ataques:
Angelic Purifier - Seus
braceletes e tornozeleiras emitem um brilho que é capaz de purificar qualquer
digimon.
Judgment Sword - Usa
uma espada de energia pura que Deus lhe concedeu para eliminar todo o mal
existente.
Paradise Flame - Cria
uma imensa explosão vinda da Chama do Paraíso que purifica tudo que toca. Seu
ataque mais poderoso, só pode ser usada uma vez, portanto ninguém nunca o viu
usar. Diz uma lenda que quando ele lutar, esse será o ataque
final que fará as forças do bem vencerem.
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Ei, Kaiser, você sendo assíduo como sempre!
Vamos lá, deixa responder suas observações por vez... Eu realmente adoro esse contexto da luta de classes, porque costuma mostrar bem como aqueles que estão no poder podem se tornar egoístas, até porque é geralmente isso que acontece (e eu sempre vi os digimon como semelhantes aos humanos). E anjos... Fazer um vilão anjo é muito legal, admito, porque por causa de Adventure e Frontier, ficou aquela coisa de que anjos sempre são bons e quando ficam malignos eles "decaem", sendo que também os conceitos de bem e mal podem ser explorados dessa forma. E garanto, Thronemon taí pra mostrar um tipo bem peculiar de vilão, tomara que dê certo!
A sua pesquisa dos tronos foi bem feita mesmo, e eu admito que vou incorporar várias coisas sobre esses anjos, emboooora eu não possa dar spoilers! Sorry!
Admito também que gosto muito de trabalhar com os problemas pessoais dos meus personagens, embora tenha que me esforçar para perder o foco da história. Veremos mais disso em breve, assim como dos garotos e as relações que eles vão ter com seus parceiros. Vou aproveitar e liberar um pequeno spoiler, vai ter evolução logo no próximo capítulo!
Sobre desenhar os novos digimon, eu não garanto que irei conseguir agora, mas tenho sim vontade de desenhar tanto eles quanto os outros integrantes dos Cinco.
Ademais, eu adorei a ideia dos dez anjos digimon, parece uma boa para uma guarda real ou mesmo como algum tipo de grupo aliado. Agradeço o comentário e as ideias!
Vamos lá, deixa responder suas observações por vez... Eu realmente adoro esse contexto da luta de classes, porque costuma mostrar bem como aqueles que estão no poder podem se tornar egoístas, até porque é geralmente isso que acontece (e eu sempre vi os digimon como semelhantes aos humanos). E anjos... Fazer um vilão anjo é muito legal, admito, porque por causa de Adventure e Frontier, ficou aquela coisa de que anjos sempre são bons e quando ficam malignos eles "decaem", sendo que também os conceitos de bem e mal podem ser explorados dessa forma. E garanto, Thronemon taí pra mostrar um tipo bem peculiar de vilão, tomara que dê certo!
A sua pesquisa dos tronos foi bem feita mesmo, e eu admito que vou incorporar várias coisas sobre esses anjos, emboooora eu não possa dar spoilers! Sorry!
Admito também que gosto muito de trabalhar com os problemas pessoais dos meus personagens, embora tenha que me esforçar para perder o foco da história. Veremos mais disso em breve, assim como dos garotos e as relações que eles vão ter com seus parceiros. Vou aproveitar e liberar um pequeno spoiler, vai ter evolução logo no próximo capítulo!
Sobre desenhar os novos digimon, eu não garanto que irei conseguir agora, mas tenho sim vontade de desenhar tanto eles quanto os outros integrantes dos Cinco.
Ademais, eu adorei a ideia dos dez anjos digimon, parece uma boa para uma guarda real ou mesmo como algum tipo de grupo aliado. Agradeço o comentário e as ideias!
Spirit
Younenki II- Mensagens : 57
Data de inscrição : 17/03/2016
Idade : 30
Re: Digimon - Digital Rebellion
Tudo bem Spirit estarei aguardando ansiosamente o próximo episódio com o desenrolar da trama e a primeira Evolução dos Digimon da Historia ^^
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Yo, Spirit! Finalmente arranjei um tempo pra ler sua fanfic, pois bem, o episódio foi bem interessante, mostrando um pouco do Mundo Digital e já a cidade onde o vilão se encontra. Bem, eu achei a ideia da luta de classes parecido com um anime que eu assisti, Akame ga Kill, a história é bem parecida, o rei é uma criança, então é manipulado pelo ministro, e tem um grupo de rebeldes que querem matar eles para que a classe baixa possa viver num reino com igualdade. Isso já me deixou bastante entusiasmado para os próximos episódios, já que essa é a terceira ou quarta fanfic que eu leio com esse tema, e nenhuma me decepciona! xD
Achei interessante o fato de você usar um anjo para ser o vilão, eles sempre são representados como seres do bem e poucas vezes vimos no anime um Digimon angelical sendo do mal; nem conto Lucemon, já que a própria existência dele e no que ele baseado é para ser um ser maligno, e com o tempo & quando vai evoluindo ele vai se corrompendo mais e mais até se tornar em sua Satan Mode.
Como sempre o episódio foi ótimo e é sempre bom ver um capítulo onde não há batalhas, para assim conhecermos melhor os personagens e o universo onde eles estão situados. Espero ancioso pro próximo episódio.
Achei interessante o fato de você usar um anjo para ser o vilão, eles sempre são representados como seres do bem e poucas vezes vimos no anime um Digimon angelical sendo do mal; nem conto Lucemon, já que a própria existência dele e no que ele baseado é para ser um ser maligno, e com o tempo & quando vai evoluindo ele vai se corrompendo mais e mais até se tornar em sua Satan Mode.
Como sempre o episódio foi ótimo e é sempre bom ver um capítulo onde não há batalhas, para assim conhecermos melhor os personagens e o universo onde eles estão situados. Espero ancioso pro próximo episódio.
Re: Digimon - Digital Rebellion
Olar, Spirit! Tudo certo?
Bem, confesso que não tenho muito o que dizer sobre o capítulo dessa vez. Ele foi mais explicativo, mostrando a situação dos rebeldes e do Digital World, ao menos em partes. Luta de classes não é um tema tão incomum, mas vê-lo incrementando no universo dos Digimons parece bem interessante de se ver desenrolar.
Adorei o Gabumon! Ele sempre foi um dos meus digimons favoritos, incluindo suas variações e evoluções (embora eu não seja tão chegada no WereGarurumon mas isso é outro assunto), e ver ele sabendo que tem algo de errado com a Alister e segui-lo foi muito fofo. O garoto também. No começo fiquei meio pé atrás, mas ele está começando a me cativar! Confesso que tenho um fraco por rapaz de cabelos brancos e óculos, ainda mais que ele parece ter problemas aí virou crush (risos).
Por outro lado, fiquei meio irritada com a Floramon batendo na mesa o tempo todo. Ela pareceu só mais esquentadinha do que durona, mas ver ela crescendo como alguém mais maduro será legal. Sem muito o que dizer do Shinjirou, ele ficou meio apagado nesse capítulo, mas é normal já que o foco era outro.
Da Kara meio idem. Mostrou que ela tem algum problema com os pais, mas não houve muitas pistas então só cresceu a curiosidade. Mas já vou dizer que já tenho uma teoria! Não vou falar muito pra não dar dica pros outros caso eu esteja certa ou no caminho certo
A situação do Digital World me lembrou um pouco do Brasil em seus primeiros anos de colonização, quando um dos Pedros sei lá quantos (eu acho) ainda era uma criança quando precisou subir ao poder e os ministros que ficaram governando. Bom saber que a pequena Dominaemon possuí alguém de confiança em um meio duvidoso, mas ela é só uma criança. Não acho que o conselho dele seria adequado considerando essa situação. Sei que digimons funcionam diferente da gente, mas ficou claro que a menina não tem condições de lidar com a situação, seja pela maturidade, mental ou emocionalmente. Mas adorei saber que é um HolyAngemon! Foi minha paixão de infância (ainda é um pouco, na verdade).
Só queria comentar para tomar um pouco de cuidado sobre a questão dos ricos mesquinhos e figuras religiosos do mau. Entendo que é um campo amplo, mas já foi usado várias vezes em muitas histórias por aí. Sei que um clichê nem sempre é ruim se bem feito, mas ver esse esteriótipo tantas vezes cansa. Além disso, nem sempre as coisas são como parecem. Não vou ser chata e ficar te enchendo sobre sua história, mas a realidade pode ser bem diferente do que nós vemos nos livros de história por aí, que na realidade não são tão confiáveis assim.
Acho que já falei demais por aqui. Desculpe se ficou muito grande esse comentário! Estou ansiosa para ver mais da Kara e do Alistar! Adorei os dois demais e quero muito ver eles se desenvolverem mais!
Bem, confesso que não tenho muito o que dizer sobre o capítulo dessa vez. Ele foi mais explicativo, mostrando a situação dos rebeldes e do Digital World, ao menos em partes. Luta de classes não é um tema tão incomum, mas vê-lo incrementando no universo dos Digimons parece bem interessante de se ver desenrolar.
Adorei o Gabumon! Ele sempre foi um dos meus digimons favoritos, incluindo suas variações e evoluções (embora eu não seja tão chegada no WereGarurumon mas isso é outro assunto), e ver ele sabendo que tem algo de errado com a Alister e segui-lo foi muito fofo. O garoto também. No começo fiquei meio pé atrás, mas ele está começando a me cativar! Confesso que tenho um fraco por rapaz de cabelos brancos e óculos, ainda mais que ele parece ter problemas aí virou crush (risos).
Por outro lado, fiquei meio irritada com a Floramon batendo na mesa o tempo todo. Ela pareceu só mais esquentadinha do que durona, mas ver ela crescendo como alguém mais maduro será legal. Sem muito o que dizer do Shinjirou, ele ficou meio apagado nesse capítulo, mas é normal já que o foco era outro.
Da Kara meio idem. Mostrou que ela tem algum problema com os pais, mas não houve muitas pistas então só cresceu a curiosidade. Mas já vou dizer que já tenho uma teoria! Não vou falar muito pra não dar dica pros outros caso eu esteja certa ou no caminho certo
A situação do Digital World me lembrou um pouco do Brasil em seus primeiros anos de colonização, quando um dos Pedros sei lá quantos (eu acho) ainda era uma criança quando precisou subir ao poder e os ministros que ficaram governando. Bom saber que a pequena Dominaemon possuí alguém de confiança em um meio duvidoso, mas ela é só uma criança. Não acho que o conselho dele seria adequado considerando essa situação. Sei que digimons funcionam diferente da gente, mas ficou claro que a menina não tem condições de lidar com a situação, seja pela maturidade, mental ou emocionalmente. Mas adorei saber que é um HolyAngemon! Foi minha paixão de infância (ainda é um pouco, na verdade).
Só queria comentar para tomar um pouco de cuidado sobre a questão dos ricos mesquinhos e figuras religiosos do mau. Entendo que é um campo amplo, mas já foi usado várias vezes em muitas histórias por aí. Sei que um clichê nem sempre é ruim se bem feito, mas ver esse esteriótipo tantas vezes cansa. Além disso, nem sempre as coisas são como parecem. Não vou ser chata e ficar te enchendo sobre sua história, mas a realidade pode ser bem diferente do que nós vemos nos livros de história por aí, que na realidade não são tão confiáveis assim.
Acho que já falei demais por aqui. Desculpe se ficou muito grande esse comentário! Estou ansiosa para ver mais da Kara e do Alistar! Adorei os dois demais e quero muito ver eles se desenvolverem mais!
MidoriKyun
Younenki II- Mensagens : 41
Data de inscrição : 20/03/2016
Idade : 33
Re: Digimon - Digital Rebellion
como sempre,e como esperado de Spirit um longo e detalhado EP quem me dera ser bom assim na hora de escrever kkkk,emfim Floramon parece ser bem irritadinha e Gabumon parece ser o amigo que acalma ela,gostei da história e como esperado desse digimon Ere parece dejesar o trono ou algo assim,.
Curioso pra ver no que vai dar isso,e ansioso pela evo dos digimons emfim continue assim Spirit.
Curioso pra ver no que vai dar isso,e ansioso pela evo dos digimons emfim continue assim Spirit.
Pégaso
Seichouki- Mensagens : 220
Data de inscrição : 20/10/2015
Idade : 21
Re: Digimon - Digital Rebellion
Se me permite mais uma sugestão Spirit :
Virtuemon Linha Evolutiva :
Digiescolhido OC Kai :
Baby: Kiimon
In-Training: Yaamon
Rookie: Impmon: para esta comissão Impmon é um Digimon de status Sagrado, por isso sua cor muda para branco.
Champion: IceAngemon: A Versão Sagrada de IceDevimon.
Ultimate/Perfect : NeoAngemon: A Versão Sagrada de NeoDevimon. Ele lembra o Sephiroth (de Final Fantasy VII) por isso NeoAngemon, possui um par de asas negras estilo as asas de Sephiroth. Como ele é um Anjo Digimon Nível Ultimate/Perfect ele possui 4 pares de asas.
Mega: Virtuemon: Eu não estou certo se isso seria oficial em Digimon...mas ele supostamente seria a versão "Sagrada" de Beelzebumon, . Sobre os Anjos do Coro das Virtudes se diz o seguinte :VIRTUDES seriam o sexto Coro de Anjos.As atribuições dos Anjos deste Coro são semelhantes aquelas dos Anjos do Coro das Potestades, porque também eles transmitem aquilo que deve ser feito pelos outros Anjos, mas sobretudo, auxiliam no sentido de que as coisas sejam realizadas de modo perfeito. Assim, eles também têm a missão de remover os obstáculos que querem interferir no perfeito cumprimento das ordens do CRIADOR. São Tomás de Aquino lhes atribui ainda a missão de proteger a parte física das pessoas, do mesmo modo como ele atribui as Dominações, o poder de presidir à natureza celeste. São considerados Anjos fortes e viris. A eles é atribuído o controle sobre os astros e movimentos das Estrelas dos Céus e das Constelações.
Tamer: Kai que supostamente deveria ser baseado em T.K...mas ele age mais como Matt....
Virtuemon Linha Evolutiva :
Digiescolhido OC Kai :
Baby: Kiimon
In-Training: Yaamon
Rookie: Impmon: para esta comissão Impmon é um Digimon de status Sagrado, por isso sua cor muda para branco.
Champion: IceAngemon: A Versão Sagrada de IceDevimon.
Ultimate/Perfect : NeoAngemon: A Versão Sagrada de NeoDevimon. Ele lembra o Sephiroth (de Final Fantasy VII) por isso NeoAngemon, possui um par de asas negras estilo as asas de Sephiroth. Como ele é um Anjo Digimon Nível Ultimate/Perfect ele possui 4 pares de asas.
Mega: Virtuemon: Eu não estou certo se isso seria oficial em Digimon...mas ele supostamente seria a versão "Sagrada" de Beelzebumon, . Sobre os Anjos do Coro das Virtudes se diz o seguinte :VIRTUDES seriam o sexto Coro de Anjos.As atribuições dos Anjos deste Coro são semelhantes aquelas dos Anjos do Coro das Potestades, porque também eles transmitem aquilo que deve ser feito pelos outros Anjos, mas sobretudo, auxiliam no sentido de que as coisas sejam realizadas de modo perfeito. Assim, eles também têm a missão de remover os obstáculos que querem interferir no perfeito cumprimento das ordens do CRIADOR. São Tomás de Aquino lhes atribui ainda a missão de proteger a parte física das pessoas, do mesmo modo como ele atribui as Dominações, o poder de presidir à natureza celeste. São considerados Anjos fortes e viris. A eles é atribuído o controle sobre os astros e movimentos das Estrelas dos Céus e das Constelações.
Tamer: Kai que supostamente deveria ser baseado em T.K...mas ele age mais como Matt....
Última edição por KaiserLeomon em Seg 25 Abr 2016, 10:24 am, editado 3 vez(es)
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Re: Digimon - Digital Rebellion
Virtuemon Nível Mega :
NeoAngemon Nível Ultimate/Perfect :
IceAngemon Nível Champion :
Impmon ( Branco ) Nível Rookie :
NeoAngemon Nível Ultimate/Perfect :
IceAngemon Nível Champion :
Impmon ( Branco ) Nível Rookie :
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Re: Digimon - Digital Rebellion
Lucas::
Que bom que você teve tempo de se atualizar, e que bom que curte o tema, que aliás, eu adoro trabalhar. Nunca vi AgK, mas espero que não fique lá muito parecido, porque ainda tem muito a se mostrar tanto dos rebeldes quanto dos seus inimigos. E sobre inimigos, eu realmente adoro fazer as boas inversões, porque nem todo anjo é bonzinho, e nem todo demônio deve ser cruel só pela aparência.
Admito que esse é aquele capítulo "méh", que é parado e chato pra ser explicativo, assim eu posso trabalhar adiante mais facilmente, mas o próximo vai ser mais animado.
Midori::
Como eu disse pro Lucas, infelizmente esse capítulo é parado e explicativo, pra que eu não tenha muitas pontas soltas atrapalhando o próximo... Também foi o primeiro que teve uma interação de todos os seis, então digamos que foi um comecinho complicado, mas espero ir melhorando. Ademais, todos eles precisam amadurecer muito ao longo da história, admito.
Sobre a visão do DW, eu confesso que penso muito na nossa atualidade, mas sim, teve uma referência histórica na parte de ter uma criança ao trono. Esse, na verdade, vai ser talvez o maior ponto de discórdia nos pontos de vista, tanto dos rebeldes quanto dos legalistas. Porque não vale a pena fazer fic se não tem tretas!
Quanto a sua preocupação sobres os estereótipos de ricos e pobres, acho que posso dizer que você não vai se preocupar com isso, pois daqui a alguns capítulos, veremos muito da vida dos digimon, e como existem pensamentos diferentes em todas as classes. Até porque eu confesso que farei mais grupos além dos rebeldes apresentados agora, e os legalistas que eles se referem.
Nossa, tomara que fique bom!
Pegasus::
Hey, que bom que você gostou do capítulo, mas não se preocupe, questão de escrita é só prática. Gosto muito de trabalhar a química do Gabumon com a Floramon, e fico feliz que você goste também. Só quanto a Thronemon... Acho que ele ainda vai dar muito o que falar, hein.
Kaiser::
Maluco, curti o desing assustador desses anjos, mas acho que ele seria melhor colocado em outra fic... Que aliás já está em fase de planejamento!
Que bom que você teve tempo de se atualizar, e que bom que curte o tema, que aliás, eu adoro trabalhar. Nunca vi AgK, mas espero que não fique lá muito parecido, porque ainda tem muito a se mostrar tanto dos rebeldes quanto dos seus inimigos. E sobre inimigos, eu realmente adoro fazer as boas inversões, porque nem todo anjo é bonzinho, e nem todo demônio deve ser cruel só pela aparência.
Admito que esse é aquele capítulo "méh", que é parado e chato pra ser explicativo, assim eu posso trabalhar adiante mais facilmente, mas o próximo vai ser mais animado.
Midori::
Como eu disse pro Lucas, infelizmente esse capítulo é parado e explicativo, pra que eu não tenha muitas pontas soltas atrapalhando o próximo... Também foi o primeiro que teve uma interação de todos os seis, então digamos que foi um comecinho complicado, mas espero ir melhorando. Ademais, todos eles precisam amadurecer muito ao longo da história, admito.
Sobre a visão do DW, eu confesso que penso muito na nossa atualidade, mas sim, teve uma referência histórica na parte de ter uma criança ao trono. Esse, na verdade, vai ser talvez o maior ponto de discórdia nos pontos de vista, tanto dos rebeldes quanto dos legalistas. Porque não vale a pena fazer fic se não tem tretas!
Quanto a sua preocupação sobres os estereótipos de ricos e pobres, acho que posso dizer que você não vai se preocupar com isso, pois daqui a alguns capítulos, veremos muito da vida dos digimon, e como existem pensamentos diferentes em todas as classes. Até porque eu confesso que farei mais grupos além dos rebeldes apresentados agora, e os legalistas que eles se referem.
Nossa, tomara que fique bom!
Pegasus::
Hey, que bom que você gostou do capítulo, mas não se preocupe, questão de escrita é só prática. Gosto muito de trabalhar a química do Gabumon com a Floramon, e fico feliz que você goste também. Só quanto a Thronemon... Acho que ele ainda vai dar muito o que falar, hein.
Kaiser::
Maluco, curti o desing assustador desses anjos, mas acho que ele seria melhor colocado em outra fic... Que aliás já está em fase de planejamento!
Spirit
Younenki II- Mensagens : 57
Data de inscrição : 17/03/2016
Idade : 30
Re: Digimon - Digital Rebellion
Legal saber que você já esta planejando outra fanfic . Qual seria e quanto ainda deve demorar ?
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Re: Digimon - Digital Rebellion
Na verdade, seria um spin-off dessa mesma fic, contando o que aconteceu antes da rebelião. Mas devo começar mesmo só com o fim desta, sorry!
Spirit
Younenki II- Mensagens : 57
Data de inscrição : 17/03/2016
Idade : 30
Re: Digimon - Digital Rebellion
Entendo . Tudo bem quanto a isso Spirit . Mas se me permite dizer detesto " prequel " . Tudo hoje em dia é " prequel " . " Como tudo começou " . " Toda Saga tem um início " . " Toda grande saga tem que ter uma origem " etc e tal . Isso frustra a gente . As vezes é melhor deixar as coisas que são do passado no passado ... Star Wars Episódios I , II e III foram umas belas dumas mesblas . Os filmes de " O Hobbit " foram outras três grandes mesblas em que Peter Jackson conseguiu sumariamente arruinar todo o trabalho que o havia consagrado na trilogia de " O Senhor dos Anéis " . Se é para fazer uma mesbla que arruíne toda a historia que foi contada com uma historia de origens pretensiosa então é melhor nem conta-la ...
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Nossa... Bem, quando eu falo em histórias anteriores, eu penso em algo como "Saint Seiya, the Lost Canvas", onde na verdade a história é muito mais antiga, mas se passa no mesmo universo. Até porque, considerando o tempo no DW, faz séculos desde a chegada do último humano. Bem, ainda não tenho certeza.
Spirit
Younenki II- Mensagens : 57
Data de inscrição : 17/03/2016
Idade : 30
Re: Digimon - Digital Rebellion
São pouquíssimas as historias de origem que conseguem ser um sucesso igual Saint Seiya The Lost Canvas a maioria estão repletas de erros de continuidade e historias capengas e é justamente por essa razão que eu prefiro em vez de pensar no passado olhar para o futuro . Não se pode viver no passado Spirit . Só existe dor , arrependimento e lembranças no passado .
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Entendo o medo do Kaiser sobre prequels. É fato que a maioria é ruim, porém, temos que lembrar que o ambiente é completamente diferente aqui. Nos cinemas, quadrinhos e etc. sempre tem alguém por trás que é o responsável pela cagada que a história se torna.
Mas a Spirit está escrevendo com cuidado e carinho. É um caso bem diferente dessas grandes marcas. Eu acho que você deveria arriscar sim. Não acho que o fracasso de uma prequel ou continuação tire o valor do que foi feito antes, por exemplo o "Senhor dos Anéis" como o Kaiser disse. Não gostei tanto do Hobbit, embora tenha gostado sim. Não chega aos pés da primeira trilogia, mas isso a diminui? Claro que não!
Tente escrever sim, Spirit! Não custa tentar. Se não ficar bom, acho que a experiência já vai valer a pena.
Mas a Spirit está escrevendo com cuidado e carinho. É um caso bem diferente dessas grandes marcas. Eu acho que você deveria arriscar sim. Não acho que o fracasso de uma prequel ou continuação tire o valor do que foi feito antes, por exemplo o "Senhor dos Anéis" como o Kaiser disse. Não gostei tanto do Hobbit, embora tenha gostado sim. Não chega aos pés da primeira trilogia, mas isso a diminui? Claro que não!
Tente escrever sim, Spirit! Não custa tentar. Se não ficar bom, acho que a experiência já vai valer a pena.
MidoriKyun
Younenki II- Mensagens : 41
Data de inscrição : 20/03/2016
Idade : 33
Re: Digimon - Digital Rebellion
Nossa, gente, calma! Apesar de tudo, essa fic é só uma ideia distante, sendo que preciso primeiro acabar esta e ainda preparar terreno... Vai saber o que vai acontecer, né?
Mas, falando desta fic, hoje temos capítulo novo adiantado, porque estou entrando em processo de avaliação semestral dos meus funcionários e isso dá um trabalho que vocês nem imaginam, então tenho medo de demorar demais para trazer a continuação. Fiz este capítulo sem muito acesso à internet (enquanto montava algumas coisas pras avaliações e só com intervalos pra usar o celular),então se tiver algum erro de referência, me sinalizem que vou procurar corrigir!
Capítulo 4:
Um Intranquilo dia de Praia!
Coisas estranhas tem acontecido na praia de Odaiba. Vamos dar uma olhada no fim de semana. Conversamos melhor na escola!
A mensagem terminava com um emoticon de carinha sorridente, indicando que Shinjurou devia estar feliz quando a enviou para Kara, logo pela manhã. A garota a viu enquanto preparava o café, um tanto curiosa. – Eu nem sabia que tinha praia por aqui... – comentou, fazendo uma rápida pesquisa pelo Google, já que estava com o celular na mão. Achou um pouco estranho como a conexão de dados estava muito mais rápida que o normal.
- O que foi, Kara-chan? – Guilmon se aproximou, colocando as mãos sobre a pia para se esticar, tentando ver a tela também.
- Shinjurou quer investigar a praia, acha que tem algo estranho lá... – ela guardou o celular, colocando a mão na face ao olhar o digimon. – Precisamos achar algo para você vestir quando sair.
- Eu quero usar uma capa! – se animou o outro, erguendo as mãos enquanto corria pela sala, até que tropeçou e caiu por cima do pufe, todo desajeitado.
- Você ficaria adorável de capa... – disse a garota, colocando novamente um prato cheio de ovos mexidos perto dele. Para sua sorte, Guilmon aprendia rápido, e já podia ficar sozinho em casa sem lhe causar preocupações. – Comporte-se, sim?
E assim que o deixou assistindo seus animes, Kara recolheu sua bolsa e os cadernos, trancando a porta ao sair. Nem sabia bem porque fazia isso, já que o dragão podia muito bem fugir pela janela destruída. Enquanto andava pelas ruas, pegou o celular do bolso e novamente olhou para a mensagem recebida no dia anterior. O texto parecia tão forçado que ela sentia que havia sido feito de obrigação, e com os dedos trêmulos, respondeu da melhor forma que pôde. Diferente deles, a garota não sabia fingir sentimentos. “Estou bem, conheci boas pessoas aqui” respondeu de volta, incapaz de dizer algo mais. Bem, nem mesmo pessoalmente poderia contar a verdade a eles.
Quando chegou à escola, a primeira coisa que viu foi que Shinjurou e Alister estavam na entrada. Pareciam estar conversando, então ela notou que falavam rápido, talvez discutindo. Ao se aproximar, captou algumas palavras.
- Isso é ridículo, ninguém vai acreditar... – dizia o alemão, em um tom nervoso.
- O que foi? – ela perguntou, parando diante deles. Esperava que não estivessem brigando.
- Kara-chan! – diferente do outro garoto, Shinjurou parecia animado, retirando uma folha de papel do bolso e estendendo. Ao abrir, um nome chamou a atenção dela.
- Clube de Estudos Culturais? – leu em voz alta, sem entender.
- Eu pensei em criar um clube só nosso, assim podemos trabalhar nas nossas investigações sem ninguém desconfiar. – ele explicou, coçando a nuca de leve. Kara notou que as pulseiras de grama em seu pulso não eram as mesmas de antes. – Shima-sensei me autorizou, ela é tão ocupada que nem percebeu...
- Qual é o problema? – a garota se virou para Alister, que ajeitava os óculos na face. Olhando de perto, ele tinha até marquinhas na ponte no nariz, de tanto que fazia aquilo. – Parece uma boa desculpa...
- Os meus pais não vão aprovar. – ele respondeu de forma séria, voltando a face para baixo de forma que os óculos escondessem os olhos. – Está fora dos planos deles.
- Bem, eu pensei que poderia dar certo, já que vocês dois são estrangeiros... – Shinjurou pensou por um momento. – Ah! Você pode dizer que foi insistência dos professores, já que você não participa de nenhum outro clube.
- Eu não sei. – era óbvio que Alister queria negar.
- Acho que não custa nada... É só por uma semana, afinal. – Kara tentou ajudar, encolhendo um pouco os ombros.
- Tudo bem. – por fim, ele cedeu, ainda que não parecesse feliz. – Mas se algo der errado, eu irei embora.
- Perfeito! – o garoto moreno sorriu. – Agora vamos, quero mostrar a vocês as coisas estranhas na praia... – ele se afastou rumo ao interior do prédio, movendo a mão para que fosse seguido. No meio do caminho, cambaleou e quase caiu, se virando para os outros. – E-Está tudo bem!
--
- Vejam, essa era a praia até três dias atrás. – pelo celular, Shinjurou mostrava imagens da praia de Odaiba, um recanto feito de forma artificial na ilha. O lugar era realmente bonito, com as areias claras e limpas, de ondas pequenas e suaves, além de ter alguns pontos arborizados. Para turistas, um ótimo lugar para visitar. – E essas são fotos que as pessoas tiraram depois.
Ele então passou para outras fotos, a maioria fora de foco. Algumas mostravam algo parecido com cones de areia rodopiando, enquanto outras eram de grandes buracos feitos pelo chão, e as últimas contendo algo parecido com pedaços de vidro. – Estão dizendo que são apenas efeitos naturais do vento forte e falhas no solo, mas... – o japonês negou com a face.
- E as pessoas continuam indo para lá? – Kara se espantou.
- Na verdade, isso atraiu mais pessoas ainda. – sem
jeito, o moreno ergueu os ombros. – Mas acho que isso é algo bom, pois não iremos chamar atenção.
- Deve estar cheio de gente esquisita. – Alister resumiu, cruzando os braços. Incomodado, olhou em volta. – O que todos estão olhando?
Sua pergunta fazia sentido, pois recebiam olhares curiosos de vários alunos enquanto os mesmos estavam amontoados em pequenos grupos para almoçar. Kara se recusava a virar a face e encará-los, voltando a sentir como uma aberração e sem querer imaginar o que deviam estar falando. Talvez nunca fosse ser aceita naquele lugar...
- Eles acham que vocês estão namorando. – Shinjurou riu de leve enquanto guardava o celular.
- O que?! – a garota se apavorou, colocando as mãos na face, que ficou corada. Ao seu lado, o garoto grisalho virou a face para o lado.
- Estou brincando, relaxe! – o moreno se apressou a explicar, ainda achando graça. Como Alister ainda estava congelado na mesma posição e Kara estava vermelha, resolveu mudar de assunto. – Bem, precisamos achar uma forma de chegar na praia para investigar.
- Posso cuidar disso. – o alemão disse com um tom controlado, embora ainda não olhasse para a garota ao seu lado. – Vou busca-los na sua casa, Kara, amanhã de manhã. – como a garota havia chegado no meio da semana, devido à pressa em ser ingressada, aquele era o último dia de aula que tinham.
- Tudo bem... – ainda corada, ela se ergueu, segurando as mãos juntas. – Já volto, meninos...
E, enquanto ela corria para o banheiro a fim de molhar o rosto, a fim de ficar menos quente, Alister se virou para Shinjurou, encarando-o sério. – Eles não pensam isso mesmo, não é?
- Ah... – o moreno ergueu os olhos com um ar inocente. – Andaram me perguntando se vocês estavam saindo...
--
Naquele sábado, logo cedo Kara já estava acordada, ocupada em vestir Guilmon de forma a esconder sua real aparência. Em uma loja barata em seu caminho, tinha comprado uma capa de chuva de cor azul, tão longa que caía ao chão, escondendo mesmo sua cauda, o capuz cobrindo suas orelhas e as mangas, suas garras. Após fechar a veste em seu peito, colocou-lhe um par de botas grandes o suficiente para esconder suas patas. Por fim, cobriu sua face com uma máscara branca, deixando apenas seus olhos de fora.
- Bem, está pronto... – ela se ergueu ao terminar, observando-o todo coberto.
- Como eu estou, Kara-chan? – mesmo por baixo da capa de chuva, era possível ver o movimento da cauda dele, indo de um lado para o outro.
- Esquisito... – suspirou a garota. Esperava que as pessoas pensassem que ele tivesse alguma doença e evitassem se aproximar, mas não sabia muito sobre como os japoneses agiam nesses casos. Só podia contar com a sorte. – Guil, nós vamos para um lugar cheio de pessoas, então você tem que ficar coberto e perto de mim o tempo todo, entendido?
- Pode deixar! – ele concordou, colocando a mão na face, sua voz saindo ligeiramente abafada pelo tecido.
- Bom garoto... – satisfeita, ela se afastou para arrumar sua bolsa, tirando os materiais escolares, trocando por algumas coisas que precisaria. Pouco tempo depois, ouviu batidas na porta, reconhecendo quem era assim que atendeu. – Olá...
- Kara-chan, bom dia! – respondeu Shinjurou, erguendo uma das mãos para cumprimentar. O garoto já estava pronto, usando uma bermuda que parecia ter sido um jeans que ele cortara as pernas, chinelos escuros e uma regata branca. Mais uma vez, novas pulseiras de grama decoravam seus pulsos. Ao seu lado, Floramon estava escondida dentro de um kimono negro que arrastava pelo chão, com uma faixa verde na cintura e um lenço da mesma cor sobre a cabeça, novamente com o rosto cheio de pó de arroz.
- Até que essa roupa ficou boa em mim... – disse a digimon planta, erguendo um pouco os braços.
- Você ficou elegante assim. – o garoto sorriu, colocando as mãos nos bolsos. – Vocês já estão prontos?
- Ah, sim... Venha, Guil! – chamou enquanto saía, esperando que o digimon rubro fizesse o mesmo para trancar a porta.
- Bom dia, Guilmon. – cumprimentou o garoto, olhando para os dois. – Boa escolha de roupas.
- Foi difícil achar algo do tamanho dele... – concordou a outra, se aproximando deles. Optara por uma roupa simples, um vestido de tecido leve branco com uma sandália de tiras. Seus cabelos estavam trançados, e sobre eles, colocara um óculos de sol, ao estilo “aviador”. – Mas acho que ficou bom.
- Você também fica bem assim, Kara-chan. – o japonês riu um pouco, vendo como ela ficava desconsertada, com os ombros retraídos.
- Ah, sim... – procurou mudar de assunto. – Tomara que Alister não demore para chegar.
- Não se preocupe com isso. – Shinjurou moveu de leve a mão. – Nunca ouviu falar em pontualidade germânica? – brincou.
A menina ia responder, quando parou subitamente e olhou para o lado, preocupada. Guilmon se curvou e crispou as garras mesmo por baixo das mangas e Floramon também se preparou para atacar, mas no momento seguinte, um gato saltou por entre alguns arbustos, atravessando a rua correndo. – Desculpe. – Kara suspirou. – Acho que isso tudo me deixou paranoica...
- A líder sempre diz que é bom andar desconfiado de tudo. – a digimon planta respondeu, mais séria. Deu alguns passos, já indo investigar as moitas, quando um automóvel dobrou a esquina, parando diante deles.
O carro, de um modelo Espada reformado e com aparência mais nova, tinha a pintura preta e vidros obscurecidos para que não se pudesse ver o interior. A porta direita então se abriu, e de lá saiu Alister, vestido com uma bermuda que ia até seus joelhos e uma camisa azul clara. Devido às roupas mais curtas, era possível ver que seus braços e pernas eram mais pálidos que as mãos, sinal de que não pegava sol naqueles pontos. Apesar da mudança nas vestes, ainda estava perfeitamente alinhado, sem nem mesmo um fio de cabelo fora do lugar.
- Bom dia. – ele cumprimento, ajeitando os óculos. – Vamos? – convidou, enquanto dava a volta para abrir a porta da parte traseira.
- Ei! – lá dentro, Gabumon estendeu a mão para os demais. Estava também com um casaco escondendo-o, além de um cachecol em torno do rosto e um chapéu de abas longas para esconder o chifre. Com um suspiro, se esticou no banco. – Cara, esse tal ar-condicionado é incrível... Por que não tem isso de onde a gente veio?
- Já sabemos que você é calorento, agora abre espaço! – correndo, Floramon pulou para dentro do veículo. – Eu quero a janela!
Logo todos se ajeitaram na parte de trás, enquanto Alister ia na frente, e o carro arrancou, se afastando dali. Só então as moitas se agitaram e delas saíram duas criaturas pequenas: Gotsumon, o anãozinho de pedra, e Kokuwamon, o inseto de metal, ambos cobertos de folhas e arranhões finos. – Que bicho maldito aquele! – disse o digimon rochoso, irritado, antes de olhar para cima. – E por que você não fez nada?
Do teto, Falcomon desceu planando com as asas esticadas, pousando sem fazer ruído. – Ué, você precisava de ajuda pra lutar com aquilo?
- Não é isso! – ele bufou, fechando os punhos. – E agora temos que segui-los!
- Mas eles estão indo para a praia... – Kokuwamon disse um tanto nervoso, roçando suas mãos de teaser umas nas outras, gerando faíscas. – É lá que está o...
- Não me interessa! – Gotsumon o interrompeu. – Vamos vigiá-los de perto!
- Ok... – dando de ombros, o digimon pássaro segurou Kokuwamon com as pernas e bateu as asas, alçando voo, levando o inseto consigo. – Vemos você lá!
- Esperem! Não me deixem aqui, seus idiotas! – gritou o anão de pedra, agitando os punhos, não tendo outra opção a não ser correr atrás deles. – Eu odeio esse cara!
--
- Krane-kun, este é um carro importado, não? – Shinjurou puxou assunto, enquanto segurava Floramon em seu colo, deixando-a ver a paisagem pela janela. Ao lado dele estavam Gabumon e Guilmon, com Kara contra a outra janela, para ter espaço para todos. – O seu amigo está dirigindo do lado esquerdo...
- Ele não é meu amigo. – o alemão corrigiu, com os braços cruzados, olhando fixamente para frente. – Bastian trabalha para meu pai, e me acompanha nessas ocasiões.
- Ainda é impressionante... Seus pais devem ter cargos importantes. – ele tentou de novo.
- Sim. – não bastasse o tom frio que Alister usou para responder, Gabumon cutucou o outro, negando com a face. Quando o moreno olhou confuso, o digimon branco apenas deu de ombros.
Um silêncio tenso caiu sobre todos após isso, mas em pouco tempo já haviam chegado a seu destino. Quando pararam, tanto o alemão quanto o homem que o acompanhava saíram, o segundo indo abrir as portas para os passageiros. – Obrigado... – disse Kara, quando saiu antes que os outros, podendo vê-lo mais de perto. Bastian era alto, mas também esguio e aparentava ter seus quarenta anos, o que não combinava com um guarda-costas, e sua postura mais aberta, além dos cabelos um tanto arrepiados, indicavam que também não fazia o estilo mordomo.
- Não há de que, senhorita. – ele respondeu, com uma forte pronuncia alemã. Em seguida, olhou para Alister, do outro lado. – Virei busca-los aqui no horário marcado. Cuidem-se e aproveitem o dia o seu dia de praia.
- Isso não é um dia de praia! – respondeu o garoto grisalho, mas a essa altura, o homem já tinha entrado no automóvel, se afastando deles. Frustrado, voltou a mexer nos óculos. – Bem, vamos investigar.
Para Kara, o local era mesmo impressionante. Não só era muito bem cuidado e tranquilo, como a vista era impressionante, tão próxima das cidades e da Rainbow Bridge. Ainda no passadiço de madeira, a garota tirou as sandálias e as segurou na mão enquanto pisava na areia, se virando para os outros dois. – Eu adorei... Venha, Guil! – ela chamou o digimon, esperando que ele se aproximasse para segurar sua mão, puxando-o pela a areia fina até perto do mar. Curioso, o dragão se abaixou perto das ondas pequenas e bateu com as garras nelas, espalhando água. Quando respingou na moça, ela sorriu um pouco, colocando as mãos sobre os joelhos para vê-lo mais de perto.
- Eles estão se dando muito bem, não é? – Shinjurou puxou assunto, parando ao lado do outro garoto.
- Sim. Mas não vamos perder o foco.
- Com certeza... Bom, eu vou pegar alguns refrigerantes! – o moreno bateu de leve no ombro de Alister e se afastou rumo a algumas vendinhas ali perto.
- Ei! – o alemão até chamou, mas era tarde demais. – Certo, seremos só nós... – dito isso, ele se virou para os outros dois digimon, vendo Floramon com a face erguida e os braços esticados.
- Que sol bom pra fazer fotossíntese! – ela disse, alheia ao que acontecia.
- Eu vou derreter... – quanto a Gabumon, este já estava caído no chão como uma trouxinha de roupas.
- Isso vai ser difícil... – suspirou o garoto grisalho.
Ao chegar na vendinha, o japonês pediu por três garrafas, e enquanto se encostava no balcão para esperar, virou a face, se espantando. Era impossível não reconhecer a mulher ao seu lado, com seus cabelos lilases curtos e olhos escuros fixos em algumas anotações e fotos embaçadas. – Shima-sensei? – ele chamou, fazendo-a levar um susto e colocar as mãos sobre as folhas no balcão.
- Ootono-kun! O que faz aqui?
- Vim aproveitar a praia com alguns amigos... – o garoto respondeu enquanto pegava as garrafas e pagava por elas. – Você também?
- Sim, sim! – a professora respondeu apressadamente, amontoando os papéis sob as mãos e os empurrando para dentro uma bolsa, onde também era possível ver um notebook e uma câmera profissional. – Bem, espero que se divirta!
- Você também... – ainda confuso, Shinjurou se afastou um pouco. – Bem, até mais. – despediu-se.
Não demorou muito, encontrou os outros na beira do mar, brincando de jogar água em Gabumon, deixando suas roupas molhadas enquanto Alister os observava, mais afastado. – Se refrescando? – perguntou enquanto parava junto deles, sentindo as ondas em seus pés.
- Isso é gelado! – como um predador, o digimon branco avançou para cima do japonês, quase derrubando-o para pegar a garrafa. Num gesto rápido, arrancou a tampa e virou metade do conteúdo de um único gole. – Aaah, bem melhor! – suspirou, esticando os braços, mas nem percebeu que, com isso, acabou derramando o refresco em quem estava mais próximo.
- Ah! Meu vestido... – Kara olhou desanimada para a grande mancha molhada na frente do tecido branco.
- D-Desculpa! – Gabumon agitou os braços, esfregando as mangas longas na mancha, mas ela apenas aumentava.
- Tinha que ser você... – Floramon negou com a face.
- Vamos, não parece tão ruim. – Shinjurou se aproximou um pouco, mas Guilmon foi mais rápido.
- Por que você não tira ele, Kara-chan? Eu te ajudo! – e, dito isso, o digimon segurou a veste e ergueu facilmente, tirando com um puxão.
- O-O que?! – apavorada, a garota se deu conta de que estava usando apenas um biquíni branco de amarrar, deixando o corpo fino exposto. Tentou se cobrir com os braços, com a face corada. – N-Não olhem!
Acatando seu pedido, os garotos olharam para o lado e Gabumon olhou para baixo, mas mesmo assim, ela começou a tremer. – Todos vão olhar pra mim de novo...
- Eles olham porque você é bonita! – sorriu o dragão rubro, de modo inocente. Isso só a fez tentar se esconder mais.
- Claro que não... Pareço uma aberração aqui...
- Por que você acha isso? – apesar do pedido dela, Shinjurou ergueu a face, coçando a bochecha. – Pessoas como você são exóticas e interessantes... Os garotos até acham você parecida com uma personagem de anime. Não é, Krane-kun?
- ...Sim. – o grisalho respondeu, com as lentes dos óculos embaçadas, se esforçando para não olhar também.
- Eu... Eu não fazia ideia... – apressadamente Kara amarrou o vestido dobrado em torno da cintura, improvisando uma saia. Segurou uma ponta do tecido, pois as mãos ainda tremiam. – Vamos investigar...?
--
Algumas horas haviam se passado, mas mesmo percorrendo boa parte da praia, não conseguiram muitas evidências. Em um ponto perto de um conjunto de plantas, encontraram vários pontos onde a areia abaixava, e uma ou duas árvores com o tronco quebrado, nada além disso. No fim, decidiram parar por ali, pois as sombras geradas pelas árvores os protegiam dos raios forte de sol, principalmente para Gabumon, que ofegava sob seu casaco. Vez ou outra ele corria e mergulhava na água, mas parecia não ajudar muito.
- Ou a coisa que estava aqui se foi, ou é muito discreta. – Alister concluiu, olhando as dunas com os braços cruzados.
- Será que devemos desistir? – sentada ali perto, Kara observava Guilmon enterrando as pernas de Shinjurou na areia, enquanto Floramon estava parada com os braços esticados, sentindo os raios de sol nos pontos expostos. Tudo parecia tão calmo que era difícil pensar que algum monstro podia estar escondido ali. – Pelo menos, foi divertido ficar com vocês...
- Se eu soubesse que seria assim, não teria... – ele começou, mas se calou quando a suave brisa soprou mais forte e mais quente, agitando os cabelos e roupas, aumentando as dunas. Parou segundos depois, tão rápido quanto começara. – Mas o que foi isso?
- Vocês sentiram isso? – com as pernas cheias de areia, o garoto moreno se aproximou.
- Argh, esse ar quente vai secar as minhas pétalas! – reclamou Floramon, agitando as mãos. As folhas secaram quando uma nova brisa quente soprou, bagunçando seu kimono e derrubando o lenço.
- Guilmon! – na terceira vez, a garota se aproximou do digimon, que estava muito quieto. Percebeu que ele estava farejando o ar agitado, as presas furando aquela máscara branca quando rosnou baixo. – O que foi...?
- JÁ CHEGA! – gritou Gabumon, chamando a atenção de todos. – Esse calor tá me matando! EU VOU FICAR PELADÃO MESMO!
E, dito isso, ele tirou tanto as roupas humanas quanto o seu “casaco de pele”, deixando todos ao chão. Mostrava-se, assim, como um lagarto branco atarracado, com pernas grossas e braços meio compridos, bem menos perigoso e mais esquisito do que com a pele. Quando percebeu todos olhando chocados em sua direção, se desanimou. – Qual é, eu não sou tão feio assim e... – antes que pudesse terminar, um rugido fez o ar estremecer, um ciclone de areia enorme envolvendo aquela parte da praia, isolando-os do resto. – EITA! – apressado, o lagarto branco recolheu seu casaco enquanto corria para junto dos outros, vendo uma forma surgindo debaixo da areia.
O que saiu do chão era enorme, com pelo menos três metros de altura, e tinha a forma de um lagarto com postura bípede. Seu corpo era musculoso e alaranjado, com uma cauda coberto de metal, assim como seu ombro direito. A parte de cima de sua cabeça era coberta por uma crosta marrom, com apenas um dos olhos expostos e um chifre recurvado, além de ter o braço direito muito maior do que o resto do corpo, armado de garras longas.
- É gigante! – Shinjurou tentou recuar, mas não conseguia atravessar a parede formada pela areia girando em volta deles. Algumas coisas voavam por causa do vento, e nisso Kara viu sua bolsa, pulando para pegá-la. Lá dentro, seu celular vibrava, mostrando uma notificação na dex. Ao clicar, apareceu a imagem do novo mostro. Seu nome era Cyclomon, com atributo Vírus e nível Campeão.
- Cyclomon... – ela repetiu, abaixando os óculos na face para ver melhor. – É do mesmo nível de Fangmon.
- Parece ser mais forte. Não vamos abaixar a guarda. – avisou Alister, olhando fixamente para o monstro que se avolumava dentro do ciclone.
- Esse tamanho todo não me assusta! – Floramon se livrou das roupas, correndo na direção de Cyclomon, esticando as mãos. – Rain of Pollen! – lançou sua nuvem de pó venenoso, mas ela flutuou por um metro e logo foi dissipada pelos ventos.
- Ridículo... – o grande ciclope rosnou. Em seguida, com um movimento do braço direito, lançou outra onda de ar quente, derrubando a digimon planta, que ficou mais seca, algumas pétalas de seu pescoço chegando a rachar. – Eu não encontrarei o meu rival digno aqui. Matar vocês não terá nenhum significado. Eu não queria estar aqui... - ele falava consigo mesmo.
- Blue Blaster! – Gabumon atacou lançando uma rajada de fogo azul em sua face coberta, mas fez apenas uma pequena marca na crosta que a recobria. Com um movimento da cauda, Cyclomon o empurrou para trás, fazendo-o ser pego pelo ciclone, onde rodou algumas vezes antes de cair na areia.
Por um momento, Alister abandonou sua postura fria, correndo até o digimon branco. Abaixou-se, tocando suas costas. – Você está bem? – perguntou, mas recebeu apenas um gemido como resposta.
- Kara-chan! – chamou Shinjurou, abraçando Floramon contra o peito para protege-la, recuando o quanto podia. – Não podemos lutar com ele! Precisamos encontrar uma forma de fugir, chame o Guilmon!
- Sim! – ela concordou, segurando os óculos para enxergar a vota. Para seu pavor, encontrou o digimon rubro atacando a perna do inimigo com suas garras, mas ele parecia nem sentir o que fazia. – Guil, saia daí!
- Não vou deixar ele machucar ninguém! – devolveu o dragão menor, para então fincar a presas em sua perna, o que chamou sua atenção.
- E ainda tem mais um... – com um rosnado, Cyclomon ergueu seu braço direito, o maior, descendo-o com força. – Arm Bomber!
Após a ordem, o ciclope bateu o punho sobre Guilmon, com tanta força que chegou a empurrar os outros para trás. Pensando que ele havia matado seu amigo, Kara cobriu a boca com a mão e sentiu os olhos encherem de lágrimas, mas percebeu que o dragão rubro resistia, usando os braços para se defender enquanto o inimigo empurrava mais a grande mão, querendo esmaga-lo. Queria gritar para ele fugir porque não era forte o suficiente, mas ao ver como se esforçava, soube que dizer aquilo acabaria com suas esperanças. Se fossem partir, então não importava lhe fazer sentir um pouco melhor, e com esse pensamento, disse exatamente o oposto do que deveria.
- Guil... Acabe com ele! – apertou as mãos, segurando o celular com força. – Mostre a sua força!
O efeito daquelas palavras foi inacreditável, pois logo em seguida o aparelho na mão da garota tremeu tanto que ela teve que olhar para a tela, que abrira novamente o aplicativo de “evolução”, mostrando a barra vazia com o nome Champion se preenchendo rapidamente. Quando chegou aos 100%, a tela passou a exibir aquele mesmo símbolo estranho. Em seguida vieram as luzes vermelhas, surgindo abaixo do punho de Cyclomon, tão claras que fizeram-no recuar, cobrindo o olho com a mão esquerda.
- Guilmon... EVOLUÇÃO! – ouviu-se a voz aguda junto à claridade, antes que ela aumentasse. Então simplesmente sumiu, revelando sua nova forma. O pequeno dragão agora tinha mais de dois metros de altura, com a postura alinhada, sem precisar se curvar. Seu corpo rubro era alongado e mais fino que o inimigo, com uma cauda mais longa. Suas escamas agora eram decoradas com manchas pretas que pareciam listras, tendo alguns cintos de couro amarrados em volta das mãos, que terminavam em longas unhas afiadas. Sua face draconiana ficava mais fina na ponta, as presas sobressaindo por baixo dos lábios, suas orelhas escondidas atrás de dois chifres brancos curvados para trás. E havia os espinhos, espigões afiados de vários tamanhos pontilhando suas costas e cauda, saindo em furos por entre os cintos nas mãos, alguns na face e nos ombros. – Thorndramon! – anunciou, com a voz grossa.
- Ele mudou de novo... – Kara não conseguia desviar o olhar daquele novo e impressionante digimon.
- Uma evolução anômala! – disse uma espantada Floramon.
- Esse foi um bom truque, garoto. Prepare-se! – Cyclomon parecia mais animado agora, armando um soco contra o recém-evoluído. – Arm Bomber!
Em resposta, Thorndramon socou de volta, sua mão coberta por uma camada de luz rubra. – Draco Punch! – gritou quando os punhos se chocaram, o que gerou uma onda de força que quase derrubou os demais. Ficaram assim por alguns segundos, até que com um estralo, o braço gigante do ciclope de virou na direção contrária (Shinjurou chegou a virar a face para não ver), arrancando-lhe um gemido de dor. Aproveitando então a chance, o dragão o socou com o outro punho na face, rachando sua proteção dali e o derrubando no chão, formando um buraco na areia.
E, mesmo com o braço quebrado e a face rachada, Cyclomon se forçou a levantar, preparando outro ataque. – Hyper Heat! – lançou outra vez uma onda de calor, mas seu adversário estava preparado.
Thorndramon preparou seu próprio ataque, juntando os braços de forma que as costas das mãos ficassem apontadas para o ciclope. Os espinhos dali então aumentaram, as pontas inflamando antes de voarem em sua direção com a próxima ordem. – Fire Spine!
E, devido ao calor do ataque do próprio ciclope, o fogo nos espinhos apenas aumentou, se fincando em seu corpo de forma tão rápida que ele foi jogado para trás, atravessando o tornado de areia, caindo no mar tranquilo. Com a derrota, os ventos foram perdendo a força, as areias abaixando.
- Vá embora. – disse o dragão rubro, avançando alguns passos. – Eu não quero brigar com você. – Para seu espanto, o outro riu baixo enquanto jogava um pequeno cubinho para cima, abrindo um portal enquanto caía, semelhante ao que Fangmon usara para escapar.
- Acho que me enganei, valeu a pena vir... – se limitou a dizer, sendo tragado pela passagem, que desapareceu em seguida. O dispositivo se perdeu no mar.
As areias então caíram, assim como todas as coisas que voavam junto delas, mostrando alguns pontos do chão transformados em vidro, onde os ataques quentes haviam colidido. Hesitante, Kara se aproximou de Thorndramon, se perguntando como poderia esconder um monstro daquele tamanho, esticando a mão para tocar em um ponto de suas mãos que não tinha espinhos. Recebeu a resposta de suas dúvidas em seguida, pois as luzes voltaram a cobrir seu corpo, e quando apagaram, tudo o que havia era um pequeno e cansado Guilmon, que ela teve que abraçar para que não caísse. Ele estava ofegante quando ergueu os olhos azuis.
- Eu... Fui bem...? – perguntou em voz baixa.
- Sim... – a garota sorriu enquanto o apertava contra si, beijando seu focinho. Poderia ficar o dia todo com ele daquela forma, mas ouviu os outros lhe chamando enquanto recolhiam as roupas espalhadas. Logo os curiosos viriam para ver o que tinha acontecido, e eles não podiam ser encontrados ali.
Ocupados em recolher os pertencer e vestir apressadamente os digimon enquanto se afastavam dali, nenhum deles percebeu um pequeno grupo os observando, escondidos no meio da vegetação próxima desde que a luta começara.
- Viram aquilo? – espantado, Kokuwamon bateu a areia sobre seu corpo, emitindo pequenas faíscas. – Os humanos são mesmo incríveis...
- Isso não foi nada! Ele só evoluiu por uns minutos! – Gotsumon, mesmo se agitando, ainda tinha grãos claros entre as pedras do corpo. – Vocês vão ver, eu vou acabar com eles! – declarou decidido, se afastando por entre as plantas.
- Acha que ele tem chance? – o inseto de metal olhou para cima, onde Falcomon estava sobre uma baixa árvore de folhas longas.
- Até parece. – ele deu de ombros. – To só esperando pra ver ele apanhar.
Mas, falando desta fic, hoje temos capítulo novo adiantado, porque estou entrando em processo de avaliação semestral dos meus funcionários e isso dá um trabalho que vocês nem imaginam, então tenho medo de demorar demais para trazer a continuação. Fiz este capítulo sem muito acesso à internet (enquanto montava algumas coisas pras avaliações e só com intervalos pra usar o celular),então se tiver algum erro de referência, me sinalizem que vou procurar corrigir!
Capítulo 4:
Um Intranquilo dia de Praia!
Coisas estranhas tem acontecido na praia de Odaiba. Vamos dar uma olhada no fim de semana. Conversamos melhor na escola!
A mensagem terminava com um emoticon de carinha sorridente, indicando que Shinjurou devia estar feliz quando a enviou para Kara, logo pela manhã. A garota a viu enquanto preparava o café, um tanto curiosa. – Eu nem sabia que tinha praia por aqui... – comentou, fazendo uma rápida pesquisa pelo Google, já que estava com o celular na mão. Achou um pouco estranho como a conexão de dados estava muito mais rápida que o normal.
- O que foi, Kara-chan? – Guilmon se aproximou, colocando as mãos sobre a pia para se esticar, tentando ver a tela também.
- Shinjurou quer investigar a praia, acha que tem algo estranho lá... – ela guardou o celular, colocando a mão na face ao olhar o digimon. – Precisamos achar algo para você vestir quando sair.
- Eu quero usar uma capa! – se animou o outro, erguendo as mãos enquanto corria pela sala, até que tropeçou e caiu por cima do pufe, todo desajeitado.
- Você ficaria adorável de capa... – disse a garota, colocando novamente um prato cheio de ovos mexidos perto dele. Para sua sorte, Guilmon aprendia rápido, e já podia ficar sozinho em casa sem lhe causar preocupações. – Comporte-se, sim?
E assim que o deixou assistindo seus animes, Kara recolheu sua bolsa e os cadernos, trancando a porta ao sair. Nem sabia bem porque fazia isso, já que o dragão podia muito bem fugir pela janela destruída. Enquanto andava pelas ruas, pegou o celular do bolso e novamente olhou para a mensagem recebida no dia anterior. O texto parecia tão forçado que ela sentia que havia sido feito de obrigação, e com os dedos trêmulos, respondeu da melhor forma que pôde. Diferente deles, a garota não sabia fingir sentimentos. “Estou bem, conheci boas pessoas aqui” respondeu de volta, incapaz de dizer algo mais. Bem, nem mesmo pessoalmente poderia contar a verdade a eles.
Quando chegou à escola, a primeira coisa que viu foi que Shinjurou e Alister estavam na entrada. Pareciam estar conversando, então ela notou que falavam rápido, talvez discutindo. Ao se aproximar, captou algumas palavras.
- Isso é ridículo, ninguém vai acreditar... – dizia o alemão, em um tom nervoso.
- O que foi? – ela perguntou, parando diante deles. Esperava que não estivessem brigando.
- Kara-chan! – diferente do outro garoto, Shinjurou parecia animado, retirando uma folha de papel do bolso e estendendo. Ao abrir, um nome chamou a atenção dela.
- Clube de Estudos Culturais? – leu em voz alta, sem entender.
- Eu pensei em criar um clube só nosso, assim podemos trabalhar nas nossas investigações sem ninguém desconfiar. – ele explicou, coçando a nuca de leve. Kara notou que as pulseiras de grama em seu pulso não eram as mesmas de antes. – Shima-sensei me autorizou, ela é tão ocupada que nem percebeu...
- Qual é o problema? – a garota se virou para Alister, que ajeitava os óculos na face. Olhando de perto, ele tinha até marquinhas na ponte no nariz, de tanto que fazia aquilo. – Parece uma boa desculpa...
- Os meus pais não vão aprovar. – ele respondeu de forma séria, voltando a face para baixo de forma que os óculos escondessem os olhos. – Está fora dos planos deles.
- Bem, eu pensei que poderia dar certo, já que vocês dois são estrangeiros... – Shinjurou pensou por um momento. – Ah! Você pode dizer que foi insistência dos professores, já que você não participa de nenhum outro clube.
- Eu não sei. – era óbvio que Alister queria negar.
- Acho que não custa nada... É só por uma semana, afinal. – Kara tentou ajudar, encolhendo um pouco os ombros.
- Tudo bem. – por fim, ele cedeu, ainda que não parecesse feliz. – Mas se algo der errado, eu irei embora.
- Perfeito! – o garoto moreno sorriu. – Agora vamos, quero mostrar a vocês as coisas estranhas na praia... – ele se afastou rumo ao interior do prédio, movendo a mão para que fosse seguido. No meio do caminho, cambaleou e quase caiu, se virando para os outros. – E-Está tudo bem!
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- Vejam, essa era a praia até três dias atrás. – pelo celular, Shinjurou mostrava imagens da praia de Odaiba, um recanto feito de forma artificial na ilha. O lugar era realmente bonito, com as areias claras e limpas, de ondas pequenas e suaves, além de ter alguns pontos arborizados. Para turistas, um ótimo lugar para visitar. – E essas são fotos que as pessoas tiraram depois.
Ele então passou para outras fotos, a maioria fora de foco. Algumas mostravam algo parecido com cones de areia rodopiando, enquanto outras eram de grandes buracos feitos pelo chão, e as últimas contendo algo parecido com pedaços de vidro. – Estão dizendo que são apenas efeitos naturais do vento forte e falhas no solo, mas... – o japonês negou com a face.
- E as pessoas continuam indo para lá? – Kara se espantou.
- Na verdade, isso atraiu mais pessoas ainda. – sem
jeito, o moreno ergueu os ombros. – Mas acho que isso é algo bom, pois não iremos chamar atenção.
- Deve estar cheio de gente esquisita. – Alister resumiu, cruzando os braços. Incomodado, olhou em volta. – O que todos estão olhando?
Sua pergunta fazia sentido, pois recebiam olhares curiosos de vários alunos enquanto os mesmos estavam amontoados em pequenos grupos para almoçar. Kara se recusava a virar a face e encará-los, voltando a sentir como uma aberração e sem querer imaginar o que deviam estar falando. Talvez nunca fosse ser aceita naquele lugar...
- Eles acham que vocês estão namorando. – Shinjurou riu de leve enquanto guardava o celular.
- O que?! – a garota se apavorou, colocando as mãos na face, que ficou corada. Ao seu lado, o garoto grisalho virou a face para o lado.
- Estou brincando, relaxe! – o moreno se apressou a explicar, ainda achando graça. Como Alister ainda estava congelado na mesma posição e Kara estava vermelha, resolveu mudar de assunto. – Bem, precisamos achar uma forma de chegar na praia para investigar.
- Posso cuidar disso. – o alemão disse com um tom controlado, embora ainda não olhasse para a garota ao seu lado. – Vou busca-los na sua casa, Kara, amanhã de manhã. – como a garota havia chegado no meio da semana, devido à pressa em ser ingressada, aquele era o último dia de aula que tinham.
- Tudo bem... – ainda corada, ela se ergueu, segurando as mãos juntas. – Já volto, meninos...
E, enquanto ela corria para o banheiro a fim de molhar o rosto, a fim de ficar menos quente, Alister se virou para Shinjurou, encarando-o sério. – Eles não pensam isso mesmo, não é?
- Ah... – o moreno ergueu os olhos com um ar inocente. – Andaram me perguntando se vocês estavam saindo...
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Naquele sábado, logo cedo Kara já estava acordada, ocupada em vestir Guilmon de forma a esconder sua real aparência. Em uma loja barata em seu caminho, tinha comprado uma capa de chuva de cor azul, tão longa que caía ao chão, escondendo mesmo sua cauda, o capuz cobrindo suas orelhas e as mangas, suas garras. Após fechar a veste em seu peito, colocou-lhe um par de botas grandes o suficiente para esconder suas patas. Por fim, cobriu sua face com uma máscara branca, deixando apenas seus olhos de fora.
- Bem, está pronto... – ela se ergueu ao terminar, observando-o todo coberto.
- Como eu estou, Kara-chan? – mesmo por baixo da capa de chuva, era possível ver o movimento da cauda dele, indo de um lado para o outro.
- Esquisito... – suspirou a garota. Esperava que as pessoas pensassem que ele tivesse alguma doença e evitassem se aproximar, mas não sabia muito sobre como os japoneses agiam nesses casos. Só podia contar com a sorte. – Guil, nós vamos para um lugar cheio de pessoas, então você tem que ficar coberto e perto de mim o tempo todo, entendido?
- Pode deixar! – ele concordou, colocando a mão na face, sua voz saindo ligeiramente abafada pelo tecido.
- Bom garoto... – satisfeita, ela se afastou para arrumar sua bolsa, tirando os materiais escolares, trocando por algumas coisas que precisaria. Pouco tempo depois, ouviu batidas na porta, reconhecendo quem era assim que atendeu. – Olá...
- Kara-chan, bom dia! – respondeu Shinjurou, erguendo uma das mãos para cumprimentar. O garoto já estava pronto, usando uma bermuda que parecia ter sido um jeans que ele cortara as pernas, chinelos escuros e uma regata branca. Mais uma vez, novas pulseiras de grama decoravam seus pulsos. Ao seu lado, Floramon estava escondida dentro de um kimono negro que arrastava pelo chão, com uma faixa verde na cintura e um lenço da mesma cor sobre a cabeça, novamente com o rosto cheio de pó de arroz.
- Até que essa roupa ficou boa em mim... – disse a digimon planta, erguendo um pouco os braços.
- Você ficou elegante assim. – o garoto sorriu, colocando as mãos nos bolsos. – Vocês já estão prontos?
- Ah, sim... Venha, Guil! – chamou enquanto saía, esperando que o digimon rubro fizesse o mesmo para trancar a porta.
- Bom dia, Guilmon. – cumprimentou o garoto, olhando para os dois. – Boa escolha de roupas.
- Foi difícil achar algo do tamanho dele... – concordou a outra, se aproximando deles. Optara por uma roupa simples, um vestido de tecido leve branco com uma sandália de tiras. Seus cabelos estavam trançados, e sobre eles, colocara um óculos de sol, ao estilo “aviador”. – Mas acho que ficou bom.
- Você também fica bem assim, Kara-chan. – o japonês riu um pouco, vendo como ela ficava desconsertada, com os ombros retraídos.
- Ah, sim... – procurou mudar de assunto. – Tomara que Alister não demore para chegar.
- Não se preocupe com isso. – Shinjurou moveu de leve a mão. – Nunca ouviu falar em pontualidade germânica? – brincou.
A menina ia responder, quando parou subitamente e olhou para o lado, preocupada. Guilmon se curvou e crispou as garras mesmo por baixo das mangas e Floramon também se preparou para atacar, mas no momento seguinte, um gato saltou por entre alguns arbustos, atravessando a rua correndo. – Desculpe. – Kara suspirou. – Acho que isso tudo me deixou paranoica...
- A líder sempre diz que é bom andar desconfiado de tudo. – a digimon planta respondeu, mais séria. Deu alguns passos, já indo investigar as moitas, quando um automóvel dobrou a esquina, parando diante deles.
O carro, de um modelo Espada reformado e com aparência mais nova, tinha a pintura preta e vidros obscurecidos para que não se pudesse ver o interior. A porta direita então se abriu, e de lá saiu Alister, vestido com uma bermuda que ia até seus joelhos e uma camisa azul clara. Devido às roupas mais curtas, era possível ver que seus braços e pernas eram mais pálidos que as mãos, sinal de que não pegava sol naqueles pontos. Apesar da mudança nas vestes, ainda estava perfeitamente alinhado, sem nem mesmo um fio de cabelo fora do lugar.
- Bom dia. – ele cumprimento, ajeitando os óculos. – Vamos? – convidou, enquanto dava a volta para abrir a porta da parte traseira.
- Ei! – lá dentro, Gabumon estendeu a mão para os demais. Estava também com um casaco escondendo-o, além de um cachecol em torno do rosto e um chapéu de abas longas para esconder o chifre. Com um suspiro, se esticou no banco. – Cara, esse tal ar-condicionado é incrível... Por que não tem isso de onde a gente veio?
- Já sabemos que você é calorento, agora abre espaço! – correndo, Floramon pulou para dentro do veículo. – Eu quero a janela!
Logo todos se ajeitaram na parte de trás, enquanto Alister ia na frente, e o carro arrancou, se afastando dali. Só então as moitas se agitaram e delas saíram duas criaturas pequenas: Gotsumon, o anãozinho de pedra, e Kokuwamon, o inseto de metal, ambos cobertos de folhas e arranhões finos. – Que bicho maldito aquele! – disse o digimon rochoso, irritado, antes de olhar para cima. – E por que você não fez nada?
Do teto, Falcomon desceu planando com as asas esticadas, pousando sem fazer ruído. – Ué, você precisava de ajuda pra lutar com aquilo?
- Não é isso! – ele bufou, fechando os punhos. – E agora temos que segui-los!
- Mas eles estão indo para a praia... – Kokuwamon disse um tanto nervoso, roçando suas mãos de teaser umas nas outras, gerando faíscas. – É lá que está o...
- Não me interessa! – Gotsumon o interrompeu. – Vamos vigiá-los de perto!
- Ok... – dando de ombros, o digimon pássaro segurou Kokuwamon com as pernas e bateu as asas, alçando voo, levando o inseto consigo. – Vemos você lá!
- Esperem! Não me deixem aqui, seus idiotas! – gritou o anão de pedra, agitando os punhos, não tendo outra opção a não ser correr atrás deles. – Eu odeio esse cara!
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- Krane-kun, este é um carro importado, não? – Shinjurou puxou assunto, enquanto segurava Floramon em seu colo, deixando-a ver a paisagem pela janela. Ao lado dele estavam Gabumon e Guilmon, com Kara contra a outra janela, para ter espaço para todos. – O seu amigo está dirigindo do lado esquerdo...
- Ele não é meu amigo. – o alemão corrigiu, com os braços cruzados, olhando fixamente para frente. – Bastian trabalha para meu pai, e me acompanha nessas ocasiões.
- Ainda é impressionante... Seus pais devem ter cargos importantes. – ele tentou de novo.
- Sim. – não bastasse o tom frio que Alister usou para responder, Gabumon cutucou o outro, negando com a face. Quando o moreno olhou confuso, o digimon branco apenas deu de ombros.
Um silêncio tenso caiu sobre todos após isso, mas em pouco tempo já haviam chegado a seu destino. Quando pararam, tanto o alemão quanto o homem que o acompanhava saíram, o segundo indo abrir as portas para os passageiros. – Obrigado... – disse Kara, quando saiu antes que os outros, podendo vê-lo mais de perto. Bastian era alto, mas também esguio e aparentava ter seus quarenta anos, o que não combinava com um guarda-costas, e sua postura mais aberta, além dos cabelos um tanto arrepiados, indicavam que também não fazia o estilo mordomo.
- Não há de que, senhorita. – ele respondeu, com uma forte pronuncia alemã. Em seguida, olhou para Alister, do outro lado. – Virei busca-los aqui no horário marcado. Cuidem-se e aproveitem o dia o seu dia de praia.
- Isso não é um dia de praia! – respondeu o garoto grisalho, mas a essa altura, o homem já tinha entrado no automóvel, se afastando deles. Frustrado, voltou a mexer nos óculos. – Bem, vamos investigar.
Para Kara, o local era mesmo impressionante. Não só era muito bem cuidado e tranquilo, como a vista era impressionante, tão próxima das cidades e da Rainbow Bridge. Ainda no passadiço de madeira, a garota tirou as sandálias e as segurou na mão enquanto pisava na areia, se virando para os outros dois. – Eu adorei... Venha, Guil! – ela chamou o digimon, esperando que ele se aproximasse para segurar sua mão, puxando-o pela a areia fina até perto do mar. Curioso, o dragão se abaixou perto das ondas pequenas e bateu com as garras nelas, espalhando água. Quando respingou na moça, ela sorriu um pouco, colocando as mãos sobre os joelhos para vê-lo mais de perto.
- Eles estão se dando muito bem, não é? – Shinjurou puxou assunto, parando ao lado do outro garoto.
- Sim. Mas não vamos perder o foco.
- Com certeza... Bom, eu vou pegar alguns refrigerantes! – o moreno bateu de leve no ombro de Alister e se afastou rumo a algumas vendinhas ali perto.
- Ei! – o alemão até chamou, mas era tarde demais. – Certo, seremos só nós... – dito isso, ele se virou para os outros dois digimon, vendo Floramon com a face erguida e os braços esticados.
- Que sol bom pra fazer fotossíntese! – ela disse, alheia ao que acontecia.
- Eu vou derreter... – quanto a Gabumon, este já estava caído no chão como uma trouxinha de roupas.
- Isso vai ser difícil... – suspirou o garoto grisalho.
Ao chegar na vendinha, o japonês pediu por três garrafas, e enquanto se encostava no balcão para esperar, virou a face, se espantando. Era impossível não reconhecer a mulher ao seu lado, com seus cabelos lilases curtos e olhos escuros fixos em algumas anotações e fotos embaçadas. – Shima-sensei? – ele chamou, fazendo-a levar um susto e colocar as mãos sobre as folhas no balcão.
- Ootono-kun! O que faz aqui?
- Vim aproveitar a praia com alguns amigos... – o garoto respondeu enquanto pegava as garrafas e pagava por elas. – Você também?
- Sim, sim! – a professora respondeu apressadamente, amontoando os papéis sob as mãos e os empurrando para dentro uma bolsa, onde também era possível ver um notebook e uma câmera profissional. – Bem, espero que se divirta!
- Você também... – ainda confuso, Shinjurou se afastou um pouco. – Bem, até mais. – despediu-se.
Não demorou muito, encontrou os outros na beira do mar, brincando de jogar água em Gabumon, deixando suas roupas molhadas enquanto Alister os observava, mais afastado. – Se refrescando? – perguntou enquanto parava junto deles, sentindo as ondas em seus pés.
- Isso é gelado! – como um predador, o digimon branco avançou para cima do japonês, quase derrubando-o para pegar a garrafa. Num gesto rápido, arrancou a tampa e virou metade do conteúdo de um único gole. – Aaah, bem melhor! – suspirou, esticando os braços, mas nem percebeu que, com isso, acabou derramando o refresco em quem estava mais próximo.
- Ah! Meu vestido... – Kara olhou desanimada para a grande mancha molhada na frente do tecido branco.
- D-Desculpa! – Gabumon agitou os braços, esfregando as mangas longas na mancha, mas ela apenas aumentava.
- Tinha que ser você... – Floramon negou com a face.
- Vamos, não parece tão ruim. – Shinjurou se aproximou um pouco, mas Guilmon foi mais rápido.
- Por que você não tira ele, Kara-chan? Eu te ajudo! – e, dito isso, o digimon segurou a veste e ergueu facilmente, tirando com um puxão.
- O-O que?! – apavorada, a garota se deu conta de que estava usando apenas um biquíni branco de amarrar, deixando o corpo fino exposto. Tentou se cobrir com os braços, com a face corada. – N-Não olhem!
Acatando seu pedido, os garotos olharam para o lado e Gabumon olhou para baixo, mas mesmo assim, ela começou a tremer. – Todos vão olhar pra mim de novo...
- Eles olham porque você é bonita! – sorriu o dragão rubro, de modo inocente. Isso só a fez tentar se esconder mais.
- Claro que não... Pareço uma aberração aqui...
- Por que você acha isso? – apesar do pedido dela, Shinjurou ergueu a face, coçando a bochecha. – Pessoas como você são exóticas e interessantes... Os garotos até acham você parecida com uma personagem de anime. Não é, Krane-kun?
- ...Sim. – o grisalho respondeu, com as lentes dos óculos embaçadas, se esforçando para não olhar também.
- Eu... Eu não fazia ideia... – apressadamente Kara amarrou o vestido dobrado em torno da cintura, improvisando uma saia. Segurou uma ponta do tecido, pois as mãos ainda tremiam. – Vamos investigar...?
--
Algumas horas haviam se passado, mas mesmo percorrendo boa parte da praia, não conseguiram muitas evidências. Em um ponto perto de um conjunto de plantas, encontraram vários pontos onde a areia abaixava, e uma ou duas árvores com o tronco quebrado, nada além disso. No fim, decidiram parar por ali, pois as sombras geradas pelas árvores os protegiam dos raios forte de sol, principalmente para Gabumon, que ofegava sob seu casaco. Vez ou outra ele corria e mergulhava na água, mas parecia não ajudar muito.
- Ou a coisa que estava aqui se foi, ou é muito discreta. – Alister concluiu, olhando as dunas com os braços cruzados.
- Será que devemos desistir? – sentada ali perto, Kara observava Guilmon enterrando as pernas de Shinjurou na areia, enquanto Floramon estava parada com os braços esticados, sentindo os raios de sol nos pontos expostos. Tudo parecia tão calmo que era difícil pensar que algum monstro podia estar escondido ali. – Pelo menos, foi divertido ficar com vocês...
- Se eu soubesse que seria assim, não teria... – ele começou, mas se calou quando a suave brisa soprou mais forte e mais quente, agitando os cabelos e roupas, aumentando as dunas. Parou segundos depois, tão rápido quanto começara. – Mas o que foi isso?
- Vocês sentiram isso? – com as pernas cheias de areia, o garoto moreno se aproximou.
- Argh, esse ar quente vai secar as minhas pétalas! – reclamou Floramon, agitando as mãos. As folhas secaram quando uma nova brisa quente soprou, bagunçando seu kimono e derrubando o lenço.
- Guilmon! – na terceira vez, a garota se aproximou do digimon, que estava muito quieto. Percebeu que ele estava farejando o ar agitado, as presas furando aquela máscara branca quando rosnou baixo. – O que foi...?
- JÁ CHEGA! – gritou Gabumon, chamando a atenção de todos. – Esse calor tá me matando! EU VOU FICAR PELADÃO MESMO!
E, dito isso, ele tirou tanto as roupas humanas quanto o seu “casaco de pele”, deixando todos ao chão. Mostrava-se, assim, como um lagarto branco atarracado, com pernas grossas e braços meio compridos, bem menos perigoso e mais esquisito do que com a pele. Quando percebeu todos olhando chocados em sua direção, se desanimou. – Qual é, eu não sou tão feio assim e... – antes que pudesse terminar, um rugido fez o ar estremecer, um ciclone de areia enorme envolvendo aquela parte da praia, isolando-os do resto. – EITA! – apressado, o lagarto branco recolheu seu casaco enquanto corria para junto dos outros, vendo uma forma surgindo debaixo da areia.
O que saiu do chão era enorme, com pelo menos três metros de altura, e tinha a forma de um lagarto com postura bípede. Seu corpo era musculoso e alaranjado, com uma cauda coberto de metal, assim como seu ombro direito. A parte de cima de sua cabeça era coberta por uma crosta marrom, com apenas um dos olhos expostos e um chifre recurvado, além de ter o braço direito muito maior do que o resto do corpo, armado de garras longas.
- É gigante! – Shinjurou tentou recuar, mas não conseguia atravessar a parede formada pela areia girando em volta deles. Algumas coisas voavam por causa do vento, e nisso Kara viu sua bolsa, pulando para pegá-la. Lá dentro, seu celular vibrava, mostrando uma notificação na dex. Ao clicar, apareceu a imagem do novo mostro. Seu nome era Cyclomon, com atributo Vírus e nível Campeão.
- Cyclomon... – ela repetiu, abaixando os óculos na face para ver melhor. – É do mesmo nível de Fangmon.
- Parece ser mais forte. Não vamos abaixar a guarda. – avisou Alister, olhando fixamente para o monstro que se avolumava dentro do ciclone.
- Esse tamanho todo não me assusta! – Floramon se livrou das roupas, correndo na direção de Cyclomon, esticando as mãos. – Rain of Pollen! – lançou sua nuvem de pó venenoso, mas ela flutuou por um metro e logo foi dissipada pelos ventos.
- Ridículo... – o grande ciclope rosnou. Em seguida, com um movimento do braço direito, lançou outra onda de ar quente, derrubando a digimon planta, que ficou mais seca, algumas pétalas de seu pescoço chegando a rachar. – Eu não encontrarei o meu rival digno aqui. Matar vocês não terá nenhum significado. Eu não queria estar aqui... - ele falava consigo mesmo.
- Blue Blaster! – Gabumon atacou lançando uma rajada de fogo azul em sua face coberta, mas fez apenas uma pequena marca na crosta que a recobria. Com um movimento da cauda, Cyclomon o empurrou para trás, fazendo-o ser pego pelo ciclone, onde rodou algumas vezes antes de cair na areia.
Por um momento, Alister abandonou sua postura fria, correndo até o digimon branco. Abaixou-se, tocando suas costas. – Você está bem? – perguntou, mas recebeu apenas um gemido como resposta.
- Kara-chan! – chamou Shinjurou, abraçando Floramon contra o peito para protege-la, recuando o quanto podia. – Não podemos lutar com ele! Precisamos encontrar uma forma de fugir, chame o Guilmon!
- Sim! – ela concordou, segurando os óculos para enxergar a vota. Para seu pavor, encontrou o digimon rubro atacando a perna do inimigo com suas garras, mas ele parecia nem sentir o que fazia. – Guil, saia daí!
- Não vou deixar ele machucar ninguém! – devolveu o dragão menor, para então fincar a presas em sua perna, o que chamou sua atenção.
- E ainda tem mais um... – com um rosnado, Cyclomon ergueu seu braço direito, o maior, descendo-o com força. – Arm Bomber!
Após a ordem, o ciclope bateu o punho sobre Guilmon, com tanta força que chegou a empurrar os outros para trás. Pensando que ele havia matado seu amigo, Kara cobriu a boca com a mão e sentiu os olhos encherem de lágrimas, mas percebeu que o dragão rubro resistia, usando os braços para se defender enquanto o inimigo empurrava mais a grande mão, querendo esmaga-lo. Queria gritar para ele fugir porque não era forte o suficiente, mas ao ver como se esforçava, soube que dizer aquilo acabaria com suas esperanças. Se fossem partir, então não importava lhe fazer sentir um pouco melhor, e com esse pensamento, disse exatamente o oposto do que deveria.
- Guil... Acabe com ele! – apertou as mãos, segurando o celular com força. – Mostre a sua força!
O efeito daquelas palavras foi inacreditável, pois logo em seguida o aparelho na mão da garota tremeu tanto que ela teve que olhar para a tela, que abrira novamente o aplicativo de “evolução”, mostrando a barra vazia com o nome Champion se preenchendo rapidamente. Quando chegou aos 100%, a tela passou a exibir aquele mesmo símbolo estranho. Em seguida vieram as luzes vermelhas, surgindo abaixo do punho de Cyclomon, tão claras que fizeram-no recuar, cobrindo o olho com a mão esquerda.
- Guilmon... EVOLUÇÃO! – ouviu-se a voz aguda junto à claridade, antes que ela aumentasse. Então simplesmente sumiu, revelando sua nova forma. O pequeno dragão agora tinha mais de dois metros de altura, com a postura alinhada, sem precisar se curvar. Seu corpo rubro era alongado e mais fino que o inimigo, com uma cauda mais longa. Suas escamas agora eram decoradas com manchas pretas que pareciam listras, tendo alguns cintos de couro amarrados em volta das mãos, que terminavam em longas unhas afiadas. Sua face draconiana ficava mais fina na ponta, as presas sobressaindo por baixo dos lábios, suas orelhas escondidas atrás de dois chifres brancos curvados para trás. E havia os espinhos, espigões afiados de vários tamanhos pontilhando suas costas e cauda, saindo em furos por entre os cintos nas mãos, alguns na face e nos ombros. – Thorndramon! – anunciou, com a voz grossa.
- Ele mudou de novo... – Kara não conseguia desviar o olhar daquele novo e impressionante digimon.
- Uma evolução anômala! – disse uma espantada Floramon.
- Esse foi um bom truque, garoto. Prepare-se! – Cyclomon parecia mais animado agora, armando um soco contra o recém-evoluído. – Arm Bomber!
Em resposta, Thorndramon socou de volta, sua mão coberta por uma camada de luz rubra. – Draco Punch! – gritou quando os punhos se chocaram, o que gerou uma onda de força que quase derrubou os demais. Ficaram assim por alguns segundos, até que com um estralo, o braço gigante do ciclope de virou na direção contrária (Shinjurou chegou a virar a face para não ver), arrancando-lhe um gemido de dor. Aproveitando então a chance, o dragão o socou com o outro punho na face, rachando sua proteção dali e o derrubando no chão, formando um buraco na areia.
E, mesmo com o braço quebrado e a face rachada, Cyclomon se forçou a levantar, preparando outro ataque. – Hyper Heat! – lançou outra vez uma onda de calor, mas seu adversário estava preparado.
Thorndramon preparou seu próprio ataque, juntando os braços de forma que as costas das mãos ficassem apontadas para o ciclope. Os espinhos dali então aumentaram, as pontas inflamando antes de voarem em sua direção com a próxima ordem. – Fire Spine!
E, devido ao calor do ataque do próprio ciclope, o fogo nos espinhos apenas aumentou, se fincando em seu corpo de forma tão rápida que ele foi jogado para trás, atravessando o tornado de areia, caindo no mar tranquilo. Com a derrota, os ventos foram perdendo a força, as areias abaixando.
- Vá embora. – disse o dragão rubro, avançando alguns passos. – Eu não quero brigar com você. – Para seu espanto, o outro riu baixo enquanto jogava um pequeno cubinho para cima, abrindo um portal enquanto caía, semelhante ao que Fangmon usara para escapar.
- Acho que me enganei, valeu a pena vir... – se limitou a dizer, sendo tragado pela passagem, que desapareceu em seguida. O dispositivo se perdeu no mar.
As areias então caíram, assim como todas as coisas que voavam junto delas, mostrando alguns pontos do chão transformados em vidro, onde os ataques quentes haviam colidido. Hesitante, Kara se aproximou de Thorndramon, se perguntando como poderia esconder um monstro daquele tamanho, esticando a mão para tocar em um ponto de suas mãos que não tinha espinhos. Recebeu a resposta de suas dúvidas em seguida, pois as luzes voltaram a cobrir seu corpo, e quando apagaram, tudo o que havia era um pequeno e cansado Guilmon, que ela teve que abraçar para que não caísse. Ele estava ofegante quando ergueu os olhos azuis.
- Eu... Fui bem...? – perguntou em voz baixa.
- Sim... – a garota sorriu enquanto o apertava contra si, beijando seu focinho. Poderia ficar o dia todo com ele daquela forma, mas ouviu os outros lhe chamando enquanto recolhiam as roupas espalhadas. Logo os curiosos viriam para ver o que tinha acontecido, e eles não podiam ser encontrados ali.
Ocupados em recolher os pertencer e vestir apressadamente os digimon enquanto se afastavam dali, nenhum deles percebeu um pequeno grupo os observando, escondidos no meio da vegetação próxima desde que a luta começara.
- Viram aquilo? – espantado, Kokuwamon bateu a areia sobre seu corpo, emitindo pequenas faíscas. – Os humanos são mesmo incríveis...
- Isso não foi nada! Ele só evoluiu por uns minutos! – Gotsumon, mesmo se agitando, ainda tinha grãos claros entre as pedras do corpo. – Vocês vão ver, eu vou acabar com eles! – declarou decidido, se afastando por entre as plantas.
- Acha que ele tem chance? – o inseto de metal olhou para cima, onde Falcomon estava sobre uma baixa árvore de folhas longas.
- Até parece. – ele deu de ombros. – To só esperando pra ver ele apanhar.
Spirit
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Re: Digimon - Digital Rebellion
Haha, não esquente sobre a discussão da provável prequel. Conversar sobre essas possibilidades é divertido (pelo menos eu acho). É bom ouvir a opinião da galera pra ver expectativas ou etc., e eu gostaria de ler mais coisas suas!
Puxa, boa sorte com suas avaliações. Espero que dê tudo certo aí e que logo você fique livre de novo.
Agora sobre o capítulo, Shin ganhou uma puta moral comigo! Ahaha!! Safadinho, falando essas coisas do Alister e da Kara! Malandrão! O pior é que eu estava shippando nosso alemão e ela, bem de leve, mas agora isso alavancou de vez. Me resta torcer para você ter piedade do meu shipp.
A ideia do Shin de fazer um clube também foi bem esperta! Ele começou a se mostrar bem sagas agora e estou gostando de ver! Foi muito bom, já que ele parecia meio apagado nos últimos capítulos, mas agora ele conseguiu brilhar. Eu tinha ficado meio confusa quando a Kara disse que seria só por uma semana, mas é o tempo que os digimons vão ficar no mundo humano, né? (Ando dormindo pouco. Preciso para com isso).
Também surgiu agora dúvidas sobre o Alister. Sobre seus pais, seu trabalho, etc. Ele parece alguém com dinheiro, já que tem até um, suposto, acompanhante. Cada vez mais fico intrigada e quero saber mais sobre ele! Adoro a Kara, me identifico muito com o jeito tímido dela, mas o Alister é meu favorito disparado! Bebê <3
E tivemos a primeira evolução! Já esperava que o Guilmon fosse o primeiro a "upar", mas sua forma adulta surpreendeu. Confesso que tive dificuldade em imaginá-lo, mas eu leio em outro momento e tendo processar melhor. A luta foi meio breve, dando aquele gostinho de quero mais. Porém, de novo, ainda que tenha evoluído, achei que tudo se resolveu com facilidade demais. Compreendi que o Guilmon é poderoso, mas sendo tanto assim não vejo o grupo tendo tantas dificuldades no futuro. Queria um adversário forte ou que ele não fosse tão OP.
Adorei o Cyclomon e que aparentemente ele parece estar em busca de um rival. Vivemos falando nisso nos comentários, mas aproveitar personagens considerados maus, como são na maioria dos digimons do tipo vírus, de forma diferente é sempre um colírio para os olhos e pra alma! Seria legal se ele fizesse mais aparições futuramente, e também acho provável, com um rival para o Guilmon e a Kara, já que ele pareceu interessado.
Os "três patetas" dando o ar de sua graça novamente também! Esse Gotsumon realmente anda merecendo uns tapas. Que cara babaca! Mas não consigo tirar da cabeça que eles ainda vão dar o que falar.
O pessoal brincando na praia também foi divertido! Seria legal ver mais interações assim deles. Um ponto que achei curioso é como a Kara vê a si mesma. Os outros não tem problema com o fato dela se negra, porém ela própria para ter preconceito consigo mesma. Achei um ponto interessantíssimo e quero muito ver isso sendo mais trabalho! Realmente me deixou instigada!
Enfim, tirando o probleminha da luta, o resto ficou muito bom e dá muita vontade de ler mais sobre os personagens! Continue com seu bom trabalho! :3
Puxa, boa sorte com suas avaliações. Espero que dê tudo certo aí e que logo você fique livre de novo.
Agora sobre o capítulo, Shin ganhou uma puta moral comigo! Ahaha!! Safadinho, falando essas coisas do Alister e da Kara! Malandrão! O pior é que eu estava shippando nosso alemão e ela, bem de leve, mas agora isso alavancou de vez. Me resta torcer para você ter piedade do meu shipp.
A ideia do Shin de fazer um clube também foi bem esperta! Ele começou a se mostrar bem sagas agora e estou gostando de ver! Foi muito bom, já que ele parecia meio apagado nos últimos capítulos, mas agora ele conseguiu brilhar. Eu tinha ficado meio confusa quando a Kara disse que seria só por uma semana, mas é o tempo que os digimons vão ficar no mundo humano, né? (Ando dormindo pouco. Preciso para com isso).
Também surgiu agora dúvidas sobre o Alister. Sobre seus pais, seu trabalho, etc. Ele parece alguém com dinheiro, já que tem até um, suposto, acompanhante. Cada vez mais fico intrigada e quero saber mais sobre ele! Adoro a Kara, me identifico muito com o jeito tímido dela, mas o Alister é meu favorito disparado! Bebê <3
E tivemos a primeira evolução! Já esperava que o Guilmon fosse o primeiro a "upar", mas sua forma adulta surpreendeu. Confesso que tive dificuldade em imaginá-lo, mas eu leio em outro momento e tendo processar melhor. A luta foi meio breve, dando aquele gostinho de quero mais. Porém, de novo, ainda que tenha evoluído, achei que tudo se resolveu com facilidade demais. Compreendi que o Guilmon é poderoso, mas sendo tanto assim não vejo o grupo tendo tantas dificuldades no futuro. Queria um adversário forte ou que ele não fosse tão OP.
Adorei o Cyclomon e que aparentemente ele parece estar em busca de um rival. Vivemos falando nisso nos comentários, mas aproveitar personagens considerados maus, como são na maioria dos digimons do tipo vírus, de forma diferente é sempre um colírio para os olhos e pra alma! Seria legal se ele fizesse mais aparições futuramente, e também acho provável, com um rival para o Guilmon e a Kara, já que ele pareceu interessado.
Os "três patetas" dando o ar de sua graça novamente também! Esse Gotsumon realmente anda merecendo uns tapas. Que cara babaca! Mas não consigo tirar da cabeça que eles ainda vão dar o que falar.
O pessoal brincando na praia também foi divertido! Seria legal ver mais interações assim deles. Um ponto que achei curioso é como a Kara vê a si mesma. Os outros não tem problema com o fato dela se negra, porém ela própria para ter preconceito consigo mesma. Achei um ponto interessantíssimo e quero muito ver isso sendo mais trabalho! Realmente me deixou instigada!
Enfim, tirando o probleminha da luta, o resto ficou muito bom e dá muita vontade de ler mais sobre os personagens! Continue com seu bom trabalho! :3
MidoriKyun
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Re: Digimon - Digital Rebellion
Olá Spirit desculpe a demora mas só hoje eu pude ler com calma e cuidado o novo capitulo da sua fanfic . Sobre o episódio achei interessante a ideia de Shinjorou de montar um clube só dos heróis Digiescolhidos na escola . Talvez a ideia do " Clube de Estudos Culturais " seja uma boa ideia . Achei interessante o fato de que Guilmon de olhos azuis já esta tão acostumado com a vida no Mundo Humano que cara já pode deixa-lo em sua casa que ele espera bem comportado por ela quietinho até ela voltar da escola .
Foi legal eles terem ido para a praia pois foi uma boa oportunidade para eles descontraírem um pouco . Floramon dizer que estava adorando aquele sol para fazer fotossíntese foi impagável . E a Digimon Planta vestida com um kimono negro faz parecer que ela é uma Digimon meio " masculinizada " kkkkkkkk .
Se bem que os coitados dos Digimon tiveram que ir todo fantasiados com um calor imenso . Por que você não usa a " solução de Takato " e faz os Digimon andarem normalmente como estão e as pessoas pensarem que são " crianças de cosplay " ?
O Alister levar o grupo no seu carro ou melhor no carro de seus pais com direito a chofer e tudo foi interessante . Da para imaginar que a família dele é bem rica . Mas confesso que fiquei meio confuso com o ar pomposo do Alister quando Shinjorou casualmente se referiu ao chofer como " Amigo " de Alister este respondeu de modo frio " Ele não é meu amigo. – o alemão corrigiu, com os braços cruzados, olhando fixamente para frente. – Bastian trabalha para meu pai, e me acompanha nessas ocasiões. " . Isso me deu a nítida impressão de que o Alister é um tipico " riquinho esnobe " que não se envolve com a " gentalha " a menos que seja inevitável ou que seja de seu interesse e que para ele "empregado" é "empregado" e nada de ficar dando liberdades ou intimidades nem ser simpático com eles ...
Senti pena do pobre do White Gabumon porque por ele usar aquele casaco de peles deveria estar se derretendo todo com o calor . Kkkkkkk rachei de rir quando Guilmon de olhos azuis num gesto arrancou a roupa de cima da Kara com um único puxão deixando-a só de biquine branco . E a parte então em que White Gabumon dispara "- JÁ CHEGA! – gritou Gabumon, chamando a atenção de todos. – Esse calor tá me matando! EU VOU FICAR PELADÃO MESMO!" . E Ele TIRA O CASACO DE PELES MESMO algo que é simplesmente um " tabu inimaginável " para todos os Gabumons que não tiram nunca suas peles de lobo porque ser vistos sem elas com suas aparências de lagarto é motivo de grande embaraço e vergonha para eles . Mas quando Cyclonemon surgiu da Areia e ele ainda deixou escapar um " EITA!" eu adorei . White Gabumon é muito simpático sem duvidas e com um ar de um " Digimon Caipira de bom coração tipo Chico Bento " de que eu definitivamente gosto muito .
Sobre a luta com Cyclonemon ela foi bem rápida mas muito dinâmica e bem descrita . Você soube usar a desvantagem do terreno ao redor a favor do Digimon Cíclope . Na hora da evolução de Guilmon de Olhos Azuis para Thorndramon eu fiquei tentando imaginar um Growlmon com aparência mais próxima de um Dragão Vermelho de postura bípede com o corpo rajado de manchas negras , chifres atrás da cabeça e espinhos por todo o corpo mas honestamente não consigo visualizar muito bem como ele pareceria eu preferiria ver uma fã arte dele .
A luta entre ele e Cyclonemon foi bem rápida porém Thorndramon venceu se bem que novamente o adversário não morreu escapou por outro portal criado por um daqueles cubos e antes disse "- Acho que me enganei, valeu a pena vir... – se limitou a dizer, sendo tragado pela passagem, que desapareceu em seguida. O dispositivo se perdeu no mar." ou seja ele adorou a luta com um inimigo poderoso o bastante para enfrenta-lo .
Gostei de a despeito do medo Kara ter confortado Thorndramon agora imagino de que jeito eles vão fazer para faze-lo voltar a ser o Guilmon de Olhos Azuis . Fico imaginando que o episódio a seguir vai ser no estilo " O Pânico de Growlmon !" com Kara e os outros tentando fazer Thorndramon regredir de volta ao nível Rookie . E enquanto isso o bando de vilões disfuncionais : Gotsumon , Falcomon e Kokuwamon os observa escondidos pensado no que fazer . Enfim ótimo capitulo Spirit aguardo os próximos .
Foi legal eles terem ido para a praia pois foi uma boa oportunidade para eles descontraírem um pouco . Floramon dizer que estava adorando aquele sol para fazer fotossíntese foi impagável . E a Digimon Planta vestida com um kimono negro faz parecer que ela é uma Digimon meio " masculinizada " kkkkkkkk .
Se bem que os coitados dos Digimon tiveram que ir todo fantasiados com um calor imenso . Por que você não usa a " solução de Takato " e faz os Digimon andarem normalmente como estão e as pessoas pensarem que são " crianças de cosplay " ?
O Alister levar o grupo no seu carro ou melhor no carro de seus pais com direito a chofer e tudo foi interessante . Da para imaginar que a família dele é bem rica . Mas confesso que fiquei meio confuso com o ar pomposo do Alister quando Shinjorou casualmente se referiu ao chofer como " Amigo " de Alister este respondeu de modo frio " Ele não é meu amigo. – o alemão corrigiu, com os braços cruzados, olhando fixamente para frente. – Bastian trabalha para meu pai, e me acompanha nessas ocasiões. " . Isso me deu a nítida impressão de que o Alister é um tipico " riquinho esnobe " que não se envolve com a " gentalha " a menos que seja inevitável ou que seja de seu interesse e que para ele "empregado" é "empregado" e nada de ficar dando liberdades ou intimidades nem ser simpático com eles ...
Senti pena do pobre do White Gabumon porque por ele usar aquele casaco de peles deveria estar se derretendo todo com o calor . Kkkkkkk rachei de rir quando Guilmon de olhos azuis num gesto arrancou a roupa de cima da Kara com um único puxão deixando-a só de biquine branco . E a parte então em que White Gabumon dispara "- JÁ CHEGA! – gritou Gabumon, chamando a atenção de todos. – Esse calor tá me matando! EU VOU FICAR PELADÃO MESMO!" . E Ele TIRA O CASACO DE PELES MESMO algo que é simplesmente um " tabu inimaginável " para todos os Gabumons que não tiram nunca suas peles de lobo porque ser vistos sem elas com suas aparências de lagarto é motivo de grande embaraço e vergonha para eles . Mas quando Cyclonemon surgiu da Areia e ele ainda deixou escapar um " EITA!" eu adorei . White Gabumon é muito simpático sem duvidas e com um ar de um " Digimon Caipira de bom coração tipo Chico Bento " de que eu definitivamente gosto muito .
Sobre a luta com Cyclonemon ela foi bem rápida mas muito dinâmica e bem descrita . Você soube usar a desvantagem do terreno ao redor a favor do Digimon Cíclope . Na hora da evolução de Guilmon de Olhos Azuis para Thorndramon eu fiquei tentando imaginar um Growlmon com aparência mais próxima de um Dragão Vermelho de postura bípede com o corpo rajado de manchas negras , chifres atrás da cabeça e espinhos por todo o corpo mas honestamente não consigo visualizar muito bem como ele pareceria eu preferiria ver uma fã arte dele .
A luta entre ele e Cyclonemon foi bem rápida porém Thorndramon venceu se bem que novamente o adversário não morreu escapou por outro portal criado por um daqueles cubos e antes disse "- Acho que me enganei, valeu a pena vir... – se limitou a dizer, sendo tragado pela passagem, que desapareceu em seguida. O dispositivo se perdeu no mar." ou seja ele adorou a luta com um inimigo poderoso o bastante para enfrenta-lo .
Gostei de a despeito do medo Kara ter confortado Thorndramon agora imagino de que jeito eles vão fazer para faze-lo voltar a ser o Guilmon de Olhos Azuis . Fico imaginando que o episódio a seguir vai ser no estilo " O Pânico de Growlmon !" com Kara e os outros tentando fazer Thorndramon regredir de volta ao nível Rookie . E enquanto isso o bando de vilões disfuncionais : Gotsumon , Falcomon e Kokuwamon os observa escondidos pensado no que fazer . Enfim ótimo capitulo Spirit aguardo os próximos .
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Hora de responder, desculpem a demora!
Midori::
Fico feliz que não tenha gerado treta, até porque eu tenho um dom de atrair treta que nossa! Mas que bom que curtiu o capítulo, e confesso que de bonzinho inocente o Shinjurou tem é nada, haha! Quanto a questão de shipps, eu confesso que não tenho nada pensado, mas não sei como vai o andamento até o fim, vai que dá certo, né?
E sobre sua dúvida, sim, seria só pelo tempo que os digimon ficariam no mundo humano.
Quanto ao Alister, logo eu vou trabalhar mais sobre sua história, embora os outros dois eu vá esperar mais um pouco pra revelar sobre o passado, de forma que fique mais relevante. Acho que você vai gostar!
E bem, apesar de ser clichê, em geral é o líder mesmo quem tem que evoluir antes, não queria fugir disso... Sobre Thorndrmon, em questão de corpo ele é parecido com Growlmon X, só que mais magro e com um rosto mais alongado, vagamente familiar aos dragões chineses (mas não muito), e o lance dos espinhos. Quando tiver tempo, vou procurar desenhá-lo!
Agora quanto à sua observação da luta e porque foi tão fácil vencer: sim, isso era intencional, e fico feliz que já estão percebendo que tem algo de muito estranho em como o Guilmon é forte até demais. Pequeno spoiler: essa força dele vai se tornar um problema/ameaça depois que a história avançar mais um pouco, mas não posso falar mais que isso, ou perde a graça. xD
Sobre Cyclomon, eu confesso que gosto dele, e apesar de ele ter um aspecto de vilão, não o vejo assim. Só meio obsessivo, mas ok. Eu gosto muito de reaproveitar personagens, então ainda teremos algumas participações com ele, mais pra frente. Falando em legalistas, eu confesso que queria fazer mais cenas com Gotsumon e os outros, mas com o foco atual, fica difícil. Talvez logo eles tenham mais destaque.
E nossa, que bom que você curtiu as cenas da praia, porque eu admito que andava louca pra fazer algo do tipo, e quando descobri sobre a praia de Odaiba, fiquei maravilhada com ela!
Kaiser::
Hey, cara, nem liga pra demora, até porque do jeito que eu to esse mês, não posso nem dizer nada!
E pelo visto, quem acabou roubando a cena foi o Shin, e como eu disse pra Midori, de inocente esse guri tem nada, haha. Ah, sim, e sobre Guilmon, esse em especial é um digimon bem manso, um tanto diferente do que vimos em Tamers. Floramon também é uma fuga completa de padrão, inclusive eu esqueci de ressaltar que ela pode apenas fazer fotossíntese ao invés de se alimentar, se quiser. Preciso lembrar de fazer isso depois! (e sim, se duvidar, do grupo ela é o "macho dominante").
Hmm, sobre a ideia dos cosplays, eu nunca vi lá tanto sentido, mas nunca vi muito sentido. E também é uma boa forma de importunar meu Gabumon. xD
Nossa, eu não queria que o Alister parecesse arrogante naquela cena, acabei me descuidando. Na verdade, ele só fica irritado (ou sem graça) de ter uma companhia dessas, só não sabe como demonstrar. Vai saber, né?
E como eu disse antes, adoro incomodar o meu Gabumon, tanto que já adorava já nos tempos que via Adventure, e esse sempre achei que esse jeito descontraído combinava com ele. Só não posso dizer que ele é meio caipira, porque a origem dele é meio diferente.
E claro, como disse pra Midori, a luta com Cyclonemon foi curta e bem fácil para Thorndramon também para mostrar como ele é um digimon anormalmente forte, mesmo que isso logo deixe de ser uma vantagem. Bem, eu gosto do desing dele, e como disse, ainda vou desenhar quando tiver mais tempo.
Ah, mas só uma correção, é que Thorndramon voltou ao normal logo depois da luta, embora eu ache que talvez eu não tenha deixado bem explicado... Sabecomé.
Midori::
Fico feliz que não tenha gerado treta, até porque eu tenho um dom de atrair treta que nossa! Mas que bom que curtiu o capítulo, e confesso que de bonzinho inocente o Shinjurou tem é nada, haha! Quanto a questão de shipps, eu confesso que não tenho nada pensado, mas não sei como vai o andamento até o fim, vai que dá certo, né?
E sobre sua dúvida, sim, seria só pelo tempo que os digimon ficariam no mundo humano.
Quanto ao Alister, logo eu vou trabalhar mais sobre sua história, embora os outros dois eu vá esperar mais um pouco pra revelar sobre o passado, de forma que fique mais relevante. Acho que você vai gostar!
E bem, apesar de ser clichê, em geral é o líder mesmo quem tem que evoluir antes, não queria fugir disso... Sobre Thorndrmon, em questão de corpo ele é parecido com Growlmon X, só que mais magro e com um rosto mais alongado, vagamente familiar aos dragões chineses (mas não muito), e o lance dos espinhos. Quando tiver tempo, vou procurar desenhá-lo!
Agora quanto à sua observação da luta e porque foi tão fácil vencer: sim, isso era intencional, e fico feliz que já estão percebendo que tem algo de muito estranho em como o Guilmon é forte até demais. Pequeno spoiler: essa força dele vai se tornar um problema/ameaça depois que a história avançar mais um pouco, mas não posso falar mais que isso, ou perde a graça. xD
Sobre Cyclomon, eu confesso que gosto dele, e apesar de ele ter um aspecto de vilão, não o vejo assim. Só meio obsessivo, mas ok. Eu gosto muito de reaproveitar personagens, então ainda teremos algumas participações com ele, mais pra frente. Falando em legalistas, eu confesso que queria fazer mais cenas com Gotsumon e os outros, mas com o foco atual, fica difícil. Talvez logo eles tenham mais destaque.
E nossa, que bom que você curtiu as cenas da praia, porque eu admito que andava louca pra fazer algo do tipo, e quando descobri sobre a praia de Odaiba, fiquei maravilhada com ela!
Kaiser::
Hey, cara, nem liga pra demora, até porque do jeito que eu to esse mês, não posso nem dizer nada!
E pelo visto, quem acabou roubando a cena foi o Shin, e como eu disse pra Midori, de inocente esse guri tem nada, haha. Ah, sim, e sobre Guilmon, esse em especial é um digimon bem manso, um tanto diferente do que vimos em Tamers. Floramon também é uma fuga completa de padrão, inclusive eu esqueci de ressaltar que ela pode apenas fazer fotossíntese ao invés de se alimentar, se quiser. Preciso lembrar de fazer isso depois! (e sim, se duvidar, do grupo ela é o "macho dominante").
Hmm, sobre a ideia dos cosplays, eu nunca vi lá tanto sentido, mas nunca vi muito sentido. E também é uma boa forma de importunar meu Gabumon. xD
Nossa, eu não queria que o Alister parecesse arrogante naquela cena, acabei me descuidando. Na verdade, ele só fica irritado (ou sem graça) de ter uma companhia dessas, só não sabe como demonstrar. Vai saber, né?
E como eu disse antes, adoro incomodar o meu Gabumon, tanto que já adorava já nos tempos que via Adventure, e esse sempre achei que esse jeito descontraído combinava com ele. Só não posso dizer que ele é meio caipira, porque a origem dele é meio diferente.
E claro, como disse pra Midori, a luta com Cyclonemon foi curta e bem fácil para Thorndramon também para mostrar como ele é um digimon anormalmente forte, mesmo que isso logo deixe de ser uma vantagem. Bem, eu gosto do desing dele, e como disse, ainda vou desenhar quando tiver mais tempo.
Ah, mas só uma correção, é que Thorndramon voltou ao normal logo depois da luta, embora eu ache que talvez eu não tenha deixado bem explicado... Sabecomé.
Spirit
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Re: Digimon - Digital Rebellion
Tudo bem Spirit fico realmente bastante feliz em ver que esta conseguindo realizar como deseja seus objetivos com esta fanfic . Estarei aguardando ansiosamente o próximo capitulo .
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Bom saber que minha memória não está tão ruim!
Sobre o líder evoluir primeiro, Takato e Guilmon não seguiram essa ideia, pelo menos na primeira evolução, e eu vou dizer que gostei de como fizeram. Mas não tem problema nenhum fazer da forma tradicional também. Acho que consegui visualizar o Thordramon melhor agora, mas desenhe-o sim! Gostaria de vê-lo. Depois, você me permitiria tentar desenhar também? Não sei fazer criaturas muito bem, mas eu gostaria de tentar!
Sobre o Guilmon forte demais, me incomodou porque eu já havia percebido isso quando ele limpou o chão com o Fangmon, então não achei necessário reafirmar isso. Entendo que podem ter consequências futuras, é o que espero na verdade, mas agora dá a sensação que não preciso me preocupar com o grupo, já que ele dá conta sempre. Falta dificuldade, que eles precisam se esforçar de verdade.
Mas bem, esse tipo de caminho é normal e tal, apenas tome cuidado.
E aproveitando, eu estava brincando no photoshop fazendo uns digivices e editei uma imagem de um Guilmon pra parecer o da sua história, até porque estava curiosa pra ver como ficaria.
Peguei essa imagem do Collectors porque estava com a melhor qualidade. Espero ter usado o tom certo de azul xD
Sobre o líder evoluir primeiro, Takato e Guilmon não seguiram essa ideia, pelo menos na primeira evolução, e eu vou dizer que gostei de como fizeram. Mas não tem problema nenhum fazer da forma tradicional também. Acho que consegui visualizar o Thordramon melhor agora, mas desenhe-o sim! Gostaria de vê-lo. Depois, você me permitiria tentar desenhar também? Não sei fazer criaturas muito bem, mas eu gostaria de tentar!
Sobre o Guilmon forte demais, me incomodou porque eu já havia percebido isso quando ele limpou o chão com o Fangmon, então não achei necessário reafirmar isso. Entendo que podem ter consequências futuras, é o que espero na verdade, mas agora dá a sensação que não preciso me preocupar com o grupo, já que ele dá conta sempre. Falta dificuldade, que eles precisam se esforçar de verdade.
Mas bem, esse tipo de caminho é normal e tal, apenas tome cuidado.
E aproveitando, eu estava brincando no photoshop fazendo uns digivices e editei uma imagem de um Guilmon pra parecer o da sua história, até porque estava curiosa pra ver como ficaria.
Peguei essa imagem do Collectors porque estava com a melhor qualidade. Espero ter usado o tom certo de azul xD
MidoriKyun
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