Digimon - Digital Rebellion
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MidoriKyun
Spirit
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Re: Digimon - Digital Rebellion
Achei que ficou muito legal esse recolor com o Guilmon de Olhos Azuis . Fico imaginando ... se ele já é anormalmente poderoso no nível Rookie e mais ainda no nível Champion imagine então o tamanho do seu poder nos níveis Ultimate / Perfect e Mega ?
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Midori, mana, pra começar eu adorei a edição! Nossa, é bem desse tom mesmo que são os olhos dele, gostei de verdade de como ficou. E se você quiser fazer Thorndramon, fique à vontade, de duvidar fica melhor que eu fazendo, porque nem tenho facilidade com formas mais animalescas...
Ah, e respondendo tanto você quanto ao Kaiser (oi, cara!) sobre a questão de força anormal do Guilmon... Eu sei que agora ele tá parecendo até um Saitama invencível da vida, mas eu garanto, gente, que ele não é o único ali que é bem forte! Daqui a pouco os problemas já vão começar pro grupo.
Ah, e respondendo tanto você quanto ao Kaiser (oi, cara!) sobre a questão de força anormal do Guilmon... Eu sei que agora ele tá parecendo até um Saitama invencível da vida, mas eu garanto, gente, que ele não é o único ali que é bem forte! Daqui a pouco os problemas já vão começar pro grupo.
Spirit
Younenki II- Mensagens : 57
Data de inscrição : 17/03/2016
Idade : 30
Re: Digimon - Digital Rebellion
Tudo bem Spirit eu tenho certeza que quando você desenhar Thorndramon vai ficar excelente
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Eeeeei, gente bonita!
Boa notícia pra vocês, foi que nos dois dias de folga que tirei (nada como umas treze horas extras para serem compensadas), o capítulo todo fluiu em pouco tempo! Espero que curtam!
Capítulo Cinco:
O Lobo, a Raposa e a Evolução!
Alister estava tão concentrado no livro diante de si, que quase caiu da cadeira ao ouvir o celular apitar. Surpreso, ele pegou o aparelho e desbloqueou, vendo uma notificação de mensagem. Pensou que estavam sendo atacados de novo, mas quando abriu, viu uma foto tirada naquela manhã, no qual o mostrava na praia, observando os outros na beira do mar, jogando água em Gabumon, Floramon ali perto tomando sol. Para você guardar de lembrança, Shinjurou tinha digitado logo abaixo, junto de um emoticon de carinha feliz. Ele observou a imagem por algum tempo, e quando estava prestes a apertar a opção de deletar, sentiu algo peludo roçando em si.
- Ei, eu fiquei bem na foto? – perguntou Gabumon, se esticando para ver a imagem. – Droga, nunca fico bem nas fotos... Mas você ficou bonito!
- Você acha? – o garoto olhou novamente para a foto, desistindo de apaga-la, deixando o aparelho sobre a mesa. – Gabumon, o que a “evolução anômala” que Floramon falou? O que aconteceu com Guilmon naquela luta?
- Ah, como eu vou explicar... – o digimon coçou o queixo enquanto se afastava, subindo na cama. O quarto era espaçoso, com uma cama de casal, um closet como cômodo adicional, além de estantes com muitos livros. A porta estava trancada, e o ar-condicionado ligado, para deixar o visitante mais à vontade. – Bem, como você viu, podemos ter várias formas ao longo da vida, subindo de nível e isso acontece quando acumulamos experiência, por lutas ou por idade. Isso é uma evolução natural, e uma evolução anômala acontece por fatores desconhecidos, e não dura por muito tempo. Algumas espécies só aparecem por evolução anômala, como o Thorndramon.
- Entendo... – Alister não resistiu à sua curiosidade. – Você também evolui, então?
- Ah, sim... – o digimon pareceu desanimado, se deitado de lado na cama, ficando de costas para o outro. – Um dia vou ter que evoluir em um Gururumon.
Pegando o celular novamente, o jovem entrou no aplicativo “dex” e digitou o nome daquela espécie. A imagem que surgiu era de uma espécie de lobo branco com manchas azuis com uma cauda comprida e fina. – Não parece uma evolução ruim.
- De onde eu venho, os Gururumon são servos. – Gabumon se curvou um pouco, segurando sua pele com força. – Nossos antepassados perderam a guerra, e aceitaram servir a serem mortos. Quando os rebeldes tentaram um acordo com os nórdicos, eu fugi junto deles, mas ainda não quero evoluir...
- Desculpe. – o garoto se limitou a dizer, sem saber como poderia ajuda-lo.
- Haha, relaxa! – ele se virou para olhar o humano, movendo a mão em sinal de descaso. – Não é culpa sua. Além disso, já tem os seus problemas...
E, como se fosse uma resposta, alguém bateu à porta. – Herr Alister. – Bastian chamou do lado de fora. – Seus pais o esperam para jantar.
- Já estou indo. – respondeu o mais novo. Se ergueu, colocando o celular no bolso enquanto passava as mãos pelas roupas, deixando-as alinhadas. Destrancou a porta, lançando um olhar por cima do ombro, na direção da cama. – Vou trazer algo para você.
- Está bem! – quando Gabumon concordou, Alister saiu, voltando a trancar a porta. Desceu as escadas rumo ao primeiro andar daquele espaçoso loft.
Ao passo que o segundo piso era ocupado pelos quartos, o de baixo continha a sala de jantar, para onde ele se dirigiu. Já ocupando seus lugares, seus pais o aguardavam, com os pratos servidos. – Desculpe a demora. – disse o grisalho, em alemão, pois era sua língua natal. Sentou-se na ponta da mesa, com a postura alinhada, abaixando a face para o Käsespätzle (uma massa feita de trigo e coberta com queijo e cebolas fritas) a sua frente. Estava bem quente, mas ele o comeu sem problema algum, pois estava acostumado.
- Como foi o seu dia hoje? – perguntou seu pai, Herr Johan Krane. Suas feições e o físico esguio eram semelhantes ao filho, mas seus cabelos curtos e o cavanhaque eram negros. – Soube que não passou o dia em casa.
O garoto quase deixou os talheres caírem ao ouvi-lo, controlando a vontade de mexer nos óculos, seu hábito nervoso. – Estava em um trabalho escolar.
- Conte-nos como foi. – pediu Frau Alena, voltando os olhos para o filho. Seus cabelos eram louros e claros, mas ainda não chegavam ao tom que ele tinha. Puxara de algum parente mais distante.
- Era para o Clube de Estudos Culturais. – pensou rápido em uma resposta. – Estamos estudando como estrangeiros se adaptam aqui.
- Um clube? – repetiu a mulher, encostando o guardanapo sobre os lábios para esconder a surpresa, colocando-o novamente sobre o colo.
- Não vejo como um clube como este pode ajuda-lo. – acrescentou seu pai, colocando os braços sobre a mesa, entrelaçando os dedos. – Sinceramente...
- Se irei lidar com negócios, seria bom conhecer mais sobre os comportamentos das pessoas. – Alister retomou a fala antes que se arrependesse. – Para expandirmos os negócios... – no fim, sua voz foi se tornando mais baixa.
- Ah, bem pensado. – Alena abriu um pequeno sorriso para ele.
- Como esperado de um líder. – as palavras de seu pai eram um incentivo, mas fizeram com que ele se sentisse pior.
- Desculpem, eu ainda não acabei meus deveres. Vou jantar enquanto termino. – e dito isso, se ergueu, pegando o prato com uma mão. Nele tinha sua sobremesa, um pedaço generoso de Apfelstrudel com sorvete. – Se precisarem de algo, estarei no meu quarto.
E, antes que eles lhe chamassem e acabasse voltando, se afastou a passos rápidos, como se estivesse fugindo. Subiu de volta ao segundo andar, ofegando um pouco quando chegou ao seu quarto, voltando a trancar a porta. Isso chamou a atenção de Gabumon, que estava na cama com alguns livros, aparentemente lendo cinco ao mesmo tempo, pois segurava um nas mãos e outros quatro estavam abertos a sua volta.
- Você voltou cedo, aconteceu alguma coisa? – o digimon o fitou surpreso, largando o livro.
- Nada... Só estava falando com meus pais. – com um suspiro, Alister foi até ele e se sentou na cama, colocando o prato perto dos livros. – Aqui, você vai gostar disso.
- Você fica assim toda ver que fala deles... – comentou o outro, pegando um pedaço do doce de maçã com a mão, ficando com a pele cheia de farelos quando comeu. – Qual é o problema?
- A minha família é influente no meu país de origem, e tem expandido muito desde a época do meu avô. – enquanto explicava, o garoto se curvou um pouco, tirando os óculos para esfregar os olhos com as costas da mão. – Ser filho único me faz ter muitas responsabilidades. Por causa disso, minha vida já está toda planejada, até mesmo as companhias que terei...
- Por isso você não queria se apegar a eles? – Gabumon adivinhou, enquanto passava a língua pelas migalhas grudadas nos pelos brancos.
- Ah, acho que sim...
- Bom, e o que você quer fazer, ao invés de cuidar dos negócios da sua família?
- Eu... – ele hesitou por um momento, até que virou a face para todos os livros espalhados na cama, tocando a capa de um deles com a ponta dos dedos. Sua vista estava toda embaçada pois ainda segurava os óculos na outra mão, mas podia reconhecer qual era só pelo tamanho. – Gostaria de escrever. A fantasia me atrai...
- Por que não fala isso pros seus pais? – agora que tinha acabado o pedaço de torta, o digimon se ocupava com o sorvete, estremecendo um pouco. – Aaah, frio... Não acredito que não tem isso no meu mundo!
- Não posso dizer isso a eles! – nervoso, o garoto colocou os óculos na face, assim não precisava olhar para o outro. Respirou fundo, voltando a se acalmar, mantendo sua postura controlada. – É meu destino por ter nascido um Krane... Se você acreditar nessas coisas.
- Acreditar, eu acredito... – deixando o prato de lado, Gabumon se esticou na cama, encarando-o de cabeça para baixo. – Mas pra mim, destino é como uma trilha. Se você tomar outro caminho, pode encontrar algo interessante.
- Ou se perder.
- Mas se perder pode ser uma coisa boa! – o digimon não perdeu o ânimo, cutucando o braço dele. Com um suspiro, então, Alister se ergueu, recolhendo os livros espalhados pela cama, assim como o prato vazio.
- Meu caminho já foi traçado há muito tempo, não posso me desviar dele. – se limitou a dizer enquanto colocava o prato sobre a mesa de estudos, e os livros, dentro do armário, um tanto escondidos de vista.
Quando tudo estava arrumado, foi até a janela, fechada para que o ar frio não escapar. Deixou o vidro fechado, mas puxou as cortinas, querendo ver a noite estrelada do lado de fora. O que viu, no entanto, foi um focinho coberto de pelos amarelos e um par de olhos azuis olhando-o, antes que se tornasse um borrão e se afastasse. Surpreso, o garoto caiu sentado, recuando um pouco, os óculos caindo pela face.
- Ei, o que foi? – ao vê-lo cair, Gabumon saltou da cama, correndo em sua direção, colocando a mão em seu ombro.
- Tinha alguma coisa ali! – ele apontou para a janela. – Alguma coisa me encarando!
- Deixa eu ver! – o digimon branco se esticou todo para ver, segurando no peitoril de madeira. Conseguiu divisar uma forma amarelada muitos metros abaixo, contrastando com a escuridão do local. – Deve ser um espião. Vou atrás dele!
- Espere! – chamou Alister, mas antes que pudesse fazer algo, o outro abriu a janela e saltou para fora, caindo sobre uma armação de ferro plana, que sustentava a escada de incêndio. Ao ver Gabumon descendo, suspirou e pegou um casaco ali perto, saindo pela janela também, com cuidado. – Vou me arrepender disso...
- Vamos logo! – na metade da escada, ele já tinha saltado, olhando para os lados. Logo viu uma ponta de cauda branca e correu pela rua estreita. Para não perde-lo de vista, o garoto pulou também, mas caiu de bruços no chão, percebendo que tinha arranhões nas mãos quando se ergueu.
- Meu deus, Gabumon, vá devagar... – pediu, tropeçando um pouco ao segui-lo.
- Esse cara é rápido! – a voz dele já vinha da esquina, forçando o alemão a correr, antes que o perdesse de vista.
O lado bom da noite agitada, era que os pontos escuros nas ruas e as luzes fortes nas placas escondiam as estranhas formas que corriam, fosse a do digimon amarelado, ou a de Gabumon. Isso, no entanto, também dificultava a Alister que os seguisse, a tal ponto que já estava ofegante, quase caindo quando percebeu que o digimon branco tinha parado. Quando viu o garoto se aproximando, colocou o dedo sobre os lábios, indicando que não fizesse barulho, mas o arquejar dele era impossível de conter. Ao parar, se curvou, colocando as mãos sobre os joelhos.
- Ele entrou lá. – Gabumon apontou para uma entrada antes lacrada, mas que agora tinha as tábuas quebradas caídas sobre o chão.
- Por favor, me dê uns minutos... – o garoto sentia que iria desabar se desse mais um passo.
- Você tá acabadão. – o outro colocou a mão no queixo, rindo em seguida. – Haha, acho que ler não é um exercício, hein? – mas, ao ver a expressão irritada do humano, ele logo se calou. – Nossa, você tem que melhorar o seu senso de humor...
- Você disse que o digimon estava aí, não é? – agora que estava recuperado, Alister ajustou os óculos, vendo aonde tinha chegado. Diante de si, erguia-se um prédio comercial ainda em construção, com os primeiros pisos fechados com paredes, mas os próximos só tendo a base de concreto, alguns andaimes e barras de ferro. Era o local perfeito para se esconder e armar uma emboscada. – Não gosto desse lugar, vamos tomar cuidado.
- Certo! – o digimon fechou o punho e adentrou no prédio, seguido pelo jovem.
Alister esperava que o seu inimigo estivesse escondido, esperando entre as vigas para atacar pelas costas, mas ele parecia ter outros planos. A grande raposa amarelada estava sentada sobre as patas traseiras, suas nove caudas com as pontas brancas descansadas sobre o chão. Seu pescoço recoberto por pelos alvos era decorado com uma armação de listras vermelhas e brancas, terminando em guizos, e em sua testa, havia um símbolo de ying-yang. No bolso, o celular do garoto vibrou, mas ele apenas tocou por cima do tecido, receoso que o monstro atacasse caso se distraísse.
- Não se incomode. – ele disse com uma voz serena, abaixando um pouco a face. Com a permissão, Alister tirou o aparelho do bolso e clicou na notificação da dex.
- Kyubimon. – ele leu, percebendo também seu nível. – O que você quer?
- Minha missão é capturar os rebeldes e seus aliados. – Kyubimon explicou, encarando-o com seus olhos azuis intensos. – Mas ao segui-lo, vi que a culpa não é sua de ter sido arrastado para este caos. Não irei feri-lo. Sua dedicação a manter-se firme em um destino difícil é admirável.
- Bem... – Alister estava sem palavras, sem acreditar que aquele inimigo estava lhe elogiando.
- Mas você, nortenho. – ao olhar para Gabumon, a expressão da raposa se tornou raivosa, os pelos de seu pescoço se tornando arrepiados. – Desconsiderou as leis do seu povo e fugiu com uma turba de anarquistas... Não bastasse isso, ainda coloca em risco um ser humano que nada tem a ver com isso. Inconsequente. – acusou, como se cuspisse a palavra.
- Ei, você não pode... – o jovem grisalho começou, mas se calou quando o digimon branco colocou o braço diante de seu corpo.
- Tudo bem. – seu tom era sério, e o olhar, decidido. – Ele vai deixa-lo em paz. E você disse que não queria se apegar.
Ao ser lembrado das próprias palavras, a voz do garoto sumiu, de modo que hesitou um longo momento antes de conseguir responder. – Ele está em um nível superior...
- Eu sei. – Gabumon virou os olhos vermelhos para o lado. – Mas eu acumulei experiência ao longo dos anos... Se precisar, vou evoluir.
- Mas a sua forma evoluída é Gururumon. – era impossível esquecer do que ele havia dito sobre aquela espécie ser serva, por causa de uma guerra perdida.
- Alister, vá embora. – desta vez, o pequeno lagarto coberto rosnou ao falar, se recusando a fita-lo. – Não somos amigos, nos conhecemos há dois dias. Por favor, volte para a sua vida e esqueça dessa guerra.
Diante da dura fala, Alister recuou alguns passos, esperando que ele mudasse de ideia. Como Gabumon nem ao menos se virou, deu-lhe as costas e saiu daquele prédio, apertando o celular com força na mão. Com sua saída, o pequeno albino suspirou longamente, voltando a olhar para Kyubimon.
- Vamos acabar logo com isso. – ele ergueu os punhos fechados. – Mas você não vai me levar de volta.
- É bom ver que tomou uma decisão sábia, mesmo que seja a última na vida. – a raposa se ergueu, esticando suas nove caudas. Nas pontas, pequenas chamas brancas acenderam. – Não tenho planos de leva-lo, nortenho. Sua vida é uma afronta ao que acredito, então vou eliminá-lo.
- Quero ver você tentar. Blue Blaster! – o menor atacou, lançando uma rajada de chamas azuis. O ataque atingiu uma parede, pois Kyubimon desviou-se com um gracioso salto, pousando sobre uma das vigas.
- Onibidama... – disse em voz baixa, fazendo com que as chamas das caudas aumentassem, e então se desprendessem, adquirindo feições um tanto fantasmagóricas, avançando na direção do menor.
Para deter as bolas de fogo, Gabumon atacou com suas próprias rajadas, conseguindo dispersar a maior parte delas, exceto duas. Uma bateu na lateral de seu tronco, queimando seu casaco de pele, e a outra entre seu peito e pescoço, com tanta força que o derrubou para trás com um gemido. Destro, o digimon raposa saltou da viga, com as unhas afiadas em riste mirando o peito de seu adversário.
O ataque teria sucesso se o digimon albino não tivesse revidado, movendo a face para usar o chifre como arma. No instante seguinte, Kyubimon pousou pesadamente a alguns metros de distância, virando a face para olhar o corte longo e fino feito na perna dianteira. Seus olhos se estreitaram quando voltou a olhar para Gabumon, que se erguia com dificuldade. – Não sairá impune disso.
- Então vem! – o digimon menor respondeu de forma provocativa, voltando a fechar os punhos.
Arrependeu-se logo em seguida, pois a raposa mudou de tática, se abaixando para dar um grande alto para cima, chegando quase até os andares finais. Suspenso no ar, curvou-se e caiu girando o corpo, até que foi coberto de fogo branco. – Koenryu! – gritou, criando um dragão com as chamas, que voou até Gabumon. No estado atual, ele sabia que não tinha como desviar do fogo e fechou os olhos vermelhos, esperando. O que sentiu, no entanto, foi uma mão agarrar seu braço e puxá-lo para o lado.
O ataque explodiu em chamas, deixando marcas e cinzas pelas paredes, mas quando o mesmo cessou, o digimon albino não sentia dor, apenas um peito ofegante encostado em seu corpo. Ao abrir os olhos e erguer a face, percebeu que Alister o segurava nos braços, com uma expressão que misturava raiva e pavor, escondido atrás de um dos pilares de sustentação. – Nunca mais fale comigo daquela forma. – disparou.
- Alister... – Gabumon nem sabia o que falar. – Por que você...?
- Eu não sei. – o garoto foi direto. – Isso não faz sentido, é uma completa loucura, e eu nem tenho um motivo para estar aqui.
- Mas... – instigou o digimon, abrindo um pequeno sorriso.
- Mas nunca me senti tão vivo em toda a minha vida. – ele admitiu, erguendo a mão que segurava o celular. – Você não vai se livrar de mim tão cedo.
- Haha, você é um cara e tanto, Alis! – a risada do albino nem o deixou reparar no apelido. Decidido, Gabumon se afastou alguns passos, fechando as mãos. – Por você, eu vou evoluir! – e, sem esperar resposta, correu na direção de Kyubimon, que agora estava no chão outra vez. Pequenas luzes azuis piscaram em volta de seu corpo, indicando que estava se preparando para uma evolução normal.
- Por favor... – Alister pediu em voz baixa, ao ver o que ele estava fazendo. Apertou o celular na mão com tanta força que nem percebeu o ícone de evolução aparecendo na tela com uma runa, a barra com o nome Campeão chegando cada vez mais perto dos 100%. – Não seja um Gururumon... Seja algo melhor...
O digimon albino não o ouviu, mas as luzes se tornaram mais forte e encobriram sua forma. – Gabumon... EVOLUÇÃO! – gritou enquanto sua forma aumentava, se revelando quando as luzes sumiram. Em vez de um Gururumon, o digimon no qual ele se transformara era um lobo de pelagem branca, com manchas negras nas patas e nas costas, em um padrão intrincado. Suas patas dianteiras eram adornadas com braceletes de prata com desenhos de lua crescente, tendo também uma corrente com um pingente de lua em torno do pescoço. Suas orelhas anormalmente longas eram repletas de brincos de argola, e sua cauda, de anéis. – Hatimon!
- O que? – espantou-se Kyubimon, chegando a abaixar suas caudas ao ver sua nova forma.
- Você conseguiu... – atrás daquela viga, Alister se esticava para ver a nova forma de Gabumon, se permitindo sorrir por um momento. Igualmente surpreso, Hatimon se virou para o garoto.
- Obrigado. – disse abaixando um pouco a face, antes de voltar a encarar a raposa.
- Pouco me importa se mudou de forma. – o inimigo se curvou, tornando a preparar seu golpe. – Não adiará sua sentença. Koenryu! – ele saltou novamente, girando enquanto seu corpo era recoberto por chamas brancas.
- Freezing Eclipse! – o digimon lobo revidou, lançando de sua boca uma espécie de esfera negra, que flutuou até estar no topo do prédio. Logo começou a tremer, se quebrando para liberar um frio tão intenso que congelou o concreto a sua volta, incluindo as chamas de Kyubimon. O dragão de fogo que ele formava foi coberto de gelo, enquanto seu corpo jazia preso, imobilizado. Isso deu chance para Hatimon tomar impulso, disparando com um grande salto em sua direção. Suas garras brancas se tornaram negras e aumentaram de tamanho. – Crescent Blade! – atacou, partindo o gelo.
Os dois caíram ao chão ao mesmo tempo, mas o lobo caiu de pé, enquanto a raposa desabou, com o corpo trêmulo. Ofegando vapores frios, Hatimon se aproximou dele, mas parou a alguns metros de distância, pronto para atacar se fosse preciso. – Vá embora deste mundo, Kyubimon. Ou não vai gostar do seu destino. – disse, sério.
O inimigo se ergueu com dificuldade e se curvou como se fosse atacar novamente, mas então sua postura relaxou. – Reconheço minha derrota, nortenho. Mas saiba que não pode fugir do seu destino. – ele então levou uma das patas a um dos guizos, tirando de dentro dele um daqueles estranhos cubinhos. Antes de ativá-lo, lançou um olhar para Alister. – E quanto a você, humano... Suas ações o levaram a um caminho perigoso.
Com um rosnado, o lobo bateu no chão com a pata. – Vai de uma vez! – e, antes que fosse atacado, Kyubimon tocou no cubinho, que gerou outro portal entre luzes. Quando ele se foi, Hatimon suspirou, agitando a face. – Que cara chato, viu.
- É melhor que um Gururumon, sabe. – o garoto se aproximou do digimon lobo, colocando seu casaco para se proteger do frio. Ao parar ao seu lado, colocou a mão entre suas longas orelhas, que quando abaixaram, quase tocaram o chão.
- Haha, eu sei! Essa forma é incrível. – ele concordou, agitando a cauda. Em seguida, se afastou, ficando diante do jovem grisalho. – Ei, tire uma foto minha assim! Os outros vão adorar!
- Ah... – pego de surpresa, Alister ajeitou os óculos, mexendo na tela do celular até achar o aplicativo da câmera. – Claro.
- Eu vou sair ótimo nessa! – disse o lobo, com as costas esticadas e os ombros dianteiros erguidos, fechando um dos olhos enquanto colocava a pata sobre os lábios. – Hora de mostrar a minha sensualidade!
- Hã... Hatimon... – o outro hesitou por um momento. – Você não quer... Sabe... Ficar em uma posição menos bizarra?
- Isso magoa, ok? – após um breve momento de desânimo, o digimon ficou parado de uma forma mais “normal”, mas suas orelhas erguidas indicavam que ainda estava feliz com a nova forma. Quando a foto foi tirada, as luzes voltaram a envolver seu corpo, desaparecendo para revela-lo novamente como um Gabumon. – Quero ver, nessa eu com certeza saí bem! – apressado, ele tirou o aparelho das mãos do garoto, clicando em algumas opções.
- Ei, o que está fazendo? – quando o celular começou a tremer com notificações, Alister o tirou das mãos do digimon.
- Mandando isso pros outros, ué!
- Não fique mandando mensagens com meu celular. – revidou o garoto, guardando-o no bolso. Em seguida, tirou o casaco e colocou sobre Gabumon, tentando escondê-lo como podia. – Agora vamos sair daqui antes que alguém nos veja... Sem correr.
- Não tenho culpa se você tá fora de forma! – riu o digimon, saindo junto com ele, tomando as duas mais escuras e discretas, apesar de ser difícil, quando passavam perto dos letreiros luminosos.
--
- O que você acha? – perguntou uma voz masculina e baixa. No terraço de um prédio próximo, duas figuras observavam Alister e Gabumon pelas ruas, já a algum tempo. – Eu posso mata-los agora, sem nenhuma dificuldade.
- Não... – respondeu agora uma vez feminina. – Eles disseram que deveríamos ficar fora das lutas até ter certeza de que os outros não seriam capazes de vencê-los.
- Isso é ridículo.
- Eu sei... – ela suspirou, esticando a mão e tocando o braço de seu parceiro, mesmo que recoberto por um rígido material negro. – Mas não se preocupe, logo terá a sua chance...
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Notas da tia:
Hatimon provém da figura lupina nórdica Hati, o filho de Fenrir.
Boa notícia pra vocês, foi que nos dois dias de folga que tirei (nada como umas treze horas extras para serem compensadas), o capítulo todo fluiu em pouco tempo! Espero que curtam!
Capítulo Cinco:
O Lobo, a Raposa e a Evolução!
Alister estava tão concentrado no livro diante de si, que quase caiu da cadeira ao ouvir o celular apitar. Surpreso, ele pegou o aparelho e desbloqueou, vendo uma notificação de mensagem. Pensou que estavam sendo atacados de novo, mas quando abriu, viu uma foto tirada naquela manhã, no qual o mostrava na praia, observando os outros na beira do mar, jogando água em Gabumon, Floramon ali perto tomando sol. Para você guardar de lembrança, Shinjurou tinha digitado logo abaixo, junto de um emoticon de carinha feliz. Ele observou a imagem por algum tempo, e quando estava prestes a apertar a opção de deletar, sentiu algo peludo roçando em si.
- Ei, eu fiquei bem na foto? – perguntou Gabumon, se esticando para ver a imagem. – Droga, nunca fico bem nas fotos... Mas você ficou bonito!
- Você acha? – o garoto olhou novamente para a foto, desistindo de apaga-la, deixando o aparelho sobre a mesa. – Gabumon, o que a “evolução anômala” que Floramon falou? O que aconteceu com Guilmon naquela luta?
- Ah, como eu vou explicar... – o digimon coçou o queixo enquanto se afastava, subindo na cama. O quarto era espaçoso, com uma cama de casal, um closet como cômodo adicional, além de estantes com muitos livros. A porta estava trancada, e o ar-condicionado ligado, para deixar o visitante mais à vontade. – Bem, como você viu, podemos ter várias formas ao longo da vida, subindo de nível e isso acontece quando acumulamos experiência, por lutas ou por idade. Isso é uma evolução natural, e uma evolução anômala acontece por fatores desconhecidos, e não dura por muito tempo. Algumas espécies só aparecem por evolução anômala, como o Thorndramon.
- Entendo... – Alister não resistiu à sua curiosidade. – Você também evolui, então?
- Ah, sim... – o digimon pareceu desanimado, se deitado de lado na cama, ficando de costas para o outro. – Um dia vou ter que evoluir em um Gururumon.
Pegando o celular novamente, o jovem entrou no aplicativo “dex” e digitou o nome daquela espécie. A imagem que surgiu era de uma espécie de lobo branco com manchas azuis com uma cauda comprida e fina. – Não parece uma evolução ruim.
- De onde eu venho, os Gururumon são servos. – Gabumon se curvou um pouco, segurando sua pele com força. – Nossos antepassados perderam a guerra, e aceitaram servir a serem mortos. Quando os rebeldes tentaram um acordo com os nórdicos, eu fugi junto deles, mas ainda não quero evoluir...
- Desculpe. – o garoto se limitou a dizer, sem saber como poderia ajuda-lo.
- Haha, relaxa! – ele se virou para olhar o humano, movendo a mão em sinal de descaso. – Não é culpa sua. Além disso, já tem os seus problemas...
E, como se fosse uma resposta, alguém bateu à porta. – Herr Alister. – Bastian chamou do lado de fora. – Seus pais o esperam para jantar.
- Já estou indo. – respondeu o mais novo. Se ergueu, colocando o celular no bolso enquanto passava as mãos pelas roupas, deixando-as alinhadas. Destrancou a porta, lançando um olhar por cima do ombro, na direção da cama. – Vou trazer algo para você.
- Está bem! – quando Gabumon concordou, Alister saiu, voltando a trancar a porta. Desceu as escadas rumo ao primeiro andar daquele espaçoso loft.
Ao passo que o segundo piso era ocupado pelos quartos, o de baixo continha a sala de jantar, para onde ele se dirigiu. Já ocupando seus lugares, seus pais o aguardavam, com os pratos servidos. – Desculpe a demora. – disse o grisalho, em alemão, pois era sua língua natal. Sentou-se na ponta da mesa, com a postura alinhada, abaixando a face para o Käsespätzle (uma massa feita de trigo e coberta com queijo e cebolas fritas) a sua frente. Estava bem quente, mas ele o comeu sem problema algum, pois estava acostumado.
- Como foi o seu dia hoje? – perguntou seu pai, Herr Johan Krane. Suas feições e o físico esguio eram semelhantes ao filho, mas seus cabelos curtos e o cavanhaque eram negros. – Soube que não passou o dia em casa.
O garoto quase deixou os talheres caírem ao ouvi-lo, controlando a vontade de mexer nos óculos, seu hábito nervoso. – Estava em um trabalho escolar.
- Conte-nos como foi. – pediu Frau Alena, voltando os olhos para o filho. Seus cabelos eram louros e claros, mas ainda não chegavam ao tom que ele tinha. Puxara de algum parente mais distante.
- Era para o Clube de Estudos Culturais. – pensou rápido em uma resposta. – Estamos estudando como estrangeiros se adaptam aqui.
- Um clube? – repetiu a mulher, encostando o guardanapo sobre os lábios para esconder a surpresa, colocando-o novamente sobre o colo.
- Não vejo como um clube como este pode ajuda-lo. – acrescentou seu pai, colocando os braços sobre a mesa, entrelaçando os dedos. – Sinceramente...
- Se irei lidar com negócios, seria bom conhecer mais sobre os comportamentos das pessoas. – Alister retomou a fala antes que se arrependesse. – Para expandirmos os negócios... – no fim, sua voz foi se tornando mais baixa.
- Ah, bem pensado. – Alena abriu um pequeno sorriso para ele.
- Como esperado de um líder. – as palavras de seu pai eram um incentivo, mas fizeram com que ele se sentisse pior.
- Desculpem, eu ainda não acabei meus deveres. Vou jantar enquanto termino. – e dito isso, se ergueu, pegando o prato com uma mão. Nele tinha sua sobremesa, um pedaço generoso de Apfelstrudel com sorvete. – Se precisarem de algo, estarei no meu quarto.
E, antes que eles lhe chamassem e acabasse voltando, se afastou a passos rápidos, como se estivesse fugindo. Subiu de volta ao segundo andar, ofegando um pouco quando chegou ao seu quarto, voltando a trancar a porta. Isso chamou a atenção de Gabumon, que estava na cama com alguns livros, aparentemente lendo cinco ao mesmo tempo, pois segurava um nas mãos e outros quatro estavam abertos a sua volta.
- Você voltou cedo, aconteceu alguma coisa? – o digimon o fitou surpreso, largando o livro.
- Nada... Só estava falando com meus pais. – com um suspiro, Alister foi até ele e se sentou na cama, colocando o prato perto dos livros. – Aqui, você vai gostar disso.
- Você fica assim toda ver que fala deles... – comentou o outro, pegando um pedaço do doce de maçã com a mão, ficando com a pele cheia de farelos quando comeu. – Qual é o problema?
- A minha família é influente no meu país de origem, e tem expandido muito desde a época do meu avô. – enquanto explicava, o garoto se curvou um pouco, tirando os óculos para esfregar os olhos com as costas da mão. – Ser filho único me faz ter muitas responsabilidades. Por causa disso, minha vida já está toda planejada, até mesmo as companhias que terei...
- Por isso você não queria se apegar a eles? – Gabumon adivinhou, enquanto passava a língua pelas migalhas grudadas nos pelos brancos.
- Ah, acho que sim...
- Bom, e o que você quer fazer, ao invés de cuidar dos negócios da sua família?
- Eu... – ele hesitou por um momento, até que virou a face para todos os livros espalhados na cama, tocando a capa de um deles com a ponta dos dedos. Sua vista estava toda embaçada pois ainda segurava os óculos na outra mão, mas podia reconhecer qual era só pelo tamanho. – Gostaria de escrever. A fantasia me atrai...
- Por que não fala isso pros seus pais? – agora que tinha acabado o pedaço de torta, o digimon se ocupava com o sorvete, estremecendo um pouco. – Aaah, frio... Não acredito que não tem isso no meu mundo!
- Não posso dizer isso a eles! – nervoso, o garoto colocou os óculos na face, assim não precisava olhar para o outro. Respirou fundo, voltando a se acalmar, mantendo sua postura controlada. – É meu destino por ter nascido um Krane... Se você acreditar nessas coisas.
- Acreditar, eu acredito... – deixando o prato de lado, Gabumon se esticou na cama, encarando-o de cabeça para baixo. – Mas pra mim, destino é como uma trilha. Se você tomar outro caminho, pode encontrar algo interessante.
- Ou se perder.
- Mas se perder pode ser uma coisa boa! – o digimon não perdeu o ânimo, cutucando o braço dele. Com um suspiro, então, Alister se ergueu, recolhendo os livros espalhados pela cama, assim como o prato vazio.
- Meu caminho já foi traçado há muito tempo, não posso me desviar dele. – se limitou a dizer enquanto colocava o prato sobre a mesa de estudos, e os livros, dentro do armário, um tanto escondidos de vista.
Quando tudo estava arrumado, foi até a janela, fechada para que o ar frio não escapar. Deixou o vidro fechado, mas puxou as cortinas, querendo ver a noite estrelada do lado de fora. O que viu, no entanto, foi um focinho coberto de pelos amarelos e um par de olhos azuis olhando-o, antes que se tornasse um borrão e se afastasse. Surpreso, o garoto caiu sentado, recuando um pouco, os óculos caindo pela face.
- Ei, o que foi? – ao vê-lo cair, Gabumon saltou da cama, correndo em sua direção, colocando a mão em seu ombro.
- Tinha alguma coisa ali! – ele apontou para a janela. – Alguma coisa me encarando!
- Deixa eu ver! – o digimon branco se esticou todo para ver, segurando no peitoril de madeira. Conseguiu divisar uma forma amarelada muitos metros abaixo, contrastando com a escuridão do local. – Deve ser um espião. Vou atrás dele!
- Espere! – chamou Alister, mas antes que pudesse fazer algo, o outro abriu a janela e saltou para fora, caindo sobre uma armação de ferro plana, que sustentava a escada de incêndio. Ao ver Gabumon descendo, suspirou e pegou um casaco ali perto, saindo pela janela também, com cuidado. – Vou me arrepender disso...
- Vamos logo! – na metade da escada, ele já tinha saltado, olhando para os lados. Logo viu uma ponta de cauda branca e correu pela rua estreita. Para não perde-lo de vista, o garoto pulou também, mas caiu de bruços no chão, percebendo que tinha arranhões nas mãos quando se ergueu.
- Meu deus, Gabumon, vá devagar... – pediu, tropeçando um pouco ao segui-lo.
- Esse cara é rápido! – a voz dele já vinha da esquina, forçando o alemão a correr, antes que o perdesse de vista.
O lado bom da noite agitada, era que os pontos escuros nas ruas e as luzes fortes nas placas escondiam as estranhas formas que corriam, fosse a do digimon amarelado, ou a de Gabumon. Isso, no entanto, também dificultava a Alister que os seguisse, a tal ponto que já estava ofegante, quase caindo quando percebeu que o digimon branco tinha parado. Quando viu o garoto se aproximando, colocou o dedo sobre os lábios, indicando que não fizesse barulho, mas o arquejar dele era impossível de conter. Ao parar, se curvou, colocando as mãos sobre os joelhos.
- Ele entrou lá. – Gabumon apontou para uma entrada antes lacrada, mas que agora tinha as tábuas quebradas caídas sobre o chão.
- Por favor, me dê uns minutos... – o garoto sentia que iria desabar se desse mais um passo.
- Você tá acabadão. – o outro colocou a mão no queixo, rindo em seguida. – Haha, acho que ler não é um exercício, hein? – mas, ao ver a expressão irritada do humano, ele logo se calou. – Nossa, você tem que melhorar o seu senso de humor...
- Você disse que o digimon estava aí, não é? – agora que estava recuperado, Alister ajustou os óculos, vendo aonde tinha chegado. Diante de si, erguia-se um prédio comercial ainda em construção, com os primeiros pisos fechados com paredes, mas os próximos só tendo a base de concreto, alguns andaimes e barras de ferro. Era o local perfeito para se esconder e armar uma emboscada. – Não gosto desse lugar, vamos tomar cuidado.
- Certo! – o digimon fechou o punho e adentrou no prédio, seguido pelo jovem.
Alister esperava que o seu inimigo estivesse escondido, esperando entre as vigas para atacar pelas costas, mas ele parecia ter outros planos. A grande raposa amarelada estava sentada sobre as patas traseiras, suas nove caudas com as pontas brancas descansadas sobre o chão. Seu pescoço recoberto por pelos alvos era decorado com uma armação de listras vermelhas e brancas, terminando em guizos, e em sua testa, havia um símbolo de ying-yang. No bolso, o celular do garoto vibrou, mas ele apenas tocou por cima do tecido, receoso que o monstro atacasse caso se distraísse.
- Não se incomode. – ele disse com uma voz serena, abaixando um pouco a face. Com a permissão, Alister tirou o aparelho do bolso e clicou na notificação da dex.
- Kyubimon. – ele leu, percebendo também seu nível. – O que você quer?
- Minha missão é capturar os rebeldes e seus aliados. – Kyubimon explicou, encarando-o com seus olhos azuis intensos. – Mas ao segui-lo, vi que a culpa não é sua de ter sido arrastado para este caos. Não irei feri-lo. Sua dedicação a manter-se firme em um destino difícil é admirável.
- Bem... – Alister estava sem palavras, sem acreditar que aquele inimigo estava lhe elogiando.
- Mas você, nortenho. – ao olhar para Gabumon, a expressão da raposa se tornou raivosa, os pelos de seu pescoço se tornando arrepiados. – Desconsiderou as leis do seu povo e fugiu com uma turba de anarquistas... Não bastasse isso, ainda coloca em risco um ser humano que nada tem a ver com isso. Inconsequente. – acusou, como se cuspisse a palavra.
- Ei, você não pode... – o jovem grisalho começou, mas se calou quando o digimon branco colocou o braço diante de seu corpo.
- Tudo bem. – seu tom era sério, e o olhar, decidido. – Ele vai deixa-lo em paz. E você disse que não queria se apegar.
Ao ser lembrado das próprias palavras, a voz do garoto sumiu, de modo que hesitou um longo momento antes de conseguir responder. – Ele está em um nível superior...
- Eu sei. – Gabumon virou os olhos vermelhos para o lado. – Mas eu acumulei experiência ao longo dos anos... Se precisar, vou evoluir.
- Mas a sua forma evoluída é Gururumon. – era impossível esquecer do que ele havia dito sobre aquela espécie ser serva, por causa de uma guerra perdida.
- Alister, vá embora. – desta vez, o pequeno lagarto coberto rosnou ao falar, se recusando a fita-lo. – Não somos amigos, nos conhecemos há dois dias. Por favor, volte para a sua vida e esqueça dessa guerra.
Diante da dura fala, Alister recuou alguns passos, esperando que ele mudasse de ideia. Como Gabumon nem ao menos se virou, deu-lhe as costas e saiu daquele prédio, apertando o celular com força na mão. Com sua saída, o pequeno albino suspirou longamente, voltando a olhar para Kyubimon.
- Vamos acabar logo com isso. – ele ergueu os punhos fechados. – Mas você não vai me levar de volta.
- É bom ver que tomou uma decisão sábia, mesmo que seja a última na vida. – a raposa se ergueu, esticando suas nove caudas. Nas pontas, pequenas chamas brancas acenderam. – Não tenho planos de leva-lo, nortenho. Sua vida é uma afronta ao que acredito, então vou eliminá-lo.
- Quero ver você tentar. Blue Blaster! – o menor atacou, lançando uma rajada de chamas azuis. O ataque atingiu uma parede, pois Kyubimon desviou-se com um gracioso salto, pousando sobre uma das vigas.
- Onibidama... – disse em voz baixa, fazendo com que as chamas das caudas aumentassem, e então se desprendessem, adquirindo feições um tanto fantasmagóricas, avançando na direção do menor.
Para deter as bolas de fogo, Gabumon atacou com suas próprias rajadas, conseguindo dispersar a maior parte delas, exceto duas. Uma bateu na lateral de seu tronco, queimando seu casaco de pele, e a outra entre seu peito e pescoço, com tanta força que o derrubou para trás com um gemido. Destro, o digimon raposa saltou da viga, com as unhas afiadas em riste mirando o peito de seu adversário.
O ataque teria sucesso se o digimon albino não tivesse revidado, movendo a face para usar o chifre como arma. No instante seguinte, Kyubimon pousou pesadamente a alguns metros de distância, virando a face para olhar o corte longo e fino feito na perna dianteira. Seus olhos se estreitaram quando voltou a olhar para Gabumon, que se erguia com dificuldade. – Não sairá impune disso.
- Então vem! – o digimon menor respondeu de forma provocativa, voltando a fechar os punhos.
Arrependeu-se logo em seguida, pois a raposa mudou de tática, se abaixando para dar um grande alto para cima, chegando quase até os andares finais. Suspenso no ar, curvou-se e caiu girando o corpo, até que foi coberto de fogo branco. – Koenryu! – gritou, criando um dragão com as chamas, que voou até Gabumon. No estado atual, ele sabia que não tinha como desviar do fogo e fechou os olhos vermelhos, esperando. O que sentiu, no entanto, foi uma mão agarrar seu braço e puxá-lo para o lado.
O ataque explodiu em chamas, deixando marcas e cinzas pelas paredes, mas quando o mesmo cessou, o digimon albino não sentia dor, apenas um peito ofegante encostado em seu corpo. Ao abrir os olhos e erguer a face, percebeu que Alister o segurava nos braços, com uma expressão que misturava raiva e pavor, escondido atrás de um dos pilares de sustentação. – Nunca mais fale comigo daquela forma. – disparou.
- Alister... – Gabumon nem sabia o que falar. – Por que você...?
- Eu não sei. – o garoto foi direto. – Isso não faz sentido, é uma completa loucura, e eu nem tenho um motivo para estar aqui.
- Mas... – instigou o digimon, abrindo um pequeno sorriso.
- Mas nunca me senti tão vivo em toda a minha vida. – ele admitiu, erguendo a mão que segurava o celular. – Você não vai se livrar de mim tão cedo.
- Haha, você é um cara e tanto, Alis! – a risada do albino nem o deixou reparar no apelido. Decidido, Gabumon se afastou alguns passos, fechando as mãos. – Por você, eu vou evoluir! – e, sem esperar resposta, correu na direção de Kyubimon, que agora estava no chão outra vez. Pequenas luzes azuis piscaram em volta de seu corpo, indicando que estava se preparando para uma evolução normal.
- Por favor... – Alister pediu em voz baixa, ao ver o que ele estava fazendo. Apertou o celular na mão com tanta força que nem percebeu o ícone de evolução aparecendo na tela com uma runa, a barra com o nome Campeão chegando cada vez mais perto dos 100%. – Não seja um Gururumon... Seja algo melhor...
O digimon albino não o ouviu, mas as luzes se tornaram mais forte e encobriram sua forma. – Gabumon... EVOLUÇÃO! – gritou enquanto sua forma aumentava, se revelando quando as luzes sumiram. Em vez de um Gururumon, o digimon no qual ele se transformara era um lobo de pelagem branca, com manchas negras nas patas e nas costas, em um padrão intrincado. Suas patas dianteiras eram adornadas com braceletes de prata com desenhos de lua crescente, tendo também uma corrente com um pingente de lua em torno do pescoço. Suas orelhas anormalmente longas eram repletas de brincos de argola, e sua cauda, de anéis. – Hatimon!
- O que? – espantou-se Kyubimon, chegando a abaixar suas caudas ao ver sua nova forma.
- Você conseguiu... – atrás daquela viga, Alister se esticava para ver a nova forma de Gabumon, se permitindo sorrir por um momento. Igualmente surpreso, Hatimon se virou para o garoto.
- Obrigado. – disse abaixando um pouco a face, antes de voltar a encarar a raposa.
- Pouco me importa se mudou de forma. – o inimigo se curvou, tornando a preparar seu golpe. – Não adiará sua sentença. Koenryu! – ele saltou novamente, girando enquanto seu corpo era recoberto por chamas brancas.
- Freezing Eclipse! – o digimon lobo revidou, lançando de sua boca uma espécie de esfera negra, que flutuou até estar no topo do prédio. Logo começou a tremer, se quebrando para liberar um frio tão intenso que congelou o concreto a sua volta, incluindo as chamas de Kyubimon. O dragão de fogo que ele formava foi coberto de gelo, enquanto seu corpo jazia preso, imobilizado. Isso deu chance para Hatimon tomar impulso, disparando com um grande salto em sua direção. Suas garras brancas se tornaram negras e aumentaram de tamanho. – Crescent Blade! – atacou, partindo o gelo.
Os dois caíram ao chão ao mesmo tempo, mas o lobo caiu de pé, enquanto a raposa desabou, com o corpo trêmulo. Ofegando vapores frios, Hatimon se aproximou dele, mas parou a alguns metros de distância, pronto para atacar se fosse preciso. – Vá embora deste mundo, Kyubimon. Ou não vai gostar do seu destino. – disse, sério.
O inimigo se ergueu com dificuldade e se curvou como se fosse atacar novamente, mas então sua postura relaxou. – Reconheço minha derrota, nortenho. Mas saiba que não pode fugir do seu destino. – ele então levou uma das patas a um dos guizos, tirando de dentro dele um daqueles estranhos cubinhos. Antes de ativá-lo, lançou um olhar para Alister. – E quanto a você, humano... Suas ações o levaram a um caminho perigoso.
Com um rosnado, o lobo bateu no chão com a pata. – Vai de uma vez! – e, antes que fosse atacado, Kyubimon tocou no cubinho, que gerou outro portal entre luzes. Quando ele se foi, Hatimon suspirou, agitando a face. – Que cara chato, viu.
- É melhor que um Gururumon, sabe. – o garoto se aproximou do digimon lobo, colocando seu casaco para se proteger do frio. Ao parar ao seu lado, colocou a mão entre suas longas orelhas, que quando abaixaram, quase tocaram o chão.
- Haha, eu sei! Essa forma é incrível. – ele concordou, agitando a cauda. Em seguida, se afastou, ficando diante do jovem grisalho. – Ei, tire uma foto minha assim! Os outros vão adorar!
- Ah... – pego de surpresa, Alister ajeitou os óculos, mexendo na tela do celular até achar o aplicativo da câmera. – Claro.
- Eu vou sair ótimo nessa! – disse o lobo, com as costas esticadas e os ombros dianteiros erguidos, fechando um dos olhos enquanto colocava a pata sobre os lábios. – Hora de mostrar a minha sensualidade!
- Hã... Hatimon... – o outro hesitou por um momento. – Você não quer... Sabe... Ficar em uma posição menos bizarra?
- Isso magoa, ok? – após um breve momento de desânimo, o digimon ficou parado de uma forma mais “normal”, mas suas orelhas erguidas indicavam que ainda estava feliz com a nova forma. Quando a foto foi tirada, as luzes voltaram a envolver seu corpo, desaparecendo para revela-lo novamente como um Gabumon. – Quero ver, nessa eu com certeza saí bem! – apressado, ele tirou o aparelho das mãos do garoto, clicando em algumas opções.
- Ei, o que está fazendo? – quando o celular começou a tremer com notificações, Alister o tirou das mãos do digimon.
- Mandando isso pros outros, ué!
- Não fique mandando mensagens com meu celular. – revidou o garoto, guardando-o no bolso. Em seguida, tirou o casaco e colocou sobre Gabumon, tentando escondê-lo como podia. – Agora vamos sair daqui antes que alguém nos veja... Sem correr.
- Não tenho culpa se você tá fora de forma! – riu o digimon, saindo junto com ele, tomando as duas mais escuras e discretas, apesar de ser difícil, quando passavam perto dos letreiros luminosos.
--
- O que você acha? – perguntou uma voz masculina e baixa. No terraço de um prédio próximo, duas figuras observavam Alister e Gabumon pelas ruas, já a algum tempo. – Eu posso mata-los agora, sem nenhuma dificuldade.
- Não... – respondeu agora uma vez feminina. – Eles disseram que deveríamos ficar fora das lutas até ter certeza de que os outros não seriam capazes de vencê-los.
- Isso é ridículo.
- Eu sei... – ela suspirou, esticando a mão e tocando o braço de seu parceiro, mesmo que recoberto por um rígido material negro. – Mas não se preocupe, logo terá a sua chance...
--
Notas da tia:
Hatimon provém da figura lupina nórdica Hati, o filho de Fenrir.
Spirit
Younenki II- Mensagens : 57
Data de inscrição : 17/03/2016
Idade : 30
Re: Digimon - Digital Rebellion
Nossa Spirit foi um excelente capitulo . Gostei de ver um pouco do cotidiano da vida do Alister e conhecer ainda que brevemente os pais dele . Fiquei meio com pena dele agora que sei que Alister apesar de ser de uma família rica e influente da Alemanha não tem exatamente a vida que gostaria . Poxa . Os Pais dele já planejaram absolutamente tudo que ele vai fazer e esquematizaram a vida dele ? Tipo que emprego ele vai ter quando se formar na escola , com quem ele vai se casar , quantos filhos vai ter e tal ? Pelo que eu vi White Gabumon é seu único e melhor Amigo e de uma maneira extremamente simples e sincera o pequeno Lobo Branco consegue ser tremendamente sábio naquilo que ele diz ao Alister como quando ele disse " – Mas pra mim, destino é como uma trilha. Se você tomar outro caminho, pode encontrar algo interessante." além de ter um jeito muito descontraído e alegre que definitivamente me agradou . Fiquei triste com a situação de White Gabumon quando ele disse que os Gururumons do Norte do Digital World no seu mundo são considerados servos porque seus antepassados perderam a guerra e aceitaram servir a ser mortos . E mais um inimigo desta vez Kyubimon a Raposa Fantasma de Nove Caudas . A perseguição a ela mostrou que Alister não é o esteriótipo de todos os " Lone Wolfs " das séries de Digimon perfeitos que sabem se virar sozinhos , cozinhar , acampar , se orientar sem bussolas , lutar , donos de personalidades firmes e seguras etc . Alister por exemplo por ser meio franzino e estar fora de forma é meio fraco fisicamente e não pode fazer grandes prodígios de força e atletismo . A luta entre White Gabumon e Kyubimon foi muito legal com os dois usando ao máximo a força de seus ataques . Gostei de Alister ter arriscado a própria vida para salvar White Gabumon do " Dragão de Gelo " de Kyubimon e sua evolução para Hatimon foi surpreendente . Eu adorei esta forma já é um dos Digimon mais bonitos que eu pude imaginar nesta fanfic e realmente adoraria ver um desenho dele . E confesso que você me pegou de surpresa Spirit . Eu esperava mesmo que você utilizasse um nome nórdico para a Evolução Nível Champion de White Gabumon mas pensava em nomes como " Frekimon " ou " Gerimon " de " Freki " e " Geri " os dois Lobos que acompanham o Deus Odin não me ocorreu " Hati " o filho do Lobo Fenris . Sobre ele eu encontrei o seguinte :
Na mitologia nórdica, Hati (em nórdico antigo: "Odioso" ) é um lobo que, de acordo com o Gylfaginning, persegue a lua pelo céu noturno (assim como o lobo Sköll persegue o sol durante o dia) até a hora do Ragnarök, quando ambos engolirão esses corpos celestes. Depois disso, Fenris se libertará de suas amarras e matará Odin. Os eclipses lunares ocorrem quando Hati está perto de atingir seu objetivo.
O sobrenome de Hati é Hródvitnisson, como visto no Grímnismál e no Gylfaginning, o que indica que ele é filho de Fenris, cujo nome alternativo é Hródvitnir (“Lobo Famoso”). A mãe de Hati é a giganta Angrboda (mencionada no Völuspá e no Gylfaginning) que habita a leste de Midgard na floresta de Járnvid. Snorri Sturluson registra que essa giganta e bruxa é responsável por muitos filhos (gigantes), em forma de lobos, incluindo um de nome Mánagarm ("Caçador da Lua"), o qual engolirá a lua e é, portanto, identificado com Hati. A partir dessa passagem pode-se presumir também que Sköll é irmão de Hati.
As crianças nórdicas batiam potes e faziam muito barulho para tentar assustá-lo e evitar que ele devorasse a lua. As faíscas geradas pela batida dos potes podiam atravessar os céus. As pessoas da Terra que as vissem pensariam que as faíscas eram estrelas cadentes.
Diz-se que na hora do Ragnarok, Hati vai finalmente conseguir capturar a lua e parti-la entre seus dentes.
Fonte : https://pt.wikipedia.org/wiki/Hati
A luta entre ele e Kyubimon foi fantástica a Raposa tomou uma surra mas também não morreu pois Alister interrompeu a briga e a mandou embora . Achei legal quando no final Hatimon pediu para que seu Companheiro Humano tirasse uma foto dele porque adorou sua nova Evolução . Rachei de rir quando Hatimon esticou as costas e ergueu os ombros dianteiros, fechando um dos olhos enquanto colocava a pata sobre os lábios e disse. "– Hora de mostrar a minha sensualidade!" e o Alister todo sem jeito lhe perguntou se ele poderia ficar numa pose " um pouco menos bizarra ? " ao que este respondeu "- Isso magoa, ok? " mas atendeu o pedido e a seguir após tirar a foto e ter voltado ao seu nível Rookie de White Gabumon mexendo no celular de Alister mandou copias das fotos para Kara e Shinjorou ! E surpresa ! Dois novos personagens misteriosos com intenções obscuras observando secretamente os heróis aparentemente aliados dos inimigos de Kara,Alister ,Shinjorou e seus Digimon. O que o casal misterioso estará tramando ? Enfim ótimo capitulo Spirit aguardo mais =)
Na mitologia nórdica, Hati (em nórdico antigo: "Odioso" ) é um lobo que, de acordo com o Gylfaginning, persegue a lua pelo céu noturno (assim como o lobo Sköll persegue o sol durante o dia) até a hora do Ragnarök, quando ambos engolirão esses corpos celestes. Depois disso, Fenris se libertará de suas amarras e matará Odin. Os eclipses lunares ocorrem quando Hati está perto de atingir seu objetivo.
O sobrenome de Hati é Hródvitnisson, como visto no Grímnismál e no Gylfaginning, o que indica que ele é filho de Fenris, cujo nome alternativo é Hródvitnir (“Lobo Famoso”). A mãe de Hati é a giganta Angrboda (mencionada no Völuspá e no Gylfaginning) que habita a leste de Midgard na floresta de Járnvid. Snorri Sturluson registra que essa giganta e bruxa é responsável por muitos filhos (gigantes), em forma de lobos, incluindo um de nome Mánagarm ("Caçador da Lua"), o qual engolirá a lua e é, portanto, identificado com Hati. A partir dessa passagem pode-se presumir também que Sköll é irmão de Hati.
As crianças nórdicas batiam potes e faziam muito barulho para tentar assustá-lo e evitar que ele devorasse a lua. As faíscas geradas pela batida dos potes podiam atravessar os céus. As pessoas da Terra que as vissem pensariam que as faíscas eram estrelas cadentes.
Diz-se que na hora do Ragnarok, Hati vai finalmente conseguir capturar a lua e parti-la entre seus dentes.
Fonte : https://pt.wikipedia.org/wiki/Hati
A luta entre ele e Kyubimon foi fantástica a Raposa tomou uma surra mas também não morreu pois Alister interrompeu a briga e a mandou embora . Achei legal quando no final Hatimon pediu para que seu Companheiro Humano tirasse uma foto dele porque adorou sua nova Evolução . Rachei de rir quando Hatimon esticou as costas e ergueu os ombros dianteiros, fechando um dos olhos enquanto colocava a pata sobre os lábios e disse. "– Hora de mostrar a minha sensualidade!" e o Alister todo sem jeito lhe perguntou se ele poderia ficar numa pose " um pouco menos bizarra ? " ao que este respondeu "- Isso magoa, ok? " mas atendeu o pedido e a seguir após tirar a foto e ter voltado ao seu nível Rookie de White Gabumon mexendo no celular de Alister mandou copias das fotos para Kara e Shinjorou ! E surpresa ! Dois novos personagens misteriosos com intenções obscuras observando secretamente os heróis aparentemente aliados dos inimigos de Kara,Alister ,Shinjorou e seus Digimon. O que o casal misterioso estará tramando ? Enfim ótimo capitulo Spirit aguardo mais =)
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Yo, Kaiser! Que bom que você curtiu, eu confesso que me diverti escrevendo esse último capítulo. Dos três, o Alister vai ser o único com um aprofundamento maior no começo, porque a trama vai pedir a revelação dos demais logo depois. E sim, a família dele é BEM controladora, a ponto de ter a vida toda planejada. E o Gabumon... Bem, ele é aquele personagem bem de boas que tem uma visão diferente do mundo, em geral eu gosto de trabalhar com gente assim, ainda mais com um parceiro tão retraído, mesmo que eu fique meio chateada por ter que colocar a história dele mais pra depois.
Só uma pequena correção: é UM Kyubimon, pra fugir da imagem deixada pela parceira da Ruki, mas tudo bem. xD E sim, Alister tem um condicionamento físico bem “nerd”, então ele depende mais da mente do que do corpo, algo que eu acho meio divertido também. Fiquei meio hesitante sobre a luta, mas fico feliz que tenha agradado, afinal o Gabumon não é tão forte quando o Guilmon, então ele teve mais trabalho sozinho.
Agora, sobre Hatimon, eu admito que tentei desenhar ele, mas não sei fazer animais... Bom, pelo menos ele ficou com uma boa aparência. Na verdade, sobre ele ser baseado em um inimigo de Odin, vou revelar que toda a linha evolutiva dele é voltada para esses seres, porque vai remeter muito à guerra do qual ele falou antes. E, mesmo assim, não dá pra deixar de perder a graça ou a chance de guardar esse momento, não importa a posição bizarra do nosso novo lobo!
E sim, já estava na hora de introduzir novos personagens, apesar de ser na verdade uma humana e um digimon que estavam conversando, apesar de eu não deixar lá muito específico (não quero revelar a aparência dele ainda!), mas daqui a pouco vamos ver quem são eles e o que querem!
Só uma pequena correção: é UM Kyubimon, pra fugir da imagem deixada pela parceira da Ruki, mas tudo bem. xD E sim, Alister tem um condicionamento físico bem “nerd”, então ele depende mais da mente do que do corpo, algo que eu acho meio divertido também. Fiquei meio hesitante sobre a luta, mas fico feliz que tenha agradado, afinal o Gabumon não é tão forte quando o Guilmon, então ele teve mais trabalho sozinho.
Agora, sobre Hatimon, eu admito que tentei desenhar ele, mas não sei fazer animais... Bom, pelo menos ele ficou com uma boa aparência. Na verdade, sobre ele ser baseado em um inimigo de Odin, vou revelar que toda a linha evolutiva dele é voltada para esses seres, porque vai remeter muito à guerra do qual ele falou antes. E, mesmo assim, não dá pra deixar de perder a graça ou a chance de guardar esse momento, não importa a posição bizarra do nosso novo lobo!
E sim, já estava na hora de introduzir novos personagens, apesar de ser na verdade uma humana e um digimon que estavam conversando, apesar de eu não deixar lá muito específico (não quero revelar a aparência dele ainda!), mas daqui a pouco vamos ver quem são eles e o que querem!
Spirit
Younenki II- Mensagens : 57
Data de inscrição : 17/03/2016
Idade : 30
Re: Digimon - Digital Rebellion
Tudo bem Spirit ! Realmente fico muito feliz em saber disso e curioso para ver nos próximos capítulos . Continue a excelente historia .E muito legal saber que você vai usar um Kyubimon masculino pois isso da margem para toda uma linha de evolução diferente para ele baseada na de Renamon tipo :
Renomon Nível Rookie :
Kyubimon (Macho) Nível Champion :
Taomon (Macho) Nível Ultimate/Perfect :
Sakuyamon (Macho) Nível Mega :
E também estou bastante curioso para ver as Evoluções Ultimate / Perfect e Mega de Hatimon . O que deverão ser ? Um WereGarurumon Viking na fase Ultimate/Perfect . Um Deus Nórdico inimigo de Odin no nível Mega ? Espero que seja bem imponente . E como eu já lhe sugeri você poderia fazer pedidos de comissões de arte para o meu Amigo Kamau . Eu mesmo fiz recentemente uma de uma Digimon Fã Made que se tudo der certo vou submeter na minha pasta de arte aqui do Digimon Forever então não custava nada você tentar também ...
Renomon Nível Rookie :
Kyubimon (Macho) Nível Champion :
Taomon (Macho) Nível Ultimate/Perfect :
Sakuyamon (Macho) Nível Mega :
E também estou bastante curioso para ver as Evoluções Ultimate / Perfect e Mega de Hatimon . O que deverão ser ? Um WereGarurumon Viking na fase Ultimate/Perfect . Um Deus Nórdico inimigo de Odin no nível Mega ? Espero que seja bem imponente . E como eu já lhe sugeri você poderia fazer pedidos de comissões de arte para o meu Amigo Kamau . Eu mesmo fiz recentemente uma de uma Digimon Fã Made que se tudo der certo vou submeter na minha pasta de arte aqui do Digimon Forever então não custava nada você tentar também ...
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Eu curti as fan arts, em especial esse Taomon, pelos detalhes, nossa! Sobre a line do Gabu, apesar de ter pouca surpresa, nada de spoilers. Mas admito que a line que mais gosto é a da Floramon.
Spirit
Younenki II- Mensagens : 57
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Idade : 30
Re: Digimon - Digital Rebellion
Realmente são fanarts muito interessantes os fãs de Digimon do Deviantart sempre conseguem nos surpreender com sua criatividade . E agora fiquei curioso . Estou louco para ver as linhas de evolução completas dos Digimon desta fanfic .=)
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Yo, Spirit! Desculpa essa demora pra comentar o novo capítulo, mas voltei e pretendo não sumir assim de novo (pelo menos não tão cedo).
Já adorei que é focado no MEU BEBÊ ALISTER s2s2
Imaginei que ele tinha problemas com a família antes, mas ainda fiquei surpresa ao ver que ele são tão controladores! Nyoin 3
Consigo entender muito bem como é não ser capaz de enfrentar os pais e fazer o que eles mandam, por isso me identifiquei muito com ele. Isso é bom, mas também ruim porque eu acabo criando expectativas sobre o crescimento dele baseado na minha própria experiência, mas não vou deixar isso estragar a história. E o Alister tem o mesmo sonho que eu: ser escritor!! AIN, BEBÊ! NÃO FAZ ASSIM QUE EU GAMO! <3 <3
Foi bonitinha a interação dele com o Gabumon. Só achei que, como o digimon dizia pro Alister que ele pode seguir outro caminho, o fato dele provavelmente evoluir pra Gururumon não devia abala-lo tanto, já que isso mostra a convicção no que ele diz e pá. Sei que tem aquilo de que "pessoas (ou digimons, nesse caso) são complexos e blá", mas em histórias a abordagem precisa ser um pouco diferente. Mas você não tem obrigação de saber isso, desculpe se estou sendo chata :'DD
Só esperava um pouco mais de interação entre os dois. Não sei porque, fiquei com a sensação que faltou algo.
A luta contra o Kyubimon, tanto com ele na forma novato como adulto, pareceu meio rápida mas foi bem dinâmica. Embora eu tenha adorado o Hatimon, tanto aparência como os golpes (me manda referências! Quero desenhá-lo! Por favor!), confesso que fiquei um pouco decepcionada. Eu estava sim esperando que o Gabumon virasse um Gururumon, e acho que seria até mais interessante do que ele virando um digimon diferente. Podemos isso como uma "ruptura" do "destino" de escravo da raça, mas acho que ele virando um, e ainda assim vencendo o Kyubimon seria uma imagem bem mais poderosa de que ele não precisa, e não vai, seguir o "destino" que os outros esperam.
Até porque, Gururumon é um de meus digimons favoritos e ele parece sempre cair no esquecimento dos fãs. Apesar de achar que ele merecia um deferencial melhor do Garurumon e até uma linha evolutiva própria, por algum motivo gosto muito dele.
Mas a cena do Hatimon posando e falando besteira foi ótima! É divertido imaginar digimons de nível alto participando de cenas engraçadas, já que causa um contraste com a aparência imponente (da maioria).
Reparei que sua escrita tem evoluído e os capítulos vão ficando mais fluidos conforme você os faz. É sempre bom ver as pessoas melhorando conforme pegam experiência! Também acho que está indo bem em fazer os personagens carismáticos. Só queria pedir desculpas por talvez ser meio chata em alguns pontos. Como sou a única apontando alguns defeitos dá aquela sensação que só quero ser babaca :'33
É que já faz um tempo que estou estando sobre roteiro, construção de histórias e etc., então fica meio inevitável não notar e comentar certas coisas! Espero não estar te magoando de alguma forma!
Enfim, gostei bastante do capítulo e cada vez mais gosto do Alister e do Gabumon. Acho eles uma das melhores duplas, com a melhor dinâmica. Fiquei curiosa sobre o que será abordado no próximo capítulo.
Já adorei que é focado no MEU BEBÊ ALISTER s2s2
Imaginei que ele tinha problemas com a família antes, mas ainda fiquei surpresa ao ver que ele são tão controladores! Nyoin 3
Consigo entender muito bem como é não ser capaz de enfrentar os pais e fazer o que eles mandam, por isso me identifiquei muito com ele. Isso é bom, mas também ruim porque eu acabo criando expectativas sobre o crescimento dele baseado na minha própria experiência, mas não vou deixar isso estragar a história. E o Alister tem o mesmo sonho que eu: ser escritor!! AIN, BEBÊ! NÃO FAZ ASSIM QUE EU GAMO! <3 <3
Foi bonitinha a interação dele com o Gabumon. Só achei que, como o digimon dizia pro Alister que ele pode seguir outro caminho, o fato dele provavelmente evoluir pra Gururumon não devia abala-lo tanto, já que isso mostra a convicção no que ele diz e pá. Sei que tem aquilo de que "pessoas (ou digimons, nesse caso) são complexos e blá", mas em histórias a abordagem precisa ser um pouco diferente. Mas você não tem obrigação de saber isso, desculpe se estou sendo chata :'DD
Só esperava um pouco mais de interação entre os dois. Não sei porque, fiquei com a sensação que faltou algo.
A luta contra o Kyubimon, tanto com ele na forma novato como adulto, pareceu meio rápida mas foi bem dinâmica. Embora eu tenha adorado o Hatimon, tanto aparência como os golpes (me manda referências! Quero desenhá-lo! Por favor!), confesso que fiquei um pouco decepcionada. Eu estava sim esperando que o Gabumon virasse um Gururumon, e acho que seria até mais interessante do que ele virando um digimon diferente. Podemos isso como uma "ruptura" do "destino" de escravo da raça, mas acho que ele virando um, e ainda assim vencendo o Kyubimon seria uma imagem bem mais poderosa de que ele não precisa, e não vai, seguir o "destino" que os outros esperam.
Até porque, Gururumon é um de meus digimons favoritos e ele parece sempre cair no esquecimento dos fãs. Apesar de achar que ele merecia um deferencial melhor do Garurumon e até uma linha evolutiva própria, por algum motivo gosto muito dele.
Mas a cena do Hatimon posando e falando besteira foi ótima! É divertido imaginar digimons de nível alto participando de cenas engraçadas, já que causa um contraste com a aparência imponente (da maioria).
Reparei que sua escrita tem evoluído e os capítulos vão ficando mais fluidos conforme você os faz. É sempre bom ver as pessoas melhorando conforme pegam experiência! Também acho que está indo bem em fazer os personagens carismáticos. Só queria pedir desculpas por talvez ser meio chata em alguns pontos. Como sou a única apontando alguns defeitos dá aquela sensação que só quero ser babaca :'33
É que já faz um tempo que estou estando sobre roteiro, construção de histórias e etc., então fica meio inevitável não notar e comentar certas coisas! Espero não estar te magoando de alguma forma!
Enfim, gostei bastante do capítulo e cada vez mais gosto do Alister e do Gabumon. Acho eles uma das melhores duplas, com a melhor dinâmica. Fiquei curiosa sobre o que será abordado no próximo capítulo.
MidoriKyun
Younenki II- Mensagens : 41
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Idade : 33
Re: Digimon - Digital Rebellion
Pois é Alister já esta se tornando famoso entre os membros do fórum . Também acho que Gururumon é um Digimon muito legal e muito subestimado que poderia ter sua própria linha de evolução . Mas enfim estou curioso para ver a evolução de Floramon .
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Bem, gente, acho que dessa vez vou responder pra ambos, já que temos pontos de concordância. Antes, claro, quero agradecer ambos por serem leitores constantes (isso me anima bastante a continuar), e também agradeço pelas observações.
Como essa é a primeira fic que faço em anos, ainda to tentando desenvolver, e fico feliz vendo que isso parece acontecer. Apesar disso, admito que tenho um medo enorme de que meus diálogos fiquem muito grandes ou as lutas muito longas, e isso torne o capítulo enfadonho, mas vou tentar perde-lo. Eu confesso que queria usar Gururumon (até porque a própria pele do Gabumon é da espécie), mas isso seria como o Gabu “admitir” que segue aquele destino, mas teremos pelo menos um Gururumon aparecendo ao longo da história. Mas o principal motivo, foi pelo fato de todas as lines serem fan-made, então isso acabaria quebrando um pouco o clima... Ainda mais porque os lobos inimigos de Odin são o foco de toda a linha dele. Bom, de qualquer forma, é bom ver as opiniões de vocês, espero poder incorporar na trama ou na escrita para melhorá-la!
Como essa é a primeira fic que faço em anos, ainda to tentando desenvolver, e fico feliz vendo que isso parece acontecer. Apesar disso, admito que tenho um medo enorme de que meus diálogos fiquem muito grandes ou as lutas muito longas, e isso torne o capítulo enfadonho, mas vou tentar perde-lo. Eu confesso que queria usar Gururumon (até porque a própria pele do Gabumon é da espécie), mas isso seria como o Gabu “admitir” que segue aquele destino, mas teremos pelo menos um Gururumon aparecendo ao longo da história. Mas o principal motivo, foi pelo fato de todas as lines serem fan-made, então isso acabaria quebrando um pouco o clima... Ainda mais porque os lobos inimigos de Odin são o foco de toda a linha dele. Bom, de qualquer forma, é bom ver as opiniões de vocês, espero poder incorporar na trama ou na escrita para melhorá-la!
Spirit
Younenki II- Mensagens : 57
Data de inscrição : 17/03/2016
Idade : 30
Re: Digimon - Digital Rebellion
Tudo bem para mim Spirit . Realmente eu adoro quando os autores utilizam Digimon Fã Mades nas suas fanfics pois criar Digimon Fã Mades e imaginar sua aparência e toda sua linha de evolução é algo tremendamente difícil e uma prova de imensa criatividade do autor da fanfic . Agrada-me muito que você crie Digimon completamente inéditos e imagine todas as suas formas de evolução . Realmente agrada-me que no caso de White Gabumon ele esteja quebrando seu destino pré-determinado de ser um " servo " e se tornando algo completamente inesperado . Sobre você usar os " Lobos Inimigos de Odin " como tema das suas evoluções isso para mim da margem para temas muito ricos a serem abordados na fanfic utilizando os Deuses Nórdicos do Digimundo . Alias falando em " Odin " a titulo de curiosidade eu encontrei Odinmon lá no deviantart com sua linha de evolução completa . Este :
Então pode ficar tranquilo Spirit pois para mim é uma grande demonstração de sua criatividade que você crie seus próprios Digimon . Agora eu estou doido de curiosidade para ver a evolução de Floramon no que sera ? Espero que também seja um Digimon fã made .
Então pode ficar tranquilo Spirit pois para mim é uma grande demonstração de sua criatividade que você crie seus próprios Digimon . Agora eu estou doido de curiosidade para ver a evolução de Floramon no que sera ? Espero que também seja um Digimon fã made .
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Entendo bem esse seu medo, Spirit, dos diálogos ou lutas serem muito longos, mas também precisa tomar cuidado pra não deixar curto demais e ficar pequeno demais, dando a impressão que tudo se resolveu com muita facilidade, o que não é bom. Isso foi algo que me incomodou muito quando fui rever Adventure. Nos primeiros episódios, ok, estamos conhecendo as evoluções dos digimons dos protagonistas, mas a fórmula: evoluiu = fim dos problemas cansa rápido. E dar a sensação que tudo é fácil para os protagonistas é perigoso, porque isso afasta leitor ou público, afinal não há desafios de verdade.
Adventure conseguiu contornar isso deixando um mistério sobre o universo e ainda balanceando com lutas não tão fáceis, como contra o Andromon.
Agora sobre o Gabumon "admitir" seu destino, eu não concordo. Se eu faço uma faculdade de medicina, obrigatoriamente vou me tornar um médico? Não, na verdade não. Eu posso ter sido obrigada pela família em algum ponto, feito a faculdade só para me deixarem em paz e então seguir minha vida como quero. Parecem pararelos sem sentido, mas é bem isso mesmo. Só porque o Gabumon viraria um Gururumon não quer dizer que ele "admitiria" e muito menos "aceitaria" sua "linhagem" de escravo. Como falei antes, seria um símbolo ainda mais poderoso de alguém mostrando que pode fazer o que quiser de sua vida, que, na verdade, podemos lutar e ser mais fortes pelo que quisermos não importa quem somos, ou a "forma" que tomamos.
Sobre as fan-lines, não veria problema algum em ver linhas oficiais misturadas com fans, digimons all fan-line com digimon all canon-line. Acho que seria até interessante ver ambas interagindo. Acredito que o "contraste" seria muito bacana de ler (ou ler, no caso).
Enfim, mas como é sua primeira fanfic em tanto tempo, e você também não tem nenhuma obrigação de saber sobre estrutura de roteiro e etc., num geral acredito que a história esteja caminhando bem. Ela tem um ritmo mais calmo, o que me agrada muito, já que assim conseguimos nos envolver melhor com os personagens (pelo menos é o que acho).
Fico feliz que você esteja aceitando minhas críticas, por vezes chatas (eu sei, desculpe > e incorpore na história. Apesar de ser meio didáticos, se quiser, posso te recomendar alguns livros sobre o assunto. São leituras bem interessantes. Eles mudam a visão de como essas coisas funcionam, o que eu achei incrível e envolvente. Não acho leitura obrigatória nem nada, se a pessoa não tem interesse na área, mas é bom também pra entender o lado dos escritores profissionais.
Desculpa se falo demais nesse assunto! É que quando eu gosto me empolgo demais falando :'DD
Enfim, gogo! /o/
Adventure conseguiu contornar isso deixando um mistério sobre o universo e ainda balanceando com lutas não tão fáceis, como contra o Andromon.
Agora sobre o Gabumon "admitir" seu destino, eu não concordo. Se eu faço uma faculdade de medicina, obrigatoriamente vou me tornar um médico? Não, na verdade não. Eu posso ter sido obrigada pela família em algum ponto, feito a faculdade só para me deixarem em paz e então seguir minha vida como quero. Parecem pararelos sem sentido, mas é bem isso mesmo. Só porque o Gabumon viraria um Gururumon não quer dizer que ele "admitiria" e muito menos "aceitaria" sua "linhagem" de escravo. Como falei antes, seria um símbolo ainda mais poderoso de alguém mostrando que pode fazer o que quiser de sua vida, que, na verdade, podemos lutar e ser mais fortes pelo que quisermos não importa quem somos, ou a "forma" que tomamos.
Sobre as fan-lines, não veria problema algum em ver linhas oficiais misturadas com fans, digimons all fan-line com digimon all canon-line. Acho que seria até interessante ver ambas interagindo. Acredito que o "contraste" seria muito bacana de ler (ou ler, no caso).
Enfim, mas como é sua primeira fanfic em tanto tempo, e você também não tem nenhuma obrigação de saber sobre estrutura de roteiro e etc., num geral acredito que a história esteja caminhando bem. Ela tem um ritmo mais calmo, o que me agrada muito, já que assim conseguimos nos envolver melhor com os personagens (pelo menos é o que acho).
Fico feliz que você esteja aceitando minhas críticas, por vezes chatas (eu sei, desculpe > e incorpore na história. Apesar de ser meio didáticos, se quiser, posso te recomendar alguns livros sobre o assunto. São leituras bem interessantes. Eles mudam a visão de como essas coisas funcionam, o que eu achei incrível e envolvente. Não acho leitura obrigatória nem nada, se a pessoa não tem interesse na área, mas é bom também pra entender o lado dos escritores profissionais.
Desculpa se falo demais nesse assunto! É que quando eu gosto me empolgo demais falando :'DD
Enfim, gogo! /o/
MidoriKyun
Younenki II- Mensagens : 41
Data de inscrição : 20/03/2016
Idade : 33
Re: Digimon - Digital Rebellion
Olá Spirit! Eu já tinha visto que você tinha postado novos episódios, mas eu estava fazendo provas na escola e também estava tentando agilizar as coisas na minha fanfic, então eu tirei essa madrugada para ler sua fanfic! Bem, como eu estou bemmm atrasado, vou separar minha "análise/crítica" pelos episódios.
PS: Eu li um episódio, escrevi, e logo em seguida li o outro, ou seja, eu posso me contrariar de um episódio para o outro! xD
Episódio 4:
Finalmente, o Shin ganhou mais espaço! Bem, todos já falaram sobre ele, e eu realmente gosto de quando personagens ganham um espaço maior na fanfic. Isso deixa aquele ar onde um personagem evolui, e isso é realmente gratificante. Esse episódio foi ótimo, me prendeu a ler do inicio ao fim e já tivemos a primeira evolução.
Quando eu estava lendo a sua descrição a respeito do Thorndramon, consegui imagina-lo parecido com as imagens do Growlmon X que temos no google, acho isso um ponto ótimo, o fato de conseguirmos por meio de uma ótima descrição, conseguir imaginar "exatamente" como é aquilo que o escritor quer passar.
Achei interessante o fato destes dispositivos estarem sendo "distribuídos", creio eu que todos ou pelo menos uma maioria dos "vilões" que apareceram pela frente terão um desse. Obviamente é a maneira mais fácil de escapar de uma luta. Espero que você consiga explorar bastantes esses dispositivos, pois acho que eles serão de grande ajuda para o grupo futuramente.
Episódio 5:
Este episódio foi bem interessante! Os primeiros parágrafos me prenderam, já que iria revelar um pouco da história do Alister. Me identifiquei um pouco com ele, pois apesar de eu ainda ser adolescentes, meu pais também querem controlar e planejar minha vida toda... E acho isso um saco, e pelo visto Alister também acha!
Gostei desse episódio mais ainda, pelo fato de ter uma interação amigável de Alister com o Gabumon. Falando nisso, adorei a interação que o Kyubimon tendo com Alister, sendo um Digimon "totalmente" pacifico em relação à ele ser um humano e não ter culpa em se envolver com o Gabumon, acho isso bem interessante, pois sempre vimos que os humanos ao lado de Digimon também se tornam alvos, e essa Kyubimon foi um chute em rótulos! Haha! Além de ser UM Kyubimon ainda teve esse pensamento digno de palmas! Haha, espero que ele volte futuramente(e se converta pro lado bom da força), pois pelo pouco que ele já apareceu já me conquistou.
Devo concordar com a Midori com o fato da luta estarem curtas, tanto no primeiro eu já tinha notado isso, mas não é algo que merecia tanto destaque. Reconheço o poder de um Guilmon. A batalha de Hatimon contra o Kyubimon foi bem mais dinâmica e mais detalhada, mas querendo ou não, também foi rápida, apesar de que ainda a luta foi ótima! AH! Falando no Hatimon, tive mais problemas de pensar e imaginar como ele é do que Thorndramon, já que Thorndramon como você disse, era baseado no Growlmon X eu tinha uma base. Tentei e me esforcei, mas o máximo que eu consegui foi pensar em uma mutação de Garumon/WereGarurumon com alguns elementos mais realçados de lua. Não sei porque, mas foi o que eu consegui xD, depois tentarei ler com mais calma e ver se consigo imagina-lo de novo.
Eu de certa forma gostaria muito de ver o Gururumon, concordo também com o que a Midori falou, ele viram um Gururumon e derrotando Kyubimon mostraria o seu valor e sua força, e que nem todos da sua espécie eram os mesmos. Assim como Kyubimon, seria uma quebra total em rótulos! Haha! Mas de qualquer forma fico em feliz dele não ter sido totalmente esquecido, visto que em fanfics, geralmente, quando se tem um Gabumon, eles viraram Garurumon.
Bem, é só isto mesmo! Continuarei acompanhando a sua fanfic, mesmo que, eu demore um pouco para comentar e fazer a minha rápida analise! Boa sorte, Spirit o/
PS: Eu li um episódio, escrevi, e logo em seguida li o outro, ou seja, eu posso me contrariar de um episódio para o outro! xD
Episódio 4:
Finalmente, o Shin ganhou mais espaço! Bem, todos já falaram sobre ele, e eu realmente gosto de quando personagens ganham um espaço maior na fanfic. Isso deixa aquele ar onde um personagem evolui, e isso é realmente gratificante. Esse episódio foi ótimo, me prendeu a ler do inicio ao fim e já tivemos a primeira evolução.
Quando eu estava lendo a sua descrição a respeito do Thorndramon, consegui imagina-lo parecido com as imagens do Growlmon X que temos no google, acho isso um ponto ótimo, o fato de conseguirmos por meio de uma ótima descrição, conseguir imaginar "exatamente" como é aquilo que o escritor quer passar.
Achei interessante o fato destes dispositivos estarem sendo "distribuídos", creio eu que todos ou pelo menos uma maioria dos "vilões" que apareceram pela frente terão um desse. Obviamente é a maneira mais fácil de escapar de uma luta. Espero que você consiga explorar bastantes esses dispositivos, pois acho que eles serão de grande ajuda para o grupo futuramente.
Episódio 5:
Este episódio foi bem interessante! Os primeiros parágrafos me prenderam, já que iria revelar um pouco da história do Alister. Me identifiquei um pouco com ele, pois apesar de eu ainda ser adolescentes, meu pais também querem controlar e planejar minha vida toda... E acho isso um saco, e pelo visto Alister também acha!
Gostei desse episódio mais ainda, pelo fato de ter uma interação amigável de Alister com o Gabumon. Falando nisso, adorei a interação que o Kyubimon tendo com Alister, sendo um Digimon "totalmente" pacifico em relação à ele ser um humano e não ter culpa em se envolver com o Gabumon, acho isso bem interessante, pois sempre vimos que os humanos ao lado de Digimon também se tornam alvos, e essa Kyubimon foi um chute em rótulos! Haha! Além de ser UM Kyubimon ainda teve esse pensamento digno de palmas! Haha, espero que ele volte futuramente
Devo concordar com a Midori com o fato da luta estarem curtas, tanto no primeiro eu já tinha notado isso, mas não é algo que merecia tanto destaque. Reconheço o poder de um Guilmon. A batalha de Hatimon contra o Kyubimon foi bem mais dinâmica e mais detalhada, mas querendo ou não, também foi rápida, apesar de que ainda a luta foi ótima! AH! Falando no Hatimon, tive mais problemas de pensar e imaginar como ele é do que Thorndramon, já que Thorndramon como você disse, era baseado no Growlmon X eu tinha uma base. Tentei e me esforcei, mas o máximo que eu consegui foi pensar em uma mutação de Garumon/WereGarurumon com alguns elementos mais realçados de lua. Não sei porque, mas foi o que eu consegui xD, depois tentarei ler com mais calma e ver se consigo imagina-lo de novo.
Eu de certa forma gostaria muito de ver o Gururumon, concordo também com o que a Midori falou, ele viram um Gururumon e derrotando Kyubimon mostraria o seu valor e sua força, e que nem todos da sua espécie eram os mesmos. Assim como Kyubimon, seria uma quebra total em rótulos! Haha! Mas de qualquer forma fico em feliz dele não ter sido totalmente esquecido, visto que em fanfics, geralmente, quando se tem um Gabumon, eles viraram Garurumon.
Bem, é só isto mesmo! Continuarei acompanhando a sua fanfic, mesmo que, eu demore um pouco para comentar e fazer a minha rápida analise! Boa sorte, Spirit o/
Re: Digimon - Digital Rebellion
Pois é Spirit como você pode ver sua fanfic realmente esta fazendo um imenso sucesso aqui no fórum e eu honestamente fico imensamente feliz com isso pois faz tempo que nós não temos um bom escritor de fanfics entre nós . O Collector , o DKG , o Wolfmon todos eles se foram . Sumiram para não mais voltar então eu realmente fico muito feliz que esteja aqui e nos agracie com suas historias . Continue assim sempre .
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Opa, gente, vamos lá!
Kaiser::
Opa, é sempre bom contar com esse tipo de apoio e visão, afinal criar um digimon novo é meio complicado em alguns casos (quando eu vejo, já criaram quase a mesma coisa com outro. >_>), mas espero que também dê pra trabalhar com os já existentes. Aliás, me pareceu interessante o desing deste novo digimon, apesar de ainda estar considerando a liderança do povo nórdico (acredita que só falta isso?). Parece me uma boa ideia mesmo.
Midori::
Hm, vendo pelo lado das batalhas estarem curtas, isso realmente faz sentido, eu vou tentar trabalhar nesse ponto, é algo que eu realmente não via em Adventure (talvez porque a gente se espantava tanto com a evolução). Voltando ao tema de Gabumon e seu "destino", o que posso dizer que é a sociedade nórdica que estou usando não é das mais liberais, ainda mais com quem nasceu para servir. Ademais, ainda tem alguns detalhes dessa vontade de não evoluir do Gabumon que ainda vão gerar um capítulo, espero que ele seja interessante ou pelo menos dê uma ajuda nesse quesito.
Sobre os livros de ajuda, eu gostaria bastante se pudesse me dar ao menos o título, apesar de ter um tempo mais curto agora. Como críticas, estudos são muitos bons para melhorar as tramas, porque pretendo continuar escrevendo mesmo depois que essa história chegar ao fim.
Lucas::
Uau, fazia um tempo que não te via, hein. xD É ótimo te ver por aqui, e não se preocupe com o tempo que demorou, porque é mesmo difícil conciliar a vida de estudante/trabalhador com as leituras, ainda mais se tu voltou a escrever.
Quanto ao capítulo quatro, parece que o Shin teve o seu momento enfim, espero que ele tenha um destaque assim daqui pra frente. Confesso que me diverti bastante escrevendo, ficou feliz que vocês tenham gostar também, e que você tenha conseguido imaginar mais facilmente o Thorndramon.
Já agora, no quinto, também fiquei feliz que o Alister tenha agradado todos, porque não é uma vida tão distante da que muitos tem, com pais controladores. E sim, eu quis Kyubimon macho porque sempre achei que tinha uma aparência mais ambígua (e ainda quero fazer essas brincadeiras de gêneros com outras espécies), e nunca ache que essa espécie teria uma personalidade agressiva. Novamente, o ponto das lutas vai ser melhor trabalhado, obrigado pela observação, espero que fique melhor daqui pra frente. Ah, e quanto a imaginar Hatimon, ele não se parece em nada com Garurumon, na verdade, a base dele seria um lobo normal, com os detalhes citados. Como disse para a Midori, o Gururumon ainda vai ter o seu valor no decorrer da história, mas a line dos "lobos inimigos de Odin" é a base do Gabumon, então acabei já a criando de forma completamente original.
Bom, espero que tanto você quanto os demais continuem acompanhando e apontando suas opiniões! O próximo capítulo não deve demorar a chegar.
Kaiser::
Opa, é sempre bom contar com esse tipo de apoio e visão, afinal criar um digimon novo é meio complicado em alguns casos (quando eu vejo, já criaram quase a mesma coisa com outro. >_>), mas espero que também dê pra trabalhar com os já existentes. Aliás, me pareceu interessante o desing deste novo digimon, apesar de ainda estar considerando a liderança do povo nórdico (acredita que só falta isso?). Parece me uma boa ideia mesmo.
Midori::
Hm, vendo pelo lado das batalhas estarem curtas, isso realmente faz sentido, eu vou tentar trabalhar nesse ponto, é algo que eu realmente não via em Adventure (talvez porque a gente se espantava tanto com a evolução). Voltando ao tema de Gabumon e seu "destino", o que posso dizer que é a sociedade nórdica que estou usando não é das mais liberais, ainda mais com quem nasceu para servir. Ademais, ainda tem alguns detalhes dessa vontade de não evoluir do Gabumon que ainda vão gerar um capítulo, espero que ele seja interessante ou pelo menos dê uma ajuda nesse quesito.
Sobre os livros de ajuda, eu gostaria bastante se pudesse me dar ao menos o título, apesar de ter um tempo mais curto agora. Como críticas, estudos são muitos bons para melhorar as tramas, porque pretendo continuar escrevendo mesmo depois que essa história chegar ao fim.
Lucas::
Uau, fazia um tempo que não te via, hein. xD É ótimo te ver por aqui, e não se preocupe com o tempo que demorou, porque é mesmo difícil conciliar a vida de estudante/trabalhador com as leituras, ainda mais se tu voltou a escrever.
Quanto ao capítulo quatro, parece que o Shin teve o seu momento enfim, espero que ele tenha um destaque assim daqui pra frente. Confesso que me diverti bastante escrevendo, ficou feliz que vocês tenham gostar também, e que você tenha conseguido imaginar mais facilmente o Thorndramon.
Já agora, no quinto, também fiquei feliz que o Alister tenha agradado todos, porque não é uma vida tão distante da que muitos tem, com pais controladores. E sim, eu quis Kyubimon macho porque sempre achei que tinha uma aparência mais ambígua (e ainda quero fazer essas brincadeiras de gêneros com outras espécies), e nunca ache que essa espécie teria uma personalidade agressiva. Novamente, o ponto das lutas vai ser melhor trabalhado, obrigado pela observação, espero que fique melhor daqui pra frente. Ah, e quanto a imaginar Hatimon, ele não se parece em nada com Garurumon, na verdade, a base dele seria um lobo normal, com os detalhes citados. Como disse para a Midori, o Gururumon ainda vai ter o seu valor no decorrer da história, mas a line dos "lobos inimigos de Odin" é a base do Gabumon, então acabei já a criando de forma completamente original.
Bom, espero que tanto você quanto os demais continuem acompanhando e apontando suas opiniões! O próximo capítulo não deve demorar a chegar.
Spirit
Younenki II- Mensagens : 57
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Re: Digimon - Digital Rebellion
Geeeente, se isso for flood e contra as regras, por favor me avisem! Eu só queria postar esse capítulo e acabei mais cedo do que esperava. >_>
Capítulo Seis:
Flores sob a Lua!
- Só mais um pouco... – Floramon pediu enquanto trançava galhos finos e pequenas folhas em torno do pulso estendido de Shinjurou. Quando ela terminou a pulseira, tirou as mais antigas, agora escuras e murchas. – Pronto.
- Não sei como agradecer. – o garoto sorriu, coçando a nuca de modo desconsertado. Estava em seu quarto, sentado no chão de madeira logo diante da digimon planta, que olhava um pouco nervosa para as pulseiras necrosadas.
- Você sabe que não vou ficar muito tempo aqui. – ela disse, enquanto ia até a janela, atirando as gramas trançadas para fora. O vento logo as desfez, pois não lhe restavam mais vida alguma. – O que vai fazer depois?
- Ah, eu... Não se preocupe. – ele se interrompeu, se erguendo para ficar ao lado dela, se curvando para apoiar os braços no peitoril da janela. – Meus pais estão procurando tratamentos alternativos, vamos encontrar algo.
- Não gosto dessa sua atitude! – revoltada, a digimon lhe deu um pequeno tapa no braço, mesmo que as pontas de suas mãos fossem macias. – Não pode levar tudo numa boa, brigue com essa sua doença! Dizem que isso ajuda.
- Seria ótimo resolver as coisas dessa forma... – com um suspiro, Shinjurou abaixou a face, encarando as pulseiras feitas pela digimon planta. Elas conseguiam retardar seus sintomas e até lhe dar mais vitalidade, mas não duravam mais do que um dia sem morrer. Quando Floramon se fosse, não teria mais como adiar seu estado, e ao pensar nisso, sentiu um tremor correr pelo corpo. Respirou fundo para se acalmar, mas então voltou a sentir um tremor, demorando um pouco até perceber que ele vinha de seu bolso. Dele tirou seu celular, percebendo que tinha uma mensagem nova e, para sua surpresa, que era vinha de Alister.
Um pouco confuso, pois nunca tinha recebido nada do outro garoto, mesmo lhe dando seu número de telefone. Quando clicou, uma foto se abriu, de um grande lobo branco que parecia vagamente familiar, com um curto texto abaixo. – Ei, Floramon. – chamou. – Parece que o Gabumon evoluiu...
- O que? – chocada, a digimon se esticou toda para deixar a face mais próxima da tela, piscando duas vezes ao notar o digimon da imagem. – Oh... Eu achei que ele tinha virado um Gururumon, aquele idiota. Nunca vi essa evolução antes.
- Deve ter sido aquilo que você disse sobre Guilmon... Como era o nome...
- Evolução anômala. – ela disse, com um ar decidido, fechando as mãos. – A minha vez tem que chegar logo também. Lutar com o meu nível tá ficando bem difícil, e eu não vou depender do Guilmon e do Gabumon!
- Ei, você vai evoluir. – Shinjurou colocou a mão sobre sua cabeça e afagou de leve, agora que sabia ser a forma de acalmá-la, já que parecia um tanto frustrada. Quando sua expressão suavizou, o garoto se afastou um pouco, indo para a porta. Logo depois que a abriu, virou a face por sobre o ombro. – Vou preparar um chá para nós, ok?
- Certo. – a digimon foi até a cama do garoto, se deitando ali, com os braços esticados, os olhos fechados. – Qualquer coisa, você me chama, viu?
- Fique à vontade... – ele sorriu um pouco sem graça, deixando-a no quarto com a porta fechada. Não se preocupava muito, pois todos já tinham ido dormir, mas não gostava de deixar Floramon sozinha, pois ela parecia ter uma tendência a chamar atenção.
Não demorou muito, chegou à cozinha, cuidando para não fazer muito barulho. Estava tão acostumado que nem precisava olhar para saber onde estavam as caixas com saquinhos de chá e folhas colhidas, pegando algumas. Enquanto colocava a água para esquentar, triturou algumas folhas pequenas e colocou em duas xícaras, junto com um pouco de açúcar. Estava feliz por ter uma distração, pois toda vez que pensava em seu atual estado, sentia como se algo terrível em seu interior se agitasse, querendo feri-lo. Obviamente, fazia o possível para esconder e também procurava compensar sendo o melhor que pudesse aos demais, por mais que sentisse uma certa vontade de pensar mais em si mesmo.
Ao pensar naquilo, rapidamente moveu a face para os lados, querendo dispersar aquelas ideias, substituindo-as por desejos de ser gentil com a digimon que lhe esperava. Sabia que se fizesse coisas boas, não teria um carma maior para lidar, pois sua situação já estava ruim o bastante. Quando deixou tudo pronto, colocou a água quente, adicionando mais açúcar em uma das doses, do jeito que a digimon planta gostava, mas quase deixou tudo cair no chão quando se virou e percebeu que não estava sozinho.
- Por favor, poderia me servir também? – perguntou um novo digimon, com uma voz aguda e feminina. Sua forma era vagamente humanoide, com uma pele cor-de-rosa com desenhos amarelos que lembravam luas. A parte de seu peito era arroxeada, e das costas despontavam apêndices curvos da mesma cor, e sua face era coberta por uma espécie de máscara roxa. Tinha orelhas longas que lembravam dos coelhos, com alguns outros apêndices de pele logo ao lado da face e um recurvado em sua testa. Ainda usava luvas de tecido castanho e uma espécie de colar de ferro no peito, com a imagem de uma lua crescente.
- O que...? – apesar de ela ter uma aparência mais “fofa”, o garoto recuou alguns passos, até encostar-se no balcão atrás de si. – Quem...?
- Eu me chamo Lekismon. – se apresentou a digimon lunar, abaixando um pouco a face, segurando as mãos juntas, de forma educada.
Sentindo o celular tremendo de novo, Shinjurou colocou as xícaras no balcão e o retirou, clicando no aplicativo da dex para ver suas informações. Para uma digimon em nível Campeão, não parecia ameaçadora. – Bem, o que você veio fazer aqui?
- Estou aqui para ajudar você e os outros humanos. – ela explicou, observando enquanto o outro pegava uma nova xícara e servia chá, se aproximando para entregar. Lekismon a segurou entre as mãos grossas, assoprando antes de tomar um pequeno gole. – Ah, está muito bom...
- Obrigado. – o garoto voltou a se recostar no balcão, observando-a. – Você está com os rebeldes?
Como resposta, ela negou com a face, abaixando suas orelhas longas. – Lamento, mas eu jamais me juntaria a um grupo de loucos anarquista. – então, apertou a xícara nas mãos até quebrar. – Conseguiram enganar meu irmão, mas não a mim.
- Lekismon, eu não estou entendendo... – Shinjurou tentou se afastar discretamente, mas a digimon foi mais rápida e logo já estava diante dele, apoiando as mãos no balcão para bloquear os lados. Apertava a superfície de madeira tão forte que chegava a rachá-la.
- Fique longe dos rebeldes. – ela avisou, falando em um tom baixo e ameaçador. – Ou eu serei forçada a...
- Vai ser forçada a nada! – devolveu outra voz feminina e conhecida, enquanto Lekismon era puxada por seus apêndices das costas, tendo que se recuar. Quando a deixou mais longe do garoto, Floramon ficou diante dele, com os braços cruzados. – Não pode vir e sair ameaçando meu amigo, não, garota. Tá achando que isso aqui é bagunça?
- Com essa educação, só podia ser uma rebelde. – o tom da digimon lunar era desdenhoso, erguendo o cenho ao olhar para a planta.
- Qual de nós duas estava ameaçando o Shin mesmo?
- Ei, não precisamos brigar... Lekismon não me atacou. – nervoso, o garoto tentou amenizar a situação, mas elas pareciam não ouvi-lo.
- Sinto muito, humano, mas minha missão era salvá-los e deter qualquer rebelde que eu encontrasse. – a digimon lunar voltou a olhar para Floramon, fechando os punhos. – Escolha o local onde vamos lutar, rebelde. Vou dar esta gentileza a você antes que a destrua.
- Pode deixar. – a digimon planta concordou, olhando para Shinjurou. – Tudo bem, eu sei que posso dar conta dela.
--
Algum tempo depois, haviam encontrado um parque deserto, pela hora tardia. Com passos decididos, Lekismon se afastou dos outros dois, chegando até um dos cantos extremos, para então se virar, erguendo os punhos. Floramon ficou no outro ponto, próxima da entrada do parque, com as pétalas em seu pescoço ficando arrepiadas. – Não sei se você deve fazer isso... – Shinjurou tentou de novo, mas ela parecia não querer ouvir. – Ela está em outro nível.
- Não me interessa o nível! - a digimon planta se revoltou. – Quem ela pensa que é pra te ameaçar desse jeito?
- Mas...
- Eu vou dar conta, relaxa. – ela o interrompeu, erguendo a mão. – Mas é melhor você se afastar, só por garantia.
- Tome cuidado, por favor. – pediu o garoto, não resistindo a segurar a mão dela entre as próprias, gesto que a deixou desconsertada.
- Você está pronta? – do outro lado, Lekismon ergueu a voz para chamar sua atenção.
Agitando a face, a digimon planta voltou ao normal, se soltando de Shinjurou, deixando que ele se afastasse, ficando mais próximo das árvores. – Pode vir!
A digimon lunar não perdeu tempo quando teve a deixa, tomando impulso para correr até sua rival. Antes que Floramon tivesse tempo de reagir, ela fechou os punhos, acertando a digimon planta com socos sucessivos. – Moon Night Bomb! – gritou ao final, dando um golpe gancho em seu queixo, derrubando a rebelde alguns metros para trás.
- Floramon! – o garoto gritou, segurando uma árvore, sentindo as mãos tremendo. A digimon planta se ergueu com dificuldade, passando o braço sobre os lábios para tirar aquele líquido verde e grosso que escorria como um filete de sangue.
- Isso é o seu melhor? – ela desafiou, ofegante.
- Vou mostrar o meu melhor, rebelde. – Lekismon saltou, subindo alguns metros, armando um chute, as garras em seus pés brilhando, afiadas. – Moon Night Kick!
Floramon não tentou se afastar, erguendo as mãos, as pétalas das mesmas se abrindo. – Rain of Pollen! – ordenou, libertando uma nuvem de pó amarelado na outra. Cega por causa do pólen, a digimon lunar se desviou, fazendo rachaduras no chão.
- Sua trapaceira! – gritou enquanto esfregava as luvas contra a face, agitando-se, apesar do pó parece grudado em seu corpo.
- Você que não sabe perder! – devolveu Floramon, esticando os filamentos em suas mãos para atacar. Bateu em seu corpo, fazendo dois pequenos arranhões, antes que Lekismon os agarrasse, mesmo sem poder ver.
- É o seu melhor? – a digimon lunar repetiu a provocação, movendo a mão em um gesto brusco, lançando a outra contra as árvores. O tronco da árvore onde ela bateu chegou a rachar pouco antes que a rebelde caísse com um gemido. – Levante-se, rebelde. Não quero vencer dessa forma.
Apesar da dificuldade, Floramon se ergueu, deixando pingos da seiva escura caírem pelo chão, o que permitiu que Lekismon continuasse. A digimon lunar se curvou um pouco, solidificando o ar entre os apêndices de suas costas, até que criasse uma flecha longa de gelo, pegando-a, mirando na rebelde. – Tear Arr... – começou, mas se interrompeu quando a flecha foi agarrada.
Shinjurou tentava puxar a arma dela, com todo o empenho que tinha, mas de nada adiantou, pois Lekismon o soltou com outro movimento brusco. – Não me interrompa! Estou tentando ajuda-lo! – ela insistiu, vendo-o cair sentado no chão, colocando as mãos no abdome. Quando percebeu uma mancha escura se formando contra o tecido de sua camisa, foi que percebeu que tinha algo de errado.
- Sua louca, olha o que você fez! – cambaleando, Floramon correu até eles, empurrando a outra para se aproximar do garoto. Quando afastou suas mãos, percebeu um corte feito pela ponta da flecha de gelo, pingando sangue. – E você também! Por que fez isso?
- Eu não queria que ela te machucasse mais... – para esconder o corte, ele tentou cobrir de novo com as mãos, mas os pequenos filetes rubros chegavam ao chão, escorrendo até os pés da digimon planta. – Não se preocupe, não é nada...
- Ei, vocês! – chamou Lekismon, ainda segurando sua lança, agora de forma defensiva. – Parem de fazer isso! Essas... Essas luzes!
- Do que está falando? – Floramon se virou para ela, e finalmente se deu conta do que acontecia. Onde o sangue dele havia pingado, pequenos pontos de luz verde surgiam, se alastrando por suas pernas, já chegando até seu tronco. Surpresa, ela se afastou, batendo nas luzes, como se assim pudesse tirá-las. – Eu não estou fazendo isso!
Quando ela recuou, Shinjurou percebeu que um ponto de luz também vinha de seu bolso, e mesmo sem pegar o celular, ele se lembrava do que tinha acontecido com Guilmon. – Espere! Isso é...
- Evolução! – ela completou, quando seu corpo todo foi coberto pela luz. Em seguida, sua forma mudou, se tornando maior e perdendo a forma humanoide. Quando a luminosidade despareceu, no lugar de Floramon havia um digimon quadrúpede, semelhante a um felino de grande porte, seu corpo feito de raízes de um verde claro, com cipós espinhentos emaranhados por toda a sua extensão. Sua cauda era fina e longa, terminando em uma pequena flor vermelha, tendo um focinho fino e olhos completamente verdes, um tanto opacos. O colar de pétalas vermelhas continuava, agora na forma de uma pequena juba em seu pescoço, terminando em duas longas orelhas que também pareciam ser feitas de pétalas. – Earthdaemon! – anunciou, com uma voz aguda que não combinava com a aparência ameaçadora.
- Então é verdade... – Lekismon fechou a face, pronta para atacar. – Os rebeldes tomam formas pavorosas quando evoluem.
- Tá chamando quem de pavorosa, sua orelhuda? – se revoltou a digimon vegetal, com suas pétalas eriçadas. Mas, apesar de sua raiva, ela se voltou para Shinjurou. – Vou levar você pra um lugar seguro e cuidar disso.
- Não vou deixar você ir a lugar algum, rebelde. – usando a flecha de gelo, a digimon lunar golpeou a outra, fazendo um corte raso em suas costas. Até preparou outro golpe, mas Earthdaemon era mais rápida, e ao virar o corpo, despedaçou aquela flecha com uma mordida.
- Se você quer treta, vai ter treta! – e, com uma patada, a rebelde jogou Lekismon para trás.
- Sua nova forma não me assusta! – após cair graciosamente de pé, a digimon lunar saltou de novo, preparando seu contra ataque. – Moon Night Kick!
- Forest Chain! – revidou a felina vegetal, fazendo os cipós se erguerem de seu corpo, esticando-se até alcançar o corpo da inimiga, golpeando seu corpo como se fossem chicotes. Os espinhos fizeram pequenos furos na pele de Lekismon, mas não durou muito, pois com um movimento do corpo, Earthdaemon a lançou para trás. – Petal Bomb! – atacou novamente, fazendo as pétalas de sua juba se soltarem, flutuando até chegar onde seu alvo estava. Assim que algumas tocaram na pele da digimon lunar, todas explodiram com pequenos estalos, para então desaparecer, deixando-a cair em um ponto mais afastado, sobre a grama.
Mesmo caindo de costas, Lekismon se ergueu com um gemido baixo, ofegante. – Você vai precisar fazer mais do que isso. – e ao dizer isso, o ar entre seus apêndices de condensou de novo, formando uma flecha. Ao agarrá-la, a legalista atirou rumo a sua inimiga. – Tear Arrow!
- Garota, eu não tenho tempo para você agora! Petal Bomb! – como as pétalas haviam crescido novamente, Earthdaemon não perdeu tempo em lança-las novamente, destruindo a flecha assim que encostaram nela. Um fino pó gelado se espalhou, mas a digimon planta agitou a face para que se dispersasse mais rápido, só então percebendo que a digimon lunar havia sumido. – Ótimo, ela se mandou...
Feliz por dar a luta como encerrada, Earthdaemon se voltou para Shinjurou, aproximando-se alguns passos antes que uma das flechas de gelo se cravasse entre suas patas, fazendo um corte raso nos cipós que cobriam seus braços. – E ainda me chama de trapaceira! – irritou-se a demônia, olhando para os lados, procurando por Lekismon.
-É difícil lutar sem ver, não é? – ouviu-se a voz da digimon lunar, embora seu vulto fosse visto apenas como um borrão, correndo por entre as árvores. Rosnando, Earthdaemon saltou como um felino dando o bote, mas suas garras apenas atingiram o solo entre suas árvores.
- Você chama isso de lutar? – ela desafiou, mas a resposta veio na forma de um projétil de gelo que raspou por suas costas, se cravando em uma árvore próxima. A digimon planta se curvou com um gemido, mas avançou até o centro da praça outra vez. – Vou acabar com isso agora... Forest Chain! – atacou de novo, esticando vários de seus cipós, mas os cravou no chão, rachando o concreto.
Em poucos segundos, os filamentos brotaram da terra, se esticando até chegar acima do nível das árvores, empurrando, assim, o corpo de Lekismon para fora de onde estava. Lançada daquela forma, a digimon lunar agitou-se em busca de equilíbrio, mas como não podia deter sua queda, a transformou em um ataque. – Moon Night Kick! – ordenou, esticando ambos os pés para cravar as garras em sua inimiga.
Earthdaemon, no entanto, não fez questão de se afastar, esperando até o momento em que a legalista a atingiu. Seus dois pés se enterraram entre as raízes que formavam a lateral do tronco da digimon planta, que não pareceu ter se ferido mais do que pequenos arranhões. As raízes então se apertaram em volta de seus pés, prendendo-a contra sua inimiga. Lekismon se agitava, mas antes que pudesse se soltar, a outra esticou os cipós, envolvendo também sua cintura e seus braços, de modo que não conseguisse mais atacar.
- Acabou, garota. – Earthdaemon concluiu, esticando as pétalas em seu pescoço, lançando-as novamente. – Petal Bomb!
Desta vez, todas as pétalas voaram e atingiram a legalista, que não podia se desviar. Ao fim do ataque, as raízes de seu corpo a soltaram e os cipós se curvaram e esticaram de novo, lançando-a para trás, caindo então em um ponto mais afastado. Um pouco hesitante, a digimon planta esperou alguns segundos para ver se a inimiga voltaria, mas quando não o fez, acreditou que a luta havia enfim, terminado.
- Earth... Earthdaemon... – Shinjurou chamou com a voz trêmula, chamando sua atenção novamente. Ele estava olhava para o ponto onde Lekismon havia caído, preocupado.
- Ela vai ficar bem. Agora vamos cuidar de você. – disse a digimon planta, voltando se aproximar dele.
Usando os cipós, ela o pegou e colocou deitado de bruços sobre suas costas, de forma que pudesse se segurar na juba de folhas quando começou a correr. Chegou até a saída, mas teve que parar bruscamente quando uma flecha de gelo cravou no chão, quase em seus pés. Surpresa, Earthdaemon olhou para o lado, percebendo Lekismon apoiada contra uma árvore, ofegante e com algumas pequenas queimaduras onde as pétalas tinham explodido.
- Não deixarei você ir, rebelde... – ela se preparou para atacar de novo, mas não teve chance. De cima, um pequeno cubinho caiu em sua direção, criando um portal que a absorveu, desaparecendo quando tocou o chão.
- O que? – ao olhar para cima, Earthdaemon percebeu que havia outro digimon escondido nos galhos das árvores, uma espécie que parecia com um pássaro de penas escuras e muitas marcas. A rebelde rosnou, mas em vez de atacar, Falcomon apenas levantou voo, batendo as asas enquanto se afastava dela. – Pelo menos esse não queria briga.
Sem mais ameaças, a digimon planta correu de volta para a casa de seu parceiro, parando no jardim dos fundos. Com cuidado, ela colocou Shinjurou deitado sobre a grama, fazendo os espinhos dos cipós sumirem, envolvendo seu tronco com os mesmos, como se fossem ataduras. Em seguida, abaixou a face e roçou seu focinho fino na região como se o afagasse, com os olhos fechados. Ficou assim por algum tempo, até que sentiu o toque de uma mão em sua face, percebendo que o garoto já não estava tão pálido, sinal de que seu ferimento estava se curando.
- Obrigado... – ele disse em voz baixa, passando a afagar suas orelhas de pétalas.
- Seu idiota. – ela respondeu, mas sem o tom irritado. Aos poucos, as luzes a envolveram e desfizeram a forma de felino, deixando a velha Floramon recostada contra o outro. – Você nem precisa agradecer.
--
Agora que a luta havia terminado, Falcomon procurava se afastar daquele parque o mais rápido que podia, antes que algum humano curioso o encontrasse lá. Pensou ter visto um vulto na outra rua, mas quando sobrevoou o local, só viu um beco escuro, porque o poste de luz dali estava quebrado. Preferiu então voltar a seu caminho, não demorando muito para chegar ao topo de um prédio, local que tinha ótima visão do parque, mesmo durante a noite.
- V-Você não deveria ter vindo... – Kokuwamon veio apressado em sua direção, as fortes faíscas que soltava indicando que estava nervoso.
- O que foi? – o pássaro já estava desconfiado.
- Ele está aqui... – disse o inseto de metal, batendo os teasers que tinha no lugar das mãos, criando grandes fagulhas. – E viu o que você fez.
Ao invés de se apavorar, Falcomon manteve a feição séria, concordando com a face. – Certo. Não conte a ele que me viu aqui. – e com isso, ele se virou para sair do prédio, mas foi barrado por uma figura muito mais alta. Assim que ergueu a face, um borrão afiado caiu em sua direção, derrubando-o no chão.
- Por que a mandou de volta? - perguntou o digimon maior, enquanto de sua lâmina, pingavam as gotas de sangue do pássaro, que cobria o olho esquerdo com a asa.
- Ela não ia ganhar a luta mesmo. – ainda apertando o corte na face, o pássaro se ergueu, sem deixar escapar um único som de dor. Com certo descaso, ele deu de ombros. – Do jeito como estava, era capaz de morrer.
- Ordens são ordens, não importa o custo. – como prova do que dizia, o maior ergueu novamente sua arma para atacar, quando sentiu uma mão humana em seu braço.
- Ele está certo, não havia necessidade de deixa-la se ferir mais. – disse a voz feminina, do único ser humano ali. – Vocês são aliados, não é? Estamos todos juntos nessa causa.
O digimon mais alto não respondeu, mas abaixou a guarda e se virou, afastando-se deles até voltar a sumir nas sombras. Quando ele se foi, a humana se abaixou na frente de Falcomon, colocando a mão sobre sua asa, que ainda cobria o olho ferido. – Está doendo muito?
- É só um arranhão. Já lidei com coisa pior. – garantiu o pássaro, com um pequeno riso baixo, movendo a outra mão em um sinal para que não se preocupasse. – Na verdade, eu tava até esperando mais que isso.
- Sinto muito. – a garota pegou um lenço do bolso com uma mão, abaixando a asa do digimon com a outra, limpando com cuidado o sangue que caía dali. – Mas logo vamos acabar com essa guerra...
Capítulo Seis:
Flores sob a Lua!
- Só mais um pouco... – Floramon pediu enquanto trançava galhos finos e pequenas folhas em torno do pulso estendido de Shinjurou. Quando ela terminou a pulseira, tirou as mais antigas, agora escuras e murchas. – Pronto.
- Não sei como agradecer. – o garoto sorriu, coçando a nuca de modo desconsertado. Estava em seu quarto, sentado no chão de madeira logo diante da digimon planta, que olhava um pouco nervosa para as pulseiras necrosadas.
- Você sabe que não vou ficar muito tempo aqui. – ela disse, enquanto ia até a janela, atirando as gramas trançadas para fora. O vento logo as desfez, pois não lhe restavam mais vida alguma. – O que vai fazer depois?
- Ah, eu... Não se preocupe. – ele se interrompeu, se erguendo para ficar ao lado dela, se curvando para apoiar os braços no peitoril da janela. – Meus pais estão procurando tratamentos alternativos, vamos encontrar algo.
- Não gosto dessa sua atitude! – revoltada, a digimon lhe deu um pequeno tapa no braço, mesmo que as pontas de suas mãos fossem macias. – Não pode levar tudo numa boa, brigue com essa sua doença! Dizem que isso ajuda.
- Seria ótimo resolver as coisas dessa forma... – com um suspiro, Shinjurou abaixou a face, encarando as pulseiras feitas pela digimon planta. Elas conseguiam retardar seus sintomas e até lhe dar mais vitalidade, mas não duravam mais do que um dia sem morrer. Quando Floramon se fosse, não teria mais como adiar seu estado, e ao pensar nisso, sentiu um tremor correr pelo corpo. Respirou fundo para se acalmar, mas então voltou a sentir um tremor, demorando um pouco até perceber que ele vinha de seu bolso. Dele tirou seu celular, percebendo que tinha uma mensagem nova e, para sua surpresa, que era vinha de Alister.
Um pouco confuso, pois nunca tinha recebido nada do outro garoto, mesmo lhe dando seu número de telefone. Quando clicou, uma foto se abriu, de um grande lobo branco que parecia vagamente familiar, com um curto texto abaixo. – Ei, Floramon. – chamou. – Parece que o Gabumon evoluiu...
- O que? – chocada, a digimon se esticou toda para deixar a face mais próxima da tela, piscando duas vezes ao notar o digimon da imagem. – Oh... Eu achei que ele tinha virado um Gururumon, aquele idiota. Nunca vi essa evolução antes.
- Deve ter sido aquilo que você disse sobre Guilmon... Como era o nome...
- Evolução anômala. – ela disse, com um ar decidido, fechando as mãos. – A minha vez tem que chegar logo também. Lutar com o meu nível tá ficando bem difícil, e eu não vou depender do Guilmon e do Gabumon!
- Ei, você vai evoluir. – Shinjurou colocou a mão sobre sua cabeça e afagou de leve, agora que sabia ser a forma de acalmá-la, já que parecia um tanto frustrada. Quando sua expressão suavizou, o garoto se afastou um pouco, indo para a porta. Logo depois que a abriu, virou a face por sobre o ombro. – Vou preparar um chá para nós, ok?
- Certo. – a digimon foi até a cama do garoto, se deitando ali, com os braços esticados, os olhos fechados. – Qualquer coisa, você me chama, viu?
- Fique à vontade... – ele sorriu um pouco sem graça, deixando-a no quarto com a porta fechada. Não se preocupava muito, pois todos já tinham ido dormir, mas não gostava de deixar Floramon sozinha, pois ela parecia ter uma tendência a chamar atenção.
Não demorou muito, chegou à cozinha, cuidando para não fazer muito barulho. Estava tão acostumado que nem precisava olhar para saber onde estavam as caixas com saquinhos de chá e folhas colhidas, pegando algumas. Enquanto colocava a água para esquentar, triturou algumas folhas pequenas e colocou em duas xícaras, junto com um pouco de açúcar. Estava feliz por ter uma distração, pois toda vez que pensava em seu atual estado, sentia como se algo terrível em seu interior se agitasse, querendo feri-lo. Obviamente, fazia o possível para esconder e também procurava compensar sendo o melhor que pudesse aos demais, por mais que sentisse uma certa vontade de pensar mais em si mesmo.
Ao pensar naquilo, rapidamente moveu a face para os lados, querendo dispersar aquelas ideias, substituindo-as por desejos de ser gentil com a digimon que lhe esperava. Sabia que se fizesse coisas boas, não teria um carma maior para lidar, pois sua situação já estava ruim o bastante. Quando deixou tudo pronto, colocou a água quente, adicionando mais açúcar em uma das doses, do jeito que a digimon planta gostava, mas quase deixou tudo cair no chão quando se virou e percebeu que não estava sozinho.
- Por favor, poderia me servir também? – perguntou um novo digimon, com uma voz aguda e feminina. Sua forma era vagamente humanoide, com uma pele cor-de-rosa com desenhos amarelos que lembravam luas. A parte de seu peito era arroxeada, e das costas despontavam apêndices curvos da mesma cor, e sua face era coberta por uma espécie de máscara roxa. Tinha orelhas longas que lembravam dos coelhos, com alguns outros apêndices de pele logo ao lado da face e um recurvado em sua testa. Ainda usava luvas de tecido castanho e uma espécie de colar de ferro no peito, com a imagem de uma lua crescente.
- O que...? – apesar de ela ter uma aparência mais “fofa”, o garoto recuou alguns passos, até encostar-se no balcão atrás de si. – Quem...?
- Eu me chamo Lekismon. – se apresentou a digimon lunar, abaixando um pouco a face, segurando as mãos juntas, de forma educada.
Sentindo o celular tremendo de novo, Shinjurou colocou as xícaras no balcão e o retirou, clicando no aplicativo da dex para ver suas informações. Para uma digimon em nível Campeão, não parecia ameaçadora. – Bem, o que você veio fazer aqui?
- Estou aqui para ajudar você e os outros humanos. – ela explicou, observando enquanto o outro pegava uma nova xícara e servia chá, se aproximando para entregar. Lekismon a segurou entre as mãos grossas, assoprando antes de tomar um pequeno gole. – Ah, está muito bom...
- Obrigado. – o garoto voltou a se recostar no balcão, observando-a. – Você está com os rebeldes?
Como resposta, ela negou com a face, abaixando suas orelhas longas. – Lamento, mas eu jamais me juntaria a um grupo de loucos anarquista. – então, apertou a xícara nas mãos até quebrar. – Conseguiram enganar meu irmão, mas não a mim.
- Lekismon, eu não estou entendendo... – Shinjurou tentou se afastar discretamente, mas a digimon foi mais rápida e logo já estava diante dele, apoiando as mãos no balcão para bloquear os lados. Apertava a superfície de madeira tão forte que chegava a rachá-la.
- Fique longe dos rebeldes. – ela avisou, falando em um tom baixo e ameaçador. – Ou eu serei forçada a...
- Vai ser forçada a nada! – devolveu outra voz feminina e conhecida, enquanto Lekismon era puxada por seus apêndices das costas, tendo que se recuar. Quando a deixou mais longe do garoto, Floramon ficou diante dele, com os braços cruzados. – Não pode vir e sair ameaçando meu amigo, não, garota. Tá achando que isso aqui é bagunça?
- Com essa educação, só podia ser uma rebelde. – o tom da digimon lunar era desdenhoso, erguendo o cenho ao olhar para a planta.
- Qual de nós duas estava ameaçando o Shin mesmo?
- Ei, não precisamos brigar... Lekismon não me atacou. – nervoso, o garoto tentou amenizar a situação, mas elas pareciam não ouvi-lo.
- Sinto muito, humano, mas minha missão era salvá-los e deter qualquer rebelde que eu encontrasse. – a digimon lunar voltou a olhar para Floramon, fechando os punhos. – Escolha o local onde vamos lutar, rebelde. Vou dar esta gentileza a você antes que a destrua.
- Pode deixar. – a digimon planta concordou, olhando para Shinjurou. – Tudo bem, eu sei que posso dar conta dela.
--
Algum tempo depois, haviam encontrado um parque deserto, pela hora tardia. Com passos decididos, Lekismon se afastou dos outros dois, chegando até um dos cantos extremos, para então se virar, erguendo os punhos. Floramon ficou no outro ponto, próxima da entrada do parque, com as pétalas em seu pescoço ficando arrepiadas. – Não sei se você deve fazer isso... – Shinjurou tentou de novo, mas ela parecia não querer ouvir. – Ela está em outro nível.
- Não me interessa o nível! - a digimon planta se revoltou. – Quem ela pensa que é pra te ameaçar desse jeito?
- Mas...
- Eu vou dar conta, relaxa. – ela o interrompeu, erguendo a mão. – Mas é melhor você se afastar, só por garantia.
- Tome cuidado, por favor. – pediu o garoto, não resistindo a segurar a mão dela entre as próprias, gesto que a deixou desconsertada.
- Você está pronta? – do outro lado, Lekismon ergueu a voz para chamar sua atenção.
Agitando a face, a digimon planta voltou ao normal, se soltando de Shinjurou, deixando que ele se afastasse, ficando mais próximo das árvores. – Pode vir!
A digimon lunar não perdeu tempo quando teve a deixa, tomando impulso para correr até sua rival. Antes que Floramon tivesse tempo de reagir, ela fechou os punhos, acertando a digimon planta com socos sucessivos. – Moon Night Bomb! – gritou ao final, dando um golpe gancho em seu queixo, derrubando a rebelde alguns metros para trás.
- Floramon! – o garoto gritou, segurando uma árvore, sentindo as mãos tremendo. A digimon planta se ergueu com dificuldade, passando o braço sobre os lábios para tirar aquele líquido verde e grosso que escorria como um filete de sangue.
- Isso é o seu melhor? – ela desafiou, ofegante.
- Vou mostrar o meu melhor, rebelde. – Lekismon saltou, subindo alguns metros, armando um chute, as garras em seus pés brilhando, afiadas. – Moon Night Kick!
Floramon não tentou se afastar, erguendo as mãos, as pétalas das mesmas se abrindo. – Rain of Pollen! – ordenou, libertando uma nuvem de pó amarelado na outra. Cega por causa do pólen, a digimon lunar se desviou, fazendo rachaduras no chão.
- Sua trapaceira! – gritou enquanto esfregava as luvas contra a face, agitando-se, apesar do pó parece grudado em seu corpo.
- Você que não sabe perder! – devolveu Floramon, esticando os filamentos em suas mãos para atacar. Bateu em seu corpo, fazendo dois pequenos arranhões, antes que Lekismon os agarrasse, mesmo sem poder ver.
- É o seu melhor? – a digimon lunar repetiu a provocação, movendo a mão em um gesto brusco, lançando a outra contra as árvores. O tronco da árvore onde ela bateu chegou a rachar pouco antes que a rebelde caísse com um gemido. – Levante-se, rebelde. Não quero vencer dessa forma.
Apesar da dificuldade, Floramon se ergueu, deixando pingos da seiva escura caírem pelo chão, o que permitiu que Lekismon continuasse. A digimon lunar se curvou um pouco, solidificando o ar entre os apêndices de suas costas, até que criasse uma flecha longa de gelo, pegando-a, mirando na rebelde. – Tear Arr... – começou, mas se interrompeu quando a flecha foi agarrada.
Shinjurou tentava puxar a arma dela, com todo o empenho que tinha, mas de nada adiantou, pois Lekismon o soltou com outro movimento brusco. – Não me interrompa! Estou tentando ajuda-lo! – ela insistiu, vendo-o cair sentado no chão, colocando as mãos no abdome. Quando percebeu uma mancha escura se formando contra o tecido de sua camisa, foi que percebeu que tinha algo de errado.
- Sua louca, olha o que você fez! – cambaleando, Floramon correu até eles, empurrando a outra para se aproximar do garoto. Quando afastou suas mãos, percebeu um corte feito pela ponta da flecha de gelo, pingando sangue. – E você também! Por que fez isso?
- Eu não queria que ela te machucasse mais... – para esconder o corte, ele tentou cobrir de novo com as mãos, mas os pequenos filetes rubros chegavam ao chão, escorrendo até os pés da digimon planta. – Não se preocupe, não é nada...
- Ei, vocês! – chamou Lekismon, ainda segurando sua lança, agora de forma defensiva. – Parem de fazer isso! Essas... Essas luzes!
- Do que está falando? – Floramon se virou para ela, e finalmente se deu conta do que acontecia. Onde o sangue dele havia pingado, pequenos pontos de luz verde surgiam, se alastrando por suas pernas, já chegando até seu tronco. Surpresa, ela se afastou, batendo nas luzes, como se assim pudesse tirá-las. – Eu não estou fazendo isso!
Quando ela recuou, Shinjurou percebeu que um ponto de luz também vinha de seu bolso, e mesmo sem pegar o celular, ele se lembrava do que tinha acontecido com Guilmon. – Espere! Isso é...
- Evolução! – ela completou, quando seu corpo todo foi coberto pela luz. Em seguida, sua forma mudou, se tornando maior e perdendo a forma humanoide. Quando a luminosidade despareceu, no lugar de Floramon havia um digimon quadrúpede, semelhante a um felino de grande porte, seu corpo feito de raízes de um verde claro, com cipós espinhentos emaranhados por toda a sua extensão. Sua cauda era fina e longa, terminando em uma pequena flor vermelha, tendo um focinho fino e olhos completamente verdes, um tanto opacos. O colar de pétalas vermelhas continuava, agora na forma de uma pequena juba em seu pescoço, terminando em duas longas orelhas que também pareciam ser feitas de pétalas. – Earthdaemon! – anunciou, com uma voz aguda que não combinava com a aparência ameaçadora.
- Então é verdade... – Lekismon fechou a face, pronta para atacar. – Os rebeldes tomam formas pavorosas quando evoluem.
- Tá chamando quem de pavorosa, sua orelhuda? – se revoltou a digimon vegetal, com suas pétalas eriçadas. Mas, apesar de sua raiva, ela se voltou para Shinjurou. – Vou levar você pra um lugar seguro e cuidar disso.
- Não vou deixar você ir a lugar algum, rebelde. – usando a flecha de gelo, a digimon lunar golpeou a outra, fazendo um corte raso em suas costas. Até preparou outro golpe, mas Earthdaemon era mais rápida, e ao virar o corpo, despedaçou aquela flecha com uma mordida.
- Se você quer treta, vai ter treta! – e, com uma patada, a rebelde jogou Lekismon para trás.
- Sua nova forma não me assusta! – após cair graciosamente de pé, a digimon lunar saltou de novo, preparando seu contra ataque. – Moon Night Kick!
- Forest Chain! – revidou a felina vegetal, fazendo os cipós se erguerem de seu corpo, esticando-se até alcançar o corpo da inimiga, golpeando seu corpo como se fossem chicotes. Os espinhos fizeram pequenos furos na pele de Lekismon, mas não durou muito, pois com um movimento do corpo, Earthdaemon a lançou para trás. – Petal Bomb! – atacou novamente, fazendo as pétalas de sua juba se soltarem, flutuando até chegar onde seu alvo estava. Assim que algumas tocaram na pele da digimon lunar, todas explodiram com pequenos estalos, para então desaparecer, deixando-a cair em um ponto mais afastado, sobre a grama.
Mesmo caindo de costas, Lekismon se ergueu com um gemido baixo, ofegante. – Você vai precisar fazer mais do que isso. – e ao dizer isso, o ar entre seus apêndices de condensou de novo, formando uma flecha. Ao agarrá-la, a legalista atirou rumo a sua inimiga. – Tear Arrow!
- Garota, eu não tenho tempo para você agora! Petal Bomb! – como as pétalas haviam crescido novamente, Earthdaemon não perdeu tempo em lança-las novamente, destruindo a flecha assim que encostaram nela. Um fino pó gelado se espalhou, mas a digimon planta agitou a face para que se dispersasse mais rápido, só então percebendo que a digimon lunar havia sumido. – Ótimo, ela se mandou...
Feliz por dar a luta como encerrada, Earthdaemon se voltou para Shinjurou, aproximando-se alguns passos antes que uma das flechas de gelo se cravasse entre suas patas, fazendo um corte raso nos cipós que cobriam seus braços. – E ainda me chama de trapaceira! – irritou-se a demônia, olhando para os lados, procurando por Lekismon.
-É difícil lutar sem ver, não é? – ouviu-se a voz da digimon lunar, embora seu vulto fosse visto apenas como um borrão, correndo por entre as árvores. Rosnando, Earthdaemon saltou como um felino dando o bote, mas suas garras apenas atingiram o solo entre suas árvores.
- Você chama isso de lutar? – ela desafiou, mas a resposta veio na forma de um projétil de gelo que raspou por suas costas, se cravando em uma árvore próxima. A digimon planta se curvou com um gemido, mas avançou até o centro da praça outra vez. – Vou acabar com isso agora... Forest Chain! – atacou de novo, esticando vários de seus cipós, mas os cravou no chão, rachando o concreto.
Em poucos segundos, os filamentos brotaram da terra, se esticando até chegar acima do nível das árvores, empurrando, assim, o corpo de Lekismon para fora de onde estava. Lançada daquela forma, a digimon lunar agitou-se em busca de equilíbrio, mas como não podia deter sua queda, a transformou em um ataque. – Moon Night Kick! – ordenou, esticando ambos os pés para cravar as garras em sua inimiga.
Earthdaemon, no entanto, não fez questão de se afastar, esperando até o momento em que a legalista a atingiu. Seus dois pés se enterraram entre as raízes que formavam a lateral do tronco da digimon planta, que não pareceu ter se ferido mais do que pequenos arranhões. As raízes então se apertaram em volta de seus pés, prendendo-a contra sua inimiga. Lekismon se agitava, mas antes que pudesse se soltar, a outra esticou os cipós, envolvendo também sua cintura e seus braços, de modo que não conseguisse mais atacar.
- Acabou, garota. – Earthdaemon concluiu, esticando as pétalas em seu pescoço, lançando-as novamente. – Petal Bomb!
Desta vez, todas as pétalas voaram e atingiram a legalista, que não podia se desviar. Ao fim do ataque, as raízes de seu corpo a soltaram e os cipós se curvaram e esticaram de novo, lançando-a para trás, caindo então em um ponto mais afastado. Um pouco hesitante, a digimon planta esperou alguns segundos para ver se a inimiga voltaria, mas quando não o fez, acreditou que a luta havia enfim, terminado.
- Earth... Earthdaemon... – Shinjurou chamou com a voz trêmula, chamando sua atenção novamente. Ele estava olhava para o ponto onde Lekismon havia caído, preocupado.
- Ela vai ficar bem. Agora vamos cuidar de você. – disse a digimon planta, voltando se aproximar dele.
Usando os cipós, ela o pegou e colocou deitado de bruços sobre suas costas, de forma que pudesse se segurar na juba de folhas quando começou a correr. Chegou até a saída, mas teve que parar bruscamente quando uma flecha de gelo cravou no chão, quase em seus pés. Surpresa, Earthdaemon olhou para o lado, percebendo Lekismon apoiada contra uma árvore, ofegante e com algumas pequenas queimaduras onde as pétalas tinham explodido.
- Não deixarei você ir, rebelde... – ela se preparou para atacar de novo, mas não teve chance. De cima, um pequeno cubinho caiu em sua direção, criando um portal que a absorveu, desaparecendo quando tocou o chão.
- O que? – ao olhar para cima, Earthdaemon percebeu que havia outro digimon escondido nos galhos das árvores, uma espécie que parecia com um pássaro de penas escuras e muitas marcas. A rebelde rosnou, mas em vez de atacar, Falcomon apenas levantou voo, batendo as asas enquanto se afastava dela. – Pelo menos esse não queria briga.
Sem mais ameaças, a digimon planta correu de volta para a casa de seu parceiro, parando no jardim dos fundos. Com cuidado, ela colocou Shinjurou deitado sobre a grama, fazendo os espinhos dos cipós sumirem, envolvendo seu tronco com os mesmos, como se fossem ataduras. Em seguida, abaixou a face e roçou seu focinho fino na região como se o afagasse, com os olhos fechados. Ficou assim por algum tempo, até que sentiu o toque de uma mão em sua face, percebendo que o garoto já não estava tão pálido, sinal de que seu ferimento estava se curando.
- Obrigado... – ele disse em voz baixa, passando a afagar suas orelhas de pétalas.
- Seu idiota. – ela respondeu, mas sem o tom irritado. Aos poucos, as luzes a envolveram e desfizeram a forma de felino, deixando a velha Floramon recostada contra o outro. – Você nem precisa agradecer.
--
Agora que a luta havia terminado, Falcomon procurava se afastar daquele parque o mais rápido que podia, antes que algum humano curioso o encontrasse lá. Pensou ter visto um vulto na outra rua, mas quando sobrevoou o local, só viu um beco escuro, porque o poste de luz dali estava quebrado. Preferiu então voltar a seu caminho, não demorando muito para chegar ao topo de um prédio, local que tinha ótima visão do parque, mesmo durante a noite.
- V-Você não deveria ter vindo... – Kokuwamon veio apressado em sua direção, as fortes faíscas que soltava indicando que estava nervoso.
- O que foi? – o pássaro já estava desconfiado.
- Ele está aqui... – disse o inseto de metal, batendo os teasers que tinha no lugar das mãos, criando grandes fagulhas. – E viu o que você fez.
Ao invés de se apavorar, Falcomon manteve a feição séria, concordando com a face. – Certo. Não conte a ele que me viu aqui. – e com isso, ele se virou para sair do prédio, mas foi barrado por uma figura muito mais alta. Assim que ergueu a face, um borrão afiado caiu em sua direção, derrubando-o no chão.
- Por que a mandou de volta? - perguntou o digimon maior, enquanto de sua lâmina, pingavam as gotas de sangue do pássaro, que cobria o olho esquerdo com a asa.
- Ela não ia ganhar a luta mesmo. – ainda apertando o corte na face, o pássaro se ergueu, sem deixar escapar um único som de dor. Com certo descaso, ele deu de ombros. – Do jeito como estava, era capaz de morrer.
- Ordens são ordens, não importa o custo. – como prova do que dizia, o maior ergueu novamente sua arma para atacar, quando sentiu uma mão humana em seu braço.
- Ele está certo, não havia necessidade de deixa-la se ferir mais. – disse a voz feminina, do único ser humano ali. – Vocês são aliados, não é? Estamos todos juntos nessa causa.
O digimon mais alto não respondeu, mas abaixou a guarda e se virou, afastando-se deles até voltar a sumir nas sombras. Quando ele se foi, a humana se abaixou na frente de Falcomon, colocando a mão sobre sua asa, que ainda cobria o olho ferido. – Está doendo muito?
- É só um arranhão. Já lidei com coisa pior. – garantiu o pássaro, com um pequeno riso baixo, movendo a outra mão em um sinal para que não se preocupasse. – Na verdade, eu tava até esperando mais que isso.
- Sinto muito. – a garota pegou um lenço do bolso com uma mão, abaixando a asa do digimon com a outra, limpando com cuidado o sangue que caía dali. – Mas logo vamos acabar com essa guerra...
Spirit
Younenki II- Mensagens : 57
Data de inscrição : 17/03/2016
Idade : 30
Re: Digimon - Digital Rebellion
Muito legal o capitulo Spirit . Nossa ! O Shinjurou por acaso sofre de uma doença grave ? E ele recebe ajuda de Floramon com seus poderes curativos de Digimon Planta para manter sua saude ? Coitado ! =( O Shinjurou dava a impressão de ser um rapaz tão cheio de vida e feliz eu fiquei completamente pasmo com essa revelação de que na verdade ele esta doente e sofre de uma doença grave e praticamente depende dos cuidados de Floramon . Por outro lado a Digimon Planta demonstrou possuir uma faceta sensível (embora de uma maneira pessoal e não deixando de lado sua personalidade forte) que eu desconhecia completamente ao demonstrar sua preocupação legitima com Shinjurou neste capitulo da fanfic . E eis que surge uma nova inimiga . Lekismon a Digimon lunar . A batalha entre ela e Floramon foi uma das mais disputadas e dificeis da Fanfic até agora . Floramon estava nitidamente em desvantagem até que subitamente evoluiu . Earthdaemon me passou a imagem de ser um tipo de " Raiamon Planta " com o corpo felino composto de vegetais . Tentei fazer uma imagem de um " Digimon Leão Planta " com garras como raízes de arvore corpo felino com a cor do tronco de uma arvore uma juba de folhas verdes flores e espinheiros e uma cabeça como a de um Raiamon feita de madeira com olhos esmeraldas e presas de madeira afiadas mais fina e suave que a de um Raiamon com orelhas como galhos com folhas também mais finos e delicados com uma cauda como um cipo terminada num tufo de flores . Realmente você foi muito criativa nesta evolução Spirit pois é uma evolução até " bem masculina " contrariando o fato de Floramon ser uma Digimon Fêmea . Mas falando nela Earthdaemon teve uma batalha igualmente dificil contra Lekismon que não se deu por intimidada e enfrentou valentemente a nova Digimon numa batalha igualmente dificil que terminou " empatada " pois Earthdaemon não a matou mas também não venceu Lekismon tendo que se retirar para proteger Shinjurou e acabou recebendo a ajuda surpresa de Falcomon . E uma nova reviravolta a moça e o Digimon Misterioso estão do lado do grupo de Falcomon mas descobrimos que eles na verdade pertencem a uma outra facção na guerra . E brrrrr . Este Digimon Desconhecido já esta me assustando . Ele parece ser o tipico " assassino perfeito que jamais falhou " . Enfim otimo capitulo Spirit eu aguardo mais .
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Como sempre, vim meio atrasadinha, mas menor do que o capítulo anterior, palmas!
A abordagem recente dos capítulos está interessante. Inicialmente parecia uma "pausa" do plot pra se aprofundar nas personagens e sua relação com seus digimons, mas ainda dá pra ver coisas pequenas sendo mostradas de formas discretas (o irmão da Lekismon, que não é difícil de adivinhar quem seja) e outras de forma não tão discretas assim (a garota humana do lado dos legalistas e o digimon que a acompanha). Achei que ficou uma forma boa, sem precisar parar o caminhar das coisas.
Desse vez temos o Shin, que descobrimos ter uma doença grave, mas ainda desconhecida. Isso foi um tapa na cara! Fiquei bem "uou". Tadinho. Agora entendi porque a Kara sempre reparava que ele estava usando uma pulseira diferente. Também achei legal a Floramon ter poderes de cura. É uma habilidade interessante pouco explorada.
Um pequeno erro, Spirit. Japoneses não colocam açúcar no chá deles. Em nenhum, de nenhuma forma. Por coincidência, eu vi um vídeo ontem mesmo falando sobre isso. Vou deixar o link aqui pra você dar uma olhada. Aliás, esse é um canal que eu vejo às vezes para me informar sobre as coisas de lá, então já fica a dica e referência. Outros bons são o "Japão nosso de cada dia" e "Aquipode".
Gostei bastante da Lekismon. Assim como o Kyubimon do capítulo passado, ela não pulou pra cima deles logo de cara e teve um diálogo, ou pelo menos tentou, já que foi só o Shin comentar sobre os rebeldes que ele perdeu a compostura. Pelo menos ela tentou. Legal também ela ter deixado a Floramon escolher onde lutarem. Pareceu aquela honra de guerreiro.
Apesar de que adorar cães e lobos, meu fraco são GATOS! E você fez uma evolução felina pra Floramon, fiquei ajoaioaisdi <3. Achei muito boa! Sempre reparei na boquinha felina que ela tem, e ver alguém aproveitando isso é ótimo! Ainda que tenha gostado das anteriores, Earthdaemon venceu como minha favorita fácil! Coisa linda!! <3
E, de longe, foi quem teve a melhor luta até agora! Foi bem equilibrada, com altos e baixos pra ambos os lados o tempo todo. Apesar de saber que a Earthdaemon ia ganhar, houve momentos que fiquei muito na dúvida já que estava emparelhado, e isso tornou-a bem mais emocionante e envolvente. Fiquei preocupada com a atitude maluca do Shin, que desencadeou a evolução, mas que bom que no fim tudo acabou bem.
Earthdaemon teve seu poder de cura intensificado, o que a permitiu salvar o Shin. Isso faz eu pensar que, quando ela alcançar um nível, vai desenvolvê-lo de tal forma que vai ser capaz de curar a doença dele. Ou assim espero. Apesar de achar interessante uma personagem doença, SEMPRE dá aquela dor no coração do que ele pode sofrer no futuro, ainda mais agora que estou realmente gostando do Shin (mas Alister sempre será meu favorito <3).
Você melhorou bastante, Spirit! É sempre ótimo ver alguém podando sua habilidade de alguma forma, e acho o desenho e a escrita as melhores delas! Considerando o caminho desses últimos capítulos, suspeito que o próximo será focado na Kara, de alguma forma, e já fico ansiosa para saber sobre a situação familiar dela.
A abordagem recente dos capítulos está interessante. Inicialmente parecia uma "pausa" do plot pra se aprofundar nas personagens e sua relação com seus digimons, mas ainda dá pra ver coisas pequenas sendo mostradas de formas discretas (o irmão da Lekismon, que não é difícil de adivinhar quem seja) e outras de forma não tão discretas assim (a garota humana do lado dos legalistas e o digimon que a acompanha). Achei que ficou uma forma boa, sem precisar parar o caminhar das coisas.
Desse vez temos o Shin, que descobrimos ter uma doença grave, mas ainda desconhecida. Isso foi um tapa na cara! Fiquei bem "uou". Tadinho. Agora entendi porque a Kara sempre reparava que ele estava usando uma pulseira diferente. Também achei legal a Floramon ter poderes de cura. É uma habilidade interessante pouco explorada.
Um pequeno erro, Spirit. Japoneses não colocam açúcar no chá deles. Em nenhum, de nenhuma forma. Por coincidência, eu vi um vídeo ontem mesmo falando sobre isso. Vou deixar o link aqui pra você dar uma olhada. Aliás, esse é um canal que eu vejo às vezes para me informar sobre as coisas de lá, então já fica a dica e referência. Outros bons são o "Japão nosso de cada dia" e "Aquipode".
Gostei bastante da Lekismon. Assim como o Kyubimon do capítulo passado, ela não pulou pra cima deles logo de cara e teve um diálogo, ou pelo menos tentou, já que foi só o Shin comentar sobre os rebeldes que ele perdeu a compostura. Pelo menos ela tentou. Legal também ela ter deixado a Floramon escolher onde lutarem. Pareceu aquela honra de guerreiro.
Apesar de que adorar cães e lobos, meu fraco são GATOS! E você fez uma evolução felina pra Floramon, fiquei ajoaioaisdi <3. Achei muito boa! Sempre reparei na boquinha felina que ela tem, e ver alguém aproveitando isso é ótimo! Ainda que tenha gostado das anteriores, Earthdaemon venceu como minha favorita fácil! Coisa linda!! <3
E, de longe, foi quem teve a melhor luta até agora! Foi bem equilibrada, com altos e baixos pra ambos os lados o tempo todo. Apesar de saber que a Earthdaemon ia ganhar, houve momentos que fiquei muito na dúvida já que estava emparelhado, e isso tornou-a bem mais emocionante e envolvente. Fiquei preocupada com a atitude maluca do Shin, que desencadeou a evolução, mas que bom que no fim tudo acabou bem.
Earthdaemon teve seu poder de cura intensificado, o que a permitiu salvar o Shin. Isso faz eu pensar que, quando ela alcançar um nível, vai desenvolvê-lo de tal forma que vai ser capaz de curar a doença dele. Ou assim espero. Apesar de achar interessante uma personagem doença, SEMPRE dá aquela dor no coração do que ele pode sofrer no futuro, ainda mais agora que estou realmente gostando do Shin (mas Alister sempre será meu favorito <3).
Você melhorou bastante, Spirit! É sempre ótimo ver alguém podando sua habilidade de alguma forma, e acho o desenho e a escrita as melhores delas! Considerando o caminho desses últimos capítulos, suspeito que o próximo será focado na Kara, de alguma forma, e já fico ansiosa para saber sobre a situação familiar dela.
MidoriKyun
Younenki II- Mensagens : 41
Data de inscrição : 20/03/2016
Idade : 33
Re: Digimon - Digital Rebellion
Yo Spirit, parece que não demorou muito para eu voltar aqui e comentar. Não vou enrolar muito, então vou direto a minha opinião/avaliação do episódio.
Já no inicio do episódio fique surpreso com o fato de Shin ter uma doença! Não vou aprofundar no assunto, pois não tem muito a comentar sobre isso (os dois acima já comentaram tudo que eu iria falar :c), mas realmente me deixou surpreso junto com Floramon ter propriedades curativas. Não lembro se isso apareceu em algum jogo/anime, então essa peculiaridade da Floramon você que "inventou"?
Deixa eu dar um pequeno grito aqui... AI MEU DEUS VOCÊ COLOCOU LEKISMON! Pronto... sério, Spirit! Eu amo todos os Digimon envolvidos com o Olympos XII e ver Lekismon (mesmo do lado do mal - se é que eles são realmente do mal... ainda estou meio confuso em relação a isso) me deixou extremamente feliz! A batalha dela com Earthdaemon (já vou chegar nela) foi bem intensa, longa e dinâmica, me prendeu a leitura mais que as outras duas batalhas anteriores, apesar que todas foram muito boas. Em alguns pontos tive que voltar e ler de novo, só para que eu entendesse 100% do que estava acontecendo ali (não que a narrativa estava ruim, e sim por que eu sou lerdo mesmo).
Bem, chegamos finalmente, na estrela do episódio. Earthdaemon. Assim como a Midori disse, também acho que ela quando for para formas futuras (perfeita ou mega) ela consiga curar a doença do Shin, consegui formar a figura dela melhor do que Hatimon, mas com certeza o que eu formei não é nada que você realmente planejou, então, não esqueça de desenhar eles futuramente, eu quero ver!
E peço para que não esqueça da minha ave gordinha Kiwimon, eu amo aquela criatura que cospe outros mini-Kiwimon. <3
Re: Digimon - Digital Rebellion
Ei, gente, desculpem pela demora em responder, eu estive enlouquecida cuidando de uns erros nas avaliações de antes, tanto que até atrasou o processo do capítulo novo. >_> But here I am!
Kaiser:
Opa, olá! E sim, nada como um belo "baque" na vida, como essa jogada com o Shinjurou, o que também afeta diretamente a sua personalidade cheia de vida, como você disse. Floramon também é um caso que eu gosto de trabalhar, porque gosto do desafio de criar uma mulher que seja forte e decidida, mas tenha seu lado delicado também, espero que esteja dando certo!
E nossa, os conselhos de todos sobre as batalhas curtas anteriores me ajudaram a criar esta, fico feliz que tenham gostado, em especial porque queria usar uma digimon completamente diferente do normal, como a Lekismon. Sobre a Earthdaemon, ela é realmente parecida com uma leoa (mas com a juba de pétalas), embora Raiamon tenha as pernas muito longas, e imagine as dela um pouco mais curtinhas, mas a ideia é mais ou menos o que você tinha dito (as presas de madeira foram uma boa ideia, eu não tinha pensado nisso antes). E cara, eu andava ansiosa para criar uma evolução desse tipo, porque as lines das digimon planta são quase as mesmas, em especial quando elas chegam nas formas Perfeitas, então posso dar a garantia de que ela vai ter a linha evolutiva mais diferente de todos.
E novamente, fico feliz que tenha gostado dessa nova luta, espero poder melhorar mais, ainda mais com toda a ajuda que vocês todos me dão. E haaaa, parece que os nossos vilões estão causando a sua devida impressão. Leve spoiler: no próximo capítulo, vou mostrar quem são eles!
Midori:
Opa, é sempre ótimo ver você comentando por aqui! Admito que gosto de dar uma abordagem mais diferenciada para os meus personagens, até porque preciso que as histórias fiquem bem explicadas, assim como as duas motivações (não preciso dizer quem é o irmão da Lekismon, mas logo espero coloca-lo também!). E pois é, eu não achei que a história do Shin fosse causar tanto espanto, mas nossa, que bom que teve essa reação, ha ha, e também foi uma boa forma de explorar as habilidades escondidas da Floramon (sempre achei que digimon planta tinham esse tipo de habilidade curativas e coisas assim), que sim, vão se desenvolver mais conforme ela evoluir.
Ai, nossa, também obrigado pela dica do açúcar, e pensar que eu quase coloquei chá bem doce como uma preferência do Shin! Que vergonha. >_>
E, ah, sim, sobre a postura da Lekismon (e também o Kyubimon), só digo que eu não gosto da ideia de um inimigo sair atacando sem pensar, até porque muitos dos que apoiam os vilões são digimon comuns, a maioria nem tem uma verdadeira ideia do que está acontecendo. E sim, cara, eu sempre achei a Floramon com um jeito meio “gatinho” de plantas, então até que a evolução combinou, embora as próximas evoluções vão ser beeeem diferente dessa (quase uma Tailmon da vida), espero que vocês gostem também! E sim, como eu disse antes, as próximas evoluções terão um aumento desse poder, embora se manifeste de várias formas também, mas eu não vou falar nada! xD
Ei, obrigado pelos conselhos, tanto você quanto os meninos, e isso tem me ajudado bastante a melhorar, espero continuar assim para agradar vocês em seguida!
Lukas:
Que bom que você pode comentar logo, e também que tenha gostado! E tudo bem sobre comentar sobre a saúde do Shin, acabei ficando surpresa com a própria surpresa de vocês! Ah, e sobre as habilidades da Floramon, isso realmente é algo que eu criei para essa personagem (assim como o Gabumon branco e o Guilmon tem uma força acima do normal), e vai ser relevante conforme ela evoluir.
E sim, cara, Lekismon é a minha digimon favorita de toda a linha da Lunamon, e eu queria mesmo uma forma de usá-la sem cair em algum clichê de “boa irmãzinha”, então a usei como uma vilã. Bom, quem sabe ela possa mudar de opinião depois, né?
Bom, fico feliz que vocês tenham gostado da Earthdaemon (eu tinha um certo medo de que não gostassem dela, afinal ela foge do padrão da Palmon e Lalamon), porque eu gosto de fazer espécies diferentes, e digimon naturais são ótimos pra trabalhar nisso. Admito que desenhar animais (no caso lobo e leão) não é nada fácil pra mim, mas ainda vou tentar para mostrar como são os meus digimon. Sobre Kiwimon, ainda não tenho certeza sobre ela, mas também é uma ótima digimon!
De qualquer forma, é ótimo ter você e os demais comentando e dando conselhos, adoro vocês, viu?
Kaiser:
Opa, olá! E sim, nada como um belo "baque" na vida, como essa jogada com o Shinjurou, o que também afeta diretamente a sua personalidade cheia de vida, como você disse. Floramon também é um caso que eu gosto de trabalhar, porque gosto do desafio de criar uma mulher que seja forte e decidida, mas tenha seu lado delicado também, espero que esteja dando certo!
E nossa, os conselhos de todos sobre as batalhas curtas anteriores me ajudaram a criar esta, fico feliz que tenham gostado, em especial porque queria usar uma digimon completamente diferente do normal, como a Lekismon. Sobre a Earthdaemon, ela é realmente parecida com uma leoa (mas com a juba de pétalas), embora Raiamon tenha as pernas muito longas, e imagine as dela um pouco mais curtinhas, mas a ideia é mais ou menos o que você tinha dito (as presas de madeira foram uma boa ideia, eu não tinha pensado nisso antes). E cara, eu andava ansiosa para criar uma evolução desse tipo, porque as lines das digimon planta são quase as mesmas, em especial quando elas chegam nas formas Perfeitas, então posso dar a garantia de que ela vai ter a linha evolutiva mais diferente de todos.
E novamente, fico feliz que tenha gostado dessa nova luta, espero poder melhorar mais, ainda mais com toda a ajuda que vocês todos me dão. E haaaa, parece que os nossos vilões estão causando a sua devida impressão. Leve spoiler: no próximo capítulo, vou mostrar quem são eles!
Midori:
Opa, é sempre ótimo ver você comentando por aqui! Admito que gosto de dar uma abordagem mais diferenciada para os meus personagens, até porque preciso que as histórias fiquem bem explicadas, assim como as duas motivações (não preciso dizer quem é o irmão da Lekismon, mas logo espero coloca-lo também!). E pois é, eu não achei que a história do Shin fosse causar tanto espanto, mas nossa, que bom que teve essa reação, ha ha, e também foi uma boa forma de explorar as habilidades escondidas da Floramon (sempre achei que digimon planta tinham esse tipo de habilidade curativas e coisas assim), que sim, vão se desenvolver mais conforme ela evoluir.
Ai, nossa, também obrigado pela dica do açúcar, e pensar que eu quase coloquei chá bem doce como uma preferência do Shin! Que vergonha. >_>
E, ah, sim, sobre a postura da Lekismon (e também o Kyubimon), só digo que eu não gosto da ideia de um inimigo sair atacando sem pensar, até porque muitos dos que apoiam os vilões são digimon comuns, a maioria nem tem uma verdadeira ideia do que está acontecendo. E sim, cara, eu sempre achei a Floramon com um jeito meio “gatinho” de plantas, então até que a evolução combinou, embora as próximas evoluções vão ser beeeem diferente dessa (quase uma Tailmon da vida), espero que vocês gostem também! E sim, como eu disse antes, as próximas evoluções terão um aumento desse poder, embora se manifeste de várias formas também, mas eu não vou falar nada! xD
Ei, obrigado pelos conselhos, tanto você quanto os meninos, e isso tem me ajudado bastante a melhorar, espero continuar assim para agradar vocês em seguida!
Lukas:
Que bom que você pode comentar logo, e também que tenha gostado! E tudo bem sobre comentar sobre a saúde do Shin, acabei ficando surpresa com a própria surpresa de vocês! Ah, e sobre as habilidades da Floramon, isso realmente é algo que eu criei para essa personagem (assim como o Gabumon branco e o Guilmon tem uma força acima do normal), e vai ser relevante conforme ela evoluir.
E sim, cara, Lekismon é a minha digimon favorita de toda a linha da Lunamon, e eu queria mesmo uma forma de usá-la sem cair em algum clichê de “boa irmãzinha”, então a usei como uma vilã. Bom, quem sabe ela possa mudar de opinião depois, né?
Bom, fico feliz que vocês tenham gostado da Earthdaemon (eu tinha um certo medo de que não gostassem dela, afinal ela foge do padrão da Palmon e Lalamon), porque eu gosto de fazer espécies diferentes, e digimon naturais são ótimos pra trabalhar nisso. Admito que desenhar animais (no caso lobo e leão) não é nada fácil pra mim, mas ainda vou tentar para mostrar como são os meus digimon. Sobre Kiwimon, ainda não tenho certeza sobre ela, mas também é uma ótima digimon!
De qualquer forma, é ótimo ter você e os demais comentando e dando conselhos, adoro vocês, viu?
Spirit
Younenki II- Mensagens : 57
Data de inscrição : 17/03/2016
Idade : 30
Re: Digimon - Digital Rebellion
Pois é Spirit para você ver o quanto o mais recente episódio de sua fanfic nos impressionou . Realmente concordo quando você diz que quando se tratam de Digimon vegetais como Palmon e Floramon suas evoluções costumem ser previsíveis por isso nós admiramos tanto Earthdaemon pois foi uma evolução completamente unica e inesperada . Sua fanfic esta sendo maravilhosa para o fórum pois faz muito tempo que nós não temos uma grande historia como a sua e a da Midori também então só posso ser-lhe grato por trazer uma trama tão maravilhosa . Enfim continue com o bom trabalho . =D
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Spirit eu encontrei um desenho no deviantart de uma criatura que é " vagamente " a ideia que eu faço de Earthdaemon . Não exatamente desse mesmo jeito que na imagem pois Earthdaemon tem caracteristicas muito próprias particulares e diferentes desta imagem mas basicamente algo nesse estilo :
Claro Earthdaemon é completamente diferente e provavelmente esta imagem passou longe de como você a imaginou mas ao menos já serve como uma base caso um dia você a desenhe .
Claro Earthdaemon é completamente diferente e provavelmente esta imagem passou longe de como você a imaginou mas ao menos já serve como uma base caso um dia você a desenhe .
Convidado- Convidado
Re: Digimon - Digital Rebellion
Olá Spirit.Assim, bem aquela vez tinha dito que iria ler o capítulo é voltaria pra comentar mais não o fiz,e com não quero que ache que não sou pessoa de palavra,Amanhã vo vê se tiro um tempo pra poder ler ok?,mais pelo que li o início do ep seis as coisa tão ficando quente kkk
Pégaso
Seichouki- Mensagens : 220
Data de inscrição : 20/10/2015
Idade : 21
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