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Digimon - Digital Rebellion

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MidoriKyun
Spirit
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Digimon - Digital Rebellion - Página 5 Empty Re: Digimon - Digital Rebellion

Mensagem por Convidado Qui 04 Ago 2016, 12:51 pm

Também achei muito legal os Digimon da cidade de Radast usarem Armor Shinkas para evoluírem e disso não ser aprovado pelos governantes do Digital World . Pelas palavras de White Gabumon os Governantes são um tipo de " religiosos intolerantes " que perseguem minorias tipo como ocorre na nossa realidade com certos grupos religiosos que perseguem : Homossexuais , Umbandistas ( e outras religiões Afros) , Espiritas  pessoas de religiões tidas como " pagãs " como Druidas , Wiccas e membros de grupos de pessoas que praticam hobbies inofensivos mas considerados " Coisa do Demônio " por eles igual jogadores de RPG (Role-playing games) , Jogadores de certos tipos de Videogames que são considerados " demoníacos " , pessoas que leem historias em quadrinhos , livros de ficção cientifica , mangas  etc . Enfim uma elite míope de pessoas de julgamento parcial e preconceituoso que consideram a religião delas " perfeita " porem que na verdade tudo que lhes interessa é lucrar com a fé dos pobres ignorantes do Digital World .

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Digimon - Digital Rebellion - Página 5 Empty Re: Digimon - Digital Rebellion

Mensagem por Spirit Seg 08 Ago 2016, 6:31 pm

Gente, não achei que iam comentar logo de cara, mas fico feliz! Vejamos...
Kaiser:
Acho pra pra você vou ter que ir por tópicos pra me organizar melhor. xD
- Bem, acho que você leu a minha mente quanto a questão dos avalonianos e seus cavaleiros, até porque eles são um pilar importante pra história, embora ainda precise ver muito deles com o decorrer da trama. Gostei de Tiatmon, porque amo digimon femininas que fogem dos padrões e seu conceito parece muito bom, ainda que eu já tenha um adversário já escolhido para a forma Extrema do Guilmon, não deixa de ser uma ótima ideia para se guardar. Agradeço sempre por ajuda!
- Sobre os Cavaleiros Reais como vilões... HELL NO! Mano, se é um grupo de digimon feitos para defender o mundo, não faz sentido coloca-los como vilões, e isso é uma coisa que eu sinceramente não entendi nem em Frontier e muito menos em Savers. o_õ Bom, nessa minha versão do Digital World, diria que eles estão mais pra um exército ou força policial, porque apesar de terem superiores e ordens, eles também tem suas opiniões e conceitos (como podemos ver com o Magnamon), e isso é algo que eu tenho vontade de mostrar. A ideia de um grupo todo pensar igual sempre me deixa incomodada, mas ok.
- Quanto às evoluções armadura e demais preconceitos, gosto de trabalhar com os grupos excluídos e minorias, e meio que serviu como explicação pra existência deles, já que aparecem aos montes em Frontier e em outras temporadas também... Bem, acho que só queria fazer algo com eles que ficasse legal. E sim, a questão do preconceito é algo muito forte na trama, porque gosto de aproximar os mundos com esses conceitos (sério, cara, muitas vezes no Digital World ou era todo mundo um grupo feliz ou um monte de vilões malignos, o mais perto desse conceito que eu vi foi no filme de Frontier dos humanoides contra os bestiais).
De qualquer forma, é sempre bom ver você por aqui, agradeço muito toda a ajuda que tem dado e espero que goste do seguimento da trama. ^^


Pégaso:
Bem, obrigado por estar acompanhando a história, embora eu recomende que dê uma olhada nos capítulos anteriores pra não ficar perdido em nada, viu? Gosto de trabalhar mais individualmente cada personagem justamente para que eles não fiquem apagados, e também de trabalhar com digimon variados, quebrando alguns estereótipos. Confesso que não achei que fossem gostar tanto da ideia das “tretas” com os digimon evoluídos por armadura, mas fico feliz por estar errada e espero que você também goste do seguimento.
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Digimon - Digital Rebellion - Página 5 Empty Re: Digimon - Digital Rebellion

Mensagem por Pégaso Seg 08 Ago 2016, 7:17 pm

Tudo bem Spirit nem eu achei que iria ler tão rapidamente kkk XD,sim eu meio que curto digimons de armaduras e a formas como podemos usurfruir ainda mais de nosas inmaginações.


Como por exemplo,fazer um Gabumon evoluir pra um digimon X quando fui escrever a Digimon Data Fusion pensei na possibilidade de ser voltada a esse tema nais enfim,sua opinião sovre os vilões me fez pensar e refletir um pouco.

Sobre os personagems das histórias,e os vilões sobre os Cavareilos Reais é algo que eu gostei em Frontier(ainda n assiti savers),maks ao mesmo tempo acho que eles poderiam ter sido mais expkorados e colocados como herois e n vilões. E em Saver peli que assitj eles n são bem vilões me corriga se estiver errado.

Mais eles estavam na verdade seguindo as orddns de Yggdrasil,que achava que humanos e digimons n podiam viver juntos e acabou por mudar a cabeça deles.

Emfim,tenho certeza que vou achar legal Spirit ^^,aliás gostaria de pedir sua presença na Digimon Of Destiny se n for incomodo Smile
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Digimon - Digital Rebellion - Página 5 Empty Re: Digimon - Digital Rebellion

Mensagem por Convidado Ter 09 Ago 2016, 7:13 am

Obrigado pela resposta Spirit fico realmente muito feliz e agraciado em poder ter lhe ajudado ainda que um pouco . Sobre Tiamatmon a minha ideia é que ela fosse "uma das" inimigas finais não "a inimiga" final pois eu sei que você provavelmente já deve ter planejado quem deverão ser os inimigos de cada um dos Digimon da resistência . E muito legal saber que ao menos na sua historia os Cavaleiros Reais não serão vilões eles serão uma força tarefa policial de elite do Digital World como a S.W.A.T. nunca concordei com o fato de apesar de todos serem formados por Digimon " Exalted Knights " e serem considerados " heróis " todos eles agissem como " vilões " igual aconteceu em Digimon Frontier e em Digimon Savers e me irritava que eles parecessem não saberem pensar nem ter vontade própria e apenas agiam seguindo as ordens daquele que estivesse no comando do Digital World sem questionarem a moralidade e a ética dessas decisões igual Omegamon em Digimon X-Evolution . Enfim espero ver momentos bastante interessantes com os Cavaleiros Reais . Uma sugestão : porque você não retrara RhodoKnightmon/Lorde Crusadermon mais ou menos parecido com Shun de Andrômeda de Saint Seiya ou seja alguém que não aprecia violência nem gosta de lutar se não tiver uma razão bastante forte para isso e que em vez de " esquisito " e " meio efeminado " é só " sensivel " (e inclusive dispensaria aquela famigerada rosinha vermelha) que nem Shun que esta sempre emotivo e derramando lagrimas porém que quando é o momento de lutar sabe faze-lo muito bem porem não como uma " boneca violenta " mas com inteligência sabendo fazer um uso inteligente de suas tecnicas e golpes dando-lhes o maximo poder destrutivo e que não fica falando " Ah a beleza disso !" ou " Ah a formozura daquilo !" a todo momento para o adversario durante as lutas ao inves disso ele seria um Digimon com aparência androgena mas com " interior bonito " e elevada sensibilidade que nem Shun de Andrômeda que podia até ter " armadura cor de rosa " mas sabia ser "homem" quando era preciso apesar de ter uma personalidade mais sensivel e gentil que a do irmão brutamontes Ikki de Fênix que acha da ideia ? Sobre os Avalonianos estou muito curioso para ver quais deles aparecerão . Enfim continue o excelente trabalho Spirit .

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Digimon - Digital Rebellion - Página 5 Empty Re: Digimon - Digital Rebellion

Mensagem por Spirit Ter 16 Ago 2016, 10:41 am

Bom, meninos, desculpem pelos meus lapsos de tempo sem responder, as coisas andam corridas com questão de mudança e tal, mas graças a vocês ainda estou bem empolgada para escrever. Espero trabalhar melhor com os vilões, como disse o Lukas, até porque eles são parte essencial da trama e gosto que façam sentido (sem ser maus apenas por serem), assim como os demais inimigos. Vou ser sincera e dizer que muitas coisas e personalidades eu não planejei e muita coisa eu mudo de ideia antes ou até mesmo depois de escrever, então não dá pra levar muita fé na minha constância. xD Kaiser, vou te falar que ainda não dei personalidade e lado para todos os RKs e é interessante ver outros lados, mas Crusadermon sem rosa é tipo James da Equipe Rocket sem a rosa, chega a dar um lag no cérebro. xD
Enfim, espero que gostem desse novo capítulo, e ponto extra pra quem entender a referência a Steven Universe ali!



Capítulo 13:
Campo de Batalha Infindável.



Diferente dos demais, Shinjurou acordou de sobressalto com claros sons de destruição e fortes tremores, que chegavam a dificultar seus movimentos. Virou a face para os lados e percebeu que estava em uma construção vazia com paredes feitas de concreto repletas de rachaduras, mas antes que pudesse fazer algo, sentiu a mão de Floramon lhe cobrir os lábios. Surpreso, virou os olhos para ela, e quando a digimon teve certeza de que seu parceiro não gritaria ou chamaria atenção, ela lhe soltou, se sentando logo abaixo de uma janela sem nenhuma proteção.

- O que está acontecendo? – ele sussurrou, agitado, sem perceber que estava coberto de poeira, que caía do teto.

- Você foi trazido para o meu mundo junto com os outros. Não sei como. – ela também mantinha o tom de voz baixo, se curvando quando outro tremor assolou o local. – Não sei bem que cidade é essa, mas a briga tá boa lá fora.

- Como eu vim parar aqui? E há quanto tempo? – Shinjurou estava mais apavorado com o que supostamente acontecia lá fora, do que com o fato de estar em outro mundo. Bom, talvez estivesse apenas acostumado a tais fatos estranhos, mas não havia muito tempo para pensar nisso.

- Você não ficou muito tempo desmaiado, não se preocupe. – Floramon lhe respondeu, mas do lado de fora, raios de sol entravam, iluminando as poeiras que flutuavam. Ela então se esticou e espiou por cima da janela, mesmo que isso a deixasse com a face ligeiramente suja. – Acho que caímos em uma zona de guerrilha.

- Como assim?

- É nesse tipo de lugar que acontecem os combates, porque fica longe das cidades importantes. – ela explicou enquanto voltava a se abaixar, apoiando as mãos no chão. – O povo se ferra igual e sai ferido, e é por isso que temos que sair rápido daqui!

- Certo... – o garoto concordou, se esforçando para manter a calma, até porque ao ofegar, acabava se sufocando em tanta poeira.

Com cuidado, ele se apoiou na parede até ficar de pé, mesmo que quase fosse ao chão quando a estrutura voltou a tremer. Agora, mais próximo daquela abertura, podia ouvir algumas vozes quase abafadas, mas que pareciam raivosas. Distraído com aquilo, nem percebeu quando Floramon segurou sua mão, envolvendo as pétalas com certa força em torno de sua palma. Juntos, eles andaram devagar rumo à saída, que era uma porta de tábuas antigas, com uma das dobradiças soltas, de forma que ela batesse toda vez que um novo estrondo soava. Conseguiram dar alguns poucos passos antes que a passagem fosse arrebentada pelo lado de fora, fazendo-os saltar de susto.

Da rua, entrou um digimon inseto de porte humano, coberto por um exoesqueleto que mais parecia uma armadura em tom verde, mas que era preto nas coxas, mãos e pés, tendo ombreiras decoradas com espinhos. De suas costas brotavam dois pares de asas transparentes, e por debaixo do que seria um elmo, saíam curtos cabelos ruivos. De sua face, só era possível ver os grandes olhos vermelhos, delineados por marcas alaranjadas abaixo e entre eles, com dois filamentos compridos saindo para trás, em uma mistura de orelhas com antenas. Como se não bastasse as cinco garras afiadas com aparência metálica que tinha como dedos, dois ferrões pontiagudos se projetaram para fora de uma espécie de compartimento nas costas das mãos. Ele estava pronto para atacar, mas assim que fixou seu olhar na digimon planta, parou e retraiu os ferrões.

- Floramon? – reconheceu, sua voz saindo um tanto zumbida.

- Ah, Stingmon... – ela suspirou irritada, soltando a mão de Shinjurou para cruzar os braços. Nenhum dos dois parecia feliz com aquele encontro.

- Vocês se conhecem? – apesar de todo o medo e confusão que estava sentindo, o garoto achou ótima a aparição de um conhecido, talvez um aliado.

- Sim, ele... – Floramon torceu o nariz, deixando claro que o assunto era desagradável. – Era meu noivo.

- Desculpe, mas o que? – por um momento, Shinjurou se esqueceu de que estava em outro mundo, em uma perigosa zona de guerra, pois a ideia de Floramon se casando com aquele inseto (ou com qualquer um) lhe parecia mais absurda do que tudo aquilo.

O inseto também estava incomodado com o assunto, mas fez questão de mudar o foco, pois seu olhar recaiu sobre o humano. – Você não se parece com um digimon. – aquele comentário o fez congelar por um momento, mas sua parceira foi mais rápida, esticando o braço na frente de seu peito.

- Nos leve a um lugar seguro, que eu te explico a situação, ok? – pediu apressada. E fazia sentido, considerando que as paredes dali pareciam prestes a desabar.

Apesar de ainda estar desconfiado, Stingmon pensou por alguns segundos e por fim se virou, movendo a mão em um sinal para que fosse seguido. Sem muita opção, a dupla foi para fora, onde a batalha ainda acontecia. As casas de concreto e tijolos daquele local um dia haviam sido coloridas, mas estavam tão destruídas que era impossível adivinhar como eram antes. A poucos passos da porta, um grupo de outros digimon os esperava, com feições igualmente desconfiadas e ferimentos espalhados pelo corpo. A digimon planta e seu parceiro foram escoltados por uma espécie de coelho com longas orelhas tingidas de verde, que usava calças jeans e tinha metralhadoras no lugar das mãos. Ter aquelas armas apontadas em suas costas não deixou nenhum dos dois mais seguros. – Vamos voltar e nos reorganizar. – disse o inseto, que claramente era o líder de todos eles.

Tomando a frente, ele foi guiando-os pelas ruas, ainda que tivesse que trespassar algum atacante com seus ferrões em determinados momentos. Algum tempo depois, e quando ele havia acabado de perfurar o peito de um digimon barata com dentes saltados e olhos vermelhos, Floramon perdeu a calma e se aproximou novamente.

- Qual é a sua? Largou o nosso grupo para se juntar a esses loucos! – e, ao não receber uma resposta do outro, ela segurou o ferrão de uma de suas mãos.

- Me deixe em paz! – com zumbidos irritados, Stingmon moveu o braço de modo brusco, quase derrubando a digimon mais baixa. – Aquele seu grupo não faz nada! Nós temos que lutar pela nossa liberdade.

- Que tipo de luta é essa, em que você sai destruindo tudo pelo caminho? – era difícil dizer qual dos dois parecia mais raivoso, então Shinjurou resolveu interferir. Após uma curta corrida, ele alcançou sua parceira e a puxou contra si, cobrindo sua boca com uma das mãos.

- Agora não parece uma boa hora para discutir... – ele aconselhou, olhando um tanto nervoso para os lados, onde as lutas isoladas continuavam. A qualquer momento podiam ser atingidos, se o grupo de escolta se afastasse.

- É bom saber que ao menos um de vocês usa a cabeça. – provocou o inseto, mas não quis se prolongar na discussão. Mesmo com a mão do garoto cobrindo os lábios, Floramon ainda emitiu alguns ruídos indistintos, demorando um pouco para se acalmar o suficiente para não avançar nas costas do outro digimon.

- Você ainda está machucada. – Shinjurou abaixou a voz enquanto a soltava, lançando um breve olhar para os curativos que cobriam seu peito. No entanto, logo cedeu a sua curiosidade. – Então, você e ele iam mesmo... Se casar?

- Isso foi armação dos nossos pais, porque de onde eu venho, eles obrigam as garotas a se casarem cedo e... Eu não quero falar disso! – ela se interrompeu, fechando os punhos enquanto negava com a face. – Para fugir desse destino, nós nos juntamos aos rebeldes, mas Stingmon não gostou dos nossos métodos e nos deixou. Agora sei que se juntou a esses malucos. É por causa deles que temos essa má reputação de anarquistas!

- Mesmo assim, acho que podemos conversar com eles. – o garoto preferia evitar confrontos por hora, pois não teriam nenhuma chance sozinhos naquela cidade.

- Se você quer conversar, não conhece o Stingmon. Ele...

- Chegamos. – o digimon inseto os interrompeu, virando a face por sobre o ombro enquanto apontava para um dos poucos prédios intactos daquele local. Tinha apenas dois andares e uma pintura descascada, mostrando o concreto por baixo, com as janelas cobertas por tábuas, de forma que pouca luz pudesse entrar.

A porta emitiu um rangido longo quando suas dobradiças foram usadas para que o grupo entrasse, chamando a atenção de todos que estavam lá dentro. Em volta de uma mesa simples com um mapa aberto, alguns outros digimon ergueram a face para a chegada deles, mas apenas um se aproximou. Este era uma espécie de dinossauro bípede com quase dois metros de altura, com a pele azul, mas barriga e o queixo em tom branco, tendo olhos vermelhos e um chifre metálico na ponta do nariz. Tinha também um par de asas brancas parecidas com as de um morcego, e uma marca de “x” em seu peito.

- Você voltou! – comemorou o réptil, com um grande sorriso, enquanto abraçava o inseto com tanta força que seu exoesqueleto chegou a estalar.

- XV-mon... Você está exagerando de novo... – gemeu Stingmon, movendo um pouco as mãos, nervoso.

- Ah, desculpe, desculpe! – ao perceber o erro, o digimon azulado soltou o outro, agora parecendo sem graça. – Eu fiquei preocupado, você foi logo para o lugar mais perigoso.

- Eu estou bem. – o tom usado pelo inseto era duro, mas ele virou a face para o lado e coçou os curtos cabelos ruivos que tinha. Demorou alguns segundos para voltar ao normal, se virando para os demais. – Nos deixem a sós com os forasteiros. Temos assuntos a resolver.

Mesmo que não parecessem muito satisfeitos, os digimon restante deixaram o prédio, de forma que os únicos a ficar ali fossem Stingmon, XV-mon, Floramon e seu parceiro. Shinjurou ficou feliz que o dinossauro azulado estivesse junto, pois ele parecia acalmar o ânimo do inseto, o que evitaria novos problemas. Já com a porta fechada e devidamente trancada, o líder apontou para algumas cadeiras em volta da mesa onde o mapa havia sido deixado. Ao se sentar, o garoto notou que vários pontos estavam rasgados, formando X sobre os nomes de algumas cidades. No entanto, não teve muito tempo para observar, pois Stingmon também puxou uma cadeira e se sentou curvado, com a face próxima do humano, enquanto coçava de leve o queixo com as longas unhas.

- O que é você, afinal?

- Uma espécie nova? – arriscou XV-mon, que estava de pé ao lado do outro.

- O Shinjurou é humano. – Floramon explicou enquanto arrastava sua cadeira mais para perto dele, mesmo que ainda sentada. – Eu e outro digimon fomos mandados para o Outro Mundo para investigar os legalistas, e quando voltamos, ele foi trazido conosco.

- E quanto ao outro digimon? Onde ele está? – Stingmon se prendeu naquele ponto, embora não desviasse o olhar do garoto.

- Não sei, o portal deve ter dado algum problema quando passamos. Geekmon também não faz nada certo! E não diga nada! – ela apontou para o inseto, que tinha um olhar desdenhoso na face.

- Uau, um humano como os das histórias? – apressado, o dinossauro azulado se aproximou do garoto, se abaixando de forma que sua face quase tocasse na do humano. Seus olhos brilhavam, como os de uma criança ao ver um brinquedo novo. – É verdade que vocês são mágicos?

- Bem, eu não sei quanto a isso... – o jovem já estava se sentindo desconfortável com a proximidade, mas preferia não tentar recuar. Seu ferimento causado por Lekismon estava quase cicatrizado, mas caso se esticasse, sentia pequenas pontadas de dor.

- Amigo, espaço pessoal. Você conhece? – Floramon logo interferiu, se erguendo da cadeira e colocando as mãos na face de XV-mon, empurrando-o um pouco para trás.

- Ora, parem com isso. – Stingmon logo foi até eles e segurou o réptil pelo braço, embora não de forma brusca, fazendo com que recuasse alguns passos. – Vamos manter o foco.

- Isso mesmo. – após concordar, a digimon planta piscou duas vezes, como se não tivesse acreditado no que tinha feito. – Nós precisamos ir para a nossa base, Geekmon deve conseguir consertar o portal e manda-lo de volta.

As palavras “deve conseguir” causaram um mau pressentimento em Shinjurou, mas parte de sua mente estava ocupada em ver os outros dois digimon, um tanto curioso com a relação deles. XV-mon parecia prestes a concordar, mas foi interrompido quando o inseto colocou a mão em seu peito, novamente emitindo zumbidos baixos. – Nem pensar. – a resposta pegou todos de surpresa. – Vocês não são confiáveis.

- Como assim, não somos confiáveis? Somos rebeldes também! – Floramon parecia prestes a avançar para atacar, mas parou, colocando as mãos sobre os curativos no tronco. Ela estava se esforçando para não ceder à dor que sentia toda vez que o chão tremia.

- Os Cinco trouxeram um humano, vai ser bom termos um também. Até segunda ordem, vocês vão ficar sob nossa guarda. – ele decidiu, por fim.

- Espere, você não pode fazer isso. – apesar de se esforçar para não criar um clima ainda mais hostil com o líder, Shinjurou não resistiu mais. A ideia de ficar por tempo indeterminado junto a um grupo de guerrilheiros lhe apavorava, não só por seus próprios riscos e de Floramon, mas porque não teria como voltar para seu mundo.

- Sim, eu posso. – Stingmon respondeu em tom baixo e sério, abaixando sua face até ficar no mesmo nível que a do garoto, que engoliu em seco. Ele parecia prestes a atacar, mas atacar, mas respirou fundo e voltou a alinhar a postura, para virar a face na direção do outro digimon. – X, você vai cuidar deles, e eu vou voltar para o grupo. Eles não podem atacar sem liderança.

- Não quer que eu vá com você? – confuso, o réptil azulado coçou a face, mas era difícil definir sua expressão.

- Não confio em mais ninguém para essa tarefa. – o inseto respondeu enquanto colocava a mão sobre seu peito. – Prometo voltar o quanto antes. – e com isso, ele deixou o prédio.

Um silêncio constrangedor caiu entre os três restantes, até que XV-mon suspirou frustrado e se afastou, apoiando as mãos sobre o peitoril de uma das janelas lacradas. Floramon imediatamente olhou para a porta e se levantou, pronta para tentar uma fuga, mas seu parceiro foi mais rápido, segurando sua mão antes que ela avançasse. – Eu quero tentar uma coisa. – ele pediu, ao receber um olhar confuso da digimon planta.

- Se não der certo, eu vou evoluir e saímos daqui do jeito que der!

- Está bem... – o garoto rezava para que não tivessem que recorrer a tal. De forma discreta, foi até o dinossauro azulado, que estava cutucando as falhas nas tábuas da janela, de uma forma desanimada. – Ah, olá... XV-mon, não é?

- Sim, sim! – desperto da distração, o digimon se voltou para Shinjurou, agitando a cauda. – Uau, um humano sabe meu nome...

- O meu é Shinjurou. – para cumprimenta-lo, o jovem estendeu a mão, gemendo baixo quando o réptil segurou-a com as duas, agitando os braços com certa força.

- É um prazer conhecer você! – seu sorriso teve fim quando o digimon virou a face e percebeu que Floramon os encarava, com os braços cruzados e a face fechada. Sem graça, ele soltou o garoto, coçando a nuca. – Acho que a sua amiga não gosta de mim.

- Este não é um bom lugar para nós. – explicou o garoto, batendo um pouco a poeira que havia caído sobre os cabelos. Felizmente, naquele lugar, não sentia os tremores das batalhas. – Além disso, ela e o Stingmon...

- Ah, nem me fale, o Sting não tem o menor jeito com garotas! – XV-mon riu baixo. Seu jeito fazia Shinjurou se lembrar de Gabumon, e imaginou que ele se daria bem com o digimon albino. Provavelmente melhor do que com aquele grupo de guerrilheiros desconfiados e sérios.

- Você não gosta de ser um guerrilheiro, não é? – arriscou, o que causou um tremor no digimon.

- Só penso que estamos lutando da forma errada. – admitiu o dinossauro, por fim, movendo as mãos como se quisesse explicar melhor. – Quer dizer, mesmo derrubando os Cinco e a rainha, precisamos de alguém confiável para tomar o lugar. Mas, mesmo quando eu toco no assunto, eles não parecem interessados, então vamos ter problemas mesmo se vencermos. Tenho medo... – ele suspirou, antes de continuar. – Tenho medo de que estamos lutando por nada.

- Posso entender... – o garoto chegava a se espantar com a forma de pensamento de XV-mon, pois agora tinha nova noção sobre a situação sobre a política daquele mundo. E lhe deu certeza de que deveria sair de perto daquele grupo o quanto antes. – Mas por que você continua aqui?

O réptil novamente ficou sem graça, esfregando as mãos enquanto olhava para baixo. – Não quero deixar o Stingmon sozinho. Eu sei, parece bobagem, ele sabe se virar sozinho, mas também fica tão concentrado no objetivo que se coloca em perigo sem pensar. Eu fico preocupado com ele.

- Eu acho que ele se preocupa com você também. – Shinjurou sorriu de leve, mas a expressão se desfez quando se lembrou do que queria dele. Mesmo com medo da reação, o garoto tentou. – XV-mon, eu preciso ir até os rebeldes com Floramon. Não posso ajudar aqui, e se pudesse, não seria da forma como querem.

- Sei disso... O Sting só fez isso porque está desesperado. Os legalistas tem um digimon poderoso do lado deles, e estamos perdendo cada vez mais dos nossos. – ouvir o tom desanimado do dinossauro fez aflorar um sentimento terrível no humano, junto com a ideia de que tirando vantagem de sua personalidade amigável. – Escute, em um determinado horário, as batalhas param para que os grupos cuidem dos feridos antes de começarem novas lutas. Podemos aproveitar essa oportunidade para tirar vocês daqui.

- Obrigado, XV-mon. – apesar da terrível sensação de ser uma má pessoa, o garoto segurou a mão do digimon entre as próprias.

--

- “Ai, eu me preocupo com ele”... Ninguém merece. – escondido junto a alguns blocos de concreto quebrados perto da janela, Gotsumon imitava a voz de XV-mon de forma irônica. Sua expressão, no entanto, logo mudou para um pequeno sorriso. – Mas eu dei uma sorte caindo aqui. Alguém vai adorar saber disso...

--

Durante o tempo de espera, XV-mon se sentou junto de Shinjurou e Floramon perto da mesa onde ficava o mapa, e de tanto o réptil insistir, o garoto passou a falar sobre o mundo humano, o que o deixou mais empolgado ainda. Quando então o jovem pegou o celular para tentar contato com os outros, o digimon quase avançou para ver mais de perto. Infelizmente, Shinjurou não conseguiu contato, pois no ícone que indicava o nível de sinal, estava um X branco, indicando que estava fora de área para isso. Preferiu, então, acessar a dex, para ter mais informações sobre os digimon que haviam encontrado ali.

- Nossa, tem até uma foto minha! – o dinossauro se reconheceu na tela, com seu nariz quase encostando na mesma.

- Então, você é mesmo um adulto? – Floramon teve que perguntar, erguendo o cenho ao ver as reações do outro digimon. Antes, no entanto, que ele pudesse responder, um som alto um alarme soou, chegando a calar todos os demais barulhos. – O que foi isso?

- É o cessar-fogo. – XV-mon reconhece o som e se ergueu, esticando as mãos para ajudar os outros dois. – Por favor, fiquem atrás de mim. Temos que ser rápidos, o Stingmon não vai demorar a voltar. – ele pediu enquanto os levava até a porta de saída.

O réptil azulado não perdeu tempo em destrancar e abrir a porta, mas não conseguiu avançar. Lá fora, esperando-os, havia um digimon com aparência de centauro, um pouco mais alto que XV-mon. A maior parte de seu corpo era coberta por uma armadura cibernética, com apenas partes de pele verde aparecendo nas dobras das pernas e no tronco. Garras afiadas saíam das patas debaixo, enquanto tinha metralhadoras no lugar de seus braços, além de ter duas armas em suas costas. Sua face estava escondida debaixo de um capacete rubro e uma máscara de gás, mas era possível ver que seus olhos estavam fixos no guerrilheiro. Devido à altura do digimon, mal era possível ver que Gotsumon se escondia atrás de suas pernas, apenas observando a situação.

- Se revidarem, eu atiro. – disse o inimigo, com uma das armas mirando em XV-mon e a outra na dupla de rebeldes, sua voz saindo abafada pela máscara.

- Quem é você? – Floramon perguntou enquanto novamente se colocava a frente de seu parceiro, mesmo que isso a deixasse diretamente na mira das metralhadoras.

- Sou Assaultmon, enviado pelos Cinco. – respondeu o digimon armado. – Agora, venham comigo.

A digimon planta fechou os punhos, encarando-o irritada. – Olha só, se você tá achando que nós vamos...

- Não se preocupem. – o dinossauro azulado a interrompeu, erguendo os braços para Assaultmon. Parecia estar se rendendo, até o momento em que a tatuagem em seu tronco brilhou em tom alaranjado. – X-Laser! – ele atacou, disparando daquela região, um feixe de luz na face do inimigo, que recuou, se empinando nas patas traseiras.

- Ei, ei! Não é pra me esmagar! – gritou Gotsumon enquanto saía de perto dele.

- Vão por ali! – XV-mon apontou para uma rua lateral, indicando uma saída. – Ele é um digimon Perfeito, então eu seguro ele!

Seu aviso até pareceu sensato, mas a diferença de força ficou clara quando Assaultmon o derrubou apenas batendo com uma das armas em sua face, para em seguida se empinar de novo, pisoteando o chão com as patas dianteiras. O concreto rachou todo, mas por sorte o guerrilheiro rolou para o lado pouco antes de ser atingido. – Maldito, fique parado! – irritou-se o legalista, ainda a tentar esmagar o outro.

- Até parece! Strong Crunch! – revidou o dinossauro, agarrando-se a uma de suas pernas, para então fincar as presas na parte exposta de sua coxa, o que arrancou um urro do inimigo, que agitou-se para tentar soltá-lo de si.

- Shin! – gritou Floramon, agarrando sua mão para chamar sua atenção. Desde a chegada de Assaultmon, o garoto parecia estática, embora suas mãos tremessem. – Acorda! O que deu em você?

- É minha culpa... – ele disse em voz baixa, incapaz de se mover enquanto via o digimon armado tentando se soltar de XV-mon. – Eu o convenci...

- Agora não é hora para isso! – de pensamento rápido, a digimon planta agarrou seu parceiro, e mesmo que isso causasse dor no corpo de ambos, o sacudiu até ter sua atenção. Mas o que realmente o espantou a ponto de “acordá-lo”, foi seu novo pedido. – Me faz evoluir!

- O que? Mas ele disse para nós irmos... – se lembrou o garoto, finalmente encarando sua parceira.

- Se é pra apanhar, então vamos apanhar juntos! – ela o interrompeu, erguendo os punhos fechados. – Até parece que algum de nós poderia fugir e deixar ele desse jeito, né?

- Você está certa. Pronta? – sem perder tempo, Shinjurou pegou o celular no bolso, acessando o ícone de evolução. Assim que a outra concordou, ele selecionou a opção “Campeão”, fazendo o corpo dela ser coberto por luzes.

- Floramon... Evolução! Earthdaemon! – logo sua nova forma havia surgido, e pronta para atacar, lançando as pétalas de seu pescoço na direção do inimigo. – Petal Bomb!

- Justice Massacre! – foi a vez de Assaultmon revidar, apontando uma das metralhadoras para as pétalas, mas as balas fizeram com que explodissem mais cedo. Muita poeira se ergueu, e o digimon armado foi lançado para trás, batendo com as costas em uma parede mais próxima.

Isso não era o bastante para detê-lo, mas antes que pudesse se mover, a parede onde estava apoiado cedeu e ruiu para o lado de dentro, fazendo com que Assaultmon fosse engolido pela casa que desmoronava, ao mesmo tempo em que Stingmon saltava por cima dos destroços. De forma silenciosa, o inseto havia atacado do outro lado para pegar o inimigo de surpresa, e agora se aproximava dos demais. Pelos zumbidos que emitia, ele estava furioso. Pelas demais ruas, o seu grupo o seguia, embora um pouco afastados, pois o líder era mais rápido.

- Vocês dois! Eu devi saber que iriam... – ele começou a gritar, apontando para os rebeldes, mas sua voz morreu assim que virou a face para o lado, percebendo XV-mon. Os outros dois também olharam naquela direção, percebendo que o réptil estava caído de lado no chão, com as mãos apoiadas sobre o abdome, de onde escorriam grossos filetes de sangue. Nenhum deles havia percebido, mas quando Assaultmon atirou contra as pétalas de Earthdaemon, a metralhadora de seu outro braço disparou também, mirando no guerrilheiro. Sem perder tempo, Stingmon foi até ele, se ajoelhando a sua frente. – O que foi que você fez, seu idiota? – ele tentava parecer irritado, mas sua voz tremia, mostrando seu pavor.

- Não se preocupe comigo... É só um furo. – o outro tentou rir, mas sua voz falhou em um gemido estrangulado pelo esforço.

- Stingmon, nós não... – Shinjurou se aproximou devagar deles, com Earthdaemon abaixando as longas orelhas, mas o inseto não os ouviu, cortando o ar com suas garras para afastá-los.

- Fiquem longe! – ele zumbiu, para logo depois colocar uma das mãos sobre os furos no tronco de XV-mon, enquanto passava o outro braço por seus ombros, de forma que o fizesse erguer a face. – Como não quer que eu me preocupe? Aqui sempre foi perigoso, não é o seu lugar, e mesmo assim, você ainda ficou.

- O meu lugar é ao seu lado... – respondeu o réptil azulado, fechando os olhos, encostando a testa na do inseto.

- Earthdaemon, veja isso. – Shinjurou percebeu que pequenas luzes cobriam os pés dos dois guerrilheiros e se alastravam cada vez mais, mas nenhum deles havia notado ainda.

- Shin... – a digimon planta olhava para o outro lado, onde Assaultmon lutava para sair debaixo dos escombros, mas todos, até mesmo o pequeno grupo que viera com Stingmon, estavam fixos na outra cena.

- Stingmon... – chamou XV-mon, com os olhos fechados, as luzes já em seus ombros.

- XV-mon... – disse o outro, também sem perceber o efeito, mas então suas vozes soaram ao mesmo tempo. – Evolução Jogress!!

As luzes os cobriram por completo, mas nesse mesmo instante, o legalista saiu debaixo dos escombros, jogando concreto para todo lado enquanto atirava. Sua armadura estava ligeiramente danificada, mas ele marchou decidido até o grupo, apontando as metralhadoras, pronto para atacar. – Justice Massacre!

- Desperado Blaster! – uma nova voz revidou, e uma saraiva de tiros de energia destruiu as balas de Assaultmon antes que atingissem os demais. No lugar de Stingmon e XV-mon, havia apenas um digimon, que também era um espécie de dinossauro azul, mas tinha proteções nas pernas, cintura e peito iguais às do digimon inseto, inclusive com os espinhos nos ombros, e suas mãos eram no mesmo formato, com as garras e ferrões. As asas brancas de XV-mon permaneciam, com um par menor e azul logo acima, com seu rosto escondido sob um capacete vermelho, com uma abertura para expor seus olhos também rubros. Ele havia lançado os tiros de dois canhões acoplados na parte de trás de sua cintura, mas que ele segurava, mirando no legalista.

- Mas o que vocês dois fizeram? – o digimon armado chegou a recuar um passo, confuso. – Quem...?

- Nós somos Paildramon. – anunciou o novo digimon.

- Eles se tornaram um só? – Shinjurou percebeu, se voltando para sua parceira.

- Nunca vi uma evolução como essa. – ela confessou, percebendo que os guerrilheiros também não entendiam bem a situação.

- O chefe e o XV-mon são...? – o coelho com metralhadoras nas mãos, Gargomon, começou a perguntar, mas parou quando Paildramon avançou até ficar a frente de todos. Tanto ele quanto Assaultmon ergueram as armas e esperaram alguns instantes, como os antigos duelos com pistolas.

- Justice Massacre! – o legalista atacou sem perder tempo, lançando seus tiros novamente.

- Elemental Bolt! – Paildramon revidou lançando dois feixes de energia de seus canhões, que não apenas pulverizaram as balas em seu caminho, como atingiram o digimon armado. Seu corpo foi projetado para trás, soltando aquele fino pó negro enquanto se desfazia, sumindo antes que chegasse ao chão.

Uma estranha calmaria tomou o ambiente após o breve embate, e ao perceber que o perigo tinha acabado, Paildramon soltou os canhões com um suspiro. Earthdaemon também retornou à sua forma Criança, se aproximando do réptil armado com um olhar curioso. – Então, vocês dois se fundiram... Isso é bem legal.

- E também está mais forte. – Shinjurou estava com a dex aberta no celular, vendo que aquele novo digimon era de nível Perfeito. – Como se sente?

- Me sinto incrível. – confessou Paildramon, olhando para as próprias mãos, com uma alegria mais contida. Ele então se soltou para os demais guerrilheiros. – Certo, o que devemos fazer agora é voltar à base e reorganizar.

Apesar de sua ordem ser dada em um tom confiante, os digimon não pareceram nada animados. Pelo contrário, eles nem ao menos se moveram, desviando o olhar, como se tivessem perdido o fascínio pela nova forma de seu líder, que não entendeu. – O que deu em vocês?

- Então, chefe... – Gargomon coçou uma das orelhas, roçando a metralhadora na pele. – Essa sua relação ficou muito estranha. Acho que é melhor a gente não ser do mesmo grupo, mas não que a gente tenha preconceito nem nada. – ele terminou apressadamente, os demais concordando em pequenos murmúrios.

- Não acredito que estão fazendo isso. – Shinjurou sussurrou para Floramon, chocado com a reação que os guerrilheiros à fusão.

- Nem eu... Olha a cara do Paildramon. – a digimon apontou para o líder, cujos olhos chegavam a tremer.

Em um gesto para manter a calma, ele respirou fundo, mas em seguida sacou os canhões, apontando para o grupo. – Sumam da minha frente! – gritou, fazendo com que todos os outros corressem para longe, antes que tivessem o mesmo destino que Assaultmon. Não que Paildramon parecesse capaz disso, mas eles não queriam arriscar, então em pouco tempo, restava apenas ele e a dupla de rebeldes. – Isso só pode ser sacanagem! – disse, por fim, frustrado.

- Ei, não fique assim. – para tentar animá-lo, o garoto se aproximou, tocando em seu braço. – Ao menos vocês estão juntos, não é?

- Sim, isso é verdade. – o digimon concordou com a face, voltando a fita-los. – Bem, acho que agora terei um novo objetivo. Vou ajuda-los a chegar até os rebeldes.

- Ainda bem que o lado do XV-mon tomou a melhor nesse ponto. – Floramon colocou as mãos na cintura, olhando-o longamente. – Que coisa, agora eu só vou “meio” que te odiar.
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Digimon - Digital Rebellion - Página 5 Empty Re: Digimon - Digital Rebellion

Mensagem por Convidado Ter 16 Ago 2016, 2:25 pm

Tudo bem . Que seja Spirit sobre o Lorde Crusadermon . Só que James da Equipe Rocket não é exatamente meu " ideal de um personagem sensivel porém ' não fresco ' " . Raios ele já chegou a participar de um Concurso de Biquinas na Praia com seios maiores que os de Jesse na primeira temporada de Pokemon ! E ele sempre se fantasia de personagens femininos !? Ai também não né ? Eu sugeri tentar desassociar Lorde Crusadermon com aquela imagem de " fresco " . Mas ok . Você poderia então retrata-lo como Afrodite de Peixes de Saint Seiya Soul of Gold como o mais inteligente e astuto dos Cavaleiros de Ouro com aquela rosa sim mas " menos fruta " já que ele demonstrou possuir um papel fundamental em Soul of Gold . Bem acho que não vou levar esse ponto extra porque eu não assisto " Steven Universe " logo não saberia a referência nem que eu a lesse claramente . Sobre o episódio agora ele foca Shinjurou e Floramon numa Zona de Guerrilha do Digital World . E eis que surge a dupla Dinamica Batman e Robin DIGO X-Veemon e Stingmon . Adorei esses dois e você os ter feito com personalidades tão carismaticas e distintas . E X-Veemon viu ? Que senhora figura ele me pareceu um Digimon tremendamente simpatico daqueles que fazem tudo pelos Amigos . Achei hilario as tiradas de humor em cima dele e de Stingmon e também o fato dele sempre se referir ao Digimon Inseto como " Sting " ! E interessante o fato de Stingmon ter sido " noivo " de Floramon só que a relação entre os dois terminou mau . Coitada um casamento " arranjado " pelos pais . A Plantinha pelo visto odeia ele . Uma pergunta ... Quem será esse Geekmon ? Geek de "Geek de Internet " ? Foi ele quem foi o responsavel pelo " acidente " que trouxe Kara , Alister e Shinjurou para o Digital World ? E eis que surge mais um novo oponente Assaltmon enviado pelos cinco . A batalha contra ele foi bastante dificil nem Stingmon e X-Veemon juntos conseguiam segura-lo e Earthdaemon só foi capaz de atraza-lo com uma distração momentanea mas suponho que seja natural pois afinal é um Digimon Ultimate / Perfect Level contra Digimon Champions Level . Porém achei muito tocante quando X-Veemon e Stingmon se arriscaram e quiseram permanecer juntos mesmo sob o risco de serem destruidos por serem Amigos e isso desencadeou uma Jogress Shinka / Evolução de DNA entre os dois fasendo-os superdigivolverem para Paildramon que conseguiu com facilidade ridicula aniquilar Assaltmon .  Mas no final coitado foi tratado pelo seu próprio grupo de Guerrilha com o mesmo despreso que as pessoas tratam homossexuais na Terra tanto que Gargomon zoou ele e Paildramon pos todos para correr sobre ameaça de abrir fogo com seus canhões . Cara X-Veemon e Stingmon são tão " gays " quanto Batman e Robin e não existe absolutamente nada de errado nisso . O interessante é que todos reagiram como se jamais tivessem visto uma Jogress Shinka / Evolução de DNA e considerassem dois Digimon se fundirem em um " repulsivo " . E adorei a frase final de Floramon "- Ainda bem que o lado do XV-mon tomou a melhor nesse ponto. – Floramon colocou as mãos na cintura, olhando-o longamente. – Que coisa, agora eu só vou “meio” que te odiar." e agora Paildramon vai ajuda-los a chegarem até os Rebeldes . Pergunta eles vão regredir de volta ao normal e desfazerem a fusão ou ela é " permanente " como em certos videogames de Digimon ? Enfim otimo episódio Spirit aguardo mais .

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Mensagem por LucasMakuso Qui 18 Ago 2016, 4:40 am

Olá, Spirit! Faz muito tempo, né? Bem, me desculpa por não aparecer aqui por tanto tempo para comentar algo em sua fanfic - que eu realmente aprecio - mas eu estava passando por alguns momentos difíceis e precisava de tempo. Tive que me atualizar em sua fanfic.

Capítulo 9

Nossa cara, como estava com saudades de ler sua fanfic. Sério mesmo. A narração, a descrição do local e a sensação que você passa para seus personagens, sério. São poucas fanfics que me deixam com esse sentimento de querer continuar lendo. O episódio foi ótimo, sendo o primeiro episódio no mundo digital. Em si, o episódio foi bem cômico do início ao fim.

Acho que consegui entender (pelo menos um pouco) como ficou o disfarce de Kara, mas de qualquer forma, achei uma ideia genial de "trocar os papéis", pois antes Guilmon que se disfarçava no mundo real e agora é a vez de Kara.

Gostei de como você utilizou os Digimon neste episódio, me lembra muito bem alguns episódios de Frontier e o bar de Akatorimon me lembrou da lanchonete de Digitamamon. A finalização do episódio foi satisfatória. Esse episódio foi ótimo e bastante descontraído.

Capítulo 10:

Devo confessar que gostei muito mais deste capítulo do que o anterior, visto que abordou uma ideia que apesar de ter sido o foco em Digimon Adventure 02, quase nunca é usada em fanfics, que no caso são os Digimentals. Adorei a ideia de uma cidade onde eles desfrutam destes acessórios para evoluírem os Digimon, e achei interessante como isto é visto por muitos Digimon como um tabu.

A ideia do Asuramon querer destruir os digimentals também foi ótima, e gostei de como você explorou a personalidade dele, de forma com que sua fase mudasse ao ficar nervoso (isso realmente me lembrou um Bakugan, que fazia a mesma coisa, e era idêntico ao Asuramon). Não lembro muito deste Digimon no anime, se não me engano ele chegou a aparecer em Frontier, mas não lembro se exploraram essa característica das 3 fases de Asuramon.

E temos neste episódio uma presença ilustre: Magnamon. Gostei da participação dele, mas devo confessar que não gosto muito dele - prefiro outros Royal Knights e outros Digimon que evoluem por Digimental, mas a história que você criou por detrás dele foi impressionante. Acho que acabei gostando bastante da ideia dos Royal Knights, pois até agora vimos ele como vilões, ainda não entendo o porquê fizeram isto no anime. Fizeram eles como "Defensores do que eles acham justo", mas acabaram retirando o bom senso deles...

Capítulo 13:

Bem, creio que você acabou errando e colocando "Capítulo 13" e isso até me deixou um pouco confuso, e acabei sentindo que tinha pulado algum capítulo. xD

Desta vez o episódio foi com foco em Floramon e Shinjurou. Acho isso bastante agradável, pois nenhum personagem some no esquecimento. Devo confessar que esse era um dos meus maiores pecados em minha fanfic, um personagem acabava saindo sem destaque em alguns episódios (talvez seja por que eu tinha seis personagens e seis Digimon para explorar). Tenho certeza que esse sim foi meu capítulo favorito, pois além da Floramon temos Paildramon (eu entendi a referência, viu?)

Não sei se você adicionou este termo "Os Cinco" agora, pois não me lembro bem desse termo. Mas acredito que eu não tenha me perdido (caso contrário, eu tenho que reler sua fanfic de novo).

Cara, amei o desenvolvimento de Stingmon e X-Veemon durante o episódio. Sério, amei Paildramon! Pelo visto entendi a referência a Steven Universe (que na minha opinião é o melhor desenho da atualidade, tenho até gemsona! <3). A forma que o batalhão de Stingmon reagiu também me lembrou as Gems de Homeworld, dizendo que a fusão de dois seres distintos era "errado". Certamente Paildramon é a Garnet. E também já estou shippando bastante os dois juntos. Um ponto interessante neste episódio foi você retratar a Jogress como algo raro, onde ninguém ali sabia o que havia acontecido. Eu realmente penso que a Jogress sem um parceiro humano seja algo extremamente raro, pois assim como as fusões estáveis em Steven, os indivíduos devem possuir uma relação muito forte.

Enfim, aos poucos irem retornar ao DigimonForever, e ter mais presença em sua fanfic. Amei todos os três episódios, mas de fato o último foi meu preferido. Bem, até a próxima Spirit! o/
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Mensagem por Convidado Qui 18 Ago 2016, 6:42 am

Ah então é essa a referência a " Steven Universe " essa que o Lucas mencionou de que " A forma que o batalhão de Stingmon reagiu também me lembrou as Gems de Homeworld, dizendo que a fusão de dois seres distintos era "errado". Certamente Paildramon é a Garnet." interessante não sabia disso . Devo estar perdendo uma otima série em não assistir " Steven Universe " . Mas enfim acho interessante . Gostei da maneira e do desenvolvimento que você deu para X-Veemon e Stingmon fazendo seus espiritos entrarem em tal harmonia que se tornaram um só permitindo-o evoluir para Paildramon . Pergunta : Chegaremos a ver ele evoluir para Imperialdramon ?

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Mensagem por Spirit Dom 21 Ago 2016, 5:09 pm

Yo, meninos! Desculpem pela demora, ultimamente anda uma correia no trampo, mas ainda estou aqui pra vocês.
Primeiramente... Lucas, obrigado por mencionar o erro no “capítulo 13”, acho que postei já com a trama desse na mente e confundi. >_> MAS DE QUALQUER FORMA, KAISER, TU TEM QUE ASSISTR STEVEN UNIVERSE, É O MELHOR CARTOON QUE EU JÁ VI. Sério, mano, acho que o Lucas vai concordar comigo que tem muitos significados ocultos e teorias (ah, as teorias...), e MEIO PONTO PRO LUCAS POR DESCOBRIR A GARNET DE FIC.
Sério, guris, eu tava com certo medo de entrar nesse assunto polêmico de relações “incomuns”, mas como é algo que eu AMO abordar (pois é, essa fic tem umas coisas mais polêmicas que mamilos), achei que também seria um bom gatilho para explicar as Jogress/fusões, pois logo teremos mais uma aparecendo (desnecessário dizer que é Omegamon porque já ficou claro que os RKs vão ter importância na trama), mas confesso que fiquei feliz com a maturidade com que vocês lidaram com todos os pontos abordados. Sério mesmo, adoro vocês depois disso.
Ah, sim, veremos sim Paildramon acompanhando o Shin e Floramon por enquanto, mas ainda não tenho planos de vê-lo evoluir, em vista que foi preciso algo muito forte só para chegar até a forma Perfeita. Bom, mas como trabalho com improviso, vai saber. xD
Ah², Kaiser, sim, Geekmon foi tirado do termo “geek” e tem um estilo bem nerd. Eu só fiz menções a ele como engenheiro dos rebeldes e duas poucas cenas onde ele só liga para a Kara e o Alister, então ainda é meio desconhecido, só vai ficar mais visível alguns capítulos para frente.
Agora, uma pergunta que anda me matutando esses dias e quero tirar a dúvida com vocês: gostariam que no final do capítulo tivesse uma “dex análise”? Porque teremos mais alguns digimon fan-made aparecendo, mas fica a critério de vocês.
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Mensagem por LucasMakuso Seg 22 Ago 2016, 5:49 am

Steven Universe com certeza é o melhor, mais elaborado e complexo cartoon! Dois dos meus amigos não quiseram assistir comigo no inicio do desenho, pois achavam que era bobo (e realmente era, mas eu ainda via potencial nele). Agora os dois assistem comigo, por que a trama de Steven Universe é sensacional. E como você disse... Ah, as teorias... <3

Sobre esses assuntos incomuns acho bastante interessante você abordar em sua fanfic. Acho interessante é um assunto até tanto que interessante e que realmente faz a gente parar para refletir. Nunca tinha olhado pelo ponto de vista dos outros Digimon de como eles reagiriam a uma Jogress, e se for pensar ainda no ponto de vista que está acontecendo uma guerra, certamente eles iriam estranhar.

Sobre a dex análise eu acharia interessante e gostaria de ver, iria nos aproximar mais de seus fanmades. =)
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Mensagem por Convidado Seg 22 Ago 2016, 7:10 am

Bem talvez até eu veja um episodio de Steven Universe futuramente por curiosidade porém não lhes prometo que me tornarei um fã assíduo pois infelizmente eu não sou uma pessoa que se deixa impressionar por modismos . Tem muitos animes e series de desenhos animados que o povo simplesmente idolatra e deifica e que diz ser o maximo e que eu deveria assistir mas que no entanto nunca me interessaram e nunca me atrairam nem me impressionaram o suficiente para eu chegar  a acompanhar . Para vocês terem uma ideia eu nunca assisti nenhum único episodio nem de " Os Simpsons " nem de " As Meninas Super Poderosas " nem de " Naruto " nem de " One Piece " na minha vida até hoje e não sinto qualquer necessidade de algum dia vir a assistir . Sobre a fusão de Paildramon uma coisa que você soube muito bem retratar Spirit e que alguns escritores de fanfics tem certo receio de escreverem foi sobre o " amor antes de tudo " entre X-Veemon e Stingmon . Este é um tema mais comum e recorrente em historias de tematica mais Shoujo de que não importa o sexo ou a idade dos personagens o que importa são os sentimentos que eles partilham e a nobresa dele . Achei muito show a maneira como você conseguiu transmitir os sentimentos de X-Veemon e Stingmon pois muito poucos autores conseguem trabalhar de maneira adequada este tema sem parecer nem forçado , nem embaraçoso , nem constrangedor ou polemico . Não digo que aquilo o que X-Veemon e Stingmon sentem seja " amor " mas pelo menos uma amizade e lealdade imensa um pelo outro . E se vai ter um Omegamon em breve provavelmente os dois próximos Digimon a se fundirem numa Jogress Shinka / Evolução de DNA na sua fanfic deverão ser WarGreymon e MetalGarurumon correto ? Eu adoraria caso tivesse mesmo uma Dex com todos os dados do Digimon fã made pois realmente estou sentindo muita falta da descrição detalhada destes Digimon e de sua aparência , tecnicas e ataques . Enfim por mim pode ter sim uma Dex e continuar com ela nos próximos capitulos que eu adorarei . Sucesso com a historia Spirit .

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Mensagem por Convidado Ter 23 Ago 2016, 4:00 pm

Se me permite a ousadia e o atrevimento Spirit tenho uma sugestão de um Digimon que você poderia usar em futuros capitulos de sua fanfic

Spoiler:

Ele tipo seria uma " versão de BlackWarGreymon " de BanchoLeomon com o mesmo jeito austero , nobre e ao mesmo tempo trajico . Dou-lhe total liberdade para usa-lo da maneira que você quiser na sua fanfic como aliado , inimigo , antagonista , coadjuvante na historia e lhe permito até mesmo mata-lo desde que seja uma morte digna e não patetica (tipo a de Leomon de Digimon Tri nas mãos de Meicoomon em que bastou um espirro do oponente e ele já caiu morto ) e desde que seu sacrificio seja importante para os personagens da sua fanfic o que acha ?

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Mensagem por Spirit Sex 26 Ago 2016, 9:53 pm

Ah, eu preciso dizer que AMO Steven Universe e vou protegê-lo, ainda que geralmente as coisas que geral adora não sejam tuuudo isso, com certeza recomendo o desenho. Amo a ponto de fazer um time competitivo em pokémon baseado nas personagens.
Bem, já que vocês gostam da ideia da dex, vou procurar trazê-la no final dos capítulos posteriores e fazer os dos que já apareceram.
Aliás, Kaiser, eu realmente fico de saco cheio com as mortes sem sentido dos Leomons ao longo das temporadas, tanto que quando ele morreu em Tri fiquei tipo...
Spoiler:

Se mais alguém gosta de One Punch Man, me dá um toque, AMO demais e até farei cosplay de Sonic fim do ano
Então, sim, darei um aproveitamento melhor do Leomon usado na trama, e como ele vai ser uma evolução Perfeita, talvez essa forma que você mostrou fique bem para Extrema, embora ainda vá ver alguns pontos da trama.
Tá um pouco corrido esses dias pra mim, mas acho que até segunda posso postar o novo capítulo!
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Mensagem por Convidado Sáb 27 Ago 2016, 7:02 am

Nem perco mais meu tempo me importando com isso Spirit a Toei-Bandai mata um Leomon a cada nova serie de Digimon parece que só eles acham que não existe outro uso ou serventia para Leomon do que servir como " sacrificio " para agradar os deuses Digimon para que as series sejam bem sucedidas . Eles matam Leomon a mais de 16 anos .

Se esse tempo todo eles nunca pensaram que poderia ser legal que um único Leomon sobrevivesse até o final de uma serie de Digimon e permanecesse vivo até o ultimo capitulo e que Leomon poderia ser um personagem protagonista carismatico e interessante se lhe dessem a devida oportunidade ou que ele poderia ter usos maiores e mais dignos como personagem principal e um dos Digimon protagonistas além de ser mais util e interessante como herói do que como saco de pancadas e casualidade fatal de guerra então podemos perder as esperanças pois nunca um único Leomon ira terminar uma única serie de Digimon até o ultimo episódio com vida .

Já me resignei com essa verdade . A Toei-Bandai matou um Leomon em praticamente quase que todas as 7 diferentes series de Digimon que já foram exibidas mais Digimon Tri o que são mais de 16 anos seguidos de mortes consecutivas se eles não pararam até hoje então não sera porque nós queremos que eles pararão . O jeito é aproveitarmos ao maximo os momentos em que Leomon esta vivo e procurarmos curtir suas atuações de ação porque elas serão breves e não durarão .

Não, eu não quero "pena" nem "piedade" para Leomon . O que eu quero é que Toei-Bandai pare de ficar trollando apenas ele e pare de desperdiça-lo e de-lhe o valor e o reconhecimento devido tanto quanto aquele que deu a outros personagens de suporte ao longo da historia de todas as series de Digimon. Resumindo o que eu quero é que parem de fazer bullying somente com ele e ao menos uma única miseravel vez deixem um único Leomon viver até o final de uma grande saga de Digimon .  

Quando eu me recordo de todas as mortes consecutivas de Leomon fica-me a impressão de que a diretoria da Toei-Bandai por algum motivo que desconheço simplesmente "odeiam leões" . Talvez eles tenham sido em vidas passadas caçadores daqueles bem esnobes , sanguinarios e covardes que iam para Africa para se sentirem muito machos caçarem Leões cercados de rastradores e vigias de escolta armados que mantinham-nos seguros e evitavam que os Leões se aproximassem o suficiente para revidar enquanto eram acoçados por mastins de caça que perseguiam os pobres animais até a exaustão quando eles estavam cançados demais para reagirem para então cerca-los e encurrala-los quando os caçadores então os matavam com tiros na cabeça , posavam arrogantemente para uma foto com um pé sobre a cabeça do Leão morto e depois faziam tapetes de peles ou mandavam remover a cabeça do Leão e empalha-la para coloca-la numa moldura sobre a lareira de suas salas de trofeus .

Só isso explica tanto despreso dirigido para um único personagem . Mas deixa quieto . Depois de 16 anos já me acostumei e nem ligo mais para as gracinhas dos trolls . O fato é que se Leomon surgiu em uma serie de Digimon 30 segundos depois ele já esta morto . A Toei-Bandai já nem se preocupa mais em esconder de ninguém que eles despresam totalmente a figura de Leomon . Mas é a vida . Sempre existe o personagem que é " o queridinho " dos autores e aquele que eles " querem ver a caveira " .

Já não me importo nem me preocupo mais . Se eu ficar me lamentando e chorando para cada morte de Leomon eu não vivo minha própria vida e passo minha existência derramando lagrimas apenas por um personagem ficticio como se as mortes dele fossem as mortes de alguém muito proximo e querido o que não é verdade .

E ok Spirit tudo bem espero poder ver para breve mais um novo capitulo de sua fanfic com os três Digimon da resistência e os seus Escolhidos vivendo novas aventuras com uma Dex ao final dos episódios .


Última edição por KaiserLeomon em Dom 28 Ago 2016, 10:54 am, editado 2 vez(es)

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Mensagem por Pégaso Dom 28 Ago 2016, 9:59 am

Olà Spirit,pelo jeito perdi outro ep mais irei correr atràs e claro tenho certeza que foi um ótimo capítulo.Apenas passando pra dizer que n desiti de ler a fanfic XD
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Mensagem por Convidado Dom 28 Ago 2016, 10:13 am

Enfim Spirit não precisa ter pressa quanto a postar o capitulo . Pode escreve-lo com a devida calma e cuidado e submete-lo aqui na Digimon Forever quando achar melhor pois estaremos esperando .

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Mensagem por Convidado Seg 29 Ago 2016, 3:24 pm

Se me permite Spirit tenho cá uma outra sugestão :

Spoiler:

Ele seria a versão nível Mega de Panjyamon X um Digimon com X-Antibody e a versão "Digimon X" de SaberLeomon . Vale com ele o mesmo que eu disse para o outro personagem . Dou-lhe total liberdade para usa-lo da maneira que você quiser na sua fanfic como aliado , inimigo , antagonista , coadjuvante na historia e lhe permito até mesmo mata-lo desde que seja uma morte digna e não patetica e desde que seu sacrificio seja importante para os personagens da sua fanfic o que acha ?


Última edição por KaiserLeomon em Ter 30 Ago 2016, 2:17 pm, editado 11 vez(es)

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Digimon - Digital Rebellion - Página 5 Empty Re: Digimon - Digital Rebellion

Mensagem por Convidado Seg 29 Ago 2016, 4:09 pm

E já que estamos falando de " Digimon X-Antibody " Spirit tenho uma sugestão para lhe dar quanto a dois " Digimon Anjos X "

Spoiler:

Caso você também queira usa-los futuramente . Smile

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Digimon - Digital Rebellion - Página 5 Empty Re: Digimon - Digital Rebellion

Mensagem por Spirit Ter 30 Ago 2016, 10:24 pm

Ei, Pegaso, é sempre bom ver você por aqui! Pode ler sem pressa, ok? O importante é saber se você gostou ou se precisa ser melhorado.
Kaiser, eu gostei do design desses personagens (em especial Seraphimon, lindas asas), mas infelizmente não vou acabar usando o conceito de versões X ou menções ao X-Antibody. Como essa trama tem uma divindade que não é Yggdrasil, acho que eu não teria como encaixar... Mas ainda assim, obrigado pelas sugestões, adoro ideias.
Aliás, eu fiquei de postar na segunda, mas só to conseguindo hoje mesmo porque tinha muita coisa que eu queria fazer nesse capítulo, mas there is it!


Capítulo 12:
Surpresas na Cidade Xadrez



SkullMeramon havia dito que a cidade de Herja não ficava longe, mas Kara não queria fazer Guilmon se forçar ainda em uma longa caminhada sem cuidado algum. Para sua sorte, encontrou uma loja de produtos naturais naquela mesma rua, e de lá, conseguiu um emplasto que deveria ajudar com os ferimentos do digimon. Curioso, o dragão rubro ficou observando enquanto a garota se sentava e passava a pasta de cor verde pelos pontos queimados de sua pele, não demorando até que endurecesse.

- Isso coça... – gemeu ele, roçando as garras pelo braço, tirando a camada de emplasto ali.

- Quer dizer que está cicatrizando. Não coce. – com cuidado, Kara tirou a mão dele e aplicou uma nova camada. – Você quer comer alguma coisa antes de irmos? – sugeriu, como uma forma de distrai-lo, e também porque não sabia quanto tempo levariam até chegar à próxima cidade.

- Quero! – o digimon concordou na hora, agitando a cauda. Kara desconfiava que ele fosse aceitar mesmo se não sentisse a menor fome, mas logo segurou sua mão, levando-o junto pelas ruas.

Durante o caminho, uma loja lhe chamou a atenção pela vitrine contendo algo parecido com pães doces, como se fosse uma padaria. Ao entrar, percebeu que o local tinha algumas mesas onde os digimon podiam se sentar para comer o que o local oferecia, mas ela preferiu rumar para o balcão. Lá, cobertos por redomas de vidro, descansavam bolos caseiros, embora alguns estivessem sem algumas fatias. Quem estava cuidando de tudo era um digimon que mais parecia um maquinário antigo de cor cobre, com seu tronco tão robusto que demorava um pouco para se notar seus curtos braços e pernas. Havia uma espécie de escotilha com uma maçaneta em formato de guidão em seu peito, e seus olhos verdes mal apareciam por uma cavidade no tronco, ainda mais porque o chapéu branco de cozinheiro caía sobre eles em curtos intervalos, dificultando sua vista. A dex indicou que seu nome era Guardromon, e seu nível era Campeão.

- Boa tarde! – o digimon máquina disse animado quando os viu, segurando o chapéu com uma das mãos para que não caísse. Como Guilmon tinha os olhos fixos nos bolos expostos, ele preferiu falar com Kara. – Posso ajudar?

- Sim... – ela sorriu de forma tímida, feliz que Guardromon não tivesse aquele olhar ameaçador que as pessoas em geral lhe davam. – Pode nos dar dois pedaços de cada. Para viagem. – decidiu, apontando para os doces que seu parceiro tanto olhava. Em seguida, pediu também algo parecido com um croissant, mas que tinha um formato redondo, para poderem comer na hora.

O digimon mecânico entregou os doces em um pacote bem fechado, que a garota guardou dentro da bolsa, e logo depois, os dois salgados redondos em guardanapos, cobrando algumas das moedas de cobre em troca. O sistema monetário daquele mundo ainda era um pouco confuso, mas Kara estava aprendendo sobre ele conforme realizava as trocas, calculando que ainda tinha um bom valor consigo. – Obrigado, senhor. – ela disse ao Guardromon, abaixando um pouco a face para logo depois pegar a mão de Guilmon, vendo que ele já estava devorando o seu “croissant”, um pouco de queijo espalhado pelos lábios. – Ainda bem que temos os doces para viagem. – ela riu baixo, enquanto o levava para fora, retomando o caminho pela rua principal, sempre seguindo a direção que SkullMeramon havia indicado.

A caminhada começou tranquila, até porque estavam evitando chamar atenção depois do incidente com os irmãos ogro, e Kara não sentia a menor vontade de revê-los. A rua principal estava mais movimentada agora, e isso porque alguns digimon vinham de fora, usando a estrada diretamente ligada à uma segunda entrada da cidade, que a dupla usou para sair. Conforme o tempo passava, o calor diminuía, e assim a caminhada também ficava mais fácil, embora eles fizessem pequenas paradas a beira da estrada, para que Guilmon não se forçasse muito, por mais que ele insistisse que estava bem.

A tarde já estava na metade quando o digimon dragão puxou a manga de Kara, chamando sua atenção. – Olha, ficou diferente! – ele apontou para o chão, onde a terra batida dava lugar a grandes lajotas pretas e brancas, em padrão intercalado de cores. – Vou andar só nas pretas! – o digimon rubro não perdeu tempo, saltando de uma lajota para a outra, evitando as brancas.

- Tudo bem, apenas tome cuidado para não cair. – pediu a garota, com um riso baixo enquanto o seguia. Até mesmo o terror que havia passado antes já parecia mais distante na memória, como se andar por aquele mundo lhe trouxesse uma sensação de familiaridade.

Ainda estava se perguntando o motivo daquele sentimento quando percebeu que havia chegado à cidade, pois uma grande sombra surgiu no caminho, provinda do arco que demarcava sua entrada. A metade direita era de tijolos brancos, enquanto a outra era de tijolos negros, se misturando quando chegavam ao topo. Não havia muros, então era possível que o local todo havia sido construído na dualidade das cores. As formas das construções eram um pouco confusas, sendo alguns eram retos, e outros eram totalmente curvados, mas ao olhar mais cuidadosamente, a garota percebeu que elas imitavam a forma de peças de xadrez, com torres, espigões e até mesmo sacadas com longas curvas como uma cabeça de cavalo.

Talvez estivesse olhando durante muito tempo, pois Guilmon logo voltou, puxando-lhe a manga outra vez. – O que foi, Kara-chan?

- Ah... – sem graça, ela olhou para o digimon, voltando a segurar sua mão enquanto adentravam na cidade. – É que este lugar parece com um tabuleiro de xadrez. – como ele pendeu a face para o lado, confuso, a garota explicou melhor. – É um jogo do meu mundo, um dia eu mostro para você. – prometeu.

Enquanto andavam, foi possível perceber que somente as construções grandes tinham a forma de peças, como as bibliotecas e escolas, enquanto as casas comuns e lojas mal apareciam, sendo de forma mais quadrada e menor, de forma que ficassem escondidas à sombra das torres. Também, ao que parecia, os funcionários públicos de Herja eram do tipo “Chessmon”. Digimon parecidos com centauros, porém cobertos por metal, semelhantes à peça “cavalo”, chamados de KnightChessmon, rondavam as ruas com suas lanças, vigiando alguns pedestres como se fossem guardas, e aqueles chamados de RookChessmon, que mais se pareciam com torres de tijolos com armas nas mãos, traziam livros nos braços, apesar de ser estranho pensar que eram professores. Quem saía das igrejas eram os BishopChessmon, cobertos por camadas de metal e um manto roxo como de um sacerdote, e por fim, os pequenos PawnChessmon (que eram iguais a pequeninos cavaleiros com lanças e escudos) cuidavam dos afazeres menores, como a limpeza das ruas, ou mesmo auxiliar os demais moradores, que eram de outras espécies. Tanta organização deixava Kara mais segura, pois duvidava que tivesse outro incidente como o dos irmãos ogro por ali, com a vigília dos KnightChessmon.

- Agora temos que achar a estação. – a cidade era impressionante, mas Kara não queria perder tempo. Notou ali perto um solitário PawnChessmon branco recolhendo detritos do chão com sua lança, se aproximando dele logo em seguida. – Com licença, pode nos dizer onde fica a estação Trailmon?

- Ah, olá! – o pequeno segurou o elmo e o moveu como um cumprimento, antes de apontar para uma rua logo adiante. – Siga em frente até chegar à praça da fonte, e dobre à direita. Não tem erro!

- Obrigado. – ela respondeu com um sorriso contido, tomando o rumo que o digimon peça de xadrez havia indicado. Guilmon logo voltou a brincar de saltar apenas nas lajotas pretas das ruas, então a garota tinha tempo de observar a cidade enquanto o seguia, embora tomasse cuidado para que não se perdesse.

Não demorou muito para chegarem à praça citada pelo PawnChessmon, pois as lajotas se misturavam em um padrão circular em volta de uma grande fonte, onde alguns digimon estavam sentados conversando. No meio dela havia a estátua de uma bela digimon cujo corpo era coberto por uma armadura como a dos demais Chessmon, porém com adornos mais elegantes, como as ombreiras e a “saia” aspecto afiado em sua cintura, além da capa e a coroa que usava. Ela usava um cajado com a ponta em coração, de onde espirrava água, dando movimento à fonte. Segundo a dex, a digimon se chamava QueenChessmon, e parecia realmente linda na imagem, com a armadura negra com rosa. Kara só percebeu que estava olhando por tempo demais para a imagem quando Guilmon se esticou para ver a tela do celular, curioso.

- Ela parece forte! – observou o digimon dragão, mas ele logo pegou sua mão, levando-a até outra direção. – Kara-chan, vem ver isso!

- O que foi? – a garota estava um pouco confusa, mas logo teve sua resposta, quando pararam diante de uma loja de tijolos brancos e uma grande vitrine. Do outro lado do vidro estava uma armação de metal que sustentava o vestido mais lindo que a garota já havia visto, um modelo sem mangas com a parte de cima branca e uma parte negra no meio como um espartilho, e a saia rodada com o padrão de quadrados iguais às ruas da cidade. – É lindo, Guil... Mas temos que ir. – ela lembrou o digimon, demorando um pouco para se afastar daquela vitrine.

Voltando à fonte, tomaram a direção indicada pelo PawnChessmon, e logo encontraram a estação Trailmon. Era muito parecida com o metrô do mundo humano, com suas armações sendo totalmente feitas de metal negro e as cabines, de material branco. O chão, é claro, era quadriculado e monocromático, de modo que Guilmon já estava acostumado a andar apenas nas partes escuras. Dentro da bilheteria, um digimon que mais parecia uma grande bola de pelos brancos desgrenhada, com braços e pernas compridos, mas sem pelos nas extremidades, estava lendo uma revista, erguendo seus olhos castanhos por cima do boné azul de funcionário que usava.

- Boa tarde. – ele cumprimentou de forma descontraída, movendo o chapéu com a grande mão.

- Olá, senhor. Gostaria de duas passagens de Trailmon para... – Kara olhou discretamente para o celular em busca da imagem do mapa que Geekmon havia mandado. Aproveitou para acessar a dex e ver que o bilheteiro se chamava Mojyamon. – Irashe.

Ao ouvir o nome da cidade, o digimon peludo coçou sua barba. – É bem longe daqui, menina, as linhas não fazem uma viagem direta. Mas vocês podem chegar até o terminal central e fazer uma conexão.

- Obrigado, vamos fazer isso mesmo. – a garota concordou, fazendo o pagamento logo em seguida, recebendo dois bilhetes para um trem chamado “Old Trailmon”. Conferindo o horário no papel e o de seu celular (ao menos o tempo parecia correr com as mesmas medidas que o mundo humano), percebeu que tinham alguns minutos até que a condução chegasse.

Ao se despedir de Mojyamon, Kara buscou Guilmon ali perto, rumando novamente para a praça, pois não havia nenhum banco na própria estação onde pudessem esperar. Durante aquele tempo, ela estranhou o fato de seu parceiro não ter falado com os outros digimon, até porque ele parecia animado em interagir com os demais quando estavam na outra cidade. – Guil, qual é o problema? – tomou coragem para perguntar. – Você não quis falar com ninguém daqui.

- Ah... Ah... – o dragão rubro se desanimou, com suas orelhas abaixando enquanto desviava a face. – Não quero arrumar problemas para você de novo...

- Ei, não fique assim. – a garota interrompeu a caminhada e se abaixou diante do digimon, colocando as mãos em sua face. – Você não teve culpa do que aqueles irmãos loucos fizeram. Não precisa ter medo de falar com os outros, ok? – terminou, dando um pequeno beijo em seu focinho.

- Tudo bem... – ele pareceu sem graça por um momento, mas logo voltou ao seu normal. Sem perder tempo, ele segurou a mão de sua parceira, correndo de forma que ela fosse forçada a ir junto. – Já sei para onde podemos ir!

- E-Espera, Guil! – Kara chamou, tropeçando enquanto tinha que correr junto de seu parceiro. Felizmente, o destino que ele havia escolhido era próximo, sendo a loja onde haviam visto o vestido, mas ele não se contentou em ficar diante da vitrine, pois entrou sem nenhuma cerimônia. O local não era muito grande, ou talvez assim parecesse porque estava cheio de armações de metal sustentando diversas roupas, algumas que pareciam humanas, porém outras com formatos totalmente diferentes. Algumas caixas abarrotadas de tecido, linhas e demais utensílios estavam nos cantos, e atrás do balcão, a dona estava brincando com um novelo de lã, empurrando-o de um lado para o outro.

- Olá! Sou Bastemon, a artesã de roupas! Em que posso ajudar? – ela logo percebeu a chegada nada discreta da dupla, dando a volta pelo balcão. A digimon parecia com uma mistura de mulher com gato, tendo o busto e a face humana, mas a partir de seus ombros e cintura, o corpo se tornava felino, com a pele igual à de uma onça pintada, tendo longas garras vermelhas nos dedos e duas caudas finas. Usava calças largas em tom mais claro, além de um tecido vermelho no torso (embora boa parte de sua pele morena ficasse visível), e muitos, muitos adornos de ouro como pulseiras, braceletes e brincos em suas orelhas felinas. Um véu fino cobria a parte inferior de seu rosto, e seus cabelos ruivos estavam trançados, com uma pequena pedra na ponta. Sua voz saía ronronada, e ela parecia feliz com a visita.

- Moça, queremos ver aquele vestido! – Guilmon não perdeu tempo, apontando para a vitrine logo atrás.

- Não... Não é bem assim... – a garota queria correr para fora da loja, mas seu digimon ainda a segurava sem perceber.

- Ah, não seja tímida! – Bastemon não hesitou em dar a volta pelo balcão, indo até o ponto indicado e de lá retirava o vestido, esticando na frente da outra. Kara puxou discretamente a etiqueta, esperando desmaiar com o preço, mas para seu espanto, era até mais barato que os doces que havia comprado em Jintara. Talvez porque a maioria deles não precisasse de roupas. – Meu sonho é fazer roupas para os humanos... Imagine, um Visitante usando uma criação minha!

- Você faz roupas para humanos? – a jovem se interessou. – Poderia me mostrar?

- Mas é claro! – a digimon felina ronronou enquanto se afastava, abrindo seus baús para tirar várias roupas, jogando-as para todos os lados.

- Eu pego, eu pego! – Guilmon passou a correr pela loja, recolhendo as peças antes que caíssem ao chão, mesmo que logo acabasse ficando coberto delas, virando uma pequena montanha ambulante de tecidos.

- Deixa que eu ajudo você... – rindo baixo, Kara se aproximou dele e começou a tirar as roupas, aproveitando para dar uma olhada, percebendo que combinavam com o estilo dos anos 80, com cores chamativas e estampas exageradas. Deixando de lado as roupas extravagantes, a garota separou algumas mais básicas e necessárias tanto para si quanto para os dois garotos (não sabia quanto tempo ficariam naquele mundo, então era melhor garantir), levando até Bastemon. – Acho que vamos ficar com estes.

- E quanto ao vestido? – a dona da loja empilhou as roupas, dobrando-as com agilidade.

- Vamos levar ele também! – o dragão rubro se aproximou das duas, mostrando que segurava o vestido entre as mãos, entregando a Bastemon. Antes que sua parceira pudesse dizer algo, ele se voltou para ela. – Você fica muito bonita de branco! – completou, deixando-a corada demais para reagir.

- Perfeito então! – a felina colocou todas as roupas em uma sacola de pano com uma longa alça, entregando a Kara em troca de algumas notas. Ela estava contando o valor, quando parou e os encarou desconfiava, colocando as garras no queixo. – Mas por que vocês querem tantas roupas de humano?

Com a pergunta, a garota congelou, antes que voltasse a tremer, nervosa. – Nós... Bem, nós... – tropeçou nas palavras, abaixando a face.

- Nós somos estudiosos de humanos! – Guilmon se apressou a responder, chegando a espantar sua parceira. Ao que parecia, ele era mais esperto do que parecia.

- Ah, é claro! – Bastemon riu baixo, sua voz saindo como outro ronronado. – Vocês vieram ver a Visitante, não é? Eu nem acreditei quando vi a Hime ao vivo, ela é tão linda! Exatamente como diziam as histórias.

- Sim, sim... Mas agora temos que ir. – Kara tentava com dificuldade conter seu pavor ao saber que a outra menina estava naquela cidade (pois se ela estava lá, Duskmon também devia estar), puxando seu parceiro enquanto rumava para a saída. – Obrigado por tudo, Bastemon.

- Boa sorte com a sua loja! – o digimon desejou, acenando enquanto saíam do local.

- Tudo bem, Guil, vamos voltar para a estação e procurar um lugar discreto para esperar. Se aquela garota descobrir que estamos aqui, nós vamos estar... – ela falava de forma baixa e apressada, mas se interrompeu assim que pisaram fora da loja.

Ali, a dois passos dela, estava Hime. A menina baixinha olhava com interesse para as roupas na vitrine, mas ao ouvir a voz da outra, virou a face, sua expressão curiosa dando lugar a uma surpresa silenciosa. Durante alguns longos segundos, as duas apenas se encararam, com a inimiga reconhecendo as feições de Kara mesmo por trás da maquiagem que ela havia feito. – Mas o q...

- CORRE! – disse a jovem negra, abandonando qualquer outro pensamento, dando as costas à outra. Desatou a correr, ainda agarrada à mão de Guilmon para garantir que ele estivesse junto enquanto se afastava, contornando a fonte para voltar à estação Trailmon.

- Como...? – Hime piscou duas vezes, mas logo suas finas feições ficaram sérias e ela foi atrás da dupla. – Ouji-chan! Os rebeldes estão aqui!

Sua voz alcançou um vão escuro entre a loja de Bastemon e outro prédio, para logo em seguida as sombras se alongarem, projetando uma figura em seu lugar, como se tivessem se solidificado. Despertando do estado de breve hibernação, Duskmon abriu todos os olhos de seu corpo e projetou suas espadas das cabeças ósseas que tinha nas mãos, disparando atrás de sua parceira. Com seus passos rápidos, ele logo já estava atrás de Hime, com todos os seus olhos fixos na dupla rebelde.

- Kara-chan! – Guilmon chamou enquanto olhava por sobre o ombro, ofegante. – Você lembra do medo de claridade que o Duskmon tinha?

- Lembro... Por quê? – a garota não entendeu porque ele entrou naquele assunto, mas estava ocupada demais em correr para pensar naquilo.

- Acho que ele perdeu!

- O QUE?! – ela não resistiu a olhar também, com um tremor tomando seu corpo ao ver aquela horrível criatura se aproximando cada vez. Talvez por não conseguir encará-lo por muito tempo, sua vista foi para aqueles que estavam em volta, que também estavam assustados com sua aparência, o que fez uma ideia acender em sua mente. Em seu caminho, viu uma dupla de KnightChessmon, erguendo a voz para chamar sua atenção enquanto apontava para trás. – Socorro! Aquele digimon maligno quer atacar a Visitante!

Com seu aviso, os cavaleiros nem perderam tempo com palavras e avançaram, fazendo os rebeldes desviarem de seus cascos. – Tomara que dê certo! – disse Guilmon ao olhar para os digimon peças de xadrez, mas com isso também percebeu que Hime continuava a segui-los.

- Não podemos parar! – sua parceira gritou de volta, quase chorando quando ouviu o clássico apito de um trem antigo assim que chegaram à estação. Apressadamente, Kara pegou os bilhetes e os colocou em uma catraca, embora Guilmon quase a derrubasse quando passou.

- Ei! Não podem correr aqui! – Mojyamon, o bilheteiro, gritou de sua cabine, ocupado demais para notar que Hime passava por baixo da catraca, ainda seguindo-os.

- Meu deus, essa garota não desiste? – ao ver que a outra garota ainda estava em seu encalço, Kara passou por entre alguns passageiros que saíam do trem, ignorando os xingamentos que recebia por causa disso. Se pudesse prestar atenção, ela teria notado que o vagão era semelhante aos antigos modelos europeus, de metal cinzento e acobreado, com duas cavidades quadradas na frente, de onde saíam olhos amarelos e brilhantes como faróis.

Assim que chegou até as portas abertas, a garota negra saltou para dentro junto de Guilmon, ambos caindo contra os bancos estofados de couro. Além deles, só havia um passageiro, um digimon pássaro com penas vermelhas e brancas, além de um cinto acima da cabeça, que lhe dava um ar indígena. Felizmente, ele estava dormindo e não havia acordado com toda aquela confusão.

Por um momento, eles se sentiram a salvo, mas logo acabou, pois Hime jogou-se para dentro enquanto as portas se fechavam, caindo contra o chão com um baque suave. – Vocês não vão fugir! – ela também estava ofegante, seus braços finos tremendo enquanto ela se apoiava para ficar de pé, mas voltou a cair quando o trem começou a se mover com um solavanco. – Ah!

- Pare de nos perseguir, sua louca! – gritou Kara, agarrada no banco de couro para não cair enquanto o trem ganhava velocidade.

- Vocês não deviam ter vindo para cá... Ouji-chan! – a outra chamou enquanto se erguia, já sem ofegar. Quando não recebeu resposta, ela olhou para trás, percebendo que seu parceiro não a havia seguido. – Ouji-chan...?

- Os KnightChessmon pararam ele. – Guilmon percebeu, e após lançar um breve olhar a sua parceira, avançou alguns passos. Se manteve a frente de Kara, com as garras erguidas, procurando parecer mais ameaçador. – É melhor você nos deixar em paz, tá?

- Fiquem longe de mim! – o medo era visível na voz da garota mais baixa, que recuou o quanto podia, até que suas costas encontraram uma das paredes.

- Não vamos atacar você. – a africana se aproximou um pouco, para que ficasse adiante de seu digimon desta vez. – Só queremos voltar para casa e... – tentou explicar, mas se interrompeu com um grito assim que uma espada vermelha quase a atingiu, vinda do teto.

Ela recuou assim que a arma foi puxada de volta, e bem a tempo, pois a lâmina surgiu de novo em outro ponto, seguida por uma exatamente igual. O processo se repetiu várias vezes, derramando grossas gotas de sangue dos furos, até que eles ficaram grandes o suficiente para Duskmon agarrar as bordas com as mandíbulas de suas cabeças ósseas, puxando até arrancar um grande pedaço do teto. O Trailmon gritou de dor, mas nada pôde fazer quando o digimon negro saltou para dentro, caindo apoiado sobre um dos joelhos, a ponta de suas espadas arranhando o piso. – Você veio! – Hime comemorou, segurando as mãos juntas.

- Desculpe pelo atraso. – disse o outro, lançando um breve olhar com as íris que tinha nos ombros.

- Isso não é bom... Guil, não podemos lutar contra ele. – Kara tentou avisar, mas o digimon rubro foi mais rápido.

- Fire Rock Breaker! – ele saltou para atacar com as garras, fazendo com que ficassem cobertas por chamas, mas antes que pudesse acertar Duskmon, o digimon negro o atingiu com uma das cabeças ósseas, empurrando seu corpo para o lado. Com um gemido, o dragão bateu contra uma das paredes, fincando as garras ali para ter apoio.

O outro não perdeu tempo em avançar logo em seguida, usando suas espadas. Por muito pouco, Guilmon conseguiu desviar, mas as armas fizeram um grande buraco na parede do Trailmon, que voltou a gritar, incapaz de impedir. O dragão tentou fugir novamente, mas Duskmon recolheu suas espadas, agarrando-o na altura do pescoço com uma das cabeças ósseas, para então pressionar seu corpo contra o chão. As mandíbulas se fecharam até machucar a pele do digimon Criança, o que chamou a atenção de Hime.

- Ouji-chan, as ordens... – ela tentou dizer, mas parou ao perceber um efeito estranho: pequenos filetes de fumaça negra estavam saindo das cabeças negras, mas antes que seu dono visse, surgiu uma nova distração.

- Solte-o! – em um gesto impensado, Kara correu até o inimigo, agarrando a cabeça que segurava Guilmon, tentando fazê-lo soltar. Mesmo que ela não tivesse força suficiente, sua atitude irritou Duskmon, que a segurou usando a cabeça livre, empurrando suas costas contra um dos bancos.

- Pare de se meter, humana, e... O que? – o digimon negro só então notou a fina fumaça que subia e se alastrava rapidamente, envolvendo todos na completa escuridão.

--

- Guil! – gritou a garota quando já não conseguiu ver seu parceiro, agarrando a cabeça de Duskmon para tentar se soltar dele. No entanto, para seu espanto, viu que não estava mais segurando o digimon negro, e que já não havia mais escuridão.

Podia ver claramente que suas mãos estavam pequenas e seguravam os ombros finos de Darren, um menino que ela não via desde que tinha seis anos. Ele estava exatamente igual a como Kara se lembrava, com o mesmo cabelo bagunçado e arranhões nos joelhos, além do grande sorriso repleto com buracos, onde alguns dentes de leite tinham caído. Ela podia ver todos aqueles detalhes de perto, pois seu próprio rosto se aproximava dele, até encostar os lábios em sua bochecha. Darren riu com o beijo, e a garota percebeu-se fazendo o mesmo, com sua estridente voz de criança.

A lembrança era tão realista que ela podia até sentir a felicidade com o pequeno gesto que havia feito, assim como também a dor de quando alguém lhe segurou os cabelos, puxando com força. Kara gemeu da mesma forma como havia feito quando tinha seis anos, se virando para ver que Kristen a estava segurando. – Sai de perto dele! – ordenou sua irmã mais velha, tornando a puxar seu cabelo.

- Me solta! – a mais nova pediu, lutando para não chorar na frente deles.

- Ele é meu namorado! – Kristen a soltou, mas apenas para empurrar sua irmã, fazendo-a cair sentada sobre as duras pedras da calçada. Ela então se virou para Darren. – E você não pode beijar a Kara! Não sabe que ela tem piolho? Vai acabar pegando!

- Eu não tenho! – a outra tentou se defender, mas ninguém a ouviu. Assim como há nove anos, a raiva ferveu dentro de Kara, fazendo-a pegar o objeto mais próximo, atirando em sua irmã mais velha. A bola voou e a atingiu na cabeça, não o bastante para machucar, mas a fazendo tropeçar e cair no meio fio, rolando para o meio da rua. – Bem feito! – a mais nova fez questão de se vingar.

- Kara, sua boba! – xingou Kirsten, não conseguindo conter o choro quando percebeu que havia ralado os joelhos na queda. – Eu vou contar pro papai! Ele vai te colocar de castigo! E a mamãe também! – a menina continuou gritando entre seus soluços, mas Kara mal ouvia, pois sabia o que seria dito em poucos segundos.

- ...Carro! – Darren gritou, apontando para o lado. A cena então pareceu ficar mais lenta enquanto sua irmã procurava se levantar o mais rápido possível para correr, mas não foi o suficiente.

- KARA! – mesmo que tivesse fechado os olhos, ela ainda podia ouvir a voz lhe chamando. Pior ainda, o chamado ficou ecoando.

“Kara”.
“Kara”.
“Kara”.
“Kara”.
“Kara”.

Então ela percebeu que não era voz de Kirsten que a chamava, e sim Guilmon, que pedia sua ajuda. Ao abrir os olhos novamente, percebeu que o tempo estava congelado naquele instante de terror, e mesmo que grossas lágrimas caíssem por sua face, a garota esticou as mãos (agora de volta ao normal) e agarrou o ar a sua frente.

Imediatamente a lembrança se desfez e ela viu-se no chão do Trailmon ainda em movimento, segurando uma das cabeças ósseas de Duskmon, abrindo suas mandíbulas até que fosse solta. A fumaça negra ainda os envolvia, mas o inimigo não se movia, parado estático enquanto seus olhos estavam vidrados, um tanto trêmulos, indicando que de alguma forma, ele também estava sendo afetado. Segurado pelo outro braço dele, Guilmon se agitava, arranhando o chão com as unhas enquanto a chamava, embora sua voz estivesse cada vez mais baixa.

Ao vê-lo daquela forma, Kara sentiu aflorar o desespero, o mesmo que havia sentido quando perdeu Kristen, agora revivido de forma tão terrível. Aquele sentimento amargo a perseguia, mas ao pensar que perderia Guilmon da mesma forma, a raiva surgiu também, cada vez mais forte. Mesmo que sua vista estivesse embaçada pelas lágrimas e sua mão tremesse violentamente, a garota fechou o punho e o esticou, mirando a face do digimon negro. – Nos deixe em paz, sua aberração! – gritou enquanto a raiva e o desespero eram sufocados por um sentimento novo, que ela não reconhecia.

Mesmo que ela tivesse atingido a parte de seu rosto que não estava protegida pela armadura, Duskmon não sentiu nenhuma dor com o golpe, ao contrário de Kara, que torcia para não ter quebrado nenhum osso com seu ato impensado. Mesmo assim, o susto o fez despertar com um ofego, fechando as mandíbulas de suas cabeças ósseas para assim interromper os filetes de fumaça negra. Ele então se ergueu, agitando a face para os lados enquanto fechava os olhos, abrindo uma pequena brecha para a garota correr até seu parceiro. – Guil! – chamou, sacudindo-o para que acordasse. Com dificuldade, o dragão abriu os olhos e gemeu baixo, mas antes que ele acordasse definitivamente, a sombra de Duskmon voltou a surgir sobre eles.

O legalista estava furioso e isso era visível por seu olhar, agora refletido nas espadas que ele empunhava. Para proteger seu parceiro, Kara o abraçou da melhor forma que podia, mas antes que o inimigo atacasse, um grito agudo chamou a atenção de todos, fazendo com que voltassem seu olhar para trás. Um pouco da fumaça negra havia sobrado e envolvido Hime, que estava logo atrás deles, apenas assistindo. A menina estava em verdadeiro pânico, tremendo enquanto segurava os cabelos curtos e finas lágrimas escorriam por seu rosto. O que quer que estivesse vendo, também era terrível.

- Hime... – ao ver sua parceira naquele estado, Duskmon guardou suas espadas e se aproximou, esticando o braço em sua direção. Mas, na visão dela, o digimon era alguém completamente diferente, alguém que a assustou mais ainda.

- Não! Eu não quero mais fazer isso! Não quero! – Hime novamente gritou, e em um gesto impensado, ela correu para longe do digimon. Com sua vista toldada pelas ilusões, a menina foi para o lado, incapaz de perceber seu rumo, que a levava para a abertura feita na parede do Trailmon.

- HIME! – pela primeira vez, o digimon negro não tentou esconder seu medo enquanto tentava segurá-las, mas as mandíbulas de sua cabeça óssea se fecharam sobre o laço que ela usava nos cabelos, de forma que ele se soltasse.

Os rebeldes observaram, chocados, enquanto a menina caía pela abertura, mas antes que pudessem fazer algo, o parceiro dela saltou também. Eles caíram rumo a uma pequena parte baixa do terreno, e como era maior, Duskmon logo a alcançou e envolveu entre os braços para depois se virar de costas, fazendo com que sua armadura amortecesse o impacto quando caiu raspando no chão, levantando uma nuvem de poeira. Durante alguns segundos, o digimon ficou parado para se recuperar, mas ao sentir algo batendo em sua armadura, abaixou seu olhar para Hime. A garota ainda se agitava, rodeada pela fumaça negra, batendo com os punhos fechados no outro até que a pele ficasse machucada.

- Pare com isso! – para conte-la, Duskmon abocanhou suas mãos com as cabeças ósseas, mas cuidando para não mordê-la. Procurou desfazer o efeito do ataque, mas não teve nenhum resultado, então ele a sacudiu um pouco. – Acorde! Acorde! – chamou, ainda sem ter resposta. A menina não estava mais gritando, mas soluçava em voz baixa, encolhida contra o peito do outro.

Incerto, o digimon negro olhou na direção dos trilhos do Trailmon, que ainda era visível. Se quisesse, ele poderia alcançar os rebeldes e ataca-los, sua vitória seria garantida. Mas abaixou seu olhar para Hime, sabendo que para isso, ele teria que deixa-la para trás e naquele estado de pânico, sabendo qual a decisão que deveria tomar. Voltou a se erguer, apoiando melhor a garota em seus braços e após lançar um último olhar ao Trailmon, Duskmon correu na direção oposta. Procurava não pensar na punição que aquele desvio acarretaria, pois se pudesse conseguir ajuda para sua parceira a tempo, não se importaria com o que viesse em seguida.

--

- Eu acho... Acho que eles desistiram... – Guilmon disse em voz baixa enquanto levava as mãos aos braços trêmulos de Kara, chamando sua atenção. – Será que ela...?

- Ela vai ficar bem. – respondeu sua parceira, agitando a face de forma nervosa, como se lutasse para não pensar muito. – Duskmon deve ter cuidado de tudo.

- Kara-chan... – chamou o dragão rubro, puxando-a para perto enquanto se afastava daquela abertura na parede, até se apoiar em um dos bancos. Ele então passou a afagar suas costas com a parte de trás das garras, onde não era afiado. – Vai ficar tudo bem. – lhe garantiu, antes de aproximar a face e emitir alguns ruídos baixos, que pouco a pouco se tornaram a mesma melodia suave que havia cantado depois do primeiro ataque de Duskmon. A garota se agarrou a seu parceiro e se deixou levar pela música, apoiando a face contra seu peito.

- Não vou perder você também, Guil... – prometeu, tanto para ele quanto para si mesma.
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Mensagem por Convidado Qua 31 Ago 2016, 7:41 am

Antes de tudo não se preocupe Spirit eu compreendo perfeitamente o fato de você não poder usar os Digimon que eu lhe sugeri . Não precisa ficar muito receosa quanto a isso eu entendo sua posição e lhe dou toda razão . E também não se importe com o pequeno atraso em postar o novo capitulo da fanfic pois isso é perfeitamente normal . Sobre o episódio achei bem interessante . Adorei a cidade de peças de Xadrez me fez nitidamente pensar numa coisa digna de " O País das Maravilhas " ou " Através do Espelho " no Digital World com Digimon de vários níveis do tipo "Chessmon". E Guilmon como sempre arrumando encrencas para Kara desta vez na loja de roupas de Bastemon . Achei ela muito simpatica em " sonhar em um dia fazer roupas para humanos " . Quando ela perguntou " Por que vocês se interessam tanto por roupas para humanos ? " e Guilmon pensou rapido e respondeu " Somos estudiosos de humanos !" deu vontade de rir .Sorte que desta vez Guilmon encontrou um lugar com utilidade para os Escolhidos e Kara pode comprar roupas para ela e para os rapazes e é claro o vestido . Mas eis que surge ... A Hime (De novo) ! Poxa essa garota foi atrás deles até mesmo no Digital World ? E trouxe consigo Duskmon ? Quando Kara deu de encontro com ela na porta da loja de vestidos e as duas ficaram se encarando por um segundo antes de Kara gritar : " CORRE !!! " foi de rachar de rir . Mas o que veio a seguir não foi nem um pouco engraçado . Cara quando Hime convocou Duskmon e este se materializou nas sombras de um beco e partiu em perseguição da Escolhida e seu Digimon deu para sentir na pele o terror de Kara ao ser perseguida pelo Digimon das Trevas até o Trailmon . Por que a luz do dia no Digital World não imcomoda Duskmon do mesmo modo que a Luz no mundo real incomodava ? E quando Kara e Hime pularam para o mesmo vagão e pareceu que a situação se invertera e Duskmon tinha ficado para trás barrado pelos KnightChessmon e Hime é que estava agora a merce de Kara e Guilmon com o pequeno Digimon Dragão Vermelho erguendo suas garras para ela dentro do vaguão do Trailmon para logo a seguir Duskmon surgir e literalmente rasgar para dentro seu caminho e ter uma breve luta contra Guilmon me deixou sem folego . Coitado do pequenino Digimon vermelho mesmo não tendo nenhuma chance e sendo ferido gravemente de novo e sangrando ele não pensou duas vezes em ajudar Kara .E você soube fazer uso de um poder de Duskmon que eu só vi ele usar uma única vez em Digimon Frontier contra os Guerreiros Lendarios de atraves das trevas que saem de seu corpo ele fazer as pessoas se recordarem de momentos " sombrios " e dramaticos do seu passado igual aquela lembrança que a Kara teve de quando ela era criança com aquele amigo dela de seu passado e o acidente de carro . Coitada da Kara . Morri de pena dela quando ela se recordou disso . Alias uma pergunta : teria esse fato haver com os motivos secretos de Kara ter ido morar no Japão ? Mas pelo visto a recordação foi ainda pior para a Hime pois ela ficou ainda mais apavorada com o que viu em seu passado . Graças a isso Kara conseguiu salvar Guilmon . Mas fiquei surpreso com a reação de Duskmon de se preocupar muito mais com sua parceira humana e com o que ela estava passando ao ponto de não se importar em deixar Guilmon e Kara escaparem e receber a mais dura das punições contanto que Hime ficasse bem . Nesse aspecto Duskmon mostrou possuir um lado sensivel que não imaginava que ele possuiria . E fiquei bastante comovido ao final quando Kara abraçou Guilmon ferido e este lhe disse que "tudo iria ficar bem!" e começou a cantar baixinho a mesma melodia que cantara após a primeira aparição de Duskmon e Kara abraçando-o disse que "não iria perde-lo também" . Realmente foi um excelente episódio Spirit aguardo novos .

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Mensagem por Spirit Ter 06 Set 2016, 4:40 pm

Ei, Kaiser, é sempre bom ver você por aqui! Vou procurar responder por partes, afinal eu me perco um pouco no raciocínio, ok? xD Vejamos...

- Sim, sobre a cidade, eu realmente queria fazer algo mais puxado pro mundo da fantasia, e AMO demais esse tipo de coisa, principalmente histórias com foco em Alice (estou pensando em posteriormente fazer um digimon com base nela, inclusive). Fique com certo medo de descrever, mas fico feliz com a sua opinião.

- Quanto a Bastemon e Guilmon, estou tentando trabalhar melhor a interação dos digimon entre si, embora eu ache que preciso trabalhar mais... Haha, até que Guilmon tem algumas tiradas espertas, já que aprende rápido.

- Ah, uma observação correção sobre Hime que eu vou colocar mais pra frente, é que ela tinha livre acesso entre os mundos, mas depois que os rebeldes chegaram, os legalistas perderam o que usavam para abrir portais, então todos estão “presos” agora. Não espalha, viu!

- Fico feliz também que não fique incomodado com pitadas de comédia nas demais cenas, porque eu gosto de causar isso para quebrar um pouco climas pesados... E nossa! Eu tava louca para descrever algumas habilidades do Duskmon, pois na verdade todos os digimon em questão tem habilidades alteradas no mostrado nos animes. Culpe Savers e seu Agumon “reboot” por essa minha mania. xD
PS: Quanto ao motivo para a luz não incomodar mais Duskmon, é devido ao que Jekyllmon fez com seus olhos. Apesar disso, ele ainda se sente bem desconfortável na luz.

- Ademais, fiquei nervosa também por fazer essas reviravoltas na situação das meninas, mas mais uma vez me sinto bem por ver que gostou. Nossa, como eu fique ansiosa! Aaaah, e que bom que você lembra daquele momento em Digimon Frontier! Sério, eu amei ver aquela habilidade em desenterrar memórias e usar contra o Kouji, e até fiquei chateada por não ver mais disso... Bom, como eu disse, ainda quero trabalhar com isso!

- Sobre a parte das lembranças de Kara, de fato, esse é o motivo do seu “conflito” com os pais, e também que moldou a personalidade no que vimos no começo da trama. Agora irei trabalhar com isso, espero que goste!

- E nossa, eu não achei que o Duskmon passava uma imagem tão malvada assim (mentira, a primeira aparição dele foi com essa ideia mesmo, ha)! De qualquer forma, eu quero mostrar a seguir como a relação de digimon com seu humano é profunda e forte, isso tanto com os mocinhos e vilões, então ainda devo ter mais momentos como este, hehe.

To bem empolgada com o próximo capítulo, mas admito que tenho dificuldades porque meu Word resolveu se rebelar e está travando, de forma que perdi a maior parte do meu trabalho e preciso refazer... Mas ainda devo manter o ritmo, obrigado por acompanhar.
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Mensagem por Convidado Qua 07 Set 2016, 7:56 am

Tudo bem Spirit eu compreendo isso agora estou muito curioso para ver como deverão ser as próximas cidades visitadas pelos Escolhidos e seus Digimon . Uma sugestão que eu daria seria de você criar cidades parecidas com a " Cidade Esmeralda " de " O Magico de Oz " ou cidades de Digimon minusculos similares as cidades da ilha de " Lilliput " e  " Blefuscu " ou o oposto cidades habitadas por Digimon Gigantes como os habitantes da Ilha de "Brobdingnag" a Ilha Voadora de "Laputa" repleta de maravilhas da ciência de " As Viagens de Guliver " ou ainda uma " Fantastica Fabrica de Chocolates Digimon " construida por uma Weddinmon (
Esta Digimon aqui de Digimon Xros Wars Manga:
) que seria uma versão feminina Digimon de Willy Wonka com Digimon equivalentes aos Oompa-Loompas como digamos os Shortmons (
Estes outros Digimon Aqui também de Digimon Xros Wars Manga:
)  . Enfim acho muito legal imaginar lugares fantasticos onde os personagens poderiam passar . Interessante que Jekyllmon modificou os olhos de Duskmon para que ele pudesse suportar a luz embora ela ainda o incomode muito .E vejamos agora qual devera ser o próximo lugar pelo qual os Escolhidos passarão ? Como proximo adversario eu sugiro uma " Beldade Fatal " a Digimon " Lady Vampira " do Digital World " LadyMyotismon " . Esta daqui :
LadyMyotismon:
. Que acha das idéias Spirit ?

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Mensagem por Spirit Ter 13 Set 2016, 12:31 am

Primeiramente... EEEEEEH, POST DA MADRUGADA! (Sério, é uma e meia da manhã agora e eu to ligadona, isso não vai acabar bem depois)
Kaiser, mano, me apaixonei por esses digimon torta que tu mandou, confesso que to até com medo de acabar usando eles e ficar com fome durante a escrita. xD Gosto bastante dessas ideias variadas, mas quanto a LadyMyotismon/Vamdemon, ainda não sei se há lugar... Bom, a gente nunca sabe, né?
Vou admitir que demorei pra escrever esse capítulo porque é só conseguia pensar na treta que vai acontecer no próximo, to ansiosa pra começar!
Enfim... Enjoy!


Capítulo 13:
Noite Silenciosa, Sonhos que Gritam



O Trailmon aguentou correr até o início da noite, quando chegou a uma nova cidade, para então abrir suas portas com um apito agudo. O som foi tão alto que todos se viram obrigados a sair com as mãos cobrindo os ouvidos, inclusive o pássaro vermelho que estava dormindo durante toda a luta, que logo notou Kara e Guilmon deixando o vagão com um abatimento visível. O digimon dragão era quem parecia guiar a garota, segurando-a pela mão enquanto atravessavam a plataforma agora deserta.

- Vamos achar um lugar para descansar. – ele sugeriu ao chegarem à saída da estação. A cidade onde estavam não parecia muito grande e estava bem silenciosa, então provavelmente eles não teriam contratempos por hora. A noite também estava clara, com a grande lua cheia se mostrando muito maior e mais luminosa que a do mundo humano, além de ter um brilho mais azulado. As estrelas também formavam outras constelações, possuindo várias tonalidades.

- É uma boa ideia... – Kara concordou com seu parceiro, lançando um longo olhar a ele, procurando por novos ferimentos, mas ele não tinha nenhum dano grave visível. Quando o pássaro dorminhoco (que se chamava Hawkmon) passou por eles, a garota esticou a mão, cutucando sua asa. – Com licença, sabe onde estamos agora?

- Se não me engano, aqui é Jearin. – ele respondeu, dando um longo bocejo em seguida. – Já estive aqui antes.

- Sabe onde podemos descansar? – Guilmon logo perguntou.

- Tem um hotel muito bom perto do centro. – Hawkmon então explicou a eles como chegar a um local chamado Pernoites Merecidos antes de se despedir deles, afirmando que estava sem sono. Considerando como ele havia dormido durante o percurso todo, e nem a batalha ou os gritos deles o tinham feito acordar, fazia sentido.

Após agradecer ao pássaro, a dupla passou a andar da forma mais discreta que podia até o dito hotel, pois não precisavam de mais problemas agora. O caminho era iluminado por postes de metal preto, iguais aos da antiga Europa, e as ruas eram largas, com calçadas espaçosas. Pelos cantos, alguns digimon dormiam enrolados em mantas ou em caixas de papelão, da mesma forma que os mendigos do mundo humano. Apesar de sentir pena deles, Kara não sabia se podia se aproximar sem antes saber se não eram perigosos, então preferiu apenas passar silenciosamente para não acordá-los. As casas também eram semelhantes às moradias do século XIX, a maior parte delas em tons claros e com telhados escuros, pequenos jardins suspensos sob as janelas. O local que eles procuravam logo ficou visível, pois era uma grande casa com quatro andares, tendo suas paredes pintadas de branco e o telhado negro, e um enorme relógio no meio, indicando que eram quase sete horas da noite. Quando eles passaram pelas portas duplas de madeira, uma sineta tocou, chamando a atenção de quem estava lá dentro.

- Oh, boa noite! – disse o recepcionista, dando a volta para sair de trás de um balcão de madeira grossa, caminhando por cima do tapete clarinho e felpudo que se estendia até uma escadaria. O digimon usava uma fantasia de dinossauro feita de material fofinho, com a pele rosada e uma crista verde nas costas, além de garrinhas de tecido preto. Havia várias costuras por seu corpo, além de alguns botões e um zíper bem fechado na barriga. A boca da roupa estava aberta, e dela saíam dois olhos amarelos e brilhantes. – Eu sou ExTyranomon, e bem-vindos ao Pernoites Merecidas! – apesar de ter quase dois metros, ele falava de uma forma tão animada e adorável que era impossível de se ter medo.

- Podemos passar a noite aqui? – Guilmon quis saber, enquanto se aproximava do digimon de pelúcia. Curioso, ele cutucou a fantasia, percebendo como era macia.

- Claro! Vamos ver um quarto que não está reservado! – sem perder tempo, o dinossauro de pelúcia voltou para trás do balcão, puxando um livro de registros para dar uma longa olhada nele. Após receber o pagamento cobrado, entregou uma chave com o número 202 para eles. – Se precisarem de alguma coisa, apenas avisem.

- Obrigado... – agradeceu a garota ao pegar a chave, subindo pela escadaria até chegar ao segundo andar, percebendo que seu quarto estava próximo. Ao abrir a porta com o 202 marcado e ligar o interruptor na parede, ela percebeu que o recinto tinha o mesmo estilo antigo que todo o resto da cidade, com uma cama de casal coberta por lençóis brancos, um guarda-roupas de madeira escura e um criado mudo com um abajur. Uma segunda porta levava ao banheiro e a janela estava aberta para arejar o ambiente naquele calor, coberta apenas por cortinas claras.

- Eu gostei daqui! – o dragão disse enquanto se atirava sobre a cama, testando a sua maciez ao roçar a face contra os lençóis. Pelo suspiro que deixou escapar, ele havia aprovado.

- Não é nada mal. – Kara concordou enquanto deixava sua bolsa normal e a que havia ganhado de Bastemon sobre o chão, abrindo a bolsa maior para retirar algumas peças de roupa simples. – Vou tomar banho primeiro, está bem?

Após o aviso, ela levou as roupas para o banheiro e as apoiou sobre a pia de mármore, não podendo deixar de ficar encantada com o grande espelho na parede e a banheira branca no canto. Após colocar a água para esquentar, fechou a porta e retirou as roupas, entrando na banheira quando estava na metade, esperando que a água subisse até a altura de seu peito para desligar a água. Nos primeiros momentos, se dedicou apenas a limpar o corpo, um pouco surpresa com tanta poeira que havia sobre a pele, para logo depois deixar os cabelos molhados sobre o ombro e recostar-se na borda com um longo suspiro. Fechou os olhos, tentando organizar seus pensamentos depois de todos os ocorridos, mas foi assaltada pelas mesmas imagens que a fumaça negra havia lhe trazido de volta, abrindo as velhas feridas que sua memória havia tentado cicatrizar.

Quando os olhos arderam, Kara os fechou com força, mas pouco depois sentiu algo quentinho na face, o que a fez se virar, reconhecendo o toque. – Nem ouvi você entrar... – disse, esticando a mão par afagar o focinho de Guilmon.

- Vim tomar banho com você! – o digimon respondeu com simplicidade, para então apoiar as mãos sobre a borda da banheira, subindo-a para cair dentro da água, deixando o chão todo molhado.

- Você está mesmo precisando de um. – concordou a garota, e já acostumada, pegou um sabonete, passando por suas escamas para retirar aquela pasta verde e curativa, junto da poeira. Ficou assim por alguns minutos, até que o outro não conteve a curiosidade e quebrou o silêncio.

- Kara-chan, ele fez você ver coisas ruins? – o tom dele era cuidadoso, mas ainda fez com que sua parceira mordesse o lábio inferior.

- Eu perdi uma pessoa importante por causa de uma coisa ruim que fiz, mesmo que sem querer... – tentou explicar sem entrar em muitos detalhes. O dragão logo entendeu e se aproximou um pouco mais, se curvando para roçar a face contra a dela, em um afago. – Mas está tudo bem... Você me chamou, e eu pude acordar.

- Eu ouvi alguém cantar para mim! Na verdade, já tinha ouvido essa música antes, mas nunca me lembro de onde. – a fala de Guilmon a espantou, pois ele parecia animado, mas logo depois suas orelhas abaixaram. – Mas quem cantava não conseguiu terminar, porque começou a gritar depois... Então ouvi a sua voz, de quando você enfrentou o Mushmon, e comecei a te chamar.

- Nós podemos descobrir de onde você veio. – sugeriu Kara, pois seria mais fácil se estivessem em seu mundo de origem. Voltou a suspirar em seguida, encostando a face contra a do dragão. – Mas só amanhã, por hoje seria bom finalmente ter um descanso...

Mesmo depois de ficarem em silêncio naquele cômodo, a dupla não ouviu uma movimentação furtiva pela janela aberta. Com cuidado, Falcomon pousou no chão e lançou um rápido olhar para a porta entreaberta do banheiro e em seguida para baixo, parecendo frustrado.

- Tá de sacanagem comigo, tenho que fazer tudo pra esses tapados. – resmungou em voz baixa antes de andar rente às paredes até chegar ao lado da cama, onde Kara havia deixado as duas bolsas. Não precisou procurar muito para encontrar o celular da humana, abrindo a tela com os aplicativos “incomuns”, um pouco irritado pela dificuldade em encontrar o que queria. Com a outra asa, vasculhou em sua veste do peito até achar um aparelho semelhante a um antigo tocador de fitas k-7 com fones de ouvido, embora tivesse mais botões e opções diferentes. Após observar e mexer no aparelho de aspecto antigo, voltou sua atenção para o celular, ativando um dos novos ícones, de forma que a tela se tornasse um radar escuro, no qual um ponto vermelho tremia, reagindo a outros dois pontos mais afastados, um azul e um verde.

- Finalmente. – ele comemorou com um pequeno sorriso, mas enquanto saía daquela aplicativo, acabou clicando em outro ícone, abrindo uma tela que mostrava o quarto, mas havia uma espécie de rato amarelo de bochechas vermelhas pairando sobre a cama. Curioso, ele apertou em um botão semelhante a uma bolinha e jogou no tal “Pikachu”, vendo a criatura ser trancada pela pokeball. – Eita, peguei ele!

- Kara-chan, você ouviu isso? – a voz de Guilmon soou do outro cômodo, fazendo o pássaro largar o celular de Kara de volta em sua bolsa, e o estranho toca fitas dentro de sua veste. Sem perder tempo, então, saltou para a janela aberta e tomou impulso, esticando as asas para ganhar altura, voando até o teto daquele hotel.

Ali, pretendia passar a noite em claro, como fazia desde que os rebeldes haviam sido enviados para o mundo humano, mas a chegada de outras duas figuras suspeitas atraiu sua atenção.

--

Apesar da grande distância, Duskmon atingiu seu destino em pouco tempo. Conforme o pôr-do-sol chegava, sombras surgiam em todos os cantos, permitindo que o digimon negro desmaterializasse seu próprio corpo e o de Hime para percorrer a distância com mais velocidade. Cada “salto” entre um ponto e outro o fazia avançar muitos metros em questão de minutos, e também funcionava para esconder sua presença, pois sabia o quanto era assustador para o povo. Os digimon logo percebiam que havia algo de terrivelmente errado em sua existência, então havia sido bem ensinado a manter-se escondido, revelando-se apenas quando fosse necessário.

Devido às missas noturnas, Cidadela Real ainda estava movimentada, embora grande parte dos comércios logo fosse fechar. Com tantos digimon pelas ruas, seria impossível para Duskmon passar despercebido, de modo que ele surgiu do lado externo das muralhas, apoiando-se contra a parede antes que caísse, sabendo que estava no limite de sua força, devido a tantas viagens. Se dependesse apenas dele, não teria avançado nem mais um passo, mas o corpo trêmulo de Hime lembrou-o de que ainda não podia desistir. – Não se preocupe... Posso fazer isso por você. – garantiu, mesmo que a menina não pudesse responder. Após respirar fundo, permitiu-se ser tragado pelas sombras, mas não parou até que tivesse chegado a seu destino, o Palácio Estrela.

Por um momento, os SlashAngemon que montavam guarda sentiram um calafrio subir pela espinha, mas nada viram, pois Duskmon já havia adentrado na morada da rainha. Conseguiu até mesmo avançar por alguns corredores antes de voltar a materializar, caindo sobre os joelhos, ofegante. – Eu consegui, Hime... Agora só preciso... – começou a dizer com a voz tremida, mas ao tentar avançar, seu corpo perdeu a força, fazendo com que ambos caíssem ao chão.

Só com isso, a situação já era ruim, mas tornou-se desesperadora quando vozes soaram, cada vez mais perto de onde ele estava.

- São ordens do senhor Thronemon! – protestava um dos Piximon ajudantes do Senhor dos Anjos, enquanto outro tentava puxar uma pilha de livros de um digimon anjo. Este era semelhante a um homem comum, com longos cabelos loiros e vestes brancas quase escondidas pelas oito asas prateadas, duas delas dobradas em torno do corpo. Seu braço esquerdo, no entanto, era coberto por tecido negro, e ele usava botas de metal que pareciam um tanto grandes demais, além de uma longa faixa dourada que dava voltas por seus braços e peito. No braço esquerdo trazia um escuro de cor roxa, a mesma tonalidade do elmo que cobria seus olhos, decorado com três penas na lateral. Do bracelete dourado que tinha no pulso direito, podia projetar uma poderosa lâmina, mas ao invés de atacar, ele estava ocupado impedindo que os dois Piximon pegassem os volumes que carregava.

- Não há nada de errado com os livros de estudo da rainha! – insistiu o digimon sagrado, cujo nome era HolyAngemon.

- Não dificulte nossa tarefa, senhor. – pediu o segundo Piximon, frustrado, pois estavam há dias tendo que vigiar tudo o que o anjo fazia, e que tipo de educação ele estava dando à Dominaemon.

- Irei falar pessoalmente com Thronemon, vocês não precisam... – na esperança de se livrar dos digimon alados, HolyAngemon apertou o passo e conseguiu certa distância, mas parou abruptamente ao entrar em um corredor próximo. – Pela Divindade... O que é isso? – ao ver Duskmon caído ali, o anjo chegou a derrubar sua pilha de livros.

- Um invasor! Temos que avisar o Guerreiro! – ao ver o digimon negro, o primeiro Piximon bateu as asas apressadamente, segurando o companheiro pelo braço, levando-o consigo para outro caminho.

- Esperem! – ao ver a dupla se afastar, o anjo louro tentou impedi-los, mas teve a perna segurada por uma das cabeças ósseas de Duskmon, as presas negras deixando pequenas marcas no metal de suas botas.

- Você, anjo... – chamou o digimon caído, erguendo a face em sua direção. – Pode deixa-la bem de novo, não pode?

Apesar de hesitante, HolyAngemon se aproximou um pouco, abaixando seu olhar para Hime. Notou alguns discretos fios de fumaça negra em volta dela, o que aumentou suas desconfianças. – O que você fez com ela?

- Eu não sei. – Duskmon foi sincero. – Mas se os Cinco a virem assim, eles podem...

- Farei o possível. – sem perder tempo, o digimon sagrado curvou-se e pegou a garota humana nos braços, voltando a se erguer. – Mas meus poderes curativos podem ter efeito contrário em você e...

- Não se preocupe comigo. – o outro interrompeu, se esforçando para ficar de pé, apesar de tremer um pouco.

Ao ver aquela criatura demoníaca tão perto de si, HolyAngemon se afastou um pouco, fechando a mão direita para convocar sua espada. Apesar de não saber o nível de força dele, o anjo causaria um bom dano caso o atingisse enquanto estava enfraquecido, mas após um longo momento, abaixou sua guarda. Não faria sentido que um inimigo atravessasse todas as proteções do castelo para trazer Hime, se ela podia facilmente ser atacada enquanto estava em outra cidade. Além disso, era notável que ele estava preocupado com a garota, simplesmente pela forma como a olhava.

- Esconda-se. – avisou, para a surpresa do digimon negro. – Após ajudar a Visitante, verei o que posso fazer por você e...

- Desculpe, estou atrapalhando alguma coisa? – uma terceira voz soou atrás deles, fazendo com que o anjo se virasse.

Diante deles estava Arashmon, também chamado de Guerreiro, aquele que entre os Cinco controlava os exércitos reais. Tinha a aparência de um homem magro e alto, a pele negra como ébano e os cabelos ainda mais escuros, amarrados em uma longa trança que chegava até sua cintura. Usava roupas simples em tom castanho, com botas altas e um longo tecido amarelo enrolado em torno de seu tronco, escondendo placas de armadura que protegiam seu peito. Seus olhos eram dourados, com a pupila fina como a de um felino, e esta não era a única parte inumana que possuía, pois uma cauda longa de pelos alaranjados se movia devagar e orelhas iguais às de um lince escapavam por entre os cabelos. Uma capa feita daquela mesma pelagem estava presa em seus ombros, escondendo o grande arco que carregava nas costas.

- Senhor Arashmon. – HolyAngemon abaixou a face em respeito, mas era visível que estava nervoso. – Eu estava apenas...

- Não precisa me dar explicações. – interrompeu o digimon de pele negra, erguendo a mão para fazer o outro se calar. – Agora, deixe-me levar a Visitante, sim?

O anjo hesitou por um longo momento e fez menção de recuar, mas o olhar afiado de Arashmon o fez parar, acabando por entregar a garota para os braços de seu superior. – Tomou uma sábia decisão. – disse o felino, dando-lhe as costas. Avançou até metade do corredor, quando parou e olhou por sobre o ombro, agora para Duskmon. – Você também.

Apesar de visivelmente surpreso, o digimon negro abaixou a face para concordar. – Sim, senhor. – se limitou a dizer, apoiando-se em uma das paredes para segui-lo, ainda que deixasse fugir um pequeno gemido.

- Senhor, eles precisam de cuidados. – HolyAngemon insistiu. – Talvez eu possa...

- Eu os levarei a alguém capaz de reverter o estado da Visitante. – o Guerreiro interrompeu-o, com uma expressão irritada, as presas aparecendo por entre seus lábios. – Volte a seus afazeres.

E, sem dar chance do anjo responder, Arashmon voltou a lhe dar as costas, seguindo pelos corredores a passos rápidos, o que dificultava a Duskmon segui-lo, embora o digimon negro não se arriscasse a perdê-lo de vista. Mesmo sabendo que não tinha autoridade para ir contra o Guerreiro, o anjo não ignorou a situação, e esquecendo-se de seus livros, correu para outro lado do castelo. O digimon de pele negra estava indo na direção oposta, para os quartos reservados ao alto escalão da hierarquia local, com a maioria desocupada por não encontrar hóspedes a sua altura. Duskmon já conhecia bem aqueles corredores, e pensou que Hime seria levada até seu quarto, estranhando quando passaram pela porta dele, indo até o fim do corredor. Pararam diante de uma porta dupla de madeira escura, com uma tira de veludo negro amarrada a cada puxador, mantendo a passagem fechada.

- Você provavelmente vai gostar deste lugar. – disse Arashmon, com os pelos eriçados, ao desatar o nó com a cauda, usando-a também para abrir as portas.

Lá dentro parecia ser apenas um quarto comum, ricamente decorado com móveis de madeira e quadros pelas paredes, mas era difícil distinguir os detalhes, pois o local estava muito escuro, algo que não era causado apenas pelas janelas fechadas. No fundo, em uma grande cama decorada com lençóis cor de piche, uma mulher jazia adormecida. Sua pele estava um pouco corada e seus cabelos castanhos e longos caíam sobre a face serena, suas mãos delicadas estavam juntas sobre o peito. Trajava um vestido longo e ricamente decorado, com o tecido negro parecendo se misturar com os lençóis da cama já que a saia chegava a esconder seus pés, as mangas compridas terminando em pequenos babados sobre as mãos, enquanto a parte de cima da veste parecia com um espartilho, deixando exposta a parte logo acima de seu busto e os ombros. Não parecia haver nada de errado com ela, mas sua presença causava calafrios nos visitantes, ainda que a suposição do Guerreiro estivesse correta e as forças de Duskmon estivessem sendo restauradas naquele local.

- Ei, Nyxmon! Acorde! – apesar de estar todo eriçado, Arashmon se mantinha sério. – Preciso que você resolva esse problema.

O felino se frustrou quando não recebeu resposta, mas antes que pudesse chama-la de novo, as portas se fecharam sozinhas, fazendo-o olhar naquela direção. O digimon negro apenas virou os olhos em seus ombros para a porta, mas todos os olhos se arregalaram ao perceber que a mulher adormecida havia surgido diante deles. Seu vestido negro se arrastava pelo chão, misturando-se nas sombras, que sugavam a humanidade de sua figura, revelando como ela realmente era: um corpo rígido e repleto de dobras, como uma grande boneca, sem cor alguma, assim como seus cabelos, agora alvos. Seus olhos abertos eram rubros e brilhantes, e o batom escuro sobre seus lábios havia se transformado em uma fina linha, que atravessava a pele do rosto, costurando seu sorriso anormalmente grande.

- Não esperava pela sua visita. – disse a digimon, com uma voz baixa e suave, mais assustadora que o maior dos rugidos.

- Se dependesse de mim, também não estaria aqui. – Arashmon respondeu quase com um chiado, suas orelhas esticadas ao máximo quando voltou a fitar a outra, apontando para sua companhia. – Parece que ele herdou algumas coisas de você.

Curiosa, Nyxmon pendeu a face para o lado, levando seu olhar até Hime, notando os filamentos negros em volta de seu corpo, para logo depois se voltar para Duskmon. O sorriso dela causou um calafrio no digimon negro.

- Não era a minha intenção... – ele tentou se explicar, mas se calou quando a boneca esticou a mão, interrompendo-o.

Depois, sem dizer nada, se aproximou de Hime, colocando a mão em sua face para que aproximasse da própria, até que seus lábios costurados encostassem ao da menina, o bastante para que uma fumaça negra e mais densa do que antes saísse dela, sendo absorvida pela digimon. Arashmon abaixou suas orelhas felinas, confuso com a situação, mas deixou que a outra continuasse, para poucos segundos depois voltar a recuar, deixando a humana em um sono tranquilo. Feito aquilo, ela ergueu a mão, fazendo com que a fumaça mais fina que envolvia o corpo de Hime fosse até sua palma, tomando a forma de uma esfera pequena, que Nyxmon lançou na direção de Duskmon.

Como estava tão próximo, o digimon negro não teve como desviar ou evitar o ataque, que atingiu o lado esquerdo de sua face, despedaçando metade do elmo. Os cacos de metal logo sumiram na escuridão do quarto, revelando parte da face pálida que o digimon tinha, decorada com as linhas negras que desciam até seu queixo. Sem perder tempo, Nyxmon se aproximou dele, afastando alguns fios de cabelo loiro da frente da parte exposta de seu rosto, antes de agarrá-lo pela nuca, fazendo com que se abaixasse, sendo mais alto que a outra.

- Aceite o que você é. O que você nasceu para ser. – sussurrou a boneca, antes de encostar seus lábios costurados aos pálidos de Duskmon, fazendo com que a densa fumaça negra fosse para dentro dele.

--

Apressado, HolyAngemon correu pelos corredores do palácio até chegar ao átrio da entrada, onde convidados e nobres eram recebidos. Lá, encontrou Thronemon conversando com o Cavaleiro Real chamado Duftmon, um digimon de forma humana, coberto por uma armadura que mesclava placas de metal brancas e castanhas por todo o corpo, deixando apenas seus olhos verdes expostos abaixo do capacete que tinha a forma de um felino. Uma faixa vermelha envolvia sua cintura e pequenas asas decoravam suas ombreiras. Os cabelos louros saíam por trás do elmo, e sua fina cauda terminava em uma bola de pelos em tom claro, mas o anjo nem ao menos prestou atenção naquela figura imponente.

- Thronemon! – chamou, interrompendo o diálogo que ele tinha com o cavaleiro, para espanto de ambos.

Devagar, o Senhor dos Anjos se voltou para ele, suas feições suaves se tornando sérias. – O que foi, HolyAngemon? Algum problema com nossa rainha?

- Não, não é isso... – um tanto ofegante, o anjo subordinado colocou a mão sobre o peito. – É sobre a Visitante. Ela foi trazida para cá por uma criatura demoníaca... Algo que não deveria existir.

Por um longo momento, Thronemon não respondeu, e quando retomou a fala, foi para o cavaleiro ao seu lado. – Duftmon, creio que teremos que continuar nossa conversa mais tarde, porém prometo ajuda-lo como puder.

- É claro. – o guerreiro concordou com a face, para logo depois afastar-se rumo à saída atrás de onde estava. – Sabe onde me encontrar, Senhor dos Anjos.

Em poucos segundos Duftmon já havia sumido de vista entre os moradores que ainda vagavam pelas ruas, de forma que Thronemon se voltou para HolyAngemon. Antes que o anjo de casta mais baixa pudesse falar algo, no entanto, o Senhor dos Anjos o agarrou pelo pescoço, erguendo-o alguns centímetros do chão enquanto avançava alguns passos, empurrando a porta de uma sala próxima. HolyAngemon ofegou e levou as mãos até o pulso do anjo mais alto, deixando um curto gemido fugir quando suas costas bateram em uma parede.

- Você enlouqueceu? – a voz sempre calma do Senhor dos Anjos saiu como um rosnado. – Falar daquela criatura abertamente? E se Duftmon disser algo? Pela Divindade, se alguém mais ouviu!

Ao ver que o outro não conseguia falar, acabou por soltá-lo, deixando que HolyAngemon voltasse ao chão um pouco desajeitado. – Irmão... Não me diga que vocês são os responsáveis por aquele digimon...

- Você não entende. – cortou-o o anjo mais velho, virando-se de costas, dobrando os braços para trás. – Era só uma criança na época, mas eu me lembro de quando o Visitante anterior esteve aqui. Seus parceiros eram fracos, e quase não puderam deter a Praga... Se eles fossem fortes o bastante, nosso pai não teria sido morto para que eles se salvassem.

- Thronemon... – HolyAngemon estava surpreso, até porque seu irmão mais velho nunca tinha falado sobre aquele incidente antes, assim como nunca mencionava os acontecimentos da época da Praga. Devagar, ele se aproximou do outro anjo, esticando a mão para tocar em sua face, mas foi impedido quando o Senhor dos Anjos agarrou seu pulso em um movimento rápido.

- Eu jamais me esquecerei do que aconteceu, e farei o possível para que a Visitante tenha a força que precisa para derrotar os rebeldes, não importa o que precise ser feito. – disse de forma séria, antes de soltar o mais novo de forma brusca fazendo-o recuar alguns passos. – E se você contar sobre esse digimon para alguém, esquecerei que você é meu irmão e tomarei as devidas providências. Agora, volte para o seu trabalho, a rainha está esperando.
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Digimon - Digital Rebellion - Página 5 Empty Re: Digimon - Digital Rebellion

Mensagem por Convidado Ter 13 Set 2016, 7:39 am

Muito legal o capitulo Spirit achei interessante Kara e Guilmon no Hotel durante a Noite . Quando Guilmon veio tomar banho de banheira com Kara eu estava crente que ela iria ficar vermelha como um pimentão e morrer de vergonha que nem Bulma de Dragon Ball com Goku criança que entrou pelado no chuveiro na hora que ela estava tomando banho na "Casa Capsula" e que iria expulsar o Digimon achei inesperado Kara reagir com tamanha naturalidade mas foi legal a cena dos dois tomando banho de banheira juntos . E quer dizer que o pequeno Digimon Dragão Vermelho também tem seus misterios como quando falou que a musica que ele cantou para Kara depois de passados os efeitos das trevas de Duskmon nem ele próprio se lembrava de onde aprendera ele só sabia que já a tinha ouvido antes ser cantada por alguém porem essa pessoa que cantou para ele não terminou a musica pois começou a gritar antes ? Sinistro . E Kara como se atreve a jogar o freaking videogame daqueles demoniacos monstrinhos de bolso da franquia adversaria e ainda por cima capturar o malefico ratinho amarelinho eletrico cujo nome começa com " P " e que os fãs de Digimon não devem nunca nomear ? Mas falando serio agora ... Kkkkkkk Kara jogando " Pokemon Go " no Digital World ? E capturou um " Pikachu " ?  Quase rachei de rir com essa . Sabe que isso me lembrou um jogo do Deviantart que consistia em " Transformar Pokemon em Digimon " e " Transformar Digimon em Pokemon " . Tem inclusive uma versão do Pikachu transformado em Digimon chamado "Pikachumon " . Este :
DigiPokemon Picachu em Digimon:
. Mas pelo visto teremos problemas para breve porque Guilmon percebeu a aproximação de intrusos . E fiquei surpreso Duskmon levou Hime até a capital do mundo Digital para cura-la do efeito do seu poder . E ele se encontrou justo com HolyAngemon o mentor da rainha Dominaemon e lhe pediu que este curasse Hime dos efeitos de seu poder . Porem antes que HolyAngemon pudesse fazer alguma coisa eis que surge mais um dos cinco no caso o tal do Arashmon . Pela descrição dele eu fiquei imaginando um Digimon com a aparência de um "Thundercat" ou seja um " homem felino humanizado " .  Fico imaginando ele em combate ? Provavelmente deve ser tão impressionante quanto os Thundercats . Já Nyxmon confesso que me desapontei um pouco com sua descrição . A principio beleza pelo que eu lia sua aparência era condizente com uma Digimon capaz de superar Junomon em majestade e formosura física . Uma Digimon que parecia "uma mulher. Sua pele um pouco corada e seus cabelos castanhos e longos caindo sobre a face serena, suas mãos delicadas juntas sobre o peito trajando um vestido longo e ricamente decorado, com o tecido negro parecendo se misturar com os lençóis da cama já que a saia chegava a esconder seus pés, as mangas compridas terminando em pequenos babados sobre as mãos, enquanto a parte de cima da veste parecia com um espartilho, deixando exposta a parte logo acima de seu busto e os ombros". Isso era muito importante para atestar seu poder e grandeza como " Deusa da Noite Digimon " porque "Nyx" a "Noite" é uma das " Divindades Primordiais " Gregas aquelas que no inicio dos tempos emergiram do Caos primordial antes dos Titãs e dos Doze Deuses do Olimpo Nyxmon deveria ser mais antiga do que qualquer um dos " The Olympus Twelve Digimon " eu esperava quando Arashmon a convocou uma Digimon Simplesmente Esplendorosa e ao mesmo tempo tenebrosa como uma " Rainha da Noite ". Como uma versão " gotica " de Junomon . Tipo esta aqui  :

Nyx a Deusa da Noite:

E você vem e me faz Nyxmon ser uma " Digimon Boneca das Trevas " que nem em a Noiva do Chuck em " Brinquedo Assassino " ? Ai também não né ? Sinto muito mas eu não me sinto nem um pouquinho " assustado " com uma Digimon "com vestido negro se arrastando pelo chão, misturando-se nas sombras, que sugavam a humanidade de sua figura, revelando um corpo rígido e repleto de dobras, como uma grande boneca, sem cor alguma, com cabelos alvos. Olhos rubros e brilhantes, e o batom escuro sobre seus lábios transformado em uma fina linha, que atravessava a pele do rosto, costurando seu sorriso anormalmente grande" já vi visuais muito mais "sinistros" e "perturbadores" entre os " Youkais " de "InuYasha" então o visual de Nyxmon não me "intimida" . Outra quem disse que a Noite representa " Trevas " , " Corrupção " , " Maldade " , " Medo " e " Morte " ? A Noite existe isso sim " Silêncio " , " Conforto " , " Repolso " , " Serenidade " e " Paz " . A Lua e as Estrelas brilham no céu adormecemos , esquecemos nossos problemas e sofrimentos do dia a dia e sonhamos enfim a noite não é uma coisa " sinistra " nem " para se ter medo " igual alguns certos filmes de terror fazem erroneamente parecer . Mas tudo bem eu compreendo que é impossivel agradar todos os gostos sempre . E meu ... Tenebroso quando Nyxmon sugou as trevas de Duskmon do corpo da Hime e as devolveu a Duskmon dizendo :   "- Aceite o que você é. O que você nasceu para ser. – sussurrou a boneca, antes de encostar seus lábios costurados aos pálidos de Duskmon, fazendo com que a densa fumaça negra fosse para dentro dele." E no final mais um Royal Knight apareceu no caso o " Mestre Estrategista " Duftmon conversando com Thronemon antes de ser interrompido por HolyAngemon . O que os dois estavam confabulando juntos ? E não sabia que Thronemon e HolyAngemon eram irmãos isso foi uma surpresa total para mim . Porém a reação que Thronemon teve foi inesperada e surpreendente . HolyAngemon mesmo sendo um Digimon nível Ultimate / Perfect em Digimon Adventures foi capaz de igualar o poder do Dark Master Piedmon e vence-lo o que demonstra que ele é um Digimon capaz de igualar em poder um Digimon Mega Level porem Thronemon o ergueu pela garganta como um boneco e suas ultimas falas foram bastante enigmaticas :  "Em poucos segundos Duftmon já havia sumido de vista entre os moradores que ainda vagavam pelas ruas, de forma que Thronemon se voltou para HolyAngemon. Antes que o anjo de casta mais baixa pudesse falar algo, no entanto, o Senhor dos Anjos o agarrou pelo pescoço, erguendo-o alguns centímetros do chão enquanto avançava alguns passos, empurrando a porta de uma sala próxima. HolyAngemon ofegou e levou as mãos até o pulso do anjo mais alto, deixando um curto gemido fugir quando suas costas bateram em uma parede.

- Você enlouqueceu? – a voz sempre calma do Senhor dos Anjos saiu como um rosnado. – Falar daquela criatura abertamente? E se Duftmon disser algo? Pela Divindade, se alguém mais ouviu!

Ao ver que o outro não conseguia falar, acabou por soltá-lo, deixando que HolyAngemon voltasse ao chão um pouco desajeitado. – Irmão... Não me diga que vocês são os responsáveis por aquele digimon...

- Você não entende. – cortou-o o anjo mais velho, virando-se de costas, dobrando os braços para trás. – Era só uma criança na época, mas eu me lembro de quando o Visitante anterior esteve aqui. Seus parceiros eram fracos, e quase não puderam deter a Praga... Se eles fossem fortes o bastante, nosso pai não teria sido morto para que eles se salvassem.

- Thronemon... – HolyAngemon estava surpreso, até porque seu irmão mais velho nunca tinha falado sobre aquele incidente antes, assim como nunca mencionava os acontecimentos da época da Praga. Devagar, ele se aproximou do outro anjo, esticando a mão para tocar em sua face, mas foi impedido quando o Senhor dos Anjos agarrou seu pulso em um movimento rápido

- Eu jamais me esquecerei do que aconteceu, e farei o possível para que a Visitante tenha a força que precisa para derrotar os rebeldes, não importa o que precise ser feito. – disse de forma séria, antes de soltar o mais novo de forma brusca fazendo-o recuar alguns passos. – E se você contar sobre esse digimon para alguém, esquecerei que você é meu irmão e tomarei as devidas providências. Agora, volte para o seu trabalho, a rainha está esperando."
.

Que " visitante anterior " ? Que " praga " ? Realmente deu para perceber que Thronemon tem fortes motivações para agir como age e que fara tudo que acreditar que for preciso para derrotar os Rebeldes ... Mesmo que isso implique em tomar medidas moralmente questionaveis e não importando o preço que tiver de pagar . Enfim otimo capitulo Spirit aguardo mais .

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Digimon - Digital Rebellion - Página 5 Empty Re: Digimon - Digital Rebellion

Mensagem por Convidado Sáb 17 Set 2016, 9:59 am

Spirit dou a você a mesma sugestão que dei para o Kyu para um dos futuros inimigos da sua fanfic . Este aqui um dos Bosses de Digimon World : Next Order :

Spoiler:


Última edição por KaiserLeomon em Seg 19 Set 2016, 6:51 pm, editado 3 vez(es)

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